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ESTATUTO DA CRIANÇA E

DO ADOLESCENTE

PROFESSORA MARCELA DE OLIVEIRA


(21) 99850 4159
LEI 8.069 / 13 de julho de 1990
Como era antes do Eca?
Desde os tempos antigos a infância não tinha lugar
devido, as crianças eram vistas como mini adultos sem
quaisquer direitos assegurados.
Nos tempos da Revolução Industrial, as crianças e
adolescentes também não foram poupadas de
trabalharem nas indústrias sem salário digno e sem o
mínimo de condições.
Até poucas décadas, o castigo físico era permitido,
inclusive pelas escolas, inclusive era visto como uma
forma de educar e disciplinar.
Antes do Estatuto da criança e do Adolescente
tínhamos o Código de Menores (1979), que só visava a
situação irregular dos Adolescentes e como puni-los.
Depois da Constituição Federal de 1988 que foi um
marco no Brasil, surge então o Estatuto da Criança e do
Adolescente em 1990, o qual temos hoje e que
estudaremos nessa aula.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Aos 30 anos, ECA reflete evolução do olhar sobre a infância

https://brasildedireitos.org.br/atualidades/aos-30-anos-
eca-reflete-evoluo-do-olhar-sobre-a-infncia
A infância é uma etapa rica no ciclo da vida. Em todas as
culturas, encontramos traços e peculiaridades que marcam o
rito de passagem da infância à adolescência e, então, à fase
adulta. Embora as transformações de ordem psicológicas e
biológicas desse período sejam permeadas de turbulências e
crises, nossas relações sociais são determinadas neste
momento da vida por particularidades e valores.
Artigo 1 – pra que serve o ECA?
Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente.
Artigo 2 – idade da criança e do adolescente
Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa
até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade
OBSERVE:
Criança Adolescente
 12 anos incompletos  Aquela idade entre doze e
dezoito anos de idade
VAMOS PRATICAR?
1- (IBAM) Considerada uma das leis mais avançadas do mundo, o
Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA completou 27 anos no
dia 13 de julho. Desde o início da sua vigência, trouxe as bases para a
construção das políticas públicas, que hoje são voltadas ao
atendimento de 55,5 milhões de pessoas, o que corresponde a
27,03% da população brasileira, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. De acordo com o ECA,
são consideradas crianças e adolescentes, respectivamente, as
pessoas com a seguinte idade:
A) até 12 anos incompletos e entre 12 e 21 anos
B) até 12 anos incompletos e entre 12 e 18 anos
C) até 10 anos incompletos e entre 11 e 18 anos
D) até 10 anos incompletos e entre 11 e 21 anos
Artigo 3
A criança e o adolescente gozam de todos os direitos
fundamentais inerentes à pessoa humana, sem
prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei,
assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios,
todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes
facultar o desenvolvimento físico, mental, moral,
espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade.
Artigo 4 – quem tem o dever de proteger a criança e o
Adolescente?

É dever da família, da comunidade, da sociedade


em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer,
à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.
VAMOS PRATICAR?
2- (IBAM) De acordo com Estatuto da Criança e do Adolescente, é
necessário garantir os direitos referentes a vida, a saúde, a
alimentação, a educação, ao esporte, ao lazer, a profissionalização, a
cultura, a dignidade, ao respeito, a liberdade e a convivência
familiar e comunitária. Tais direitos devem ser assegurados com
absoluta prioridade por:
a) núcleos de assistência social, organizações privadas de gestão
pública e do Poder Executivo.
b) família, comunidade, sociedade em geral e poder público.
c) institutos filantrópicos, organizações não governamentais e
sindicatos.
d) empresas do setor privado, Sistema Único de Saúde e institutos de
educação.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer


circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou
de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas
sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas
relacionadas com a proteção à infância e à juventude.
VAMOS PRATICAR?
3- (IBAM) O artigo 4º determina que é dever da família, da comunidade,
da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta
prioridade, a efetuação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e
comunitária.
Assinale a alternativa que não compreende a garantia de prioridade
estabelecida no parágrafo único deste artigo

A) Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as


restrições legais.
B) Precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública.
C) Preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas.
D) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a
proteção à infância e à juventude.
Artigo 5
Nenhuma criança ou adolescente será objeto de
qualquer forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão, punido na
forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão,
aos seus direitos fundamentais.
Artigo 6- motivo da maioridade penal
Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins
sociais a que ela se dirige, as exigências do bem
comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e
a condição peculiar da criança e do adolescente
como pessoas em desenvolvimento.
Alguns termos que precisamos aprender!!
Adolescente não comete crime, comete infração penal.
 Adolescente não é preso, ele é apreendido.
Adolescente não responde processo, ele responde pelo ato
infracional similar ao crime praticado.
O adolescente só pode ficar no máximo 3 anos cumprindo
medidas socioeducativas, e fica no máximo até 21 anos.
Quando acaba o tempo da medida, ele tem direito a sair
sem ter “a ficha suja” e se não tem os documentos, esses
são providenciados durante o cumprimento da medidas.
DE MENOR não se fala somente MENOR
Artigo 15
A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao
respeito e à dignidade como pessoas humanas em
processo de desenvolvimento e como sujeitos de
direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis.
Artigo 16 – direito à liberdade
O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:
I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II - opinião e expressão;
III - crença e culto religioso;
IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;
V - participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação;
VI - participar da vida política, na forma da lei;
VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
Artigo 17 – direito ao respeito
O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da
integridade física, psíquica e moral da criança e do
adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da
identidade, da autonomia, dos valores, ideias e
crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Artigo 18 – direito à dignidade
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança
e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer
tratamento desumano, violento, aterrorizante,
vexatório ou constrangedor.
Artigo 18-A – incluído pela lei Menino Bernardo
(13.010/2014)
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser
educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro
pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou por
qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los.
Educação sem violência: conheça a Lei
Menino Bernardo
Entenda como a Lei Menino Bernardo
alterou o Estatuto da Criança e do
Adolescente para promover uma
educação sem violência

https://www.childhood.org.br/educacao-sem-violencia-
conheca-a-lei-menino-bernardo

O nome da lei é uma homenagem ao caso de Bernardo Boldrini, menino de 11


anos assassinado por superdosagem de medicamentos em abril de 2014, na
cidade de Três Passos (RS). Os acusados do crime, pai e madrasta do menino e
dois amigos do casal, foram condenados à prisão em março de 2019. Segundo
as investigações da polícia, Bernardo era uma vítima constante de tratamentos
cruéis e degradantes por parte do pai e da madrasta e já havia procurado ajuda
para denunciar as ameaças que sofria.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o


uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em:
a) sofrimento físico; ou
b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de


tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:
a) humilhe; ou
b) ameace gravemente; ou
c) ridicularize.
VAMOS PRATICAR?
4- (IBAM)Responda a questão considerando a Lei n°
8.069 de 13/07/90 que dispõe sobre o Estatuto da
Criança e do Adolescente - ECA.

Considera-se tratamento cruel ou degradante a


conduta ou forma cruel de tratamento em relação à
criança ou ao adolescente que, exceto:
A) humilhe.
B) resguarde.
C) ameace gravemente.
D) ridicularize.
Artigo 18-B
Os pais, os integrantes da família ampliada, os
responsáveis, os agentes públicos executores de
medidas socioeducativas ou qualquer pessoa
encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes,
tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem
castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer
outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão
aplicadas de acordo com a gravidade do caso:
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção
à família;
II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento
especializado;
V - advertência.
VI - garantia de tratamento de saúde especializado à vítima.

Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas


pelo Conselho Tutelar, sem prejuízo de outras providências
legais.
Artigo 53
A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - direito de ser respeitado por seus educadores;
III - direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias
escolares superiores;
IV - direito de organização e participação em entidades estudantis;
V - acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência, garantindo-se
vagas no mesmo estabelecimento a irmãos que frequentem a mesma etapa ou
ciclo de ensino da educação básica. (Redação dada pela Lei nº 13.845, de 2019)

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo


pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais.
Artigo 54
É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não


tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente
trabalhador;
VII - atendimento no ensino fundamental, através de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito
público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo
poder público ou sua oferta irregular importa
responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos
no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar,
junto aos pais ou responsável, pela frequência à escola.
VAMOS PRATICAR?
5-(IBAM) Responda a questão considerando a Lei n° 8.069 de 13/07/90
que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.

É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente:

A) ensino fundamental, obrigatório e gratuito, apenas para aqueles que


estiverem na idade própria.
B) progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino
superior.
C) atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino.
D) atendimento em creche e pré-escola exclusivamente às crianças de três
a cinco anos de idade.
Artigo 55
Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular
seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino.
Artigo 56
Os dirigentes de estabelecimentos de ensino
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os
casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
esgotados os recursos escolares;
III - elevados níveis de repetência.
VAMOS PRATICAR
6- (IBAM) Qual alternativa não completa o
enunciado abaixo?
Os dirigentes de estabelecimentos de ensino
fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os
casos de:
A)maus-tratos envolvendo seus alunos.
B)reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar,
esgotados os recursos escolares.
C)elevados níveis de repetência.
D)defasagem cultural e social.
Artigo 57
O poder público estimulará pesquisas, experiências e
novas propostas relativas a calendário, seriação,
currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas
à inserção de crianças e adolescentes excluídos do
ensino fundamental obrigatório.
Artigo 58
No processo educacional respeitar-se-ão os valores
culturais, artísticos e históricos próprios do contexto
social da criança e do adolescente, garantindo-se a
estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de
cultura.
ARTIGO 59
Os municípios, com apoio dos estados e da União,
estimularão e facilitarão a destinação de recursos e
espaços para programações culturais, esportivas e de
lazer voltadas para a infância e a juventude.
Art. 59-A. As instituições sociais públicas ou privadas que
desenvolvam atividades com crianças e adolescentes e que
recebam recursos públicos deverão exigir e manter certidões
de antecedentes criminais de todos os seus colaboradores, as
quais deverão ser atualizadas a cada 6 (seis) meses.
(Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)

Parágrafo único. Os estabelecimentos educacionais e similares,


públicos ou privados, que desenvolvem atividades com
crianças e adolescentes, independentemente de recebimento
de recursos públicos, deverão manter fichas cadastrais e
certidões de antecedentes criminais atualizadas de todos os
seus colaboradores. (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024)
VAMOS PRATICAR?
7-(IBAM) Responda a questão considerando a Lei n° 8.069 de 13/07/90
que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.

“No processo educacional respeitar-se-ão os valores _______________ ,


_______________ e __________________ próprios do contexto social da
criança e do adolescente, garantindo-se à estes a liberdade da criação
e o acesso as fontes de cultura."
Assinale a alternativa que apresenta os três valores ausentes no
texto.

A) culturais, artísticos e históricos.


B) religiosos, políticos e históricos.
C) financeiros, políticos e artísticos.
D) sociais, financeiros e religiosos.
Artigo 60
É proibido qualquer trabalho a menores de quatorze
anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
TRABALHO DO MENOR - O QUE PODE
E O QUE NÃO PODE?

http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/
trabalhomenor.htm

Os artigos 402 ao 441 da CLT tratam do Trabalho do Menor, estabelecendo as


normas a serem seguidas por ambos os sexos no desempenho do trabalho.
A Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXXIII considera menor o
trabalhador de 16 (dezesseis) a 18 (dezoito) anos de idade.
Segundo a legislação trabalhista brasileira é proibido o trabalho do menor de
18 anos em condições perigosas ou insalubres. Os trabalhos técnicos ou
administrativos serão permitidos, desde que realizados fora das áreas de risco
à saúde e à segurança.
Ao menor de 16 anos de idade é vedado qualquer trabalho, salvo na condição
de aprendiz a partir de 14 anos
Artigo 67
Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar
de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em
entidade governamental ou nãogovernamental, é vedado
trabalho:
I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia
e as cinco horas do dia seguinte;
II - perigoso, insalubre ou penoso;
III - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao
seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;
IV - realizado em horários e locais que não permitam a
frequência à escola.
Artigo 69
O adolescente tem direito à profissionalização e à
proteção no trabalho, observados os seguintes
aspectos, entre outros:
I - respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento;
II - capacitação profissional adequada ao mercado de
trabalho.
OBSERVE:
O artigo a seguir (70) sofreu várias alterações no ano de
2022, temos que ficara tentos pois as bancas gostam de
artigos que foram alterados e pouco divulgados.
Artigo 70
É dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou
violação dos direitos da criança e do adolescente.
Artigo 70-A
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão atuar de forma articulada na
elaboração de políticas públicas e na execução de ações destinadas a coibir o uso de castigo
físico ou de tratamento cruel ou degradante e difundir formas não violentas de educação de
crianças e de adolescentes, tendo como principais ações:
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
I - a promoção de campanhas educativas permanentes para a divulgação do direito da criança
e do adolescente de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de
tratamento cruel ou degradante e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos;
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
II - a integração com os órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública, com o Conselho Tutelar, com os Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente e com as entidades não governamentais que atuam na promoção, proteção e
defesa dos direitos da criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
III - a formação continuada e a capacitação dos profissionais de saúde, educação e assistência
social e dos demais agentes que atuam na promoção, proteção e defesa dos direitos da
criança e do adolescente para o desenvolvimento das competências necessárias à
prevenção, à identificação de evidências, ao diagnóstico e ao enfrentamento de todas as
formas de violência contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
IV - o apoio e o incentivo às práticas de resolução pacífica de conflitos que envolvam
violência contra a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

V - a inclusão, nas políticas públicas, de ações que visem a garantir os direitos da


criança e do adolescente, desde a atenção pré-natal, e de atividades junto aos pais
e responsáveis com o objetivo de promover a informação, a reflexão, o debate e a
orientação sobre alternativas ao uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou
degradante no processo educativo; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)

VI - a promoção de espaços intersetoriais locais para a articulação de ações e a


elaboração de planos de atuação conjunta focados nas famílias em situação de
violência, com participação de profissionais de saúde, de assistência social e de
educação e de órgãos de promoção, proteção e defesa dos direitos da criança e do
adolescente. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014
VII - a promoção de estudos e pesquisas, de estatísticas e de outras informações
relevantes às consequências e à frequência das formas de violência contra a
criança e o adolescente para a sistematização de dados nacionalmente unificados
e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas;
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência

VIII - o respeito aos valores da dignidade da pessoa humana, de forma a coibir a


violência, o tratamento cruel ou degradante e as formas violentas de educação,
correção ou disciplina; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência

IX - a promoção e a realização de campanhas educativas direcionadas ao público


escolar e à sociedade em geral e a difusão desta Lei e dos instrumentos de
proteção aos direitos humanos das crianças e dos adolescentes, incluídos os
canais de denúncia existentes; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
X - a celebração de convênios, de protocolos, de ajustes, de termos e de
outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos
governamentais ou entre estes e entidades não governamentais, com
o objetivo de implementar programas de erradicação da violência, de
tratamento cruel ou degradante e de formas violentas de educação,
correção ou disciplina; (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)
Vigência
XI - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda
Municipal, do Corpo de Bombeiros, dos profissionais nas escolas, dos
Conselhos Tutelares e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às
áreas referidos no inciso II deste caput, para que identifiquem
situações em que crianças e adolescentes vivenciam violência e
agressões no âmbito familiar ou institucional;
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
XII - a promoção de programas educacionais que disseminem
valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa
humana, bem como de programas de fortalecimento da
parentalidade positiva, da educação sem castigos físicos e
de ações de prevenção e enfrentamento da violência
doméstica e familiar contra a criança e o adolescente;
(Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022) Vigência
XIII - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis
de ensino, dos conteúdos relativos à prevenção, à
identificação e à resposta à violência doméstica e
familiar. (Incluído pela Lei nº 14.344, de 2022)
Artigo 70-B
As entidades, públicas e privadas, que atuem nas áreas
da saúde e da educação, além daquelas às quais se
refere o art. 71 desta Lei, entre outras, devem contar,
em seus quadros, com pessoas capacitadas a
reconhecer e a comunicar ao Conselho Tutelar
suspeitas ou casos de crimes praticados contra a
criança e o adolescente.
(Redação dada pela Lei nº 14.344, de 2022)
Artigo 74 – sobre diversões e espetáculos
O poder público, através do órgão competente, regulará as
diversões e espetáculos públicos, informando sobre a
natureza deles, as faixas etárias a que não se
recomendem, locais e horários em que sua apresentação
se mostre inadequada.

Parágrafo único. Os responsáveis pelas diversões e


espetáculos públicos deverão afixar, em lugar visível e de
fácil acesso, à entrada do local de exibição, informação
destacada sobre a natureza do espetáculo e a faixa etária
especificada no certificado de classificação.
Artigo 75
Toda criança ou adolescente terá acesso às diversões e
espetáculos públicos classificados como adequados à
sua faixa etária.
Parágrafo único. As crianças menores de dez anos
somente poderão ingressar e permanecer nos locais de
apresentação ou exibição quando acompanhadas dos
pais ou responsável.
Artigo 78
As revistas e publicações contendo material impróprio
ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser
comercializadas em embalagem lacrada, com a
advertência de seu conteúdo.

Parágrafo único. As editoras cuidarão para que as capas


que contenham mensagens pornográficas ou obscenas
sejam protegidas com embalagem opaca.
Artigo 79
As revistas e publicações destinadas ao público infanto-
juvenil não poderão conter ilustrações, fotografias,
legendas, crônicas ou anúncios de bebidas alcoólicas,
tabaco, armas e munições, e deverão respeitar os
valores éticos e sociais da pessoa e da família.
Artigo 80
Os responsáveis por estabelecimentos que explorem
comercialmente bilhar, sinuca ou congênere ou por
casas de jogos, assim entendidas as que realizem
apostas, ainda que eventualmente, cuidarão para que
não seja permitida a entrada e a permanência de
crianças e adolescentes no local, afixando aviso para
orientação do público.
Artigo 81
É proibida a venda à criança ou ao adolescente de:
I - armas, munições e explosivos;
II - bebidas alcoólicas;
III - produtos cujos componentes possam causar
dependência física ou psíquica ainda que por utilização
indevida;
IV - fogos de estampido e de artifício, exceto aqueles que pelo
seu reduzido potencial sejam incapazes de provocar
qualquer dano físico em caso de utilização indevida;
V - revistas e publicações a que alude o art. 78;
VI - bilhetes lotéricos e equivalentes.
Artigo 82
É proibida a hospedagem de criança ou adolescente em
hotel, motel, pensão ou estabelecimento congênere,
salvo se autorizado ou acompanhado pelos pais ou
responsável.
Artigo 131 – sobre o Conselho Tutelar
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo,
não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar
pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos nesta Lei.
Artigo 132
Em cada Município e em cada Região Administrativa do
Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho
Tutelar como órgão integrante da administração
pública local, composto de 5 (cinco) membros,
escolhidos pela população local para mandato de 4
(quatro) anos, permitida recondução por novos
processos de escolha.
Artigo 133
Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão
exigidos os seguintes requisitos:

I - reconhecida idoneidade moral;


II - idade superior a vinte e um anos;
III - residir no município.
HORA DA REDAÇÃO
TEMA 1 TEMA 2
Com a promulgação do ECA, Sabemos que é dever de todos
uma nova perspectiva sobre zelar pela proteção das
os direito das crianças foi crianças e adolescentes,
estabelecido. entretanto, ainda vemos
Dentro se suas observações, vários casos de maus tratos
você acredita que o Brasil desse público.
preserva na sua totalidade na Dentro do ambiente escolar,
preservação dos direitos das quais medidas e prevenções a
crianças e dos adolescentes? escola poderia estar
providenciando para diminuir
esses episódios?
GABARITO
1B
2B
3A
4B
5C
6D
7A

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