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1º Semestre

Circutos Electricos
II

- 2023 -
“ Circuitos Acoplados Magneticamente e Transformadores ”
1
Plano de Ensino

Descrição do Curso
(1) Entender o princípio do acoplamento magnético, o funcionamento dos
transformadores e ser capaz de analisar e resolver problemas magnéticos
acoplados circuitos
(2) Conhecer, parametrizar e fazer associações Quadripolos;
(3) Obter as respostas em amplitude e em fase dos circuitos lineares no domínio
da frequência;
(4) Analisar a Resposta em Frequência de Redes Eléctricas utilizando o
Diagrama de Bode;
Objectivos (5) Compreender os princípios de resposta de frequência e ressonância e ser
capaz de analisar e resolver problemas selectivos de frequência simples
circuitos
(6) Aplicar a técnica da Transformada de Laplace para à solução de circuitos
eléctricos no domínio da frequência (f) e no domínio (s) com entradas
arbitrárias
(7) Compreender os princípios da técnica de análise de Fourier e ser capaz de
determinar os coeficientes de Fourier de vários funções periódicos

Metodologia Palestras, seminários, discussões, perguntas e respostas, apresentações

Ferramentas de
Multimídia e quadro branco
ensino
2
Plano de Ensino

Descrição do Curso

(1) Explicar a indutância mútua


(2) Descrever como um transformador acopla energia desde do seu
primário até seu secundário através de um campo magnético trocar
e um Transformadores linear e um transformador ideal
(3) Usar a convenção de ponto para determinar as fases do
transformador,
Objectivos (4) Identificar relações tensão e corrente a partir da relação de espiras
Específicos dos transformadores de núcleo de ferro,
(5) Calcular a tensão e corrente em circuitos com transformadores com
núcleo de ferro e a núcleo de ar,
(6) Mencionar algumas das aplicações básicas dos transformadores,
(7) Determinar os circuitos equivalentes dos transformadores,
(8) Utilizar Multisim e PSpice para resolver circuitos com
transformadores e circuitos acoplados

3
Plano de Ensino
Conteúdo Programático
⏏ 1– O que é um transformador?
⏏ 2 – Os fenómenos de indução :
▰ I. Auto-indutância e Indutância própria
▰ II. indutância mútua
⏏ 3 – Circuitos com acoplamento magnético.
▰ I. Polaridade da Tensão Auto-induzida
▰ II. Convénio dos pontos
⏏ 4 – Energia armazenada em Circuitos Acoplados:
▰ I. Energia em Circuitos Acoplados
▰ II. Coeficiente de acoplamento

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Plano de Ensino
Conteúdo Programático
⏏ 3 – Equações no domínio do tempo, domínio jw e domínio s.
Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias
▰ Equações no domínio do tempo, domínio jw e domínio s.
▰ Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias
⏏ 4. Os transformadores:
▰ Transformadores Lineares
▰ Transformadores Ideais
▰ Autotransformadores
⏏ 5 – Aplicações

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Circuitos Acoplados Magneticamente e Transformadores

⏏ Os circuitos considerados até o momento são descritos pelo


acoplamento condutivo, uma vez que a interacção entre dois laços é
realizada por meio da corrente condução. Quando dois laços, como
usem contactos, interagem por meio do campo magnético,
caracterizamos os circuitos como acoplamento magnético.

6
Introdução

IMPORTÂNCIA: o princípio dos circuitos


magneticamente acoplados é o que possibilita a
existência do TRANSFORMADOR.
Estes são usados em várias aplicações, como:
1.Elevar e abaixar a tensão em Sistemas de Potência;
2.Casamento de impedâncias entre fontes e cargas em
Sistemas de Comunicação.

7
Introdução

O que é um transformador?
⏏ Os circuitos que consideramos até agora podem ser considerados
circuito acoplado condutivamente, porque uma malha afecta a malha
vizinha através da condução da corrente.
⏏ Quando duas malhas com ou sem contactos entre eles afectam um ao
outro através do campo magnético gerado por um deles, dizem que
estão acoplados magneticamente.
Transformador
⏏ É um dispositivo eléctrico projectado com base no conceito de
acoplamento magnético
⏏ Utiliza bobinas (enrolamentos) magneticamente acopladas para
transferir energia de um circuito para outro
⏏ São os principais elementos do circuito para acelerar ou renunciar
tensões ou correntes CA, correspondência de impedância,
isolamento, etc.
8
Introdução
O que é um transformador?
⏏ O transformador é amplamente utilizado em sistemas de conversão
de energia, em sistemas eléctricos e electrónicos.

Transformador utilizado em Transformador utilizado em sistemas


circuito impresso de distribuição
9
Introdução
O que é um transformador?
⏏ O transformador é uma máquina estática CA que:
▰ Transfere energia eléctrica de um circuito eléctrico para outro

▰ Faz isso sem uma mudança de frequência

▰ Realiza por indução electromagnética

▰ Onde dois circuitos eléctricos estão em influência indutiva mútua

Núcleo (Material
Magnético

Carga
(Load)

Fonte

Bobina Bobina do
Primária Secundária
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Os fenómenos de Indução

(i.) Auto-indutância e Indutância própria

▰ É denominada Auto indutância, pois ela relaciona a tensão


induzida em uma bobina por uma corrente variável no tempo na
mesma bobinaI.
▰ Consideremos, um único indutor, uma bobina com N espiras. Quando
a corrente i flui através da bobina, é produzido um fluxo magnético Φ
em torno dela.

+
Φ
i(t)
V
_

11
Fig. 1
Os fenómenos de Indução

(i.) Auto Indutância e Indutância Mutua

⏏ De acordo com a Lei de Faraday, a tensão, v induzida na bobina é


proporcional ao número de espiras N e à velocidade de variação do
fluxo magnético Φ; isto é

d
vN .......(1)
dt
12
Os fenómenos de Indução

(i.) Auto-indutância e Indutância própria


⏏ Porém, o fluxo Φ é produzido pela corrente i e consequentemente;

d d di
 .......(2)
dt di dt
⏏ Deste modo, (2) em (1) temos;

d di di
vN .......(3) ou v  L .......(4)
di dt dt
⏏ Da equação (3) e (4) a Auto indutância L é definida , portanto :

Qualquer variação no fluxo é


d
LN H........(5) provocada por uma variação na
di corrente.
A unidade é em Henrys (H)
▰ Essa indutância é comumente denominada auto-indutância (ou
13 indutância própria).
Os fenómenos de Indução

(ii.) Indutância Mutua


⏏ Quando dois indutores ou bobinas estão muito próximos um do outro, o fluxo magnético
causado pela corrente em uma bobina liga-se com a outra bobina, produzindo assim a
tensão induzida.
⏏ A indutância mútua é a capacidade de um indutor para induzir uma tensão através de um
indutor vizinho.
⏏ Considerando agora duas bobinas com Auto indutâncias L1 e L2 que estão próximas. A
bobina 1 tem N1 espiras e a bobina 2 tem N2 espiras. Assumimos que a bobina 2 não
transporta corrente.

Fisicamente separadas
Magneticamente acopladas

N1 espiras N2 espiras

O fluxo magnético 1 originário na bobina 1 tem dois componentes: o componente 11


percorre somente a bobina 1 e o componente 12 percorre ambas as bobinas. Portanto:
1  11  12
14
Os fenómenos de Indução

(ii.) Indutância Mutua


⏏ Considere os dois casos seguintes:
Caso 1:
▰ Duas bobinas com auto - indutância L e L que estão muito próximas
1 2
umas das outras (Fig. 2). A bobina 1 tem N1 espiras, enquanto a bobina
2 tem N2 espiras.
+ L1 Φ12 L2 +
i1(t)
V1 V2 Fig. 2
Φ11
_ _
N1 espiras N2 espiras
▰ fluxo magnético Φ1 da bobina 1 tem dois componentes;
 Φ11 Atravessa apenas a bobina 1.
 Φ12 Se associa com ambas as bobinas.
15
Assim; Φ1 = Φ11 + Φ12 ……. (6)
Os fenómenos de Indução
(ii.) Indutância Mutua

⏏ Todo o fluxo φ11 passa pela bobina 1, assim a tensão mutuamente


induzida na bobina 1:

d11 di1 di1


v1  N1  L1 .......( 7) Autoindutância da
di1 dt dt
bobina 1
⏏ Na bobina 2, apenas passa φ12, assim Tensão mutuamente induzida
na bobina 2
O subíndice 21 em M21
d12 di1 di1 significa a indutância mútua
v2  N 2  M 21 .......(8) da bobina 2 em relação à
di1 dt dt bobina 1

16
Os fenómenos de Indução

(ii.) Indutância Mutua


Caso 2:
⏏De forma similar, mas a corrente i2 fluir na bobina 2. (Fig 3)
Φ21
+ L1 L2 +

V1 V2 i2(t)

_ Φ22 _
N1 espiras N2 espiras Fig. 3

▰O fluxo magnético Φ2 da bobina 2 tem dois componentes:


 Φ22 Atravessa apenas a bobina 2.
 Φ21 Se associa com ambas as bobinas.

17 Assim; Φ2 = Φ21 + Φ22 ……. (9)


Os fenómenos de Indução

(ii.) Indutância Mutua

Portanto; Tensão induzida na bobina 2


d22 di2 di2
v2  N 2  L2 .......(10) Autoindutância da
di2 dt dt
bobina 2
Tensão induzida na bobina 1
O subíndice 12 em M12
d21 di2 di2 significa a indutância mútua
v1  N1  M 12 .......(11) da bobina 1 em relação à
di2 dt dt bobina 2

Uma vez que os dois circuitos e duas correntes são os mesmos:


M 21  M 12  M
A indutância mútua M é medida em Henrys (H)
18
Circuitos com acoplamento magnético
(i.) Polaridade da Tensão Auto-induzida

A polaridade da tensão auto-induzida Ldi/dt é


determinada pelo sentido de referência da corrente e
pela polaridade de referência da tensão(convenção de
sinal passivo).

di
vL .......(4)
dt

O sinal da tensão induzida Mdi/dt não é fácil porque


quatro terminais são envolvida (enrolamento físico,
direcção da corrente ... etc.) → Convenção de pontos
19
.
Circuitos com acoplamento magnético
(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)
⏏ Convenção do ponto para a análise de circuitos:
▰ A polaridade da indutância mútua depende dos aspectos construtivos.
▰ A convenção de pontos elimina a necessidade de descrever os aspectos

construtivos em circuitos
⏏ Um ponto é colocado no circuito em um dos terminais de cada um dos
indutores acoplados magneticamente.
⏏ O ponto indica a direcção do fluxo magnético se a corrente entra pelo
terminal marcado com o ponto.

Bobina 1 Bobina 2
20
Circuitos com acoplamento magnético

(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)


⏏ Os pontos já estão colocados ao lado das bobinas(não precisamos nos
preocupar em como colocá-los)

21
Circuitos com acoplamento magnético
(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)
⏏ Critério de ponto: Dada mais de uma bobina, se coloca um ponto em
algum terminal de cada uma, de maneira tal que si entram correntes
em ambos terminais com pontos (ou saem), os fluxos produzidos por
ambas correntes se somarão.
⏏ Seguindo esta convenção, as bobinas acopladas apresentadas
previamente podem esquematizar-se da seguinte maneira:

22
Circuitos com acoplamento magnético
(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)
⏏ A regra de pontos é apresentada da seguinte forma:
Se uma corrente ENTRA pelo terminal da bobina marcado com um ponto, a
polaridade de referência da tensão mútua na segunda bobina é POSITIVA no
terminal da segunda bobina marcado com um ponto.
⏏ Alternativamente:
Se uma corrente SAI do terminal da bobina marcado com um ponto, a
polaridade de referência da tensão mútua na segunda bobina é NEGATIVA no
terminal marcado com um ponto na segunda bobina.
⏏ A regra de pontos a seguir pode ser usada:
i. Quando as ambas correntes entram ou ambas saem de um par de bobinas
acopladas pelos terminais das bobinas que tem ponto, os sinais dos termos
em M são iguais aos dos termos em L.
ii. Se uma das correntes entra pelo terminal da bobina que tem o ponto e
a outra sai pelo terminal da bobina que tem o ponto , os sinais dos
termos em M são opostos aos dos termos em L.
Uma vez que a polaridade da tensão mútua já é conhecida, o circuito pode ser
23
analisado usando o método de malha.
Circuitos com acoplamento magnético

(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)


⏏A aplicação da convenção ponto é ilustrada nos quatro
pares de Bobinas acopladas mútuas. (Fig. a,b,c,d)
O sinal da tensão mútua v2 é determinado
i1 pela polaridade de referência para v2 e
pelo sentido de i1. Como i1 entra pelo
+ di1 terminal marcado com um ponto na
v2  M
dt bobina 1 e v2 é positiva no terminal no
_ terminal marcado com um ponto na
bobina 2, a tensão mútua é +M di1/dt.
i1 (Fig. a)

+ di A corrente i1 entra pelo terminal pontuado


v2   M 1
dt da bobina 1 e v2 é negativa no terminal
_ marcado com um ponto da bobina 2, tensão
é –M di1/dt. (Fig. b)
24
Circuitos com acoplamento magnético

(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)

i2
+
di2
v1   M
dt O mesmo raciocínio se
_
aplica às bobinas nas Fig.
i2 c e Fig. d.

+
di2
v1  M
dt
_
25
Circuitos com acoplamento magnético
(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)
Se uma corrente entrar no terminal pontilhado de uma bobina, a polaridade de referência da
tensão mútua na segunda bobina é positivo no terminal pontilhado da segunda bobina.

Se uma corrente sair do terminal pontilhado de uma bobina, a polaridade de referência da


tensão mútuana segunda bobina é negativa no terminal pontilhado da segunda bobina.

∵ a corrente entra no terminal 1, i2


i1 o terminal pontilhado no terminal 2 deve ser positivo
∵ a corrente sai no terminal 2, +
entrar + o terminal pontilhado no terminal 1 deve ser negativo
di1 di2
v2  M v1   M
dt Mas positivo _ dt
_ Para tornar o terminal pontilhado negativo sair

∵ a corrente entra no terminal 1,


i1 o terminal pontilhado no terminal 2 deve ser positivo
Mas negativo i2
Para tornar o terminal pontilhado positivo
entrar + +di
di
v2   M 1 v1  M 2
dt dt
_ ∵ a corrente sai no terminal 2, _ sair
26 o terminal pontilhado no terminal 1 deve ser negativo
Circuitos com acoplamento magnético
(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)
⏏ circuitos mutuamente acoplados são muitas vezes difícil de resolver devido à facilidade
de cometer erros nos sinais.
⏏ Se o problema pode ser abordado em que o valor e o sinal dos indutores são resolvidos
em etapas separadas, as soluções tendem a ser menos propenso a erros.
▰ Cada indutor vai ser representada como um indutor e uma fonte de tensão
dependente.
▰ É possível calcular os valores das tensões induzidas em primeiro lugar, sem determinar
os sinais das tensões.
▰ Em seguida, observando no sentido do fluxo de corrente no terminal pontilhado, pode
ser determinado o sinal da fonte dependente do indutor acoplado oposto.

Entra L1
∵ a corrente _______
Positivo
o terminal pontilhado em L2 deve ser_________
Sai
∵ a corrente ______ em L2
27 Negativo
o terminal pontilhado em L1 deve ser__________
Circuitos com acoplamento magnético

(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)

Extras
Entra
∵ a corrente _______em
_______ Bobina L1
o terminal pontilhado em Bobina L2 deve ser ______ Positivo

Entraem Bobina L
∵ a corrente ____ 2
o terminal pontilhado em Bobina L1 deve ser_______ Positivo

28
Circuitos com acoplamento magnético

(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)

Extras Sai
∵ a corrente _______em
_______ Bobina L2
Positivo
o terminal pontilhado em Bobina L1 deve ser______
∵ a corrente ____
Sai em Bobina L1
o terminal pontilhado em Bobina L2 deve ser_______ Positivo

29
Circuitos com acoplamento magnético
(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)

Extras
Entra
∵ a corrente _______em
_______ Bobina L2
Negativo
o terminal pontilhado em Bobina L1 deve ser_______
∵ a corrente ____
Sai em Bobina L1
o terminal pontilhado em Bobina L2 deve ser________Negativo

30
Circuitos com acoplamento magnético
(ii.) Convenção do ponto (regra do ponto)

Extras
Sai
∵ a corrente _______em
_______ Bobina L2
o terminal pontilhado em Bobina L1 deve ser_______Negativo

Entraem Bobina L1
∵ a corrente ____
o terminal pontilhado em Bobina L2 deve ser_______ Negativo

31
Circuitos com acoplamento magnético
(iii.) Regra de ponto para bobinas em série
M Série – conexão
aditiva
i i

entra L1 (+) L2 ∵a corrente entra em L1,


o terminal pontilhado em L2 deve ser positivo
A regra de pontos, para indutores conectados em
série, pontos se somando, a indutância total será:

“sentidos dos enrolamentos


L  L1  L2  2 M são concordantes” M
i i
Série - conexão
opostiva(subtrativa) entra L1 (-) L2
∵A corrente entra em L1,
Para indutores conectados em série, com o terminal pontilhado em L2 deve ser positivo
pontos opostos, a indutância total será: Mas negativo (corrente sai)
-2M para tornar o terminal pontilhado positivo

L  L1  L2  2 M
32
“sentidos dos enrolamentos são discordantes”
Circuitos com acoplamento magnético
(iii.) Regra de ponto para bobinas em série
⏏ Regra em serie aditiva

di di + v1 _ + v2 _
v1  L1  M 12
dt dt
di di
Mas M 12  M 21  M ,
v 2  L2  M 21
dt dt
di
v  v1  v 2  v  L1  L2  2 M 
di di di di dt
 L1  M 12  L2  M 21  Leq  L1  L2  2 M
dt dt dt dt
di
 L1  L2  M 12  M 21 
33 dt
Circuitos com acoplamento magnético
(iii.) Regra de ponto para bobinas em série
⏏ Regra em Serie Opositiva

di
v1  L1  M 12
di + v1 _ + v2 _
dt dt
di di Mas M 12  M 21  M ,
v 2  L2  M 21
dt dt
v  v1  v 2
di
 v  L1  L2  2 M 
di di di di dt
 L1  M 12  L2  M 21
dt dt dt dt  Leq  L1  L2  2 M
di
 L1  L2  M 12  M 21 
34 dt
Circuitos com acoplamento magnético
(iv.) Regra de ponto para bobinas em paralelo

E  jL1 I1  I 2   jMI 2  jL1 I1  jI 2 M  L1 


0  jL2 I 2  jM I1  I 2   jMI 2  jL1 I 2  I1 
0  jI1 M  L1   jI 2 L2  2 M  L1 

E  jL1  jM
E L1  L2  2 M 
0 jL1  jL2  j 2M I1 
I1 
jL1  jL1  jM
j L1 L2  M 2 
 jL1  jM jL1  jL2  j 2M

O sinal do denominador muda com a E L1 L2  M 2


Leq  
mudança de posição de um dos pontos I1 L1  L2  2 M
35
da mútua.
Circuitos com acoplamento magnético
(iv.) Regra de ponto para bobinas em paralelo

+ I M + I M
V L1 L2 V L1 L2

(a) Conexão em Paralelo Aditiva (b) Conexão em Paralelo Opositiva

⏏ Indutância Equivalente

L1 L2  M 2 L1 L2  M 2
Le  Le 
L1  L2  2 M L1  L2  2 M
36
Energia Acoplamento magnético
(i.) Energia em Circuitos Acoplados
▰ Vamos calcular a energia armazenada em bobinas magneticamente acopladas →
Inicialmente i1 e i2= 0
I II i2 I2
Estagio 1. (aumentar i1 de 0 a I1) & (i2=0)
Potência : p1  pbobina1  pbobina2  i1v1  i2 v2  i L
di1 di
 i2 M 21 1  i1 L1
di1 i1
1 1
dt dt dt I1
I1 di1 1
Energia w1   p1dt  L1  i1  L1 I12
0 dt 2
Estagio 2. (aumentar i2 de 0 a I2) & mantendo i1 constante ) t
di2
Potência : p2  pbobina1  pbobina2  i1v1  i2 v2  i1M 12 di1  i2 L2 di2  i2 L2
dt dt dt
I2 di2 I2 di 1
Energia w2   p2 dt  M 12i1  L2  i2 2 M 12 I1 I 2  L2 I 22
0 dt 0 dt 2
1 1
▰ A energia total armazenada nas bobinas → w  w1  w2  L1 I12  L2 I 22  M 21 I1 I 2
2 2
▰ Se invertermos a ordem = (primeiro aumento i 2 e depois 1 1
w  w1  w2  L1 I12  L2 I 22  M 21 I1 I 2
aumentar i1),a energia total armazenada em bobinas → 2 2

▰ Uma vez que a energia total armazenada deve ser a mesma, independentemente de como chegamos
ao final condições,
 Para indutores acoplados, a energia total armazenada depende da indutância individual e na
indutância mútua.
37
 +: quando as correntes entram ou saem dos terminais pontilhados.
 -: quando uma corrente entra enquanto a outra sai
Energia armazenada em Circuitos Acoplados

(i.) Energia em Circuitos Acoplados


⏏ (+): quando as correntes entram ou saem dos terminais pontilhados.
⏏ (-): quando uma corrente entra enquanto a outra sai

1 2 1 2 1 2 1 2
w L1i1  L2i2  Mi1i2 w L1i1  L2i2  Mi1i2
2 2 2 2

38
Energia armazenada em Circuitos Acoplados

(ii.) Coeficiente de Acoplamento


⏏ Com a energia total estabelecida para os indutores mútuos, podemos estabelecer um limite
superior em M .
⏏ Um componente passivo pode ser um componente que consome (= não produz) energia
(energia w> = 0)ou um componente que é incapaz de ganho de potência .
⏏ → Como o circuito da página anterior é passivo, o circuito (não pode ter energia negativa)
→ (energia w> = 0)
Para atribuições de correntes diferentes, a
energia instantanea armazenada é dada como
1 2 1 O coeficiente acoplamento k
w L1i1  L2 i22  Mi1i2
2 2
é definido como
Mas w  0 para qualquer caso, M
1 2 1 k
L1i1  L2 i22  Mi1i2  0 L1 L2
2 2
1
2
 2
 
i1 L1  i2 L2  i1i2 L1 L2  M  0  ou M  k L1 L2 (0  k  1)
 L1 L2  M  0 O limite superior para a
indutância mútua M:
 M  L1 L2
39
Energia armazenada em Circuitos Acoplados

(ii.) Coeficiente de Acoplamento

M
Desde M  L1 L2  M 1
L1 L2

Até que ponto a indutância mútua M se


aproxima do limite superior é especificado
M pelo coeficiente de acoplamento k
1
L1 L2
ou
M  k L1 L2
 (0  k  1)
0M  L1 L2

40
Energia armazenada em Circuitos Acoplados

(ii.) Coeficiente de Acoplamento


⏏ O coeficiente de acoplamento k é a fração do fluxo total que emana de uma bobina que
liga a outra bobina.
[Quando i1 está excitado] [Quando i2 está excitado]

k
12 21
11  12
k
21  22
k  1 meio de acoplamento perfeito.  11  22  0

 Faixa de k : 0 ≤ k ≤ 1
 K = 0 significa que as duas bobinas não estão acopladas.
 K = 1 significa que as duas bobinas estão perfeitamente acoplados.
acoplados
 K <0,5 significa que as duas bobinas estão fracamente acoplados. (fig.a)
 K> 0,5 significa que as duas bobinas estão fortemente acoplados. (fig.b)
▰ K depende da proximidade de duas bobinas, seu núcleo,
sua orientação e seu enrolamento. (a) livremente acoplados k < 0.5 ;
41 (b) firmemente acoplados; k > 0.5
Energia armazenada em Circuitos Acoplados

(ii.) Coeficiente de Acoplamento


a) Determine o coeficiente de acoplamento.
b) Calcule a energia armazenada no indutores acoplados no tempo t = 1s se
c) v = 60cos (4t +30°)V.

⏏Solução

(a) O coeficiente de acoplamento:

M 2,5
k   0,56
L1 L2 20 Indutores são fortemente acoplado.
42
Energia armazenada em Circuitos Acoplados

(ii.) Coeficiente de Acoplamento


1 2 1 2
(b) Para encontrar a energia armazenada, w L1i1  L2i2  Mi1i2
2 2
→ precisamos calcular a corrente.
▰ Convertendo do domínio do tempo para o domínio da frequência,
Dominio do tempo
Dominio da Frequênci a
v  60 cos(4t  30) V
6030º   4 rads/s
5H
jL1  j 20
2.5H
jM  j10
4H
jL 2  j16
1
F 1
16   j 4
j C
Para malha 1,
(10  j 20)I1  j10I 2  6030 (1a)
Para malha 2,
10I1  ( j16  j 4)I 2  0 (1b)

43
Energia armazenada em Circuitos Acoplados
(ii.) Coeficiente de Acoplamento

▰ [Domínio da frequência] ▰ [Domínio do tempo]

Converter em
I1  3,905  19,4  i1  3,905 cos(4t  19,4)
 domínio do tempo 
 I 2  3,254160,6 (ω= 4rad / s) i2  3,254 cos(4t  160,6)

▰ No tempo t = 1 s, 4t = 4 rad x (360 º/ 2π) = 229,2º

 i1 (1)  3,389, i2 (1)  2,824


▰ Ao aplicar i1 e i2 no tempo t=1s, a energia total armazenada nos indutores
acoplados no tempo t =1s é
1 2 1 2 1 1
w L1i1  L2i2  Mi1i2  (5)(3,389) 2  (4)(2,824) 2  2.5(3,389)(2,824)  20,73 J
44 2 2 2 2
Equações no domínio do tempo, domínio jw e domínio s.
Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias

(i.) Equações no domínio do tempo, domínio jw e domínio s .

Domínio do tempo
Analise de um
circuito contendo
bobinas acopladas

Domínio da frequência
Analise de um circuito
contendo bobinas acopladas

45
Equações no domínio do tempo, domínio jw e domínio s.
Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias

(ii.) Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias

⏏ Conhecendo a convenção de ponto, podemos analisar a ligação


em série auxiliando.
▰ Aplicando a LKV na malha1 ( bobina 1):

di1 di
v1  i1 R1  L1 M 2
dt dt
▰ Aplicando a LKV na malha 2( bobina 2):

di2 di
v2  i2 R2  L2 M 1
dt dt
▰ Passando para o domínio da frequência

V1   R1  j L1  I1  j MI 2
V2  j MI1   R2  j L2  I 2
46
Equações no domínio do tempo, domínio jw e domínio s.
Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias

(ii.) Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias


▰ Aplicando a LKV na malha 1:

∵ a corrente entra no terminal 1,


V   Z1  j L1  I1  j MI 2 o terminal pontilhado no terminal 1 deve ser positivo
Mas (saída de corrente)
▰ Aplicando a LKV na malha 2: -jwM para tornar o terminal pontilhado positivo

0   j MI1   Z L  j L2  I 2 ∵ a corrente sai no terminal 2,


o terminal pontilhado no terminal 1 deve ser negativo
Mas positivo (entrada de corrente)
-jwM para tornar o terminal pontilhado negativo

entra sai

 As equações acima podem ser resolvidas da maneira usual para encontrar as correntes.
 Note que assumiremos sempre que a indutância mútua e a posição dos pontos são fornecidas.
47
Equações no domínio do tempo, domínio jw e
domínio s. Teoremas de análise de rede

(ii.) Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias


⏏ Exemplo 3 -
▰ Calcule as correntes fasores I1 e I2 no circuito abaixo.
-j4Ω j3Ω

120V + I1
 j5Ω j6Ω I2 12Ω

⏏ Solução:
Para bobina 1,LKV temos;

-12 + (-j4+j5)I1 – j3I2 = 0


Ou
48
jI1 – j3I2 = 12 1
Equações no domínio do tempo, domínio jw e
domínio s. Teoremas de análise de rede

(ii.) Análise de Circuitos Envolvendo Indutâncias


Para a bobina 2, LKV temos;

-j3I1 + (12 + j6)I2 = 0


Ou
I1 = (12 + j6)I2 = (2 – j4)I2 2
j3
Substituindo 2 em 1:
12
(j2 + 4 – j3)I2 = (4 – j)I2 = 12 Ou I 2   2.91 14.04 A 3
4- j
Da eq. 2 e 3: 1 I  (2 - j4)I 2  (4.472  - 63.43
) (2.9114.04 
)
 13.01  - 49.39 A

49
Os Transformadores
Transformador
⏏ uma máquina estática, indispensável em muitos sistemas de conversão
⏏ consiste em 2 ou mais enrolamentos acoplados por campo magnético mútuo
⏏ Núcleos ferromagnéticos usados para fornecer
▰ Acoplamento magnético apertado, altas densidades de fluxo

⏏ Núcleo de ferro tr.  aplicações de alta potência (baixa frequência)


⏏ Núcleo de ar tr.  aplicações em circuitos electrónicos de baixa potência
(alta frequência)

50 [tipo de núcleo de ferro] [tipo de núcleo de ar]


Os Transformadores
Estruturas do transformador
Tipo de núcleo Tipo de casca

Casquilho

Tanqu
e

Enrolamento

Núcleo

Armação

51
Os Transformadores
⏏ Bobina de estrangulamento para fonte de alimentação
▰ É feito enrolando um fio de cobre em torno de um núcleo com uma bobina que possui
indutância suficiente na banda de frequência de potência.
▰ É usado como filtro para potência de entrada ou como filtro de saída para comutação de
potência.

⏏ transformador
▰ Um transformador usado para fornecer energia de corrente contínua necessária para
transístores em dispositivos electrónicos de energia comercial.
▰ A capacidade é determinada de acordo com o tamanho da tensão e corrente de corrente
contínua e, como desempenho, é necessário ter uma baixa taxa de flutuação de tensão.

52
Os Transformadores
⏏ transformador de impedância
▰ O objectivo do transformador de impedância é combinar a impedância de saída do
amplificador transistorizado com a impedância do alto-falante.

⏏ transe toroidal
▰ TOROIDAL é um transformador de baixa altura e alta eficiência, com formato circular
diferente do método de núcleo de ferro enrolado existente, é utilizado em locais que exigem
alta eficiência e tem a vantagem de ser mais leve que os produtos existentes ou que exigem
miniaturização de equipamentos de som ou instrumentos de medição.

53
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Um transformador é um dispositivo magnético que tira proveito da
indutância mútua.
⏏ Geralmente é um dispositivo de quatro terminais composto por duas
ou mais bobinas magneticamente acopladas.
⏏ As resistências representam as perdas nas bobinas.

▰ a bobina conectada à fonte de tensão: enrolamento primário


▰ a bobina conectada à carga: enrolamento secundário
⏏ Eles são chamados lineares se as bobinas são enroladas em um material
magneticamente linear (permeabilidade magnética constante), como
54 baquelite, ar, plástico e madeira.
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
1) Aplicando LKV para as duas Malhas temos

V  ( R1  jL1 )I 1  jMI 2
Zin  jMI 1  ( jL2  R2  Z L )I 2  0
V
Mas Z in 
I
2) Expressando I2 em termos de1 I1 obtemos
3) Substituindo I2 na 1ª expressão temos  j M
I2  I1
( R 2  j L 2  Z L )
 j M
V  ( R1  jL1 )I 1  jM I 1 3) ∴ Impedância de entrada Z visto da fonte é
( R 2  j L 2  Z L ) in

  2M 2 
V   R1  jL1   I 2 V  2M 2
 ( R  j  L  Z )
L 
 Z in  R1  jL1 
2 2
I1 R2  jL2  Z L
V   2M 2   ZP  ZR
  R1  jL1    Z in
I1  ( R2  jL2  Z L ) 

▰ O primeiro termo Zp é a impedância primária.


▰ O segundo termo ZR é devido ao acoplamento entre os enrolamentos primário e
secundário e é chamada de impedância reflectida ao primário:
55
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Exemplo

Os valores dos elementos de certo transformador linear sao: R1 =


3Ω, R2 = 6Ω, L1 = 2mH, L2 = 10mH, M = 4mH, se w = 5,000 rad/s,
determine Zent para ZL igual a a) 10 Ω , b) j20Ω, c) 10 + j20Ω, d) -
j20Ω.
a)
Z11 = R1 + sL1 = 3 + j(5000)(0.002) = 3 + j10
Z22 = R2 + sL2 + ZL = 6 + j(5000)(0.010) + 10 = 16 + j50
V2 s2M 2
Z ent   Z11  = 3 + j10 + (5000)2(0.004)2/(16 + j50) = 5.3222 + 2.7431i
V1 Z 22
I1

Similarmente b) 3.4862 + 4.3274i c) 4.2413 + 4.5694i d) 5.5641 -


56 2.8205i
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Circuito equivalente T (ou Y) ou π (ou Δ)
▰ Para simplificar a análise é possível substituir o acoplamento magnético por
um circuito equivalente T (ou Y) ou π (ou Δ) que não contém a indutância
mútua:

▰ As relações de tensão-corrente das bobinas primaria e secundaria produzem a


equação matricial
 V1   jL1 jM   I1 
 V    j M j L   I 
 2  2  2 

▰ Por inversão matricial, esta pode escrever como


 L2 M 

 I1   j L1 L2  M 2  
j L1 L2  M 
2 
V 
I    M L1
 1 
 2   V2 
57

 j L1 L2  M 2   
j L1 L2  M 2 
2
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Circuito equivalente T (ou Y) ou π (ou Δ)
▰ Já sabemos que indutores acoplados podem ser difíceis de trabalhar.

 Uma abordagem é usar uma transformação para criar um circuito equivalente.


 O objectivo é remover a indutância mútua (M) .
 Isso pode ser feito usando uma rede T ou Π equivalente .
 O objectivo é combinar as tensões e correntes terminais da rede original para o rede
equivalente .
Rede Equivalente T

Rede Original
transformação
de
transformador
(parte azul) em
T ou Π circuito
equivalente Rede Equivalente Π

 Remove M

58
Os Transformadores
Relações tensão-corrente para a rede original :
 V1   jL1 j M   I 1 
 V    j M
Inverso
 2  jL2  I 2 

Por meio da análise de malha da rede T :

Combinando essas duas


 V1   j ( La  Lc ) jLc   I1 
V   
matrizes , podemos obter La ,
 2  jLc j ( Lb  Lc ) I 2  Lb , Lc

La  L1  M , Lb  L2  M , Lc  M
Por meio da análise de malha da rede Π
 1 1 1 
     V1  Combinando essas duas
 I1  jLA jLC jLC
I     matrizes,
1  V2  podemos obter L , L , L
 2   1 1
 A B C
 jLC jLB jLC 

L1 L2  M 2 L1L2  M 2 L1L2  M 2
59 LA  , LB  , LC 
L2  M L1  M M
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Circuito equivalente T (ou Y)
▰ A meta é igualar as equações com as correspondentes equações das redes T
(ou Y) e π (ou Δ) .
▰ No caso da rede T (ou Y) da figura, e análise da malha proporciona as
equações finais como

▰ Se os circuitos das figuras são equivalentes, as equações devem ser idênticas.


Ao igualar os termos das matrizes de impedância das equações

 V1   j ( La  Lc ) jLc   I1 
V    jLc j ( Lb  Lc ) I 2 
 2 
▰ Conduz o circuito equivalente π:
 La  L1  M
 jL1 jM   j ( La  Lc ) jLc  
   Lb  L2  M
60
 j M


jL2   jLc j ( Lb  Lc ) L  M
 c
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Exemplo -
Determine o equivalente T do transformador da figura
i 40 mH i
1 2

30 mH 60 mH L1 – M = –10 mH
L2 – M = 20 mH

i1 20 mH i2
-10 mH

40 mH
61
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Circuito equivalente π (ou Δ)

▰ No caso da rede π (ou Δ) da figura, e análise da nodal produz as


equações finais como:
 1 1 1 
 
 I1   jLA jLC jLC   V1 
I    
1  V2 
 2   1 1

 jLC jLB jLC 
▰ Conduz o circuito equivalente π:  K
L 
 A L M
 L2 M   1 1 1 
    2
 j K jK   jLA jLC jLC  K
     LB 
 M L1  

1 1

1 
 L1  M
 jK jK   jLC jLB jLC  L  K
62
 C M
Os Transformadores
(i.) Transformadores Lineares
⏏ Exemplo
Determine o equivalente T do transformador da figura
40 mH
i1 i2 LB 
L1 L2  M 2
M
= 2x10 –4
/40x10 –3
= 5mH
L1 L2  M 2
LA  = 2x10–4/20x10–3 = 10mH
30 mH 60 mH L2  M
L1 L2  M 2
LC  = 2x10–4/(–10x10–3)= -20mH
L1  M

i1 5 mH i2

10 mH –20 mH

63
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Um transformador ideal é aquele com acoplamento perfeito (k = 1).
⏏ Consiste em duas bobinas com um número grande de voltas em um núcleo
comum de alta permeabilidade. Devido a esta alta permeabilidade do núcleo,
o fluxo liga todas as voltas de ambas as bobinas, resultando portanto em um
acoplamento perfeito.
⏏ Um transformador é dito ser ideal se:
▰ As bobinas tiveram reatâncias bastante elevadas (L1, L2, M-->∞);
▰ O coeficiente de acoplamento é unitário (k=1);
▰ Os enrolamentos primário e secundário não possuem perdas (R1 = R2=

0).
⏏ Transformadores com núcleo de ferro são uma aproximação de
transformadores ideais.

Transformador ideal é um transformador sem perdas com coeficiente


de acoplamento unitário no qual as bobinas primárias e secundária
possuem autoindutâncias infinitas.
64
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
1. As bobinas possuem reactâncias muito grandes (L1, L2, M → )
2. O coeficiente de acoplamento é unitário (k = 1)
3. As bobinas primária e secundária são sem perdas (resistências em series R1=
R2= 0)
d d
k
M
, 0  k 1 v1  N1 v2  N 2
L1 L2 dt dt

As linhas verticais entre as bobinas indicam um

65 1  2   núcleo de ferro distinto do núcleo de ar.


Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais

 V1  jL1I1  jMI 2 (1a)



V2  jMI1  jL2 I 2 (1b)
De (1a),
I1  V1  jMI 2  jL1 (1c)
Substituti ndo 1(c) em (1b) temos
M  M2 
V2  V1   L2   jI 2
L1  L1 

Para acoplamento perfeito,


k  1 ou M  L1 L2 .
L1 L2 L2
 V2  V1  V1  nV1
L1 L1
onde n é chamado da relação das espiras.
66
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
▰ De acordo com a lei de Faraday, as tensões instantâneas :

d d v 2 V2 N 2
v1  N1 v2  N 2  
v1 V1 N 1
n
dt dt

▰ onde n é a relação de espiras ou relação do transformador .


V2 N 2
▰ Dica: a tensão é proporcional a  n
V1 N1

→↑V2 →↑ N2 → n>1
 Um transformador de isolamento: (V1= V2 ) ↔ ( n = 1 )
 Um transformador elevador : (V1<V2 ) ↔ ( n> 1 )
 Um transformador abaixador : (V1> V2 ) ↔ ( n <1 )
▰ Da conservação de energia :

V2 N 2 I 2 N1 1
v1i1  v 2 i 2  n  
67 V1 N1 I1 N 2 n
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Quanto a polaridade das tensões e direção das correntes, temos:
▰ Se V1 e V2 são ambas positivas ou ambas negativas nos terminais com ponto,
use +n.
+n Caso contrário use –n.
–n
▰ Se tanto I1 quanto I2 entram ou ambas saem dos terminais com ponto, use –n.
–n
Caso contrário use +n.
+n
Lembre-se desta
figura (V&I → todos
+)
Ponto em V tem
efeito sobre V
A corrente tem um
efeito sobre I V2 N I2 N 1
V2 N 2 I 2 N1 1   2  n  1 
 n   V1 N1 I1 N2 n
V1 N1 I1 N 2 n

Como a corrente entra no


terminal 1, o terminal
pontilhado no terminal 2
deve ser positivo

V2 N I 2 N1 1 V2 N 2 I2 N 1
  2  n    n  1 
68 V1 N1 I1 N 2 n V1 N1 I1 N2 n
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Transformação da Impedância

 V2 N 2
 V  N  n  V2 Zin
 V 
I 1 N 1 1   1 n
 2  1   I 1  nI 2
 I 1 N 2 n

A Potencia complexa no primario é Impedância de entrada vista


V
S1  V1I 1*  2 nI 2   V2 I *2  S 2 pelas fontes é
*

n V1 V2 1 V
Z in    2 2
Potencia complexa fornecida para I1 n  nI 2 n I2
primario é entregue ao secundario ZL
 Z in 
n2
sem perdas.
(impedância Re flectida )
O Transformador tem menos perdas! Geralmente para casamento de impedância!
69
Os Transformadores
⏏ Transformação da Impedância

V2
V1  ou V2  nV1
V2 N 2 I 2 N1 1 n
A partir de  n e   I1
V1 N1 I1 N 2 n I1nI 2 ou I 2 
n
▰ A energia complexa fornecida ao enrolamento
primário é: V2
 nI 2  =V2 I 2* = S2
*
→ conservado
S 2  V1 I1* 
n
→ entregue ao enrolamento secundário sem perdas

(Uma vez que o transformador ideal não tem perdas. O transformador não absorve energia)
▰ Isso é chamado de impedância refletida, uma vez que aparece como se a carga impedância é refletida
para o lado primário.

V1 1 V Z
Z in  = 2 2  2L
I1 n I2 n
70
Portanto, o transformador pode ser usado para o casamento de impedância.
Os Transformadores
⏏ Transformação da Impedância
▰ Ao analisar um circuito com um transformador ideal, é prática comum
eliminar o transformador refletindo impedâncias e fontes de um lado
do transformador para o outro.
▰ Refletir o lado secundário do circuito para o lado primário

71
Os Transformadores

⏏ Circuito equivalente de Thevenin


▰ Circuito Equivalente de Thevenin do terminal do direito ab :

V2 Vs 2
De (a) → VTh  V1 = 
n n
▰ Para obter Zth, remova a fonte de tensão
no lado secundário e insira uma fonte de
tensão unitária no terminal ab
V1 V2 n Z 2
ZTh  =  2
I1 nI 2 n

72
Os Transformadores
▰ Podemos remover o transformador do circuito adicionando o secundário e
primários juntos por certas regras:
▰ A regra para eliminar o transformador e reflectir o circuito secundário
para o lado primário é:
V2 Vs 2
VTh  V1 = 
n n
V V n Z
ZTh  1 = 2  22
I1 nI 2 n

▰ A regra para eliminar o transformador e refletir o circuito primário para o


lado secundário é:

73
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Passos para analise de um transformador ideal
▰ Modelo de um Transformador Linear

 2M 2 Se L2  Z L
Z in  R1  jL1 
R 2  j L 2  Z L jL1 Z L L1 Z L Z L
 Z in    2
Se R1  R2  0 e M  L1 L2 (acoplamento - perfeito) j L 2 L2 n
 2M 2 jL1 Z L   2 L1 L2   2 L1 L2 L2
Z in  jL1   onde n  : relação de espiras
jL 2  Z L Z L  j L 2 L1
jL1 Z L

74
j L 2  Z L
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Uma prática comum na análise de circuitos é eliminar o
transformador, reflectindo as impedâncias e fontes de um lado
do transformador para o outro.
⏏ Refletindo o lado secundário para o primário:
▰ Obtemos o equivalente de Thevenin do circuito a direita dos
terminais a-b.
▰ Obtemos V como a tensão de circuito aberto nos terminais a-b.a-b
Th
▰ Obtemos Z
Th removendo a fonte tensão no enrolamento
secundário e inserindo uma fonte unitária nos terminais a-b.
a-b
▰ Tendo V
Th e ZTh adicionamos o equivalente de Thevenin à
esquerda de a-b.
a-b

75
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Casamento de impedância

Rede Linear
A condição para maxima
potencia de transfêrencia é
ZL
 n2  Z *
Th : complex Z L
R
 2L  Z Th : Z L  RL
76 n
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Casamento de impedância

Rede Linear 1 Rede Linear 2

77
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
Se obtém VTH com a tensão de circuito aberto nos terminais( a-b).

▰Dado que os terminais a-b estão ▰ Para obter-se ZTH, se elimina a fonte
abertas, I1=0 I2=0,
=0 de maneira de tensão da bobina secundário e se
que V2 = Vs2. Assim, com base a insere uma fonte unitária entre os
equação terminais a-b,
a-b como na figura 2.
Temos Partindo das equações
I  0  I
1 2  I 1  nI 2

 V2
V2 Vs 2 V 
 VTh  V1    1
n
n n V V n 1 V Z
 Z Th  1  2  2 2  22
78 I1 nI 2 n I2 n
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
▰ Uma vez que se tem VTH e ZTH, se adiciona o equivalente de Thevenin na
parte do circuito da figura a esquerda dos terminais a-b. A figura 1 exibe o
resultado.
▰ A regra geral para eliminar o transformador e reflectir o circuito secundário
no lado primário é: dividir a impedância secundária entre n 2, dividir a tensão
do secundário entre n e multiplicar corrente secundaria por n
▰ A regra para eliminar o transformador e reflectir o circuito principal do lado
secundário é: multiplicar impedância primária n2, a tensão primária
multiplicado por n e a corrente primária dividido por n.

c c

79
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Reflectindo o lado secundário para o primário:

V2 Vs 2 V1 V n 1 V Z
VTh  V1   Z Th   2  2 2  22 , V2  Z 2 I 2
n n I1 nI 2 n I2 n

80
Os Transformadores
(ii.) Transformadores Ideais
⏏ Exemplo- Circuitos equivalentes do Transformador Ideal
▰ Um transformador ideal tem os seguintes valores nominais: 2.400/120 V, 9,6
kVA; e tem 50 espiras no secundário. Calcule:
(a) a relação de espiras;
(b) o número de espiras no primário;
(c) os valores nominais das correntes nos enrolamentos primário e secundário.

Solução: (a) Este é um transformador abaixador de tensão já que V1  2.400 V e V2 120 V


V2 120
n   0,05
V1 2.400

N2 50 50
(b) n  0,05  ou N1   1.000 espiras
N1 N1 0,05

(c ) S  V1 I1  V2 I 2  9,6kVA portanto ,
9.600
I1   4A
2.400
9.600 9.600 I1 4
I2    80 A ou I2    80 A
V2 120 n 0,05
81
Autotransformadores
⏏ Os autotransformadores são caracterizados por possuir um ponto interno
chamado ponto de derivação (usualmente chamado de tap, ou terminal Y). O
ponto em que é tomado o tap pode ser usado em qualquer aplicação que exija
um transformador normal, desde que o isolamento elétrico não seja necessário
⏏ É um transformador com uma única bobina e uma derivação central. A sua
construção é simples e é utilizado para aumentar ou diminuir a tensão
ligeiramente. A principal vantagem é que você pode obter o poder muito
maior do que com uma ordem transformador simples.
⏏ A desvantagem é que o primário e secundário não são isolados que representa
um perigo potencial

82
Autotransformadores

Variac:
autotrafo
regulavel

Catálogos comerciales

83
Autotransformadores
Se
Se utilizam
utilizam quando
quando se se necessita
necessita una
una relação
relação de
de
transformação
transformação de de 1,25
1,25 aa 2.
2. Nesse
Nesse caso
caso são
são mais
mais
rentáveis
rentáveis que
que os
os transformadores
transformadores

Vantagens
▰ Ferro de condutor: se empregam N2 espiras menos.
▰ Circuito magnético (Janela) de menores dimensões.
▰ Diminuição de perdas eléctricas e magnéticas.
▰ Melhor refrigeração (cuba mais pequena).
▰ Menor fluxo de dispersão e corrente de vazio.(Menor
cc).

Inconvenientes
▰ Perdas de isolamento galvânico.
AUTOTRAFO ▰ Maior corrente de curto (Menor cc).
▰ Necessárias mais proteções.
84
Autotransformadores
▰ O autotransformador pode ser considerado simultaneamente como um caso
particular ou enrolamento núcleo do transformador de ferro.
▰ Tem um único enrolamento sobre o núcleo, mas tem quatro terminais, dois
para cada circuito, e, portanto, tem em comum com o transformador.
▰ Na prática autotransformadores são usados em alguns casos em que, de facto,
ser devido Menor , mais leve, ao seu menor custo e maior eficácia. – (poder
transferir maior potência aparente )
▰ Desvantagem: falta de isolamento elétrico

Autotransformador redutor Autotransformador elevador


85
Autotransformadores
⏏ A relação de conexão redutora de tensão do
autotransformador é expressa por:

V1 N1  N 2 N
 1 1
V2 N2 N2

86
Autotransformadores
⏏ Exemplo-Compare as potências nominais do transformador de dois
enrolamentos na Figura (a) com o autotransformador na Figura (b).

Solução: Embora os enrolamentos primário e secundário do autotransformador


constituam um enrolamento contínuo, eles foram separados na Figura (b) anterior para
facilitar a análise. Notamos que a corrente e a tensão de cada enrolamento do
autotransformador na Figura (b) anterior são as mesmas do transformador de dois
enrolamentos na Figura (a). Esta é a base de comparação entre potências nominais.
Para o transformador de dois enrolamentos, a potência nominal é
S1 0,2(240) 48 VA ou S2 4(12) 48 VA
Para o autotransformador, a potência nominal é
S1 4,2(240) 1.008 VA ou S2 4(252) 1.008 VA
que é 21 vezes a potência nominal do transformador de dois enrolamentos.
87
Aplicações

⏏ Transformador com dispositivo de isolamento para


como uma fonte de corrente alternada para isolar uma
fonte de corrente AC a partir de um rectificador

88
Aplicações

⏏ Transformador com dispositivo de isolamento para


isolar uma fonte de corrente DC entre dois estágios
de amplificador.

89
Aplicações

⏏ Transformador como dispositivo casamento de impedância


▰ Nesse caso, nós usamos a propriedade vista para fazer
com que a impedância da carga seja igual à
impedância da fonte, chamamos isso de casamento de
impedância. Veja na figura seguinte:

RL
RS  2
90 n
Aplicações

 Transformador como dispositivo casamento de


impedância
▰ Ex: O transformador ideal da figura abaixo é usado para
casar o circuito amplificador com o auto-falante para
atingir a máxima transferência de potência. A impedância
de Thévenin (ou de saída) do amplificador é de 192Ω, e a
impedância interna do auto-falante é de 12Ω. Determine
a relação de espiras necessárias.

91
Aplicações

⏏ Transformador como dispositivo casamento de impedância

▰ Substituímos o circuito amplificador pelo equivalente de


Thévenin e refletimos a impedância de carga do auto-
falante para o primário do transformador ideal. A figura
abaixo mostra o resultado. Para a máxima transferência de
potência temos:

ZL ZL 12 1
Z Th  ou n2    logo : n  0,25
n2 Z Th 192 16
92
Aplicações

VTh
) 2 Z L  PL  288VTh2 W
2
PL  I S Z L  PL  (
Z Th  Z L

IS 1

IP n
VTh
2
PL  I S Z L  PL  ( n ) 2 Z L  PL  1302VTh2 W
Z Th  ZL
93 n2
Aplicações

94
Aplicações

 Subestação elevadora de tensão;


 Nas subestações são usados transformadores abaixadores de
tensão, feita por estágios ao longo da rede;
 A medição de tensão nas linhas de transmissão, é feita utilizando
multímetros ligados no secundário de transformadores de
potência (TP).

95
96
A sabedoria não se transmite, é preciso que nós a descubramos
fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso
lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma
maneira de ver as coisas.
Proust -1871 –1922

 Desejo a todos um excelente semestre!


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