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Serviço de Alerta

Renato Zampelin
Serviço de Alerta
O serviço de alerta será prestado:

• A todas as aeronaves voando segundo as regras de vôo por instrumentos;


• A todas as aeronaves voando segundo as regras de vôo visual, exceto aquelas cujo
vôo não tenha sido notificado ao órgão ATS; e
• A todas as aeronaves que se saiba ou se suspeite que estejam sendo objeto de
interferência ilícita.

• O serviço de alerta às aeronaves que tenham apresentado plano de vôo VFR e não
tenham chegado ao aeródromo de destino será iniciado pelo órgão ATS daquele
aeródromo, se esse serviço já não estiver sendo prestado por outro órgão ATS.

• Quando o aeródromo de destino não dispuser de órgão ATS, o serviço de alerta


somente será prestado, quando solicitado pelo piloto, pelo explorador ou qualquer
outra pessoa, ressalvando os disposto a seguir.
• A TWR, APP ou Estação de Telecomunicações Aeronáuticas que tomar
conhecimento de uma situação de emergência de um vôo VFR ou IFR será
responsável por iniciar a prestação do serviço de alerta, devendo notificar a
situação ao ACC e ARCC correspondentes. Entretanto, se a natureza da emergência
exigir, deverá em primeiro lugar, acionar os órgão locais de salvamento e
emergência capazes de prestar a ajuda imediata necessária.
• O ACC além de prestar o serviço de alerta, se esse já não estiver sendo prestado
por outro órgão ATS, de acordo com o citado nos parágrafos anteriores, servirá de
base central para reunir todas as informações relativas a situação de emergência
de qualquer aeronave que se encontre dentro da correspondente Região de
Informação de Vôo ou Área de Controle, bem como para transmitir tais
informações ao ARCC.
Fases de Emergência
• A evolução de uma situação de emergência normalmente se desenvolve em três
fases, conforme a urgência requerida. Embora os critérios e ações prescritos
possam ser aplicáveis, basicamente a quase toda situação de emergência, eles se
referem principalmente, a aeronaves atrasadas ou desaparecidas.
• Após avaliar todas as informações disponíveis, o órgão ATS deverá classificar a
aeronave na fase de emergência apropriada e, imediatamente, informar tal fato ao
ARCC e ao ACC correspondente, e cumprir o previsto no item 8.2.6 que veremos a
frente.
• Nada impede que uma situação de emergência seja classificada inicialmente em
qualquer uma das três fases, de acordo com a urgência indicada pela análise da
situação e reclassificada posteriormente, em coordenação entre o ACC e o ARCC
correspondente. Quando uma ação, relativa a qualquer das fases de emergência,
tiver sido iniciada pelo ARCC e não for mais exigida, caberá esse órgão a
responsabilidade de efetuar o seu cancelamento e informar aos demais órgãos
envolvidos.
• A seguir, as fases que podem ser consideradas em uma situação de emergência:
Fase de Incerteza (INCERFA)
• A fase de incerteza tem início após transcorridos 30 minutos seguintes à hora:
• Em que o órgão ATS deveria ter recebido uma comunicação da aeronave e não
recebeu nenhuma comunicação da mesma, ou seguintes ao momento em que
pela primeira vez se tentou, sem sucesso, estabelecer comunicação com a referida
aeronave, o que ocorrer primeiro; ou
• Prevista de chegada estimada pelo piloto ou calculada pelo órgão ATS, a que
resultar posterior.

• Os 30 minutos mencionados anteriormente serão reduzidos para:


• Imediatamente, se o órgão ATC deixar de obter comunicação com uma aeronave
que esteja sendo prestado o Serviço de Vigilância ATS;
• 15 minutos, para vôos com duração prevista de, no máximo, uma hora.
• Nos casos de falha de comunicação também devem ser adotados os
procedimentos para esta situação.
Fase de Alerta (ALERFA)
• A fase de alerta tem início quando:
• Transcorrida a fase de incerteza, não se estiver estabelecido comunicação com a
aeronave ou através de outras fontes, não se conseguir notícia da aeronave;
• Uma aeronave autorizada a pousar, não o fizer dentro de 5 minutos seguintes a
hora prevista para pouso e não se restabelecer a comunicação com a aeronave;
• Se receber informações que indiquem que as condições operacionais da aeronave
são anormais, mas não indicando que seja possível um pouso forçado; ou
• Se souber ou se suspeitar que uma aeronave esteja sendo objeto de interferência
ilícita.
Fase de Perigo (DETRESFA)
• A fase de perigo tem início quando:
• Transcorrida a fase de alerta, forem infrutíferas as novas tentativas para
estabelecer comunicação com a aeronave e quando outros meios externos de
pesquisa, também resultarem infrutíferos, se possa supor que a aeronave se
encontra em perigo;
• Se evidenciar que o combustível que a aeronave levava a bordo se tenha esgotado
ou que não é suficiente para permitir o pouso em local seguro;
• Se receber informações de que condições anormais de funcionamento da
aeronave indiquem que é possível um pouso forçado; ou
• Se receber informações ou se puder deduzir que a aeronave fará um pouso
forçado ou que já o tenha efetuado.
8.2.6
• O órgão ATS que classificar a aeronave em uma das fases de emergência deverá
enviar as seguintes informações, caso disponível, na ordem indicada, aos ACC e
ARCC envolvidos:

• INCERFA, ALERFA ou DETRESFA, conforme a fase de emergência;


• Identificação da aeronave;
• Característica da emergência;
• Dados completos de plano de vôo;
• Última mensagem de posição enviada;
• Órgão que estabeleceu a última comunicação, hora e frequência utilizada;
• Cores e marcas distintivas da aeronave;
• As providências tomadas pelo órgão que faz a notificação; e
• Toda informação adicional relativa ao desenvolvimento da situação de emergência,
através de suas respectivas fases.
Emprego de circuitos de comunicação
• Os órgão ATS empregarão todos os meios de comunicação disponíveis para
estabelecer e manter comunicação com qualquer aeronave que se encontre em
situação de emergência e para solicitar notícias da mesma.
Busca preliminar por comunicações
(PRECOM)
• O ACC, ao tomar conhecimento de que uma aeronave se encontra na fase de
incerteza, efetuará a PRECOM (que deverá ser realizada em coordenação com o
ARCC correspondente) na seguinte sequência:
• Locais de destino e de alternativa, a fim de assegurar-se de que a aeronave não
tenha chegado;
• Aeródromo de saída, para assegurar-se de que a aeronave não regressou e para
confirmar o plano de vôo em vigor;
• Todas as estações ao longo da rota a ser seguida pela aeronave, para tentar
estabelecer contato com a aeronave ou para assegurar-se de que não tenha
pousado antes de atingir o seu destino.
Informação para o explorador

• Quando o ACC decidir que uma aeronave se encontra na fase de incerteza, de


alerta ou perigo, deverá notificar o ARCC, o qual se encarregará de notificar ao
explorador da aeronave e aos órgãos envolvidos.
Sinais de socorro e de urgência
• Nenhuma das disposições abaixo impedirá que uma aeronave em perigo use
qualquer meio que possa dispor para atrair a atenção, dar a conhecer sua posição
e obter auxílio.

Sinais de Socorro

• Os seguintes sinais, utilizados em conjunto ou separadamente, significam que


existe uma ameaça de perigo grave e iminente e que se necessita de ajuda
imediata:
• Um sinal transmitido por radiotelegrafia, ou qualquer outro meio para fazer sinais,
consistindo do grupo SOS (..._ _ _...) do código morse
• Um sinal emitido por radiotelefonia, constituído da enunciação da expressão
MAYDAY, por três vezes seguidas
• Bombas ou foguetes que projetam luzes vermelhas, lançadas uma a uma em
intervalos curtos
• Luz pirotécnica vermelha com paraquedas.
Sinais de Urgência
• Os seguintes sinais, usados em conjunto ou separadamente, significam que uma
aeronave está em dificuldades e necessita pousar, não necessitando, porém, de
assistência imediata:
• Apagando e ascendendo sucessivamente os faróis de pouso;
• Apagando e ascendendo sucessivamente as luzes de navegação, de forma tal que
se possa distinguir das luzes de navegação intermitentes.

• Os seguintes sinais, usados em conjunto ou separadamente, significam que uma


aeronave deseja transmitir uma mensagem urgente relativa a segurança de um
barco, aeronave ou de alguma pessoa a bordo ou à vista:
• Um sinal em radiotelegrafia ou por qualquer método de sinais, constituído do
grupo XXX
• Um sinal transmitido por radiotelefonia, constituído da enunciação da expressão
PAN PAN, por três vezes seguidas.

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