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Por este RIO abaixo

António Tavares
RIO DÃO
fonte de vida

Nasce em
Barranha,
Freguesia
Eirado,
Aguiar da
Beira
Atravessa e demarca os Afluentes
limites dos concelhos:

» Aguiar da Beira
» Penalva do Castelo
92 km » Mangualde
» Nelas
» Viseu
» Carregal do Sal
» Tondela
» Santa Comba Dão

RIO MONDEGO
CONTEXTO
GEOGRÁFICO

• Molda o Planalto Beirão, em altitude de 700m na


nascente e de 200 m na foz;

• Integra a “Civilização do Granito”;

• Relevo de variabilidade, terrenos relativamente


férteis;

• Fauna e flora;

• Área apetecível para a instalação do homem.


Ocupação Humana
• Pré-história: vários artefactos, nos vários
concelhos

• Grande concentração da cultura dolménica:


Dólmen do Carapito, Cortiçô, Arcainha da
Moura, Cunha Baixa, Casfreires, Repilau…

• Forte concentração da cultura castreja: Idade


Bronze e Ferro: castro Peramuna, Bom
Sucesso; Santa Luzia, Forninhos…
Forte ocupação romana
• Centenas de assentamentos e
vestígios vários
• civitates: Vissaium
• vicus,
• villae,
• mansio,
• casais
• Troços de vias de comunicação e
pontes
Na Alta Idade Média e na
Reconquista Cristã, apesar
dos avanços e recuos das
forças beligerantes
(muçulmanos e cristãos),
as populações assentaram

Torres
Torre de Tavares
Torre de Gandufe

Algodres
Muxagata
Travanca de Tavares (?)
Castelo (torre) de Ferreira de Aves

Eusébio e Marques, 2005


Na Baixa Idade Média

Na Modernidade

• As notícias setecentistas e as Memórias Paroquiais de 1758 (pós terramoto) descrevem a


região sobre todos os aspectos…

Na Baixa Idade Média

• As Inquirições de Dom Afonso III (1258) dão-nos conta da existência da quase maioria das localidades
que ainda hoje existem por este território do Dão

Na Modernidade

• O “Numeramento” de 1527 dá-nos conta da demografia, muitas vezes ao


detalhe, pelas localidades
• As notícias setecentistas e as Memórias Paroquiais de 1758 (pós terramoto) descrevem a
região sobre todos os aspectos…
Um território cheio de…
• Património arquitectónico civil e religioso
notável
• Igrejas românicas, góticas, barrocas,
neoclássicas…
• Casas solarengas e palácios
• Arquitectura vernacular
• Uma paisagem ímpar e diversificada
Um RIO… uma economia:

Os forais de D. Manuel dos concelhos da região apontam uma


agricultura de:
trigo, centeio, cevada, castanha, vinho, azeite, frutas, leguminosas, caça
e criação de gado…

Represas para regadio dos campos…


fomentava a indústria: moinhos, azenhas, pisões, lagares de azeite,
lagares de vinho – vinho do Dão
Um RIO, várias paisagens …
• Formas de vida que se estruturam ao longo dos séculos
• Ciclos arcaicos, ciclos de agora…
• O sagrado e o profano…em constante e permanente
simbiose
• Heróis de outrora… e lendas que ficam…
RIO DÃO: FONTE
DE SAÚDE

• TERMAS DE ALCAFACHE
• Conhecidas desde a época romana;
• Na era actual foi o Dr. Eduardo Leal quem
as colocou em funcionamento público, em
1962.
• Águas com mais de 14 mil anos

• TERMAS DE SANGEMIL
• Águas terapêuticas em uso desde o século
XVIII e largamente difundidas no século
XIX.
• Em 1929 o médico Fernando Figueiredo
detinha o alvará de exploração.
• Balneário inaugurado em 1994 e
remodelado em 1999.
Fronteira e união…
Real Mosteiro de Santa Maria de Maceira Dão
Monumento Nacional
• Século XII: na europa era o tempo das cruzadas à Terra
Santa
• Península Ibérica: Reconquista Cristã
• Portugal reina Dom Afonso Henriques
• D. Soeiro Teodoniz ergue um pequeno mosteiro em
Moimenta do Dão, da Ordem de Cluny (1161)
• D. Soeiro e seus monges mudam-se para o vale fértil da
Ribeira dos Frades, afluente do Dão, e integra a Ordem
de Cister (1173)
• Orar, trabalhar, num isolamento em comunhão com a
natureza…
Várias fases de construção

Ana Isabel Salvador, 2009


Evolução volumétrica e a
distribuição dos espaços
Sítio cheio de poesia, cheio de recolhimento; e,
a não ser o sussurro da água e o cantar das
aves, nenhum ruído perturba o silêncio que
envolve tudo – Silêncio Místico
Alexandre Alves
• POR ESTE RIO DÃO ABAIXO, apetece dizer:

“Os rios que eu encontro


vão seguindo comigo.
Rios são de água pouca,
em que a água sempre está por um fio.
Cortados no verão
que faz secar todos os rios.
Rios todos com nome
e que abraço como a amigos.
Uns com nome de gente,
outros com nome de bicho,
uns com nome de santo,
muitos só com apelido.
Mas todos como a gente
que por aqui tenho visto:
a gente cuja vida
se interrompe quando os rios”.

João Cabral de Melo Neto


RIO DÃO

• ESPELHO DE VIDA…

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