A formação dos Estados

Nacionais absolutistas
História
7º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais
Professor: Carlos Neri
Equipe de História
(Centro de Mídias de São Paulo)
A ascensão e a queda do antigo regime

Habilidade do Currículo Paulista:

(EF07HI07) Descrever os processos de formação e
consolidação das monarquias europeias, bem como as
principais características dessas monarquias com vistas à
compreensão das razões da centralização política.
 
 Objetivos da aula

• Compreender processos históricos, suas rupturas e continuidades.

• Discutir e analisar os fatos históricos que proporcionaram a criação dos
Estados absolutistas.
• Analisar as características sociais, políticas e econômicas do Antigo
Regime.
 Questão disparadora

Como você definiria a palavra “absoluto” ?

 A formação dos Estados absolutistas
Currículo em Ação, 2021, Caderno do Aluno, História, 7º ano EF II, vol. 1, p. 242.

A Idade Moderna foi palco de transformações que permearam os âmbitos sociais,

políticos e econômicos na Europa nos séculos XV, XVI e XVII. Ao longo deste tempo,
os monarcas foram centralizando a cobrança de impostos, criaram uma moeda
única e, dessa forma, facilitaram o comércio [...] O absolutismo foi mais forte
sobretudo na Espanha, em Portugal, França e Inglaterra, que acabaram tendo
vantagens em relação a outros lugares [...]

Entrada do Castelo Templário de Ponferrada, Espanha. Foto: Jgaray.

CC BY-SA 2.5. Wikimedia Commons. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Castillo_templario_de_Ponferrada_001.jpg. Acesso em: 16 abr.
2021.
 Características dos Estados absolutistas
Elaborado pelo professor Carlos Neri.

Durante a baixa idade média e a modernidade europeia os processos históricos ao

longo desse tempo enfraqueceram os reinos feudais e fortaleceram os Estados
absolutistas. Esse processo de unificação do poder político ocorreu mediante
guerras, acordos e casamentos entre dinastias.

Características dos Estados Nacionais

• Delimitação do território ou espaço geográfico onde o Estado
exerce sua soberania.
• Governo: Pessoas que exercem função executiva no Estado.
• Povo: pessoas que possuem vínculo jurídico com o Estado.

• Centralidade do poder na mão do monarca.

• Soberania Nacional: o estado é soberano, não havendo outra
autoridade.
 Centralização política de Portugal

A monarquia portuguesa vai se reunir em torno da dinastia de Borgonha; seu início

ocorre a partir de 1096. D. Afonso Henriques se torna príncipe de Portugal após vencer
uma guerra com nobres. Em 1179, o Papa Alexandre III reconhece Portugal como um
Estado Independente, projetando o Estado cristão na geopolítica europeia. Após a
dinastia de Borgonha, outras dinastias de monarcas governaram Portugal, como a
dinastia de Avis, dinastia de Habsburgo e dinastia de Bragança.
Fonte: Afonso Henriques. CC BY-SA 3.0. Wikipédia. Adaptado. Disponível em: 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Henriques#:~:text=Afonso%20Henriques
%20(1106%2C%201109%20ou,o%20primeiro%20Rei%20de%20Portugal.
Acesso em: 16 abr. 2021.

Ilustração de autor desconhecido retratando Afonso I, primeiro rei de Portugal.

Biblioteca Nacional de Portugal. Domínio Público. Wikimedia Commons.
Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Afonso_I_de_Portugal.png.
Acesso em: 16 abr. 2021.
 Centralização política da Espanha
Elaborado pelo professor Carlos Neri.
Mapa mostrando Al-Andalus (almôadas) e
reinos cristãos europeus. Séculos 12 a 13.
Autor: Alexandre Vigo/ Texas University. CC
BY-SA 3.0. Wikimedia Commons. Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/Fil
e:506-Castile_1210.png.
Acesso em: 16 abr. 2021.
A partir do século VII, d.C., a expansão árabe alcançou o norte
da África e a Península Ibérica, que estava dividida em diversos
reinos católicos, conforme aponta o mapa ao lado. Esses reinos
cristãos formaram exércitos, cujo objetivo era expulsar os
“infiéis”, ou seja, os muçulmanos, que assim eram chamados
pelos cristãos. Diversos foram os conflitos travados entre
cristãos e árabes; os reinos cristãos, por sua
vez, se fortaleciam, através de casamentos
negociados que proporcionavam a união e
o fortalecimento do exército. Em 1469, o
território espanhol é unificado através do
casamento da princesa Isabel de Castela
com o príncipe Fernando de Aragão; a
união dos reinos e dos exércitos foi eficaz
para expulsar os árabes da Península
Ibérica.
 Os reis católicos da Espanha
Fonte: Reis católicos da Espanha. CC BY-SA 3.0. Wikipédia. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Reis_Cat
%C3%B3licos_de_Espanha. Acesso em: 16 abr. 2021.

Reis Católicos foi a denominação que recebeu o casal composto pela Rainha
Dona Isabel de Castela e o Rei Dom Fernando II de Aragão. Concretizaram a
união dinástica entre os dois reinos ibéricos, criando a Monarquia Católica, que
em 1512 passaria a ser conhecida por Monarquia de Espanha.

Foram os responsáveis pela

expulsão dos muçulmanos
da Espanha, e financiaram a
exploração de Cristóvão
Colombo que resultou no
Descobrimento da América.
Pintura de autor desconhecido
retratando Fernando e Isabel, reis da Espanha, século XV.
Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Fernando_e_Isabel.jpg.
Acesso em: 16 abr. 2021.
 Centralização política da França
Elaborado pelo professor Carlos Neri.

No século XVI inicia–se o processo de centralização política

da França, mediante o governo do Cardeal Richelieu (1585 –
1642), primeiro ministro francês que liderou uma reforma
no sistema político e centralizou o poder executivo. Em
1661, Luiz XIV assume o trono Francês e estrutura o
absolutismo monárquico, elevando a
doutrina do direito divino do governo
dos reis, tornando a autoridade do rei
irrevogável.

Pintura de Hyacinthe Rigaud

retratando Luis XIV, 1700. Museu do Louvre. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Louis_XIV_of_France.jpg. Acesso em: 16 abr. 2021.
 Centralização política da Inglaterra
Elaborado pelo professor Carlos Neri.

A centralização política da Inglaterra é

um longo processo histórico, iniciado
pela guerra dos cem anos (1337 a 1453);
esse conflito envolveu Inglaterra e França
pelo trono inglês. Após perder o conflito,
a monarquia inglesa caiu em uma
grande crise econômica. Com a ascensão
de Henrique VIII, da dinastia Tudor, ao
trono inglês, e a separação da Inglaterra
da igreja católica, o absolutismo inglês se
fortaleceu.

Pintura de Hans Holbein retratando Henrique VIII, 1537. Domínio Público.

Wikimedia Commons. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:After_Hans_Holbein_the_Younger_-
_Portrait_of_Henry_VIII_-_Google_Art_Project.jpg. Acesso em: 16 abr. 2021.
 Elaborado pelo professor Carlos Neri.

O mapa ao lado mostra que a unificação dos

reinos, sob a autoridade de um único
soberano, foi fundamental para o
fortalecimento do poder militar e para a
administração do território. Com a formação
dos Estados absolutistas foi
possível a universalização
das leis, a criação de uma
administração pública
nacional e a formação de
uma identidade cultural
no interior do território.
Mapa da Europa, 1648. CC BY-SA 3.0. Wikimedia Commons. Disponível em: 
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Europe_map_1648.PNG. Acesso em: 16 abr. 2021.
 Atividades complementares

Pesquisas https://www.youtube.com/watch?v=-JqWIaZVilo

Assista à animação acima e pesquise sobre as monarquias absolutistas

dos países abaixo.
• O absolutismo na França.
• O absolutismo em Portugal.
• O absolutismo na Espanha.
• O absolutismo Inglês.

Escolha duas monarquias absolutistas e crie um lapbook,

organizado e criativo sobre o tema.
 Escolha a alternativa que aponta
características do Estado Nacional Moderno

a) Os Estados Nacionais absolutistas possuíam como característica: a

soberania internacional fora dos seus territórios, povo e delimitação
territorial.
b) Os Estados Nacionais absolutistas possuíam como
característica: a soberania nacional em seus territórios, o
povo como súdito do rei e delimitação geográfica de seu
território.
c) Os Estados Nacionais absolutistas possuíam como
característica: a soberania nacional em seus territórios,
o povo que, através de eleições, escolhia o rei e a
delimitação geográfica do território.
Elaborado pelo professor Carlos Neri.
 Atitude historiadora

Identificação – Comparação – Contextualização – Interpretação – Análise

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