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CONVECÇÃO

NATURAL
• Na convecção natural, o movimento do fluido é devido às forças
de empuxo no seu interior, enquanto na convecção forçada o
movimento é imposto externamente.

• O empuxo é devido à presença combinada de um gradiente de


densidade no fluido e de uma força de corpo (gravitacional) que é
proporcional à densidade

• A densidade de gases e de líquido depende da temperatura,


geralmente diminuindo (devido à expansão do fluido) com o
aumento da temperatura
Casos
• Um fluido está confinado por duas grandes placas horizontais a
diferentes temperaturas (T1  T2)
• No caso (a), a temperatura da placa inferior é maior (T2) do que a
temperatura da placa superior (T1), e a densidade diminui no
sentido da força gravitacional. Se a diferença de temperatura é
superior a um valor crítico, as condições são instáveis e as forças
de empuxo são capazes de superar a influência retardadora das
forças viscosas. A força gravitacional no fluido mais denso nas
camadas superiores excede aquela que atua no fluido mais leve
nas camadas inferiores e um padrão de circulação irá existir
Casos
• No caso (b), T1 > T2 e a densidade não diminui no sentido da força
gravitacional. As condições agora são estáveis e não há
movimento global no fluido. Assim a transferência de calor (do
topo para a base) se dá por condução.
Casos
• No caso (c), T1 = T2. As condições agora são estáveis e não há
movimento global no fluido. Assim NÃO há transferência de calor.
• Na ausência de uma superfície adjacente, podem ocorrer
escoamentos de fronteiras livres na forma de uma pluma ou de
um jato livre, como mostra as figuras .

Formação de pluma acima de Jato livre associado a uma descarga


Um fio aquecido aquecida
• Escoamento de convecção natural limitado por uma superfície.
Exemplo: desenvolvimento de uma camada-limite em uma placa
vertical aquecida. A placa encontra-se imersa em um fluido
extenso. A temperatura da superfície (Ts) é maior que a
temperatura do fluido, T. O fluido próximo à placa é menos
denso do que o fluido dela afastado. Consequentemente, as
forças de empuxo induzem o aparecimento de uma cama-limite
de convecção natural na qual o fluido aquecido ascende
verticalmente, arrastando o fluido da região que estava em
repouso.

Camada limite de velocidade Camada limite térmica


• Coeficiente de expansão volumétrica (): fornece a medida da
variação da densidade em resposta a uma mudança na
temperatura, a pressão constante.

• Para um gás ideal:

1
.
(
𝜌 𝑅𝑇
𝑝
2
=
)
1
𝜌
. ( 𝜌 ) .
1 1
=
𝑇 𝑇
Número de Grashof é uma medida da razão entre a
força de empuxo e as forças Viscosas que atuam no
fluido.

L = comprimento característico
Equação desenvolvida apenas para escoamento laminar, a partir das
equações da camada limite
Efeitos da turbulência
• Instabilidades fluidodinâmicas
• O número de Rayleigh é um número sem dimensão, com o nome
de Lord Rayleigh. O número de Rayleigh está intimamente
relacionado ao número de Grashof e ambos os números são usados ​
para descrever a convecção natural (Gr) e a transferência de calor
por convecção natural (Ra). O número de Rayleigh é
simplesmente definido como o produto do número de Grashof , que
descreve a relação entre flutuabilidade e viscosidade dentro de um
fluido, e o número de Prandtl , que descreve a relação entre
difusividade de momento e difusividade térmica.

×
O número de Rayleigh é usado para expressar a
transferência de calor em convecção natural. A
magnitude do número de Rayleigh é uma boa
indicação sobre se a camada limite da convecção
natural é laminar ou turbulenta.
Rayleigh crítico

Expansão volumétrica

Viscosidade cinemática Difusividade térmica


• Correlações empíricas que forma desenvolvidas para geometrias
imersas (escoamento externos) mais comuns. As correlações são
adequadas para muitos cálculos de engenharia e têm, em geral, a
forma (Mc Adams (1954); Warner (1968); Bayley (1955)):
Placa vertical
• Correlação empírica que pode ser aplicada ao longo de todo
intervalo de Rayleigh, proposto por Churchill
• Precisão superior para escoamento laminar
Exemplo 01
Um anteparo de vidro, usado em frente a uma lareira para reduzir
o arraste do ar ambiente através da chaminé, tem uma altura de
0,71 m e uma largura de 1,02 m, e atinge uma temperatura de
232°C. Se a temperatura da sala é de 23°C, estime a taxa de
transferência de calor por convecção da lareira para a sala. Utilizar
a correlação empírica proposta por Churchill .

(23+232)/2 = 127+273 = 400 K


Para placas horizontais de várias formas (quadrados,
retângulos ou círculos), há necessidade de se definir o
comprimento característicos para ser usado nos números de
Nusselt e de Rayleigh. Experimentos mostraram que um
único conjunto de correlações pode ser usado para várias
diferentes de placas quando o comprimento característico é
definido por:

e
As á rea da rf í cie
L= =
P per í metro
Superfície superior de uma placa aquecida ou superfície inferior de uma placa resfriada

T∞ = 25 °C

50°C

25°C

T∞ = 50 °C
25°C

50°C

T∞ = 50 °C
T∞ = 25 °C

Superfície inferior de uma placa aquecida ou superfície superior de uma placa resfriada
Exemplo 02
Um escoamento de ar através de um longo duto retangular de
aquecimento, com 0,75 m de largura por 0,3 m de altura, mantém
a superfície externa do duto a uma temperatura de 45°C. Se o duto
não tem isolamento térmico e está exposto ao ar a 15°C no porão
de uma casa, qual é a taxa de perda térmica no duto por metro de
comprimento? Utilizar a correlação empírica proposta por Churchill
.
Superfície superior de uma placa aquecida ou superfície inferior de uma placa resfriada

Superfície inferior de uma placa aquecida ou superfície superior de uma placa resfriada
Exemplo 03
Conhece-se a taxa de transferência de calor por convecção natural em uma
superfície vertical com 1 m de altura e 0,6 m de largura para o ar que está
20 K mais frio do que a superfície. Qual é a razão entre as taxas de
transferência de calor nesta situação e na que corresponde a uma
superfície vertical com 0,6 m de altura por 1 m de largura para o ar que está
20 K mais quente do que a superfície ? Fazer a análise para a temperatura
do ar a 300 K (gás ideal).
Correlações empíricas
Exemplo 04
Uma placa de alumínio quadrada, com 5 mm de espessura e 200 mm de
lado, é aquecida enquanto permanece suspensa, em posição vertical
exposta ao ar atmosférico a 40°C. Determine o coeficiente de transferência
de calor médio nas superfícies verticais da placa quando a temperatura da
superfície desta é de 15°C. Utilize os dois métodos empíricos.
Churchill
Exemplo 05
Um aquecedor elétrico com a forma de um disco horizontal
com 400 mm de diâmetro é usado para aquecer o fundo do
tanque de um óleo de motor a uma temperatura de 5°C.
Calcule a potência necessária para manter a temperatura da
superfície do aquecedor a 70°C.
Superfície superior de uma placa aquecida ou superfície inferior de uma placa resfriada

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