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HISTÓRIA

PROF: HONORIO TAVARES

8º ANO
Emancipação política do Brasil:
Representações da Independência
Aula 44
“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos”...

Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/hino.htm> Acesso em 14 jul. 2020.


As obras de arte e a História

Antes de iniciarmos o estudo das obras de arte


precisamos entender que elas fazem parte do
que chamamos de FONTES HISTÓRICAS, ou,
em outras palavras, os vestígios do passado
que possibilitam ao historiador investigar o que
aconteceu e comprovar sua narrativa,
garantindo a História um caráter científico.
As obras de arte e a História

Outro fato importante é que TODA fonte


histórica (textos, músicas, objetos, imagens,
etc.) precisa ser questionada, isto é, verificar
suas particularidades. As obras de arte,
quando carregadas de um sentido histórico,
tendem a expressar a representação de uma
memória coletiva sobre o acontecimento.
Vamos ver isso agora na prática!.
Sessão do Conselho de Estado

Georgina de
Albuquerque

Óleo sobre tela


1922

Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sess%C3%A3o_do_Conselho_de_Estado#/media/


Ficheiro:Maria_Leopoldina_regent.jpg> Acesso em jul. 2020.
CONTEXTUALIZANDO A OBRA

O contexto do fato histórico: Chegaram


informações que Portugal estava mobilizando-
se contra o Brasil, José Bonifácio aconselhou a
Princesa Leopoldina a reunir o Conselho de
Estado com o objetivo de escrever a D. Pedro
uma carta favorável a Independência. A
princesa fez a reunião e decidiu por escrever a
carta que chegaria a D. Pedro antes do
chamado Grito do Ipiranga.
O contexto histórico da produção da obra:

Em 1922 foi comemorado o Centenário da Independência


do Brasil. A artista, Georgina de Albuquerque, apresenta
como Leopoldina como heroína, que em um Gabinete
Oficial, está segurando a Declaração que irá influenciar a
elaboração da independência. Além do fato em si, vemos a
participação feminina, tanto no processo histórico quanto
na sua representação
100 anos depois.
A artista, Georgina de

na_de_Albuquerque.jpg> Acesso em 13 jul. 2020.


<https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a2/Georgi
Disponível em:
Albuquerque, apresenta o
protagonismo diplomático de
Leopoldina no processo
histórico.

A elaboração do quadro fez


parte de um concurso para as
comemorações do centenário
da independência.
Georgina de
Albuquerque
Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Sess
%C3%A3o_do_Conselho_de_Estado#/media/
Ficheiro:Maria_Leopoldina_regent.jpg> Acesso em 13
jul. 2020.
Vamos analisar agora outra obra, mais
conhecida, sobre a Independência do Brasil
Independência ou Morte
Pedro Américo, Óleo sobre tela (1888).

Disponível em:<http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/diplomacia-cultural-mre/20793-independencia-ou-morte-grito-do-ipiranga-estudo>, acesso dia 13/07/2020.


DECIFRANDO A OBRA
O contexto histórico da produção da obra:

Durante a década de 1880 o Segundo


Reinado estava enfraquecido pelas ideias
republicanas; bem como, alguns setores da
sociedade criticavam D. Pedro II. A obra foi
encomendada, com o objetivo de valorizar o
governo monárquico, considerando que o pai
de D. Pedro II foi aquele que proclamou a
Independência do Brasil.
DECIFRANDO A OBRA
O contexto do fato histórico retratado:
Cartas chegaram a D. Pedro, aquelas vindas de Portugal
exigiam seu retorno imediato para Lisboa; todavia, outras
vindas de José Bonifácio e a Princesa Leopoldina o
incentivavam a proclamar a Independência.
Em meio a uma viagem que fizera para São Paulo, depois
de ler as cartas, a decisão foi tomada: - “Independência ou
morte!”
Salão Nobre do
Museu Paulista,
construído para
abrigar a tela
"Independência
ou Morte", de
Pedro Américo

Disponível em: <http://www.mp.usp.br/acervo>, acesso dia 13/07/2020.


Disponível em:<http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/diplomacia-cultural-mre/20793-independencia-ou-morte-grito-do-ipiranga-estudo>, acesso dia 13/07/2020.
Pesquisas históricas indicam que D.
Pedro e sua comitiva estavam à dezenas
de quilômetros do Riacho do Ipiranga
Considerando os dias de
viagem, as roupas
deveriam ser mais leves e
não as luxuosas
representadas na obra
A distância da viagem entre Rio de Janeiro
para São Paulo era considerada longa, o
transporte em caso provavelmente seria
com mulas e não com cavalos
Espada? Outras
representações
indicam que foi
levantada carta
ou mesmo o
chapéu

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