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Professor Cherlio Scandian

Rodrigo de Oliveira Pezzin

Mecânica da fratura
Sumário

3.2.1 – Taxa de liberação de energia não linear.


3.2.2 – como uma integral de linha de caminho independente.
3.2.5 – Medições de em laboratório.
3.3 – Relação entre e CTOD.
3.5 – controlando a fratura.
3.2 – A integral de contorno

Idealizando uma deformação elastoplástica como não


linear elástica, Rice forneceu uma base de
metodologia da mecânica da fratura muito além dos
limites válidos da MFLE.
O gráfico apresenta a curva tensão-deformação de
um material eslastoplástico e de um não linear
elástico.
3.2 – A integral de contorno
O comportamento dos dois materiais em
carregamento é idêntico, porém deferem quando
descarregados.
O material elastoplástico sofrerá um
descarregamento linear com inclinação igual ao
módulo de Young, enquanto que o material não linear
elástico sofre descarregamento pelo mesmo caminho
por onde foi carregado.
Existe uma relação única para um material elástico,
mas um valor de deformação pode corresponder a
mais de um valor de tensão se o material foi
descarregado ou ciclicamente carregado.
3.2 – A integral de contorno

Uma análise pode assumir que o comportamento não


linear elástico pode ser válido para um material
elastoplástico desde que não ocorra
descarregamento.
A teoria de deformação da plasticidade que
relaciona deformações totais com tensões em um
material é equivalente à elasticidade não linear.
3.2 – A integral de contorno
Rice apresentou uma integral de contorno para análise de trincas.
Ele mostrou que o valor da integral, que ele chamou de , é igual a taxa de
liberação de energia em um corpo não linear elástico que contém uma trinca.
A equação da taxa de liberação de energia que já vimos, , é valida para
materiais não lineares elásticos, apenas substituindo-se por :

Onde é a área da trinca e é a energia potencial dada por:

Onde é a energia de deformação estocada no corpo e é o trabalho feito por


forças externas.
3.2 – A integral de contorno

Considerando uma placa com uma


trinca que exibe uma curva
carregamento-deslocamento não linear,
se a espessura for unitária, .
Lembrando que a taxa de liberação de
energia é dada em termos da área e
não do comprimento da trinca.
3.2 – A integral de contorno

Para controle de carregamento:

Onde é a energia complementar de


deformação, que é definida por:
3.2 – A integral de contorno

Então, para controle de carregamento,


é dado por:

Já, para controle de deslocamento, o


trabalho das forças externas, , é zero, e
é dado por:
3.2 – A integral de contorno

A diferença de (no controle por


carregamento) para (no controle por
deslocamento) é:

Que é negligenciável.
Logo, é o mesmo para ambos os
controles.
Analogamente ao que foi demonstrado
para .
3.2 – A integral de contorno

Através das definições de e , podemos


expressar em termos de carga e de
deslocamento:
3.2 – A integral de contorno

Fazendo a integração por partes dessas


duas equações, nos levará a algo que já
inferimos da figura ao lado:
é o mesmo para controle de carga e
para controle de deslocamento”
é uma versão mais genérica da taxa de
liberação de energia.
3.2 – A integral de contorno

Para o caso especial de um material


linear elástico:

E:

Para o Modo I de abertura de trinca.


3.2 – A integral de contorno

A taxa de liberação de energia é geralmente definida como a energia liberada


de uma estrutura quando a trinca cresce em um material elástico.
Entretanto, boa parte da energia de deformação absorvida por um material
elastoplástico não é recuperada quando a trinca cresce ou o material é
descarregado.
Conclusões

O valor de é, supostamente, uma propriedade do material independente do


tamanho da amostra.
Quase sempre existe algum nível de triaxialidade à frente da trinca, mesmo em
folhas finas. Essa triaxialidade vai diminuindo a medida que nos aproximamos
da superfície livre no sentido da espessura (eixo ).
Um corpo de prova de laboratório e uma trinca de superfície não produzem,
necessariamente, a mesma morfologia de fratura.
Referências

ANDERSON, T. L. Fracture Mechanics: Fundamentals and applications. 4º


Edition. Boca Raton, FL. CRC Press. 2017.

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