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Trabalhos em altura – NR35

Conceitos Básicos
LEGISLAÇÃO

Foi promulgada em 23 de março de 2012 a


Norma regulamentadora NR35 – que
regulamenta os trabalhos realizados em
altura, também conhecidos como ambientes
verticais.
O que é trabalho em altura?

Pela definição da NR35 – toda atividade que


for realizada com desnível igual ou superior
a 2 metros.
Normas Regulamentadoras correlatas

NR6 – equipamentos de proteção


individual.

NR 18 – condições de meio ambiente de


trabalho na indústria da construção.
Normas Brasileiras (ABNT)

• NBR 15.475 – Acesso por corda –


Qualificação e certificação de pessoas
• NBR 15.595 – Acesso por corda –
Procedimento para aplicação do método
NR e NBR
NR – Norma regulamentadora – promulgada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego – tem caráter
obrigatório – sob as penas da lei.

NBR – Norma brasileira – editada em processo


aberto da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) – e tem caráter de orientação –
sua aplicação somente é obrigatória se a NBR
for citada em LEI ou NR.
Acidente do trabalho
Acidente do Trabalho – conceito prevencionista
•São todas as ocorrências indesejáveis, que
interrompem o trabalho e causam, ou tem potencial
para causar, ferimentos em alguém ou algum tipo de
perda à empresa ou ambos ao mesmo tempo.
•Tipos de acidentes: acidente pessoal (com lesão e
sem lesão)/ acidente de trajeto / acidente material e
pessoal / acidente material (incidente com danos e
sem danos)
Causas dos acidentes
• Falha de equipamento (condição insegura –
atualmente e indicado como falha de inspeção
e/ou manutenção)

• Falha de comportamento e/ou percepção do


risco (antigamente era chamado ato inseguro
– atualmente é reconhecido como desvio de
procedimento)
Condição insegura
Ato inseguro (falha de comportamento)
Responsabilidade sobre acidente
• Responsabilidade civil X Segurança do trabalho, CIPA
e trabalhador
• Em todas as ações civis e/ou criminais – três pontos
que devem ser sempre considerados (isolados e/ou
combinados)
NEGLIGÊNCIA
IMPRUDÊNCIA
IMPERÍCIA
Negligência
• Ausência de preocupação ou indiferença em
relação ao ato que apresenta um risco

• Ao observar uma situação de risco – há a


omissão de impedir que tal situação perdure
Imprudência
• Prática de um ato perigoso

(EX. Operário retira a proteção da máquina com


o intuito de aumentar a produção)
Imperícia
• Falta de aptidão para o exercício de
determinada profissão ou arte.
• Ex. submeter trabalhador não habilitado a
substituir – em caráter eventual – trabalhador
titular da função
• Comprovada a imperícia – cabe neste caso a
perda do registro profissional
NR35 – Treinamento obrigatório
O treinamento mínimo estipulado pela NR35 é
de 8 horas com aplicações teóricas e práticas,
sendo seu conteúdo mínimo estipulado na
própria NR35. O treinamento apresentará
validade de 2 anos (bienal), e deverá ser
realizado por profissional com proficiência no
assunto.
NR35 – Obrigações
A NR35 estipula obrigações para os:

• Empregadores

• Empregados (trabalhadores)
Obrigações do empregador:
• Garantir a implementação das medidas de
proteção estabelecidas na NR35;
• Assegurar a realização da análise de risco
AR, e, quando aplicável, a emissão da
Permissão de Trabalho PT;
• Desenvolver procedimento operacional
para as atividades rotineiras de trabalho
em altura;
Obrigações do empregador:
• Assegurar a realização de avaliação prévia das
condições no local do trabalho em altura, pelo
estudo, planejamento e implementação das
ações e das medidas complementares de
segurança aplicáveis;
• Adotar as providências necessárias para
acompanhar o cumprimento das medidas de
proteção estabelecidas na NR35 pelas
empresas contratadas;
Obrigações do empregador:
• Garantir aos trabalhadores informações
atualizadas sobre os riscos e as medidas de
controle
• Garantir que qualquer trabalho em altura só se
inicie depois de adotadas as medidas de proteção
definidas na NR35;
• Assegurar a suspensão dos trabalhos em altura
quando verificar situação ou condição de risco
não prevista, cuja eliminação ou neutralização
imediata não seja possível;
Obrigações do empregador:
• Estabelecer uma sistemática de autorização
dos trabalhadores para trabalho em altura;
• Assegurar que todo trabalho em altura seja
realizado sob supervisão, cuja forma será
definida pela análise de riscos de acordo
com as peculiaridades da atividade;
• Assegurar a organização e o arquivamento
da documentação prevista na NR35.
Obrigações do empregado:
• Cumprir as disposições legais e
regulamentares sobre trabalho em altura,
inclusive os procedimentos expedidos pelo
empregador;
• Colaborar com o empregador na
implementação das disposições contidas na
NR35;
Obrigações do empregado:
•Interromper suas atividades exercendo o direito
de recusa, sempre que constatarem evidências de
riscos graves e iminentes para sua segurança e
saúde ou a de outras pessoas, comunicando
imediatamente o fato a seu supervisor hierárquico,
que diligenciará as medidas cabíveis;
•Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras
pessoas que podem ser afetadas por suas ações ou
omissões no trabalho.
Análise de Risco e
Condições Impeditivas
Análise de risco

Segundo a NR35 – Análise de risco (AR) é a


avaliação dos riscos pontenciais, suas causas,
consequências e medidas de controle. A
análise de risco deve ser elaborada por
profissional habilitado, através de
treinamento ou formação adequada em
segurança do trabalho .
Análise de risco
•O local em que os serviços serão executados e seu
entorno;
•O isolamento e a sinalização no entorno da área de
trabalho;
•O estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
•As condições meteorológicas adversas;
•A seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de
uso dos sistemas de proteção coletiva e individual,
atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos
fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos
fatores de queda;
•O risco de quedas de materiais e ferramentas;
Análise de risco
•Os trabalhos simultâneos que apresentem riscos
específicos;
•O atendimento aos requisitos de segurança e saúde
contidos nas demais normas regulamentadoras;
•Os riscos adicionais;
•As condições impeditivas;
•As situações de emergência e o planejamento do
resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o
tempo da suspensão inerte do trabalhador;
•A necessidade de sistema de comunicação;
•A forma de supervisão.
Exemplo de área isolada para trabalho
em altura de maneira inadequada
Nota Importante

Para trabalhos corriqueiros (realizados


rotineiramente), e onde não acréscimo de
condições de risco adicionais, não é necessário
realizar uma Análise de Risco toda vez que a
atividade será realizada; e sim deve ser
elaborado um procedimento operacional,
contemplando todos os tópicos da Análise de
Risco.
Procedimento operacional
•As diretrizes e requisitos da tarefa;
•As orientações administrativas;
•O detalhamento da tarefa;
•As medidas de controle dos riscos característicos
da rotina;
•As condições impeditivas;
•Os sistemas de proteção coletiva e individual
necessários;
•As competências e responsabilidades.
NOTA IMPORTANTE

Para atividades de trabalho em altura não


rotineiras devem ser autorizadas mediante
PERMISSÃO DE TRABALHO – com as
medidas de controle evidenciadas na
Análise de Risco e na própria Permissão de
Trabalho.
PERMISSÃO DE TRABALHO

A Permissão de Trabalho deve ser emitida e


aprovada pelo responsável pela
autorização da permissão, disponibilizada
no local da execução da atividade e, ao
final, encerrada e arquivada de forma a
permitir sua rastreabilidade.
PERMISSÃO DE TRABALHO

A Permissão de Trabalho deve conter:


•Os requisitos mínimos a serem atendidos para
execução dos trabalhos;
•As disposições e medidas estabelecidas na
Análise de Risco;
•A relação de todos os envolvidos e suas
autorizações.
PERMISSÃO DE TRABALHO

A Permissão de Trabalho deve ter validade


limitada à duração da atividade e restrita ao
turno de trabalho, podendo ser reavaliada
pelo responsável pela aprovação nas situações
em que não ocorram mudanças nas condições
estabelecidas ou na equipe de trabalho.
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS

Segundo a NR35 – as condições impeditivas


são situações que impedem a realização ou
continuidade do serviço que possam
colocar em risco a saúde ou a integridade
física do trabalhador.
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS

Condições climáticas adversas – ventos e


chuva, além de descargas elétricas!

NOTA: a presença de água diminui a


resistência de materiais como telhas de fibro-
cimento, além das cordas de poliamida!
Exemplo de dano por ventos:
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS

Falta de
equipamentos
(individuais e/ou
coletivos)
adequados e em
perfeitas condições
de uso.
FLAGRANTES DO DIA A DIA!
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS
Ausência de pontos
de ancoragem e/ou
pontos de
ancoragem em
condições
inadequadas ao uso
(ex.: corrosão e/ou
danos estruturais)
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS
CONDIÇÕES E/OU DOENÇAS QUE
INABILITAM O TRABALHADOR
Existem doenças e condições que podem
inabilitar o trabalhador para a realização
de trabalhos em altura.
CONDIÇÕES E/OU DOENÇAS QUE INABILITAM O
TRABALHADOR PARA ATIVIDADE EM ALTURA

•Doenças cardíacas
•Hipertensão arterial
•Epilepsia
•Labirintite crônica
•Diabetes
•Doenças na coluna vertebral
•Doenças psiquiátricas (uso de tranquilizantes
e anti-depressivos)
•Deficiências visuais e auditivas
•Qualquer doença que possibilite a perda de
consciência repentina ou desequilíbrio
CONDIÇÕES E/OU DOENÇAS QUE DESACONSELHAM A
ATIVIDADE EM ALTURA

•Gripes e resfriados fortes


•Febre de qualquer natureza
•Indisposições gástricas (diarréias e
vômitos)
•Tonturas
•Dores de cabeça
•Falta de alimentação adequada
•Indisposição físicas
•Stress
CONDIÇÕES INDIRETAS QUE DESACONSELHAM A
ATIVIDADE EM ALTURA

•Problemas sócios – financeiros


•Pânico por altura / isolamento
•Postura inadequada
•Substituição por pessoa não qualificada
(contrário a própria NR35)
•Equipe não entrosada
•Situações de urgência de trabalho
•Situações de emergência
CONDIÇÕES IMPEDITIVAS
AUSÊNCIA DE PROFISSIONAL
RESPONSÁVEL E/OU FALTA DA
PERMISSÃO DE TRABALHO
A ausência de um profissional responsável
no local de trabalho, quando considerada
uma atividade não rotineira, assim como a
falta de permissão para o trabalho em
altura são condições consideradas
impeditivas para o início dos trabalhos em
altura.
Riscos potenciais inerentes ao
trabalho em altura e medidas de
prevenção e controle
FORÇAS GERADAS POR UMA QUEDA

• Força de impacto
• Fator de queda
•Absorção de choque
Força de impacto

A força de impacto é aquela gerada pela


queda, se considerarmos a energia que
chega às extremidades do talabarte,
fixados na ancoragem e no trabalhador.

A força é gerada pela aceleração da


gravidade!
Fator de queda
NOTA IMPORTANTE

Uma queda com fator igual a 2 pode gerar


uma força de 13 a 18 KN, mesmo para uma
distância pequena!
Os equipamentos de segurança apresentam
resistência de ruptura próxima a 18KN!
O corpo humano suporta uma força de 12
KN por intervalos muito curtos!
Consequências de uma queda

•Traumatismos
•Contusões
•Fraturas
•Cortes
•Hemorragias
•Ruptura interna de órgãos
•Morte
Em caso de queda!

A permanência de
uma pessoa inerte
em qualquer tipo de
cinto de segurança
pode causar sérios
danos fisiológicos.
Síndrome da suspensão inerte
PROGRESSÃO DO TRAUMA POR SUSPENSÃO INERTE
1 – Queda com retenção do cinto.
2 – Com as pernas suspensas, o fluxo sanguíneo é
impedido pelas alças das pernas e pela gravidade.
3 – O sangue é retido pelos grandes músculos das
pernas.
4 – Retorno de sangue ao coração diminui.
5 – Perigo e dor causam aumento dos batimentos
cardíacos e liberação de hormônios.
6 – Ação de bombeamento de sangue do coração reduz
devido a redução do retorno de sangue.
7 – Mais sangue é retido nas pernas.
8 – O corpo apresenta sinais de redução de batimentos
cardíacos e pressão sanguínea.
9 – Fluxo de sangue para o cérebro começa a falhar.
10 – Vítima perde a consciência.
11 – Fluxo de sangue para o cérebro continua a diminuir.
12 – Danos no tecido cerebral.
13 – Morte eventual.
Síndrome da suspensão inerte
NOTA – Vítima inconsciente!
Após 4 minutos que a vítima está pendurada
inconsciente – epóxia (falta de oxigênio na
circulação).
Após mais 4 minutos – inicia a ipóxia (falta de
oxigênio nos tecidos cerebrais)!
Em minutos ocorre o choque ortoestático – com
possíveis danos irreversíveis – seguido de coma e
fibrilação ventricular.
Absorção de choque
Atualmente, todos os
sistemas de proteção
contra quedas deve ser
dotados de sistema de
absorção de choque.
Os absorvedores de
choque funcionam como
freio em uma queda,
diminuindo a transmissão
rápida da energia
cinética.
SISTEMAS DE SEGURANÇA PARA
TRABALHO EM AMBIENTES
VERTICAIS
Interrupção de quedas
Interrupção de quedas
Sistemas de proteção contra quedas
Sistemas de proteção contra quedas
Restrição
Exemplo de restrição temporária em uso
Exemplo de restrição permanente em uso
Resgate
Posicionamento para trabalho
Transporte de pessoal
Exemplos de cadeirinhas
Escadas
Considerações importantes a serem
levadas em conta nos projetos de
sistemas de proteção contra
quedas!
Efeito pêndulo
Distância de segurança
Pontos de ancoragem
O ponto onde o trabalhador será ancorado é de
extrema importância para a segurança do mesmo.

Um ponto de ancoragem que não esteja


devidamente testado pode gerar a falsa sensação de
segurança, ou seja, o trabalhador acredita que esta
seguro quando na verdade não está.
Pontos de ancoragem
Os pontos de ancoragem devem ser construídos e
instalados de acordo com as normas brasileiras:

ABNT NBR 16.325 – parte I – Proteção contra quedas


de altura – dispositivos de ancoragem Tipos A, B e D.

ABNT NBR 16325 – parte II – Proteção conta quedas


de altura – dispositivos de ancoragem tipo C
Pontos de Ancoragem
Sistemas e equipamentos de
proteção coletiva
Guarda-corpos
Guarda-corpos
Guarda corpos
Escadas marinheiro
Andaimes
Balancins
Balancins
Sistemas de proteção contra quedas
Sistemas de proteção contra quedas
Sistemas de proteção contra quedas
Sistemas de proteção contra quedas
Cesto para empilhadeira
Equipamentos de proteção individual
Capacetes
Equipamentos de proteção individual
Luvas de proteção

Quando há produtos químicos é necessário uso


de luvas impermeáveis!
Equipamentos de proteção individual
Óculos de segurança
Equipamentos de proteção individual
Cinto de segurança tipo paraquedista
Equipamentos de proteção individual
Cinto de segurança tipo paraquedista
NOTA IMPORTANTE
É de extrema
importância que o
cinto de segurança
esteja corretamente
fixado ao corpo do
usuário, pois caso
contrário, no evento
de uma queda, o
cinto pode ser o
mecanismo de
danos ao
trabalhador.
Inspeção de cinto de segurança
•As tiras e as costuras devem ser examinadas para averiguar se
não estão desgastadas, desfiadas ou cortadas, as tiras do cinto
devem receber especial atenção, pois nela estará todo o peso do
trabalhador;
•Rebites devem estar bem presos e impossibilitados de serem
movidos com os dedos. As faces dos rebites devem estar sob a
superfície do cinto e não dobrar para que a borda não corte a fita;
•Anéis em forma de “D” e suas presilhas devem ser verificados em
seu aspecto geral, atentando para deformidades, descoloração
devido à oxidação e rachaduras;
•As fivelas devem ficar livres de qualquer torção, deformação,
rachaduras ou bordas afiadas que possam danificar as fitas.
Sugestão para inspeção

Um procedimento sugerido e que pode ser


adotado por equipes de trabalhos em
altura é que um trabalhador inspecione os
equipamentos do outro colega de trabalho
e o supervisor de trabalhos em altura faça
uma inspeção final nos EPI’s, aumentando
assim o fator de segurança adotado pela
equipe.
Equipamentos complementares
Existem diversos equipamentos complementares
que são empregados nos trabalhos em altura,
tais como:
• Cordas (estáticas)
• Mosquetões
• Freios
• Talabartes
• Cintas de ancoragem
• Placas de ancoragem
• Polias
Corda para trabalho em altura
A corda é utilizada como uma ligação universal nos
trabalhos em altura; e, portanto, é de extrema
importância que a mesma seja devidamente
selecionada e verificada antes de cada uso.
a corda só será bem aproveitada se corretamente
empregada. E sua vida útil dependerá também do
cuidado que ela recebe.
Como padrão no Brasil, se adotou a corda
confeccionada em poliamida (nylon), e o diâmetro
mínimo recomendado como linha de vida é de 12 mm
(NR18) – com desenho capa e alma (KERNMANTLE).
Corda KERNMANTLE
KERN – núcleo
Mantle – capa

As cordas KERMANTLE
são também conhecidas
como cordas de capa e
alma.
Em alguns modelos a
capa é de um material e
o núcleo de outro –
também chamadas de
cordas mistas.
Corda estática e corda dinâmica

As cordas estão divididas em dois grupos:


• Cordas estáticas – que apresentam pouco
alongamento.
• Cordas dinâmicas - que apresentam maior
alongamento
Para trabalhos de resgate só são permitidas
cordas estáticas.
Corda estática
Corda estática: A alma das cordas
estáticas é construída com
monofilamentos contínuos que
correm paralelo ao sentido
longitudinal da corda,
apresentando uma pequena
torção para manter as fibras
próximas umas as outras. As
cordas estáticas de resgate
alongam entre 1,25% a até 10% .
Corda dinâmica
As cordas dinâmicas são designadas para
absorver impacto de quedas, tais como
atividades de montanhismo. O desenho
apresenta a alma com feixes de
monofilamentos torcidos em sentidos
opostos, a fim de diminuir a possibilidade
do objeto ou pessoa girar quando
pendurado. Os feixes torcidos da alma dão
a corda sua resistência, e são “destorcidos”
quando recebem a carga, absorvendo o
impacto. A maioria das cordas dinâmicas
apresenta um alongamento de 25%
quando aplicada à carga de uma pessoa.
Cuidados com a corda
A corda deve ser
devidamente
identificada e deve ser
criado um histórico da
mesma .
Nunca utilizar
marcadores à base de
fenol, que podem
prejudicar a corda.
Histórico da corda
HISTÓRICO DE CORDA

IDENTIFICAÇÃO Nº: FABRICANTE: LOTE DE PRODUÇÃO:

DATA DE PRODUÇÃO: DATA DA IDENTIFICAÇÃO: DATA DE ENTRADA EM SERVIÇO:

COMPRIMENTO: DIÂMETRO: COR:

IMPORTANTE: INSPECIONE A CORDA POR DANOS OU USO EXCESSIVO APÓS CADA VEZ QUE A MESMA FOI UTILIZADA E APÓS CADA USO. RETIRE DE USO TODA CORDA QUE APRESENTE
QUALQUER SUSPEITA DE DANOS!

DATA DE USO LOCAL DE USO TIPO DE USO EXPOSIÇÃO DA CORDA DATA DE CHECAGEM INSPETOR CONDIÇÃO DA CORDA
Armazenando a corda
•Exposição excessiva aos raios solares (raios
ultravioletas).
•Exposição a produtos químicos (ácidos de bateria,
agentes alvejantes, vapores ácidos, hidrocarbonetos
com aditivos ácidos, solventes, graxas e gases de
exaustão de motores de combustão interna)
•Exposição a sujeiras e material particulado. Tais
materiais podem danificar a corda internamente ao
penetrar na alma da mesma. Mantenha a corda limpa
e seca.
•Exposição ao calor. Mantenha a corda longa de
aquecedores, canos de escapamento, e outras fontes
que liberam calor.
Inspecionando a corda
Limpeza da corda
A corda pode ser lavada
em máquina de lavar
roupa sem agitador,
quando trançada na forma
ao lado.

Após a lavagem a mesma pode ser enxaguada com


uma pequena quantidade de amaciante neutro.
A corda deve ser sempre seca a sombra e nunca em
secadoras ou ao sol.
Colocando a corda na bolsa
I – Faça um nó tipo duplo oito ou
similar em uma das extremidades da
corda.
II – Coloque a corda no interior da
bolsa, correndo pela suas mãos, durante
o processo de inspeção. Apenas
coloque a corda no interior da bolsa,
braçada após braçada.
III – Para facilitar esta operação, você
pode passar a corda por um mosquetão
preso ao seu cinto, enquanto você se
posiciona por sobre a bolsa.
NOTA FINAL SOBRE CORDAS

Nunca lance a corda de alturas superiores


a 30 metros, pois uma queda pode
danificar a corda!
MOSQUETÕES

Diferentes
modelos com
diferentes
capacidades de
carga, para
aplicações
diferentes.
MOSQUETÕES

USO CORRETO

USO INCORRETO
Freios e descensores
BLOCANTES MECÂNICOS

Os blocantes mecânicos são


dispositivos que tem a mesma
função dos trava quedas e há
versões específicas para cordas e
para cabos de aço.
Polias

Equipamentos de diferentes
desenhos e materiais para
aplicações de acesso e resgate.
Equipamentos complementares
NOTA

Todos os equipamentos indicados


anteriormente devem passar por
inspeção após cada uso, e em caso de
dúvida, devem ser retirados
imediatamente do serviço!
Sistemas de ancoragem com cabo de aço
Componentes do cabo de aço
Cabo de aço padrão para sistemas de proteção
contra queda

Cabos de aço classe 6X19 – 6 pernas


com 19 arames cada perna e com
alma de aço, tratamento de
galvanização, o ideal é que seja de
aço inox.

LINHAS VERTICAIS: 8 MM (5/16”)


LINHAS HORIZONTAIS: 10 MM (3/8”)
Como medir diâmetro de cabo de aço

ERRADO CERTO
Fechamento do cabo de aço
Identificação para troca
• Arames rompidos visíveis atingirem 6 fios em um passo
ou 3 fios em uma perna;
• Corrosão acentuada no cabo;
• Desgaste dos arames externos maior do que 1/3 de seu
diâmetro original;
• Diminuição do diâmetro do cabo maior do que 5% em
relação ao seu diâmetro nominal;
• Danos por alta temperatura ou qualquer outra distorção
no cabo (como dobra, amassamento ou "gaiola de
passarinho") exigem substituição por um novo.
Identificação de danos
NOTA COMPLEMENTAR

A NR35 ainda cita que


quando o trabalhador
estiver utilizando
ferramentas manuais as
mesmas deverão sempre
estar presas (por exemplo,
através de cordins) para
evitar possíveis acidentes.
Nós e Ancoragens
Características importantes dos nós:

Ser fácil de confeccionar;


Ter um aspecto relativamente simples para facilitar a
inspeção visual;
Ser estável quando solicitado;
Preservar ao máximo a resistência da corda (existem nós
que diminuem sua resistência em até 70%);
Pode ser desfeito após ter sofrido tensão.
Nó para ancoragem

Nó oito simples
Nó para ancoragem

Nó oito duplo
Nó para ancoragem

Nó oito guiado
(follow me)
Nó para cordin
Nó blocante - PRUSSIK
Sistemas de ancoragem

Os procedimentos de ancoragem são aqueles


que objetivam a instalação de equipamentos
ou trabalhadores conectando-os aos pontos
fixos do ambiente (vigas, pilares, etc.) ou
instalados para este fim especificamente
(olhais, chapeletas, grampos, etc...)
Exemplos de ancoragem

Ancoragem à prova de bomba Ancoragem em série


Exemplo de ancoragem auto equalizada
Exemplo de ancoragem em paralelo
Cuidados com ancoragem
Cuidados com ângulos ancoragem
NOTA FINAL
Qualquer falha
em um
componente,
apenas o mal uso
ou até mesmo
desatenção pode
ter consequências
fatais nos
trabalhos em
altura!

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