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4.2. Bençaos Sacramentais PE CLAUDIR
4.2. Bençaos Sacramentais PE CLAUDIR
E
SACRAMENTAIS
BÊNÇÃO
O “Ritual de Bênçãos” é um livro
litúrgico de grande valor. Nele as bênçãos
estão divididas em cinco partes: Bênção de
pessoas, de objetos, de coisas destinadas
ao uso litúrgico, de objetos de piedade e,
finalmente, bênçãos para diversos fins.
RITUAL DE BÊNÇÃOS
CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO
Prot. N. 1200/84
DECRETO
As celebrações de bênção ocupam lugar de destacado
entre os sacramentais, instituídos pela Igreja para o bem-
estar pastoral do povo de Deus. Como ações litúrgicas
que são, tais ritos elevam os fiéis ao louvor de Deus e os
dispõem a alcançar o efeito principal dos sacramentos e a
santificar as diversas circunstâncias de sua vida.
Determinando o reexame da matéria, o
Concílio Ecumênico Vaticano II estabeleceu
que a celebração dos sacramentais levasse
em máxima conta a participação consciente,
ativa e fácil dos fiéis, e afastasse por
completo todo laivo porventura adquirido no
decorrer do tempo, que viesse a empanar o
brilho dos sacramentais em sua natureza e
fins.
O mesmo Concílio decidiu, também,
manter pouquíssimas bênção reservadas, e
apenas em favor dos bispos e ordinários, e
dar oportunidade para que certos
sacramentais possam ser administrados, ao
menos em certas circunstâncias especiais e a
critério do Ordinário, por leigos revestidos
de qualidades convenientes.
Em obediência a essas determinações, a
Congregação para o Culto Divino preparou um
novo título do Ritual Romano, que o Papa João
Paulo II, com autoridade apostólica, aprovou e
mandou publicar.
A mesma Congregação, portanto, traz a
público, por mandado especial do Sumo Pontífice,
o Ritual de Bênção que, redigido em língua
vernáculas, quando forem reconhecidas pela Sé
Apostólica as traduções, na data determinada pelas
Conferências Episcopais.
Revogadas as disposições em contrário.
Da sede da Congregação para o Culto
Divino, no dia 31 de maio de 1984.
+ VERGILIUS NOÉ
Arc. Tit. de Voncaria
Secretário
A vida do cristão é marcada por celebrações
que nos direcionam para a santidade. Logo que
nascemos, nossos pais celebram o batismo,
necessário pelo desejo da salvação, no qual o recém-
nascido é regenerado como filho de Deus. Então,
incorporado à Igreja, o cristão prossegue no
caminho da salvação por meio da celebração dos
demais sacramentos, que constituem sinais e meios
com que se exprime e fortalece a fé, presta-se culto
a Deus, opera-se a santificação e, portanto,
contribui para fomentar, confirmar e manifestar a
comunhão eclesial.
Ao atingir a idade da discrição (cerca de sete
anos), o cristão pode celebrar o sacramento da
Eucaristia, vinculando-se mais perfeitamente à
Igreja. Com a celebração da Santíssima Eucarística,
alcança-se o auge e a fonte de todo o culto da vida
cristã, pelo qual se constitui e se realiza a unidade
do povo de Deus. No decorrer da vida, pelos pecados
inerentes à natureza imperfeita do homem, celebra-
se o sacramento da penitência, em que os fiéis que
confessam seus pecados e arrependidos com o
propósito de se corrigirem, recebem o perdão e a
reconciliação com a vida da santidade.
Chega, então, o momento da vida em que o
cristão (varão) que se sente chamado necessita
tomar uma decisão importante, optando por ser
constituído ministro sagrado, isto é, ser consagrado
sacerdote, desempenhando na pessoa de Cristo as
funções de ensinar, santificar e reger; ou então
preferindo a celebração do pacto matrimonial,
quando homem e a mulher constituem entre si o
consórcio íntimo de toda a vida, ordenado por sua
índole natural ao bem dos cônjuges e à procriação e
educação da prole
■ A Igreja também se faz presente nos momentos de
fraqueza do corpo, conferindo aos cristãos a
unção dos enfermos, pela qual a Igreja
encomenda ao Senhor, sofredor e glorificado, os
fiéis perigosamente doentes, para que os alivie e
salve. São esses os momentos da vida do cristão
em que são celebrados os sacramentos.
■ Para que sejam santificadas as demais
circunstâncias da vida cristã, a Igreja instituiu
também os sacramentais. Estes são sinais
sagrados que se obtêm pela oração da Igreja, com
seus efeitos principalmente de ordem espiritual.
Os sacramentais são instituídos para a
santificação da igreja, ou seja, do povo de Deus,
de circunstâncias muito variadas da vida cristã,
bem como do uso de coisas úteis ao homem.
■ O mais conhecido dos sacramentais é a água
benta, que nos remete ao sacramento do batismo.
Há também os sacramentais encontrados na
celebração litúrgica, como o altar, o cálice e os
santos óleos. Por objetos particulares, podem ser
citados como exemplos o crucifixo e o escapulário.
Esses pequenos objetos, gestos e sinais nos trazem
a lembrança da vida, morte e ressurreição de
Jesus Cristo, proporcionando uma constante
manifestação de fé.
■ O Evangelho nos conta com que assombro as mulheres
que, ao buscar Jesus em seu túmulo e encontrá-lo vazio,
foram questionadas: “Por que procurais entre os
mortos aquele que está vivo?” (Lc 24,5).
■ Nas palavras do Santo Papa João Paulo II: “Graças a
uma genuína descoberta do sentido dos ritos e à sua
adequada valorização, as celebrações litúrgicas,
sobretudo as sacramentais, serão capazes de exprimir
cada vez melhor a verdade plena acerca do nascimento,
da vida, do sofrimento e da morte, ajudando a viver
essas realidades como participação no mistério pascal
de Cristo morto e ressuscitado”.
■ Enquanto os sacramentos são celebrados como
sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e
confiados à Igreja, através dos quais o cristão são
direcionados para a vida em santidade, os
sacramentais são sinais cotidianos da presença
verdadeira de Jesus Cristo para situar os fiéis
como participantes da vida divina, assegurando-
lhes, em todos os momentos, o ânimo espiritual
necessário para que possa realizar plenamente o
verdadeiro significado do viver, do sofrer e do
morrer por Jesus Cristo.
■ Por que a Igreja instituiu os sacramentais ou bênçãos?
■ A Sagrada Escritura atesta que todo membro do Povo
de Deus é chamado a ser uma bênção (ver Gn 12,2: em
ti serão abençoadas todas as gentes) e a abençoar:
bendizei, pois a isto fostes chamados (1Pe 3,9; ver Lc
6,28; Rm 12,14).
■ Por isso, ao lado de bênçãos que a Igreja estabeleceu
para uso do Santo Padre (por exemplo, a bênção “urbi
et orbi”, “para a cidade de Roma e para o mundo”),
Bispos, Presbíteros, Diáconos e os Leigos Cristãos
também podem conferir numerosas bênçãos (por
exemplo, a bênção das refeições, a bênção dos filhos
■ Por que se chamam Bênçãos ou "sacramentais”?
■ Porque, como os sacramentos, são sinais sagrados, que significam
efeitos principalmente espirituais, obtidos pela oração da Igreja.
■ São fruto do sacerdócio comum de todos os fiéis batizados,
membros do Corpo de Cristo, Povo de Sacerdotes.
■ A diferença está em os sacramentais não foram instituídos como
os sacramentos pelo próprio Jesus. Por isto os sacramentais
dependem da fé com que são dados e recebidos, enquanto que os
sacramentos dependem só da Palavra do Senhor. Os
sacramentos, com efeito, realizam o que significam apenas pela
força desta Palavra. Por exemplo: Isto é o meu Corpo depende
apenas da vontade e da palavra de Jesus, e não da fé ou não fé de
determinada pessoa. Enquanto que a bênção depende da fé quem
dá e de quem recebe.
■ Como são dadas as bênçãos?
■ No costume aprovado da Igreja, geralmente
compreendem uma oração, a imposição das
mãos, com ou sem sinal da Cruz ou a aspersão da
água benta. Quanto mais a bênção se referir à
vida da comunidade e da Igreja, ou estiverem
ligadas à vida sacramental (bênção das alianças
no casamento) elas estarão reservadas ao
ministério ordenado). O uso do sinal da cruz, no
entanto, é muito recomendado
CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO §
1170
“As bênçãos, a serem dadas
principalmente aos católicos, podem
ser concedidas também aos
catecúmenos, e até aos não-
católicos, salvo proibição da Igreja”.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA § 1078
■Consagração de pessoas
■ Igrejas;
■Altares;
■Sempre a serviço de Deus;
Os sacramentais nos ajudam A ENTENDER: