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Crise de 1929

História 9º ano
Antecedentes

Na década 20, os EUA viveram um período de prosperidade económica para o qual contribuíram os
seguintes fatores:
 Crescimento de novas indústrias como a automóvel e química;
 Aumento da produção devido à aplicação de novos métodos de produção aos progressos técnicos;
 Desenvolvimento da agricultura com a mecanização.

Este crescimento provocou um excesso de otimismo nos investidores. Na bolsa de Nova Iorque,
os títulos eram vendidos a preços muito altos. Todos arriscavam na bolsa.

Ilusão
As pessoas investiam muito dinheiro na bolsa:
As empresas não tinham prosperidade tão
 Recurso ao crédito e empréstimos;
elevada como pareciam demonstrar, ou seja, as
Prosperidade
 Hipoteca das habitações;
cotações das empresas subiam, sem, contudo, frágil e falsa
 Investiam as suas poupanças. terem aumentado os seus lucros.
Entre 1924 e 1929 alguns setores da indústria e da agricultura começaram a dar sinais de crise. A
mecanização e os novos métodos de produção levaram à saturação dos mercados e
consequentemente a uma baixa de preços.

Superprodução
o Quando se produz mais do que se consome, leva à criação de stocks;
o Diminuição de comprar de produtos.

Deflação
o Baixa de preços;
o Quebra de lucros para as empresas;
o Procuram motivar a comprar.
Crise de superprodução

Na agricultura e na indústria, começa a ocorrer o problema da superprodução levando ao aumento dos


stocks.
Isto ocorreu devido à diminuição do consumo provocado pela:

o Saturação dos mercados internos devido à mecanização e aos novos métodos de


produção;
o Diminuição das exportações devido à recuperação económica da Europa em meados da
década de 20.

 Diminuição de produção;
 Baixa dos preços; Falências
 Redução dos salários.
Especulação bolsista

As ações não pararam de subir, levando a lucros abundantes na compra de ações.

Compra de grande número de ações para serem


vendidas posteriormente com grande lucro.

Em outubro de 1929 as ações começaram a descer. O pânico apoderou-se dos


investidores que as tentam vendem a qualquer preço.

Pânico dos investidores


Quinta feira negra

22 de outubro de 1929
 Começou a baixa de lucro de muitas empresas;
 Os acionistas tentaram vender as ações antes da sua desvalorização.

24 de outubro de 1929
 Numerosos acionistas tentam vender as suas ações para fazer com que o valor baixasse abruptamente, no
entanto, não houve um único comprador;
 A Bolsa entra em rutura. À falência dos acionistas seguiu-se a falência dos bancos, uma vez que os
especuladores não tinham como pagar os empréstimos. Crash da bolsa de Wall Street
 A crise alastrou-se rapidamente levando as empresas à falência.
 Aumentou o desemprego; Entrou-se, assim, num ciclo de
 Diminui o consumo. crise, em que a crise gera crise.
 As famílias que viviam bem, perderam os seus bens e viram-se sem casa, sem trabalho e sem meios de
subsistência.
Crise social
Crise do capitalismo

A crise americana, iniciada em 1929, teve uma dimensão mundial, com algumas exceções,
como é o caso da URSS.

Foi uma crise diferente das que até então ocorreram, porque se fez sentir em todos os
setores da economia, porque foi devido à superprodução. Não foi uma crise provocada
pela subida dos preços e pela quebra do poder de compra, como era habitual, mas ao
contrário, ficou a dever-se à deflação.

Esta crise pôs em causa o capitalismo liberal, que assentava na ideia de que os
problemas económicos se resolveriam por eles mesmos, isto é, sem intervenção do
Estado e pôs em causa a crença na capacidade das economias fazerem crescer
continuamente a produção.
A grande crise do capitalismo dos anos 30

Crise de superprodução Grande depressão


Crescimento acelerado da Outubro de 1929 Falência de bancos e
produção no EUA. empresas.

Crash da Bolsa de Ruína das classes


Acumulação de stocks
Ciclo vicioso da crise
médias
New York
Baixa de preços Desemprego: miséria
Queda continuada do
dos trabalhadores Diminuição
Quebra dos lucros valor das ações
da procura
Diminuição da
procura
Diminuição do
Falência das
poder de
empresas
Retirada dos capitais americanos do estrangeiro. compra

Mundialização da crise
Desemprego
Mundialização da crise
Motivos
 Os EUA reduziram as suas importações da Europa, provocando a falência de muitas
empresas.
 Retiraram os capitais que tinham aplicado em bancos e empresas estrangeiras.

Retração do comércio mundial


 A maior parte dos países reduzia ao máximo as suas compras ao estrangeiro;
 Os países industrializados não conseguiam escoar os seus produtos;
 Os países subdesenvolvidos não conseguiam exportar as suas matérias-primas
e produtos agrícolas.

Mundialização da crise
Crise social

 Ruína de pequenos investidores e reformados que ficaram sem as suas poupanças.


 Destruição de stocks para tentar aumentar os preços dos produtos.
 Desemprego – despedimentos em massa.
 Fome- “sopa dos pobres”.
 Miséria:
 Muita mão-de-obra disponível que se oferecia para trabalhar por baixos salários;
 Hoovervilles.

 Aumento da mendicidade, da criminalidade, da prostituição e dos suicídios.


 Aumento dos movimentos racistas – KKK (Ku Klux Klan).
 Aumento da agitação social, pedindo ao Estado intervenção urgente.
 Rapidamente, a crise económica e social converteu-se numa crise política.
Intervenção do Estado

A gravidade da crise levou os Estados a intervir na economia. As primeiras medidas foram a


redução das importações e o fomento das exportações.

New Deal
O presidente dos EUA, Franklin Roosevelt, incrementou a partir de 1933, uma nova política económica que
defendia o intervencionismo do Estado na economia baseada nas teorias do economicista inglês John
Keynes.

Objetivos: Diminuir o desemprego para aumentar o poder de compra e, como tal, o


consumo.
Medidas
Combate ao desemprego:
 Programa de obras públicas (barragens, canais, escolas, estradas, pontes e caminhos de ferro);
 Diminuição do horário de trabalho semanal para 40 horas.

Domínio social:
 Estabelecimento do salário mínimo;
 Criação do Welfare State (estado de providência) ou segurança social: subsídios de
desemprego, de doença, de velhice e de invalidez.

Na indústria: Nas finanças :


 Limitou os níveis de produção;  Legislação para controlar a atividade da bolsa e
 Fixou preços mínimos para os produtos; dos bancos;
 Baixou as taxas de juro do crédito bancário;  Desvalorização do dólar.
 Diminui os impostos.

Na agricultura:
 Concessão de indemnizações aos agricultores que reduziram as suas áreas de cultivo a fim de
diminuírem a produção;
 Concessão de créditos agrícolas para pagamento de dívidas.
Consequências
 Superação da crise económica e social;
 Reabilitação internacional do dólar;
 Diminuição do número de desempregados;
 Recuperação do poder de compra e dos preços;
 Aumento do poder industrial;
 Aumento das exportações.
Ciclo de prosperidade

Aumento da Aumento do
Aumento do
produção desemprego
poder de
compra

Aumento do
Aumento dos
consumo
lucros
Aumento dos Mais procura
preços do que oferta
Na Europa…

As soluções encontradas foram diferentes e teve a ver com o momento económico e político em
que se encontravam.

Inglaterra França

 Crescimento do Partido trabalhador;  Coligação de partidos de esquerda – Frente popular;


 Intervenção do estado na economia:  Intervenção do estado na economia:
 Apoio às empresas;  Aumento dos salários;
 Medidas de caráter protecionista.  40h de trabalho semanal;
 15 dias de férias pagos;
 Nacionalização dos caminhos-de-ferro e fábricas de
armamento.
Na Itália, Alemanha e Portugal, estas medidas não surtiram efeitos. Os governos foram
considerados incapazes de resolver a situação e,, consequentemente, o poder foi tomado por

ditadores.

Resposta à crise

Intervenção do Estado na economia

Em Inglaterra Em França
 Apoio às empresas industriais; Governo da Frente Popular:
Nos EUA – New Deal
 Proteção de produtos britânicos.  Nacionalização de empresas;
 Criação de novos empregos;
 Concessão de direitos aos trabalhadores.
 Melhoria do poder de compra dos
trabalhadores

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