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ONDAS SÍSMICAS

RE
GIS
TO
S
ONDAS SÍSMICAS
podem ser

PROFUNDAS SUPERFICIAIS

Ondas P Ondas S
(primárias) (secundárias)

Ondas L Ondas R
(de Love) (Rayleigh)
Ondas profundas, de volume ou internas
 Ondas P ou primárias ou longitudinais

- Vibração das partículas paralelamente à direção


de propagação da onda;
 Ondas P ou primárias ou longitudinais

- alteração de volume e da forma do material;


- as mais rápidas e as primeiras a serem
registadas pelos sismógrafos;
- propagam-se em meios sólidos, líquidos e
gasosos.
Ondas profundas, de volume ou internas
 Ondas S ou secundárias ou transversais

- Vibração das partículas perpendicularmente à


direção de propagação da onda;
 Ondas S ou secundárias ou transversais

- alteração da forma, mas não do volume;


- velocidade inferior às ondas P;

- propagam-se apenas em meios sólidos.


ONDAS SUPERFICIAIS
 Ondas L ou de Love
S

- Ondas longas (são lentas e de grande amplitude);


- resultam da interferência de ondas S/S;
- as partículas materiais deslocam-se horizontal-
mente (movimentos laterais);
ONDAS SUPERFICIAIS
 Ondas L ou de Love
S

- a sua velocidade de propagação é constante;


- propagam-se apenas em meios sólidos.
ONDAS SUPERFICIAIS
 Ondas R ou de Rayleigh
P

- São lentas e de grande amplitude;


- resultam da interferência de ondas P/S;
- deslocam-se em movimentos circulares;
ONDAS SUPERFICIAIS
 Ondas R ou de Rayleigh
P

- a sua velocidade de propagação é constante;


- propagam-se em meios sólidos e líquidos.
 Ondas L ou Love

 Ondas R ou Rayleigh
Ondas Profundas
Ondas Superficiais
REGISTOS SÍSMICOS

Registo dos movimentos dos solos durante um sismo.


SISMÓGRAFOS

Aparelhos especializados na deteção e registo


de ondas sísmicas.
Sismógrafos
Numa estação sismográfica são utilizados geralmente três
sismógrafos: um vertical e dois horizontais (orientação N/S e
orientação E/O)
Sismogramas

Um sismograma corresponde ao registo das ondas


sísmicas, obtido a partir de um sismógrafo.
Interpretação de sismogramas
Interpretação de sismogramas

• identificar as diferentes ondas sísmicas;


• a velocidade de propagação das ondas
sísmicas;
• a distância epicentral;
• a profundidade do hipocentro;
• a localização do epicentro.
Exercício
P S LL

17:43:40 17:44:40 17:49:30

• Identifica os três tipos de ondas. 


• A que horas começaram a ser registadas as diferentes ondas? 
• Qual das ondas apresenta maior amplitude? 
• Atendendo à amplitude, quais das ondas serão mais destrutivas? 
Interpretação de sismogramas
• A velocidade de propagação das ondas sísmicas:

Vp = d/t (km/s) d - distância epicentral


t - tempo

Ex: Estação sismográfica – 6000 km


Ondas P – 9 min (540 s)
Vp = 6000/540
= 11,1 km/s
Interpretação de sismogramas

• É possível calcular a distância epicentral, através


das velocidades das ondas P e S e do atraso
verificado entre elas.
Interpretação de sismogramas
• A distância epicentral corresponde à distância
entre a estação sismológica e o epicentro de um
sismo.
Interpretação de sismogramas
• Cálculo da distância epicentral para distâncias superiores a
100 km:
D.e. = [(S-P) – 1] ×1000 Km

“À diferença de tempo de chegada entre as ondas P e S subtrai-se


uma unidade e obtém-se a distância epicentral em milhares de
quilómetros.”
Exercício
Valores
hipotéticos

17:40 17:45

D.e. = [(S-P) – 1] ×1000 km

• Tendo em conta a informação fornecida calcula a distância


 sismo.
epicentral deste
D.e. = [(45 – 40) - 1] × 1000
= (5 – 1) × 1000 = 4000 km
LOCALIZAÇÃO DO EPICENTRO
Localização do epicentro

Método para determinação do epicentro de um sismo utilizando um gráfico


(distância ao epicentro/tempo)
Exercício
Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E,
de modo a reconstituir a sequência de algumas das etapas
necessárias para determinar a localização do epicentro de
um sismo. (in Exame Nacional Biologia e Geologia – 1ª Fase 2019)

A. Identificação de ondas P e de ondas S no sismograma.


B. Registo da chegada de ondas P à estação sismográfica.
C. Cruzamento de distâncias epicentrais calculadas em
outras estações sismográficas.
D. Determinação da diferença entre o tempo de chegada de
ondas S e de ondas P.
E. Cálculo da distância entre a estação sismográfica e o
epicentro.
B, A, D, E, C
PARÂMETROS DE
AVALIAÇÃO DE UM SISMO

INTENSIDADE E MAGNITUDE
 INTENSIDADE
SÍSMICA
Determinada em função dos efeitos provocados
pelas ondas sísmicas nas regiões atingidas
(populações, construções e ambiente).

ESCALA DE MERCALLI MODIFICADA (MM1956)


- Natureza qualitativa;
- É imprecisa, pois depende do grau de perceção das
pessoas e do grau de destruição visível;
- Apresenta doze graus, que traduzem efeitos e graus de
destruição crescentes: I (impercetível) a XII (danos quase
totais).
Impercetível Muito Fraco Fraco Médio
ESCALA DE MERCALLI
MODIFICADA

Pouco Forte Forte Muito Forte Ruinoso

Desastroso Muito Desastroso Catastrófico Cataclismo


A INTENSIDADE SÍSMICA depende de vários
fatores:
- Profundidade do foco e distância ao epicentro
A intensidade diminui com o aumento da profundidade
e com a distância na superfície;

- Características geológicas e topográficas do


terreno;

- Quantidade de energia libertada no foco (mais


intenso quanto maior a quantidade de energia
libertada);

- Estruturas edificadas.
Após a determinação das intensidades do sismo, em
vários locais da região atingida, é localizado o
epicentro e obtém-se a
CARTA DE ISOSSISTAS

Sismo de 31 Março 1967, Açores


CARTA DE ISOSSISTAS
Isossistas = Linhas curvas e fechadas, que delimitam
áreas com a mesma intensidade sísmica.
intensidades diferentes,
no mesmo sismo...
As isossistas não são
concêntricas ao
epicentro


As ondas sísmicas
não atravessam
meios homogéneos.
 MAGNITUDE
- ÉSÍSMICA
definida em função da amplitude máxima das ondas
sísmicas verificada nos sismogramas e da distância
epicentral;
- Permite quantificar a energia libertada no hipocentro
de um sismo;

ESCALA DE RICHTER
(1935, Charles F. Richter)

com base nos registos dos


sismógrafos de Wood-Andersson
ESCALA DE RICHTER
- Escala aberta, que apresenta 10 graus (de 0 a 9);
- É quantitativa (baseia-se na quantidade de energia
libertada no hipocentro);
- Calcula-se a partir de dados fornecidos pelos
sismogramas.
COMO SE CALCULA?
 Análise de um sismograma:
cálculo matemático e/ou método gráfico.
DETERMINAÇÃO DA MAGNITUDE
A – amplitude máxima
T – período
M = log A/T + Y
Y – fatores de correção
DETERMINAÇÃO DA MAGNITUDE
MÉTODO GRÁFICO
Intervalo S – P
6 seg.
Amplitude
20 mm
Exercício

?5

Qual a magnitude do sismo


registado no sismograma?
Utiliza o método gráfico.
INTENSIDADE MAGNITUDE
SÍSMICA SÍSMICA
- Baseia-se na destruição - Baseia-se na quantidade
causada pelo sismo: danos de energia libertada no
humanos e materiais. hipocentro.

- É subjetiva. - É objetiva.

- Existem vários valores de - Existe um único valor de


intensidade para o mesmo magnitude para um sismo.
sismo.
- Expressa-se na escala de - Expressa-se na escala de
Mercalli modificada ou Richter.
escala internacional.
Análise Comparada das Escalas de Mercalli e de Richter
Intensidade Magnitude Energia
(Mercalli) (Richter) Libertada (≈)
I a IV 1,0 a 3,0 0,5 Kg de TNT

VI 3,1 a 4,7 100 Kg de TNT

≈ à libertada por uma


VII 4,8 a 5,9
bomba atómica
≈ à libertada por uma
VIII a IX 6,0 a 6,5
bomba de H
≈ à libertada por
X a XI 6,6 a 7,7
10000 bombas de H
≈ à libertada por
XII 7,8 a 9,0
60000 bombas de H
Para cada sismo existem várias
intensidades, de acordo com a
distância ao epicentro, mas apenas
uma magnitude.

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