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Relações Trabalhistas

GRH

Profa. Gilmara Roble


Email: groble@cruzeirodosul.edu.br

AULA 08
Surgimento do Sindicalismo

A história do sindicalismo surgiu na Europa com origem nos


movimentos dos trabalhadores na época da pós revolução industrial,
onde teve início os conflitos relacionados ao capital e o trabalho. A
convenção 87 da OIT - Organização Internacional do Trabalho,
determina que a liberdade sindical é um direito dos trabalhadores de
se organizarem para defenderem direitos trabalhistas, sem a
interferência do estado. A convenção trazia diretrizes com quatro
garantias universais que eram: fundar sindicato, administrar o
funcionamento, atuar em defesa dos direitos e filiação de
organizações de trabalhadores e empregadores (Nascimento 2012).
Organização Sindical no Brasil

Sindicalismo no Brasil - final do século XIX - fim da escravidão e mudança do


sistema produtivo – da agricultura do café e da cana de açúcar os principais
propulsores da economia brasileira, para o inicio da industrialização onde os
trabalhadores passaram a receber pagamento pelos seus serviços.

Os primeiros esboços no sentido da criação do sindicalismo no Brasil, foram


apontados na constituição de 1891 no artigo 72 que apenas citava que “A todos é
lícito associarem-se e reunirem-se livremente e sem armas; não podendo intervir a
polícia senão para manter a ordem pública”.

Em 1907 que foi criado o primeiro sindicato dos trabalhadores urbanos, reconhecido
pelo Decreto 1.637/1907, que criou sociedades corporativas, permitindo a qualquer
trabalhador filiar-se.
1931 o governo de Getúlio Vargas baixa o decreto de lei nº 19.770 conhecido como lei
dos sindicatos, onde estabelece o direito de distinção entre sindicato patronal e
sindicato dos empregados, bem como autorizando a criação das federações que eram
formadas por pelo menos três sindicatos e a criação das confederações que deveriam
ser formadas por pelo menos cinco federações, que estariam sob a fiscalização do
Ministério do Trabalho.

1953 eclodiu a luta de classe, onde só na cidade de São Paulo teve mais de 800
greves de trabalhadores das indústrias têxteis e metalúrgicas que protestavam contra a
fome, esse movimento ficou conhecido com a greve dos 300.000 trabalhadores de São
Paulo.
1978 no ABC paulista, no final do período da ditadura militar que governava o país, a
classe operária ressurge e volta a cena dos protestos e paralisações exigindo
democracia, liberdade sindical e cobravam do governo um modelo econômico que
permitisse o desenvolvimento do Brasil, sem inflação alta e criticava a dependência do
Brasil a financiamentos externos como o FMI, que emprestava dinheiro ao nosso país
e determinava regras de contenção de gastos e aumento das taxas de juros, e
redução salarial que impactavam na vida dos trabalhadores e suas famílias.

1983 nasce a Central Única dos Trabalhadores - CUT. Sindicalismo classista e de viés
socialista muito combativo que movimenta as massas com visão diferente sobre o
capital e trabalho, pois considera o trabalhador dentro de um horizonte mais amplo,
como classe produtora de riqueza social. Duas características básicas definiam o
sindicalismo classista e de massas da CUT. A luta por atrair a maior participação
possível de trabalhadores nos movimentos de protestos e a segunda era a grande
capacidade de organizar as massa contra a classe burguesa e dominante.
Com a promulgação da Constituição foi formalizado o sistema sindical no Brasil,
instaurando o princípio de unicidade sindical nacional, proibindo a criação de mais
de um sindicato representativo para a mesma categoria profissional, exemplo (não
pode ter dois sindicatos representantes dos comerciários em São Paulo), da
formalização surgiram as grandes centrais sindicais com muita força de mobilização
e poder de negociação. As mais importantes foram: a Central Única dos
Trabalhadores (CUT), a Confederação Geral do Trabalhadores (CGT) e a Força
Sindical (FS).
REFERÊNCIAS

BRASIL. CLT. Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva (Atualizada),
2018.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2017.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro do. Iniciação ao Direito do Trabalho. 33 ed. São Paulo:
Editora LTr, 2011.
GARCIA, G.F.B. Curso de Direito do Trabalho. 10ª edição, São Paulo: Editora Forense,
2016.
Vídeo sobre o Sindicalismo no Brasil

https://youtu.be/uiYbMxdnkrg

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