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Apos concluida a instalacao, e feito o as built, que numa traducao livre seria “como
construido”. Pode
ser entendido como uma revisao do projeto, na qual sao corrigidos os desvios
encontrados durante a
instalacao, tais como posicao de equipamentos e componentes, alteracoes decorrentes
de ampliacao de
a) Projetistas: empresas ou profissionais que recebem a demanda do cliente e fazem um complexo
estudo do empreendimento, que pode ser composto por um ou mais ambientes a serem climatizados.
Este estudo se compoe do calculo estimativo da carga termica, da concepcao do sistema com a
selecao preliminar dos tipos de equipamentos que atendem as necessidades dos clientes e da analise
de viabilidade financeira, tecnica e funcional do projeto, apresentando os diversos pros e contras de
cada concepcao. Este estudo e apresentado ao cliente, que decidira qual concepcao sera usada.
Existem empresas que executam mais de uma dessas funcoes. Na ultima decada, percebeu-se que os
projetistas se tornaram mais autonomos, e muitas empresas tem realizado mais funcoes de instalacao e
manutencao de sistemas de climatizacao.
As empresas instaladoras geralmente tem um departamento de
orcamentos que recebe a demanda
por meio de vendedores tecnicos e tem a obrigacao de elaborar
uma proposta comercial que tenha o
menor valor e o maior numero de beneficios ao cliente
a) Sistema novo: quando o projeto visa a atender um ambiente que nao tem sistema de climatizacao.
b) Melhoria: quando o projeto visa a atender um ambiente que ja possui sistema de climatizacao e e
necessario algum tipo de intervencao, seja por deficiencia termica, mudanca de leiaute ou retrofit1
dos equipamentos.
c) Inovação: quando o projetista consegue fazer algo diferente do convencional, combinando
tecnologias antigas e novas para proporcionar melhores resultados tanto em sistemas novos como
em melhorias. Os beneficios podem estar relacionados aos custos de instalacao, manutencao e
operacao ou a reducao do consumo de energia, etc. Nao a confunda com a busca incessante de
eficiencia em instalacao durante a fase de manutencao e operacao.
2.3 CONCEPÇÃO
O projetista de sistemas de
climatizacao deve elaborar o
cronograma avaliando se dispoe de
recursos
fisicos, humanos e financeiros para
executar o projeto dentro do prazo
estipulado em conjunto com o
cliente.
Os recursos físicos estao relacionados aos equipamentos, maquinas e materiais necessarios a execucao.
Podem ser os computadores com softwares de desenho e planilhas eletronicas na fase de projeto, etc.
Os recursos humanos sao as pessoas envolvidas com o projeto ou com a instalacao. Aqui, deve-se
mapear as pessoas e suas competencias para as atividades envolvidas no projeto. Por exemplo, na fase de
projeto, mapeia-se uma pessoa para a estimativa de carga termica, outra para desenhar a instalacao e uma
terceira para elaborar o memorial descritivo. Dependendo das competencias do profissional, do tamanho
do projeto e do prazo disponivel, a mesma pessoa pode realizar mais de uma atividade.
a) Paredes externas: e necessário identificar a cor, o material e se existe algum tipo de proteção
térmica. Em relação as cores, você enquadra a cor externa da parede nas categorias “clara”, “media”
e “escura”. Lembre-se de que o importante nesse momento e avaliar o quanto a parede reflete a
energia solar, para que seja possível enquadrar os cálculos estimativos de carga térmica nas opções
que serão utilizadas posteriormente. Portanto, pode-se enquadrar as cores brancas, amarelas claras
e tons prateados como claras; as cores pretas, azuis-escuras, roxas-escuras e marrons como “escuras”,
e as demais, como “medias”.
b) Paredes internas: nesse momento, você deve identificar somente as características das paredes
internas fronteiriças. E importante que você verifique se as paredes são de alvenaria, de placas de
gesso com isolante térmico ou de blocos de vidro. Se forem de vidro simples, considere como janelas.
Se o teto estiver entre andares, como num prédio, verifique se o ambiente superior e climatizado. Em caso de telhado,
verifique se o material da telha e cerâmico, metálico ou de fibrocimento. Verifique ainda se possui isolamento e qual sua
espessura.
c) Piso: em relação ao piso, identifique se esta entre andares ou diretamente no chão. Tome cuidado,
pois existem construções em terrenos com desnível, nos quais as entradas ficam ao nível da rua,
mas os fundos possuem vãos livres na parte de baixo, pequenos como taludes ou grandes como se
fossem galpões. Quando o piso fica diretamente sobre o solo, pode-se desconsidera-lo como fonte
de calor.
3.3 FONTES INTERNAS DE CALOR
As fontes internas de calor são: pessoas, iluminação, equipamentos e motores. A NBR 16401 (2008)
apresenta, no anexo C da parte 1, uma serie de tabelas com as taxas típicas de calor que podem ser
utilizadas nos cálculos estimativos de carga térmica.
Dependendo da finalidade do ambiente, a quantidade de calor fornecida pelas fontes internas muda
muito. Ambientes como escritórios podem ter taxas de ocupação bem diferentes, dependendo da
finalidade. Por exemplo: escritórios com empresas de call center tem muito mais pessoas e equipamentos
do que os ocupados por setores administrativos ou uma sala de reunião. Veja as ilustrações a seguir e
perceba as diferenças.
A primeira coisa que se percebe nessas fotos e a diferença no numero de pessoas que poderiam ocupar
a mesma área, conhecida como taxa de ocupação. Perceba que a taxa de ocupação de um prédio e:
a) Pessoas e suas respectivas atividades físicas. Basta identificar as atividades físicas nas categorias
repouso, trabalho moderado e intenso.
b) Lâmpadas, com a respectiva potencia e tipo.
c) Equipamentos com a respectiva potencia. Vale ressaltar que se deve anotar separadamente as
potencias, principalmente dos equipamentos que liberam vapor d’agua.
d) Motores, com a respectiva potencia e fator de serviço.
3.4 FONTES EXTERNAS DE CALOR
As fontes externas de calor estao relacionadas a variacao da epoca do ano e da presenca ou
nao dos raios
solares. E simples perceber que as temperaturas externas sao mais altas no verao e
menores no inverno.
Tambem se sabe que a umidade do ar muda bastante: no periodo chuvoso do verao a
umidade do ar e
mais alta, e no inverno e menor.
Varios autores atribuem o conforto termico a um balanco termico entre o ser humano e o meio, sendo
“complicado pela predisposicao pessoal, sexo e idade, de tal forma que nenhuma simples expressao pode
ser facilmente obtida para a sua representacao” (JONES, 1983, p. 97). Outro ponto muito comum entre os
autores e que o corpo humano pode ser considerado uma maquina termica que ingere o alimento e o
converte em calor.
Para que o ser humano se sinta confortavel termicamente, o calor deve ser dissipado para que a
temperatura normal do corpo humano (36,7 °C), mantenha-se constante.
Tambem e comum que a falta de equilibrio termico, proporcionado pelas trocas de calor constantes do
ser humano com o ambiente ocupado por ele, pode causar os seguintes acidentes, decorrentes das altas
temperaturas:
O guia técnico Fundamentals Handbook, da ASHRAE (2001, p. 134), apresenta a equação a seguir para
demonstrar a interação térmica do corpo humano com o ambiente. Essa equação pode ser entendida da seguinte
maneira: a energia armazenada S e resultado do balanço entre a taxa metabólica de produção de calor M e o
trabalho mecânico W realizado pelos músculos, aumentando a temperatura do corpo ou a dissipacao de calor por
meio da superfície da pele qsk e pela respiracao qres.
A transmissao de calor do corpo humano ocorre por conducao, conveccao e radiacao e pode ser
representada pela equacao a seguir:
Onde:
https://www.youtube.com/watch?v=coJdr4TBH18
O guia (p. 8-13) tambem apresenta uma serie de fatores que causam desconforto local em uma ou mais
partes do corpo, mas que podem ser previstos pelo projetista:
a) Radiação térmica assimétrica: por causa de janelas frias, paredes nao isoladas, produtos frios,
maquinas quentes ou frias ou pelo teto;
b) Correntes de ar: resfriamento indesejado do corpo humano causado pelo movimento do ar;
c) Diferença de temperatura vertical do ar: quando as partes do corpo humano sao expostas a
diferentes
temperaturas, como um aquecimento na regiao da cabeca e um resfriamento nos pes;
d) Pisos quentes ou frios: o piso tem grande influencia na irradiacao de calor para o ambiente, e sua
temperatura e muito influenciada por suas caracteristicas construtivas, como estar diretamente no
solo, acima de um porao, outro andar ou do sistema de climatizacao – insuflamento pelo piso.
O guia (p. 15) apresenta uma serie de fatores secundarios que tambem influenciam no conforto
termico:
a) Variações do dia a dia: para valores acima de 0,6 K.
b) Idade: o metabolismo diminui com a idade.
c) Adaptação: as pessoas nao se adaptam, preferem ambientes quentes ou frios.
d) Sexo: a temperatura e a perda por evaporacao sao pouco menores nas mulheres do que nos homens,
por causa do metabolismo menor delas, porem a razao pela qual as mulheres preferem ambientes
com temperaturas mais altas e parcialmente explicada pelas roupas leves normalmente utilizadas
por elas.
e) Ritmos circadianos e das estações do ano: como as pessoas preferem nao se adaptar as condicoes
de calor e frio, as condicoes de conforto sao as mesmas no verao e no inverno, porem e razoavel
esperar que o conforto se altere ao longo do dia em funcao do ritmo diario que vai aumentando no
decorrer das horas.
4.3 CARACTERÍSTICAS DOS AMBIENTES
https://www.youtube.com/watch?v=Iut5vUMmlco
4.3.1 SUPERFÍCIES
Como o ambiente climatizado possui um potencial de energia termica menor do que o ambiente
externo (por sua temperatura encontrar-se inferior a externa), o calor ultrapassara as fronteiras entre o
espaco climatizado e o ambiente externo por um dos modos de transmissao de calor. A intensidade do
calor que ultrapassa as fronteiras do ambiente climatizado depende das caracteristicas construtivas das
superficies. E fato, por exemplo, que as superficies transparentes permitem a transmissao de calor por radiacao
com mais facilidade do que as opacas.
A transmissao de calor por conducao numa parede ou janela pode ser determinada pela equacao a
seguir (KREITH, 1977, p. 8):
Onde:
Onde:
A = area da janela (m2);
ED, Ed e Er = fatores de reflexao de radiacao;
SHGC θ = coeficiente de ganho de calor solar direto com funcao do angulo;
(SHGC)D = coeficiente de ganho de calor solar difuso;
TIN = temperatura interna (°C);
TOUT = temperatura externa (°C);
U = coeficiente global de transmissao de calor (W/m 2 K);
IAC = coeficiente de atenuacao de entrada por sombreamento de persianas e cortinas.
ANGULO SOLAR
Conforme o guia tecnico ASHRAE (2001, p. 29), todos os angulos sao determinados em graus. Os azimutes solar e da
superficie sao medidos em graus em relacao ao sul, angulos do sudeste sao negativos e do sudoeste sao positivos.
O ganho de calor que atravessa as superficies opacas e derivado dos mesmos elementos de radiacao
solar e gradiente termico utilizados nas janelas e vidros externos. Eles diferem primariamente em funcao
da massa e da natureza da construcao da parede ou do teto, desde que esses elementos afetem a taxa de
conducao de calor que ultrapassa sua montagem composta para a superficie interior
4.6.3 GANHO DE CALOR POR PAREDES INTERNAS
O ganho de calor de uma parede esta relacionado com o tamanho de sua area, o coeficiente de
condutibilidade e a diferenca de temperatura, conforme a equacao apresentada no guia tecnico citado.
4.6.4 GANHOS DE CALOR POR ILUMINAÇÃO
O ganho de calor instantaneo proveniente da iluminacao pode ser calculado pela seguinte equacao
(ASHRAE, 2001):
Todos os equipamentos devem ser considerados na estimativa de carga termica para resfriamento,
sejam eletricos, a gas ou a vapor. O guia tecnico tambem cita que, pela variedade de equipamentos,
aplicacoes, horarios de funcionamento, uso e instalacoes, a estimativa do ganho de calor pode ser muito
subjetiva e, frequentemente, a unica informacao disponivel e a da placa de identificacao. Por esse motivo,
costuma-se dividi-los em subcategorias.
A superficie dos equipamentos de cozinhar contribui mais para o calor das cozinhas comerciais, e quando sao instaladas
abaixo de sistemas de exaustao com coifas, sua carga termica de resfriamento e independente do combustivel ou da
energia usada para equipamentos similares, executando as mesmas Operacoes.
GANHOS DE CALOR POR APARELHOS DE COZINHAR COM COIFAS
O guia tecnico ASHRAE (2001) define que os ganhos de calor devem ser estimados pela potencia na
placa de identificacao combinada a taxa de utilizacao e ao fator de radiacao.
Onde:
https://www.youtube.com/watch?v=OSLeMOy--RU
ISOLAMENTO TÉRMICO
https://www.youtube.com/watch?v=RZU5uKoa3mI
CARGA TÉRMICA
https://www.youtube.com/watch?v=lahUzpPT3GU
DETERMINACAO DA VAZAO DE AR EXTERNO (VAE)
Apos determinar o ganho de calor por fontes internas e externas, e necessario totalizar as cargas, a
fim de obter a carga termica para selecionar um ou mais equipamentos de climatizacao, seguindo
determinado criterio. E consenso que nao se deve simplesmente somar as cargas parciais, a fim de evitar o
superdimensionamento dos equipamentos e demais acessorios, tais como os dutos de ar, as tubulacoes de
fluido refrigerante, a parte eletrica, etc., aumentando significativamente o custo de instalacao.
A NBR 16401 (2008) recomenda a utilizacao de programas de computador que utilizem o metodo
radiant time series (RTS), que e uma simplificacao de outros metodos da propria ASHRAE (2001), baseado
nas seguintes condicoes periodicas estaveis:
a) data referencial de projeto: dia e hora cujas condicoes climaticas serao utilizadas para os calculos do
projeto;
b) ocupacao do ambiente;
c) condicoes de ganho de calor identicas aquelas para dias precedentes, como se as cargas se repetissem
num ciclo identico de 24 horas.
A estimativa de carga termica deve abordar dois efeitos de atraso de tempo inerentes a processos de
transferencia de calor em construcoes:
a) atraso na transferencia de calor por conducao por meio de superficies opacas macicas (paredes,
tetos ou pisos);
b) atraso na conversao do ganho de calor de radiacao em carga de resfriamento.
A seguir, observe um diagrama do metodo extraido da ASHRAE (2001, p. 29)
4.8 PROCEDIMENTO DO MÉTODO RTS
O guia tecnico da ASHRAE (2001) apresenta o procedimento para calcular a carga termica para cada ganho de calor:
a) calcule o perfil de 24 horas de ganho de calor para o dia de projeto (para conducao, primeiro determine o tempo de atraso
aplicando a serie temporaria);
b) separe os ganhos de calor em parcelas radiantes e convectivas (veja a tabela a seguir para as fracoes);
c) aplique a serie temporaria para a parcela de ganho de calor radiante para considerar o atraso de
tempo na conversao para a carga de resfriamento;
d) some a parcela convectiva do ganho de calor com a respectiva parcela radiante (atrasada) para
determinar a carga de resfriamento de cada componente.
Depois de calcular a carga de resfriamento de cada componente a cada hora, faca a somatoria e selecione o pico de carga para
o projeto do sistema de climatizacao. Esse processo deve ser repetido por varios meses para determinar o mes em que ocorre o
pico, especialmente com janelas voltadas ao norte, nas quais o maior valor de carga de resfriamento pode ocorrer no inverno e
nao no verao (ASHRAE, 2001).
A convecção térmica é uma
forma de propagação de calor
pela formação de correntes
de convecção descendentes e
ascendentes
4.9 DETERMINAÇÃO DA CARGA TÉRMICA DE RESFRIAMENTO
Apos todos os calculos, devera ser elaborada uma tabela horaria, conforme o exemplo a seguir, na qual serao somadas as
parcelas de todos os ganhos de calor calculados. Nessa tabela devem ser somados os ganhos por conveccao e a radiacao a
cada horario, totalizando o calor sensivel do ambiente.
Procedimento similar sera realizado para obter os ganhos horarios de calor latente. A somatoria dos calores sensivel e
latente sera a carga termica de resfriamento para o ambiente.
Voce sabe como definir o equipamento de climatizacao de um
ambiente? Confira neste
capitulo!
Sem duvida, a carga termica total e o primeiro parametro a ser avaliado na escolha do equipamento de
climatizacao, porem nao e o unico. De maneira geral, o climatizador deve atender a:
Essas informacoes estao disponiveis nos catalogos tecnicos dos equipamentos e em sites de fabricantes.
Porem, aparelhos de janela e splits, que possuem pequenas capacidades frigorificas, costumam disponibilizar
apenas a carga termica total.
Como a carga termica foi determinada em W, que e uma unidade do Sistema Internacional (SI), e
necessario aplicar os fatores de conversao:
O quadro a seguir foi elaborado a partir de uma consulta simples ao site dos fabricantes de quipamentos.
Ele apresenta uma referencia das capacidades disponiveis no mercado, orientando o estudante quanto a
selecao previa do equipamento de climatizacao.
Voce precisa retornar a tabela que foi elaborada no momento da concepcao do projeto para terminar
de preenche-la. Os projetistas de sistemas de climatizacao procuram selecionar equipamentos, seguindo
uma ordem do mais simples para o mais complexo.
5.3 ESCOLHA DO REFRIGERANTE
As industrias quimicas que produzem os fluidos refrigerantes indicam seus produtos aos fabricantes de equipamentos de
climatizacao, que os escolhem em funcao de uma serie de fatores, tais como custo, disponibilidade, marketing, etc.
Outro fator a ser observado e a avaliacao do potencial de degradacao da camada de ozonio (OPD) e o
potencial de aquecimento global (GWP). Todos os equipamentos novos sao comercializados com fluidos
refrigerantes com ODP igual a zero.
E muito dificil pensar em refrofit de equipamentos de climatizacao, a menos que sua potencia seja muito grande (1500
TR). Muitas empresas preferem substituir os equipamentos por outros com tecnologia mais moderna, com menor consumo
de energia eletrica. Geralmente, o retrofit e concebido em termos do sistema como um todo. Tambem e importante que o
projetista avalie o impacto da substituicao dos fluidos refrigerantes conforme o Programa Brasileiro de Eliminacao dos
HCFCs (PBH), que preve sua reducao em ate 35% em 2020 e a eliminacao desses produtos em 2040 (BRASIL, 2012),
pois a instalacao de um sistema de climatizacao possui uma vida util que varia conforme o tipo de equipamento e,
eventualmente, precisara de reparos. Durante os reparos, talvez seja necessario reoperar o equipamento, com substituicao
parcial ou completa do fluido refrigerante, que fica cada vez mais caro com sua eliminação pelo PBH.
Atualmente, o fluido mais utilizado nos equipamentos de climatizacao ainda e o R-22, que e um
clorodifluorometano (HCFC). Tambem encontram-se alguns equipamentos novos com:
a) R-134A: chillers;
b) R-407C: self containeds, chillers;
c) R-410A: splits, chillers.
A ASHRAE (2001) classifica os fluidos refrigerantes em grupos de seguranca (safety groups), por uma
letra maiuscula e um numero, conforme abaixo:
a) Classe A: toxidade nao identificada.
b) Classe B: evidencia de toxidade identificada.
c) Classe 1: nenhuma propagacao de chama no ar a 65 °F e 14,7 PSIA.
d) Classe 2: baixo limite de flamabilidade (LFL), maior do que 0,00652 lb/ft 3 a 70 °F, 14,7 PSIA e calor de
combustao menor do que 8174 BTU/lb.
e) Classe 3: alta flamabilidade, definido pelo LFL menor ou igual a 0,00625 lb/ft 3 a 70 °F e 14,7 PSIA, ou
calor de combustao maior ou igual a 8174 BTU/lb.
O projetista tambem deve avaliar as caracteristicas termodinamicas do fluido refrigerante para uma
mesma aplicacao. Como exemplo, na tabela a seguir, foram plotados os parametros de temperaturas de
condensacao de 45 °C, evaporacao de 0 °C e sub-resfriamento e superaquecimento de 10 K, para comparar
alguns fluidos refrigerantes tipicamente utilizados nos equipamentos de climatizacao.
Dentre as caracteristicas que se procura no refrigerante, estao a alta capacidade do evaporador e o
menor trabalho de compressao por quilograma, traduzidos pelo coeficiente de performance (COP), ou
seja, o sistema que produz mais frio com menos gasto e melhor, porem a analise deve apenas considerar estes
relevantes valores; nao pode se limitar a eles.
5.6 DEFINIÇÃO DO TIPO DE AUTOMAÇÃO
Existe uma fala corrente na area de climatizacao: “se colocar automacao vai ficar mais caro”. Essa fala tem
seu fundo de verdade, pois cada funcao automatica agrega um ou mais componentes, alem de um valor
adicional de engenharia de automacao, que sera somado ao custo final do sistema. A escolha do tipo de
automacao deve estar associada a perguntas do tipo:
Os sistemas VRF geralmente possuem um grande nivel de automacao, pois as unidades internas sao
conectadas com as externas por meio de um cabo de rede, permitindo que esta tenha mais informacoes
para decidir a capacidade de funcionamento dos compressores, seja por sequenciamento de estagios ou
pela tecnologia similar a inverter ou mesmo a valvulas de controle de capacidade.
Todos os demais sistemas, desde o split ate os chillers, vao requerer um grau de automacao que e definido
pelo pessoal tecnico na compra do equipamento e possuem a versao basica controlada por termostatos.
Veja a seguir uma relacao com alguns termos tipicos de automacao.
a) Variável controlada: a grandeza que se quer controlar ou mensurar por meio de algum sensor ou
transdutor. Ex: temperatura, pressao, umidade relativa, etc.
b) Setpoint: valor que se quer manter na variavel controlada. Ex: 24 °C, 150 Pa, 50% UR, etc.
c) Faixa de ajuste: definido pela tolerancia do sistema. Em controles do tipo on-off, e comum chama-la
de diferencial ou banda morta. Em controle do tipo proporcional, e comum encontrar varios nomes,
dependendo muito do fabricante. Pode ser chamado de ganho, banda proporcional, faixa de estrangulamento
(throttling range), etc.
d) Ação direta: acontece quando a atuacao necessaria aumenta junto com o valor da variavel controlada.
Em outras palavras, atuacao e variavel se deslocam no mesmo sentido. Ex: quanto maior
a temperatura do ambiente, maior a necessidade de refrigeracao, seja pelo funcionamento de um
compressor ou pela abertura da valvula de agua gelada do fan & coil.
e) Ação reversa: acontece quando a atuacao necessaria diminui com o aumento da variavel controlada.
Em outras palavras, atuacao e variavel se deslocam em sentidos opostos. Ex: quanto menor a
temperatura, maior a necessidade de aquecimento, seja pelo acionamento de uma resistencia ou
pela abertura de uma valvula de agua quente do fan & coil.
f) Entrada proporcional: um sensor ou transdutor envia um sinal proporcional a leitura. Por exemplo:
um transdutor de pressao mede de 0 a 100 PSI e envia um sinal na faixa de 0 a 10 Vdc; se a pressao
medida estiver em 40 PSI, o sinal proporcional seria de 4 Vdc. Sinais tipicos: 0 a 5 Vdc, 0 a 10 Vdc, 4 a
20 mA.
g) Sensor de temperatura: utiliza um tipo de resistor com um material sensivel a variacao de
temperatura, que envia um valor de resistencia correspondente ao valor medido. Existem diversos
tipos de materiais dos sensores que possuem curvas diferentes, positivas ou negativas e com precisao
variada. Ex: NTC, PTC, Pt 100, Pt 1000, Ni 100, Ni 1000, balco, etc.
h) Controle do tipo on-off (liga-desliga): o contato de saida liga quando a variavel controlada
(temperatura, por exemplo) atinge o valor do setpoint mais um diferencial. Ex: termostatos,
pressostatos, umidostatos, etc.
i) Controle do tipo proporcional: um sensor envia um sinal de entrada para um tipo de processador
que calcula o desvio da variavel controlada em relacao ao setpoint e a faixa de ajuste e envia um sinal
proporcional de saida para um atuador. Os sinais de saida podem ser:
b) floating (flutuante): quando o sinal for composto por duas saidas do tipo on-off e o processador
simular o tempo de atuacao simulando uma saida analogica por tempo de abertura/fechamento
(striking time) do atuador.
Como funciona vrf
https://www.youtube.com/watch?v=WvB9AQZ_IUw
https://www.youtube.com/watch?v=FUKXnrKjfqA
Sobre vácuo
https://www.youtube.com/watch?v=y__AJwmpDe0
R32 curiosidades
https://www.youtube.com/watch?v=vVFMdhtZt8o