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O CURRICULO GENERALISTA 

E OS DESAFIOS DA
FORMAÇÃO DO FARMACÊUTICO NO FUTURO.

Belo Horizonte, 15 de abril de 2015

Prof. José Augusto DUPIM

E-mail: dupim.prof@gmail.com
DIRETRIZES CURRICULARES
RESOLUÇÃO CNE/CES O2- 19/02/2002

Generalista ou Polivalente?
DIRETRIZES CURRICULARES

Aurélio
Generalista : pessoa que tem conhecimentos gerais, e
não especializado em determinada matéria.

Polivalente: oferece várias possibilidade de participação ou de


emprego
O ENSINO DE FARMÁCIA NO BRASIL

1829- ESCOLA NACIONAL DE MEDICINA

1839- FACULDADE ISOLADA DE OURO PRETO

1952 – PRIMEIRA TENTATIVA DE ESTRUTURA CURRICULAR

1962 C.F.E.

1969 – REFORMA DO ENSINO NO BRASIL

1986 – I ENCONTRO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA


FARMACÊUTICA - CEME
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO PROFISSIONAL FARMACÊUTICO

1900 – 1936

Farmacêutico, individualmente, tem o domínio de todo


o processo do medicamento

Ensino centrado no pensar e no fazer

Toda atividade desenvolvida junto as pessoas

Reconhecimento do saber Farmacêutico pela


sociedade

Uso de baixa Tecnologia


1937 - 1955

Processo de Industrialização

Tecnologia nas mãos das multinacionais

Pensamento Equivocado na existência de um novo


mercado para o farmacêutico

Uso de alta tecnologia com utilização de pouca mão


de obra.

Introdução de novas disciplinas


1956 a 1971

Introdução de novos conhecimentos

-Formação de um cipoal de disciplinas

Estruturação do primeiro currículo implantado em nível


Nacional (CFF) elaborado pela PUCHET CAMPOS

- Reforço no alimento e nas análises clínica

Resolução 04/69/ CFE elabora-se com a chancela do


Ministério da Saúde o currículo de farmácia que cria as
habilitações . Farmacêutico_Bioquímico – Alimento e
Analises Clinicas e Industria.

1972 a 1987
Nesse período não há nenhuma discussão organizada de
currículo
1988

Marco. I Encontro Nacional de Assistência Farmacêutica e Política


de Medicamentos- CEME

CARTA DE BRASLIA – Origem UFMG

1991
I Encontro Nacional de Avaliação do Ensino Farmacêutico- Anápolis

Diagnostico e Diretrizes do Ensino Farmacêutico

1992
Encontros Regionais de Avaliação do Ensino Farmacêutico

1993 Encontro Nacional de Reforma Curricular


1997
DIRETIZES GERAIS PARA A EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA
Diagnóstico
Características das estruturas curriculares
 fragmentação e compartimentalização do
conhecimento
 a dinâmica do currículo começa e termina na
sala aula
 inexistência de um eixo que dê unidade e significado a
diversidade de conteúdos nos cursos
 forte tendência de separação do PENSAR do FAZER
 estágio somente em caráter terminal
 negação do modelo de serviços existentes, porém toda
prática desenvolvida nesse contexto
CURSO DE FARMÁCIA NO BRASIL POR REGIÃO E POR
INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS 1974 E 1997*

REGIÃO 1974 1997

Públicas Privadas Públicas Privadas

NORTE 2 - 3 1

NORDESTE 6 - 7 1

SUDESTE 8 - 10 16

SUL 7 1 7 9
CENTRO 2 - 3 2
OESTE
TOTAL 25 1 30 29
Fonte: SESu/MEC - CFF
*até junho de 1997
CURSO DE FARMÁCIA NO BRASIL – OFERTA DE VAGAS INICIAIS
EM INSTIRUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS – PRIMEIRO SEMETRE
DE 1997
REGIÃO PÚBLICAS PRIVADAS TOTAL

NORTE 100 80 180

NORDESTE 580 40 620

SUDESTE 921 2.058 2.979

SUL 583 856 1.439

CENTRO 178 225 403


OESTE
TOTAL 2.362 3.259 5.621

PERCENTUAL 42,02 57,98 100

Fonte: SESu/MEC - CFF


DIRETIZES GERAIS PARA A EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA

PRIMEIRA DIRETRIZ - O ensino de farmácia será organizado


em carreiras diferenciadas desde o ingresso no curso.

SEGUNDA DIRETRIZ - As carreiras serão assim denominadas:


Farmacêutico Clinico e Industrial, Farmacêutico Bioquímico Clinico
e Farmacêutico Bioquímico de Alimentos

TERCEIRA DIRETRIZ: A carreira Farmacêutico Clinico e Industrial é


obrigatória em todos os cursos de farmácia

QURTA DIRETRIZ: A carreira de Farmacêutico Clinico


Industrial visa formar o profissional da área do medicamento
capaz de exercer :
ATENÇÃO FARMACÊUTICA INDIVIDUAL E COLETIVA

DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS

DESENVOLVIMENTO, PRODUÇÃO E CONTROLE QUALIDADE DE


FÁRMACOS E MEDICAMENTOS,

SELEÇÃO DE FARMACOS MEDICAMENTO E EQUIPAMENTOS.

PLANEAMENTO E GESTÃO DE SERVIÇOS FARMACÊUTICA


DIRETIZES GERAIS PARA A EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA
QUINTA DIRETRIZ-
DIRETRIZ A carreira de Farmacêutico Bioquímico
Clinico , visa formar o profissional da área de análises
clínicas, capaz de exercer atividades de:

•realização, interpretração e controle de qualidade dos exames


clínicos – laboratoriais;

•avaliação e interferências de medicamentos e alimentos nos


exames clínicos - laboratoriais;

•atenção clinico-laboratorial individual e coletivo;

•desenvolvimento, produção, seleção e controle de qualidade


de reativos e reagentes;

•seleção e controle de qualidade de equipamentos;

•planejamento e gestão de serviços de laóratório clinico e


toxicológico
DIRETIZES GERAIS PARA A EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA
QUINTA DIRETRIZ-
DIRETRIZ A carreira de Farmacêutico Bioquímico
Clinico , visa formar o profissional da área de análises
clínicas, capaz de exercer atividades de:

•realização, interpretração e controle de qualidade dos exames


clínicos – laboratoriais;

•avaliação e interferências de medicamentos e alimentos nos


exames clínicos - laboratoriais;

•atenção clinico-laboratorial individual e coletivo;

•desenvolvimento, produção, seleção e controle de qualidade


de reativos e reagentes;

•seleção e controle de qualidade de equipamentos;

•planejamento e gestão de serviços de laóratório clinico e


toxicológico
DIRETIZES GERAIS PARA A EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA

SEXTA DIRETRIZ-
DIRETRIZ A carreira de Farmacêutico Bioquímico do
alimento , visa formar o profissional da área de alimentos,
capaz de:

•realização, interpretração e controle de qualidade dos


alimentos parenteral e enteral;

•avaliação e interferências de medicamentos nos alimentos;

•avaliação toxicológica dos alimentos;

•desenvolvimento, produção, seleção e controle de qualidade


de alimentos

• planejamento gestão de serviços de laóratório clinico e


toxicológico
DIRETIZES GERAIS PARA A EDUCAÇÃO FARMACÊUTICA
SÉTIMA DIRETRIZ-
DIRETRIZ Carga horária mínima 4000(quatro mil)
horas ,não ultrapassando 5(cinco ) horas por dia facilitando o
aprendizado e a participação do aluno em outras atividades
acadêmicas.

OITAVA DIRETRIZ-
DIRETRIZ Estágios como atividade Curricular de no
mínimo 15% da carga horária total.
 Modelo dois - Carreiras distintas

Farmacêutico Farmacêutico Farmacêutico


Clínico Bioquímico Bioquímico de
Industrial Clinico Alimentos

BASE DO CONHECMENTO
DOIS ANOS
DIRETRIZES CURRICULARES
RESOLUÇÃO CNE/CES O2- 19/02/2002

.....
O farmacêutico deverá ser capaz do exercício as seguintes
competências e habilidades :
VII – desenvolver assistência farmacêutica individual e coletiva;

VIII – atuar na pesquisa, desenvolvimento, seleção, manipulação, produção, armazenamento e


controle de qualidade de insumos, fármacos, sintéticos, recombinantes e naturais, medicamentos,
cosméticos, saneantes e domissaneantes e correlatos;

IX – atuar em órgãos de regulamentação e fiscalização do exercício profissional e de aprovação,


registro e controle de medicamentos, cosméticos, saneantes, domissaneantes e correlatos;

X – atuar na avaliação toxicológica de medicamentos, cosméticos, saneantes, domissaneantes,


correlatos e alimentos;

XI – realizar, interpretar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se tecnicamente por análises


clínico-laboratoriais, incluindo os exames hematológicos, citológicos,citopatológicos e
histoquímicos, biologia molecular, bem como análises toxicológicas,dentro dos padrões de
qualidade e normas de segurança;

XIV – avaliar as interações medicamento/medicamento e alimento/medicamento;

XXIII – atuar na promoção e gerenciamento do uso correto e racional de medicamentos, em todos


os níveis do sistema de saúde, tanto no âmbito do setor público como do privado;
DIRETRIZES CURRICULARES
RESOLUÇÃO CNE/CES O2- 19/02/2002

XXIV – desenvolver atividades de garantia da qualidade de medicamentos, cosméticos,


processos e serviços onde atue o farmacêutico;

XXV – realizar, interpretar, avaliar, emitir laudos e pareceres e responsabilizar-se


tecnicamente por análises de alimentos, de nutracêuticos, de alimentos de uso enteral e
parenteral, suplementos alimentares, desde a obtenção das matérias primas até o
consumo;

XXVI – atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de


qualidade de produtos obtidos por biotecnologia:

XXVII – atuar na pesquisa e desenvolvimento, seleção, produção e controle de


qualidade de hemocomponentes e hemoderivados, incluindo realização, interpretação
de exame e responsabilidade técnica de serviços de hemoterapia;

XXIX – exercer atenção farmacêutica individual e coletiva na área das análises clínicas
e toxicológicas;

XXXI – atuar na seleção, desenvolvimento e controle de qualidade de metodologias, de


reativos, reagentes e equipamentos.
INDISSOCIABILIDADE

EXTENSÃO PESQUISA

ENSINO
INDISSOCIABILIDADE

 TODO O CONHECIMENTO É UMA PRODUÇAO HUMANA,


CONTEXTUALIZADA NUM TEMPO E LUGAR QUE PROVOCOU SUA
GERAÇÃO, SENDO FUNDAMENTAL DAR DIREÇÃO COLETIVA AO QUE SE
ENSINA (CUNHA, 1991)
INDISSOCIABILIDADE

 É ATRAVÉS DA PRÁTICA DE PENSAR A


PRÁTICA QUE SE TEM A MELHOR
FORMA DE SE CHEGAR A TEORIA
(FREIRE, 1992)
PAIXÃO

 A ênfase na educação precisa recair


na paixão pela investigação do
conhecimento e na postura ética que
torne os alunos e professores
envolvidos e comprometidos com os
destinos da humanidade.
BEHRENS, (2006)

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