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O QUE É O PISO DA
ENFERMAGEM?

• Criada a partir da Emenda


Constitucional n° 124/2022,
a Lei nº 14.434, de 4 de
agosto de 2022, institui
uma base remuneratória
mínima que contempla
todos os profissionais da
categoria de enfermagem,
sendo enfermeiros,
técnicos, auxiliares de
enfermagem e parteiras.
O PISO DA ENFERMAGEM É CONSIDERADO
VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO?
Considera-se piso salarial para os fins desta Lei o
valor remuneratório dos profissionais, equivalente
ao somatório do vencimento básico (VB) e às
vantagens pecuniárias de natureza Fixa, Geral e
Permanente (FGP), não sendo computadas, dessa
forma, parcelas indenizatórias, vantagens
pecuniárias variáveis, individuais ou transitórias.
Ele não altera o vencimento básico dos respectivos
servidores e não implica em aumento automático
de outras parcelas ou vantagens remuneratórias e
não será incorporada aos vencimentos ou às
remunerações dos profissionais contemplados.
PRECISO DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA
NO MUNICÍPIO PARA O PAGAMENTO
DO PISO DA ENFERMAGEM?
Sim, para que ocorra o pagamento da complementação da
remuneração, até o limite do piso salarial da enfermagem,
os Entes deverão regulamentar em lei local como se dará o
pagamento e condicioná-lo à Assistência Financeira
Complementar da União transferida aos Estados, DF,
Municípios, entidades filantrópicas e prestadores de
serviços contratualizados que atendam no mínimo 60% de
pacientes pelo SUS.

A AAM criou junto ao núcleo técnico e


jurídico uma minuta para basear a
formalização da legislação municipal, já
disponibilizada a todos os gestores.
QUAL O VALOR DO PISO PARA OS
PROFISSIONAIS CONTEMPLADOS?

• O valor de referência para o enfermeiro é de R$ 4.750,00


mensais. Para técnico de enfermagem o valor equivale a
70% do valor de referência (R$ 3.325,00) e do auxiliar de
enfermagem e parteira 50% do valor de referência (R$
2.375,00).
O QUE É AFC?

• Assistência Financeira Complementar (AFC), é um aporte


de recurso definido consignado ao orçamento geral da
União para garantir o cumprimento do pagamento do
referido piso.
COMO DEVO CALCULAR O VALOR A
SER SOLICITADO DO MINISTÉRIO
DA SAÚDE?
• O Ministério da Saúde levou em consideração a coleta
das informações dos profissionais de enfermagem com
vínculo trabalhista ou servidores públicos realizadas
por meio do InvestSUS e a depuração de
inconsistências na base de dados.
• Em todos os casos, é extremamente necessário o
estudo de impacto financeiro acompanhar o projeto
de lei que será encaminhado a respectiva Casa
legislativa, inclusive com os valores a serem
transferidos aos prestadores de serviços
contratualizados e contemplados na medida
COMO FUNCIONA A
TRANSFERÊNCIA DA AFC AOS
MUNICÍPIOS?
Os recursos serão transferidos de forma regular e na
modalidade fundo a fundo (FAF), do Fundo Nacional
de Saúde (FNS) para os Fundos Municipais e
Estaduais de Saúde, referente aos profissionais com
vínculos com a administração pública, bem como aos
prestadores de serviços do SUS. Os Entes terão o
prazo de 30 (trinta) dias para efetivarem as
transferências financeiras a titulo de Assistência
Financeira Complementar da União para
cumprimento do piso salarial da enfermagem.
COMO GESTOR, O QUE PRECISO
FAZER PARA A MANUTENÇÃO DO
PAGAMENTO DA AFC PELO
MINISTÉRIO DA SAÚDE?
ORIENTAÇÃO
Os Municípios devem atualizar mensalmente os dados
informados no Sistema do InvestSUS e no SCNES (Sistema
de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde) ou
outros que venham substitui-los, apontando eventuais
alterações dos vínculos de profissionais da enfermagem e
parteiras, e das estruturas remuneratórias a fim de não
sofrerem impactos financeiros. Ressaltando que de acordo
com a Portaria GM/MS n. 1.135/2023, três meses
consecutivos sem a atualização dos dados provoca a
suspensão das transferências da Assistência Financeira
Complementar da União para cumprimento do piso salarial
da enfermagem.
NO CASO DE NÃO
RECEBIMENTO DA AFC PELO
MUNICÍPIO, SOU OBRIGADO
A PAGAR O PISO?

NÃO!!!
QUEM TEM DIREITO A RECEBER
O PISO SALARIAL DA
ENFERMAGEM?

Os servidores públicos dos Estados, Distrito Federal,


Municípios e de suas autarquias, bem como os
profissionais contratados por entidades privadas que
atendam, no mínimo, 60% de seus pacientes pelo SUS,
serão contemplados com o piso no limite dos recursos
provenientes da Assistência Financeira Complementar da
União.
A CARGA HORÁRIA DOS
PROFISSIONAIS DA
ENFERMAGEM DEVE SER LEVADA
EM CONTA?
SIM, a carga horária considerada para o piso é de 44
horas semanais, 8 horas diárias ou 220 horas mensais,
sendo o pagamento proporcional nos casos de contratos
com carga horária inferior ao período mencionado.
QUAIS PROBLEMAS PODEM
ACARRETAR AO PROFISSIONAL O
NÃO RECEBIMENTO DO PISO?
CPF inválido ou irregular na base da Receita Federal, não
encontrado, morto ou com idade incompatível com a
função, ausência ou inadimplência no cadastro do
conselho de classe (COREN/COFEN), Cadastro Brasileiro de
Ocupações (CBO) não condizente, e duplo vínculo sem que
os mesmos estejam devidamente ajustados em relação à
carga horária.
COMETI UM ERRO NA
INFORMAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS NO
INVESTSUS, POSSO
CORRIGIR?
ORIENTAÇÃO
Será oportunizado ao Ente federativo realizar a correção
ou justificativa das informações dos registros depurados.
Até o dia 10 do mês da competência, os Entes deverão
atualizar e confirmar os dados dos seus profissionais e dos
vinculados às entidades privadas sob sua gestão. O
ministério fará a depuração da base de dados e até o dia
25 será́ publicada portaria com os dados relativos ao
repasse. Até o último dia útil do mesmo mês haverá o
repasse dos recursos aos Entes. Caso não haja atualização
e confirmação dos dados, o repasse será com base no
último banco de dados informado.
ESSE ERRO COMETIDO, ME
LEVOU A RECEBER VALOR
MENOR QUE O NECESSÁRIO
PARA O PAGAMENTO DO
PISO, O QUE FAZER?
ORIENTAÇÃO

Realizada correção no sistema de informação, com portaria


publicada, e, havendo correção dos valores pagos aos
profissionais, seja a maior ou a menor, os Entes deverão
realizar as devidas compensações nas competências
seguintes, observando os valores transferidos pelo
ministério.
POSSO TER O AFC
SUSPENSO?
Sim, se o Ente federado permanecer três meses sem
atualizar e confirmar os dados dos seus profissionais,
haverá́ a suspensão dos repasses respectivos até a
regularização da situação. Nesse caso, a portaria não prevê
o pagamento dos valores retroativos.
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