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Patologia dos Revestimentos

Curso de Engenharia Civil – FEAR

Prof. Adriana Augustin Silveira


aas@upf.br
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
Tipo % de patologias
Idade
edificação Umidade Fissuras Desc. Revest.
1a3 42 29 29
Casas
4a7 50 25 25
térreas
>8 37 35 28
1a3 52 35 7
Apartame
4a7 86 14 -
ntos
>8 82 12 6

Edifícios:
 Maior área de exposição
 Vento – quanto mais alto, maior a velocidade do vento
PATOLOGIA DOS REVESTIMENTOS
Principais Manifestações:

 22% no revestimento exterior(46% na cerâmica)


 18% na estrutura (43% em lajes)
 15% nas fachadas

Período do empreendimento em que ocorrem:


 5% durante a obra
 22% no primeiro ano
 59% até o quarto ano
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

 Inexistência de projeto de revestimento


 Técnicas corretas de execução
 Qualidade dos materiais
 Traço das argamassas
 Tipo e aplicação de argamassas colantes
 Tipo de pintura
 Fatores externos
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
ARGAMASSADOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS
ARGAMASSADOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE
REVESTIMENTOS
Principais manifestações patológicas dos
revestimentos em argamassa
 Vesículas
 Fissuras
 Descolamentos: em placas, com empolamento, com
pulverulência (desplacamento)
 Eflorescências
 Fantasmas
 Proliferação de fungos e manchas de umidade
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Vesículas (branca, preta ou castanho)

 Impureza nos agregados:


 Pirita- FeS2 – oxidação – expansão
 concreções ferruginosas – aumento de volume
 matéria orgânicas

 Bolhas contendo umidade no interior expansão

 Hidratação retardada da cal (CaO)


PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Sintoma -Material pulverulento friável

A expansão é resultante da formação de produtos de oxidação


da pirita e concreções ferruginosas, (sulfatos e óxidos de ferro
hidratados), da hidratação de argilo-minerais (montmorilonita)
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS-
vesículas

Sintoma- Material pulverulento escuro


PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Tipos de Fissuras
Em uma direção V ou H
Hidratação retardada
da cal, assentamento
plástico

Mapeada
Retração de secagem ou
movimentação térmica,
execução

Em duas direções ou
de contorno
Expansão por ataque
de sulfatos, interface
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE
REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Fissuras de retração
 traço inadequado
 teor excessivo de finos
 material argiloso na
areia
 excessiva absorção da
base
 excessiva evaporação
(insolação, ventos)
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
Fatores que influenciam a retração
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na estrutura :deformação da estrutura por flexão

Fissura horizontal na argamassa


PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na estrutura: deformação da estrutura por flexão


PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na estrutura: deformação por flexão de elemento em balanço


PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na estrutura


Deformação por cargas horizontais
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na estrutura

Encurtamento dos pilares


PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na estrutura

Deformação excessiva de lajes com rotação de vigas de borda


PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na alvenaria


Falha no encunhamento ou feito antes da hidratação da
argamassa de assentamento
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

interface
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS DOS REVESTIMENTOS

Problemas recorrentes na alvenaria


Argamassa de assentamento

Fissuras horizontais por expansão lateral da arg. de assentamento


Fissuras verticais blocos esmagados
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Cuidado com a tipologia e abertura da fissura!!!!


PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Descolamentos x desplacamento

 técnica de execução
 dosagem da argamassa
 distribuição dos poros
 capacidade da argamassa reter
água
Inspeção da base –correções?absorção?

????
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
Descolamento em placas
Causas:
 argamassa aplicada em
camada muito espessa
 ausência da camada de
chapisco
 a superfície da base é muito
lisa
 substrato impregnado com
substância hidrófuga
(desmoldante)
 argamassa muito rica
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Descolamento com empolamento: superfície do


reboco descola do emboço, formando bolhas que
aumentam progressivamente
Causas:
 Hidratação retardada do óxido de magnésio da cal -
expansão
 Infiltração de umidade
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Descolamento com pulverulência (desagregação):


argamassa que desagrega ao ser pressionada manualmente.
A película de tinta destaca-se junto com a argamassa
Causas:
 Camada muito espessa
 Ausência de completa carbonatação da cal
 Traço excessivamente rico em cal
 Traço pobre em aglomerantes
 Excesso de finos no agregado
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Eflorescências: formação de depósitos salinos


superficiais trazidos pela migração de água ou
umidade presentes no elemento da construção
A eflorescência só ocorre quando a água evapora e
os sais cristalizam
Causas:
 Presença de sais solúveis nos materiais
 Presença de água
 porosidade do elemento
 temperatura
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS
PATOLOGIAS EM ARGAMASSAS DE REVESTIMENTOS

Fantasmas: desenho de linhas e juntas horizontais e


verticais no revestimento
Causas:
 Termoforese – depósito de
poeira na superfície. Intensidade
é função da temperatura
superficial da parede, mais
intenso quando a temperatura é
mais baixa
 Interiores: pontes térmicas
constituídas pelas juntas
 Exteriores: diferenças de
temperatura na face do
revestimento no decorrer do
período de secagem
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS
CERÂMICOS

As principais manifestações patologicas que podem


ocorrer são:

 Destacamento/descocolamento,

 Trincas e gretamento,

 Eflorescências
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO

https://www.youtube.com/watch?v=CWc-B17IwtY
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO

https://www.youtube.com/watch?v=CWc-B17IwtY
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
NBR 13 528 (2010)
Equipamento:
• Dinamômetro de tração
• Aplicação contínua da carga
• Fácil manuseio
• Baixo peso
• Célula de carga
• Dispositivo de leitura digital
• Erro máximo de 2%.
Avaliação da Resistência de Aderência do emboço
Avaliação da Resistência de Aderência
superficial (placa cerâmica)
CETEC Serviços-
UPF
Forma de ruptura para um sistema de
revestimento com chapisco
Forma de ruptura para um sistema de
revestimento sem chapisco
Ra>0,2MPa

Ra> 0,3MPa
Anotar a forma de ruptura

(espessura onde rompe o revestimento)


Anotar a forma de ruptura
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO

Tipo I
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO

Tipo II
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO CERÂMICO

Manchamento
PATOLOGIAS EM REVESTIMENTO PÉTREO
Gretamento ou beliscão em placa cerâmica
BIODETERIORAÇÃO

Desenvolvimento de microorganismos pertencentes ao


grupo dos fungos, bactérias, algas, protozoários e liquens
capazes de deteriorar revestimentos.

madeira, tintas, material cerâmico, plástico, materiais metálicos,


pedras, concreto, argamassa.

Causas:
 Aparecimento em condições favoráveis de umidade e falta de
insolação (h> 75%), temperatura, O2.
 Adaptam-se em função das suas necessidades metabólicas,
 Alimentam-se de materiais orgânicos e inorgânicos.
Biodeterioração
Fungos radial, formam camada Musgos placas
Descola em placas

Algas
Cônico, meio de transporte
Biodeterioração
Bolor=Fungos
filamentosos
Bolor=matéria orgânica
Biodeterioração e Biodegradação

Biofilme:
Superfície limosa
Manchas e
alteração da microestrutura

pH, temperatura, umidade,


nutrientes, presença ou não de O2
Biodeterioração

Aço corroído por salmonela antum


Desde a década de 1980, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconhece a
síndrome do edifício doente, após a morte de 34 pessoas por uma bactéria na
Filadélfia, nos Estados Unidos.
Biodeterioração
Potencial bioreceptivo da superfície:

Superfície rugosa
Porosidade capilar
Nutrientes
Umidade
ESTUDO DA BIODETERIORAÇÃO EM REVESTIMENTOS
EXTERNOS DO PRÉDIO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS DA
UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO – RS
Amostras
Bruna Ozelame-2018/2
Fungos em 100%
Bactérias em 83%
Biodeterioração
Efeitos dos microorganismos
Alterações da superfície-sintomas
Biodeterioração-principais microorganismos
que geram corrosão

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