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Universidade Federal do Espírito Santo

Centro Universitário Norte do Espírito Santo


Programa de Pós-Graduação em Energia

Variabilidade espacial da entalpia em


aviários durante a fase de aquecimento

Prof. Dr. George Ricardo Santana Andrade.


Disciplina: Princípios de Conservação.
Discente: Naiara Tomazelli Giuriatto.

São Mateus, 2023


SUMÁRIO

1.
INTRODUÇÃO...............................................................3
2. MATERIAL E MÉTODOS...............................................4
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................12
4. CONCLUSÕES............................................................21
5. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS.............................22

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1. INTRODUÇÃO
• Sistema de Produção Avícola;

• Máxima produtividade com o menor custo;

• Pintinhos Sistema Termorreguladores;

• Entalpia (H);

• Analisar a estrutura e a variabilidade espacial da


entalpia, em um aviário, durante a fase de
aquecimento das aves, através da geoestatística.

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2. MATERIAL E MÉTODOS
• Aviário comercial de frangos de corte, no oeste de
Minas Gerais;

• O estudo aconteceu na Primavera, no ano de 2010;

• Clima temperado ameno, temperaturas moderadas,


verão quente e chuvoso;

• 13 m de largura, 160 m de comprimento e pé-direito de


3 m;

• Piso de concreto, cama de casca de arroz, cortinas e


cobertura em lona plástica amarela e é forrado com
telha de fibrocimento de 6 mm de espessura. 4
2. MATERIAL E MÉTODOS

• As cortinas internas são retiradas quando as aves tem


5 dias de idade;

• As cortinas externas são manejadas de acordo com as


condições climáticas;

• Ambiente interno é aquecido por 2 fornalhas artesanais,


distantes 40 m uma da outra, e que utilizam lenha
(biomassa) como combustível;

• Área interna do galpão é delimitada por chapa de


compensado para que os pintinhos fiquem próximos ao
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aquecimento.
2. MATERIAL E MÉTODOS

• No primeiro dia de vida as aves são distribuídas em 54


aves/m²;

• Depois aumenta-se a área útil para reduzir a densidade


de lotação até chegar em 13 aves/m²;

• O galpão possuía 28.000 pintos machos, de 1 a 14 dias


de idade, com acesso a água e iluminação contínua;

• A dieta atendia aos nutrientes necessários para cada


fase de crescimento.
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2. MATERIAL E MÉTODOS

• Para realizar o cálculo da entalpia foram feitas as


seguintes medições:
– A uma altura de 10 cm da cama:
• Temperatura de bulbo seco ();
• Temperatura de ponto de orvalho (;
• Umidade relativa do ar (UR);

– Medições realizadas em intervalos de 5 minutos,


entre 8h às 10h.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

• Segundo Rodrigues et.al (2010) a equação mais


confiável para se calcular a entalpia em um ambiente
animal é:

• Onde:
– H = Entalpia (KJ/kg) ar seco;
– W = Proporção de mistura (KJ/kg) ar seco;
– = Temperatura bulbo seco (ºC);

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2. MATERIAL E MÉTODOS

• Para a espacialização e para o mapeamento da


Entalpia (H), foram selecionadas coordenadas
geográficas:
– Ponto inicial: extremidade oeste (0;0);
– Ponto final: extremidade leste (13;60);
– Fornalhas: (6,5;60) e (6,5;100).

• Os sensores para medição das temperaturas mudavam


de posição de acordo com a mudança da chapa de
compensado.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

• A dependência espacial da H no aviário durante a fase


de aquecimento dos pintos foi analisada através de
ajustes de semivariogramas e interpolação por
krigagem ordinária;

• Para a qualidade do ajuste foi utilizado o grau de


dependência espacial (DSD) dos atributos;
– efeito pepita < 25% da soleira - forte dependência espacial;
– efeito pepita entre 25% e 75% - dependência espacial
moderada;
– efeito pepita > 75% - fraca dependência espacial.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

• Após o ajuste dos semivariogramas, os dados foram


interpolados por krigagem ordinária para permitir a
visualização dos padrões de distribuição espacial da
entalpia dentro do aviário durante a fase de
aquecimento;

• Kriging é o método de interpolação usado em


geoestatística;

• A análise geoestatística e a plotagem dos mapas foram


realizadas utilizando o programa estatístico R, por meio
do pacote geoR.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Todos os dias estudados apresentaram variabilidade


espacial de H no interior do aviário.

O sistema de calefação não estava funcionando de forma


a garantir a homogeneidade da distribuição espacial da
entalpia.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Figura 1: Distribuição espacial da Entalpia (H) nos dias 1(A), 2(B), 3 (C), 4 (D), 5 (E), 6
(F) e 7 (G).
Fonte: Ferraz, et al. (2016).
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• Ineficiência do sistema de aquecimento adotado, tanto
em aquecer o ambiente quanto em manter esse
aquecimento uniformemente;

• A H variou de 56 a 90 kJ;

• Na primeira semana de vida, os valores ideais de H


variam de 73 a aproximadamente 102 kJ/kg ar seco.

• Estes pontos azuis claros estão próximos das


coordenadas (6,5; 60) que indicam a posição de um
dos fornos, evidenciando uma falha neste sistema de
aquecimento.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Gráfico 1- Frequência de ocorrência (%) da H nas classes abaixo, ideal e acima do


recomendado para a primeira semana de vida, obtidos por krigagem.
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Fonte: Ferraz, et al. (2016).
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

• O controle do ambiente térmico deve ser maior nas


primeiras semanas, pois essa situação pode:
– comprometer a formação do sistema termorregulador;
– provocar o desenvolvimento de doenças no aparelho
respiratório;
– prejudicar o desenvolvimento e a produtividade das aves;
– Comprometer toda a fase de produção.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Figura 2 - Distribuição espacial da Entalpia (H) nos dias 8(A), 9(B), 10(C), 11(D), 12(E),
13(F) e 14(G).

Fonte: Ferraz, et al. (2016).


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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Gráfico 2 - Frequência de ocorrência (%) da H nas classes abaixo, ideal e acima do


recomendado para a segunda semana de vida, obtidos por krigagem .
Fonte: Ferraz, et al. (2016). 18
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
• Os pintos devem ser mantidos em ambientes com
valores de H entre 60 e 101 kJ/kg ar seco;

• Os valores de H variaram de 55 a 90 kJ/kg ar seco;

• Na segunda semana de vida, os pintos foram


submetidos à condição de conforto térmico na maior
parte do tempo;

• Aprodução de frangos de é alcançada quando os


animais são criados em ambiente termicamente
adequado.
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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

• Em muitos momentos durante o período estudado, os


valores de H obtidos no ambiente ficaram fora da zona
de conforto para os pássaros;

• Ficou evidente a ocorrência de situações inadequadas


e estressantes para as aves, que são as prováveis
causas de perdas produtivas e econômicas no rebanho
de animais estudado.

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4. CONCLUSÕES

• Tanto os semivariogramas quanto a interpolação por


krigagem, demonstraram a variação de entalpia (H)
dentro do aviário.

• Não uniformidade da distribuição de entalpia;

• Existência de falhas no sistema de aquecimento em


algumas regiões do aviário;

• Que gera além de desconforto aos animais, perdas


produtivas e econômicas.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FERRAZ, P. F. P. et al. Spatial variability of enthalpy in broiler house during
the heating phase. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental.
Campina Grande: v.20, n.6, p. 570-575, 2016.

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Obrigada!

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