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No ambiente existem mais de 100 elementos, na planta existem cerca de 40 sendo divididos

entre essencial, benéfico e tóxico.


Existem 17 elementos essenciais que são: C, H, O, N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo,
Ni, Zn. Esses são necessários para a estruturação de células (C, H, O, N, S) e existem os que são
necessários fisiologicamente para manter o crescimento e o ciclo vegetativo (K, Ca, Mg, P, Fe,
B, Cl, Cu, Mn, Mo, Zn, Ni)
Os macronutrientes são: N, P, K, S, Ca e Mg
Micronutrientes: Fe, Mn, B, Zn, Cu, Mo, Ni e Cl
Elementos benéficos podem melhorar o crescimento das plantas e a qualidade das culturas,
bem como a resistência a pragas, doenças e estresses abióticos.
Ex: Na, Si, Co, I, Se, Al e outros
Elementos tóxicos: São aqueles cuja presença levam as plantas a morte.
Ex: Al, Cd, Pb, F e outros
Critério de essencialidade, na ausência a planta não completa o ciclo, o elemento não pode ser
substituído.
Funções dos nutrientes:
Estrutural – Fazem parte da estrutura de moléculas como clorofila (N e Mg)
Ativador – Ativam enzimas
Grupo prostético – A coenzima ou íon metálico que está ligado covalentemente à parte proteica
da enzima é chamada de grupo prostético.
Nutriente mineral de plantas: Um elemento que é essencial ou benéfico para o crescimento e
desenvolvimento da planta ou para qualidade do produto colhido.
A planta tem cerca de 70 a 95% de água, e de 5 a 30% de matéria ou massa seca.
Composição relativa dos nutrientes na matéria seca:
- Macronutrientes orgânicos: C, H, O – 92%
- Macronutrientes: N, P, K – 4,9%
- Micronutrientes: 1%
Absorção iônica radicular:
Solo fornece nutrientes mineiras e a planta absorve através da raiz.
Contato íon – raiz:
Três processos seguindo a ordem:
- Intercpção radicular (encontro casual entre M e raiz): Pequena contribuição, 1 a 2% no total.
- Difusão (movimento em fase aquosa estacionária): Pequenas distâncias, P
principalmente e K
- Fluxo de massa (movimento em fase aquosa móvel): Maiores distâncias, N, S, Ca, Mg e
alguns micro

Absorção iônica se dá contra gradiente de concentração e exige energia metabólica (ATP);


Concentração de íons fica maior no suco celular. É caracterizada pela seletividade, genótipo e
[M] no suco celular.
Processo de absorção: Vias até o xilema – Passivo Apoplasto e Ativo Simplasto.
Absorção passiva, ocupação do APOPLASTO: Processo rápido e reversível, a favor do
gradiente de concentração, não exige energia metabólica (ATP).
Absorção ativa, ocupação do SIMPLASTO: Processo lento e irreversível, contra o gradiente de
concentração, exige energia metabólica (ATP). Essas características são estabelecidas pelas
membranas celulares, que são compostas por constituintes de natureza lipídica = “Barreira”.
- Proteínas: ~ 55%, lipídeos ~ 40%, fosfolipídeos e glicolipídeos.
M vence a barreira através de “bombas eletrogênica ou bomba protônica” e elas atuam no
transporte unidirecional de íons (uniporte) e estão acopladas em sistemas geradores de energia,
exemplo H+ - ATPases.
Carreadores ou carregadores passam por mudanças conformacionais durante o transporte.
Canais iônicos são de alta velocidade, transportam apenas a favor de gradientes de potencial
eletroquímico.

Fase passiva:
- Processo físico ou químico, ocorre em sistemas vivos ou não;
- Não está ligado a respiração e a fosforilação;
- Não há gasto de energia direto para o transportador;
- Espontâneo;
- Inibidores e temperaturas não influem;
- Não seletivos.
Fase ativa:
- Processo metabólico, ocorre em célula viva;
- Está ligado à respiração e a fosforilação;
- Há gasto de energia direto para o transportador;
- Não espontâneo;
- Inibidores e temperatura influem;
- Seletivos;
- Não reversível.

Fatores que afetam a absorção radicular:


Externos, concentração na superfície da raiz:
- Disponibilidade;
- Aeração;
Atividade microbiológica, respiração radicular e forma dos nutrientes. Práticas: Aeração,
gradagem, subsolagem proporciona maior cresc. sist. Radicular, maior infiltração de água,
maior aeração.
- Umidade;
Disponibilidade dos Ms – Oxidação/redução, atividade microbiológica. Contato íon raiz
(fluxo de massa e difusão).
-Temperatura;
Afeta processos fisiológicos como respiração, 20 a 35ºC favorável, temperaturas extremas
abaixo ou acima do nível ideal diminui a absorção.
- Interação entre íons;
Solução do solo tem inúmeros íons, “M” ou não, a presença de um pode afetar a absorção do
outro, inibição e sinergismo.
Inibição: Inibidor reduz a absorção do “M”, ex Ca e Cu. Inibição competitiva acontece quando
o “M” e o “I” competem pelo mesmo sítio do cerregador.
Inibição não competitiva: “M” e “I” não competem pelo mesmo sítio do carregador, mas o “I”
promove um bloqueio (conformação).
Sinergismo: Presença de um aumenta a absorção do outro, como Mg e P.
- pH;
Efeitos direto: pH ácido (H+) – Inibicão competitiva de cátions, danos ás membranas.
pH alcalino (OH-) – Inibicão competitiva de ânions.
- Micorrizas.
Efeitos: Aumenta a área de absorção do sistema radicular, aumenta o volume de solo
explorado pelo sistema radicular.
Benéfico para a absorção de P (principal), outros “Ms” e água, “Ms” que se movem por
difusão.

Internos (planta), capacidade de absorção:


- Potencial genético;
Existe seletividade na absorção, exemplo do milho e feijão.
- Estado iônico interno;
Fome – A relação entre a concentração externa e a taxa de absorção de um dado íon apresenta
uma relação variável, dependendo em particular da concentração interna do elemento, isto é, do
estado nutricional da planta. Em geral, quando a concentração interna de um íon aumenta, a taxa
de absorção declina e vice-versa.

- Nível de carboidratos;
Combustível, principal fonte de energia (ATP).
- Intensidade respiratória;
Efeito indireto, aumenta o fluxo de massa (contato íon – raiz), aumenta o transporte no xilema
(< estado iônico interno).
- Morfologia sistema radicular.
Raízes mais finas.
Sistema radicular + ramificado: > área de absorção, > volume de solo explorado.

Transporte:
A maioria das plantas verdes terrestres possui tecidos que estão muito afastados do solo, para
seu desenvolvimento, as plantas elaboram estruturas e mecanismos que realizam o transporte
de água e nutrientes no interior do corpo, após o nutriente ser absorvido pelas raízes por meio
das células da epiderme, sofrerá transporte.
Transporte é definido como movimento do elemento do local de absorção na raiz ou na folha
para outro local dentro ou fora do órgão de entrada.
Dividido em dois tipos:
Transporte radial: Compreende o movimento do nutriente da célula da epiderme até os vasos do
xilema, pode ocorrer via apoplasto ou via simplasto. (Absorção foliar pelo floema)
E após o nutriente ter atingido o xilema, tem-se o transporte á longa distância até a parte aérea,
que ocorre pelo processo totalmente passivo para todos os nutrientes. (Absorção radicular pelo
xilema).
Formas transportadas de elementos no xilema:
N – NH4+, NO3-, amidas e açúcares;
P – H2PO4-, nucleotídeos, ésteres descarboidratos
K, Ca e Mg – K+, Ca2+, Mg2+
S – SO42-, cisteína, cistina
B – H3BO3, boratos, aril boratos
Cu – Cu2+, complexos, quelatos
Fe – Fe2+, Fe3+, Fe-citrato
Mn - Mn2+, Mn – quelatos
Mo – HmoO4-, Mo-aminoácidos
Zn – Zn2+, Zn-quelatos

Redistribuição:
Refere-se a transferência do nutriente de um órgão ou região de residência para outro ou outra,
em forma igual ou diferente da absorvida. Raízes (fonte) e folhas (dreno), folhas são
reservatórios até a redistribuição para outros órgão ou tecidos.
É um processo secundário, o soluto passa por três sistemas: Difusão no simplasto e espaço livre,
transporte ativo através da membrana para o floema, fluxo passivo pelos tubos crivados.
Nutrientes com alta mobilidade na planta, apresentam alta concentração no floema, imobilidade
no floema seja causada pela incapacidade dos elementos de entrar nos tubos crivados.
Mobilidade de nutrientes no floema:
Segundo Marschner 2023 – Varia com espécies de plantas:
Alta mobilidade: N, P, K, Mg, S, Cl;
Intermediária: Zn, Cu, Fe, Mo, B
Baixa: Mn e Ca
A capacidade de remobilização de locais de reserva da planta para os órgãos reprodutivos (via
floema) vai determinar o vigor da semente e das plântulas.
O grau de mobilidade no floema dos nutrientes classificados como variáveis ou condicionais
varia entre espécies e, mesmo, entre genótipos dentro da mesma espécie, com as condições do
ambiente, podendo ser móveis em determinadas circunstâncias e aparentemente imóveis em
outras.
O B seria móvel no floema de quaisquer espécies que produzir o sorbitol, manitol ou dulcitol.
Exemplo: Pereira, macieira, ameixeira, pessegueiro, cominho, coentro, funcho, salsa, cenoura,
oliveira.
Relevância prática de redistribuição:
1º Localização dos sintomas de deficiência dos “Ms”, normalmente os sintomas ocorrem nas
folhas, exceto em frutos como tomate, pimentão, pepino e melancia.
2º Imóveis e pouco móveis:
- Exigem um suprimento constante durante o ciclo – Dessa forma a melhor maneira de se
nutrir as plantas em Ca e B é via solo (radicular).

Absorção iônica foliar e adubação foliar:


Processo no qual a nutrição das plantas é feita através das partes aéreas, principalmente das
folhas.
O objetivo principal de se estudar a absorção foliar está no uso eficiente da adubação foliar.
(Não substitui a adubação via solo).
Interesses práticos da absorção foliar:
- Corrigir deficiências durante o ciclo da cultura;
- Fornecer micronutrientes, principalmente para culturas perenes;
- Fornecimento de nutrientes em cobertura quando há impedimento de aplicação via solo
(Exemplo: Cana de açúcar com 4 – 6 meses – aplicação aérea)
- Fornecimento de Ca diretamente em frutos, evitando desordens nutricionais (Exemplo:
Tomate e maçã).

Após atravessar a cutícula, penetrando no apoplasto, a segunda barreira para a absorção iônica
é a plasmalena, para então atingir o simplasto e serem utilizadas ou transportadas para outras
células ou órgãos.

Duas propriedades são de muita importância para o entendimento da absorção foliar: a


molhabilidade e a troca iônica.
A molhabilidade: É a propriedade que a folha tem de permitir a aderência das gotículas
de solução contendo nutrientes que entram em contato com a sua superfície e deixar que a
solução penetre seu interior.
Vários compostos que formam as pectinas, cutinas e ceras possuem grupos -OH
(hidroxila) e -COOH (carboxila), que podem ter os H+ dissociados, produzindo pontos de cargas
negativas, que podem atrair e reter cátions.
Vias e mecanismos de absorção:
A absorção foliar, assim como a radicular compreende uma fase passiva (penetração
cuticular) e uma ativa (absorção celular).
A) Passiva – Processo não metabólico em que o nutriente aplicado a superfície foliar atravessa a
cutícula superior ou inferior ocupando o ELA, formado por parede celular, espaços
intercelulares e superfície externa da plasmalema. Entrada do nutriente no apoplasto celular.

Algumas substâncias quando aplicadas na superfície das folhas são capazes de desfazer algumas
ligações químicas existente entre as unidade da estrutura cerosa da cutícula. Exemplo: Ureia –
“difusão facilitada” – aumento da permeabilidade na cutícula (“afrouxamento” ligações
químicas dos componentes da cutícula.

B) Ativa – Processo metabólico lento, ocorre contra um gradiente de concentração e exige o


fornecimento de energia.
O nutriente é efetivamente absorvido, passando pelas membranas (plasmalena e ou tenoplasto)
das células da epiderme e do mesófilo. Assim, é atingido o simplasto, podendo ser metabolizado
ou transportado entre célular por meio de projeções citoplasmáticas “plasmodesmos”, atingindo
o floema e assim tem-se o transporte a longa distância.

Duas são as possíveis fontes de energia (ATP) para a absorção ativa:


- Fosforilação oxidativa (respiração) das mitocôndrias;
- Fosforilação fossintética que ocorre nos cloroplastos iluminados.
Diferente ao que ocorre nas raízes, o elemento absorvido pelas folhas podem atingir o floema
tanto pelo apoplasto – por difusão pelas paredes e espações intercelulares – quanto pelo
simplasto, através das comunicações citoplasmáticas, os plasmodesmos. O transporte a longa
distância para outros órgãos, quando ocorre, tem lugar principalmente pelo floema, o processo
exigindo energia.
Mobilidade dos nutrientes no floema:
O transporte varia de elemento pra elemento, sendo classificados como altamente móveis até
imóveis.

Fatores que influenciam na absorção foliar:


Fatores externos:
- Molhabilidade da superfície foliar;
A capacidade da solução molhar a superfície, depende da tensão superficial da gota e da
natureza da superfície, o ângulo de contato entre a solução e a superfície foliar diz respeito ao
maior ou menor molhamento da folha pela solução. Assim, quanto mais espalhada for a gota da
solução, maior será o contato dessa com a superfície foliar e, portanto, maior será a possibilidade
de absorção da mesma.
- Temperatura e umidade relativa do ar;
Determinam a velocidade de secamento da solução aplicada à superfície foliar, umidade
relativa alta e temperaturas amenas favorecem a absorção foliar, devido a menor evaporação da
água da solução, mantendo a cutícula hidratada, na prática as condições favoráveis para a
aplicação foliar de elementos seriam pela manhã e no final da tarde.
- Concentração e composição da solução;
Velocidade de absorção e transporte diferem entre os elementos, exemplo: N amídico > N
nítrico > N amoniacal.
A alta velocidade de absorção de ureia pode provocar toxidez à planta, devido à liberação de
altas concentrações de amônia (NH3) pela atividade da urease da folha.
Efeitos interiônicos (inibição e sinergismo) também ocorrem na absorção foliar. Exemplo: A
presença de Cu ou B reduz em 50% a absorção do Zn aplicados as folhas do cafeeiro, a presença
de N aumenta significativamente as concentrações de Zn nas folhas, o H+ inibe
competitivamente a absorção de cátions.
“pH baixo promove alterações na permeabilidade da membrana plasmática, podendo ocorrer
inclusive o “vazamento” de íons já absorvidos.
- Luz.
Considera-o tendo em vista a participação no processo fotossintético e produção de energia
indispensável para a fase ativa da absorção, assim, no escuro, inexiste esta fonte de energia e
ocorre menor velocidade de absorção.
Fatores internos:
- Superfície foliar;
Cutículas finas, alta frequência de estômatos, um elevado númeo de ectosdesmas favorecem
a absorção iônica. A página inferior da folha, devido à presença de cutícula mais fina apresenta
maior absorção da solução aplicada. O grau de hidratação da folha também interfere na absorção
de nutrientes, cutículas em hidratadas são mais permeáveis à solução.
- Idade da folha;
É considerada importante na medida em que, com o amadurecimento e envelhecimento da
folha, há um maior desenvolvimento da cutícula o que aumenta a resistência da solução a
penetração e, consequentemente o processo de absorção ficaria mais difícil.
Folhas + velhas – aumento do teor de lignina e redução da taxa fotossintética.
Folhas + novas – Maior atividade metabólica, consumindo mais rapidamente os nutrientes nos
processos de síntese, reduzindo assim o seu estado iônico interno.
- Estado iônico interno.
Estado nutricional, como visto para a absorção radicular, dentro de limites, regula a
quantidade de elementos a serem absorvidos. Nesse sentido, quanto maior a concentração de
elementos químicos nas células da folha, maior será a dificuldade na absorção de novos
elementos. Deficiência aumenta a velocidade de absorção.
Uso da adubação foliar:
I – Adubação foliar complementar: Visando complementar o fornecimento de fertilizantes
aplicados via solo, empregada quando determinada cultura apresenta exigência elevada de um
nutriente específico.
II – Adubação foliar de correção: Aplicação de nutrientes para corrigir uma ou mais
deficiências nutricionais em determinados momentos do ciclo da cultura.

Funções do N
As formas assimiláveis na planta são: NH4+ (amônio) e NO3+ (nitrato).
NO3- é predominante.
Formas absorvidas:
• N2 (gás)
• Aminoácidos (RCHNH2COOH)
• Ureia [CO(NH2)2)]
• NO3-
Após a absorção o nitrato (NO3-) tem que ser reduzido a amônia (NH3) para poder ser
incorporado nos esqueletos de C.
- Quando em quantidades iguais no solo a planta tem preferência em absorver NH4+ do
que NO3-.
- NH4+ é absorvido por meio de canal iônico, sem gasto de energia direto.
- NO3- é absorvido por meio de transportados (simporte), com gasto energético direto.
- Absorção de nitrato causa alcalinização do meio e absorção do amônio causa
acidificação do meio.
Redistribuição
N – aminoácidos
C – C – C – C – N – C – C – C...
N-aa (asparagina apresenta maior mobilidade)

Participação no metabolismo vegetal


A) Redução assimilatória do nitrato

NO3- → NH2

- Através de enzimas
- Apenas na forma NH2 é possível participar da via metabólica (GDH e GS/GOGAT) para
incorporação do N nos esqueletos de C, formando aa.
- Depois deriva-se em proteínas, coenzimas, vitaminas, pigmentos, bases nitrogenadas, que
apresentam funções específicas no metabolismo da planta.

B) Incorporação do nitrogênio

- NH2 produzido na primeira etapa, pode acumular na planta, gerar toxidez e diminuir matéria
seca. Ou pode ser incorporado em esqueletos de carbono e gerar mais proteínas e mais matéria
seca.

Principais funções do N na planta

Estrutural:

Aminoácidos e proteínas, bases nitrogenadas e ácidos nucleicos, enzimas e coenzimas,


vitaminas, glico e lipoproteínas, pigmentos (clorofila).

Constituinte:

Constituinte de todas as enzimas.

Processos:

Absorção iônica, fotossíntese, respiração, multiplicação e diferenciação celular, herança.

Enxofre (S)

60 – 90% → Forma orgânica: S-fenóis, S-lipideos, S-aminoácidos, S-carboidratos, S-húmus.

Por via microbiana é convertido a formas minerais.


Anaerobiose causa redução e aerobiose causa oxidação.

Absorção:

Principal forma de absorção do enxofre é SO42- (sulfato)


Aminoácidos (cistina e cisteína)
Ambos via raiz.
O SO2 atmosférico é absorvido via estomática.

Absorção ativa promovido pela bomba de prótons, é necessário a saída de 3 H+ para entrar 1
SO4-2 sulfato

Transporte:

- Transportado em forma semelhante à absorvida, predominantemente como SO4-2.

- Pequena proporção pode ser transportado na forma orgânica, e uma fração é metabolizada para
suprir a raiz.

Redistribuição:

- A movimentação ocorre basicamente durante o transporte


- Redistribuição é muito pequena
- Glutationa (molécula que auxilia na defesa de plantas) é a principal forma de S reduzido
encontrado no floema

Participação no metabolismo vegetal:

- Alto gasto energético para assimilação (redução para incorporação/fase fotoquímica)


- Primeiro composto formado com S é a cisteína, que pode derivar em metionina, e depois serão
precursoras de outros compostos.
- 90% do enxofre reduzido faz parte dos aminoácidos essenciais (cisteína e metionina)
- Esses aminoácidos compõem todas as proteínas
- Função enzimática – Participação nos grupos sulfidrilos (-SH) – Urease, Coenzima A

Compostos orgânicos que influenciam diversos processos fisiológicos:

- Ferredoxina: Oxirredução na fotossíntese, redução do NO3- (nitrato) – redutase do nitrito,


FBN, redução do SO4-2 (sulfato), síntese do glutamato.
- Coenzima CoA: ligadas ao metabolismo de carboidratos, gordura, proteínas e na respiração.
- Grupos sulfidrilos (-SH): Participa de reações enzimáticas que confere resistência das plantas
ao frio.
- Nitrogenase: FBN

O metabolismo do S está ligado ao metabolismo do N.

Principais funções do S nas plantas:

Estrutural:

Aminoácidos como cisteína, cistina e metionina


Proteínas (todas)
Enzimas e coenzimas
Vitaminas e coenzimas como tiamina e biotina
Ésteres com polissacarídeos (membranas)
Pigmentos (clorofila)

Constituinte de enzimas:

Grupo sulfidrilo – S – H e ditiol – S – S – ativo em enzimas e coenzimas


Ferredoxina

Processos:

Fotossíntese
Fixação não fotossintética de CO2
Respiração
Síntese de gorduras
FBN

Fósforo

Absorção:

Forma absorvida pelas plantas – H2PO4-, HPO4-2


A forma predominante é H2PO4-.
Processo ocorre em duas fases:
- Passiva rápida
- Ativa mais lenta via transportadores

Transporte

Ocorre de forma semelhante à absorvida, ou seja, predominantemente como H2PO-4.

Também pode ocorrer forma orgânica (fosforil colina ou ésteres de carboidratos), porém em
baixas concentrações.

Redistribuição

Exclusivamente na forma orgânica

Estima-se que cerca de 60% do P na folha vegetal esteja passível de ser remobilizado via floema
para folhas novas.
Hidrólise de ácidos nucleicos – 40 a 47%
Hidrólise de fosfolipídios – 26 a 28%

Participação no metabolismo vegetal

4 grandes grupos

a) Ésteres fosfóricos: existem mais de 50 (trioses, frutoses,...)


b) Fosfolipídeos: componentes da membrana, conferindo natureza lipídica.
c) Nucleotídeos: ATP, ADP, DNA, RNA
d) Ácido fítico: Substância de reserva de P na planta
Energia produzida na fotossíntese e na respiração é armazenada principalmente na forma de
ATP.

Funções do fósforo nas plantas


Estrutural:
Ésteres e carboidratos
Fosfolipídeos
Coenzimas
Ácidos nucleicos
Nucleotídeos

Processos:
Transferência e armazenamento de energia
Absorção iônica
Fotossíntese
Síntese (proteica)
Multiplicação e divisão celular
FBN

Potássio
K – Solução → K – Trocável (teor de argila, temperatura, umedecimento e secagem do solo, pH
do solo)
Absorção:

Absorvido na forma iônica (K+)

Ocorre por vários sistemas (transportadores e canais)

Na membrana plasmática o K é permeável, facilitando a sua absorção, embora predomine a


forma ativa.

Transporte:

É transportado com facilidade rapidamente via xilema

Redistribuição:

Alta

Normalmente o destino é para tecidos meristemáticos ou para frutos em crescimento

Cerca de 75% do K na planta encontra-se na forma solúvel (não está ligado a composto
orgânico)

Participação no metabolismo vegetal:

Não faz parte de nenhum composto orgânico na planta

Principal função é como ativador enzimático e regulador osmótico

Importância do K:

Transporte de fotossintatos no floema

Importante na expansão celular: Estabilização do pH no citoplasma, quanto para aumentar o


potencial osmótico nos vacúolos

Função fisiológica na abertura e fechamento de estômatos.

K é o 2º nutriente mais exigido pelas plantas, por que?

Devido a necessidade que as plantas tem de manter o seu teor elevado no citoplasma das células,
principalmente para garantir uma ótima atividade enzimática.

Alta necessidade de K para manter a neutralidade de ânions e manutenção do pH citoplasmático


nos níveis adequados para funcionamento das células.
Funções

Estrutural:

Predominantemente na forma iônica

Constituinte ou ativador de enzimas:

Quinase pirúvica
Sintetase glutatione
Sintetase de Succinil – CoA
Sintetase de glutamil – cisteína
Sintetase de NAD +
Sintetase de formil tetrahidrofolato
Desidratase de frutosedifosfato
Desisdrogenase de aldeído
Sintetase do amido

Processos:

Abertura e fechamento dos estômatos;


Fotossíntese
Transporte de carboidratos e outros produtos
Respiração
Sínteses
FBN

Cálcio

Absorção:

- Ca2+

- Maior proporção de absorção ocorre de forma passiva, seguindo entrada de água.

- Absorção ocorre unicamente nas raízes jovens, nas quais as paredes celulares da
endoderme não estão suberizadas, sem estrias de caspary

- A aplicação de Ca no solo deve ocupar um maior volume

Transporte:
- Na planta a translocação do Ca ocorre junto com a água, sendo afetada pela transpiração.

- Órgãos de maior transpiração recebem maior quantidade de Ca.

- O cálcio não é redistribuído de folhas velhas para as novas ou de folhas para frutos e sementes,
sua absorção segue a absorção da água e distribuição na planta.

Redistribuição:

- Baixa concentração no floema: restrições de movimentação através dos tubos crivados.

- Grande parte do Ca da planta está contido na forma de pectatos de Ca, constituindo a lamela
média das paredes celulares.

- Forma sais cálcicos de baixa solubilidade, tais como carbonato, sulfato, fosfato, silicato,
malato, oxalato, restringindo sua redistribuição.

Participação no metabolismo vegetal:

- Maior proporção de Ca está no apoplasto, espaço extracelular, onde está fortemente retido nas
estruturas de parede celular (30 a 50% do Ca no total)

- Dentro da célula está concentrado no vacúolo/mitocôndria

- No vacúolo é encontrado na forma de oxalato de Ca

- Uma das principais funções é na estrutura da planta

Crescimento celular: o Ca ao complexar o AIA (ácido indol acético), pode deixar a parede
celular menos rígida

- Função chave: Manter a integridade estrutural das membranas de várias organelas

- Concentração do Ca no citoplasma é baixa, alta concentração no citoplasma vai inibir algumas


enzimas, e é mensageiro secundário

- É indispensável para a germinação do grão de pólen e para o crescimento de tubo polínico

Principais funções:

Estrutural:

Pectato (lamela média)


Oxalato
FItato
Calmodulinas

Constituinte ou ativador enzimático:

ATPase (aspirase)
Alfa amilase
Fosfolipase D
Nucleases

Processos:

Estruturas e funcionamento de membranas


Absorção iônica
Reações com hormônios vegetais e ativação enzimática (via calmodulina)
Mensageiro secundário

Magnésio

Absorção:

- Mg2+

- Absorção ocorre via passiva ou ativa

- Ca e K podem causar deficiência de Mg nas plantas

Transporte:

Após a sua absorção, o Mg2+ é transportado (ativa ou passiva), até atingir o xilema, daí de
forma passiva, para parte aérea na corrente transpiratória.

Redistribuição:

Mg2+ é móvel no floema devido o fato da maior parte do Mg na planta encontrar-se de forma
solúvel.

Participação no metabolismo vegetal:

Na planta a principal função do Mg é compor a molécula de clorofila, correspondendo a 2,7%


do peso das mesmas.

Os cloroplastos representam cerca de 5% do volume total de uma célula de folha madura e cerca
de 20% do Mg total encontra-se nos cloroplastos.
O Mg presente nos cloroplastos, 20% fazem parte das clorofilas, o restante está na forma iônica.

5 – 10% do Mg total acompanha o Ca na formação de parede celular

Ativa mais enzimas que o K.

É fundamental na formação e manutenção das estruturas de RNAs e DNA.

Síntese proteica: O Mg2+ é necessário à transferência de energia aos aminoácidos, por meio de
enzimas fosforilativas.

Ainda, o Mg atua como “carregador” do P, de modo que, na presença do Mg, a absorção de P


pelas plantas é aumentada.

Ativa a enzima sintetase glutamina, que atua na assimilação do N.

Funções:

Estrutural:

Clorofila

Constituinte ou ativador enzimático:

Tioquinase acética
Quinase pirúvica
Hexoquinases
Enolase
Desidrogenase de piruvato
Carboxilase de ribulose
Sintetase de glutamilo
Transferase de glutamilo

Processos:

Absorção iônica
Fotossíntese
Respiração
Armazenamento e transferência de energia
Síntese orgânicas
Balanço eletrolítico
Estabilidade dos ribossomos
Boro

Absorção:

É absorvido via raízes na forma de H3BO3 preferencialmente e H2BO3-

Transporte:

Transportado na forma absorvida através da corrente transpiratória

Redistribuição:

Para a maioria das plantas o B não é redistribuído.


Certas plantas que produzem polióis (açúcar simples – metabólito fotossintético primário)
ligam-se no B, formando o complexo “Açúcar – B móvel na planta.

Participação no metabolismo vegetal:

Teor de matéria seca varia entre 10 – 80 mg Kg-1

Desempenha vários papeis na vida das plantas:

• Síntese da parede celular e alongamento celular


• Integridade da membrana (essencial ao crescimento dos tecidos meristemáticos)
• Transporte de carboidratos
• Crescimento reprodutivo
• Ativador da ATPase da membrana: transporte de açúcar

Cloro

Absorção:

As plantas absorvem o cloro na forma Cl-, ativamente


A sua absorção pode ser inibida competitivamente por NO3- e SO42-

Transporte:
O Cl tem alta mobilidade no xilema, na mesma forma absorvida (Cl-)

Redistribuição:

A sua mobilidade dentro da planta em geral é considerada alta e a sua redistribuição das folhas
maduras para os pontos de maior exigência não sofre limitação.

Participação no metabolismo vegetal:

Dentre os micronutrientes, o Cl é o mais exigido, apresentando alto teor nas plantas 100 – 800
mg kg-1 de MS

Sua principal função seria enzimática como co-fator de enzima que atua na fotólise da água
(fotossíntese), é constituinte estrutural do PSII e outras enzimas como ATPases do tenoplasto.

Atua em efeitos osmóticos no mecanismo de abertura e fechamento de estômatos e balanço de


cargas elétricas.

Estudos recentes indicam o Cl nos seguintes processos:

Estímulo na ATPase (mantém pH citoplasma > 7), localizada no tenoplasto

Inibição da síntese ou degradação de proteínas, visto que plantas deficientes em Cl, tem-se
aumento de aminoácidos e amidas.

Estímulo na síntese de asparagina (sintetase da asparagina) e ativando outras enzimas (ATPases;


pirofosfatases) atuam no metabolismo do N

Tem sido associado também a redução de certas doenças nas plantas (podridão radicular).

Molibdênio

Absorção:

Absorvido como MoO4-2 (pH solo ≥ 5,0) ou HmoO4- (pH ≤ 5,0)

Transporte:

O Mb é transportado na forma de MoO4-2 complexado com os grupos -SH de aminoácidos ou


grupos -OH de carboidratos e, ainda, outros grupos compostos policarboxilados como ácidos
orgânicos.
Redistribuição:

De forma geral é pouco móvel no floema para a maioria das espécies.

Participação no metabolismo vegetal:

Teor na matéria seca varia de 0,1 a 90 mg kg -1

Constituinte de várias enzimas, especialmente que atuam no metabolismo de N e do S, que


estão relacionadas a transferência de elétrons.

No metabolismo do N: Redutase do nitrato (absorção do nitrato), nitrogenase (FBN)

Está envolvido no metabolismo do S (redutase de sulfito) em reações de oxirredução.

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