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RESUMO FETILIDADE

LEI DO MINIMO DE LIEBIG:

“O rendimento de uma safra é limitado pelo


elemento cuja concentração é inferior a um valor
mínimo, abaixo do qual as sínteses não podem
mais fazer-se”.

- Todos os nutrientes devem estar presentes em uma quantidade suficiente para


a demanda da planta;

NUTRIÇÃO MINERAL DE PLANTAS:

Zona de deficiência: falta do nutriente no solo

Zona adequada: quantidade ideal do nutriente no solo

Zona toxica: excesso do nutriente no solo

Macronutrientes: participam da parte estrutural da planta;

Micronutrientes: participam da parte enzimática e em atividades de processos


químicos dos vegetais.

NITROGENIO

Presente na atmosfera na forma de N2

Fixação biológica de N, através dos nódulos presentes nas raízes (bactérias


fixadoras de N)

Nutrientes presentes no processo de fixação de N:

Molibdênio: presente na nitrogenase, redutase do nitrato,


oxidase da xantina, oxidase de aldeído e oxidase do sulfato. (enzimas do
processo de fixação e catalização de N)

Cobalto: presente na vitamina B12, necessária p síntese de leg-


hemoglobina
Inoculação pode ser realizada no T.S ou no sulco de plantio;

Fertilizantes nitrogenados: (brasil responsável pela produção de aprox. 26% do


que é utilizado, 74% é importado).

-uréia, sulfato de amônio, nitrato de amônio etc

Adubação nitrogenada: aplicação parcelada, aplicação ideal em solo seco com


chuva em seguida com temperaturas amenas.

Funções de N na planta: componente da clorofila, diretamente ligado ao


crescimento do vegetal;

Sintomas de deficiência na planta: plantas com coloração mais clara (plantas


com bom teor de n tendem a ter uma coloração de verde mais escuro) e
dificuldade de crescimento (plantas anãs);

Pode ocorrer diminuição no tamanho de espigas ou vagens.

Absorção de N no solo ocorre por fluxo de massa (99%).

Anotação caderno:

8N presentes em uma molécula de clorofila;

N presente na rubisco;

FOSFORO

Cerca de 45% de P utilizado em nossas lavouras é de produção brasileira;

P lábil: é o P disponível no solo (que não sofreu ligações que o tornaram imóvel
no solo) que vai para a solução e posteriormente absorvido pela planta (caso
não seja imobilizado)

P não lábil: é o P que sofreu ligações e que se tornou imóvel no solo, este não
consegue ser lábil e poder ser disponibilizado para a planta.

Fertilizantes fosfatados: Superfosfato simples, superfosfato triplo, MAP e DAP,


fosfato parcialmente acidulado, termofosfato magnesiano (yoorin master),
fosfato natural moído (rocha moída);
Termofosfato magnesiano: rocha moída, aquecida e resfriada (liberação de P no
aquecimento). Possui 17% de P.

pH acido: fixação de P por ferro;

ph neutro: fixação de P por alumínio;

pH básico: fixação de P por Calcio;

Maneiras de absorção do nutriente pela planta:

Difusão: o elemento se move em pequenas distancias pela agua ate a raiz da


planta;

Fluxo de massa: o elemento se move ate a planta juntamente com a agua no


solo;

Interceptação radicular: a raiz intercepta o nutriente, imóvel no solo;

Absorção de P no solo é feita por interceptação radicular;

Bactérias solubilizadoras de P: bactérias que conseguem “resgatar” o P não


labil, tornando este disponível para a planta.

Micorrizas: fungo e raiz de uma planta se unem com interesses mútuos.


Simbiose. (ocasiona aumento do sistema radicular da planta).

Adubação fosfatada deve ser realizada no sulco de plantio, para que seja mais
fácil da planta absorver esse nutriente.

Maneiras de minimizar fixação de P no solo: fazer a calagem corretamente,


elevar o treor de matéria orgânica no solo, realizar rotação de culturas, e realizar
adubação no sulco de plantio.

P na fotossíntese:

Presente na ATP e ADP,

Funções na planta:

Componente integral de compostos importantes da célula, como os açucares


fosfato,
Componente de nucleotídeos utilizados no
metabolismo energético das plantas (como ATP) e
no DNA e no RNA

Atua no crescimento das raízes, maturação dos


frutos e grãos.

Armazenamento de energia: respiração: ATP, ADP, AMP,

Crescimento das raízes, maturação de frutos, formação de grãos, frutos e fibras


e com o vigor das plantas.

Altamente móvel na planta, apresentando deficiência primeiramente nas folhas


mais velhas.

Deficiência de P: coloração roxo-avermelhado nas folhas, decorrente da


formação de antocianina ocasionada pela falta de P, cuja função é proteção do
PSII pela dissipação de energia térmica excedida pela absorção excessiva de
fótons.

Deficiência de P comumente confundida com a doença enfezamento do milho;

Anotação caderno:

Não existe lixiviação deP, apenas imobilização e perdas por erosão;

Matéria orgânica ajuda diminuir fixação de P no solo.

Solo arenoso menor fixação de P, porque possui menos ferro.

Profundidade de adubação de P: primeiros 10 cm de solo contando com a


camada de matéria orgânica.

P rem: método de medir a capacidade de fixação de P no solo, feito em


laboratório.

POTASSIO

Cerca de apenas 6% do total utilizado é por produção própria, 94% é importado


de outros países

Prejudicial o contato de K2O com a semente;


Absorção ocorre principalmente por difusão (72%, 25% por fluxo de massa e 3%
por intercep. Radicular).

Na planta:

Não forma ligações covalentes;

Maior parte presente nos vacúolos;

Envolvido em praticamente todos os movimentos que ocorrem na planta,


altamente móvel no floema;

Absorvido preferencialmente nos pelos radiculares;

Funções:

Regulação osmótica e fornecimento de turgor para crescimento celular;

Abertura e fechamento de estômatos

Estabilização de ligações entre moléculas;

Transporte dentro da planta;

Deficiência:

Redução da fotossíntese por interferir na abertura e fechamento dos estômatos;

Redução do sistema radicular;

Redução do crescimento do vegetal;

Má formação dos tecidos de grãos e frutos;

Sintomas de deficiência:

Clorose e e eventualmente necrose das folhas;

Acumulo de poliaminas como a putrescina;

CALCIO
Fontes: calcário calcitico (22 a 35% de Ca), cloreto de cálcio (CaCl, 36% de Ca),
gesso (22% de Ca) entre outros;

Na planta:

Absorvido na forma de Ca+2;

Elemento estrutural (presente na membrana da PC – parede celular)

Sinalização celular;

Translocado pelo xilema;

Imóvel na planta;

Dicotiledôneas exigem maior quantidade, maior quantidade de pectatos;

Funções:

Estrutural: parede celular: componente de membrana da PC

Sinalizador: mensageiro secundário que inicia as respostas vegetais aos


estímulos ambientais, regula os processos celulares.

Sintomas de deficiência:

Má formação da casca de frutos;

Má formação de partes estruturais da planta.

MAGNESIO

Na planta:

Absorvido na forma nde mg+2;

Presente na fotossíntese;

Responsável por carregar a sacarose no floema;

Transferência de energia

Móvel na planta;
Deficiência aparente em folhas mais velhas;

Deficiência:

Acumulo de fotoassimilados

Menor crescimento do sistema radicular;

Sintomas de deficiência:

Amarelecimento das folhas, por volta das nervuras da folha;

ENXOFRE

Fertilizantes com S: sulfato de amônio (24%), sulfato de potássio (18%),


superfosfato simples (12%), entre outros;

Principal fonte: sulfato inorgânico

As plantas contem numerosos metabolitos secundários contendo S, atuam na


defesa contra pragas e doenças;

Funções na planta:

Aminoacidos: cisteina e metionina;

Constituinte de proteínas

Constituinte de coenzimas

Participa da FBN – FERRERDOXINA

Deficiencia de S:

Reduz teor de proteína e aminoácidos,

Menor síntese de clorofila

Floração prematura

Redução da absorção de nitrato;

Sintomas de deficiência:

Amarelecimento das plantas e perca de cor;


IMPOSSIVEL DIFERENCIAR DEFICIENCIA DE S E DE N EM PLANTAS DE
REALIZAM FBN.

Anotação caderno: gera gordura, importante em oleaginosas, importante p


brasicas (repolho, couve)

Presença de P: cheiro ruim

Absorção pela planta na forma de S inorgânico;

MICRONUTRIENTES

Anotação: pH muito alto afeta absorção de Fe, Cu, Zn e Ni.

FERRO

Constituinte da ferredoxina

Deficiência de ferro: amarelecimento das folhas;

Reduz em ate 63% a fixação de carbono;

Altas quantidade de ferro pode ocasionar na toxidez de ferro;

COBRE

Funções:

Catalizador de reações redox;

Papel na fotossíntese;

Respiração

Metabolismo do carbono;

Proteção contra estresse oxidativo;

50% do cobre ligado a plastocianina;

Deficiência de cobre:

Redução da fotossitese;

Baixa produção de carboidratros, redução da FBN;


Redução da lignificação da PC;

Redução da síntese de compostos fenólicos;

**Cobre pode ser usado com efeito fungicida;

ZINCO

Medianamente móvel na planta;

Ativador enzimático (presente nas 6 classes de


enzimas: Oxidorredutases, transferases, hidrolases, liases,
isomerases e leigases);

Biossíntese de proteínas;

Divisão celular;

Defesa contra oxidação de tecidos;

Anotação: síntese de acido indolacetico (importante p o milho);

MANGANES

Funções:

Superóxido dismutase: neutralização dos radicais livres, inibição da peroxidação


lipídica);

Oxalato oxidase

Pepcase; fixação de CO2 em plantas c4;

Afeta a fotossíntese;

Biossíntese de ácidos graxos;

Manganes e glifosato: algumas observações a tempos atras chegaram a


conclusão de que o glifosato indisponibilizava o manganes quando este era
aplicado no vegetal, porém isto foi desmistificado, e hoje sã realizadas
aplicações conjuntas para aproveitar a aplicação, visto que a aplicação de
manganês pode ser via foliar e aproveita-se a operação.
BORO

Não esta envolvido em nenhuma atividade enzimática;

Mobilidade variável:

Plantas que transportam sacarose-b: imóvel

Plantas que transportam sorbitol e manitol-b: móvel

Micronutriente absorvido em maior quantidade pelas dicotiledôneas- maior


quantidade de pectina na PC;

Funções:

Transporte de açucares;

Síntese de PC; - incorporação de pectinas na PC, divisão e alongamento celular,


cresc. Meristemático;

Lignificação;

Metabolismo de carboidratos, RNA, AIA;

Estrutura de membranas;

FBN e assimiliação de N;

Anotação: quanto mais boro, mais pólen, mais tubos de pólen. Afeta a parte
reprodutiva da planta.

NIQUEL

Funções: germinação

MOLIBDENIO:

Importante na nitrogenase – complexo enzimático da FBN;

Leguminosas necessitam em maior quantidade;

Deficiência: falta de dormência nas sementes, brotação prematura, reduz


germinação;

CLORO

Atua na fotossíntese;
Armazena agua;

Assimila N;

Ajuda na resistência à seca;

DIAGNOSE NUTRICIONAL
Zona de deficiência: falta do nutriente no solo

Zona adequada: quantidade ideal do nutriente no solo

Zona toxica: excesso do nutriente no solo

Conceito: método utilizado para identificar o estado nutricional da planta,


através da análise química de uma parte do tecido vegetal que é mais sensível
em demonstrar variações de nutrientes, ou seja, a folha.
Coleta do tecido: quando 50% das plantas se apresentarem non inicio do
florescimento (fase de desenvolvimento R1, no aparecimento de uma flor
aberta em qualquer nó da haste principal).
Soja: Coleta-se cerca de 30 folhas tri folioladas recém maduras sem pecíolo
por talhão.
Milho: 30 folhas por há ou talhão quando de 50% a 75% das folhas
apresentarem-se com inflorescência feminina, coletar da folha oposta e abaixo
da primeira espiga, após o embonecamento.

ADUBAÇÃO FOLIAR
Fornecimento de nutrientes para as plantas na forma de pulverização, afim de
aproveitar da absorção foliar dos vegetais;
Caminho: adsorção foliar → penetração cuticular e absorção no interior dos
compartimentos celulares metabolicamente ativos na folha → translocação e
utilização do nutriente absorvido pela planta;
Absorção: processo passivo, depende da concentração entre parte externa e
parte interna da folha;
Plantas aquáticas: parte aérea principal via de absorção;
Plantas terrestres: raiz principal via de absorção;
(plantas anuais podem possuir até 100-200 estômatos por mm2)
Fatores que afetam a absorção:
Deficiências nutricionais: deficiência de Mn aumenta permeabilidade;
deficiência de P e Zn menor quantidade de estômatos e tricomas; deficiência
de K diminui a absorção foliar de outros nutrientes;
Sais solúveis: vantagens: baixo custo, absorção rápida; desvantagens:
dificuldade de mistura, fitotoxidez, baixa concentração/volume, adsorção na
CTC foliar.
Quelatos/fosfitos: vantagens: facilidade de mistura, baixa adsorção da CTC
foliar; desvantagens: custo elevado, absorção moderada, baixa
concentração/volume.
Suspensões concentradas micronizadas: vantagens: alta concentração/volume,
facilidade de mistura; desvantagens: absorção muito lenta.

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