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A CRISE CÍCLICA DO CAPITALISMO

Professora Dra. Regina Gadelha


A CRISE CÍCLICA DO CAPITALISMO
Professora Dra. Regina Gadelha

SÉCULOS XIX e XX → CRISES VIOLENTAS INTERCALAM OS


PERÍODOS DE EXPANSÃO → MOVIMENTOS DE LONGA
DURAÇÃO KONDRATIEFF: 25 a 40 ANOS, INTERCALADOS POR:

• FASES DE PROSPERIDADE → FASE A: MARCADA POR ALTA


DE PREÇOS, DA PRODUÇÃO E DOS LUCROS.

• FASES DE DEPRESSÃO → FASE B: MARCADAS POR BAIXA DA


TAXA DE LUCROS, DE NEGÓCIOS E DE PREÇOS, EM QUE
PREÇOS E PRODUÇÃO SE AFUNDAM PROVOCANDO
FALÊNCIAS E DESEMPREGO.
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I – A CRISE DE 1929:

1. A CRISE DE 1929 NÃO RESULTOU SOMENTE DA


INSTABILIDADE MONETÁRIA DA DÉCADA DE 20, JÁ SUPERADA
QUANDO A CRISE EXPLODIU.

2. EM 1929 A ESPECULAÇÃO MONETÁRIA APENAS AGRAVOU


OS DESEQUILÍBRIOS DO SISTEMA.
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A - A INTERPRETAÇÃO LIBERAL E A CRISE DO SUBCONSUMO


RELATIVO

GAËTAN PIROU - Conferência realizada em Lisboa, Abril 1936:


• ENTRE 1921 E 1929, A PRODUÇÃO TERIA AUMENTADO MAIS
DO QUE OS SALÁRIOS.

• NA GRÃ-BRETANHA: A PRODUÇÃO CRESCE 12% E


SALÁRIOS = 4%; NA FRANÇA: A PRODUÇÃO CRESCE 30% E
SALÁRIOS = 5%.
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CONSEQUÊNCIA: A grande desigualdade na repartição dos


rendimentos
→ as massas populares (consumidores potenciais) sem poder de
compra para absorver a produção.

Na década de 20, estes dois ritmos de crescimento caminharam


em direções opostas
→ em 1929 já se poderia constatar um importante nível de
desemprego, independente da depressão que ainda não havia
começado, explicável pela própria estrutura do capitalismo:
1 milhão de desempregados na Grã-Bretanha, 4 milhões em toda a
Europa.
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NOS EUA:
• A sociedade americana vivia da especulação + medo da
inflação = política do governo republicano → comprime as
despesas e aumenta os impostos a fim de frear o consumo.

• A hostilidade dos empresários em relação às políticas de


intervenção do Governo Federal impediu a adoção das
medidas necessárias para conter a crise.
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B – A INTERPRETAÇÃO MARXISTA
ALGUNS ECONOMISTAS E LIDERANÇAS SINDICAIS ANEXAM A ESTAS
CAUSAS A INTERPRETAÇÃO DA CRISE FINAL DO CAPITALISMO,
LIGADA AO AUMENTO DAS TENSÕES E DAS LUTAS SOCIAIS:

• O mundo sofre de subconsumo.

• O escândalo e a contradição da coexistência entre uma


produção excessiva que é necessário destruir porque não
encontra comprador, e a miséria da maioria das massas
populares do mundo.
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CONSEQUÊNCIAS - NA CRISE 1929:

• Os operários não possuem poder de compra suficiente para


consumir no mercado o equivalente dos produtos criados.

• Os patrões estão saturados e não podem consumir o que


ganham.
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C - A TESE DA SOBRE-VALORIZAÇÃO DO CAPITAL (KEYNES)


A ACUMULAÇÃO EXCESSIVA DE CAPITAL DIMINUI AS TAXAS DE LUCRO EM RELAÇÃO
AO CAPITAL INVESTIDO, AO MESMO TEMPO EM QUE SE REDUZ O CONSUMO.

• Entre 1921 e 1929, a alta de preços e os lucros industriais teriam permitido


investimentos massivos nas empresas industriais e favorecido a especulação
atraída pela elevadas taxas de lucro.

• Assim, o potencial da produção industrial teria crescido mais do que a demanda


de produtos.

• O desequilíbrio entre a ‘sobre capacidade’ produtiva das empresas e o


decréscimo do consumo teria, em determinado momento, provocado uma
baixa das taxas de lucro e inquietação nos meios da Bolsa e, depois, o pânico.

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