Você está na página 1de 5

WATSON

A Sociedade Internacional Europeia


A Europa Medieval CAP.13
A natureza da sociedade medieval

Um dos períodos mais notáveis e criativos de toda a história do mundo. Desde a queda do
Império Romano do Ocidente em 476, até o império de Carlos Magno no séc. IX (800-900)
até cerca do ano 1000 a Europa O. passou por grandes dificuldades. Nos séculos de
desordem e declínio, a população latina da EO conseguiu preservar algo de sua civilização
romana. Havia a memória do Império romano, mais civilizado e universal. O Sacro Império
Romano foi fundado pelo rei franco Carlos Magno com o auxílio ativo da igreja e incluia a
maior parte da cristandade latina, com sua morte, a parte que tinha sido colonizada pelos
franco germânicos adquiriu o nome de França. A outra parte do território, composta pela Itália
e EC, manteve o nome de SIR….. A população permaneceu cristã e católica, a igreja
universal, dirigida a partir de Roma era o sinal mais específico de sobrevivência do Império. A
cristandade medieval era uma única sociedade, não estava dividida verticalmente, estava
estratificada horizontalmente em quatro amplas classes: a nobreza, o clero, os aldeões e
habitantes das cidades e os agricultores.
A função da nobreza era pegar nas armas e governar p 200

O Renascimento na Itália. O Stato CAP.14


→Atualiza e gere o conceito de Estado

→Deslocamento da Itália como foco da cristandade latina


→Cristandade limitante à imaginação humana

→Criação de uma nova classe culta

WATSON 1
👉 A contribuição da Itália do renascimento foi desenvolver novas técnicas de
aquisição e de poder real, dentro de uma área territorial e estendendo-se para além
dela. O poder nu que um governante controlava era chamado de stato. Poder Nu:
despido das inibições cristãs e da responsabilidade moral. exércitos contratados:
Inovações. Não lutavam por Deus e sim por vantagens materiais. Necessidade das
forças armadas para defesa dos Statos. Diplomacia residente: Notícias de toda a
Europa. Contribuição para o desenvolvimento diplomático. Equilíbrio de Poder:
Preocupação anti-hegemônica. Sforza de Milão preocupava-se com a expansão de
Veneza > convida Lourenço de Medici (Florença) para se unir contra Veneza. O
problema não era Veneza, mas o poder em si. Uma maneira de administrar o poder
não era destruir, mas equilibrá-lo com outro poder. Contribuições: Concentração
territorial de poder independente. Para lidar com outro stato tinha que ter cálculo
frio de poder. Ragione di Stato. Razão de Estado > O Estado agindo pela sua
autopreservação.

Renascimento responsável pela evolução do conceito de estado e relações entre os estados,


o renascimento dou um fenômeno italiano, sua contribuição foi feita de 1420-1527.

Em 1420 o Papa Martinho V marchou sobre Roma e pôs fim ao cisma do papado e dos
papas em Avinhão. Em 1453, os turco otomanos capturaram Constantinopla, o que fez com
que muitos estudiosos gregos fugissem para a Itália, ajudando no Renascimento. EM 1492
Colombo a serviço do Reino de Castela “descobriu o novo mundo” e em 1498 Vasco da
Gama descobriu o caminho pra Índia.
Saque de Roma pelo Imperador Habsburgo em 1527 estabeleceu a longa dominação da Itália
pela casa de Habsburgo até o século XIX (1800-1900)

A essência do Renascimento foi o humanismo, não ver mais Deus como a medida de todas
as coisas, concentrar a atenção no homem e suas realizações. Difusão de um espírito liberal
de investigação e ideia que p homem poderia pensar.

Os estados italianos

A Itália era uma colcha de retalhos de cidades e principados. O foco do renascimento na Itália
foi a cidade de Florença, com lideres intelectuais e artísticos, ela foi denominada pela família
Médici. Politicamente, a cidade mais importante era Roma. Alexandre Borgia, um bispo
catalão que se tornou um príncipe italiano chocava os cristãos com sua abordagem secular
do papado, seu filho, César Borgia era um “gênio” militar e político, o herói de O Príncipe de
Maquiavel. A terceira grande potência italiana era Veneza, cidade mercantil.

O Stato

Exércitos Contratados

A Diplomacia Residente

O Equilíbrio do Poder

WATSON 2
O Stato fora da Itália. CAP.15

👉 Metade Ocidental da Europa: Domínios independentes de seus reis. Quase-réis:


Duque de Borgonha Ducado de Borgonha Reis: ainda autoridade simbólica. Poder
real crescendo, mas ainda circunscrito ao costume. Península Ibérica, Grã-
Bretanha, França, Escandinava (Confederações) Mar do Norte, Mar Baltico e
Sicília: poder dual do império e do papa. Itália (Expansão da França sobre a Itália).
Vários principados > Alemanha. Maximiliano de Habsburgo. “A partir do Stato do
Renascimento, desenvolveram-se novas relações entre os príncipes, tal como o
conceito de uma Europa organizada como um sistema de Estados soberanos e
independentes, estreitamente envolvidos uns com os outros mas cada uma
guardando ciosamente sua soberania.”

A Tentativa Hegemônica dos Habsburgos. CAP. 16

👉 Renascimento e reforma: O deslocamento da estrutura horizontal da cristandade


medieval. Henrique VIII efetiva as técnicas renascentistas ao criar o anglicanismo.
O processo de formação dos Estados sempre passa pelo renascimento e pela
reforma. A reforma conduz a fragmentação e verticalização da Europa: Stasis
religiosa > incentivou a reformulação da sociedade horizontal da cristandade
medieval em statos territoriais > a reforma catalisou (acelerou) a formação dos
Estados > os reis começaram a crer na necessidade de impor o seu poder. A
Stasis religiosa distorceu o crescimento gradual das “lealdades nacionais” no
âmbito dos novos territórios de poder. A Stasis religiosa: Opôs-se ao conceito de
que a distribuição de poder entre os novos statos deveria ser equilibrada
independente da religião. Lutero 1527 (encontrou aceitação principalmente entre
alemães e escandinavos). Calvino 1536 (rejeitava o caráter hierárquico da igreja).
Século XVI marcado por conflitos de base religiosa.

O Renascimento e a Reforma deslocaram a estrutura horizontal da cristandade medieval. 1.


Impulso da reforma e stasis religiosa para a fragmentação e verticalização da Europa. 2.
Como os que queriam Statos enfrentaram a stasis. 3. Tentativa dos Habsburgos de
estabelecer uma autoridade hegemônica e desviar o sistema de Estados emergentes da
fragmentação.

O efeito da Reforma sobre o sistema europeu de Estados

A reforma complicou e distorceu as novas práticas de arte ligadas ao renascimento. a stasis


religiosa incentivo a reformulação da sociedade horizontal da cristandade medieval em Statos
territoriais.

WATSON 3
A Reforma religiosa se divide em duas partes, a primeira ligada a Lutero, que em 1517
proclamou suas doutrinas e favorecia uma reforma moderada da igreja, concentrou aceitação
principalmente entre alemães e escandinavos. A segunda, ligada a Calvino, mais radical,
rejeitava o papado, algumas doutrinas e a tradição hierárquica da igreja. A contra reforma
católica não conseguiu restaurar a unidade medieval da cristandade por meio da força, a
ruptura e demasiado ampla para que isso fosse possível. OBS> aqueles que se apegavam
aos ideais tradicionais e rituais, e tinham um ideal político de uma cristandade unida viam os
Habsburgos como seus porta estandartes.

Colossal e Prolongada stasis.

As reações dos governantes europeus

A maré de stasis se desenvolveu entre os súditos de praticamente todos os governantes da


Europa, isso no momento em que reis e rainhas estavam tentando transformar seu domínio
em um Stato. A quebra da unidade da cristandade, e da mais horizontal de todas as
instituições, a igreja universal, resultou num reforço da concentração de poder nas mãos dos
governantes dos estados.

O papel do Império Otomano

A hegemonia dos Habsburgos

A família Habsburgo realizou uma tentativa prolongada e complexa de estabelecer um


sistema hegemônico na cristandade. Dentro de fatores a favor, temos as ideias italianas do
funcionamento do Estado à maneira do Renascimento, a Reforma e o crescimento da
consciência nacional. Disseminaram-se o medo da anarquia e o temor com relação aos
turcos. Desejo dos estadistas de estabelecer a paz e ordem dentro de seus Estados.
Paralelamente: desejo dos príncipes de controlar Statos individuais.

Poder Habsburgo difuso sobre a maior parte da Europa cristã. Carlos V presidia uma gama
díspar de domínios, cada um com seus próprios interesses e limitações. Os territórios
Habsburgos eram demasiado separados para serem forjados em um único Stato.
Habsburgos obrigados a articular suas políticas na Europa toda, casamentos dinásticos para
sustentar aliança inicial contra a França, mas depois poderosos o suficiente para tentar impor
a lei.

Solução Habsburgo era conservadora, restaurar a unidade da cristandade, a legitimidade


dinástica, a favor de uma Europa que deixasse cada domínio e província com suas próprias
terras, tradições e costumes.
A fraqueza principal da concepção que os Habsburgos tinham da Europa era que a sua
aceitação da diversiddade não se estendia de forma genuína ao protestantismo. Carlos
concluiu que as suas responsabilidades eram superiores àquilo que um homem poderia
realizar. Passou o trono imperial e as posições Habsburgos na Alemanha a seu irmão
Fernando (já rei da Boêmia e Hungria) e suas demais possessões ao seu filho Felipe.

Confrontada com o objetivo Habsburgo de estabelecer uma ordem hegemônica, a França


tinha 2 opções: a política defendida pela Liga Católica e Guises de colaboração com eles, ou

WATSON 4
a dos huguenotes de oposição. França se tornou líder de uma fraca coalizão anti-
hegemônica.

WATSON 5

Você também pode gostar