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Introdução

Micronutrientes é uma das classificações dos elementos minerais essências


presentes no solo e são requeridos pelas plantas em menores quantidades.

Esses elementos minerais essências são os conhecidos nutrientes, sem os


quais a planta é incapaz de completar seu ciclo de vida.

São exemplos de micronutrientes os elementos boro (B), cloro (Cl), cobre


(Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e zinco
(Zn).

Oposto a essa classificação, como você já deve imaginar, temos


os macronutrientes chamados assim por serem requeridos pelas plantas
em maiores quantidades.

Esses nutrientes são famosos por formulações de adubo NPK que


basicamente apresenta em sua formulação o nitrogênio, fósforo, potássio. E
também são exemplos de macronutrientes o cálcio, magnésio e enxofre.

Independente de classificação qualquer um desses nutrientes pode merecer


a sua atenção. Dependo da cultura em questão, da situação nutricional do
solo e da planta.

Sendo que cada planta vai necessitar de um balanço nutricional distinto e


cada solo uma situação nutricional, que pode ser aferida através de
uma análise de solo.

Micronutrientes no solo

Os Micronutrientes são utilizados pelas plantas em pequenas quantidades.


Sua falta, no entanto, pode acarretar grandes perdas na produtividade.
O zinco (Zn), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo),
boro (B) e cloro (Cl) são os elementos considerados micronutrientes
essenciais. Outros elementos, como o sódio (Na), cobalto (Co), silício (Si)
e níquel (Ni), são considerados benéficos.

Os micronutrientes ocorrem em teores muito baixos no solo e a quantidade


total varia com o material de origem e o grau de intemperização dos solos.
Solos derivados de basalto são mais ricos em micronutrientes, que os
derivados de arenitos.

Micronutrientes na planta

A disponibilidade dos micronutrientes para as plantas é influenciada pelas


características do solo, como à textura e mineralogia, teor de matéria
orgânica, umidade, pH, condições de oxi-redução e interação entre
nutrientes. O entendimento da dinâmica dos micronutrientes nos diferentes
tipos de solo e do requerimento pelas culturas, definição de doses, fontes e
estratégias de fornecimento de micronutrientes, adequadas às condições
locais, são passos fundamentais para maior produtividade das lavouras e
uso eficiente de insumos.

Ferro

O Ferro (Fe) é um micronutriente catiônico e constitui 5% da crosta


terrestre, a coloração do solo, em muito é resultante da presença dos óxidos
livre.

Assim como os demais micronutrientes um fator muito importante para a


sua disponibilidade no solo é o pH, a presença de Matéria Orgânica e
também de Fósforo podem impactar na disponibilidade de Ferro para as
plantas. Isso se deve, principalmente, ao fato de que para ser absorvido
pelas plantas ele precisa passar por uma redução de Fe³+ para Fe²+.

Principais funções do Ferro:

 Ativador ou componente de enzimas


 Influencia na fixação do Nitrogênio
 Catalisador na biossíntese da clorofila
 Atua no desenvolvimento de troncos e raízes

Principais sintomas de deficiência de Ferro (mais comuns):

 Devem-se observar as folhas novas, nas partes mais altas e na ponta


dos ramos, devido a pouca mobilidade do Ferro pelas plantas essas
áreas tendem a apresentar folhas delgadas e amareladas, quebradiças
e vitrificadas.
 É comum também perceber que somente as nervuras das folhas
permanecem verdes, enquanto os limbos ficam amarelados.
 Em casos graves de deficiência de Ferro, ocorre a necrose e a queda
das folhas, podendo chegar ao desfolhamento total.
 Em plantas anuais inibe o crescimento da planta.
 Em arbóreas (frutíferas, em especial) ocorre a queda das folhas,
diminuição do tamanho dos frutos e amadurecimento precoce.

Principais sintomas de excesso de Ferro:

 Devida a rápida conversão de Fe solúvel para insolúvel é raro


encontrar toxidade de Ferro nas plantas

Principais plantas que sofrem com a deficiência de Ferro:


Soja, árvores frutíferas em geral, arroz, café, cacau, coco e dendê, entre
outros.

Principais formas de diagnóstico precoce

 Análise de micronutrientes do solo (com muito cuidado, pois pode


haver Ferro, mas este não estar disponível para as plantas).
 Preferencialmente através da Análise de micronutrientes do tecido
foliar.

O ideal é realizar assim que possível a análise de tecido para verificar o


equilíbrio nutricional da planta. A deficiência de Ferro é muitas vezes
confundida com outras deficiências, e somente através da análise foliar (e
em especial do uso do DRIS) é que poderemos identificar corretamente a
sua deficiência para então promover a correção adequada do Ferro.

O ferro é um nutriente imóvel. Ele desempenha um papel vital na


fotossíntese e na respiração das plantas, sendo também necessário para a
fixação de nitrogênio na soja.

Os sintomas de deficiência de ferro incluem clorose internerval das folhas,


chamada clorose de ferro. Tal condição é geralmente encontrada em solos
de pH 7,5 a 8.3. Em casos graves de clorose de ferro, pode ocorrer a morte
das plantas.
(Fonte: UNL)

Para corrigir a escassez você pode aplicar fertilizante de ferro ao solo antes
do plantio.

Uma aplicação foliar de ferro nas plantas em crescimento pode ajudar a


resolver a descoloração. No entanto, pode ser apenas uma correção
temporária que requer aplicações repetidas.

Manganês

O Manganês (Mn) é um micronutriente catiônico e é o 11º elemento mais


abundante na natureza. Sua presença no solo deriva dos óxidos, carbonatos,
silicatos e sulfetos.

A disponibilidade de Manganês é resultado da combinação entre pH, as


condições de oxidorredução, teor de matéria orgânica e do equilíbrio com
outros elementos como o Fe e Ca. Vale lembrar que valores baixos de pH
favorecem a redução, enquanto valores altos favorecem a oxidação.
Principais funções do Manganês:

 É essencial à síntese de clorofila.


 Ativador de enzimas.
 Realiza a fotólise da água.
 Atua no desenvolvimento das raízes.

Principais sintomas de deficiência de Manganês (mais comuns):

 Redução no crescimento de raízes.


 Atinge as folhas jovens e folhas intermediárias.
 Clorose entre as nervuras.
 Manchas necróticas.

Principais sintomas de excesso de Manganês:

 Costuma haver acúmulo de Manganês (Mn) em plantas cultivadas


em solos ricos em húmus, com pH menor ou igual a 5,5.
 Manchas marrons em folhas de plantas jovens.

Principais plantas que sofrem com a deficiência de Manganês:

Soja, batata, algodão, milho, sorgo, cana-de-açúcar, café, citrus, aveia e


outros cereais.

Principais formas de diagnóstico precoce

 Preferencialmente através da Análise de micronutrientes do tecido


foliar.

O ideal é realizar assim que possível a análise de tecido para verificar o


equilíbrio nutricional da planta. A deficiência de Manganês é muitas vezes
confundida com outras deficiências, e somente através da análise foliar (e
em especial do uso do DRIS) é que poderemos identificar corretamente a
sua deficiência para então promover a correção adequada do Manganês.

O manganês é móvel no solo, mas imóvel no tecido da planta. A principal


função do manganês é ser um ativador das enzimas de crescimento das
plantas. Também ajuda na formação de clorofila.

Os sintomas de deficiência de manganês podem frequentemente ser


confundidos com a clorose do ferro, que é outra razão pela qual o teste do
solo é tão crítico.

Sintoma de deficiência de manganês em folhas novas, já que o elemento


é imóvel nas plantas

(Fonte: UNL)

O pH do solo mais alto favorece a deficiência e, portanto, os sintomas de


folhas amareladas na sua lavoura.
Isso ocorre por que em pH alto (solos corrigidos com muita calagem, por
exemplo) o manganês torna-se insolúvel e, portanto, impossível de ser
absorvido pelas plantas.

Por isso, é preferível que você faça aplicações em faixas ou via


foliar, especialmente se o pH do seu solo for 7 ou mais.

A aplicação de Mn em faixas em mistura com fertilizantes com reação


ácida (por exemplo, enxofre elementar ou nitrogênio amoniacal) pode
ajudar a prolongar e a não ocorrer a insolubilização.

A dose em faixas, próximo a faixa de plantio, é de 3 a 5 kg/ha, sendo que


na aplicação foliar fica em torno de 0,5 a 2,0 kg/ha.

Zinco

O Zinco (Zn) é um micronutriente catiônico componente comum das


rochas ígneas, um dos pontos mais interessantes sobre o Zinco é que sua
presença no solo não está diretamente correlacionada com sua
disponibilidade para as plantas.

Outra característica importante do zinco é que a sua disponibilidade é


afetada pelo pH do solo, sendo mais disponível em solos mais ácidos. Isso
significa que calagem excessiva pode provocar deficiência de zinco, no
entanto, em solos com pH ácido a deficiência de Zn pode aparecer depois
da aplicação de adubos fosfatados solúveis.

Principais funções do Zinco:

 Atua como co-fator enzimático, sendo essencial para a atividade,


regulação e estabilização da estrutura protéica.
 Afeta a síntese e conservação de auxinas, hormônios vegetais
envolvidos no crescimento das plantas.

Principais sintomas de deficiência de Zinco:

 Atinge mais as culturas plurianuais, mas também apresenta impacto


importante no milho.
 As folhas jovens apresentam zonas cloróticas que terminam
necrosadas.
 As folhas ficam menores, mas não causa o desfolhamento.
 Em geral plantas com deficiência de Zn apresentam folhas com
elevados conteúdos de Fe, Mn, P e NO3-

Principais sintomas de excesso de Zinco:

 Não é comum a sua ocorrência em plantas cultivadas em solos com


pH elevado.
 É possível em solos ácidos ou solos de origem rochosa (rico neste
nutriente).
 É possível a contaminação por Zn por fontes industriais ou por
aplicação de resíduos orgânicos.
 No caso de toxicidade por zinco as folhas apresentam pigmentação
vermelha no pecíolo e nas nervuras, sendo comum também a clorose
pela baixa concentração de Ferro.

Principais plantas que sofrem com a deficiência de Zinco:

Arroz, milho, cacau, banana, café, cana-de-açúcar, citrus, eucalipto, maçã,


maracujá, soja, uva, cereais, amêndoas e oleaginosas, etc.

Principais formas de diagnóstico precoce


 Análise de micronutrientes do tecido foliar.

O ideal é realizar assim que possível a análise de tecido para verificar o


equilíbrio nutricional da planta. Nunca se paute apenas pela análise de solo
para identificação de deficiência de Zinco.

O zinco é considerado imóvel em ambas as plantas e no solo e é o


micronutriente mais comumente aplicado na produção de milho e soja.

É importante para a proteína, formação de enzimas e integridade da parede


celular das plantas. Pode haver problemas com os tie-ups de zinco com
altos níveis de cálcio no solo, tornando o zinco incapaz de ser absorvido
pelas plantas.

Além disso, altos níveis de fósforo podem fazer com que o zinco não seja
absorvido como requer o crescimento das plantas, levando a sintomas de
deficiência de zinco.

Esses sintomas incluem faixas brancas ou faixas em folhas de milho e


internódios encurtados em soja.

(Fonte: ATP Nutrition)

Quanto às aplicações do micronutriente temos 3 formas:


 Área total: normalmente de 5 a 10 kg/ha de Zn, com eficiência por 3
a 5 anos;
 Em faixas: doses mais baixas que em área total, mas em aplicações
antecipadas e anuais como parte da adubação de semeadura;
 Aplicações foliares: foi comprovada cientificamente a eficácia de
aplicações desse tipo com 0,5 kg/ha a 2,0 kg/ha (0,05 a 0,02% de Zn
em solução) durante o ciclo da cultura.

Cobre

O Cobre (Cu) é um micronutriente catiônico, comumente encontrada nas


estruturadas cristalinas dos minerais primários e secundários, encontrando-
se disponível no solo na forma de sulfetos.

Um fator muito importante para a sua disponibilidade do solo é o pH. A


Matéria Orgânica também é uma importante fonte de Cobre para as plantas,
assim como também sofre influencia do tipo de solo: correndo o risco de
lixiviação nos solos arenosos e boa fixação e disponibilidade nos solos
argilosos.

Também é importante observar que quantidades consideráveis de Cobre


são adicionadas ao solo por meio de fungicidas, mas a análise mais
eficiente para comprovar a disponibilidade do elemento é pela análise de
tecido (análise foliar).

Principais funções do Cobre:

 Ativador ou componente de enzimas.


 Influencia na fixação do Nitrogênio pelas leguminosas.
 É essencial no balanço de nutrientes que regulam a transpiração da
planta.
 Auxilia na resistência a doenças.
 Impacta na fotossíntese e na transpiração da planta.

Principais sintomas de deficiência de Cobre (mais comuns):

 Folhas jovens tornam-se murchas e enroladas, tornando-se


quebradiças.
 Leva a inclinação de pecíolos e talos.
 Clorose (deficiência de clorofila, deixando as folhas pálidas ou
amareladas.
 Reduz a lignificação (os xilemas são comprimidos por tecidos
vizinhos, reduzindo o transporte de água e solutos pela planta).
 Em cereais provoca o abortamento de flores, produzindo espigas
pouco granadas.

Principais sintomas de excesso de Cobre:

 Raízes perdem o vigor e escurecem, apresentam também


engrossamento e paralisam o crescimento.
 O excesso de cobre pode provocar deficiência em Ferro (Fe)
 Reduz a absorção de Fósforo (P).

Principais plantas que sofrem com a deficiência de Cobre:

Soja, cítricos (laranja e limão), milho, cana-de-açúcar, cereais e folhagens


em geral.

Principais formas de diagnóstico precoce

 Análise de micronutrientes do solo (com muito cuidado).


 Preferencialmente através da Análise de micronutrientes do tecido
foliar.
O ideal é realizar assim que possível a análise de tecido para verificar a
deficiência ou excesso de Cobre para assim interceder emergencialmente
no cultivo, aplicando Cobre suplementar ou fazendo a correção de Ferro e
outros micronutrientes para equilibrar a absorção de Cobre.

O cobre é imóvel no solo e nas plantas. Ela ajuda as plantas na produção de


proteínas e enzimas e raramente é escasso.

Como o cloro, você deve ter cuidado para evitar a possibilidade de


toxicidade ao adicionar cobre a um programa de fertilidade.

Os sintomas de deficiência de cobre são folhas escuras, azul-esverdeadas e


crescimento de plantas atrofiado, seguido de morte de plântulas jovens.

(Fonte: ATP Nutrition)

Para corrigir a deficiência deste micronutriente, a fonte mais utilizada é o


sulfato de cobre, sendo possível também realizar a aplicação foliar.

No entanto, essas aplicações foliares são bem mais caras e não muito
eficientes, já que o nutriente não é móvel na planta. Assim, elas devem ser
feitas apenas em formas de emergência na lavoura.

As doses normalmente variam de 3 a 15 Kg/ha de sulfato de sobre ou 0,5


Kg/ha de quelato de cobre.
Quanto à época de aplicação, é exigido cuidado, já que esse nutriente fica
fortemente aderido ao solo. Até por isso, sua disponibilidade pode ir
aumentando com o passar dos anos, conforme as aplicações no solo forem
ocorrendo.

Boro

O Boro é um micronutriente aniônico, e na crosta terrestre se apresenta na


forma de bórax. O Boro disponível para as plantas encontra-se na solução
do solo como ácido bórico (em condições de pH neutro) e como ânion
borato (a elevados valores de pH) e pode ser absorvido tanto por via
radicular (raízes) como foliar (folhas).

Um fator muito importante para a sua disponibilidade do solo é o pH. A


Matéria Orgânica também é uma importante fonte de B para as plantas,
assim como também sofre influencia do tipo de solo: correndo o risco de
lixiviação nos solos arenosos e boa fixação e disponibilidade nos solos
argilosos.

Principais funções do Boro:

 Translocação de açúcares e metabolismo de carboidratos.


 Florescimento.
 Processo de frutificação.
 Intervêm na absorção e metabolismo de cátions, como o Ca
 Absorção de água.
 Formação da parede celular.

Principais sintomas de deficiência de Boro (mais comuns):

 Redução do crescimento e deformações nas zonas de crescimento.


 Diminuição da superfície foliar (folhas jovens deformadas, espeças,
quebradiças e pequenas).
 Acúmulo de compostos nitrogenados nas partes mais velhas.
 Crescimento reduzido das raízes.
 Abortamento floral.
 Fendas em ramos, pecíolos e frutos (levando inclusive a
deformação).
 Diminuição da concentração de clorofila.
 Diminuição da resistência às infecções.
 Diminuição da atividade das enzimas oxidantes.

Principais sintomas de excesso de Boro:

Amarelecimento das plantas.

Principais plantas que sofrem com a deficiência de Boro:

Algodão, uva, cítricos (laranja e limão), milho, cana-de-açúcar, morango,


verduras e leguminosas em geral.

Principais formas de diagnóstico precoce

 Análise de micronutrientes do solo.


 Análise de micronutrientes do tecido foliar.

Agora que você conhece um pouco mais sobre o Boro, você poderá analisar
com mais cuidado os seus resultados na análise de solo e também na
análise foliar. Não se esqueça que por ser um micronutriente o ideal é fazer
a correção a partir da suplementação foliar, detectando a deficiência de
Boro através da análise de tecido (mais confiável para micronutriente que a
análise de solo).
O boro ajuda na formação da parede celular e regula o metabolismo das
plantas. É um elemento móvel e pode ser lixiviado do solo com chuva,
tornando-o indisponível para as suas plantas.

Mas o boro também é imóvel uma vez introduzido nas plantas – a


disponibilidade da planta diminui em ambientes secos e quando o pH do
solo é alto.

As deficiências de boro podem ser identificadas por folhas jovens mal-


formadas e descoloridas e plantas raquíticas.

Folhas deformadas são os principais sintomas de deficiência de boro

(Fonte: ATP Nutrition)

Aplicação de boro nas plantas

Micronutrientes são os nutrientes que as plantas exigem em pequenas


quantidades quando comparado aos macronutrientes, a exemplo do
nitrogênio.

Porém, mesmo em poucas quantidades, são nutrientes essenciais para o


pleno desenvolvimento vegetal.
Alguns exemplos de micronutrientes são manganês (Mn), zinco (Zn),
molibdênio (Mo), cloro(Cl), cobre (Cu), ferro (Fe) e o boro (B).

Em nossos solos, os valores de B pode variar de 20 a 200ppm. Porém,


apenas 0,4 a 5 ppm está disponível às plantas.

O boro nas plantas é importante para formação de novos tecidos, por fazer
parte da constituição da parede celular e na integridade da membrana
plasmática.

Além disso, participa na divisão celular, no metabolismo e transporte de


açúcares, na germinação do grão de pólen e no crescimento do tubo
polínico.

O pegamento de flores e a granação das culturas é influenciada pela


presença do boro nas plantas.

Desta forma, a exigência nutricional se intensifica no início da fase


reprodutiva, onde ocorre a formação de estruturas dessa fase.

Molibdênio

O Molibdênio (Mo) é um micronutriente aniônico originário da


decomposição das rochas. Ele está presente no solo de 4 formas:

1. Não disponível, retido no interior da estrutura de minerais.


2. Parcialmente disponível ou trocável, absorvido nas argilas (na forma
dos óxidos de Fe e Al, como MoO42-, disponível em função do pH e
do teor de Fósforo (P) disponível.
3. Ligado à matéria orgânica.
4. Solúvel em água.
Ao contrário de alguns outros micronutrientes como o Fe, Mn, CU e Zn, a
disponibilidade do Molibdênio aumenta com o aumento do pH do solo.

Principais funções do Molibdênio:

 Atua na atividade respiratória.


 Influencia na fixação e metabolismo do N.
 Influencia a viabilidade do grão de pólen, e consequentemente, a
produtividade das plantas.

Principais sintomas de deficiência de Molibdênio:

 As folhas, apesar de manter a cor verde, deformam-se, devido a


morte .de alguma das células do parênquima.
 As folhas mostram tamanho mais reduzido.
 Apresenta clorose e mosqueados de cor marrom (em toda ou parte da
folha).
 Zonas necróticas na ponta das folhas, que se estendem aos bordos.
 A folha morre, provocando queda prematura.

Principais sintomas de excesso de Molibdênio:

 Não são frequentes os cados de toxicidade, apenas sendo notado em


plantas crescidas em zonas de minas, mas sem apresentar sintomas
visíveis.
 Pode surgir caos de toxicidade por Mo no gado, se ingerir forragens
com alto conteúdo de Mo, levando a transtornos intestinais.

Principais plantas que sofrem com a deficiência de Molibdênio:

Soja, milho, arroz, feijão, tomate e outras leguminosas, cereais, plantas


forrageiras, etc .
Principais formas de diagnóstico precoce

 Análise de micronutrientes do tecido foliar

O ideal é realizar assim que possível a análise de tecido para verificar o


equilíbrio nutricional da planta. No caso de plantas forrageiras, para
alimentação animal, o diagnóstico do excesso é ainda mais importante.

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