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Sinóticos

Evangelho de
Marcos, Mateus e
Lucas/Atos
Tempo do Jesus Histórico
• Anos 27-30
(aproximadamente)
• Jesus e o seu grupo de
seguidoras/es
• Movimentos
messiânicos (havia mais
de 30 naquele tempo) –
ler: Horsley et Hanson.
Bandidos, Messias e
Profetas. Ed. Paulus.
Tempo das comunidades
organizando-se – tradição oral
• Depois da ressurreição de Jesus, os grupos que o
seguiam desanimam num primeiro momento
• Depois a esperança volta e começam a anunciar a
Ressurreição/Cruz de Jesus como nova possibilidade
de vida para toda a humanidade
• Iniciam-se as primeiras missões: anunciar a Boa Nova
pelo mundo todo (Atos)
• As pessoas que acreditam em Jesus e se juntam ao
grupo de Jesus (ainda um grupo de Judeus que
acreditou que Jesus era o messias/não são cristãos/ãs
ainda) são de três tipos: judeus que acreditam que
Jesus é o messias, gente de outras religiões e grupos,
gente que vai se identificando cada vez mais com o
movimento em si.
Tempo dos escritos/interpretação de
fé do evento pascal de Jesus
• Especialmente depois da destruição do Templo no ano 70,
fruto de uma revolta judaica em Jerusalém, tanto a
diáspora judaica quanto os grupos cristãos amplificam os
conflitos já existentes
• A realidade (e a distância do evento Jesus/Cruz) não
combina com a proposta, projeto e promessa de Jesus e dos
primeiros/as discípulos/as
• Isto gera perguntas de fé: como reconhecer Jesus
Crucificado no cotidiano da vida? Como é seguir Jesus? O
que isso significa? Que compromissos advém desta opção?
• As perguntas ativam a memória. A ativação da memória
gera um processo de recolhimento de textos, ditos,
parábolas, etc... a fim de organizar (em cada igreja) sua
experiência de Jesus e atender/responder a suas próprias
perguntas.
Tipos de textos são recolhidos:
• Relatos da ressurreição
• Parábolas
• Relatos de milagres e curas
• Relatos de vocação
• Genealogias
• Provérbios
• Sermões/discursos
• Apocalipses
• ...
Períodos
2. Tempo Pós Pascal:
Discípulas/os – organização
1. Tempo de Jesus das igrejas – tradição
(Jesus Histórico e Oral / Didaquê (?)

seu grupo) 33-70


27-30

3. Tempo dos Evangelhos e


Outros escritos
Igrejas mais organizadas
Judaísmo e Cristianismo
Já mais identificados e
Relações em crise. 71-120
Nosso foco:
• Os Escritos (Evangelhos, Atos, Cartas, Apocalipse)
• Estamos preocupados, neste curso, com o
processo de recolhimento de textos, da memória,
de ditos e seus impactos espirituais, econômicos,
de relações sociais, etc...
• Nosso foco será o texto que temos em mãos, fruto
de um longo período de interpretação
• Vamos circular no mundo das igrejas já
organizadas e em conflitos (do ano 70 pra frente,
especialmente no final do século I e inícios do
século II.
Palavra grega:
euvagge,lion
Evangelhos -Boa Notícia –
Para nós cristãs e
cristãos não é um
livro, uma
Evangelho mensagem
escrita, mas uma
pessoa (Fl 2,6-11)

Do “Evangelho” para os “Evangelhos”

Evangelho da Evangelho da
comunidade da comunidade de
Siria e depois de Evangelho da Antioquia da Síria
Roma comunidade da
Ásia Menor
•No início haviam muitos textos que tentaram
recolher a memória de Jesus e de seus grupos
seguidores/as.
•A partir do século II somente, devido ao longo e
difícil processo de manter a ortodoxia na fé e na
doutrina, os textos foram sendo selecionados até
chegarmos (no século IV) ao cânon (lista) oficial:
-Evangelho segundo Mateus
-Evangelho segundo Lucas/Atos
-Evangelho segundo Marcos
-Evangelho segundo João
-Cartas
-Apocalipse
Evangelho da Evangelho de
comunidade da
Siria e depois de Marcos:
Roma
Ano 71

Evangelho de
Evangelho da Lucas/Atos: Ano 80-
comunidade da 85
Ásia Menor
Evangelho de João:
Ano 95-100
Evangelho da Evangelho de
comunidade de Mateus: Ano 80-85
Antioquia da Síria
Evangelho de João e Apocalipse
Vários cristianismos
• Cristianismo dos ditos de Jesus (Fonte Q, Tomé)
• Cristianismo de curas e do caminho (Marcos)
• Cristianismo do Jesus Filho de Davi, Filho de Deus, Messias e
seguidor do judaismo (Mateus)
• Cristianismo da Salvação para judeus e não-judeus (Lucas)
• Cristianismo dos sinais e das mulheres, do discurso teológico mais
elaborado (João)
• Cristianismo do Cristo Crucificado e Ressuscitado, Glorioso
(Paulo)
• Cristianismo do Jesus que mora dentro de cada um de nós, de
forma integrada e nos convoca a missão com equidade de relações
(Maria Madalena)
• Cristianimo com influiencias gnósticas (João, Madalena, Filipe,
Tomé)
• Cristianismo da Apostolicidade hierarquica (Deutero-paulinas,
católicas)
• Influências nas comunidades pós guerra
• Judaica
– Farisaica – rabínica
– Após a guerra judaica o grupo que não se envolveu
foi o dos fariseus, que a partir daí começam a se
reorganizar novamente em torno da experiência das
sinagogas.
– Na decada de 80, os judeus (fariseus rabínicos)
decidem iniciar também eles um processo de:
ordenamento da ortodoxia, definição das festas e
liturgias, definição da membresia (expulsão dos
cristãos/ãs da sinagoga, definição do Canon do
Primeiro Testamento.
– Rejeitam a tradução dos LXX
– Assumem somente os livros escritos na Palestina e em
hebraico (Deus não fala grego).
• Batistas
– Grupos seguidores de João Batista que ainda não haviam
‘engolido’ a messianidade de Jesus (Jesus é fraco, morreu,
morreu numa cruz, não ‘fez nada’ para mudar a realidade)
• Gnósticos
– Surgem um pouco antes do primeiro século da Era Comum
– Marcados pela intelectualidade
– Alguns aspectos de sua filosofia – ideologia:
• A salvação é fruto do conhecimento intelectual (teórico) sobre si
mesmo e de Deus
• A ignorancia é autodestruição
• A missao: buscar o conhecimento (gnose) teórico
• Conhecer é crer (no Filho, na palavra, na presença)
• A natureza divina de Cristo transcende o sofrimento (carne)
• O sofrimento não existe para Cristo, não tem sentido – significado
• O sofrimento é por causa da ignorancia, nao do pecado
• O importante na transformação é o interior das pessoas (o poder, o
divino está na pessoa, nao em uma instituição ou na história)
• Mulheres: mestras, profetisas, sacerdotisas

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