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Fichas técnicas – 02/04

RECONHECIMENTO DO PATRIMÔNIO
HISTÓRICO BRASILEIRO POR UMA
OBRA CORRELATA
OBRA: Casa da Dona Iaiá
Tipo de Patrimônio: Material
 Imóvel tombado pelas instâncias municipal e estadual.

Fonte: http://www.jornal3idade.com.br/?p=13801
Tombamento
Em abril de 2001, o imóvel foi tombado pelo Conselho de Defesa do
Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado
CONDEPHAAT;
Em 12 de dezembro de 2002 foi tombado em instância municipal pelo
Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e
Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP).
Sua História
 Sobrado situado na Praça Pedro Américo, erguido em 1818;

 A propriedade (Solar de Rufino) foi herdada por Dona Iaiá, mãe


de José Rufino de Almeida;

 Sebastiana de Mello Freire, a Dona Iaiá,


nasceu em 21 de janeiro de 1887. Aos 13
anos de idade perdeu seus pais e, poucos
anos depois, seu último irmão. Herdeira
de uma grande fortuna, ela não se
casou. Com 31 anos, apresentou os
primeiros sinais de desequilíbrio
emocional ficou internada por um ano no
Instituto Paulista. Após deixar a clínica,
viveu até o final dos seus dias no imóvel.
 Em 1910, ela vendeu o imóvel que passou por um processo de
degradação;
 Com 74 anos, em 1961, Dona Iaiá faleceu, morava nesta casa
que havia permanecido confinada desde 1925;
 Em leilão realizado em 1971, foi arrematado por José Rufino
de Almeida e voltou ao patrimônio da família;
 Rufino providenciou sua recuperação e manteve os traços do
seu desenho original;
 Em 1968, o sobrado foi incorporado ao patrimônio da USP;
 Em 2004, a sua restauração mereceu o Prêmio Rodrigo Mello
Franco de Andrade, concedido pelo Instituto do Patrimônio
Histórico Nacional (Iphan);
 Hoje, funciona como Centro de Preservação Cultural da
Universidade de São Paulo (USP) e é aberta para visitantes.
Levantamento:
Cronologia Construtiva
02 Ampliações
Morada burguesa Primeiro chalé

Casa de saúde
privada – D. Iaiá
 Trata-se de uma
residência em estilo
eclético, característico da
arquitetura de finais do
século XIX e início do
século XX :

 4 Fases de ampliação:
Fase 01
Fase 02
Fase 03
Fase 04
Fase 01
Vestígios de fundação, cimalhas,
constituição das massas de
rejunte e tipos de tijolos
(informações colhidas na pesquisa
histórica - RODRIGUES, 2000).

(? – 1888) José Maria Talon


provável proprietário do chalé́ de tijolos;
 Registros da casa casa, em seu primeiro formato – chalé
(1860);
 Sofreu quatro ampliações entre os anos de 1888 e 1903.
 Reconstituição virtual, por
Tirello (2008) do chalé de
tijolos que nucleia a casa
atual (anterior a 1888);

Fachada chalé

Planta Baixa Atual Planta Baixa - 1860


 Indícios de apenas quatro
cômodos compondo sua
planta original;

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=GM-_BxV9fxA
Fase 02
(1888-1902) Afonso
Augusto Milliet
Considerado responsável
pela transformação do
chalé́ em casa de morada;
corresponde ao período em
que os ambientes
receberam as primeiras
decorações parietais;
 Frente: área
 Pinturas murais social.

 Fundos: área
íntima.

 Murais métricos feitos por


chapas de zinco, estes
moldes, resultavam em
pinturas vazadas.

 Cada ambiente possuía uma


 Claraboia decoração e uma cor
diferente para cada tipo de
uso na residência.
 Sala Rosa

 Sala Azul
Fase 03
(1902-1919) João Guerra
promotor da reforma que
confere às fachadas
características
neoclássicas, quando os
interiores são redecorados
com pinturas artísticas
parietais de estilo art
nouveau;
 Ampliação de
uma cozinha e
duas despensas

 Os detalhes estavam na decoração, que recebeu adornos com


as iniciais do dono JG (João Guerra)
Fase 04
(1921-1961) Dona
Sebastiana de Mello Freire
Dona Iaiá, a herdeira
interditada e ultima
proprietária da casa.
 As alterações foram
para receber D. Iaiá, e
assim foram retirados
os papéis de parede e
os afrescos foram
repintados com cores
neutras e material de
fácil limpeza.

 As janelas agora
tinham caixilhos
duplos de ferro e se
abriam somente pelo
lado externo, com
vidros duplos e mais
resistentes a quebra

 Os muros foram aumentados em sua altura para que a paciente não


fugisse.
 Os detalhes estavam
na decoração, que
recebeu adornos com
as iniciais do dono JG
(João Guerra)
Hoje - Centro de Preservação
Cultural da USP
 Visa garantir sua destinação pública como de lugar de
memória, cujos usos e atividades deveriam necessariamente
articular-se a sua historicidade.
 A sua restauração mereceu o Prêmio
Rodrigo Mello Franco de Andrade,
concedido pelo Instituto do Patrimônio
Histórico Nacional (Iphan), em 2004.

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