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CAPÍTULO 2: ANÁLISE DE SINAIS PERIÓDICOS

SÉRIE DE FOURIER
Sidonio Cipriano Turra - Analise de Sinais Periodicos 11 de ma 1
r de 2024
CAPÍTULO 2: ANÁLISE DE SINAIS PERIÓDICOS : SÉRIE DE FOURIER

Introdução
Um dos principais objetivos de se analisar sinais é o de determinar o
conteúdo de frequência ou a faixa de frequência de sinais. Isto é de
extrema importância em diversos campos de aplicação. Em comunicações,
sinais transmitidos por estações AM são limitados na faixa de 535 kHz a
1650 kHz. Sinais de estações FM ocupam a faixa de frequência entre 88
MHz a 108 MHz, as de televisão UHF ocupam faixas entre 470 MHz e 890
MHz, e assim por diante, para os demais tipos de serviços. Um sinal de voz
típico ocupa uma faixa de 200 Hz a 4 kHz. Através da análise de sinais é
possível entender como um sinal de voz ou de música é transmitido em
outraSidonio
faixa de frequência (através de modulação).
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CAPÍTULO 2: ANÁLISE DE SINAIS PERIÓDICOS : SÉRIE DE FOURIER

Introdução
Uma outra aplicação importante de análise de sinais é a eliminação de
certos tipos de ruídos como o de máquinas, transformadores de
potência, ventiladores industriais, etc. Estes tipos de equipamentos
geram sinais periódicos, que podem ser decompostos em vários sinais.
Um microfone pode captar esse ruído e um sistema computadorizado
analisar este sinal e gerar um outro sinal que é a imagem do ruído (um
anti-ruído). Isto cancela o ruído, não afetando a conversa normal entre
as pessoas que estejam no ambiente, por exemplo, dentro de um
avião.
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CAPÍTULO 2: ANÁLISE DE SINAIS PERIÓDICOS : SÉRIE DE FOURIER

Introdução
Neste capítulo aborda-se a primeira parte da análise dos sinais de
tempo contínuo, enfatizando-se os sinais periódicos, através da série
de Fourier. No Capítulo 3, serão analisados em detalhes os sinais
aperiódicos, com o auxílio da transformada de Fourier. Antes, porém,
pretende-se discutir alguns conceitos preliminares sobre espectros de
linhas, produto vetorial e similaridades entre sinais variáveis no tempo.
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FASORES GIRATÓRIOS
Considere, inicialmente, o problema do regime permanente sinusoidal,
tal qual estudado na teoria de circuitos eléctricos electronicos. Nesse
caso, os sinais são constituídos por sinusóides eternos e têm
representação temporal como ilustrado na Figura, e conforme discutido
na Capítulo 1 da cadeira da Analiste de Sisyemas e Sinais. Assim, se
x(t) for um sinal sinusoidal, então x onde A é o valor de pico ou
amplitude, 0 é a frequência angular e é o ângulo de fase.

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Sinal sinusoidal eterno.

A frequência angular, [rad/s], relaciona-se com a frequência linear, [Hertz], através


de = 2
Conforme já foi enfatizado, a sinusóide eterna trata-se de uma aproximação
idealizada, em vista de considerar todos os instantes de tempo (-< t < O modelo
torna-se mais preciso, à medida que os tempos de observação sejam longos
comparados com o seu período T = 2/.
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Espectro de linhas unilateral


A representação espectral do sinal senoidal pode ser obtida em termos de fasores
girantes, deduzidos a partir do teorema de Euler:
onde é um ângulo arbitrário. No caso da sinusóide eterna do slide anterior, percebe-se que:
O termo entre colchetes em pode ser interpretado como um vetor girando no plano
complexo, z, conforme ilustra a Figura. Assim, define-se o fasor girante associado a v(t) como
sendo o número complexo (na forma polar).
O fasor girante tem magnitude A, gira no sentido anti-horário numa taxa deciclos
por segundo (ou Hertz) e em t = 0 forma um ângulo com o eixo real positivo. A projeção do
fasor sobre o eixo real permite recuperar x(t), conforme estabelecido por

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Uma representação equivalente para o fasor complexo z(t), no domínio da frequência, constitui o
espectro de linhas (ou raias) unilateral, mostrado na Figura a seguir. Este diagrama informa que na
frequência de oscilação , o fasor girante tem magnitude A, representado através de uma linha no
espectro de magnitudes, e fase representado por uma linha no espectro de fases.
A fim de padronizar a representação espectral dos sinais, torna-se adequado estabelecer as seguintes
convenções [3]:
a) A variável independente para representar o espectro é a frequência linear, f , (e não a frequência
angular, . Um valor particular de f é identificado por um subscrito como, por exemplo, ;
b) Os ângulos de fase são medidos em relação à função co-seno. Sinais em seno precisam ser
convertidos para co-senos, através da identidade: sen = cos(-);
c) Considera-se que a magnitude é sempre uma grandeza positiva. Quando sinais negativos estão
presentes, utiliza-se a identidade: -A.cos = A.(cos ).
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Exemplo 2.1:
Esboçar o espectro unilateral do sinal cuja forma de onda está desenhada na
Figura esta desenhada neste slide abaixo.

Solução: O espectro de linhas unilateral de w(t) pode ser obtido observado-se que e encontra-se
desenhado na Figura abaixo.

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O exemplo anterior é muito ilustrativo pois evidencia que


uma superposição de sinusóides com diferentes frequências e
fases pode dar origem a uma forma de onda não-sinusoidal,
embora ainda periódica. Assim, pode-se indagar se uma outra
forma de onda arbitrária (porém periódica) como uma dente-de-
serra, por exemplo, poderia ser sintetizada a partir da superposição
de sinusóides. Nas próximas seções esta conjectura será
confirmada, através do estudo da série de Fourier.

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Espectro de linhas bilateral


As representações espectrais unilaterais podem não ser
tão interessantes e genéricas quanto a representação
denominada espectro bilateral, que envolve frequências
positivas e negativas. Nesse caso, recorre-se à
propriedade dos números complexos , onde z é uma
grandeza complexa e z* é o seu complexo conjugado.

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Espectro de linhas bilateral


Assim, a partir de e , para , obtém-se:
onde . O par de fasores conjugados em

encontra-se desenhado, no plano complexo, conforme a conjugados a figura


abaixo

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Por sua vez, o espectro de linhas bilateral, encontra-se na Figura, aqual inclui
informações sobre ambos os fasores: o fasor normal, associado à frequência
positiva (+), e o fasor conjugado, correspondente à frequência negativa (), a fim de
especificar a direção de rotação negativa (no sentido horário).

Conforme se observa, o espectro de magnitudes possui simetria par, enquanto o


espectro de fases tem simetria ímpar.
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Exemplo 2.2:
Esboçar o espectro bilateral do sinal w(t) estudado no exemplo 2.1.
Solução: O sinal w(t) pode ser rescrito como:

e portanto, obtém-se o espectro mostrado

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Produto Escalar

Análise da “semelhança” entre vetores. A magnitude do vetor erro em b) é menor que nos casos a) e c)

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Recorrendo-se a álgebra vetorial, pode-se especificar o fator constante C12


aplicando-se a definição de produto escalar:

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Um critério bastante usado para minimizar fe(t) constitui na minimização do erro


quadrático médio,, ou seja, na minimização de:

onde (t2-t1) é um intervalo de observação dentro do qual deseja-se efetuar a comparação


dos sinais. Assim, torna-se necessário estabelecer o valor de C12 que satisfaça a
condição:

ou, substituindo a equacao , que satisfaça a


Como f1(t) não depende de C12, a primeira integral acima é nula e, portanto, obtém-se
que:
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Ressalta-se a semelhança entre a expressão

para sinais, e

para vetores. Assim, por analogia com vetores, C12f2(t) representa a componente de f1(t) sobre o sinal f2(t). Além disso,
define-se o produto escalar entre as funções,
• f (t).f (t) 1 2 , num intervalo (t1,t2) por

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Exemplo 2.3:
Mostrar que f1(t) = sen(n0t) e f 2 (t) =sen(m0t) são ortogonais em qualquer
intervalo (t0, t0+20), para valores de m e n inteiros, mn.
Solução: Deve ser mostrado que

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Uma vez que n e m são inteiros, (n-m) e (n+m) também o são, e assim, I=0
(incentiva-se o estudante da unirovuma a comprovar isto !).

O resultado do exemplo anterior evidencia que ) sen(n 0t e ) sen(m0t) são funções


ortogonais. Pode-se demonstrar que ) cos(n0t e ) cos(m0 t , bem como sen(n0t e )
sen(m0t) , também são funções ortogonais.

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xemplo 2.4:
Aproximar a função retangular pela funcao f 2(t) =
sent, no intervalo (0,2), de forma que o erro quadrático médio seja mínimo.
Solução: Deseja-se aproximar f1(t) C12f 2 (t) , tal que C12 conduza ao erro
mínimo.
O gráfico de f1(t) está desenhado na Figura. (em linha pontilhada)

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CAPÍTULO 2: ANÁLISE DE SINAIS PERIÓDICOS : SÉRIE DE FOURIER

Aplicando-se obtem-se

Chegansdo-se a seguinte conclusao:

representa a melhor aproximação de f1(t) por uma função sen t. O desenho de f1(t)
também encontra-se na Fig.2.9. Por outro lado, diz-se que a função f1(t) tem uma
componente da função sen t cuja magnitude é 4/.

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SÉRIE DE FUNÇÕES
Discute-se nesta seção, a expansão de trechos de funções em séries de funções
ortogonais como, por exemplo, a série de Fourier trigonométrica. Antes, porém, o
conceito de ortogonalidade de funções deve ser detalhado.
Ortogonalidade de funções reais
Considere-se, novamente, o caso dos vetores num plano xy, e cujos vetores
unitários são , conforme esquematizado na Figura.

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Um vetor , com componentes x0 e y0 nas direções x e y, respectivamente, pode ser expresso como:

Qualquer vetor nesse plano pode ser expresso em termos , vetores unitários que satisfazem a seguinte
condicao: onde m e n correpondem a e y respectivamente.

Assim, os vetores unitarios são ortogonais entre si. Contudo, observamos que este sistema de coordenadas
bidimensional é inadeguado para expressar vetor especial, sendo necessasrio haver tres eixos de
coprdenadas. Portanto para expressar um vetor tridimensional é que o sistema de coordenadas seja
completo. O eixo adicional é o eixo z cujo valor unitario e . Dessa maneira, um vetor tridimensional sera
representado da seguinte maneira:
:

onde , e sao ortogonais entre si.


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No caso geral, hipoteticamente n-dimensional, o conjunto completo de vetores unitários deve possuir
“n” componentes ortogonais designadas por , ,… assim, um vetor geral em componentes , , … tais
que A condicao de ortogonalidade implica :
O conjunto (, ,… ) constitui um espaço vetorial ortogonal, onde , ,… são vetores de base. Em geral,
contudo, o produto pode ser qualquer constante ao invés da unidade:
Quando é igual à unidade o conjunto é chamado espaço ortogonal normalizado, ou então,
é dito tratar-se de um conjunto ortogonal normalizado ou espaço vetorial ortonormal. Os valores dos
componentes, , podem ser obtidos a partir da seguinte equaacao:
calculando-se inicialmente o produto escalar:
e aplicanso-se a fim de obter e portanto:

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A seguir, extrapola-se esses conceitos para o caso de sinais. Considere-se, então, um conjunto de “n” funções (t),
(t), ..., (t), ortogonais entre si, num intervalo , a , ou seja

Uma função arbitrária f(t) pode ser aproximada (sintetizada) num intervalo , pela combinação linear dessa n funções
ortogonais:

A melhor aproximação corresponde àquela onde C1, C2, ..., Cn são tais que
minimizam o erro quadrático médio de fe(t), tal qual em (2.10), o qual será repetido por
conveniência:

Onde
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Para isto, torna-se necessário impor que

Procedendo aos cálculos algébricos utilizando a formula acima, pode-se mostrar


que o erro mínimo acontecerá quando

Novamente, é interessante comparar essa expressão com a primeira expressa


acima, iremos concluir que:

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usando-se a definição de produto escalar

Utilizando-se , e

o erro quadrático médio será:


=
=

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Torna-se assim evidente que o erro quadrático médio diminui à medida que
aumentase n, ou seja, quando f(t) é aproximada por um número maior de funções
ortogonais. No limite, quando n , o erro tende a zero e f(t) converge para a soma
infinita:

desde que {gr(t)} constitua um conjunto de funções ortogonais (obedecem a

no intervalo (t1, t2) e os coeficientes Cr obedecem a


E

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Exemplo 2.5:
Considere-se novamente a função retangular f1(t) estudada no exemplo 2.4, que foi aproximada por
uma única função sen(t). Discutir como a aproximação melhora quando se usa um número grande de
funções ortogonais sen n0t e sen m0t , para m e n inteiros.
Solução: A função retangular f1(t) será aproximada por:

onde: e dai:

portanto,

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Aproximação da função retangular por série de senos.

conforme mostrado na Figura dos slides seguintes, considerando-se um, dois, três e
quatro termos. O erro nessa aproximação é dado por:

Onde:

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Aproximação da função retangular por série de senos.

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Resultando que:

evidenciando que, à medida que o número de termos aumenta, o erro diminui e a


sériese aproxima da função
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ESPECTRO DE FREQUÊNCIA DISCRETO

Os coeficientes Ck são os coeficientes da série de Fourier do sinal periódico x(t), também


chamados de coeficientes espectrais de x(t). Eles medem a contribuição de cada
exponencial complexa nas frequências múltiplas (harmônicas) da frequência fundamental
0. A fim de enfatizar suas expressões, repetem-se as equações da série de Fourier
complexa de síntese e de análise de sinais:

Equacao de sintese:
Equacao de Analise:

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Ha muito que se pode falar sobre o assunto. O tempo


é escasso! O importante e o essencial foi dito.
Recomendaremos bibliografia

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onde é a frequência fundamental e os coeficientes Cn, n=0, ,2, ... São unicamente determinados a partir de x(t),
utilizando a equação de análise. Para n=0, tem-se:

que é o valor médio do sinal x(t). Num sistema elétrico, isso equivaleria ao nível DC do sinal.
Os coeficientes são, em geral, funções complexas de n ou n.f0. Algumas propriedades dos coeficientes são
desenvolvidas a seguir.

Se a função x(t) é real, então x*(t)=x(t). Assim, (2.60) conduz a:

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Bibliografia:

[1] Schwartz, M. & Shaw, L., Signal Processing: Discrete Spectral Analysis, Detection, and Estimation,
McGraw-Hill, 1975.
[2] Oppenheim, A.V. , Willsky, A.S. and Young, I.T., Signals and Systems, Prentice- Hall Signal Processing
Series, 1983.
[3] Carlson, A.B., Communication Systems – An Introduction to Signal and Noise in Electrical
Communication, Third edition, McGraw-Hill, 1986. [4] Lathi, B.P., Sistemas de Comunicação, Editora
Guanabara, 1979
[5] Close, C.M., Circuitos Lineares, vol.1, Ed da Universidade de São Paulo e Livros Técnicos e Científicos
Ed. S.A., 1975.
[6] Roden, M.S., Analog and Digital Communication Systems, Fourth edition, Prentice Hall, 1996.
[7] Spiegel, M.R., Análise de Fourier, McGraw-Hill, 1976.
[8] Glisson, T.H., Introduction to System Analysis, McGraw-Hill, 1985.
[9] Papoulis, A., Signal Analysis, McGraw-Hill International Editions, 1984. [10] Oppenheim,
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A.V. & Schafer,
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R.W., Discrete-Time Signal Processing, Second Edition, Prentice Hall, USA, 1999.

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