Você está na página 1de 56

O LIVRO DOS

ESPÍRITOS

Livro Terceiro:
Leis Morais
Capítulo VI: Lei de Destruição
Questões 728 à 765
Destruição necessária
e destruição abusiva
728 – A destruição é uma lei da Natureza?
É preciso que tudo se destrua para renascer e se regenerar, porque
o que chamais destruição não é senão uma transformação que tem
por objetivo a renovação e melhoramento dos seres vivos.
 
728.a) O instinto de destruição teria, assim, sido dado aos seres
vivos com objetivos providenciais?
As criaturas de Deus são os instrumentos dos quais ele se serve para
atingir seus fins. Para se nutrirem, os seres vivos se destroem entre
si, e isso com o duplo objetivo de manter o equilíbrio na
reprodução, que poderia vir a ser excessiva, e de utilizar os restos do
envoltório exterior. Mas, sempre, não é senão esse envoltório que é
destruído, e esse envoltório não é senão o acessório e não a parte
principal, é o princípio inteligente que é indestrutível e que se
elabora nas diferentes metamorfoses que sofre.
4
729 – Se a destruição é necessária
para a regeneração dos seres, por
que a Natureza os cerca de meios
de preservação e de conservação?
Para que a destruição não chegue
antes da época necessária. Toda
destruição antecipada entrava o
desenvolvimento do princípio
inteligente. Por isso, Deus deu a
cada ser a necessidade de viver e de
se reproduzir.
730 – Visto que a morte deve nos conduzir para uma vida
melhor, que nos livra dos males desta, e que, assim, ela
está mais para ser desejada que temida, por que o
homem tem dela um horror instintivo que o faz temê-la?
Já o dissemos, o homem deve procurar prolongar sua vida
para cumprir sua tarefa. Por isso, Deus lhe deu o instinto
de conservação que o sustém nas provas, e sem o qual se
deixaria, muito frequentemente, levar ao
desencorajamento. A voz secreta que o faz repelir a morte
lhe diz que ele pode ainda fazer alguma coisa pelo seu
adiantamento. Quando um perigo o ameaça, é uma
advertência para que aproveite a moratória que Deus lhe
concede. Mas ingrato! rende, mais frequentemente,
graças à sua estrela que ao seu Criador.
6
731 – Por que, ao lado dos
meios de conservação, a
Natureza, ao mesmo tempo,
colocou os agentes
destruidores?
O remédio ao lado do mal. Já
o dissemos, é para manter o
equilíbrio e servir de
contrapeso.
732 – A necessidade de destruição é a mesma em todos os
mundos?
Ela é proporcional ao estado mais ou menos material dos
mundos, e cessa com um estado físico e moral mais
depurado. Nos mundos mais avançados que o vosso, as
condições de existências são outras.
733 – A necessidade da destruição existirá sempre entre os
homens sobre a Terra?
A necessidade de destruição enfraquece entre os homens, à
medida que o Espírito se sobrepõe à matéria, e é por isso que
vedes o horror à destruição seguir o desenvolvimento
intelectual e moral.
734 – Em seu estado atual, o homem tem um direito
ilimitado de destruição sobre os animais?
Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua
nutrição e à sua segurança. O abuso jamais foi um direito.
735 – Que pensar da destruição que
ultrapassa os limites das necessidades
e da segurança? Da caça, por exemplo,
quando não tem por objetivo senão o
prazer de destruir sem utilidade?
Predominância da bestialidade sobre a
natureza espiritual. Toda destruição
que ultrapasse os limites da
necessidade, é uma violação da lei de
Deus. Os animais não destroem senão
por suas necessidades; mas o homem,
que tem o livre-arbítrio, destrói sem
necessidade. Ele prestará contas do
abuso da liberdade que lhe foi
concedida, porque é aos maus
instintos que ele cede.
11
736 – Os povos que possuem em excesso o escrúpulo
relativo à destruição dos animais têm um mérito
particular?
É um excesso num sentimento louvável por si mesmo, mas
que se torna abusivo e cujo mérito é neutralizado pelo
abuso de bens de outras espécies. Há entre eles mais de
medo supersticioso do que verdadeira bondade.
Flagelos destruidores
737 – Com que objetivo Deus atinge a Humanidade por
meio de flagelos destruidores?
Para fazê-la avançar mais depressa. Não vos dissemos
que a destruição é necessária para a regeneração moral
dos Espíritos, que adquirem, a cada nova existência, um
novo grau de perfeição? É preciso ver o fim para lhe
apreciar os resultados. Não os julgais senão sob o vosso
ponto de vista pessoal e os chamais de flagelos por
causa do prejuízo que vos ocasionam. Mas esses
transtornos são, frequentemente, necessários para fazer
alcançar, mais prontamente, uma ordem melhor de
coisas, e em alguns anos, o que exigiria séculos. (744)

14
738 – Deus não poderia empregar, para o aprimoramento da
Humanidade, outros meios senão os flagelos destruidores?
Sim, e o emprega todos os dias, visto que deu a cada um os
meios de progredir pelo conhecimento do bem e do mal. É que o
homem não aproveita; é preciso castigá-lo em seu orgulho e
fazê-lo sentir sua fraqueza.
738.a) Mas nesses flagelos, o homem de bem sucumbe
como o perverso; isso é justo?
Durante a vida, o homem relaciona tudo com o seu corpo,
mas, depois da morte, ele pensa de outra forma e, como já
dissemos: a vida do corpo é pouca coisa. Um século do
vosso mundo é um relâmpago na eternidade. Portanto, os
sofrimentos do que chamais alguns meses ou alguns dias,
não são nada, apenas um ensinamento para vós, e que vos
servirá no futuro. Os Espíritos, eis o mundo real,
preexistentes e sobreviventes a tudo (85), são os filhos de
Deus e o objeto de toda a sua solicitude; os corpos não são
senão os trajes com os quais eles aparecem no mundo. Nas
grandes calamidades que dizimam os homens, é como um
exército que, durante a guerra, vê seus trajes usados,
rasgados ou perdidos. O general tem mais cuidado com seus
soldados do que com suas vestes.
16
738.b) Mas as vítimas desses flagelos não são menos vítimas?
Se se considerasse a vida por aquilo que ela é, e o pouco que é
com relação ao infinito, se atribuiria menos importância a isso.
Essas vítimas encontrarão, em uma outra existência, uma larga
compensação aos seus sofrimentos, se elas sabem suportá-los
sem murmurar.
 
Allan Kardec:
Quer chegue a morte por um flagelo ou por uma causa
ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora de
partida: a única diferença é que com isso, no primeiro caso,
parte um maior número de uma vez.
Se pudéssemos nos elevar, pelo pensamento, de maneira a
dominar a Humanidade e abrangê-la inteiramente, esses
flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais que
tempestades passageiras no destino do mundo.
17
739 – Os flagelos destruidores têm uma utilidade, sob o
ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam?
Sim, eles mudam, algumas vezes, o estado de uma região;
mas o bem que disso resulta não é, frequentemente,
percebido senão pelas gerações futuras.
740 – Os flagelos não seriam
igualmente para o homem
provas morais que o submetem
às mais duras necessidades?
Os flagelos são provas que
fornecem ao homem a ocasião
de exercitar sua inteligência, de
mostrar sua paciência e sua
resignação à vontade de Deus, e
o orientam para demonstrar
seus sentimentos de abnegação,
de desinteresse e de amor ao
próximo, se ele não está mais
dominado pelo egoísmo.
741 – É dado ao homem conjurar os flagelos que o
afligem?
Sim, de uma parte, mas não como se pensa, geralmente.
Muitos flagelos são o resultado de sua imprevidência; à
medida que ele adquire conhecimentos e experiência,
pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, se sabe
procurar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem
a Humanidade, há os gerais que estão nos desígnios da
Providência, e dos quais cada indivíduo recebe mais ou
menos, a repercussão. A estes o homem não pode opor
senão a resignação à vontade de Deus e, ainda, esses
males são agravados, frequentemente, pela sua
negligência.

20
Allan Kardec:
Entre os flagelos destruidores, naturais e independentes do
homem, é preciso incluir na primeira linha a peste, a fome,
as inundações, as intempéries fatais à produção da terra.
Mas o homem não encontrou na ciência, nos trabalhos de
arte, no aperfeiçoamento da agricultura, nos afolhamentos
e na irrigação, no estudo das condições higiênicas, os meios
de neutralizar, ou pelo menos atenuar, os desastres? Certas
regiões, outrora assoladas por terríveis flagelos, não estão
preservadas hoje? Que não fará, portanto, o homem por
seu bem-estar material quando souber aproveitar todos os
recursos de sua inteligência e quando ao cuidado de sua
conservação pessoal, souber aliar o sentimento de uma
verdadeira caridade por seus semelhantes? (707)

21
Guerras
742 – Qual é a causa que leva o
homem à guerra?
Predominância da natureza animal
sobre a natureza espiritual e
satisfação das paixões. No estado
de barbárie, os povos não
conhecem senão o direito do mais
forte; por isso, a guerra é para eles
um estado normal. À medida que o
homem progride, ela se torna
menos frequente, porque lhe evita
as causas e, quando é necessária,
sabe aliá-la à humanidade.
743 – A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?
Sim, quando os homens compreenderem a justiça e
praticarem a lei de Deus; então, todos os povos serão
irmãos.
744 – Qual foi o objetivo da
Providência, tornando a guerra
necessária?
A liberdade e o progresso.
 
744.a) Se a guerra deve ter por
resultado alcançar a liberdade,
como ocorre que ela,
frequentemente, tenha por
objetivo e por resultado a
subjugação?
Subjugação momentânea para
abater os povos, a fim de os
fazer chegar mais depressa.
745 – Que pensar daquele
que suscita a guerra em seu
proveito?
Este é o verdadeiro culpado
e precisará de muitas
existências para expiar todos
os homicídios dos quais foi a
causa, porque responderá
pelo homem, cada um deles,
ao qual causou a morte para
satisfazer sua ambição.
Homicídio
746 – O homicídio é um
crime aos olhos de
Deus?
Sim, um grande crime,
porque aquele que tira a
vida do seu semelhante,
corta uma vida de
expiação ou de missão, e
aí está o mal.
747 – O homicídio tem sempre o mesmo grau de
culpabilidade?
Já o dissemos: Deus é justo e julga a intenção mais do que o
fato.
748 – Deus escusa o homicídio no caso de legítima
defesa?
Só a necessidade pode escusá-lo; mas se puder preservar a
vida sem atingir a do agressor, deve-se fazê-lo.
749 – O homem é culpável pelas mortes que comete
durante a guerra?
Não, quando ele é constrangido pela força. Mas ele é culpável
pelas crueldades que comete e ser-lhe-á levada em conta sua
humanidade.
750 – Quem é mais culpável aos olhos de Deus, o
parricida ou o infanticida?
Ambos o são igualmente, porque todo crime é um crime.
751 – Como se explica que,
entre certos povos já
avançados do ponto de vista
intelectual, o infanticídio
esteja nos costumes e
consagrados pela legislação?
O desenvolvimento intelectual
não leva à necessidade do bem.
O Espírito, superior em
inteligência, pode ser mau. É
aquele que tem vivido muito,
sem se melhorar: ele o sabe.
Crueldade
752 – Pode-se atribuir o
sentimento de crueldade ao
instinto de destruição?
É o instinto de destruição no
que tem de pior, porque se a
destruição, algumas vezes, é
necessária, a crueldade não
o é jamais. Ela é sempre o
resultado de uma natureza
má.
753 – Como se explica que a crueldade é o caráter
dominante dos povos primitivos?
Entre os povos primitivos, como os chamas, a matéria
domina sobre o Espírito. Eles se abandonam aos
instintos animais e, como não têm outras necessidades
que as da vida do corpo, não visam senão à sua
conservação pessoal e é isso que os torna, geralmente,
cruéis. Aliás, os povos de desenvolvimento imperfeito
estão sob o império de Espíritos igualmente imperfeitos
que lhes são simpáticos, até que os povos mais
avançados venham destruir ou enfraquecer essa
influência.

36
754 – A crueldade não provém da ausência do senso moral?
Dize que o senso moral não está desenvolvido, mas não que
está ausente, porque ele existe, em princípio, em todos os
homens. É esse senso moral que fará mais tarde seres bons e
humanos. Ele existe, pois, no selvagem, mas está como o
princípio do perfume está no germe da flor, antes de ela
desabrochar.
 

Allan Kardec:
Todas as faculdades existem no homem em estado
rudimentar ou latente. Elas se desenvolvem conforme as
circunstâncias lhes são mais ou menos favoráveis. O
desenvolvimento excessivo de uma detém ou neutraliza o das
outras. A super excitação dos instintos materiais sufoca, por
assim dizer, o senso moral, como o desenvolvimento do senso
moral enfraquece, pouco a pouco, as faculdades puramente
animais.
37
755 – Como se dá que no seio da civilização mais
avançada se encontrem seres algumas vezes tão cruéis
quanto os selvagens?

Como sobre uma árvore carregada de


bons frutos, encontram-se os que não
chegam a termo. São, se o queres,
selvagens que não têm da civilização
senão o verniz, lobos perdidos no
meio das ovelhas. Espíritos de uma
ordem inferior e muito atrasados,
podem se encarnar entre os homens
avançados, na esperança de eles
mesmos avançarem. Mas se a prova é
muito penosa, a natureza primitiva os
domina.
756 – A sociedade dos homens de bem estará, um dia,
livre dos seres malfazejos?
A Humanidade progride. Esses homens, dominados pelo
instinto do mal, e que estão deslocados entre as pessoas
de bem, desaparecerão, pouco a pouco, como o mau
grão se separa do bom, depois que este é selecionado,
mas para renascer sob um outro envoltório, e como
terão mais experiência, compreenderão melhor o bem e
o mal. Tens um exemplo nas plantas e nos animais que o
homem encontrou meios de aperfeiçoar, e nos quais ele
desenvolve qualidades novas. Pois bem! Não senão
depois de várias gerações que o aperfeiçoamento se
torna completo. É a imagem das diferentes existências
do homem.

39
Duelo
757 – O duelo pode ser
considerado como um caso
de legítima defesa?
Não, é um homicídio e um
hábito absurdo, digno dos
bárbaros. Com uma
civilização mais avançada e
mais moral, o homem
compreenderá que o duelo
é tão ridículo, como os
combates que se
consideraram outrora como
o juízo de Deus.
758 – O duelo pode ser considerado como um homicídio da
parte daquele que, conhecendo sua própria fraqueza, está
mais ou menos seguro de sucumbir?
É um suicídio.
 
758.a) E quando as chances são iguais, é um homicídio ou
um suicídio?
É um e outro.
 
Allan Kardec:
Em todos os casos, mesmo naqueles em que as chances
são iguais, o duelista é culpável, primeiro porque ele atenta
friamente e de propósito deliberado contra a vida do seu
semelhante; em segundo lugar, porque expõe a própria
vida inutilmente e sem proveito para ninguém.
42
759 – Qual é o valor daquilo que se chama o ponto de honra em
matéria de duelo?
O orgulho e a vaidade, duas chagas da Humanidade.
 

759.a) Mas não há casos em que a honra se encontra


verdadeiramente empenhada e em que um recuo seria uma
covardia?
Isso depende dos costumes e dos usos; cada país e cada século
têm aí um modo de ver diferente. Quando os homens forem
melhores e mais avançados em moral, eles compreenderão que o
verdadeiro ponto de honra está acima das paixões terrestres, e
que não é matando ou se fazendo matar, que se repara um erro.
 

Allan Kardec:
Há mais de grandeza e de verdadeira honra em se confessar
culpado quando se errou, ou em perdoar quando se tem razão,
e, em todos os casos, em desprezar os insultos que não podem
nos atingir.
43
Pena de morte
Posição dos países em relação à pena de morte (2014)
   Abolida para todos os crimes – 103 (53%)
   Abolida para crimes comuns, porém usada em casos excepcionais (crimes de guerra, por ex.) – 6 (3%)
   Abolida na prática, porém permitida por lei (suspensa ou em desuso nos últimos 10 anos) – 50 (26%)
   Permitida por lei e em prática – 36 (18%)
760 – A pena de morte
desaparecerá um dia da
legislação humana?
A pena de morte desaparecerá
incontestavelmente e sua
supressão marcará um progresso
na Humanidade. Quando os
homens estiverem mais
esclarecidos, a pena de morte será
completamente abolida sobre a
Terra. Os homens não terão mais
necessidade de serem julgados
pelos homens. Falo de uma época
que está ainda muito distante de
vós.
Allan Kardec:
O progresso social, sem dúvida, deixa ainda muito a
desejar, mas seria injusto para com a sociedade
moderna se não se visse um progresso nas restrições
trazidas à pena de morte entre os povos, os mais
avançados, e na natureza dos crimes aos quais se limita
sua aplicação. Se se comparam as garantias com que a
justiça, entre esses mesmos povos, se esforça para
cercar o acusado, a humanidade que ela usa para com
ele, ainda mesmo que seja reconhecido culpado, com o
que se praticava em tempos que não são ainda muito
distantes, não se pode desconhecer o caminho
progressivo pelo qual marcha a Humanidade.

47
761 – A lei de conservação dá ao homem o direito de
preservar sua própria vida; não usa ele desse direito,
quando suprime da sociedade um membro perigoso?
Há outros meios de se preservar do perigo senão o de
matar. Aliás, é preciso abrir ao criminoso a porta do
arrependimento, e não fechá-la.
762 – Se a pena de morte
pode ser banida das
sociedades civilizadas, não
foi ela uma necessidade nas
épocas menos avançadas?
Necessidade não é a palavra.
O homem crê sempre uma
coisa necessária quando ele
não encontra nada melhor. À
medida que se esclarece,
compreende melhor o que é
justo ou injusto e repudia os
excessos cometidos, nos
tempos de ignorância, em
nome da justiça.
763 – A restrição dos casos em que se aplica a pena de
morte é um índice de progresso na civilização?
Podes duvidar? Teu Espírito não se revolta lendo a
narrativa das carnificinas humanas que se faziam outrora
em nome da justiça e, frequentemente, em honra da
Divindade? Das torturas que se fazia o condenado
suportar, e mesmo o acusado para lhe arrancar, pelo
excesso de sofrimento, a confissão de um crime que,
frequentemente, ele não cometera? Pois bem! se
tivesses vivido nessas épocas, terias achado tudo isso
natural e talvez tu, juiz, terias feito o mesmo. É assim que
aquilo que parece justo em uma época, parecerá bárbaro
em uma outra. Só as leis divinas são eternas; as leis
humanas mudam com o progresso. Elas mudarão ainda,
até que sejam postas em harmonia com as leis divinas.
50
764 – Jesus disse: Quem matou pela espada, perecerá
pela espada. Essas palavras não são a consagração da
pena de talião? A morte infligida ao homicida não é a
aplicação dessa pena?
Tomai cuidado! tendes vos enganado sobre essa palavra,
como sobre muitas outras. A pena de talião é a justiça
de Deus e é ele que a aplica. Todos vós suportais, a cada
instante, essa pena, porque sois punidos pelo que
pecastes, nesta vida ou em uma outra. Aquele que fez
sofrer seus semelhantes, estará numa posição em que
sofrerá, ele mesmo, o sofrimento que causou. É o
sentido das palavras de Jesus; mas vos disse também:
Perdoai aos vossos inimigos e vos ensinou a pedir a
Deus perdoar as vossas ofensas, como vós mesmos
tiverdes perdoado; quer dizer, na mesma proporção que
tiverdes perdoado: compreendei-o bem. 51
765 – Que pensar da pena de
morte infligida em nome de
Deus?
É tomar o lugar de Deus na
prática da justiça. Os que
agem assim mostram o quanto
estão longe de compreender
Deus e que têm ainda muitas
coisas a expiar. A pena de
morte é um crime, quando ela
aplicada em nome de Deus, e
os que a infligem são acusados
igualmente de homicídio.
IMAGENS

Capa – https://www.androidlista.com.br/item/android-apps/648714/armageddon/
Tela 02 –
https://mundoconectado.com.br/noticias/v/23698/drones-capturam-imagens-da-destruicao-na-ucrania-em-cidade-atacada-p
ela-russia

Tela 03 – https://www.greenpeace.org/brasil/participe/vamos-zerar-o-desmatamento-no-brasil/
Questão 729 – https://br.pinterest.com/pin/95490454587175189/
Questão 731 – https://br.pinterest.com/pin/787426316099425577/
Questão 732 – https://gauchazh.clicrbs.com.br/ultimas-noticias/tag/saturno/
Questão 733 – https://genexatas.com.br/o-contexto-do-desmatamento-no-brasil/
Questão 734 – https://www.comprerural.com/grupo-e-acusado-de-caca-ilegal/
Questão 735 –
https://www.brasildefato.com.br/2017/02/21/pl-libera-caca-de-animais-sobrevivencia-passa-a-depender-da-pontaria-do-caca
dor

Questão 736 – https://www.dinheirorural.com.br/bicho-bom/


Flagelos destruidores –
https://www.tempo.com/noticias/actualidade/tempestade-gloria-deixa-mortos-e-rastro-de-destruicao-na-espanha.html
Questão 738 –
https://olhardigital.com.br/2022/09/02/ciencia-e-espaco/mudancas-gravitacionais-podem-ser-usadas-para-prever-terremotos
/

Questão 739 – https://segredosdomundo.r7.com/piores-desastres-naturais/


Questão 740 – https://www.mapfre.com/pt-br/actualidade/seguros-pt-br/os-desastres-naturais-estao-aumentando/
Guerras –
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2022/04/26/interna_internacional,1362300/russia-alerta-para-risco-real-d
e-uma-terceira-guerra-mundial-pela-ucrania.shtml 53
IMAGENS
Questão 745 – https://br.pinterest.com/pin/272678952428890674/
Homicídio – https://www.brasilparalelo.com.br/artigos/vida-comeca-na-concepcao
Questão 746 – Imagem do estoque do Office
Questão 747 – https://www.revistaenfoque.com.co/opinion/gerencia-tu-vida
Questão 748 – https://blog.estacio.br/calouros/equilibrio-de-vida/
Questão 749 – https://www.fcg.org.br/blog-fundacao/334-gratidao-praticando-um-estilo-simples-de-vida
Questão 750 – Imagem do estoque do Office
Questão 751 – https://www.conquistesuavida.com.br/noticia/lifestyle-6-formas-simples-para-levar-a-vida-numa-boa_a6937/1
Crueldade – https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=408037
Questão 752 – https://www.meusdicionarios.com.br/amor/
Questão 755 –
https://jornalmontesclaros.com.br/2019/10/21/a-cada-1-hora-cinco-pessoas-ferem-as-maos-e-punhos-em-acidente-de-trabal
ho/
Duelo –
https://aminoapps.com/c/game-of-thrones-br/page/blog/quem-ganharia-em-um-duelo-de-espadas/06wp_KD7FkuYZ5dxgXG
Nl2P2KXomXq7ZagM
Questão 757 – https://br.pinterest.com/pin/306244843384259945/
Pena de morte – https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/funcoes-essenciais-a-justica-2/#
Questão 760 – https://sindojus-ce.org.br/noticias/a-justica-nao-pode-parar-pela-oficiala-de-justica-fabyola-sassia/
Questão 761 – https://wendellcarvalho.com.br/como-descobrir-meu-proposito-de-vida/
Questão 762 – https://formacao.cancaonova.com/atualidade/sociedade/justica-liberdade-e-verdade/
Questão 765 – https://br.pinterest.com/pin/28851253850476594/
Créditos – https://www.vitoriaemcristo.org/noticia/201/catastrofes-naturais
Última tela – https://nossolarfraiburgo.com.br/paz-interior/

54
CRÉDITOS:
Formatação: Marta Gomes P. Miranda

Referências:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de
Salvador Gentile. 182ª Ed. Araras – SP: IDE, 2009.
Pág. 233 à 240.
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Tradução De Salvador Gentile. 365ª Ed. Araras – SP:
Ide, 2009.
KARDEC, Allan. A Gênese: Os Milagres e as
Predições Segundo o Espiritismo. Tradução de
Salvador Gentile. 52ª Ed. Araras – SP: IDE, 2008.
KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução De
Salvador Gentile. 85ª Ed. Araras – SP: Ide, 2008.
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Tradução de
Salvador Gentile. Araras – SP: IDE, 2008.
XAVIER, Chico. Nosso Lar. 64ª ed. Brasília: FEB, 2021.
Pelo Espírito André Luiz.

55
CENTRO ESPÍRITA “JOANA D’ARC”
Rua Ormindo P. Amorim, nº 1.516
Bairro: Jardim Marajó
Rondonópolis - MT
56

Você também pode gostar