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VIGOR DE SEMENTES
Guilherme Vinicius Gonçalves de
Pádua
guilhermegpadua@yahoo.com.br
FASE 1- Avaliação Individual
30 min
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individualmente a avaliação
FASE 1- Garantia de Preparo - Teste
Individual 5 min
Instruções: cada questão vale quatro pontos e você deve assinalar um total de quatro
pontos em cada linha. Se estiver inseguro sobre a resposta correta, você pode
assinalar pontos em mais de uma casela, desde que a soma deles totalize QUATRO.
Após a discussão das questões e decisão da equipe por uma única resposta
correta, retire a etiqueta correspondente a alternativa para saber se a equipe
acertou (na alternativa correta aparece uma estrela).
( ) Testes de germinação apresentam alto grau de confiabilidade para analistas e produtores de sementes, sob o aspecto
de reprodutibilidade dos resultados e utilização como base para a fiscalização do comércio.
( ) Enquanto o teste de germinação é realizado em condições ideais para cada espécie, os testes de vigor submetem a
semente a uma ampla faixa de condições ambientais, distante das favoráveis.
( ) Os resultados do teste de germinação não permitem detectar o progresso da deterioração das sementes, indicando
apenas os estádios finais do processo.
a) V, F, F.
b) F, V, V.
c) V, V, V.
d) V, F, V.
FASE 2- Feedback
2. Com relação aos problemas decorrentes do uso do teste de germinação analise as frases abaixo e escolha a
alternativa CORRETA.
I. Os resultados do teste de germinação não permitem detectar o progresso da deterioração das sementes.
IV. Sementes com sintomas da ocorrência de dormência podem determinar o prolongamento do teste.
II. O primeiro laboratório de análise de sementes dos Estados Unidos foi instalado no ano de 1876.
III. Durante vários anos a avaliação da qualidade fisiológica foi efetuada apenas através do teste padrão de germinação.
IV. A introdução do termo vigor foi, primeiramente, atribuída a Nobbe, em 1876, que utilizou a palavra “triebkraft”, com significado de “força motriz”
ou “energia de crescimento”, ao discorrer sobre o processo de germinação.
V. Atribui-se a Hiltner e Ihssen, em 1911, a paternidade da ideia atual sobre vigor, quando os mesmos desenvolveram o teste do “tijolo moído”.
VI. Em 1950, W. J. Frank, estabeleceu que testes conduzidos em substratos artificiais e condições ótimas fossem denominados testes de
germinação e que testes conduzidos em solo ou relacionados à percentagem de emergência das plântulas em campo e sob condições não
controladas deveriam ser chamados testes de vigor.
4. De acordo com a AOSA (1983), vigor de sementes compreende as propriedades (ou características) da
semente que determinam o potencial para uma emergência rápida e uniforme e o desenvolvimento de
plântulas normais, sob ampla diversidade de condições de ambiente.
Assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Não existe uma unidade de vigor, se faz um “ranqueamento” de lotes (alto, baixo e intermediário).
b) Para caracterizar o vigor de um lote de sementes é necessária a utilização de apenas um tipo de teste de
vigor.
c) É necessário mais de um teste de vigor para caracterizá-lo (pois cada teste utiliza características
fisiológicas, bioquímicas ou de resistência).
d) Comumente refere-se a “vigor de um lote”.
FASE 2- Feedback
I) Testes físicos avaliam aspectos morfológicos ou características físicas das sementes possivelmente
associadas ao vigor.
II) Testes fisiológicos procuram determinar atividade fisiológica específica, cuja manifestação depende do
vigor.
III) Testes bioquímicos avaliam alterações bioquímicas associadas ao vigor das sementes.
IV) Testes de resistência avaliam o desempenho de sementes expostas a estresses.
9. Os testes de vigor são utilizados com várias finalidades, mas a razão fundamental é a determinação
do potencial fisiológico de um lote de sementes. É INCORRETO afirmar que:
a) Os diferentes métodos não foram desenvolvidos para predizer o número exato de sementes que
germinará em campo, sob variadas condições de ambiente.
b) Um resultado de 85% no teste de frio significa que 85% das plântulas vão sobreviver no campo.
c) Um resultado de 85% no teste de frio não significa que 85% das plântulas vão sobreviver no campo,
mas sim que um lote com 85% de germinação, após o teste de frio, tem maior probabilidade de
sobreviver em campo, sob estresse, que um lote onde o resultado tenha sido de 70%.
d) Mesmo sabendo que um lote apresenta alto vigor, não há garantia total de um desempenho superior
ou favorável. Há, apenas, maior probabilidade de um melhor desempenho em relação a lotes menos
vigorosos.
FASE 2- Feedback
a) O vigor é definido geneticamente, por isso não sofre influências das condições ambientais.
b) Qualquer condição ambiental adversa que atinja as plantas não irá interferir no vigor das sementes.
c) Quanto maior for a reserva de nutrientes na semente, maior será o vigor da plântula dela resultante,
bem como seu potencial de sobrevivência.
d) O vigor das sementes atacadas por insetos ou infectadas por microrganismos normalmente não é
afetado.
POTENCIAL FISIOLÓGICO
O potencial fisiológico reúne informações sobre a germinação (viabilidade) e o vigor
de sementes. Sua avaliação segura permite identificar lotes de sementes que possuem
maior probabilidade de apresentar o desempenho desejado durante o armazenamento
e em campo.
A 90 88 80 70
B 90 87 60 40
EFICIÊNCIA DO TESTE DE
GERMINAÇÃO
Testes de germinação apresentam alto grau de
confiabilidade para analistas e produtores de
sementes, sob o aspecto de reprodutibilidade
dos resultados e utilização como base para a
fiscalização do comércio.
Figura 1. Germinação e emergência das plântulas em campos de 94 amostras provenientes de lotes submetidos
a fiscalização do comércio de sementes de soja no estado do Mississippi, USA. (Adaptado de Delouche, 1974).
PROBLEMAS DECORRENTES DO
USO DO TESTE DE GERMINAÇÃO
Figura 2. Germinação inicial e após armazenamento durante 18 meses, de 07 lotes de sementes de feijão, em
condições normais de ambiente. (Adaptado de Delouche e Baskin, 1973).
POR QUE OCORREM ESTAS
DIFERENÇAS?
Enquanto o teste de germinação é realizado em
condições ideais para cada espécie, os testes de
vigor submetem a semente a uma ampla faixa de
condições ambientais, distante das favoráveis.
1950: W. J. Franck
Potencial de Potencial de
armazenamento produção
Capacidade de
emergência Capacidade de
sobrevivência
O QUE É VIGOR?
Vigor é a soma das propriedades da semente, que determinam o nível de atividade e
desempenho da semente ou do lote de sementes, durante a germinação e a emergência
das plântulas.
Processos de Eficiência
desenvolvimento fotossintética
Durante a produção
FATORES QUE AFETAM O
VIGOR DE SEMENTES
Desenvolvimento da
NUTRIENTES semente
FOTOPERÍOD
O
Crescimento indeterminado
Durante a produção
FATORES QUE AFETAM O
VIGOR DE SEMENTES
Maturidade da semente
Tabela 5. Efeitos de injúrias mecânicas em sementes de milho sobre a germinação, emergência de plântulas,
desenvolvimento de plantas e produção (Andrews, 1971).
Injúrias (%) Germinação Emergência de Altura de plantas (cm) Redução da
(%) plântulas (%) Produção (%)
20 40
11,5 98 87 59,1 164,9 0,0
17,0 95 86 57,7 162,9 3,2
23,0 95 79 52,6 156,7 3,8
40,0 96 78 51,8 155,0 15,5
FATORES QUE AFETAM O
VIGOR DE SEMENTES
Microrganismos e insetos
Tabela 6. Germinação, vigor e viabilidade (%) de sementes de soja com diferentes tipos de danos, da cultivar Viçosa
(Adaptado de Maeda et al., 1977).
Qualidade das
sementes
armazenadas
Umidade
Temperatura
Relativa do Ar
Casa de vegetação
Temp: 18 ºC e 25 ºC
> 90%
Câmara de crescimento
Temp: 15 ºC e 25 ºC
< 80%
Tabela 8. Relações entre germinação e vigor de sementes de couve-flor e repolho com o estabelecimento do
estande e desenvolvimento inicial de plântulas (Adaptado de Powell et al., 1991).
Espécie Lotes Germinação Det. Contr. Dias para Emergência Altura de
(%) (%) emergência de plântulas plântulas
(cm) no
estádio de 1ª
folha
Couve-flor 1 98 99 4,4 92 26,7
2 90 37 6,2 88 19,8
Repolho 3 98 95 4,4 98 21,8
4 93 66 5,3 92 18,2
FATORES QUE AFETAM O
VIGOR DE SEMENTES
Baixas temperaturas durante a embebição
25 ºC
18 ºC
Figura 4. Emergência de melão originadas de sementes expostas ou não a estresse térmico pós-semeadura
(Marcos-Filho et al., 2006).
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Objetivos básicos
Quantificação do vigor.
O vigor reflete de um
conjunto de características.
A classificação “ranqueamento”
de lotes de acordo com a
qualidade fisiológica pode variar,
conforme o teste utilizado.
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Dificuldades
Testes
de Vigor
Resultados
Simplicidade Rapidez Baixo custo Objetivo Reproduzível relacionados
com a
emergência
das plântulas
em campo
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Testes que avaliam características Físicas
Velocidade de
Classificação do Primeira contagem germinação/emergênci
vigor de plântulas de germinação a
(ISTA/AOSA) Taxa de crescimento
de plântulas
McDonald, 1975
(ISTA/AOSA)
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Testes que avaliam característica Bioquímicas
Condutividade
elétrica
(ISTA/AOSA)
Teste de
tetrazólio(ISTA/AOS
McDonald, 1975
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Testes que avaliam características de
Resistência
McDonald, 1975
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Utilização dos Resultados
Objetivo
Princípio
Materiais e equipamentos
Plântulas ou partes delas que apresentarem maior comprimento (mm) são as mais
vigorosas.
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Teste de Tetrazólio
Princípio
Vermelho carmin
Tecido vigoroso
claro
Princípio
Objetivo
Materiais e equipamentos
Teste de germinação
Gerbox (Brasil, 2009)
(Amostras de 40 a 45
g (42 g) de sementes);
Câmara de
germinação 40 mL de água.
(T = 40 a 45 ºC e UR = 90 a 95%).
MÉTODOS PARA TESTAR O
VIGOR
Teste de Envelhecimento Acelerado
CARVALHO, N.M.; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção. FUNEP: Jaboticabal, 5.ed, 2012.
590p.
FERREIRA, A.G.; BORGHETTI, F. Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed, 2004.
FRANÇA-NETO. Testes de tetrazólio para determinação do vigor de sementes. In: KRZYZANOWSKI, F.C.;
VIEIRA, R.D.; FRANÇA NETO, J.B. (Eds.) Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, Comitê
de Vigor de Sementes, 1999. cap.8, p.1-7.
MARCOS-FILHO, J. Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Londrina: ABRATES, 2ed. 2015. 660p.
MARCOS FILHO, J. Testes de vigor: importância e utilização. In: KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA, R.D.;
FRANÇA NETO, J.B. (Eds.) Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, Comitê de Vigor de
Sementes, 1999. cap.1, p.1-21.
REFERÊNCI
AS
MARCOS FILHO, J. Teste de envelhecimento acelerado. In: KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA, R.D.; FRANÇA
NETO, J.B. (Eds.) Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, Comitê de Vigor de Sementes,
1999. cap.3, p.1-24.
NAKAGAWA, J. Testes de vigor baseados no desempenho das plântulas. In: KRZYZANOWSKI, F.C.; VIEIRA,
R.D.; FRANÇA NETO, J.B. (Eds.) Vigor de sementes: conceitos e testes. Londrina: ABRATES, Comitê de Vigor
de Sementes, 1999. cap.2, p.1- 24.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA E CIÊNCIAS AMBIENTAIS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA
Campus II – Areia – PB
PRODUÇÃO E TECNOLOGIA DE SEMENTES
Profa. Dra. Edna Ursulino Alves
ESTÁGIO DE
DOCÊNCIA
VIGOR DE SEMENTES