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O AVANCO DO

CRISTIANISMO
NO IMPÉRIO ATÉ
100
SOBRE ESTA PEDRA
I. A HISTORICIDADE DE CRISTO
Os fundamentos do cristianismo tem seus
primórdios, do ponto de vista subjetivo humano,
na historia temporal. E preciso atentar-se para o
fato da existência histórica de Cristo, já que
estes fundamentos estão inextricavelmente
ligados a pessoa, vida e morte de Cristo.
SOBRE ESTA PEDRA
I. A HISTORICIDADE DE CRISTO
A. O Testemunho Pagão (55-117)
Tácito (C.60-C.120) o decano dos historiadores romanos, liga o
nome e a origem dos cristãos a “Christus”, que no reinado de
Tibério (42 a,C.-42 a.D.) ,‘sofreu a morte por sentença do
Procurador, Poncio Pilatos”.
Plínio (62-C.113) que era protetor da Bitinia e de Ponto na Ásia
Menor, escreveu ao Imperador Trajano, (53-117) por volta do
ano 112, para se aconselhar sobre 0 modo de tratar os cristãos.
Sua carta da uma valiosa informação extra-biblica sobre Cristo.
Ele elogiou a elevada integridade moral dos cristãos,
comentando sua recusa em cometer roubo ou adultério, a
testemunhar falsamente ou a trair a confiança depositada neles.
SOBRE ESTA PEDRA
I. A HISTORICIDADE DE CRISTO
B. O Testemunho Judeu.
Josefo, (370 ,(100‫ ־‬rico judeu que procurou justificar
o judaísmo para os romanos instruídos com seus
escritos, também menciona Cristo Ele falou de Tiago,
"0 irmão de Jesus, assim chamado Cristo”6 Em outra
passagem, geralmente condenada como uma
interpolação por cristãos mas que para muitos e
autentica, Josefo falou de Cristo como um "homem
sábio" sentenciado a morte na Cruz por Pilatos.
SOBRE ESTA PEDRA
I. A HISTORICIDADE DE CRISTO
C. Testemunho Cristão fora da Bíblia.
Muitos evangelhos, Atos, cartas e apocalipses apócrifos
devem ser levados em consideração nesta questão da
historicidade de Cristo. Eles estão reunidos na obra de
Montague R James, The Apocryphal New Testament -
Nova Iorque - Oxford University Press, 1924. Inscrições
e figuras da pomba, do peixe, da ancora e de outros
símbolos cristãos nas catacumbas dão testemunho da
crença no Cristo histórico, alem da existência do
calendário cristão, do domingo, e da igreja.
SOBRE ESTA PEDRA
II. O CARATER DE CRISTO
A Bíblia da algumas indicações sobre a personalidade
e o caráter de Cristo. Ate mesmo uma leitura
superficial dos Evangelhos evidencia o poder de Sua
originalidade. A sinceridade de Cristo também esta
registrada nos relatos bíblicos. Os Evangelhos
deixam também o registro do equilíbrio de seu
caráter. Coragem e geralmente associada a Pedro,
amor, com João, e humildade, com Andre. Nada disto
falta a Cristo; ao contrario, os relatos revelam
equilíbrio e unidade de personalidade.
SOBRE ESTA PEDRA
III. A OBRA DE CRISTO
A importância transcendental da personalidade de
Cristo jamais poderá ser desassociada de Sua obra,
obra esta que era ativa e passiva. Durante seu
ministério de três anos.
A. O MINISTÉRIO DE CRISTO.
Com exceção da narrativa da visita de Cristo a
Jerusalém junto com Seus pais aos 12 anos de idade
(Lc 2:41-50) e algumas referencias isoladas a Sua
mãe e irmãos, pouco se sabe acerca dos muitos anos
de Cristo em Nazaré.
SOBRE ESTA PEDRA
A. O MINISTÉRIO DE CRISTO.
Com exceção da narrativa da visita de Cristo a Jerusalém
junto com Seus pais aos 12 anos de idade (Lc 2:41-50) e
algumas referencias isoladas a Sua mãe e irmãos, pouco
se sabe acerca dos muitos anos de Cristo em Nazaré.
Rejeitado em Nazaré, Cristo fez de Cafarnaum o centro
de Seu ministério galileu, que se constitui na maior parte
do Seu serviço terreno aos homens. Dai fez Ele três
viagens. As três viagens da Galileia foram seguidas por
pequenos períodos de retiro, durante os quais a principal
ênfase de Cristo parecia ser a instrução dos Seus
discípulos.
SOBRE ESTA PEDRA
A. O MINISTÉRIO DE CRISTO.
O ministério da Galileia foi seguido por um pequeno ministério
em Jerusalém por ocasião da Festa dos Tabernaculos, durante o
qual Cristo enfrentou corajosamente a oposição emergente dos
lideres religiosos: os fariseus e os saduceus. O triste fim-de-
semana, durante o qual entregou Sua vida na Cruz, marcou 0 fim
de Seu ministério ativo no mundo. Depois de Sua gloriosa
ressurreição, um fato histórico estabelecido pelas evidencias
documentais no Novo Testamento (At 1:3; 1 Co 15:4-8). Ele
apareceu somente a Seus próprios seguidores. A culminação do
Seu ministério veio com Sua ascensão aos céus na presença dos
Seus discípulos. Esta ascensão foi antecipada por suas promessas
de enviar o Espírito Santo em seu lugar e de retornar novamente a
esta terra.
SOBRE ESTA PEDRA
A. O MINISTÉRIO DE CRISTO.
O ministério da Galileia foi seguido por um pequeno ministério
em Jerusalém por ocasião da Festa dos Tabernaculos, durante o
qual Cristo enfrentou corajosamente a oposição emergente dos
lideres religiosos: os fariseus e os saduceus. O triste fim-de-
semana, durante o qual entregou Sua vida na Cruz, marcou 0 fim
de Seu ministério ativo no mundo. Depois de Sua gloriosa
ressurreição, um fato histórico estabelecido pelas evidencias
documentais no Novo Testamento (At 1:3; 1 Co 15:4-8). Ele
apareceu somente a Seus próprios seguidores. A culminação do
Seu ministério veio com Sua ascensão aos céus na presença dos
Seus discípulos. Esta ascensão foi antecipada por suas promessas
de enviar o Espírito Santo em seu lugar e de retornar novamente a
esta terra.
SOBRE ESTA PEDRA
B. A MISSÃO DE CRISTO.
A fase ativa do ministério de Cristo que durou pouco mais
de três anos, foi mais uma preparação para a fase passiva
da Sua obra, Seu sofrimento na Cruz. Seu sofrimento na
Cruz e Sua Morte foram os grandes eventos preditos pelos
profetas.
C. A MENSAGEM DE CRISTO
Embora a Cruz fosse a missão primeira de Cristo sobre a
terra, ela não foi Sua mensagem principal e nem foi
considerada como um fim em si mesmo. Um estudo
detido dos Evangelhos revelara que o reino de Deus era a
mensagem principal do ensino de Cristo.
A FUNDACAO DA IGREJA EM JERUSALEM

Do ano 30 à aproximadamente 44, a igreja em


Jerusalém manteve uma posição de liderança na
comunidade crista primitiva. O Espírito Santo
teve o papel de proeminência ‫״‬na fundação da
Igreja Crista. isto estava de acordo com a
promessa de Cristo, nas ultimas semanas de Sua
vida, de que enviaria “um Consolador” que
lideraria a Igreja apos Sua ascensão.
A FUNDACAO DA IGREJA EM JERUSALEM

O Espírito Santo se tornou o Agente da Trindade


na mediação da obra de redenção dos homens.
Judeus de todas as partes do mundo mediterrâneo
estavam presentes em Jerusalém para ver a Festa
do Pentecoste por ocasião da fundação da Igreja
(At 2: 5-11). A manifestação sobrenatural do poder
divino no falar em línguas, claramente relacionada
a origem da Igreja, e a vinda do Espírito Santo
levaram os judeus presentes a declararem a
maravilha das obras de Deus em sua própria
língua (At. 2:11).
A FUNDACAO DA IGREJA EM JERUSALEM

O crescimento foi rápido. Outros eram acrescidos


diariamente ao numero dos três mil ate chegarem logo a
cinco mil (At. 4:4). Ha menção de multidões se integrando a
Igreja (At. 5:14). E interessante que muitos eram judeus
helenistas (At. 6:1) da dispersão e que estavam,em
Jerusalém para celebrar as grandes festas relacionadas com
a Páscoa e o Pentecoste. Nem mesmo os sacerdotes ficaram
imunes ao contagio da nova Fé. "Muitos sacerdotes" (At,
6:7) são mencionados como estando entre os membros da
igreja primitiva em Jerusalém. Talvez alguns deles tivessem
visto a abertura do grande véu do templo, logo depois da
morte de Cristo, e isto, junto com a pregação dos apóstolos,
levou-os a se comprometerem com Cristo.
A FUNDACAO DA IGREJA EM JERUSALEM

Este crescimento tão rápido não se fez sem a


oposição da parte de judeus. A perseguição veio
primeiro de um organismo politico-eclesiastico,
o Sinedrio, que, com permissão romana,
supervisionava a vida civil e religiosa do estado.
Esta perseguição deu ao cristianismo seu
primeiro mártir, Estevão.
A FUNDACAO DA IGREJA EM JERUSALEM

O cristianismo primitivo promoveu uma grande


mudança social em certas regiões. A igreja de
Jerusalém insistiu sobre a igualdade espiritual dos
sexos e deu muita importância as mulheres na
igreja. A liderança de Dorcas na promoção do
trabalho de caridade foi registrada por Lucas (At.
9:36). A criação de um grupo de homens para
tomar conta das necessidades foi outro
acontecimento de relevância social ocorrido ainda
nos primeiros anos do nascimento da Igreja.
A FUNDACAO DA IGREJA EM JERUSALEM

A igreja judaica em Jerusalém, cuja historia foi descrita,


Jogo perdeu seu lugar de líder do cristianismo para outras
igrejas. A decisão tomada no Concilio em Jerusalém, de que
os gentios não eram obrigados a obedecer a lei, abriu o
caminho para a emancipação espiritual das igrejas gentílicas
do controle judaico. Durante o cerco de Jerusalém em 70 por
Tito, os membros da Igreja foram forcados a fugir para Pela,
do outro lado do Jordão. Depois da destruição do templo e
da fuga da Igreja judaica, Jerusalém deixou de ser vista
como o centro do cristianismo; a liderança espiritual da
Igreja Cristã se centralizou, então, em outras cidades,
especialmente em Antioquia.
A FUNDACAO DA IGREJA EM JERUSALEM

A igreja judaica em Jerusalém, cuja historia foi descrita,


Jogo perdeu seu lugar de líder do cristianismo para outras
igrejas. A decisão tomada no Concilio em Jerusalém, de que
os gentios não eram obrigados a obedecer a lei, abriu o
caminho para a emancipação espiritual das igrejas gentílicas
do controle judaico. Durante o cerco de Jerusalém em 70 por
Tito, os membros da Igreja foram forcados a fugir para Pela,
do outro lado do Jordão. Depois da destruição do templo e
da fuga da Igreja judaica, Jerusalém deixou de ser vista
como o centro do cristianismo; a liderança espiritual da
Igreja Cristã se centralizou, então, em outras cidades,
especialmente em Antioquia.
A IGREJA NA PALESTINA
O cristianismo foi levado aos povos de outras raças. A
visita de Filipe a Samaria (At. 8:5-25) levou o
Evangelho a um povo que não era de sangue judeu
puro. Pedro e João foram chama- dos a Samaria para
ajudar Filipe, pois o trabalho crescera tão rapidamente
que ele estava sem condições de atender a todas as
necessidades. Este reavivamento foi a primeira brecha
na barreira racial a divulgação do Evangelho. Filipe
foi compelido pelo Espírito Santo, apos completar seu
trabalho em Samaria, a pregar o Evangelho a um
eunuco etíope. alto oficial do governo da Etiópia.
A IGREJA NA PALESTINA
Pedro, o primeiro a pregar o Evangelho aos judeus, foi
também o primeiro a levar oficialmente o Evangelho
aos gentios. Depois de uma visão, que deixou claro para
ele que os gentios também tinham direito ao Evangelho.
Pedro foi a casa de Cornélio, o centurião romano, e se
assombrou quando as mesmas manifestações ocorridas
no dia de Pentecoste voltavam a se verificar na casa de
Cornélio (Atos 10-11). A partir dai, ele se dispôs a levar
aos gentios o Evangelho da graça. O eunuco etíope e
Cornélio foram os primeiros gentios a ter o privilegio de
receber a ‫׳‬mensagem da graça salvadora de Cristo.
O EVANGELHO AOS ROMANOS

A Igreja judaico-crista primitiva demorava a


compreender o sentido universal do cristianismo
embora Pedro tivesse sido o instrumento na
comunicação do Evangelho aos primeiros
convertidos judeus. Foi Paulo, capacitado pela
revelação de Deus, que teve a visão das necessidades
do mundo gentio, dedicando sua vida a pregação do
Evangelho a este mundo. Como nenhum outro na
Igreja primitiva, Paulo entendeu o caráter universal
do cristianismo e entregou-se a sua pregação aos
confins do Império Romano (Rm. 11:13: 15:16).
O EVANGELHO AOS ROMANOS

A Igreja judaico-crista primitiva demorava a


compreender o sentido universal do cristianismo
embora Pedro tivesse sido o instrumento na
comunicação do Evangelho aos primeiros
convertidos judeus. Foi Paulo, capacitado pela
revelação de Deus, que teve a visão das necessidades
do mundo gentio, dedicando sua vida a pregação do
Evangelho a este mundo. Como nenhum outro na
Igreja primitiva, Paulo entendeu o caráter universal
do cristianismo e entregou-se a sua pregação aos
confins do Império Romano (Rm. 11:13: 15:16).
A SUPREMACIA
DA ANTIGA
IGREJA
CATÓLICA
IMPERIAL 313-590
A IGREJA ENFRENTA O IMPERIO E OS
BARBAROS

No período compreendido entre 375 e 1066, conhecido


como Idade das Trevas, em que as tribos bárbaras
teutônicas afluíram em massa para a Europa Ocidental, a
Igreja enfrentou! um duplo problema, O declínio do
Império Romano impôs-lhe a tarefa de, como “sal",
conservar a cultura heleno-hebraica, a qual estava
ameaçada de destruição. Todavia, durante o processo de
conservar a cultura e converter os bárbaros, a Igreja
perdeu muito de sua forca espiritual, em parte devido a
secularização e a ingerência do Estado em seus negócios.
O desenvolvimento institucional e a doutrina foram
negativamente afetados.
I. A IGREJA E O ESTADO
Em 285, Diocleciano reorganizou o Império em bases mais
autocráticas, toma- das de empréstimo dos despotismos
orientais, numa tentativa de garantir a cultura greco-romana.
Como o cristianismo parecia ameaçar esta cultura, Diocleciano
fez uma fracassada tentativa de destrui-lo entre 303 e 305.
Mais astuto, Constantino, seu sucessor, compreendeu que se o
Estado não podia destrui-la pela forca, o melhor seria usar a
Igreja como um aliado para salvar a cultura clássica. O
processo pelo qual a Igreja e o Estado chegaram a um acordo
começou quando Constantino conseguiu o controle completo
do Estado. Embora oficialmente dividisse 0 poder com o seu
co-imperador, Licinio, entre 311 e 324, ele tomou a maioria
das decisões importantes do Estado.
I. A IGREJA E O ESTADO
Numa batalha, em 313, quando parecia que os
inimigos lhe venceriam, Constantino teve uma visão
de uma cruz no céu, com as seguintes palavras em
latim: “com este sinal, venceras". Tomando-as como
bom pressagio, ele derrotou os seus inimigos na
batalha da ponte Milvia sobre o rio Tibre. Embora a
visão possa ter ocorrido, e evidente que o
favorecimento da Igreja por Constantino foi um
expediente seu. A Igreja poderia servir como um
novo centro de unidade e salvar a cultura clássica e o
império.
I. A IGREJA E O ESTADO
Constantino inaugurou uma política de favorecimento
da Igreja Crista. Em 313, ele e Licinio garantiram-lhe
a liberdade de culto pelo Edito de Milão. Nos anos
seguintes, Constantino promulgou outros editos, que
tomavam possíveis a recuperação das propriedades
confiscadas, o subsidio da Igreja pelo Estado, a
isenção ao clero do serviço publico, a proibição de
adivinhações e a separação do "Dia do Sol" (domingo)
como um dia de descanso e culto. Ele tomou uma
posição de liderança teológica no Concilio de Nicéia,
em 325, quando arbitrou a controvérsia ariana.
I. A IGREJA E O ESTADO
Quando parecia que o cristianismo ia se tornar a
religião do Estado, houve um retrocesso com a
ascensão de Juliano em 361 ao trono imperial.
Juliano fora forcado a aceitar o cristianismo
formalmente, mas a morte de parentes seus nas mãos
do governo cristão e o estudo que fez da filosofia em
Atenas o levaram a se tornar um seguidor do
Neoplatonismo. Ele retirou da Igreja Crista os
privilégios e restaurou a liberdade plena de culto.
I. A IGREJA E O ESTADO
Os reis seguintes continuaram a pratica de assegurar
privilégios a Igreja ate que u cristianismo se tornasse
afinal a religião oficial. O imperador Graciano renunciou
no titulo de Pontifex Maximus. Teodosio I promulgou em
380 um edito tornando o cristianismo a religião exclusiva
do Estado. Qualquer pessoa que seguisse outra forma de
culto receberia a punição do Estado. Em 392, o Edito de
Constantinopla estabeleceu a proibição do paganismo. E
em 529, Justiniano desferiu o golpe de misericórdia sobre
o paganismo, quando determinou o fechamento da escola
de filosofia de Atenas.
II. A IGREJA E OS BARBAROS
Foi bom que a Igreja tenha feito as pazes com o império na
primeira parte do século IV, porque na ultima parte do século
surgiu um novo problema: como trazer ao cristianismo os
contingentes que começavam a emigrar para a Europa e que
continuaram chegando ate o século XI. Os movimentos
migratórios de povos teutões, vikings, eslavos e mongóis para e
na Europa aconteceram entre 375 e 1066. Os godos bárbaros
foram os primeiros a aparecer na fronteira do Danúbio na ultima
parte do IV século; acossados pelas tribos mongóis, tiveram
permissão das autoridades romanas para entrar no Império. A
batalha de Adrianópolis entre eles e os romanos em 378 resultou
na morte do Imperador Valente e na entrada dos visigodos
(godos do Ocidente) na região oriental do Império.
II. A IGREJA E OS BARBAROS
II. A IGREJA E OS BARBAROS
A. Evangelização dos Bárbaros
A Armênia foi ganha para o !Evangelho por Gregório
o lluminador quando, em 300, aproximadamente, 0
rei Tiridates foi convertido e batizado. O Novo
Testamento foi traduzido para o armênio. Alguns
dizem que cerca de 2 milhões e 500 mil armênios
foram ganhos por volta de 410. A Armênia foi o
primeiro estado a tornar-se oficialmente cristão.
II. A IGREJA E OS BARBAROS
A. Evangelização dos Bárbaros
As Ilhas Britânicas também conheceram o
cristianismo na época de c.300 – c.380. Não temos
muita informação sobre a entrada do cristianismo na
Bretanha céltica, mas parece assentado que ele entrou
lá através de soldados e mercadores romanos. Não
sabemos quais os bispos celtas que representaram a
Igreja britânica no Concilio de Áries em 314.
II. A IGREJA E OS BARBAROS
A. Evangelização dos Bárbaros
A obra missionária entre os godos começou antes de os
visigodos atravessarem o Danúbio em direção ao Império
Romano. Ulfilas (c.311-383), um cristão ariano sentiu a
chamada para a obra missionária entre este povo.
Consagrado bispo dos cristãos godos. viveu toda a sua
vida entre eles. Sua obra foi tão boa que, quando os godos
chegaram ao Império Romano muitos deles vieram como
cristãos. Como o primeiro e principal missionário tradutor,
ele codificou a língua dos godos em escrita, criando um
alfabeto e dando-lhes a Bíblia em sua própria língua.
II. A IGREJA E OS BARBAROS
A. Evangelização dos Bárbaros
Patrício (c.389-461), o padroeiro da Irlanda, foi
levado aos 16 anos, da Bretanha para a Irlanda por
piratas. Viveu ai durante 6 anos, cuidando de gado.
Ao retornar a terra natal, sentiu-se chamado para
trabalhar entre o povo da Irlanda como missionário.
Ele trabalhou de 432 a 461 entre os celtas da Irlanda
e, a despeito dos esforços dos sacerdotes da religião
druida, conseguiu fazer desta ilha o centro principal
do cristianismo celta.
II. A IGREJA E OS BARBAROS
A. Evangelização dos Bárbaros
Columba (c.521-597) foi o apostolo da Escócia, a
exemplo de Patrício, que fora o apostolo da Irlanda.
Em 563, ele fundou na Ilha de lona um mosteiro que
se tornou o centro da evangelização da Escócia. Foi
dai que Aidano levou, no século seguinte, o
Evangelho aos invasores teutônicos da Nortumbria. A
Igreja celta na Irlanda e na Escócia foi acima de tudo
uma Igreja missionária.
II. A IGREJA E OS BARBAROS
Em 590 a Igreja tinha vencido o desafio do Estado Romano.
Deu também sua contribuição ao converter ao cristianismo os
invasores teutões do Império e legar a eles os elementos da
cultura greco-romana. No processo, porem, massas de pagãos
que tinham sido convertidos a religião crista entraram logo
para a Igreja sem serem doutrinados e sem passarem por um
período de prova. Muitos deles trouxeram para a Igreja os seus
velhos padrões de vida e de costumes. O antigo culto aos
heróis foi substituído pelo culto aos santos. Muitas praticas
ritualistas retiradas do paganismo encontraram uma porta
aberta na Igreja Crista. A Igreja, ao tentar resolver o problema
da presença barbara, acabou parcial mente paganizada.
III. A ERA CONCILIAR
Entre 313 e 451, as controvérsias teológicas
resultaram em concílios que tentaram resolver as
questões em disputa através da formulação de
Credos.
IV. A ERA DE OURO DOS PAIS DA IGREJA

Os Pais da Igreja, tenham sido eles Pais Apostólicos.


Apologistas ou Polemistas eram conhecidos como
Pais Ante-Nicenos. Isto, porque o período de sua
atuação se situa antes do grande marco da historia da
Igreja que foi o Concilio de Nicéia. Entre os
Concílios de Nicéia (325) e de Calcedônia (451)
vários dos mais capazes Pais da Igreja crista
desempenharam o seu ministério. Procuraram eles
estudar a Bíblia em bases mais cientificas a fim de
desenvolverem mais a teologia crista.
I. OS PAIS POS-NICENOS UO ORIENTE

Os Pais da parte oriental da Igreja pertenceram aquilo que deve


ser chamado de escolas alexandrina e antiocana de interpretação.
A. Crisostomo (c. 347-407) — Expositor e Orador
João chamado Crisostomo, logo depois de sua morte devido a sua
eloqüência, mereceu literalmente o nome de “boca-de-ouro" que
lhe deram. Por algum tempo, praticou a advocacia, mas apos seu
batismo em 368 fez-se monge. Ordenado em 386, pregou em
Antioquia ate o ano de 398 alguns de seus melhores sermões.
Neste ano, foi feito patriarca de Constantinopla, posição que
manteve ate ser banido em 404, pela Imperatriz Eudoxia,
denunciada por ele por usar roupa extravagante e por colocar uma
estatua de prata de si mesma próximo a Santa Sofia, onde ele
pregava. Morreu no exílio em 407.
I. OS PAIS POS-NICENOS UO ORIENTE

B. Teodoro (c. 350-428) — Exegeta


Ele também estudou a Bíblia — por 10 anos —com
Diodoro de Tarso. Esta instrução foi possível por ter
nascido numa família rica. Ordenado presbítero em
Antioquia em 383, tornou- se bispo de Mopsuestia,
na Cilicia, em 392. Teodoro foi chamado de “o
príncipe dos exegetas antigos". Ele não aceitava o
sistema alegórico de interpretação e propunha uma
compreensão que levasse em conta a gramática e a
formação histórica do texto a fim de descobrir o
sentido que o autor quis dar.
II. PAIS PÓS-NICENOS DO OCIDENTE

Os Pais da Igreja ocidental neste período


sobrepujaram em muitos campos os do Oriente. A
tradução da Bíblia e dos escritos dos filósofos
pagãos, junto com a produção de tratados teológicos
integra todo de sua obra. A inclinação pratica do latim
em contraste com o interesse pela especulação por
parte do grego pode ser vista nas obras de Jerônimo,
Ambrosio e Agostinho.
II. PAIS PÓS-NICENOS DO OCIDENTE

A. Jerônimo (c. 340-420) — Comentarista e Tradutor


Jerônimo natural de Veneza, foi batizado em 360 e durante
vários anos foi um estudante que viajou por Roma e pelas
cidades da Gália. Na década seguinte, ele visitou Antioquia e
adotou a vida monástica, ocasião em que aprendeu hebraico.
Fez-se em 382 secretario de Damaso, bispo de Roma que lhe
sugeriu a possibilidade de fazer uma nova ‫ ׳‬tradução da
Bíblia. Em 386, Jerônimo foi para a Palestina e lá, graças a
generosidade de Paula, uma rica senhora romana a quem,
tinha ensinado hebraico, viveu num retiro monástico em
Belém, por 35 anos. A maior obra de Jerônimo foi uma
tradução latina da Bíblia conhecida como Vulgata.
II. PAIS PÓS-NICENOS DO OCIDENTE

C. Agostinho (c. 354-430) — Filosofo e Teólogo


A fama de Jerônimo e Ambrosio, mesmo honrados
com os títulos de doutor pela Igreja medieval, e
pequena diante da reputação de Agostinho. O
Protestantismo e o Catolicismo Romano tributam
honra a contribuição de Agostinho a causa do
cristianismo. Polemista capaz, pregador de talento,
administrador episcopal competente, teólogo notável,
ele criou uma filosofia cristã da historia que continua
valida ate hoje em sua essência.
II. PAIS PÓS-NICENOS DO OCIDENTE

C. Agostinho (c. 354-430) — Filosofo e Teólogo


Em 386 aconteceu a crise de conversão. Meditando um dia num
jardim sobre a sua situação espiritual, ouviu uma voz próxima a
porta que dizia: 'Tome e leia”. Agostinho abriu sua Bíblia em
Romanos 13:1314‫־‬e a leitura trouxe-lhe a luz que sua alma não
conseguiu encontrar nem no Maniqueísmo nem no Neo-platonismo.
Despediu sua concubina e abandonou sua profissão. Sua mãe, que
muito orara por sua conversão, morreu logo depois do seu batismo.
De volta a Cartago, foi ordenado sacerdote em 391. Cinco anos
depois foi consagrado bispo de Hipona. Dai ate sua morte em 430,
empenhou-se na administração episcopal, estudando e escrevendo.
Ele e apontado como o maior dos Pais da Igreja.5 Deixou mais de
100 livros, 500 sermões e 200 cartas. Talvez a obra mais conhecida
de sua lavra sejam as Confissões, uma das maiores obras
autobiográficas de todos os tempos.
V. O CRISTIANISMO NOS CLAUSTROS

No período da gradual decadência interna do Império Romano,


o monasticismo exerceu um forte apelo para muitos que
prontamente renunciaram a sociedade em favor do claustro. Este
movimento tem suas origens no século IV, quando leigos em
numero cada vez maior começaram a se ausentar do mundo. Ao
final do século VI, o monasticismo tinham fundas raízes na
Igreja ocidental e oriental. Um segundo período de grandeza do
monasticismo ocorreu por ocasião das reformas monásticas dos
séculos X e XI. A era dos frades no século XIII constitui um
terceiro período. O surgimento dos jesuítas na Contra-Reforma
do século XVI constitui o período final em que o monasticismo
atingiu profundamente a Igreja. O movimento exerce até hoje
um importante papel na vida da Igreja Católica Romana.
V. O CRISTIANISMO NOS CLAUSTROS

I. AS CAUSAS DO MONASTICISMO
Vários fatores contribuíram para o surgimento do
monasticismo dentro da Igreja antiga. Um dos fatores
mais importantes foi a influencia filosófica. A
doutrina dualista de carne e espírito, com sua
tendência a considerar ma a carne e bom o espírito —
tão característica do Oriente — influenciou o
cristianismo através dos movimentos gnóstico e neo-
platonista. A saída do mundo, pensava-se, ajudava a
pessoa a crucificar a carne e desenvolver a vida
espiritual pela meditação e pela ascese.
V. O CRISTIANISMO NOS CLAUSTROS

I. AS CAUSAS DO MONASTICISMO
Determinadas tendências psicológicas fortaleceram o desejo
por uma vida monástica. Em momentos de crise ha sempre
uma tendência para o retiro das adversas condições da vida. O
monasticismo também oferecia uma aproximação mais
individualista com Deus do que a adoração coletiva e formal
da época. numero cada vez maior de bárbaros a abarrotar a
Igreja trouxe muitas praticas semi-pagas para dentro da
Igreja, contra o que as almas puritanas se revoltaram. A
crescente deterioração moral, especialmente entre as classes
altas da sociedade romana, levou muitos a descrerem da
reforma social. O monasticismo tornou- se um refugio para os
que se revoltavam contra a galopante decadência dos tempos.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

Entre 313 e 590, a Igreja Católica Antiga, em que


cada bispo era um igual, tornou-se a Igreja Católica
Romana, em que o bispo de Roma tinha supremacia
sobre os outros bispos. O ritual da Igreja tornou-se
também mais sofisticado. A Igreja Católica Romana
reflete, em suas estruturas e leis canônicas, a Roma
Imperial.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

I. A PREDOMINANCIA DO BISPO ROMANO


Na Igreja primitiva, o bispo era considerado um dos muitos
bispos iguais entre si em posição, autoridade e função. No
período compreendido entre 313 e 590, o bispo romano
passou a ser reconhecido como o primeiro entre os iguais. A
partir, porem, da ascensão de Leão I ao trono episcopal em
440, o bispo romano começou a reivindicar a supremacia
sobre os outros bispos. A necessidade da eficiência e de uma
melhor coordenação gerou naturalmente a centralização do
poder. O bispo era também considerado como o penhor da
doutrina ortodoxa. Alem do mais, alguns dos bispos romanos
deste período eram homens jovens que não deixavam passar
nenhuma oportunidade que pudesse aumentar o seu poder.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

I. A PREDOMINANCIA DO BISPO ROMANO


Os acontecimentos históricos desta época cooperaram para
intensificara reputação do bispo de Roma. Roma fora o centro
tradicional de autoridade para o mundo romano durante meio
milênio e era a maior cidade do Ocidente. Depois que
Constantino transferiu a capital do Império para
Constantinopla em 330, o centro de gravidade política oscilou
de Roma para essa cidade. Isto deixou o bispo romano como a
única pessoa forte de Roma durante muito tempo; o povo desta
região passou a olhá-lo como o líder temporal e espiritual caso
uma crise lhe sobreviesse. Foi ele a forca que, durante o saque
de Roma em 410 por Alarico e seus seguidores visigodos, com
sua hábil diplomacia, conseguiu salvar a cidade do fogo.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

I. A PREDOMINANCIA DO BISPO ROMANO


A teoria petrina baseada em textos como Mateus 16: 16-18 era
amplamente aceita em 590, segundo esta teoria, Pedro recebeu a
"primogenitura eclesiástica" sobre seus companheiros de
apostolado, sendo que sua posição superior passou dele aos seus
sucessores, os bispos de Roma, por sucessão apostólica. Em cerca
de 250 Estevão usou esses textos. A eficiente obra missionária de
monges leais a Roma também fortaleceu a autoridade do bispo
romano. Clovis, o líder dos francos, foi convertido ao cristianismo
em 496 e tornou-se um grande defensor da autoridade do bispo de
Roma. Gregório I enviou Agostinho a Inglaterra; este monge, junto
com os seus sucessores, conseguiu trazer a Bretanha de volta ao seio
de Roma. Onde quer que fossem, os monges missionários insistiam
junto aos seus convertidos para que obedecessem ao bispo de Roma.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

I. A PREDOMINANCIA DO BISPO ROMANO


A teoria petrina baseada em textos como Mateus 16: 16-18 era
amplamente aceita em 590, segundo esta teoria, Pedro recebeu a
"primogenitura eclesiástica" sobre seus companheiros de
apostolado, sendo que sua posição superior passou dele aos seus
sucessores, os bispos de Roma, por sucessão apostólica. Em cerca
de 250 Estevão usou esses textos. A eficiente obra missionária de
monges leais a Roma também fortaleceu a autoridade do bispo
romano. Clovis, o líder dos francos, foi convertido ao cristianismo
em 496 e tornou-se um grande defensor da autoridade do bispo de
Roma. Gregório I enviou Agostinho a Inglaterra; este monge, junto
com os seus sucessores, conseguiu trazer a Bretanha de volta ao seio
de Roma. Onde quer que fossem, os monges missionários insistiam
junto aos seus convertidos para que obedecessem ao bispo de Roma.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

I. A PREDOMINANCIA DO BISPO ROMANO


Leão I (400-c. 461), que ocupou o trono episcopal de Roma entre 440 e 461,
foi o mais hábil ocupante da cadeira antes de Gregório I (c. 540-604) que a
assumiu em 590. Sua capacidade deu-lhe o titulo de “grande". Ele usou muito
o titulo papas, de onde vem a nossa palavra “papa". Em 452, conseguiu
persuadir Atila o Huno a deixar a cidade de Roma. Novamente em 455,
quando Genserico e seus seguidores vândalos do norte da África chegaram
para saquear Roma, Leão persuadiu-os a isentar a cidade do fogo e da
pilhagem; ele teve que concordar, entretanto, que a cidade fosse entregue por
duas semanas para ser saqueada pelos vândalos. Genserico manteve sua
palavra, e os romanos viram em Leão aquele que salvara sua cidade da
destruição completa. Sua posição foi ainda mais fortalecida quando
Valentiniano III reconheceu sua supremacia espiritual no Ocidente através de
um edito promulgado em 445. Mesmo não considerando Leão o primeiro
papa, e legitimo dizer que ele pretendeu e exerceu o poder mais do que
muitos ocupantes posteriores do bispado de Roma.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

II. O PROGRESSO DA LITURGIA


A união entre Igreja e Estado com Constantino e seus sucessores
provocou a secularização da Igreja. Esta entrada de pagãos, muitos dos
quais eram cristãos apenas nominalmente, obrigou a Igreja a convocar o
estado para ajudá-la na manutenção da disciplina com o uso do poder
civil para punir as faltas eclesiásticas. A influencia dos bárbaros e o
crescimento do poder episcopal provocaram também mudanças no culto
da Igreja. Para que os bárbaros, acostumados com os cultos as imagens,
pudessem ser realmente assistidos pela Igreja, muitos lideres eclesiásticos
entenderam ser necessário materializar a liturgia para tornar Deus mais
acessível a estes fieis, a veneração de anjos, santos, relíquias, imagens e
estatuas foi uma conseqüência lógica deste procedimento. A intimidade
com o estado monárquico também determinou uma mudança no culto,
passando-se de uma forma democrática simples para outra mais
aristocrática e colorida de liturgia, com uma clara distinção entre o clero e
o laicato.
VI. DESENVOLVIMENTOS HIERARQUICOS E
LITURGICOS

II. O PROGRESSO DA LITURGIA


O domingo tornou-se o dia principal do calendário
eclesiástico depois que Constantino estabeleceu que este
seria um dia de culto cívico e religioso. A festa do Natal
tornou-se uma pratica regular em meados do século IV,
adotando-se a data de dezembro anteriormente usada pelos
adoradores de Mitra. A Festa da Epifania, que comemorava
a visita dos magos a Cristo, entrou também para o
calendário da igreja. Acréscimos do ano sacro judaico, de
narrativas dos evangelhos e das vidas de santos mártires
propiciaram uma expansão constante do numero de dias
santos, no calendário eclesiástico.
REFORMA E CONTRA-REFORMA. 1517-
1648
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

I - A EMERGÊNCIA DE UM NOVO MUNDO EM


EXPANSÃO Por volta de 1500, os fundamentos da velha
sociedade medieval estavam ruindo e uma nova sociedade,
com uma dimensão geográfica muito ampla e com
transformações nos padrões políticos, econômicos,
intelectuais e religiosos, começava a surgir.
A. Mudanças Geográficas
Em 1517 as descobertas de Colombo e de outros
exploradores inauguraram uma era de civilização oceânica,
em que os mares do mundo tornaram-se as estradas do
mundo. Ao tempo em que Lutero traduzia o Novo
Testamento para o alemão, em 1522, o navio de Magalhães
completava a sua volta ao mundo.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

Dois continentes novos e ricos do hemisfério ocidental


estavam abertos a expioracao pelo Velho Mundo. Espanha e
Portugal tinham o monopólio na America Central e na
America do Sul, mas a maior parte da America do Norte,
depois de um confronto entre a Franca e a Inglaterra,
acabou por ser a nova terra dos anglo-saxões. Espanha,
Portugal, e mais tarde a Franca, exportaram uma cultura
latina com o catolicismo da Contra-reforma levado por
conquistadores e clérigos
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

B. Mudanças Políticas.
As perspectivas mudaram também no campo político. O
conceito medieval de um estado universal estava dando lugar
ao novo conceito de nação-estado.
C. Mudanças Econômicas.
Por volta de 1500, o ressurgimento das cidades, a abertura de
novos mercados e a descoberta de fontes de matéria-prima nas
recentes terras descobertas inauguraram uma era de comercio,
em que a classe media mercantil tomou a frente da nobreza
feudal na liderança da sociedade. So com a erupção da
Revolução Industrial, na segunda metade do século XVIII, e
que este modelo comercial de vida econômica sofreu
alterações relevantes.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
D. Mudanças Sociais.
A organização social horizontal da sociedade medieval, onde se
morria nadasse em que se nascia, foi substituída por uma
sociedade organizada sob traços verticais. Era possível a alguém
da classe baixa emergir a alta.
E. Mudanças Intelectuais.
O interesse pela volta as fontes do passado levou os humanistas
cristãos do norte ao estudo da Bíblia nas línguas originais. Deste
modo, as diferenças entre a Igreja do Novo Testamento e a Igreja
Católica Romana tornaram-se claras, para prejuízo da
organização eclesiástica, medieval e papista. A ênfase
renascentista no individuo foi um fator preponderante no
desenvolvimento do ensino protestante de que a salvação era
uma questão pessoal.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
F. Mudanças Religiosas.
A autoridade da Igreja Romana foi substituída pela
autoridade da Bíblia, de leitura livre a qualquer um. O
crente, individualmente, seria agora o seu próprio sacerdote
e o mentor de sua própria vida religiosa em comunhão com
Deus, depois de aceitar Seu Filho como seu Salvador, pela
fé somente.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

O QUE QUER DIZER “REFORMA"?


O nome e o sentido dados a Reforma são condicionados
pela visão do historiador. O historiador católico romano
entende‫־‬a apenas como uma revolta de protestantes contra a
Igreja universal. O historiador protestante considera-a como
uma refor- ma que fez a vida religiosa voltar aos padrões do
Novo Testamento. O historiador secular interpreta-a como
um movimento revolucionário.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

As Causas da Reforma
1. O fator político
2. O fator econômico
3. O fator intelectual
4. O fator moral
5. Mudanças na estrutura social
6. O fracasso da Igreja em satisfazer as reais necessidades
do povo constitui o fator teológico ou filosófico da
Reforma.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

As Causas da Reforma
1. O fator político
2. O fator econômico
3. O fator intelectual
4. O fator moral
5. Mudanças na estrutura social
6. O fracasso da Igreja em satisfazer as reais necessidades
do povo constitui o fator teológico ou filosófico da
Reforma.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
A Reforma Protestante criou quatro grandes tipos de fé.
Três deles (o luterano, o anabatista e o reformado) já foram
considerados. O quarto é para os Estados Unidos e Grã-
Bretanha um dos mais importantes, e a Reforma Anglicana,
que por sua feitura conservadora pode ser comparada com o
movimento luterano. Sem um líder religioso forte, como
Calvino ou Lutero, ela foi controlada pelo rei, que se tornou
o chefe da igreja nacional.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Os monarcas da casa de Tudor que tinham governado a
Inglaterra entre 1485 e 1603, forjaram um estado nacional
forte que permitia ao rei, através do exercito e da
burocracia, propiciar a classe media emergente a segurança
essencial a economia. Em troca, a classe media aceitava as
restrições a sua liberdade e cooperava com o rei. que os
empregava no governo. O fator intelectual não pode ser
descartado. Os Humanistas Bíblicos ou os Reformadores de
Oxford, da Universidade de Oxford, como John Colet
REFORMA E CONTRA-REFORMA.

 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
A causa direta que provocou a Reforma Anglicana foi a vida
sentimental de Henrique VIII, desejoso de ter um filho homem.
Pareceu-lhe que ele e Catarina jamais poderiam te-ló. Para se
divorciar dela e casar-se com Ana Bolena, com quem tinha um
romance, ele teria que controlar a Igreja Romana na Inglaterra. Os
atos de Henrique constituíram-se na causa direta e pessoal do inicio
da Reforma. Quando Henrique morreu, a igreja inglesa era uma
igreja nacional dirigida pelo rei, mas católica romana na doutrina. A
Bíblia, porem, estava a disposição do povo em sua própria língua.
O filho de Henrique, Eduardo, executou a fase religiosa da Reforma
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Como Eduardo VI tinha só nove anos quando ascendeu ao trono,
o Duque de Somerset, irmão de sua mãe, foi indicado regente.
Somerset se simpatizava pelo protestantismo e aceitava a
liberdade religiosa. Ele persuadiu o jovem rei a introduzir
mudanças que tornariam a reforma na Inglaterra religiosa e
teológica, política e eclesiástica, ao mesmo tempo. Em 1547, o
Parlamento permitiu aos leigos tomarem o cálice na Comunhão,
repeliu as leis de traição e heresia e os Seis Artigos de feição
católica, legalizou o casamento de sacerdotes em 1549 e acabou
com as chantries, capelas doadas para a celebração de missas
pelas almas de quem fizera a doação. Os cultos deveriam ser em
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Os Puritanos.
A vitoria contra o papado não deu descanso a rainha, em
virtude do poder nascente dos puritanos, que ameaçavam
tornar presbiteriana ou congregacional a igreja episcopal
oficial. Os puritanos entendiam que muitos "trapos do
papado" continuavam na lgreja Anglicana e queriam
purificá-la de acordo com a Bíblia, aceita por eles como
regra infalível de fé e pratica Por isso receberam a alcunha
de puritanos, por volta de 1568.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Os Puritanos.
Ate 1570, suas principais objeções eram dirigidas contra a
permanência, na liturgia eclesiástica, do ritual e das vestes
que lhes soavam como papistas. Eles se opunham a guarda
dos dias santos, a absolvição clerical, ao sinal da cruz, a
presença de padrinhos no batismo, ao ajoelhar-se na hora da
Ceia e ao uso da sobrepeliz pelos ministros.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Puritanos Separatistas.
A maior diferença entre os puritanos presbiterianos e
independentes os puritanos separatistas residia na idéia de
pacto eclesiástico, em razão do que os últimos
permaneceram unidos a igreja oficial enquanto os outros
dela se separaram. Eram divididos em 3 grupos. Um
terceiro grupo separatista de congregacionais surgiu em
Gainsborough e Scrooby, em 1606. O grupo de Scrooby era
dirigido por John Robinson (c. 1575 1625), sob cuja
liderança o grupo finalmente se estabeleceu em 1608, em
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Puritanos Separatistas.
William Bradford (1590-1657), famoso depois em Plymouth,
fazia parte deste grupo. Foram os membros deste grupo que
finalmente emigraram para os Estados Unidos, em 1620, no
Mayflower. Devido a perseguição, o grupo de Gainsborough
também emigrou para Amsterdã (1606/1607), sob a liderança de
John Smith (c. 1565-1612) e influenciados pelos menomitas. Em
1608 ou 1609, Smith batizou-se a si mesmo, a Thomas Helwys
(c. 1550-1616) e aos outros membros do seu rebanho, por
afusão. Alguns desta congregação se tornaram menomitas apos
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Puritanos Separatistas.
Thomas Helwys. John Murton e seus seguidores voltaram a
Inglaterra em 1612 e organizaram a primeira lgreja Batista
Inglesa Este grupo praticava o batismo por afusão e sustentava
as doutrinas arminianas com as quais tinha se familiarizado
durante a polemica armimana na Holanda. Por isto, ficaram
conhecidos como Batistas Gerais. Assim, a primeira Igreja
Batista Inglesa surgiu do grupo congregacional separatista.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
 A REFORMA E O PURITANISMO NA
INGLATERRA
As causas da Reforma na Inglaterra.
Puritanos Separatistas.
O grupo mais forte de batistas calvimistas ou particulares
originou-se de um cisma da congregação de Henry Jacob, em
Londres, em 1633. Eles sustentavam o batismo dos crentes por
imersão e uma teologia calvinista que enfatizava a expiação
limitada (só para os eleitos) Foi esta congregação, primeiro
dirigida por John Spilsbury, que se fez a mais influente do
movimento batista inglês. Os antecedentes do movimento
batista norte-americano podem ser encontrados neste grupo
Embora Roger Williams não fosse batista quando chegou aos
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
REFORMA E CONTRA-REFORMA.
RACIONALISMO,
REAVIVAMENTOS E
DENOMINACIONALIS
MO, 1648-1789
A CONQUISTA DAS AMERICAS
A CONQUISTA DAS AMERICAS

Mesmo antes de Lutero ter alterado o mapa religioso da


Europa, a descoberta das Américas por Colombo fez um
impacto tremendo sobre o catolicismo iberiano. O desafio
missionário foi aceito pelas coroas da Espanha e de
Portugal juntamente com a sede pelo ouro.
A CONQUISTA DAS AMERICAS.
MISSOES NO SECULO XVI
Expansão Católica e Protestante
O rei Fernando nomeou o conquistador Pedro Arias de Avila
(Pedrarias) em julho de 1513 para ser governador do Novo
Mundo. O rei investiu 50.000 ducados no empreendimento,
reuniu uma armada de 15 navios com uma brilhante forca militar
de conquistadores e jovens. As missões no século XVI foram
quase exclusivamente obra da Igreja Católica Romana.
Poderíamos dizer que os protestantes estavam demasiadamente
ocupados com sua própria sobrevivência para pensarem muito
em missões. Esta é apenas parte da verdade, no entanto. O
próprio Lutero era contra as missões, porque achava que Mt
28.19-20 tinha sido cumprido pelos apóstolos.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
MISSOES NO SECULO XVI
Expansão Católica e Protestante
Um exame da expansão do luteranismo do século XVI
demonstra que cresceu mediante a aderência de príncipes e de
reis, e não pelo esforço missionário. As Igrejas Reformadas
também apelavam aos magistrados, mas boa parte do seu
crescimento foi devida a obra de pastores treina- dos em escolas
como a de Calvino em Genebra. O movimento anabatista era
propagado principalmente por leigos e pastores itinerantes. De
qualquer maneira, o alcance protestante era limitado quase
exclusivamente a Europa.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
MISSOES NO SECULO XVI
A Espanha e o Portugal Católicos
“A igreja hispânica ou latino-americana e o produto de um
processo vasto e longo que espelhava aquilo que acontecia no
continente europeu em varias etapas”. Mentalidade iberiana era
totalmente contraria ao pluralismo religioso. A Reforma, que
fizera avanços na Espanha, foi desapiedadamente sufocada pela
Inquisição. A Igreja Católica com sua luta centenária contra o
islamismo tornou-se parceira ativa do governo na expulsão dos
protestantes. Na realidade, excetuando-se breves intervalos,
tanto a Espanha quanto Portugal permaneceram intolerantes a
liberdade religiosa. Isto naturalmente, se refletia nas suas
colônias.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
MISSOES NO SECULO XVI
A Espanha e o Portugal Católicos
“A igreja hispânica ou latino-americana e o produto de um
processo vasto e longo que espelhava aquilo que acontecia no
continente europeu em varias etapas”. Mentalidade iberiana era
totalmente contraria ao pluralismo religioso. A Reforma, que
fizera avanços na Espanha, foi desapiedadamente sufocada pela
Inquisição. A Igreja Católica com sua luta centenária contra o
islamismo tornou-se parceira ativa do governo na expulsão dos
protestantes. Na realidade, excetuando-se breves intervalos,
tanto a Espanha quanto Portugal permaneceram intolerantes a
liberdade religiosa. Isto naturalmente, se refletia nas suas
colônias.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
MISSOES NO SECULO XVI
O Imperialismo e as Missões
Espanha e Portugal foram impulsionados por dois tipos de ação
militante naquele período momentoso da sua historia: um era
militar; o outro, religioso. Os dois eram subservientes a Fé. No
que diz respeito as terras descobertas por Colombo, tanto os
direitos quanto as responsabilidades ficavam implícitos na Bula
de Alexandre VI (1493). Em 1501 ficaram sendo explícitos: os
dízimos são cedidos a coroa para serem usados para fins
eclesiásticos. Julio II (em 1508) deu o direito ao patronato
exclusivo. Portugal foi o primeiro a tirar benefícios do sistema
do patronato, e isto já no século XIII no que dizia respeito a
África.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
MISSOES NO SECULO XVI
O Imperialismo e as Missões
Isabel, Carlos V e Felipe II levavam a serio a obrigação
subentendida pelo seu controle da Igreja. Embora nenhum
sacerdote nem frade tivesse navegado juntamente com Colombo,
a necessidade da sua presença como missionários se fez sentir
Imediatamente após a descoberta das Américas. As coroas
fizeram todos os esforços no sentido de encorajá-los a emigrar e
facilitavam seu estabelecimento no Novo Mundo. O governo
fornecia transporte e pagava as despesas dos sacerdotes,
inclusive a edificação de mosteiros.
A CONQUISTA DAS AMERICAS.
MISSOES NO SECULO XVI
O Imperialismo e as Missões
A coroa espanhola compreendia que seus poderes, tanto civis
quanto eclesiásticos, eram uma dádiva do papa. E reconhecia-se
que ele tinha o direito de exercer estes poderes sobre o Novo
Mundo como Vigário de Cristo. Assim, monarca e papa sentiam
nitidamente a responsabilidade de salvar os índios de serem
explorados pelos colonizadores, de evitar que fossem
escravizados, e para lhes providenciar culto e treinamento
religiosos. Os monarcas interessavam-se ativamente por tudo
quanto passava nas colônias, e insistiam em dominar os assuntos
eclesiásticos.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
 A CONQUISTA RELIGIOSA DO NOVO
MUNDO
O extermínio da população índia não era o alvo dos
Conquistadores. Ocorreu como resultado de certo numero de
fatores complexos que acompanharam a chegada do homem
branco as Américas. Os sacerdotes que vieram salvar os índios
da morte as mãos dos soldados nem sempre eram bem-
sucedidos.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
 A CONQUISTA RELIGIOSA DO NOVO
MUNDO
A Conquista e a Implantação
A conquista espanhola nas Américas que começou com a
descoberta das índias Ocidentais em 1492 por Colombo foi
praticamente completada ate 1550. Ja em 1574 os espanhóis
tinham cerca de 200 cidades e vilas no Novo Mundo com uma
população hispânica combinada de quase 160.000 pessoas.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
 A CONQUISTA RELIGIOSA DO NOVO
MUNDO
A Conquista e a Implantação
Centenas de missionários vieram para a America Hispânica.
Acabaram ganhando a grande maioria dos índios para a fé cristã.
Houve, pelo menos, um assentimento externo a nova religião.
Esta "conversão" foi especialmente facilitada por pelo menos
dois fatores. As tribos que tinham sido sujeitadas pelos astecas e
pelos incas já tinham tido de abrir Mao da sua própria religião
para seguir a dos seus dominadores. Em segundo lugar, nem os
impérios conquistados nem os europeus conquistadores podiam
conceber a pluralidade religiosa. Para eles, o estado, a cultura e a
religião faziam parte de uma só coisa. Logo, as conversões eram
A CONQUISTA DAS AMERICAS
 A CONQUISTA RELIGIOSA DO NOVO
MUNDO
A Conquista e a Implantação
Mesmo assim, não devemos subestimar o impacto da atividade
missionária. Nos sete anos desde 1524 ate 1531 inclusive, os
irmãos franciscanos batizaram nada menos que 1.000.000 índios.
Ate 1574, havia 200 mosteiros (principalmente dominicanos e
franciscanos) na Nova Espanha.
A CONQUISTA DAS AMERICAS
 A CONQUISTA RELIGIOSA DO NOVO
MUNDO
A Conquista e a Implantação
No Brasil, nem a colonização nem a obra missionária
começaram ate meados do século XVI. E ha duas razoes porque
as cifras estão Ionge de ser tão surpreendentes quanto as da
Nova Espanha: uma população muito menor e a ausência de uma
estrutura imperial sedentária. Apesar disto, os franciscana
relataram 3.000 batismos em 1500, o ano em que Cabral
originalmente desembarcou no Brasil. A evangelização começou
com seriedade em 1549. Já em 1584, os jesuítas tinham feito
100,000 conversões. Anchieta, que chegou ao Brasil em 1553, e
que mais tarde veio a ser o Provincial jesuíta, batizou, segundo
RACIONALISMO, REAVIVAMENTOS E
CATOLICISMO ROMANO
O século XVI foi marcado pelo surgimento do protestantismo e
do desenvolvimento de suas idéias básicas, graças aos esforços
de lideranças criativas como as de Calvino e Lutero.
Infelizmente, durante o século XVII o protestantismo
desenvolveu apenas um sistema, ortodoxo de doutrina para ser
aceito intelectualmente. Este sistema gerou um novo
escolasticismo, particularmente entre os luteranos da Alemanha,
interessados mais na teologia do que na pratica da doutrina na
vida.
RACIONALISMO, REAVIVAMENTOS E
CATOLICISMO ROMANO
Esta fria vivencia intelectual do cristianismo, junto com as duras
guerras religiosas de 1560 a 1648 e o surgimento, da filosofia
racionalista e da ciência empírica, deu origem ao formalismo
religioso entre 1660 e 1730 na Inglaterra, na Europa e, mais
tarde, nos Estados Unidos. Por outro lado, o cansaço da fria
ortodoxia dos filósofos e cientistas racionalistas, o aparecimento
da religião natural e a idéia da igreja como um grupo de crentes
em harmonia com Deus e o próximo, estão nas bases da
liberdade religiosa e do denominacionalismo. O pensamento
moderno encarece a importância da razão e do método cientifico
na descoberta da verdade e refuta a possibilidade de se chegar a
ela pelas tradições do passado. Estas idéias apareceram no
período compreendido entre o fim da Guerra dos 30 Anos e o
inicio da Revolução Francesa.
RACIONALISMO, REAVIVAMENTOS E
CATOLICISMO ROMANO
 MISTICISMO E RELIGIÃO
O Quietismo foi um movimento místico dentro da Igreja
Católica Romana durante o século XVII que acentuava o acesso
intuitivo imediato a Deus pela alma passiva, aberta a influencia
da luz interior. Esta reação contra a idéia da racionalização dos
dogmas. O misticismo protestante pode ser ilustrado pela obra
do grande cientista sueco, Emanuel Swedenborg (1688-1772),
que chegou a conclusão de que a espinha dorsal do mundo físico
da natureza correspondia a um mundo espiritual. Para ele, a
comunicação entre estes dois mundos era possível através da
comunicação com seres celestiais. Ele espiritualizou a Bíblia
para poder relacioná-la com a revelação que esses visitantes
celestiais lhe faziam.
RACIONALISMO, REAVIVAMENTOS E
CATOLICISMO ROMANO
 REAVIVAMENTO E RELIGIÃO
O pietismo provocou um novo interesse pelo estudo, discussão
da Bíblia e aplicação dela a vida diária e no cultivo de uma vida
pia. A ênfase recaia sobre a função do Espírito Santo como
lluminador da Bíblia e sobre as boas obras como expressão da
verdadeira religião. Infundiu-se um novo vigor espiritual na
Igreja Luterana. Halle tornou-se um centro de esforço
missionário. Um trabalho pioneiro foi começado na África e nas
ilhas do Pacifico por missionários de Halle. Estimulou-se o
estudo cientifico de línguas e da historia da igreja, na intenção
de se chegar ao verdadeiro significado da mensagem bíblica para
a vida diária. A negligencia dos pietistas quanto a doutrina
levou-os a adotar a filosofia do idealismo.
RACIONALISMO, REAVIVAMENTOS E
CATOLICISMO ROMANO
 REAVIVAMENTO E RELIGIÃO
O reavivamento metodista, foi o terceiro despertamento religioso
na Inglaterra, depois da reforma do século XVI e o Puritanismo
do século XVII. Ele esta ligado ao nome de John Wesley (1703-
1791), que dominou o cenário religioso do século. Os
historiadores não tem dificuldade em reconhecer que o
metodismo e. junto com a Revolução Francesa e a Revolução
Industrial, um dos grandes fenômenos da historia do século
Alguns acham ate que a pregação de Wesley salvou a Inglaterra
de uma revolução semelhante a da Europa. O Metodismo foi
para o Anglicanismo o que o Pietismo foi para o Luteranismo.
Para Wesley, o evangelho devia influenciar a sociedade, e
ninguém pode negar o impacto do reavivamento metodista sobre
a sociedade inglesa. Ele se opôs ao álcool, guerra e escravidão.
O cristianismo no Ocidente:
Declínio e reconstrução
Alguns acreditam que a influência do cristianismo sobre a
cultura é coisa do passado e muitos descrevem o Ocidente como
“pós-cristão”. No começo do século XX, os cristãos
conservadores lutaram contra cristãos progressistas ou liberais
emergentes que pareciam estar internalizando a cultura. Os
liberais aproveitaram uma sensação de progresso moral e
espiritual prometido para a florescente civilização ocidental, e
afirmavam entender a causa moral e a visão de Jesus sem se
distrair com a doutrina distorcida e a liturgia dos cristãos de
mentalidade tradicional. Os conservadores reagiram ao desafio
com o fervor dos avivamentos e com atividade intelectual. O
movimento fundamentalista opôs-se ao ensino liberal da melhor
forma possível (apesar de ironicamente ter compartilhado de
muitas noções cruciais da modernidade).
O cristianismo no Ocidente:
Declínio e reconstrução
Duas Guerras Mundiais revelaram um mal pernicioso que pesava
fortemente contra o otimismo dos progressistas e, por algum
tempo, os evangélicos pareciam ofuscar seus oponentes liberais
com algum senso de confiança de que a mensagem conservadora
havia prevalecido. Após as guerras, ficou evidente que os
evangélicos estavam enfrentando outros inimigos, o que
contribuía para um grande desvanecimento ou eliminação da fé
cristã vibrante. Os teóricos atribuem essa percepção de declínio
a uma variedade de fatores. A tecnologia desempenha um papel
na vida cotidiana dos ocidentais difícil de imaginar há alguns
anos. No século XX, houve o surgimento da televisão e da
incrível rede acessível pelo computador.
SECULARIZAÇÃO
O entendimento moderno de secularização tem uma história
complicada, mas uma noção central para a compreensão atual é
que se pode distinguir claramente o que é religioso do que não é.
Conhecer a Deus exigia um estilo de vida específico, práticas
sagradas e uma nova comunidade. Hoje, o conhecimento de
Deus é considerado um empreendimento intelectual ou
acadêmico que não requer conversão nem mesmo crença em
Deus! Alguns até afirmam que os envolvimentos religiosos
desqualificam ou impedem a busca intelectual da idéia de Deus.
No mundo de hoje, secularismo refere-se a movimentos que
desejam eliminar ou restringir a influência da religião. Seculares
e religiosos são inversamente proporcionais, pois, quando a
religião está ganhando terreno, a secularização o está perdendo,
e vice-versa. A descrição da cultura ocidental como
“cristofóbica” não é um exagero.
SECULARIZAÇÃO
Talvez tão perturbadora quanto a hostilidade à fé seja a
indiferença em relação ao cristianismo, uma vez que a cultura
em geral parece não o notar nem se importar com ele. A
linguagem da Bíblia, que antes moldava o discurso de todos os
cidadãos cultos, parece faltar na vida cotidiana, e numerosos
estudos mostram que os cristãos hoje têm menos conhecimento e
compromisso com os principais ensinamentos cristãos do que
nunca antes. Uma expressão tangível da secularização é o
declínio na frequência aos cultos e na afiliação à igreja. A
Europa registra frequência aos cultos abaixo de 10% e, em
alguns lugares, menos de 5%.
RESGATE,
REIVINDICAÇÃO E RELEVÂNCIA

Coletivamente, as igrejas conservadoras esboçaram três reações


à invasão do secularismo. Uma delas tinha raízes em uma
antecipação especulativa do fim dos tempos, ou pelo menos o
início dos tempos finais. Nesse sistema popular de crença, o
mundo contemporâneo era visto se perdendo cada vez mais e
tendo pouco a ver com o plano de Deus para a Igreja e, por causa
do aumento do mal e do fracasso moral, seus defensores
acreditavam que a remoção da Igreja, ou arrebatamento,
aconteceria muito em breve. A reação seguinte foi combater as
forças seculares nos âmbitos político e cultural. Jerry Falwell era
pastor da Igreja Batista Thomas Road em Lynchburg, Virgínia,
mas, depois de criar o grupo de ação política Maioria Moral em
1979, tornou-se o primeiro porta-voz preeminente do chamado
Direito Religioso.
RESGATE,
REIVINDICAÇÃO E RELEVÂNCIA

Uma terceira reação envolve outra mudança de curso ou


estratégia. Numerosos evangélicos procuraram ser menos
confrontadores, procurando envolver-se na nova cultura em
transformação à sua própria maneira. Estes religiosos
observaram que estavam ministrando na era da autoexpressão
individual. Eles criaram igrejas agradáveis aos visitantes,
transformando a religião quase totalmente em uma questão de
escolha pessoal. Com o desejo de evangelizar, os profissionais
realizavam análises de mercado em um esforço para oferecer
uma experiência que atendesse à aprovação do público-alvo. O
fenômeno das megaigrejas ilustra essa terceira abordagem, a
busca por relevância. Surgi ai o mercado religioso.
BATALHAS EM CURSO
As instituições da família e do casamento têm sofrido, visto que
os conceitos tradicionais de pessoas que se casam antes de morar
juntas e da natureza duradoura do casamento não são
reconhecidos pela cultura mais abrangente ou por todos os
membros da Igreja cristã. A cultura em geral abandonou a ideia
tradicional de casamento muito antes de ela ser assediada por
questões homossexuais, uma vez que as famílias monoparentais
(que atingiram uma em cada cinco) e as mulheres que trabalham
(pelo menos 40% da força de trabalho) aumentam a natureza
desestabilizada do lar. O cristianismo entra de cabeça na batalha
contra o islamismo do dia 11 de setembro de 2001.
DERROTADO OU EM RECONSTITUIÇÃO?

As notícias sobre a morte do cristianismo no Ocidente podem ser


prematuras. O ambiente cultural é cada vez mais secular e hostil
à fé, então, cristãos em busca da cristandade (um domínio cristão
marcado por uma parceria orgânica e cooperativa entre Estado e
Igreja) ficarão desapontados. Os cristãos e suas convicções
podem esperar ser mais marginalizados e perseguidos; além
disso, pastores sendo perseguidos por discursos de ódio e escolas
cristãs perdendo recursos federais parecem ser cenários quase
inevitáveis. As grandes denominações sofrerão declínio geral,
embora variem conforme sua adaptação às normas culturais;
algumas podem voltar instintivamente à grande tradição da
Igreja e redescobrir o evangelho.
DERROTADO OU EM RECONSTITUIÇÃO?

Certas igrejas de tradição pentecostal, círculos não


denominacionais e denominações conservadoras continuarão
crescendo. O verdadeiro progresso estará na plantação de novas
igrejas, que são de difícil contabilização e, além disso, são
flexíveis e móveis; ou seja, podem se reunir em garagens e
células e são quase impossíveis de rastrear ou contar.

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