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Universidade Federal da Paraíba

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Cirurgia
MIV 24- Bases da Técnica Cirúrgica

NOÇÕES EM
VIDEOLAPAROSCOPIA
Treinamento em Cirurgia Laparoscópica

Introdução
 A laparoscopia ou
peritoneoscopia é um
método endoscópico que
consiste na visualização
interior da cavidade
peritoneal, mediante a
introdução de instrumento
óptico, através de pequena
incisão feita na parede
abdominal (CONTE, 1993).
Treinamento em Cirurgia Laparoscópica

Introdução
 Cirurgia mini-invasiva
Treinamento em Cirurgia Laparoscópica

Equipamentos
O videolaparoscópio é composto
por:

1. Monitor de vídeo
2. Processador de imagem
3. Microcâmera
4. Fonte de luz
5. Insuflador
6. Irrigador/aspirador
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Equipamentos
Monitor

 Alta resolução – 700


pontos/ polegada

 Receber imagens da
microcâmera
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Equipamentos
Laparoscópio

 Sistema de lentes para a


captação de imagens e fibra
ótica para a transmissão do
feixe luminoso.

 Captar imagens da cavidade

 Permitir foco constante

 Ampliar imagem em cerca de


20 x
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Equipamentos
Insuflador Eletrônico

 Velocidade de fluxo
superior a 7 l/min

 Velocidade de fluxo de
fácil leitura

 Devem conter mostradores


de pressão intraperitoneal
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Equipamentos

Irrigador/aspirador

 Auxílio na
visualização da
cavidade peritoneal
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Equipamentos
Eletrocautério

 Energia ultrassônica para obter


dissecção, corte preciso
e coagulação controlada
com mínimo de lesão tecidual.

 Ganchos e espátulas de
dissecação e coagulação.
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Instrumentos - Pneumoperitônio

 Agulha de Veress
 Cânula com filtro
 Insufladores
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Instrumentos
 Trocartes: instrumentos
tubulares com cânulas de
5 e de 10 mm.
 Trocarte de Hasson
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Instrumentos de Hemostasia
 Pinças retas e curvas
 Pinças com e sem
dentes
 Pinça Babcock
 Aplicadores de clips
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Intrumentos de Dissecção
 Pinças de “Maryland”
 Mixters
 Ganchos de Hook e
espátulas
 Tesouras: retas,
curvas, em gancho
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Instrumentos de Síntese
 Porta-agulha
 Grampeadores
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Intrumentos
 Bolsa coletora de
espécimen

 Afastadores

 Agulha para
aspiração
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Indicações
 Estadiamento de
neoplasias: Linfoma de
Hodgkin, Ca gástrico,
pancreático, ovariano

 Hepatopatias

 Trauma

 Perfurações de vísceras
ocas
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Indicações
 Apendicite aguda

 Colecistite

 Obstruções e lesões
intestinais inflamatórias

 Diverticulite aguda

 Pancreatite aguda

 Obesidade mórbida
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Contra-indicações
Relativas
 Colecistite aguda;
 Coagulopatias;
 Cicatrizes cirúrgicas no andar
superior do abdome;
 Doença hepática;
 Pancreatite aguda;
 Gravidez.

Absolutas
 Hipertensão portal avançada;
 Colangite aguda
 Peritonite.
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Vantagens
 Menor dor no pós-operatório
 Menor taxa de infecção da ferida
operatória
 Alta hospitalar precoce e retorno rápido
do paciente às atividades
 Redução hérnias incisionais
 Menor incidência de aderências
 Vantagem estética
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Desvantagens
 Custo dos
equipamentos

 Treinamento especial
para os profissionais

 Múltiplas cirurgias
prévias e aderências
abdominais
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Complicações
AGULHAS e TROCARTES

 Lesão vascular: hemorragias,


embolia gasosa

 Lesão Visceral: alças


intestinais, bexiga

 Enfisemas: agulha de Veress


está mal posicionada.
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Complicações
Pneumoperitônio
 Diminuição do pH sanguíneo

 Embolia gasosa por CO2

Lesões Termoelétricas:
 Passagem de corrente elétrica pelas alças
intestinais por fuga de corrente
 Queimaduras que podem evoluir para a
necrose
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Complicações
Complicações infecciosas
 Infecções pós-
operatórias em 1% dos
pacientes

Hérnias incisionais
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Preparo pré-operatório

 Jejum mínimo de 6 horas


 Internação 2 a 3 horas antes da cirurgia
 Bexiga deve estar vazia
 Exames devem constar no prontuário
 Realizar sedação pré-anestésica
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
 Paciente em decúbito
dorsal horizontal sob
anestesia geral.

 Preso à mesa cirúrgica


para que possa ficar em
decúbito lateral
esquerdo e proclive
acentuado

 Posicionamento da
equipe
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
 Pneumoperitônio

 “Fase cega” (agulha de


Verres) x Técnica aberta
(Trocarte de Hasson)

 Insuflação do peritônio
com CO2: pressão intra-
abdominal entre 8 –12
mmHg.

 Fluxo inicial: 1-2 l/min


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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Posicionamento dos trocartes:
1. Peri-umbilical – óptica (10
mm).
2. Epigastro – dissecção,
ligadura e sutura (10 mm).
3. Linha hemiclavicular
direita – pinça auxiliar (5
mm).
4. Linha axilar anterior
direita – pinça de tração
do fundo vesicular (5 mm).
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Passo 1

 Pinça de preensão forte


colocada pelo trocarte da
linha axilar anterior empurra
a vesícula biliar para cima e
para a direita

 Pinça de preensão colocada


pelo orifício da linha
hemiclavicular permite tração
da vesícula biliar

 Pinça de “Maryland”:
dissecção romba de
aderências e abertura do
peritôneo da região.
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Passo 2

 Rotação medial da bolsa de


Hartmann - expõe a junção
da vesícula com o ducto
cístico.

 Pinça de dissecção romba:


isolamento destas estruturas

 Ligadura do ducto cístico


junto ao infundíbulo.
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Passo 3

 Microtesoura inserida pelo


trocarte epigástrico:
secção do ducto cístico
para introdução do cateter
para colangiografia intra-
operatória.

 Exploração do colédoco
com pinça de “basket” para
retirada de cálculos
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Passo 4

 Secção do ducto
cístico e artéria
cística

 Usar 2 clipes
proximais e 1 distal
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Passo 5

 Tracionando-se a
vesícula próxima ao
ducto cístico
seccionado, procede-
se à sua ressecção do
leito hepático, com
gancho ou espátula
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Colecistectomia
Videolaparoscópica
Passo 6

 Retirada da vesícula da
cavidade abdominal

 Uso da bolsa coletora de


Pleatman evita
contaminação do trajeto
e perda da bile e
cálculos na cavidade.
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Colecistectomia
Videolaparoscópica

Aspecto no PO imediato do abdome de Aspecto das incisões no 1º DPO de


uma paciente submetida a uma Colecistectomia Videolaparoscópica.
colecistectomia.
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Obrigada!

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