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Equipamentos de Potência

Transformador de Corrente

CARACTERÍSTICAS PARA ESPECIFICAÇÃO DE UM TRANSFORMADOR DE


CORRENTE DO TIPO CONVENCIONAL
Segundo a NBR 6856 , na especificação de um transformador de corrente, ou
para outras consultas aos fabricantes deste tipo de equipamento, devem, no
mínimo, serem indicadas as características abaixo listadas.
No Apêndice A, anexo, é mostrada uma especificação básica (típica) de um
transformador de corrente convencional, próprio para um sistema de tensão
nominal igual a 525 kV (tensão máxima de operação de 550 kV).
• Corrente(s) Primária(s) Nominal(is) e Relação(ões) Nominal(is).
• Tensão Máxima do Equipamento e Níveis de Isolamento.
• Frequência Nominal.
• Carga(s) Nominal(is).
• Exatidão.
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• Número de Núcleos para Proteção e Medição.


• Fator Térmico Nominal.
• Corrente Suportável Nominal de Curta Duração.
• Valor de Crista Nominal da Corrente Suportável.
• Tipo de Aterramento do Sistema.
• Uso Interno ou Externo.
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ENSAIOS
O (bom) desempenho dos transformadores de corrente (assim como de
outros equipamentos) é demonstrado através de ensaios (de rotina ou
de tipo).
Os ensaios que devem ser realizados nos transformadores de corrente,
segundo a ABNT, estão especificados na norma NBR 6856
(Transformador de Corrente: Especificação) .
Os ensaios recomendados, listados abaixo, devem ser realizados
conforme prescreve a norma NBR 6821 (Transformador de Corrente:
Método de Ensaio).
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Se outra norma técnica for adotada, deve-se, naturalmente, seguir os


preceitos estipulados por esta outra norma.
O texto da NBR 6856, que especifica os ensaios, detalha mais este
assunto.
Deve-se considerar, eventualmente, além da prescrição das normas
técnicas, a experiência dos fabricantes de transformadores de corrente
na realização dos ensaios. Ou seja, com relação à realização de ensaios,
uma (boa) relação da concessionária com o fabricante é um fator
importante.
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Ensaios de Rotina
I. Tensão Induzida.
II. Tensão Suportável à Frequência Industrial, a Seco.
III. Descargas Parciais.
IV. Polaridade.
V. Exatidão.
VI. Fator de Perdas Dielétricas do Isolamento.
VIII. Estanqueidade a Frio.
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Ensaios de Tipo

I. Todos os ensaios especificados acima.


II. Resistência dos Enrolamentos.
III. Tensão Suportável de Impulso Atmosférico.
IV. Tensão Suportável de Impulso de Manobra, a Seco e sob Chuva.
V. Elevação de Temperatura.
VI. Corrente Suportável Nominal de Curta-Duração (Corrente Térmica
Nominal).
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Ensaios de Tipo

VII. Valor de Crista Nominal da Corrente Suportável (Corrente Dinâmica


Nominal).
VIII. Tensão Suportável à Frequência Industrial, sob Chuva
IX. Tensão de Rádiointerferência.
X. Estanqueidade a Quente.
XI. Tensão de Circuito Aberto.
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De uma forma geral, entende-se que ensaios de rotina são os


ensaios que devem ser realizados em todos os equipamentos
comprados, ou em determinada amostragem da quantidade total, a fim
de se verificar a qualidade e a uniformidade mão de obra e dos
materiais utilizados na fabricação (no presente trabalho) dos
transformadores de corrente.
Com relação aos ensaios de tipo, entende-se que são os ensaios
realizados apenas em um dos equipamentos comprados, ou de tipo
semelhante ao comprado, a fim de se verificar uma determinada
característica deste equipamento.
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VALORES NOMINAIS
Corrente(s) Nominal(is) e Relação(ões) Nominal(is)
As correntes primárias nominais e as relações nominais são
padronizadas por norma. Os valores especificados, segundo a ABNT,
estão mostrados nas tabelas 4, 5, 6 e 7, do Anexo A, da norma NBR
6856 .
As relações nominais apresentadas nas referidas tabelas são baseadas
na corrente secundária nominal de 5 A. Ainda segundo a ABNT, podem
ser utilizadas, também, correntes secundárias nominais de 1 A e 2 A
(sic) . Neste caso, os valores das tabelas 4 a 7, citadas acima (Anexo A,
da norma NBR 6856, devem ser recalculados.
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As correntes primárias nominais e as relações nominais, dos


transformadores de corrente, devem ser representadas em ordem
crescente (de valor) de acordo com as religações do enrolamento
(ligação de seções ou trechos do enrolamento em “série”, “série-
paralelo” ou “paralelo”) ou de acordo com as derivações do
enrolamento (taps).
As correntes nominais e as relações nominais devem ser representadas
utilizando-se sinais definidos por norma, conforme mostrado na tabela
1, apresentada a seguir.
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Exemplos

Dois pontos (:) - usado para expressar as relações nominais 300:5


Hífen (-) – utilizado para separar correntes nominais em enrolamentos
diferentes, 300-5A, 300-300-5A (dois enrolamentos primários); 300-5-5
(dois enrolamentos secundários),
X – é atribuído quando é necessário separar correntes primárias e
nominais 300x600-5A onde os enrolamentos podem ser ligados em
série ou paralelo.
Barra (/) – utilizada para separar correntes nominais que tenham sido
obtidas através de derivação no enrolamento primário ou secundário
300/400-5A.
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Tensão Máxima do Equipamento e Níveis de Isolamento


As tensões máximas dos equipamentos e os níveis de isolamento são
também padronizados por norma.
Geralmente, as empresas concessionárias de energia elétrica têm um
padrão definido para os níveis de isolamento dos diferentes
equipamentos instalados em seus sistemas de transmissão.
As tensões máximas e os níveis de isolamento, aplicáveis aos
transformadores de corrente, devem, preferencialmente, seguir os
padrões das empresas. As tabelas 2 e 3, apresentadas abaixo, mostram
os valores padronizados pela ABNT, conforme NBR 6856 (Transformador
de Corrente – Especificação), para sistemas com tensão máxima dos
equipamentos de até 242 kV e com tensão máxima dos equipamentos
acima de 362 kV, respectivamente
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Nos casos em que se tiver que especificar um transformador de


corrente para um sistema com Umax = 25,8 kV ou Umax = 38 kV,
compreendidos na faixa da tabela 2 acima, deve-se adotar os mesmos
níveis de isolamento normalizados para as tensões Umax = 24,2 kV e Umax
= 36,2 kV, respectivamente.
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As tensões nominais, que normalmente identificam os sistemas de


transmissão (por exemplo, “um sistema de 138 kV, ou de 230 kV, ou de
345 kV etc.”), se “relacionam” com as tensões máximas dos
equipamentos a serem instalados nestes sistemas de transmissão
conforme mostrado na tabela 4, apresentada abaixo.
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Frequência Nominal
Nos sistemas elétricos dos diferentes países onde os transformadores
de corrente são aplicados, são normalmente encontradas as
frequências de 50 e 60 Hz.
A frequência nominal no Brasil é 60 Hz.
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Carga Nominal
As cargas nominais são designadas, segundo a ABNT, por um símbolo
formado pela letra C seguida pela potência aparente, em volt-ampères,
na frequência de 60 Hz, correspondente à corrente secundária nominal.
A tabela 5, apresentada abaixo, mostra as cargas nominais
padronizadas pela ABNT, correspondendo a uma corrente secundária
nominal de 5 A. Variam de C2,5 a C200, correspondendo,
respectivamente, a 2,5 VA (0,1 ohm) e 200 VA (8 ohms). A garantia de
exatidão para medição é apenas para a carga nominal especificada. Se
houver necessidade de garantia de exatidão para medição em uma
determinada faixa de carga, isto deve ser especificado.
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Segundo as normas ANSI, as cargas nominais são designadas por um


símbolo formado pela letra B, seguida por um número que caracteriza a
carga em ohms, correspondendo à corrente secundária nominal.
A tabela 6, apresentada abaixo, mostra as cargas nominais
padronizadas pelas normas ANSI, correspondendo a uma corrente
secundária nominal de 5 A. Variam de B0,1 a B8,0, correspondendo,
respectivamente, a 0,1 ohm (2,5 VA) e 8 ohms (200 VA).
A garantia de exatidão para medição é apenas para a carga nominal
especificada. Se houver necessidade de garantia de exatidão para
medição em uma determinada faixa de carga, isto deve ser especificado
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Segundo as normas IEC, as cargas nominais são designadas pela sua


potência aparente.
A tabela 7, apresentada abaixo, mostra as cargas nominais
padronizadas pelas normas IEC, correspondendo a uma corrente
secundária nominal de 5 A.
Variam de 2,5 VA a 30 VA. A garantia de exatidão para medição é para a
faixa de 25% a 100% da carga nominal especificada.
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