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CURSO MINISTRADO PELA CEB

NR 35 – TRABALHO EM
ALTURA
Profissionais:
Diogo Martins Papa – Téc. Seg. do Trabalho
Elaine Pirangi Santos - Téc. Seg. do Trabalho
Jamerson J. Araújo de Lima- Téc. Seg. do Trabalho
Stefanos Barbosa Nicolaidis- Eng. De Seg. Do Trabalho
Legislação de Segurança e Saúde do Trabalho pertinente ao
tema:

NR 35 - Trabalho em Altura
Publicação
D.O.U. Portaria SIT n.º 313, de 23 de março de 2012 27/03/12

Alterações/Atualizações
D.O.U. Portaria MTE n.º 593, de 28 de abril de 2014 30/04/14
Portaria MTE n.º 1.471, de 24 de setembro de 2014 25/09/14
Portaria MTb n.º 1.113, de 21 de setembro de 2016 22/09/16 
O que diz a NR-35?
A NR-35 determina quais são as responsabilidades do
empregador e dos empregados, além de trazer as
diretrizes técnicas sobre proteção coletiva,
equipamentos de proteção individual entre outros
pontos.
O que é Trabalho em Altura?
Considera-se trabalho em altura toda atividade
executada acima de 2,00 m (dois metros) do
nível inferior, onde haja risco de queda.
Segundo a NR 35, cabe ao empregador:

Assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a


emissão da Permissão de Trabalho - PT;

Desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de


trabalho em altura;

Adotar as providências para acompanhar o cumprimento das medidas


de proteção estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar


situação ou condição de risco não prevista, cuja eliminação ou
neutralização imediata não seja possível.
Segundo a NR 35, cabe aos trabalhadores:
Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em
altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

Colaborar com o empregador na implementação desta Norma;

Interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que


constatarem evidências de riscos graves e iminentes;

Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam


ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
ART. 158 DA CLT - CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS
a) A prática da segurança do trabalho será considerada inerente e essencial a qualquer trabalho a
ser executado.

b) Nenhum trabalho poderá ser executado sem segurança. Nem a urgência, a importância do serviço,
a indisponibilidade de meios ou recursos ou quaisquer outras razões poderão ser invocadas para
justificar a falta de segurança.

c) É assegurado a qualquer empregado o direito de adiar a realização de tarefa em que as medidas


de segurança não estejam devidamente satisfeitas. Ao exercer este direito, o empregado deve estar
ciente de que, verificada a improcedência do adiamento, ou havendo dolo, estará sujeito à medida
disciplinar.

d) O empregado que se sentir pressionado a desobedecer às medidas de segurança do trabalho


poderá recorrer a seus níveis sucessivos de gerência e, se necessário, a área de Segurança do
Trabalho da Empresa, que emitirá parecer técnico sobre o assunto.
NR 35 – TRABALHO EM ALTURA

A título de informação

No Brasil, segundo a Previdência Social, há 01 (uma)


morte a cada três horas de jornada diária o que
representa 1,3 milhão de acidentes por ano com 2,5 mil
mortes.

 O alto grau de descumprimento das normas protetivas


para os funcionários coloca o Brasil em quarto lugar no
ranking mundial, atrás apenas da China, dos Estados
Unidos e da Rússia.
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PRINCIPAL MEDIDA PREVENTIVA:

CONHECER E RESPEITAR O RISCO DA ATIVIDADE


Tanto no Brasil como em outros países o trabalho
em altura ainda e considerado o maior vilão por
causar repetidos acidentes e mortes.
Estima-se que 40% dos acidentes de trabalho
ocorridos ao ano são decorrentes de quedas,
segundo o MTE.
Eliminar Trabalhar na altura do chão
Eliminar Trabalhar na altura do chão

Prevenir
Restringir o acesso
Usar EPC
Eliminar Trabalhar na altura do chão

Restringir o acesso

Prevenir Usar EPC

Amenizar os danos da queda


Proteger Usar EPI/ Treinamento
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Medidas de controle contra os riscos de queda de altura

Podemos considerar um bom sistema de resgate aquele que necessita de um menor


número de equipamentos para sua aplicação, tornando-se com isso um ato
simplificado.
O sistema de trabalho e resgate em altura é composto por:
 Cinturão pára-quedista
 Mosquetões
 Fita de ancoragem
 Escada
 Agulhão
 ICC Curvo
 Linha de vida
 ICC
(sistemas de ancoragem)
 Gancho
 Freio ABS
Eureca
 Talabarte regulável
 Trava quedas
 Vara de manobra telescópica
DISTÂNCIAS DE SEGURANÇA

Medidas de controle contra os riscos de queda de altura


Agulhão para poste duplo T Gancho Eureca

Fita para estrangular a cabeça


ICC Gancho do poste
ICC Curvo
Riscos relacionados ao uso do equipamento

Marcação:
Pictograma
Zona Livre de queda
(ZQL)
O comprimento
indicado no pictograma
será a somatória das
distâncias ao lado.
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APR – ANÁLISE PRELIMINAR DE


RISCO
APR – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCO - É uma
técnica de análise prévia. Uma visão do trabalho a ser
executado, que permite a identificação dos riscos
envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia
condição para evita-los ou conviver com eles em
segurança.
A partir da descrição dos riscos, são identificadas as
causas (agentes) e efeitos (conseqüências), o que
permitirá a busca e elaboração de ações e medidas de
prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas.
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Riscos relacionados ao uso do equipamento

A queda, em si, compreende o principal risco a


ser considerado. Porém, existem os riscos
atrelados que devem ser lavados em
consideração:

• Ergonomia Inadequada;
• Limitação de movimentos;
• A força de retenção de queda (Força de
Impacto);
• Queda com pêndulo e consequente choque
contra estrutura;
• Suspensão no equipamento e consequente
dificuldade na circulação sanguínea.
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 A queda não é o único perigo no trabalho em altura. Ficar pendurado pelo


cinturão de segurança é também perigoso.

 Ficar pendurado pelo cinto de segurança gera a ¨suspensão inerte¨, quando


a parte inferior do cinto de segurança, que se prende às pernas, impede a
circulação do sangue e este se acumula nelas. Se estas não se movem, o
sangue fica lá e o coração não consegue bombear o sangue para a cabeça
provocando a ¨intolerância ortostática¨ que se caracteriza por
atordoamento, tremor, fadiga, dor de cabeça, fraqueza e desmaios.

 Suspensão prolongada causada por sistemas de detecção de quedas pode


causar a intolerância ortostática que, por sua vez, pode resultar em perda
de consciência seguida por morte em menos de 30 minutos.
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Neste fator, em situação de queda, o trabalhador terá um impacto


menor no corpo, pois o trava queda ou equipamento de talabarte fica
preso em um ponto de ancoragem acima da cabeça.
NR 35 – TRABALHO EM ALTURA
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Nesta situação, o trava queda ou equipamento de talabarte, é fixado a


um ponto de ancoragem situado na altura do abdome, sendo assim,
caso ocorra uma queda, o trabalhador sofrerá o impacto equivalente ao
tamanho do equipamento de proteção de queda, e o impacto no corpo
será aumentado.
NR 35 – TRABALHO EM ALTURA
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Este fator é considerado como o mais perigoso, nele o equipamento de talabarte


ou trava queda fica preso em um ponto de ancoragem abaixo dos pés do
trabalhador, é altamente arriscado pois em caso de queda o trabalhador terá um
impacto equivalente a 2 vezes o tamanho do equipamento de proteção de queda, o
impacto sofrido no corpo será ainda maior.
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W O R -KS A F E

I.C. Leal
NR 35 – TRABALHO EM ALTURA

4.6 Para atividades rotineiras de trabalho em altura a


análise de risco poderá estar contemplada no
respectivo procedimento operacional.

 Atividades rotineiras: Conjunto de ações que fazem


parte do cotidiano de uma atribuição, função ou cargo do
trabalhador no processo do trabalho.

 Atividades não rotineiras: Conjunto de ações que não


fazem parte do cotidiano de uma atribuição, função ou
cargo do trabalhador no processo do trabalho.
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CONDIÇÕES IMPEDITIVAS
Trabalhador não possuir a devida anuência para realizar
trabalho em altura;
Trabalhador sem condições físicas, mentais e
psicossociais (ASO);
Trabalhador sem a devida qualificação para o trabalho
em altura (treinado);
Ausência de sistema e pontos de ancoragem adequados;
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EMERGÊNCIA E SALVAMENTO
O empregador deve assegurar que a equipe possua os
recursos necessários para as respostas a emergências.
 

 
As ações de respostas às emergências que envolvam o
trabalho em altura devem constar do plano de emergência
da empresa.
 

As pessoas responsáveis pela execução das medidas de


salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate,
prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental
compatível com a atividade a desempenhar.
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ESTEJA ATENTO:
Antes de iniciar o seu trabalho verifique todos os detalhes:

Quais as condições do tempo?


Como estou física e psicologicamente?
Existem linhas energizadas por perto?
Estou com todos os equipamentos necessários?
Verifiquei as condições dos meus equipamentos?
Sou treinado para a tarefa?
Obrigada!

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