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NR 35 (TRABALHO

EM ALTURA) E
RESGATE EM
ALTURA
OBJETIVOS:

1. Definir o que é Trabalho em Altura;


2. Conhecer normas que regulamentam;
3. Conhecer os riscos da atividade;
4. Aprender técnicas de resgate em
planos elevados;
5. Conhecer e manusear equipamentos;
6. Realizar atividades práticas;
7. Avaliação do aprendizado;
O QUE É TRABALHO EM ALTURA?

DEFINIÇÃO DA NR 35:
35.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade
executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível
inferior, onde haja risco de queda.
ESTATISTICAS:
Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), 40% dos acidentes de trabalho no Brasil estão
relacionados a quedas de trabalhadores em altura.
FONTE:
http://www.protecao.com.br/noticias/acidentes_do_trabalho/atividade_em_altura_representa_40_dos_acidentes_de_trab
alho_/AJjyJajb DIARIO DO LITORAL 13/11/2013
O QUE SE CONSIDERA
TRABALHO EM ALTURA
SERVIÇOS REALIZADOS EM:
1. ANDAIMES
2. ESCADAS
3. PRÉDIOS
4. CESTOS SUSPENSOS

ENTRE OUTROS REALIZADOS A


MAIS DE 2 METROS DO NÍVEL
INFERIOR, ONDE HAJA RISCO DE
QUEDA
35
O que diz a NR – 35?

- A NR 35 determina quais são as responsabilidades


do Empregador e as responsabilidades dos
Empregados, além de trazer as diretrizes técnicas
sobre proteção coletiva, Equipamentos de proteção
individual entre outros pontos abordados.
RESPONSABILIDAES
35.2. Responsabilidades
35.2.1 Cabe ao empregador:
a) garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;
b) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e, quando aplicável, a emissão da Permissão
de Trabalho - PT;
c) desenvolver procedimento operacional para as atividades rotineiras de trabalho em altura;
d) assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das ações e das medidas complementares de segurança
aplicáveis;
e) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção
estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;
f) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle;
g) garantir que qualquer trabalho em altura só se inicie depois de adotadas as medidas de
proteção definidas nesta Norma;
h) assegurar a suspensão dos trabalhos em altura quando verificar situação ou condição de risco
não prevista, cuja eliminação ou neutralização imediata não seja possível;
i) estabelecer uma sistemática de autorização dos trabalhadores para trabalho em altura;
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja forma será definida
pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.
RESPONSABILIDADES

35.2.2 Cabe aos trabalhadores:


a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em
altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições
contidas nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre
que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua
segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as
medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que
possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
PROGRAMA DE
TREINAMENTO:
35.3.3 O empregador deve realizar treinamento periódico bienal e
sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de
trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a
noventa dias;
d) mudança de empresa.
35.3.3.1 O treinamento periódico bienal deve ter carga horária
mínima de oito horas, conforme conteúdo programático definido pelo
empregador.
Legislação 35

1977 – Foi estabelecida a Lei 6.514 regularizada pela portaria 3.214/78

NBR 15837– Equipamento de proteção individual contra queda de altura.

27/03/2012 – É publicada a Norma Regulamentadora (NR) numero 35.


Legislação – Mundo 35

OSHA – Occupational Safety and Health Administration (Administração de Segurança


e Saúde Ocupacional)

ANSI – American National Standards Institute (Instituto Nacional Americano de


Padronização)

CE – Comunidade Européia
MUITO PIOR QUE UMA MULTA A
PAGAR É A MORTE DO
TRABALHADOR
Principais causas 35

de
acidentes
Ato Inseguro Condição Insegura
35
ATO INSEGURO

"Segundo as estatísticas, cerca de 80% do total dos acidentes são oriundos do


próprio trabalhador.
O Ato Inseguro pode também ser classificado como falha humana, atribuídas
aos trabalhadores“.

Exemplos:
 Descumprir as regras e procedimentos de segurança
 Não usar o EPI
 Não ancorar o cinto de segurança
 Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas
 Executar trabalhos em altura sem autorização
 Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho
 Utilizar ferramentas inadequadas
 Não observar as instruções de segurança
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CONDIÇÃO
INSEGURA
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas
instalações físicas, máquinas e equipamentos que presentes no
ambiente geram riscos de acidentes.

Exemplos:
Falta de guarda-corpo em patamares
Falta de pontos de ancoragem
Falta de treinamento
Não fornecimento de EPI adequado
Escadas inadequadas
Falta de sinalização
Equipamentos e/ou ferramentas defeituosas
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EM ALTURA) E
RESGATE EM
ALTURA
Movimentação e Segurança 35
Corda de Posicionamento

 Para facilitar a imobilização


do trabalhador, pode utilizar
uma corda de
posicionamento.

 O trabalhador nunca deve


soltar os dois ganchos ao
mesmo tempo.
Movimentação e Segurança 35
Linhas de Vida

 Linha de vida é o cabo instalado com o intuito de servir como


ponto de engate para o cinto.
Movimentação e Segurança 35

Ponto de Ancoragem

 Pontos inadequados:
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Adotar o uso de Equipamento de


Proteção Individual - EPI

Cinto tipo Pára-quedista


3
Adotar o uso de Equipamento de
Proteção Individual - EPI
Talabarte
Adotar o uso de Equipamento de Proteção 35
Individual - EPI
Estes modelos de talabarte não atendem
como sistema de retenção de quedas.
Estão destinados exclusivamente ao
posicionamento.
Adotar o uso de Equipamento de
Proteção Individual - EPI

Trava quedas
35

Trole Ascensor
Polia simples

Descensor

Mosquetões Freios

Corda de
Posicionamento/
vida

Verificação antes e depois de uso


Inspecção exaustiva 3/3 meses Capacete c/
Placa de
francelete
ancoragem
Adotar o uso de Equipamento de Proteção 35
Individual - EPI
Erro comum de colocação:

Porque?
35
AR – ANÁLISE DE RISCO
item 35.4.5 da NR 35

- o local em que os serviços serão executados e seu entorno;


- o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
- o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
- as condições meteorológicas adversas;
- a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso
dos sistemas de proteção coletiva e individual;
- os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
- as condições impeditivas;
- as situações de emergência e o planejamento do resgate e
primeiros socorros;
PT – PERMISÃO DE 35
TRABALHO
item 35.4.7 da NR 35
•A PT é uma permissão, por escrito, que autoriza o início do trabalho,
tendo sido avaliados os riscos envolvidos na atividade, com a devida
medida de segurança aplicável;

•A PT deve ser emitida e aprovada por responsável pela autorização da


permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final,
encerrada e arquivada de forma a permitir sua rastreabilidade;

•A PT deve ter validade limitada à duração da atividade, restrita ao turno


de trabalho, podendo ser revalidada pelo responsável pela aprovação
nas situações em que não ocorram mudanças nas condições
estabelecidas ou na equipe de trabalho.
35

Condições de saúde que se


DESACONSELHA o trabalho em altura:
 Gripes e Resfriados
 Febre de qualquer natureza
 Indisposição Gástricas
 Tonturas
 Dores de Cabeça
 Falta de Alimentação Adequada
 Indisposição Física
 Stress
35

Exemplo de Doenças que podem impedir o


trabalho em altura:

 Doenças Cardíacas
 Hipertensão
 Epilepsia
 Labirintite Crônica
 Diabetes
 Doenças da Coluna
35
Fatores pessoais que podem impedir o trabalho em altura:

 Falta de Treinamento
 Problemas Psicossociais
 Pânico por Altura ou Isolamento
 Equipe não Entrosada
 Problemas com bebidas ou outras
drogas
NR 35 (TRABALHO
EM ALTURA) E
RESGATE EM
ALTURA
FATOR DE QUEDA
A severidade de uma queda depende de alguns fatores, como a
massa do operador (com seu equipamento), altura da queda e a
posição do trabalhador em relação à ancoragem.
Massa do operador: Quanto maior a massa, maior a quantidade de
energia dissipada durante uma queda;
Altura da queda: Quanto maior a altura da queda, maior será a
quantidade de energia dissipada, além do risco de choque em
obstáculos durante a queda;
Posição em relação à ancoragem: Quando o bombeiro se encontrar
acima do seu último ponto de ancoragem, a severidade da queda
aumenta. A noção de fator de queda é, por vezes, utilizada para
descrever a posição do trabalhador em relação à ancoragem e a
severidade da queda.
Fator de queda ZERO, nessa situação terá
indicativo de que haverá menor incidência de
impacto sobre o corpo homem, condição
mais segura de trabalho.
Fator de queda 1: nesse momento,
teremos o rompimento dos sistemas de
segurança dos equipamentos, como por
exemplo o sistema ABS do talabarte, situação
em que podem haver lesões no corpo do
trabalhador.
Fator de queda 2: os equipamentos
também terão seus meios de segurança
deflagrados, porém haverá chance de lesões
mais graves, como rompimento de órgão
internos.
IMPORTANTE:
Toda vez que um equipamento, usado no
resgate ou no trabalho, sofrer queda,
ocasionando pequenas abrasões ou fissuras,
deverão ser descartados. Da mesma forma
que, quando o equipamento sofrer absorção,
e tiver seu sistema de segurança deflagrado,
também devem ser descartados.
SÍNDROME DE ARNÊS OU
SUSPENSÃO
Situação que ocorre devido ao
trabalhador ficar suspenso pelo seu
equipamento de trabalho.
Quando suspenso o trabalhador, tem
acúmulo de sangue nas pernas (cerca de
60% do volume corporal), dificultando o
retorno do sangue venoso, dessa forma não
há circulação sanguínea adequada nos
órgãos e tecidos do corpo.
Fase do Resgate - Tratamento da
Síndrome de Arnês

1. Resgatar a vítima;
2. Soltar o cinto, deitar a vítima na posição
fetal de 20 a 40 min e depois posição
horizontal;
Fase do Resgate - Tratamento da
Síndrome de Arnês

3. Caso necessário encaminhar para hemodiálise;


4. Colocar em posição ventral para melhor circulação
sanguínea;

5. Elevar os membros e sacudi-los;


SALVAMENTO EM ALTURA

A grande maioria dos acidentes envolvendo altura


ocorre por falha humana, através do excesso de
confiança, imprudência, negligência, desconhecimento
ou pouca familiarização com os equipamentos e,
consequentemente, uso inadequado deles. As operações
de salvamento em ambientes elevados, por si só já
representam um determinado grau de perigo, em razão
do ambiente onde se processam. Por este motivo,
qualquer deslize poderá representar sérias lesões ou até
mesmo a morte das vítimas envolvidas, ou ainda, dos
próprios bombeiros/socorristas empenhados no resgate.
SALVAMENTO EM ALTURA

Salvamento em altura é uma atividade


desenvolvida por bombeiros/socorristas para
localizar, acessar, estabilizar e transportar
vítimas mediante o emprego de técnicas de
salvamento em locais elevados, com base
em normas de segurança e procedimentos
de ancoragem e descida específicos.
DIMENCIONAMENTO DA CENA

• Sistema de Comando em Operações;


• Procedimentos Operacionais Padronizados;
• Abordagem Integrada.

Riscos da cena;

Número de vítimas e estado aparente delas;

Dificuldades de resgate.
PROCEDIMENTOS DE
SEGURANÇA
Fatores que podem desencadear um acidente em altura:

• Conferência de equipamentos não realizada;


• Cabos ou fitas deteriorados ou em mau estado de conservação;
• Falência da ancoragem;
• Pressão do meio ridicularizando a segurança e considerando-a
exagerada;
• Pressão por profissionais antigos, em razão do costume e de
técnicas desatualizadas;
• Personalidade do bombeiro;
• Urgência na execução devido ao risco iminente;
• Ausência de procedimentos de segurança;
• Não utilização de EPI;
Dicas de Segurança

Seguem abaixo algumas das maneiras mais comuns de se garantir a segurança


nas operações de Salvamento em Altura:

Nunca se deve permitir que apenas um elemento execute a operação


(Regra dos “quatro olhos”);
Os equipamentos devem ser checados e avaliados antes e depois de
qualquer tipo de trabalho;
Após a colocação ou vestimenta de qualquer equipamento, deve-se
fazer uma checagem dos mesmos (Regra dos “quatro olhos”);
Nunca alterar os procedimentos operacionais, sem prévio
conhecimento dos integrantes;
Todas as amarrações e fixações de equipamentos devem ser muito bem
checadas e vigiadas (Regra dos “quatro olhos”)
Sempre que se estiver trabalhando em locais
elevados, o homem deve estar preso a um ponto fixo, por
meio de um cabo solteiro ou fita tubular (Regra do
“umbigo”);
Os elementos da equipe de salvamento que estiverem
empenhados no controle de velocidade dos cabos de
descida ou cabos guias (o “segurança”), sempre deverão
usar luvas e posicionarem-se de maneira a dar sustentação
às mesmas (abaixo de quem está descendo);
Não deve ser permitida a ajuda ou interferência da
vítima no processo de salvamento, a não ser em situações
extraordinárias.
O BOMBEIRO DEVE TER SEU UMBIGO
SEMPRE ABAIXO DO PONTO MAIS
ELEVADO DA EXTREMIDADE DO LOCAL
ELEVADO”.
“DOIS OLHOS REALIZAM A ATIVIDADE E
DOIS OLHOS FISCALIZAM O QUE FOI
FEITO”
Ancoragem – Linha de segurança

Qualquer que seja a operação que o


socorrista irá realizar em ambiente elevado,
este deverá estar preso a um ponto fixo no
local.
Nas atividades de salvamento em altura,
todas as atenções deverão estar voltadas para
a segurança, sendo um dever e
responsabilidade de todos os membros da
equipe. Esses procedimentos devem ser
seguidos por todas as equipes de salvamento,
tanto nas operações, propriamente ditas,
quanto nos treinamentos.
NR 35 (TRABALHO
EM ALTURA) E
RESGATE EM
ALTURA
Equipamentos e seus cuidados

Os equipamentos destinados a atividade de


resgate, devem ser usados somente para
esse fim, evitando a utilização dos mesmos
em outras atividades, evitando assim
qualquer dano a esse material.
CORDAS

As cordas para o uso nas operações de


salvamento necessitam apresentar as
seguintes características:
a) Máxima resistência à tração;
b) Máxima resistência ao atrito;
c) Máxima flexibilidade;
d) Mínimo peso;
e) Mínimo deterioramento;
f) Impermeabilidade.
PARTES DA CORDA

FONTE: GOOGLE IMAGENS


CORDAS
As cordas para trabalho em altura e resgate podem ser
encontradas nos seguintes diâmetros:
• 10 mm
• 10,5 mm
• 11 mm
• 11,5 mm
• 12 mm
Para as atividades de resgate recomenda-se utilizar
cordas entre 11 e 12 mm, devido a sua resistência, pois
se recomenda uma carga de ruptura por volta de 40kn
(4.000 kg), que é aproximadamente dois indivíduos
equipados em uma queda, por falha de equipamento. Isso
segundo normas da N.F.P.A (National Fire Protection
Association) dos EUA.
CORDAS
As cordas para essas atividades precisam
ser preferencialmente estáticas ou semi-
estáticas, devido ao seu baixo fator de
elasticidade, as quais as cordas dinâmicas
apresentam um fator de elasticidade muito
grande.
CORDELETES
São cabos de diâmetro reduzido, geralmente de 6 a 8 mm, muito utilizados
na operação de salvamento em pequenas ancoragens, no auxílio das
ancoragens principal, na segurança primária da ancoragem principal,
sempre utilizada na forma de nós blocantes (marchand ou prussik).
MANUTENÇÃO, AVALIAÇÃO E CUIDADOS COM
AS CORDAS

Principais cuidados com as cordas:


a) Controlar a frequência de utilização;
b) Controlar as formas de emprego (rapel,
escaladas, espeleologia, sob tensão, etc).
c) Realizar manutenção adequada;
d) Evitar o excesso de trabalhos mecânicos;
e) Evitar a abrasão;
f) Evitar a exposição a raios ultravioletas e
umidades que degradam pouco a pouco as
propriedades da corda.
MANUTENÇÃO, AVALIAÇÃO E CUIDADOS COM AS
CORDAS

Classificação das cordas quanto a


intensidade do uso:
Uso intensivo: 03 meses a 06 meses
Uso semanal: 02 a 03 anos
Uso ocasional: 04 a 05 anos
MANUTENÇÃO, AVALIAÇÃO E CUIDADOS
COM AS CORDAS

Situações em que as cordas deverão ser


retiradas das atividades treinamentos e
operações de salvamento:
a) Quando forem expostas a uma carga ou
impacto violento;
b) Quando a alma apresentar dano, nesse caso,
providenciar o corte da acorda;
c) Quando a capa apresentar grande desgaste;
d) Quando entrar em contato com reagentes
químicos.
MANUTENÇÃO, AVALIAÇÃO E CUIDADOS
COM AS CORDAS

Cuidados obrigatórios com a corda que antecedem seu uso:


a) Antes da primeira utilização as cordas necessitam de uma
imersão em água, ficando nessa situação por um período de 24
horas, em seguida, deverá passar por processo de secagem, à
sombra e com ventilação, por um período de 72horas;
b) Aferir o comprimento da corda após a primeira lavagem, pois a
mesma pode perder até 5% de seu tamanho após a secagem;
c) Realizar falcaças nos chicotes das cordas;
d) Identificar o comprimento da corda nos chicotes;
e) Verificar se existem coças nas cordas, sempre antes do uso;
f) Verificar a vida útil das cordas, pois as mesmas jamais deverão
exceder a 05 anos de uso, ou 10 anos de armazenamento.
MOSQUETÕES
Constituídos geralmente em aço ou alumínio,
são equipamentos essenciais para trabalho e
resgate em altura, possuem diferentes tipos
de forma e fecho (rosca, semiautomático e
automático).

“D” HMS
“D”
oval Simétrico Ou pêra
Assimétrico
INFORMAÇÕES DE CARGA CONTIDAS NO
MOSQUETÃO
Eixos de força da espinha do mosquetão e sua
carga de ruptura em kN – kilonewton
A= Sentido longitudinal (uso correto) carga de
ruptura de 22kN;
B= Sentido transversal (uso errado) carga de
ruptura de 9kN ;
C= Gatilho Aberto (uso errado) carga de ruptura
de 6kN.
O Kn é uma grandeza física, ou seja, é igual
quilo, gramas, metro, etc. Nesse caso ele
indica as cargas de ruptura do equipamento
NR 35 (TRABALHO
EM ALTURA) E
RESGATE EM
ALTURA
NÓS E AMARRAÇÕES
Segundo os autores
Cunha e Cariocane (2008),
um nó é uma combinação
de voltas, a maioria das
vezes entremeadas,
destinadas a reunir dois
cabos, a fixá-los entre um
ponto e outro, ou entre um
ponto e um objeto, ou
aumentar a extremidade
do outro cabo.
NÓS E AMARRAÇÕES
É preferível conhecer poucos nós e ter
total domínio, do que conhecer muitos, e ter
pouco domínio sobre eles.
Os nós para trabalho e salvamento
devem apresentar as seguintes
características:
1. Fácil de fazer
2. Fácil de desfazer
3. Proporcionar o máximo de segurança
NÓS E AMARRAÇÕES

Os nós são classificados de acordo com sua


utilização:
• Nós de emendar
• Nós de fixação ou ancoragem
• Nós de formação de alça
• Nós blocantes
• Nós de tração
• Nós de encurtar
• Nós de acondicionamento
NÓS E AMARRAÇÕES
Nomes e termos importantes no trabalho com nós:
I. Acochar: Apertar;
II. Alça: Volta em forma de “U” (não confundir com anel);
III. Ancoragem: Ponto de fixação do sistema;
IV. Anel: Volta em que as seções cruzam entre si (não confundir com
alça, pois nela não há cruzamento);
V. Arremate: Arranjo feito no final de um cabo para reforçar o nó
principal e evitar que se desfaça (cote);
VI. Backup: Termo em inglês que significa voltar atrás, ter uma
segunda chance. Em nossa atividade, utilizamos o termo para nos
referir ao sistema secundário utilizado para substituir o primário, caso
este venha a romper;
VII. Bitola:É o diâmetro do cabo, expresso em polegadas ou
milímetros;
VIII. Chicote: É a extremidade de um cabo (ponta);
IX. Correr: O mesmo que escorregar;
NÓS E AMARRAÇÕES
Nomes e termos importantes no trabalho com nós:
X. Cote: O mesmo que arremate;
XI. Laçada: Forma pela qual se fixa temporariamente uma corda, sem ao
menos finalizar uma amarração (nó), podendo ser desfeita simplesmente ao
puxar sua extremidade (chicote);
XII. Morder: Pressionar ou manter o cabo sob pressão;
XIII. Nó: Consiste em um entrelaçamento da corda, seja pelo seio ou pelo
chicote, efetuado manualmente, ao ponto de criar uma massa uniforme, não
sendo possível soltá-la com uma simples puxada em uma das extremidades;
XIV. Permear: Dobrar o cabo;
XV. Safar: Liberar o cabo;
XVI. Seio: Meio do cabo ou qualquer parte do cabo que não seja o chicote;
XVII. Tesar: Procedimento ou ato de se dar tensão ao cabo, tracioná-lo;
XVIII. Volta: Consiste em um simples retorno da corda ao seu ponto de
origem, podendo formar uma alça ou um anel;
35
NÓS E AMARRAS
- Ancoragem com cordas onde não há local
para prender o talabarte.
- Para União de Cordas.
- Para confecção de alças.
- Para evitar que as pontas das cordas
saiam do equipamento.
- Para auxiliar em casos de resgate.
- Como improvisação caso os outros
sistemas falhem.
CONFECÇÃO DE NÓS
NÓS DE EMENDAR
NÓ DIREITO NÓ INGLÊS OU PESCADOR SIMPLES
CONFECÇÃO DE NÓS
NÓS DE FORMAÇÃO DE ALÇA

NÓ OITO NÓ OITO DUPLO NÓ OITO DUPLO GUIADO


CONFECÇÃO DE NÓS
NÓS DE FORMAÇÃO DE ALÇA

NÓ LAÍS DE GUIA NÓ ORELHA DE COELHO


CONFECÇÃO DE NÓS
NÓS DE FORMAÇÃO DE ALÇA

NÓ BORBOLETA
CONFECÇÃO DE NÓS
NÓS BLOCANTES
NÓ PRUSSIK

NÓ MARCHARD
CONFECÇÃO DE NÓS
NÓS DE FIXAÇÃO
NÓ FIÉL NÓ BOCA-DE-LOBO
CONFECÇÃO DE NÓS
NÓ DE PEDREIRO
REFERÊNCIAS
http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2017/12/MOB-
SALVAMENTO-EM-ALTURA-1.pdf

https://www.bombeiros.pt/wp-content/uploads/2013/07/Manual-Tecnico-
Curso-de-Salvamento-em-Altura.pdf

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