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DISCÍPLINA: BIOLOGIA E ECOLOGIA

2º ANO

SUMÁRIO:
Estrutura e Dinâmica das
Populações
- Sucessão Ecológica
Licenciatura Engº Pedro Hangula, MSc
Produção e estrutura trófica

• Níveis Tróficos
• Denomina-se nível trófico cada um dos níveis alimentares ou de nutrição
que representa o conjunto biótico (animais e vegetais)
• Produtores - Estes organismos são capazes de produzir seu próprio
alimento (autotróficos) ex.: Todas as plantas clorofiladas, algumas algas
algumas bactérias
• Consumidores – Organismos que obtêm energia através da ingestão de
matéria orgânica (heterotróficos) ex.: todos os grupos de herbívoros,
carnívoros e decompositores. Podendo ser
• Consumidores de 1ª ordem: alimentam-se de produtores
• Consumidores de 2ª ordem: alimentam-se de consumidores de 1ª ordem
• Consumidores de 3ª ordem: alimentam-se de consumidores de 2ª ordem

Prof. Pedro Hangula (Engº Mestre)


Decompositores ou detritívoros -
São organismos, como certas
bactérias e fungos, que atacam os
cadáveres, excrementos, restos de
vegetais e, em geral, matéria
orgânica dispersa no substrato,
constituem um último nível na
cadeia alimentar
Eles fecham o ciclo trófico, pois
através deles a matéria é novamente
decomposta e retorna ao meio
ambiente para novamente ser usada
pelos organismos autotróficos na
síntese de matéria orgânica

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Transferências energéticas entre níveis tróficos
• Estima-se que apenas cerca de 5% a 20% de energia disponível em
um nível trófico sejam utilizados pelo nível trófico seguinte, pois
quanto mais longe estiver o nível trófico do nível produtor, menor
será a energia disponível
• Produtividade primária
• Processo pelo qual as plantas, algas e algumas bactérias (produtores
primários) capturam a energia luminosa e a transformam em energia
química nas ligações dos carbohidratos:
• Produtividade secundária
• Corresponde às taxas de energia incorporadas e armazenadas nos
níveis tróficos dos consumidores e dos decompositores em um
determinado período de tempo
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VI. Populações

• O tamanho das populações deve manter-se mais ou menos


constante, ao longo do tempo, em ecossistemas em equilíbrio
• Alterações no tamanho de uma população podem determinar
alterações em outras populações que com ela coexistem e interagem
em uma comunidade estável, provocando desequilíbrios ecológicos
• Potencial biótico
• Corresponde à sua capacidade potencial para aumentar seu número
de indivíduos em condições ideais, isto é, sem que nada haja para
impedir esse aumento.

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Características das populações ecológicas
1. Indivíduos de uma mesma espécie

2. Vivem numa mesma área, ao mesmo tempo

3. Potencial para gerar prole fértil

4. Não pode haver barreiras geográficas (montanhas,


rios, lagos, estradas)

Fatores envolvidos no crescimento populacional

a) Natalidade (+) Número de indivíduos que nascem por unidade de tempo


b) Mortalidade (-) Número de indivíduos que morrem
c) Imigração (+) Número de indivíduos que, vindos de outras áreas, entram na
população
d) Emigração (-) Número de indivíduos que saem da população
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Densidade
• Número de indivíduos de uma população em uma determinada área
ou volume

Assim, para calcular o tamanho da população (N) esse método conta com três parâmetros:

M = número de indivíduos marcados na primeira amostragem;

C = número de indivíduos capturados na segunda amostragem;

R = número de indivíduos com marcas na segunda amostragem.

Podemos então compor uma fórmula que envolve todos esses parâmetros: logo, N = (C * M) / R

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Índice de crescimento
Cada uma dessas taxas (natalidade e mortalidade),
isoladamente, diz pouco sobre o crescimento da população.
Para isso, deve-se calcular seu índice de crescimento, assim
definido:

Quando a taxa de natalidade é alta e a de mortalidade é


baixa, a população está crescendo e o índice de
crescimento é maior que 1. Ao contrário, quando a taxa
de mortalidade é mais alta do que a de natalidade, a
população está diminuindo e o índice é menor que 1
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Crescimento exponencial e logístico

• CRESCIMENTO EXPONENCIAL
• compreende o crescimento populacional onde os indivíduos de uma
dada espécie não encontram desafios para sobreviver, apresentando
aumento contínuo nas suas taxas individuais de fecundidade,
sobrevivência e crescimento

• CRESCIMENTO LOGÍSTICO
• é considerado apenas um modelo que nos ajuda a prever os
fenômenos naturais. Ele é atualmente o que mais reflete o que
ocorre com as espécies no ambiente natural porque ele considera a
competição intraespecífica

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Representação gráfica dos modelos

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Estratégia r e K
O r representa o crescimento populacional de uma dada população (N)
e K é a capacidade de suporte do seu meio
• A equação, conforme os modelos matemáticos, é a seguinte para o crescimento exponencial:

• dN / dT = r. N então: Nt = N. er.t
• r=b-d
• Onde:
• dN = variação no tamanho populacional
• dT = variação no tempo
• r = taxa intrínseca de crescimento populacional
• N = tamanho da população
• Então:
• Nt = população no tempo t
• No = população no tempo zoro (inicial)
• e = número repriniano (2,71828)
• r = taxa intrínseca de crescimento
• t = intervalo de tempo (horas, dias, anos, etc)
CRESCIMENTO LOGÍSTICO
• Assim sendo, a equação para o modelo de crescimento logístico fica
deste modo:
dN / dT = r . N . (1 – N) / k ou também dN/dT = r . N (k – N) / k
• Então: Nt = k / 1 + [(k – No) / No] e-r.t
Sucessão Ecológica
• é o nome dado à sequência de comunidades, desde a
localização até a comunidade clímax, de determinado
ecossistema
• As primeiras plantas que se estabelecem (líquenes,
gramíneas) são denominadas pioneiras, e vão
gradualmente sendo substituídas por outras espécies de
porte médio (arbustos), até que as condições ambientais
chegam uma comunidade clímax (árvores grandes),
apresentando uma diversidade compatível com as
características daquele ambiente. Nesta fase, o
ecossistema apresenta um equilíbrio com o meio
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Fatores importantes para a dinâmica da sucessão

• Condições ambientais locais


• Interações entre as espécies

• A sucessão ecológica passa por três fases:


• Comunidade pioneira ou ecese;
• Comunidade secundária, intermediária ou seral;
• Comunidade clímax.

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Sucessão Primária:
• Ocorre em ambientes desprovidos de vida
anteriormente, como dunas de areia, rochas varridas
pela erosão, um fluxo de lava, um lago recém-formado,
etc
• Hidrossere: comunidades em água doce
• Lithosere: comunidades sobre rochas
• Psammosere: comunidades em areia
• Xerosere: comunidades em áreas secas
• Halosere: comunidades em corpo salino (ex: pântanos)
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Sucessão secundária
• Ocorre num ambiente que foi anteriormente ocupado por outras comunidades e que sofreu
algum tipo de perturbação, como forças naturais (vendavais, inundações, deslizamentos,
furacões etc.), ou perturbações provocadas pelo homem ou animais (fogo, áreas cultivadas,
corte de florestas etc.)

• Mecanismos de sucessão
• Nudação – A sucessão começa com o acontecimento de uma perturbação e o surgimento de
um sítio nu, desprovido de vida
• Migração – Chegada de propágulos ao ambiente
• Ecese – Estabelecimento e crescimento das primeiras plantas (pioneiras).
• Concorrência - Fase em que o estabelecimento de novas espécies provoca uma competição
por espaço, luz e nutrientes
• Reação – Como resultado da concorrência que o habitat impõe, as espécies vão sendo
substituídas, de uma comunidade vegetal para outra
• Estabilização – A comunidade se estabiliza após as fases de reação, e surge o
desenvolvimento de uma comunidade clímax Prof. Pedro Hangula (Engº Mestre)
Implantação de espécies pioneiras
• São os primeiros vegetais que conseguem se estabelecer. Sua taxa de disseminação é
alta e sua dispersão é facilitada por ação do vento ou de outros fatores ambientais
(rios, correntes marítimas)
• Toleram altos níveis de radiação solar para germinar e se desenvolver e criam
condições para o desenvolvimento de outras espécies vegetais denominadas
intermediárias e tardias

• Interações interespecíficas:
• Facilitação: Uma ou mais espécies permitem o estabelecimento, crescimento e
desenvolvimento de outras espécies
• Inibição: Uma ou mais espécies dificultam ou prejudicam o estabelecimento de
futuras espécies. Isto pode ocorrer por competição pelo espaço e nutrientes,
sombreamento ou produção de substâncias alelopáticas que inibem a germinação de
outras sementes
• Tolerância: Espécies que não afetam o estabelecimento
Prof. das demais
Pedro espécies
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Comunidade seral
• São os estágios intermediários da sucessão das comunidades
ecológicas, que se iniciam após a implantação de espécies pioneiras,
passando por um ou mais estágios intermediários, até atingir as
condições de uma comunidade clímax

• O conceito de clímax
• A sucessão ecológica para quando o ser consegue alcançar um
equilíbrio com o ambiente físico e biótico, ou estado estacionário.
• A comunidade atinge o ápice de suas relações ecológicas, onde se chega
ao ponto final da sucessão, ou clímax. Esta diversidade vai persistir
indefinidamente, a não ser por ocorrência de grandes perturbações

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Características do clímax

• As populações não se alteram e o ecossistema está equilibrado


• Últimas espécies a instalarem-se, onde os indivíduos são substituídos
por outros da mesma espécie
• De acordo com as formas de vida ou crescimento, são considerados
indicadores de clima da região
• Para cada ambiente físico, há um tipo de clímax

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Teoria sobre o climax

• Monoclímax – Defendida por Clements (1916), o clímax da unidade vegetacional e


animal (bioma) é determinada apenas pelo clima

• Policlímax – Para Tansley (1935), o clímax não é determinado apenas pelo clima, mas
também pela combinação de outros fatores, como topografia, nutrientes e umidade no
solo, ação do fogo e animais

• Clímax Padrão – Proposta por Whittaker (1953), reconhece uma variedade de clímax
regido pelas respostas da comunidade às condições de estresses bióticos e abióticos do
ambiente. É definida como clímax climático a comunidade central e mais difundida na
região.

• Uma teoria apresentada recentemente, chamada Teoria Alternativa dos Estados Estáveis,
sugere que não há um ponto final na sucessão, mas muitos estados de transição ao longo
do tempo ecológico (Jackson, 2003). Prof. Pedro Hangula (Engº Mestre)
Microssucessão

• A sucessão microbiológica envolve a existência


de substrato (recurso) para a diversificação de
microrganismos como fungos e bactérias, que se
diversificam com o aparecimento de vegetação
em decomposição, excrementos e carcaças de
animais, etc

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