Ministério da Educação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO

PARANÁ
Campus Curitiba
Elementos de Máquinas 1

MANCAIS
Projeto de mancais de deslizamento

P r o j e t oP d
r oef.mTai na cg aoi sC od ue s ds e as lui z a m e n t o
Ptcousseau@utfpr.edu.br
r o f. T i a g o C o u s s e a u 1 de 27
 Revisão

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INTRODUÇÃO - VISÃO ECONÔMICA
Brasil/Estimativa 2004 Conhecimento existente:
(PNB) 1.700 bi R$
20% redução
1% do PNB = 17.000.000.000 R$
3.400.000.000 R$
6% do PNB = 104. 000.000.000 R$
20.800.000.000 R$

China Carvão 1: 40
Retorno sobre
China Siderurgia 1: 76
investimento
EUA Carvão 1: 64
na indústria
Villares: 18 meses [JOST, 1990]

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INTRODUÇÃO - TRIBOLOGIA

How to calculate contact pressure???

P = F/A
And if the contact area is a point
or a line???

Why is it important ???

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INTRODUÇÃO - TRIBOLOGIA
It is important because ...
It allows to calculate displacemente, deformation and stress in a tribosystem & it is
appplied to many machine elements:
Point contact - wheel/railway:
- Contact bodies wear;
- Fatigue failure analysis;
- Max. Load per axle
Point/Line contact - cam/follower:
- Contact bodies wear;
- Seizing;
- Lub. Rheol. Properties (friction);
- Engine noise

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 Introdução

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 INTRODUÇÃO
 Para que serve o Lubrificante?

 Qual é a composição química dos lubrificantes?

 A composição depende da aplicação?

 Qual a diferença entre diferentes lubrificantes?

 Qual a diferença entre óleo mineral e sintético?

 Quais são os principais aditivos?

• Qual a finalidade?

• Como atuam?

 Qual a composição e a propriedade das graxas?

• Qual a sua aplicação?

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 INTRODUÇÃO
Aplicação Tribológica
Fluidos de tração –
embreagens (Wet clutches)
Mancais, engrenagens,
cames, guias.

Materiais
Lubrificação
revestimentos
Mínimo desgaste resistentes a desgaste

Máximo atrito
Mínimo atrito
Atrito
&
Desgaste
Material
de sacrifício Máximo desgaste Aumento
de adesão

Grafite (lapis)
Deposição de lubrificante Polimento,
Sólido borracha (apagador),

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INTRODUÇÃO
Lubrificantes:
• Protegem superfícies contra corrosão (alcalinidade neutraliza os ácidos oriundos da
combustão)
• Removem calor gerado pelo atrito (muito importante na usinagem e MCI)
• Removem partículas geradas pelo desgaste (ou produtos da combustão ou vernizes)
• Vedar (ex.: passagem de gases de combustão)
• Amortecem ruído

A função do lubrificante é reduzir o

atrito e o desgaste formando um filme
de baixa resistência ao cisalhamento
entre as superfícies em contato

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INTRODUÇÃO

≈100 %

≈ 80 - 90 %
óleo base
+ 10 - 20 %
de aditivos

≈ 15 %

≈ 70 / 97 % ≈ 27 / 3 %
EUR / BRA EUR / BRA
Minerais Sintéticos Biológicos
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 INTRODUÇÃO
• Principalmente baseados em petróleo
ou óleos sintéticos.
• Muitos lubrificantes comerciais são
misturados com aditivos que formam
contaminantes de monocamada que
conseguem suportar extremas
pressões de contato.

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INTRODUÇÃO
• Dois tipos principais:
• Camadas;
• Fácil cisalhamento;
• Geralmente aplicados em
forma de pó ou por via de
uma graxa aglutinante.

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VISCOSIDADE
Viscosidade: Medida da resistência ao cisalhamento de um fluido a uma dada
temperatura [ASTM D88]

𝑑𝑢
𝜏 𝑦𝑥 =𝜇
𝑑𝑦

m = Viscosidade absoluta ou m/r = n = Viscosidade cinemática

dinâmica Unidades [L²t]
Sistema métrico = St = stoke (cm²/s)
Unidades [M/Lt]
Sistema Internacional = (m²/s)
Sistema métrico (cgs) = P = poise (dina.s/cm2)
Sistema Inglês = (in²/s)
Sistema Internacional = (N.s/m2) = (Pa.s)
Sistema Inglês = Reynolds = (lbf.s/in2) r = peso específico

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EFEITO DA TEMPERATURA

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TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO
• Filme completo (não há contato entre as superfícies)
• Hidrostática
• Fluido lubrificante é pressurizado por uma bomba;
• Atrito estático virtualmente nulo;
• Atrito dinâmico na ordem de 0,002 e 0,010.
• Hidrodinâmica (HD)
• O próprio movimento do eixo fornece pressão
hidrodinâmica suficiente para separar as superfícies.
• Elasto-hidrodinâmica (EHD)
• Lubrificação entre o contato de superfícies não
conformantes (engrenagens ou cames);
• A deformação elástica permite que haja uma área de
filme hidrodinâmico se a velocidade e carregamento
forem relativamente elevados.
• Filme misto (algumas asperezas se tocam)
• Lubrificação de contorno (as superfícies se atritam)
• Atrito dinâmico na ordem de 0,05 a 0,15.
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TIPOS DE LUBRIFICAÇÃO

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FRICTION VS. FILM THICKNESS
 Lubrication Regimes vs. Lubricant Additives

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INTRODUÇÃO
Rugosidade das superfícies em contato
Orientação da rugosidade em relação à velocidade de rolamento

LONGITUDINAL – γ > 1 ISOTRÓPICA – γ = 1 TRANSVERSAL – γ <1

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INTRODUÇÃO
Rugosidade das superfícies em contato
Qual orientação gera maior atrito ???
???
e??
rqu
Po

LONGITUDINAL – γ > 1 TRANSVERSAL – γ <1

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INTRODUÇÃO
Rugosidade das superfícies em contato
Existem superfícies que não são isotrópicas, nem longitudinais e nem verticais?
Por que?

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Materiais para mancais

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MATERIAIS PARA MANCAIS
• “Macio”
• absorver partículas externas
filament-wound
• Resistência mecânica razoável
composite
• garantir tolerâncias dimensionais
• suportar as elevações de temperatura
• Resistência à corrosão
• Porosidade
• O lubrificante é retido por capilaridade
• Bronze sinterizado é o mais usado
• Dureza
• menor que 1/3 da dureza do componente móvel
POM composite PTFE composite

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MATERIAIS PARA MANCAIS – METÁLICOS
Babbit
• Liga de chumbo e estanho eletrodepositado em substrato rígido (aço),
• melhora a resistência à fadiga,
• Utilizado nos mancais do virabrequim e do eixo comando de válvulas,
• Não suporta lubrificação limite.
Bronze
• Boa resistência mecânica e usinabilidade,
• Resistência à corrosão e à temperatura elevadas,
• Disponível nas formas sólido e sinterizado,
• Suporta lubrificação limite.
Fofo cinzento e Aço
• O grafite do ferro fundido ajuda na lubrificação,
• Aço com aço é aceitável desde que endurecidos e lubrificados,
• Ex.: contato de rolamento.

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MATERIAIS PARA MANCAIS – NÃO METÁLICOS
Nylon®, POM e Teflon® (PTFE)
• baixo coeficiente de atrito
• baixa resistência mecânica e temperatura de
trabalho
• limitação na carga e velocidade de operação.
• necessidade de material de reforço
• talco, fibra de vidro, etc..
• aumento do coeficiente de atrito.
Grafite e bissulfeto de molibdênio (MoS2)
• Estrutura Lamelar
• Material de reforço
• Resistência mecânica e temperatura de trabalho
maior.

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Teoria da lubrificação hidrodinâmica

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TEORIA DA LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA
Equação de petroff
Torque sem carga (eixo centralizado) Velocidade angular
[rad/s]
𝑑𝑢 𝐹 = 𝐴 𝜏 𝑦𝑥 = 𝐴 𝜂
𝑈 𝑑 𝜋 𝑑 𝑙𝜔
2 3
𝜏 𝑦𝑥 =𝜂 h 𝑇 = 𝐹 =𝜂
𝑑𝑦 2 𝑐𝑑
Folga diametral

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 Mancal longo

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GEOMETRIA DO PROBLEMA
Razão de excentricidade: Mancal longo
-> excentricidade l/d > 4

-> folga radial ()

Espessura do filme lubrificante

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TEORIA DA LUBRIFICAÇÃO HIDRODINÂMICA – MANCAL LONGO
Beauchamp (experimental)
Equação de Reynolds simplificada
Sommerfeld solução exata 𝜂𝜔 𝜋 𝑙𝑟
3
12 𝜋 𝜀
𝑃=
• Fluido Newtoniano 2
2 𝑐𝑟 ( 2+ 𝜀2 ) (1+𝜀2 )1/ 2
• Desconsidera forças de inércia
• Fluido incompressível
1/S Número de
• Viscosidade constante Sommerfeld
• Pressão não varia axialmente (mancal longo)
• Pressão é função apenas de

𝜂 𝜔 𝜋 𝑙 𝑟3
𝑆=
2 𝑃 𝑐 2𝑟

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 Mancal curto

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T E O R I A D A L U B R I F I C A Ç Ã O H I D R O D I N Â M I C A – M A N C A L C U RT O
Os mancais longos não são frequentemente usados nas máquinas modernas por diversas razões.

Mancais atuais
0,25> l/d >2

Perdas de óleo

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T E O R I A D A L U B R I F I C A Ç Ã O H I D R O D I N Â M I C A – M A N C A L C U RT O

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T E O R I A D A L U B R I F I C A Ç Ã O H I D R O D I N Â M I C A – M A N C A L C U RT O

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T E O R I A D A L U B R I F I C A Ç Ã O H I D R O D I N Â M I C A – M A N C A L C U RT O

Projeto de mancais de deslizamento

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T E O R I A D A L U B R I F I C A Ç Ã O H I D R O D I N Â M I C A – C O M PA R A Ç Ã O

Mancal longo
(Sommerfeld)

Mancal intermediário
(Boyd e Raimondi)

Mancal curto
(Ocvirk)

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PROJETO DE MANCAIS HIDRODINÂMICOS
Em geral, o diâmetro do eixo no mancal já é conhecido.
O problema de projeto é encontrar uma combinação de diâmetro e comprimento do mancal com o qual
operará com uma viscosidade conveniente do fluido, terá folgas razoáveis e manufaturáveis e terá uma razão
de excentricidade que não permitira o contato de metal contra metal sob carga ou qualquer condição de
sobrecarga esperada.
𝑂𝑁
Número de Ocvirk:

ou

Fornece ao projetista uma noção do quão longe da falha o filme se encontra pois relaciona um adimensional
com a razão de excentricidade pois: h min =𝑐 𝑟 ( 1− 𝜀 )

Projeto de mancais de deslizamento

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PROJETO DE MANCAIS HIDRODINÂMICOS
 = 0,21394 + 0,38517.log(ON) – 0,0008.(ON – 60)

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Procedimento de projeto

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PROCEDIMENTO DE PROJETO

1. Determinar as solicitações (P, n’ e d );

2. Definir a relação l/d (espaço, montagem, etc... – qnt maior l/d menor pressão no filme);
3. Definir razões de folga cd /d (tipicamente entre 1.10-3 e 2.10-3, sendo no máximo 3.10-3);
• cd /d maiores evitam a interferência e aumento da temperatura;
• cd /d menores elevam a carga suportada e também a tensão de cisalhamento.
4. Definir o número de Okvirk (baseado em experiência):
• ON = 30 (limite superior para carregamento moderado)
• ON = 60 (limite superior para carregamento pesado)
• ON = 90 (limite superior para carregamento severo)
5. Calculo dos demais parâmetros.

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PROCEDIMENTO DE PROJETO – CONT.
5. Calculo dos demais parâmetros:
a) Razão de excentricidade (Eq. 11.13b);
b) Parâmetro adimensional 𝐾𝜀 (Eq. 11.12c);
c) Viscosidade do lubrificante (Eq. 11.8b);
d) Pressão média do filme de óleo (Eq. 11.6d);
e) Ângulo no qual a pressão é máxima (Eq. 11.7c);
f) Pressão máxima (Eq. 11.7b);
g) Ângulo que localiza o eixo de excentricidade (Eq. 11.8a);
h) Torques estacionários e rotacionais (Eq. 11.9a e 11.9b);
i) A potência perdida no mancal (Eq. 11.10);
j) O coeficiente de atrito no mancal (Eq. 11.11);
k) A espessura mínima de filme (Eq. 11.4).

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CALCULO DO COEFICIENTE DE SEGURANÇA
Considera-se que o mancal falha quando não consegue separar as superfícies do contato.

Contudo, ao se fazer hmin = 0

h min =𝑐 𝑟 ( 1− 𝜀 ) =0

𝜀=1 Pois

zero Se , ON tende ao infinito!!!

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CALCULO DO COEFICIENTE DE SEGURANÇA
Dessa maneira, faz-se hmin arbitrariamente pequeno.

(e agora? O quão pequeno??)

Da mesma ordem de grandeza das

asperezas do mancal (0.1 a 10 µm)

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FADIGA?
CAVITAÇÃO

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EXERCÍCIO (3-2)
Problema Projete um mancal de deslizamento para substituir os mancais de elementos rolantes no
eixo mostrado na Figura abaixo. O eixo foi projetado no Exercício 10.1.
Dados As cargas transversais máximas no eixo na posição do mancal são 16 lb em R 1 e 54 lb em
R2. Visto que a carga em R2 é 4x aquela em R1, um projeto pode ser feito para R2 e usado
também para R1. Os diâmetros em R1 e R2 são 0,591 in. A velocidade do eixo é 1725 rpm.
O mancal é estacionário.
Hipóteses Use uma razão de folga de 0,0017 e uma razão l/d de 0,75. Mantenha o número de Ocvirk
em 30 ou menor, preferivelmente ao redor de 20. Considere a rugosidade do mancal
como sendo 40 .
Encontrar A razão de excentricidade do mancal, a pressão máxima e sua localização, a espessura
mínima do filme, o coeficiente de atrito, torque e potência perdida no mancal e o
coeficiente de segurança. Escolha um lubrificante adequado para operar a 190° F.

Projeto de mancais de deslizamento

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Projeto de mancais de deslizamento
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