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Disciplina: Agricultura II

Docente: Prof. Dr. Adilson Amorim Brandão

Sorriso-MT
2022
Definições importantes

Absorção: refere-se a entrada de um elemento na forma iônica no


espaço intercelular ou qualquer região ou organela da célula. Ex: parede
celular, citoplasma.

Transporte ou translocação: é a transferência de elemento, em forma igual


ou diferente da absorvida, de um órgão ou região para outro qualquer. Ex:
da raiz para a parte aérea.

Redistribuição: é a transferência do elemento de um órgão ou região de


acúmulo para outro. Ex: da folha para o fruto.
Absorção de água e Nutrientes pela raiz
Absorção de água e Nutrientes pela raiz

80 - 90%
H2O

10 - 20% 4 – 8% Origem:
M.S. Nutrientes SOLO

92 – 96% Origem:
C,O,H Ar e Água
Absorção de água e Nutrientes pela raiz

Transpiração: A transpiração é o
processo pelo qual as plantas
perdem água para a atmosfera, na
forma de vapor, através dos
estômatos.
Absorção de água e Nutrientes pela raiz
• Formas absorvidas - Todos os nutrientes MINERAIS à exceção do boro, são
absorvidos na forma iônica.

Cátions Ânions

NH4+ Cu+2 NO3- SO4-2

Ca2+ Mn+2 H2PO4- Cl-


HPO4-2
Mg2+ Fe+2
MoO4-2
K+ Zn+2
Neutro
Ni2+

H3BO3
Contato íon-raiz
Antes de ocorrer o processo de absorção dos nutrientes pelas raízes, é
preciso ocorrer o contato íon-raiz, seja pelo movimento do íon na solução do
solo da rizosfera (difusão ou fluxo de massa), seja pelo próprio crescimento
da raiz que encontra o íon (interceptação radicular).
Contato íon-raiz

É o movimento do nutriente de um
ponto mais concentrado para um de
baixa concentração através da água.

É o contato direto entre a raiz


e o nutriente na solução do
solo.

Transporte de nutrientes com o fluxo


de água (solução do solo) até a
superfície das raízes em função da
transpiração.
Contato íon-raiz
Tabela 1. Participação relativa entre os processos de contato e a localização de adubos.

Fonte: Prado, 2008.


Mecanismos de absorção iônica radicular

Taiz e Zeiger (2004).


Mecanismos de absorção iônica radicular
Fatores que afetam a absorção iônica radicular

• Fatores externos:

- Disponibilidade do elemento. • Fatores internos:

- Características do próprio - Potencial genético.


elemento.
- Intensidade transpiratória.
- Fatores físicos, químicos e
biológicos do solo. - Morfologia radicular.
Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores externos que afetam a absorção de nutrientes:
- Disponibilidade: refere-se à necessidade de este estar na forma disponível
à planta.

Para que o nutriente seja absorvido, é preciso estar na forma


disponível na solução do solo.
Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores externos que afetam a absorção de nutrientes:
- Fatores físicos do solo:

Textura Estrutura
Densidade
Umidade do solo
Temperatura do solo
Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores externos que afetam a absorção de nutrientes:
- Fatores químicos do solo:
Composição mineralógica do solo

Presença de elementos tóxicos

Teor de matéria orgânica

Reação do solo (pH)

Interações Iônicas
Fatores que afetam a absorção iônica radicular

Figura. Disponibilidade de nutrientes em função do pH.


Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores externos que afetam a absorção de nutrientes:
- Interação entre os íons
- Inibição (antagonismo): consiste na diminuição da absorção de um
nutriente devido à presença de outro.

Ex: K x Ca e Mg

- Sinergismo: a presença de um dado elemento aumenta a absorção de


outro.

Ex: Mg aumenta a absorção do P.


Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores externos que afetam a absorção de nutrientes:
- Interação entre os íons

Íon Segundo íon presente Efeito do segundo sobre o


primeiro
Cu ++ Ca ++ Inibição competitiva
K+, Ca ++, Mg ++ Al 3+ Inibição competitiva
H2BO3- NO3-, NH4+ Inibição não competitiva
K+ Ca ++ ( alta concentração) Inibição competitiva
SO4= SeO42- Inibição competitiva
SO4= Cl - Inibição competitiva
MoO42= SO4= Inibição competitiva
Zn ++ Mg ++ Inibição competitiva
Fe ++ Mn ++ Inibição competitiva
K+ Ca ++ (baixa concentração) Sinergismo
Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores externos que afetam a absorção de nutrientes:
- Fatores biológicos do solo: sem com
micorrizas micorrizas
Micorrizas

Afetam a fisiologia do sistema


radicular

Expansão do sistema radicular.


Maior absorção de nutrientes.
Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores externos que afetam a absorção de nutrientes:
- Fatores biológicos do solo:

Microrganismos solubilizadores Microrganismos fixadores de N

Acidificam a rizosfera

Absorção de fontes menos


solúveis.
Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores internos que afetam a absorção de nutrientes:

Potencial Genético

Estado iônico interno

Nível de carboidrato

Intensidade Transpiratória

Morfologia do sistema radicular


Fatores que afetam a absorção iônica radicular
Fatores internos que afetam a absorção de nutrientes:
- Fatores morfológicos da raiz:

Taxa de crescimento da raiz

Diâmetro médio das raízes

Pelos absorventes

Comprimento de pelos radiculares

Área radicular
Transporte de nutrientes

Após o nutriente ser absorvido pelas raízes por meio das células da epiderme,
o mesmo sofrerá o transporte, definido como movimento do nutriente do local
de absorção para outro local qualquer.

Têm-se dois tipos de transporte dos nutrientes nas plantas, o radial (da
epiderme até o xilema) e o de longa distância (do xilema até a parte
aérea).
Transporte a longa
distância

Redistribuição
Transporte a curta
distância (radial)
Redistribuição de nutrientes

• Trata-se da transferência do elemento de um órgão ou região de


acúmulo para outro qualquer.

• Dá-se predominantemente pelo floema.

• Esta redistribuição (remobilização) dos elementos difere entre os


nutrientes e reflete na localização dos sintomas visuais de deficiência
nutricional nas plantas.
Redistribuição de nutrientes

Tabela. Redistribuição dos nutrientes e os órgãos onde os sintomas


de deficiência ocorrem primeiro.

NUTRIENTES REDISTRIBUIÇÃO SINTOMAS VISUAIS


DEFICIÊNCIA
N, P, K, Mg e Cl móveis Folhas velhas
S, Cu, Fe, Mn, Zn pouco móveis Folhas novas
B e Ca imóveis Folhas novas e
meristemas

Fonte: Malavolta et al. (1997).


FOLHAS VELHAS FOLHAS NOVAS

SINTOMAS DE
DEFICIÊNCIA

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