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TERESINA - PIAUÍ
2009
CENTRO DE ENSINO SUPERIOR PIAUIENSE
TERESINA - PIAUÍ
2009
“Nada lhe posso dar que já não exista em você
tudo.
vitória.
conquistas.
AGRADECIMENTOS
Este trabalho tem por objetivo caracterizar e estudar quais são as causas,
sintomas e tratamento da dislexia, demonstrando seus principais aspectos e
modalidades, os tipos e os tratamentos que sejam possíveis, embora essa síndrome seja
uma dificuldade presente nas salas de aulas, ela ainda é de difícil entendimento, e por
essa razão, muitas vezes as crianças que passa por essa dificuldade são mal
interpretadas, tornando-se mais difícil o diagnostico. Por esse fato, faz-se necessário que
os educadores estejam sempre atentos sobre o que é dislexia, assim evita-se um
diagnostico tardio, o que facilita o tratamento. Reconhecer quais são os critérios
utilizados para determinar o diagnostico de crianças disléxicas, com o intuito de
encontrar subsídios de como trabalhar com alunos com esse transtorno de aprendizagem
na escola. O presente trabalho foi organizado em capítulos tratando de uma ampla
pesquisa sobre essa síndrome, foi também utilizada uma pesquisa bibliográfica, e tem
como base os elementos que caracterizam a dislexia. Sendo assim, chega-se um
processo de profunda reflexão critica frente à necessidade de um trabalho pedagógico e
eficaz, e que possibilite o sucesso escolar de uma criança com dislexia. Sabemos que
essa pesquisa será importantíssima para todos os educadores, pois é grande a
dificuldade em encontrar alternativas que ajudem a identificar as causas o os sintomas
da dislexia. Serão abordadas as leis e alguns os projetos que amparam uma criança com
dislexia. Será mostrada também, uma nova modalidade de um programa de software
desenvolvido para aperfeiçoar os processos verbais e não verbais das crianças que
apresentam esta síndrome. E também foram abordadas com brevidade, novas
experiências de pesquisas do Projeto Genoma, mas que atualmente ainda estão em fase
de pesquisa.
TABELAS
1. INTRODUÇÃO 09
2. SÍNDROME CHAMADA DISLEXIA 11
2.1 O QUE É A DISLEXÍA 11
2.2 COMO SE INDENTIFICA A DISLEXÍA 13
2.3 TIPOS DE DISLEXIA 16
2.4 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR ONDE OS PRINCIPAIS
PROFISSIONAIS QUE PODEM AJUDAR AO ALUNO DISLÉXICO 19
2.5 COMO DIAGNOSTICAR A DISLEXÍA 26
2.6 SOFTWARE DE APOIO AO DISLEXICO 28
2.7 GENES ESTUDADOS QUE PODEM ESTAR RELACIONADO
À DISLEXIA 30
3. METOLOGIA E PROCEDIMENTO DE PESQUISA DOS
TRABALHOS DE CAMPO 31
3.1 ESTUDOS DOS RELATÓRIOS 33
4. CÓDIGO DE LEIS QUE AMPARAM A PESSOA DISLÉXICA 34
4.1 CONSTUIÇÃO FEDERAL 34
4.2 LEIS FEDERAIS 35
4.3 LEIS ESTADUAIS 38
4.4 DECRETO DE LEIS 39
4.5 OUTRAS DELIBERAÇÕES, INICAÇÕES E PARECERES 40
5. CONCLUSÃO 44
BIBLIOGRAFÍA
1. INTRODUÇÃO
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um diagnóstico preciso feito por uma equipe especializada. Foi mostrado um programa
de computador, desenvolvido com ajuda da fonoaudióloga Dra. Cristina Murphy, com
intuito da mesma, desenvolver a parte de verbal, e não verbal da criança disléxica.
Foram abordadas novas experiências de pesquisas do projeto genoma, mas que são
experiências novas, e requer um melhor aprofundamento acadêmico.
CAPITULO III, METOTOLOGIA E PROCEDIMENTO DE PESQUISA DOS
TRABALHOS DE CAMPO, foi feito uma entrevista junto a AND através da presidente
Dra Maria Ester, e a mesma forneceu importantes informações do dia a dia de pessoas
disléxicas, inclusive com as resposta a perguntas previamente feitas a ela.
CAPITULO IV, CODIGO DE LEIS QUE AMPARAM A PESSOAS
DISLÉXICAS, neste capitulo foi abordado, algumas leis e projetos de lei, e instrumento
legais que protege a pessoa disléxica.
CAPITULO V, CONCLUSÃO, foi feito a conclusão contendo fatos relevantes
que foram identificados na confecção da monografia.
CAPITULO VI, REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS, foi disponibilizado as
referências bibliográficas, documentos jurídicos em meio eletrônico, referência com
parte de monografia em meio eletrônico, documento iconográfico, documento
iconográfico de meio eletrônico.
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2. SINDROME CHAMADA DISLEXIA
Dislexia é uma palavra grega que quer dizer distúrbio de linguagem. Abrangendo:
leitura escrita e soletração ou uma combinação de duas ou três destas dificuldades.
Caracteriza-se por alterações quantitativas e qualitativas.
É um problema que quando mais cedo for detectado melhor. “Assim há
possibilidade de uma intervenção terapêutica, assim podendo ajudar a criança a se
desenvolver melhor, sendo capaz de amenizar as dificuldades e desenvolver novas
habilidades que possam fazer com que ela não sofra tanto na escola e também em outras
situações nas quais depende da leitura e escrita.” Assim indica o orientador educacional,
fundador e membro da diretoria da ABD - Associação Brasileira de Dislexia, Mario
Ângelo Braggio. Outro fato muito importante sobre a síndrome é a indicação da não
dominância hemisférica cerebral – o que pode estar associado às dificuldades no
estabelecimento da lateralidade o que traz também transtornos na aprendizagem.
A dificuldade da dislexia não está na audição ou no reconhecimento das formas
gráficas, também não está na memorização dos nomes das letras. O que acontecem com
eles é que não conseguem, digamos assim traduzir de forma adequada e imediata, as
unidades mínima da fala que são fonemas, para os sinais gráficos convencionais como
seus representantes, falta para a criança presteza nessa tradução (FAGUNDES, 2002
p71).
A dislexia sendo uma síndrome de origem neurológica, ela pode ser genética
desenvolvida ou adquirida. O disléxico é potencialmente um mal leitor, embora a
criança consiga ler, mas lê mal, sua leitura é lenta é sofrível. Só um neurologista, a
rigor, tem a competência técnica, em equipe multidisciplinar, juntamente com os
psicólogos e pediatras podem a firmar se uma criança é ou não disléxica. Sendo uma
síndrome para tratamento médico, embora não seja uma doença para os educadores, o
que inclui pedagogos, psicólogos e profissionais de ensino.
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classificar como dislexia adquirida, de desenvolvimento, central, periférica, de
superfície e profunda. A dislexia é uma dificuldade específica na aprendizagem da
leitura com repercussão, muitas vezes, na ortografia (disortográfica). O disléxico mais
comum no âmbito escolar são aqueles que, sem consciência fonológica, apresentam
dificuldade de fazer o reconhecimento da palavra escrita, ou seja, não conseguem
transformar as letras em sons da fala, fonemas da língua como vogais semivogais e
consoantes. Os primeiros sinais de que a pessoa pode apresentar dislexia, tendem
manifestarem-se através de problemas de aprendizagem, dificuldades na linguagem
oral, quando não há associação de símbolos gráficos às suas componentes auditivas,
dificuldades em seguir orientações e instruções, dificuldades de memorização auditiva,
problemas de atenção e ou de lateralidade.
Na leitura ou na escrita, a pessoa pode confundir algumas letras, como por
exemplo: “f “ com o “v”; “p” com o “b”; “ch” com o “j”; “p” com o “t”; “v” com o “z”,
“b” com o “d”, entre outros; ou, fazer possíveis inversões, tais como:: “ai” com o “ia”;
“per” com o “pré”; “fla” com o “fal”; “cubido” com a palavra “bicudo”, entre outras;
podendo fazer ainda omissões tais como: “livo” que tinha um significado “livro’; “bata”
que tinha um significado “batata”; estes são alguns exemplos na leitura de uma pessoa
disléxica.. Sendo assim, esta é uma dificuldade específica na aprendizagem da leitura
com repercussão, muitas vezes, na ortografia, também chamada de disortografia. O
aluno disléxico torna-se mais comum no âmbito escolar, e são aqueles que, sem
consciência fonológica, apresentam dificuldade de fazer o reconhecimento da palavra
escrita, ou seja, não conseguem transformar as letras em sons da fala, fonemas da língua
como vogais semivogais e consoantes. Sendo assim, a dislexia é a incapacidade parcial
da criança ler compreendendo o que se lê, apesar da inteligência normal, audição ou
visão normal e de serem oriundas de lares adequados, isto é, que não passem privação
de ordem doméstica ou cultural. Encontramos disléxicos em famílias ricas e pobres.
Enquanto as famílias de melhores condições podem levar o filho a um psicólogo,
neurologista ou psicopedagogo, uma criança, de família com condições inferiores,
estudando em escola pública, tende a agravar a dificuldade persistir com o transtorno de
linguagem na fase adulta.
Talvez, por essa razão, isto é, por uma questão de classe social, a dislexia seja
uma doença da classe média, exatamente porque, os pais conseguem diagnosticar a
dificuldade, e inicia à intervenções médicas e psicopedagógica. Sabe-se que são muitos
os distúrbios de aprendizagem que afligem as crianças de nossas escolas. Estes
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distúrbios têm vários sintomas, e dentre eles podemos destacar a dislexia, que é muito
mais comum do que se imagina. Vivemos em um mundo tão moderno onde há
professores que ainda não sabem ou nunca ouviram falar sobre essa diferença de
aprendizado.
FIGURA 1
13
de riscos mais precoces, colocarem a hipótese do seu diagnostico e encaminha-lhos para
uma avaliação e intervenção especializada.
Para se fazer um diagnostico mais preciso sobre a dislexia deve-se verificar
inicialmente a historia familiar, se existe ou já existiu algum caso de dificuldade de
aprendizagem e se na historia desenvolvimento mental da criança ocorreu um atraso na
aquisição da linguagem, As crianças ou adultos disléxicos pensam primariamente
através de imagens e sentimentos, e não com sons e palavras,sendo assim bastante
intuitivos.
Na leitura notam-se as confusões de grafemas cuja correspondência fonética é
próxima ou cuja forma é aproximada como a existência de inversões, omissões e
substituições de letras e silabas ao nível da frase. Existe uma grande dificuldade nas
pausas e no ritmo como revelam uma analise compreensiva da informação lida muito
deficitária, ou seja, muita dificuldade em compreender o que lêem.
As principais manifestações da dislexia nas competências da leitura e escrita;
Velocidade de leitura bastante lenta para a idade e para o nível escolar;
Leitura silábica sem ritmo;
Problemas na compreensão semântica e na análise compreensiva de textos lidos;
Substituição de palavras inteiras por outras semanticamente vizinhas;
Dificuldades em exprimir as suas idéias e pensamentos em palavras;
Dificuldades acentuadas ao nível da consciência fonológica descodificação,
descodificação grafema-fonema;
Confusão entre letras silaba ou palavras com grafia similar, mas com diferente
orientação no espaço: b-d; d-p; b-q; d-q; n-u; a-e.;
Inversões parciais ou totais de silabas ou palavras: ai-ia; per-pré; fla-fal; me-em;
sal-las; pla-pal; ra-ar;.;.
Substituição de palavras por outras de estrutura similar, porém com significado
diferente: saltou-salvou; cubido-bicudo;.
Adição ou omissão de sons, sílabas ou palavras: famosa-fama, casaco-casa,
livro-livo, batata-bata;
Ilegibilidade da escrita: letra rasurada, disforme e irregular, presença de muitos
erros ortográficos e dificuldades ao nível da estruturação e seqüenciarão lógicas das
idéias, surgindo estas desordenadas e sem nexo (também a nível verbal);
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Outros sintomas que podem estar associados são:
Dificuldades na memória auditiva imediata;
Problemas ao nível da motricidade fina e do esquema corporal;
Problemas na percepção visuo-espacial;
Problemas na orientação espaço-temporal;
A escrita pode surgir em espelho;
Problemas ao nível da dominância lateral: lateralidade difusa confunde a direita
e esquerda.
Identificar as deficiências de leitura é de suma importância, pois ao detectar o
quanto antes fica mais fácil criar métodos eficazes para auxiliar as crianças que
apresentam tais problemas. Essa preocupação tem mobilizado várias categorias de
profissionais, como por exemplo: psicopedagogos, fonoaudiólogos, professores,
psicólogos que estejam engajados em desenvolver estratégias de avaliação e até mesmo
de intervenção. Pois somente mediante a uma compreensão geral do problema, com
coleta de dados e analises de casos, é que se pode pensar em como agir dependendo de
cada situação encontrada, então, deve-se encontrar uma a melhor forma de sanar as
deficiências.
Dificuldades no campo da dislexia, quando não tratadas e sendo apresentadas com
freqüência, tendem a gerar comportamentos negativos, causando algumas vezes,
inquietações e até perturbações. Considerando a atual preocupação governamental com
os problemas educacionais, vale ressaltar que a identificação precoce de casos de
deficiência aquisitiva, como a dislexia, gera um menor custo no tratamento, uma
vantagem econômica, do que situações detectadas tardiamente, tendo em vista, que o
tratamento através de um programa de ensino, para crianças de 6 anos, durante um ano,
é bem mais barato do que proporcionar um programa por meio de uma ajuda diária a
uma criança de dez anos que foi diagnosticada com atraso.
Outra opção para identificar alunos que apresentam dificuldades de leitura, quando é
proposta uma atividade de paráfrase, ou seja, recontar o texto com suas próprias
palavras, testando habilidades de memória, entendimento, organização e competência
lingüística; pois alguns alunos não apresentam dificuldades em ler e pronunciar, mas
eles decodificam sem obter nenhuma extração de sentido daquilo que estão lendo.
A maioria das crianças que apresentam dislexia começam a falar tardiamente, e
podem ser identificadas essas deficiências quando não conseguem ou sentem
dificuldades ao utilizar estratégias fonológicas para ler e escrever palavras
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desconhecidas ou longas. É preciso detectar os fracassos de ordem cognitiva ou se
ocorre inadaptações visuais, acústicas ou de memória, ou mesmo, pela falta de
informação não-visual, que é o conhecimento prévio que o leitor já deve possuir em sua
mente para interagir com conhecimento a ser aprendida, ou seja, informação visual,
texto ou algo impresso, e a falta de informação não-visual dificulta a leitura, daí então a
atribuição do significado para facilitar o ato de ler.
Os educadores podem detectar estes distúrbios se atentarem para os aspectos
fonológicos, semânticos, sintáticos que ocasionam dificuldades no desempenho da
aquisição da leitura.. Mas é necessário que estejam presentes todos os aspectos
indicadores em simultâneo, para que seja diagnosticado um caso de dislexia. Estes
indicadores devem apenas alertar para a possibilidade de um possível caso de dislexia,
já que é preciso compreender a razão destes comportamentos.
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podendo depender da gravidade do caso. Em casos onde haja também um distúrbio de
fala e audição, serão diagnosticado por um fonoaudiólogo; caso haja dificuldades
motoras de lateralidade serão diagnosticado por um psicomotricista, e, nestes casos,
também é aconselhável que um psicólogo acompanhe o tratamento e desenvolva
atendimento paralelo.
DISLEXIA ADQUIRIDA: É a dislexia que vem através de um acidente
vascular cerebral, e também, outros acidentes ou distúrbios que podem causar a dislexia
adquirida. Neste caso, o individuo antes escrevia e lia normalmente, mas passa a ter
períodos de dislexia, ele não consegue ler ou escrever, fazendo com algumas
dificuldades. e podem apresentar falhas na lateralidade. Dependendo do grau de
dificuldade é também necessário um tratamento multidisciplinar, mas neste caso,.é bem
provável que somente o psicopedagogo e o neurologista, ou psiquiatra sejam
solicitados. Caso o acidente também tenha afetado a lateralidade, um psicomotricista
será necessário, ou se a fala e audição estiverem comprometidas também o
fonoaudiólogo. Seguindo o tratamento, pode obter a cura ou melhora do paciente, já que
a dislexia não envolve alterações hemisféricas. Este distúrbio surge na seqüência de um
traumatismo ou lesão cerebral, onde a pessoa lia bem, mas depois com o surgimento
deu algum problema e passou a ter a perturbação.
DISLEXIA DE DESENVOLVIMENTO: É definida como um distúrbio
neurológico de origem congênita que acomete crianças com potencial intelectual
normal, sem déficits sensoriais e com suposta instrução educacionais apropriada, mas
que não conseguem adquirir ou desempenhar satisfatoriamente a habilidade para a
leitura e, ou, a escrita. Mesmo a criança tendo o Q.I acima da media, ocorre um
distúrbio de leitura; geralmente, a criança tem dificuldades em aprender a ler e a
escrever, e especialmente, em escrever corretamente sem erros ortográficos.
DISLEXIA OCASIONAL: É a dislexia causada por fatores externos e que
aparece ocasionalmente. Pode ser causado por esgotamento do sistema nervoso, por
intermédio de estresse ou excesso de atividades. Se esse tipo de dislexia for
diagnosticado, não há necessidades de grandes tratamentos, e em alguns casos, apenas
repouso, uma mudança de horários ou rotina e tudo voltará ao normal.
É preciso deixar definitivamente de imaginar que a dislexia faça troca de letras,
o que acontece com os disléxicos é que na maioria dos casos, ele não identifica sinais
gráficos, letras ou qualquer código escrito. É aconselhável que qualquer tipo de dislexia
seja praticado um tipo de esporte, onde será desenvolvido a sua coordenação motora,
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raciocínio e agilidade. Um dos melhores esportes são a natação, o futebol, o handball, o
vôlei, entre outros.
DISLEXIA VISUAL: Ocorre quando há imprecisão de coordenação viso-
espacial, é manifestada na confusão de letras com semelhanças gráficas. Então, quando
se manifesta alguma confusão no campo visual, o primeiro procedimento dos pais, ou
educadores, será encaminhar a criança ao medico especializado um oftalmologista. Este
tipo de dislexia é o mais fácil de corrigir, que pode ser por meio de exercício adequados,
podendo aprender os signos gráficos com precisão, e gradualmente, aprender
seqüências, porém, a lentidão pode persistir.
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multisensorial, gradativo e acumulativo. O tratamento é longo e sistemático, sendo que
o melhor tratamento para a dislexia seria nutrir corretamente e fazer um treinamento,
várias vezes por dia, de dez a quinze minutos, tanto para a leitura quanto para a escrita e
a fala.
Quanto mais estimulo à criança receber melhor será o seu desenvolvimento,
avanços na compreensão da neurologia dos processos de desenvolvimento da
linguagem, e aprendizagem, certamente irão contribuir para uma melhoria na
abordagem terapêutica desses pacientes. A sistemática da investigação em busca do
diagnostico preciso, pode direcionar pode o profissional de saúde na escolha do melhor
caminho indicado para cada caso.
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não só os alunos, mas tambem professores, coordenadores, diretores e todos que fazem
parte do processo. Portanto, na atuação do professor, existe uma fragilidade em relação
ao aluno que não se sustenta pela psicologia nem pela pedagogia, principalmente no
dias atuais..
FONOAUDIÓLOGO – Atuam em pesquisas, prevenção e terapia fonoaudióloga
na área de comunicação oral e escrita, voz e audição. Podem atuar sozinhas, ou em
conjunto, com outros profissionais de saúde em clínicas, creches, escolas comuns,
especiais, e comunidades. Incluindo o PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA, é ele
quem reabilita pacientes neuropatas na área da linguagem, essa ciência se volta
especificamente para psicologia. Ela aborda os distúrbios de voz, audição e da
linguagem: no caso, trata-se de problemas e saúde, tais como, gagueira, dislexia, ou
seja, dificuldade de leituras, afasia ou dificuldade e compreensão da fala e rouquidão.
As quatro maiores áreas abordadas pela fonoaudióloga são, portanto: voz, audição,
linguagem e motricidade oral.
A consulta à um fonoaudiólogo pode ajudar a discernir o que faz parte de um
desenvolvimento saudável da linguagem, daquilo que necessita de intervenção
profissional. Nem sempre a dificuldades e erros são sinônimos de problemas que
precisam de tratamento fonoaudiólogos. Mas somente uma consulta com o profissional
pode auxiliar a adotar uma conduta mais adequada, e encontrar soluções para a
dificuldade que se apresente no momento
NEUROLOGISTA – A aprendizagem ocorre no cérebro, logo o educador deve
ser um grande conhecedor dessa estrutura geradora dos processos mentais superiores.
Estes são conhecidos como função neuropsicológica, e são as habilidades ou
ingredientes necessários e utilizados em qualquer aprendizagem, desde as mais simples
até as mais complexas.
A avaliação neurológica no pré- escolar ou no escolar, é essencial ter uma idéia
clara do que vai revelar o exame neurológico. Obviamente, ele deveria detectar falhas
funcionais ou comprovar sua ausência, mas poderia também diferenciar os desvios de
normalidade, que resultam de atraso na velocidade de maturação cerebral, isto é, os
sinais de retardo neurológicos, que não são necessariamente o resultado de lesão
cerebral. Para distinguir esses casos, é necessário, o uso uma técnica refinada e
apropriada à idade.
O exame neurológico deveria ser uma avaliação ampla das funções neurais
devendo, portanto, ser mais completa possível, a fim de ser diagnosticado pelos
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examinadores, e ser baseados em critérios objetivos. Mas este exame por sua natureza, é
limitado, e avaliando a partir do comportamento que cai dentro do escopo do exame em
si. Por exemplo: a função sensória motora, a postura e movimento, as reações e as
respostas.
Entretanto, a ausência de sinais neurológicos não é prova de integridade perfeita
do cérebro, nem a presença desses sinais implicam automaticamente em uma relação
casual com o comportamento manifestado. Porém, o cérebro é encarregado de gerar o
comportamento e a avaliação neurológica, que capacita o especialista a avaliar pelo
menos, parte da integridade do cérebro.
O processo diagnóstico neurológico tem fases distintas:
a) historia clinica, que busca pesquisar dados de caráter pessoal e familiar da
criança;
b) exame físico, que avalia o crescimento físico e maturacional;
c) exame neurológico, que avalia o nível neuromaturacional da criança,
procurando desvios grosseiros responsáveis por patologias especifica;
d) exames complementares que auxiliam na elucidação do diagnóstico.
OFTALMOLOGISTA – Reafirmam que a síndrome dislexia não é causada por
um problema de visão A troca insistente e erros de inversão, ou seja, ver as letras ao
contrário, como por exemplo “p” e “b”; que são erros de origem fonológica, é
confundido porque são duas consoantes com o mesmo ponto de articulação, ou seja,
uma surda e outra sonora, e não de origem visual.
Diversos estudos revelam que criança com esta síndrome tem o mesmo
problema visual das outras crianças. Pesquisas apontam que crianças com dislexia têm
os mesmo problemas visuais das outras crianças. A sociedade de pediatria e
oftalmologia refere à independência entre a dislexia e problema de visão, e alertam para
a ineficácia do uso de lentes prismáticas. Estas lentes não devem ser confundidas com
lentes coloridas, usadas arbitrariamente por alguns que já demonstraram não ter
resultados adequados. Na montagem os óculos com lentes prismáticas nada difere de
um óculo normal, sendo que, a diferença básica está na confecção da lente, que é tipo
triangular. Essas lentes devem receber acompanhamento terapêutico adequado com
psicopedagogo, psicólogos e fonoaudiólogo, além de receber atendimento diferenciado
no ambiente escolar. As adaptações do uso de óculos de lentes prismáticas trazem uma
significativa melhora no tratamento dessa síndrome.
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OTORRINOLARINGOLOGISTA – É considerada uma das mais completas
especialidades médicas do mundo, com características clinicas e cirúrgicas. Seu campo
de atuação envolve as doenças do ouvido , do nariz e seios paranasais, faringe e laringe.
A comunicação é indispensável para o aprendizado, e entre todas as formas de
comunicação, a auditiva é a mais importante. Para o processo de aprendizagem é
preciso comunicar-se, o que inclui a fala que depende da pronuncia, da gramática e do
estilo da língua. Para dar conta de muitos detalhes, e identificar, corrigir fonemas e
mensagens, e, é preciso uma orientação precisa e uma sensibilidade auditiva o mais
perfeito possível.
Crianças com transtornos de aprendizagem não devem ser punidas, o que ainda
acontece nos dias atuais, e sim elas devem ser amparadas e reabilitadas de forma lógica
e civilizada. O especialista otorrino deve ser responsável por parte desse processo, fica
sobre sua responsabilidade a detecção precoce da perda auditiva, o tratamento da
doença quando possível e a orientação sobre como será a sua reabilitação. Nesse
processo, ele deve suspeitar também de outras dificuldades e encaminhar a criança ao
profissional adequado.
São recomendáveis testes específicos para pesquisa de distúrbio de vias auditiva,
e se a suspeita é de distúrbios fora da esfera auditiva, como disfunção psicológica,
neurológica congênita ou associação sindromica, a criança deve ser encaminhada a um
neuropediatra, ou psicólogo, ou a um fisioterapeuta. Existem varias submodalidades,
como distração, desatenção, memória falha, compreensão auditiva deficitária,
comportamento mal adaptado, passivo, hiperativo, criança impulsiva e problemas para
ouvir ler e escrever, como por exemplo, dislexia e disgrafia. Para cada problema, existe
uma técnica especifica de reabilitação, que é aplicada por otorrinos, fonoaudiólogos,
psicólogos, oftalmologistas, psicomotricista, psicopedagogo, entre outros.
PSICÓLOGO - A psicologia estuda cientificamente o comportamento e os
processos mentais e a relação entre os dois. Este estuda também os sentimentos, as
emoções, as atitudes, os pensamentos, as representações mentais, as fantasias, as
percepções; isto é, os processos mentais que não podem ser observados diretamente. Em
psicologia o resultado é entendido como de exclusão no sentido de que a investigação
buscará averiguar o potencial intelectual da criança o qual deverá se situar
necessariamente a partir dos percentuais considerados como médios, com isso se exclui
a possibilidade da presença de déficit cognitivo. Estuda-se também, a existência ou não
de conteúdos emocionais que possam estar interferindo de modo negativo, no processo
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de aprendizagem, além da investigação dos aspectos que se referem, de modo geral ao
desenvolvimento da criança.
Os aspectos investigados pelos psicólogos serão associados aos profissionais das
demais áreas citadas, com objetivo de compor o diagnóstico, ou não, sobre dislexia.
Deve-se buscar e identificar as origens das dificuldades de aprendizagem de uma
criança e tem como objetivo conhecê-la em suas especificidades, o que possibilita
escolher os modos mais indicados de intervenção. Neste tratamento a criança poderá se
beneficiar dos amplos conhecimentos desenvolvidos nas áreas da psicologia, da
fonoaudióloga, da oftalmologia e da psicopedagogia, como relevantes no seu processo
de desenvolvimentos.
PSICOMOTRICISTA - Para saber se uma criança tem problemas de
psicomotricidade, é preciso fazer uma avaliação psicomotora, através de exercícios
específicos, que verifiquem esses aspectos como:
Qualidade tônica - rigidez ou relaxamento muscular;
Qualidade gestual - dissociação manual e dos membros superiores e
inferiores;
Agilidade;
Coordenação;
Lateralidade;
Organização tempo espacial;
Grafomotricidade.
Essa avaliação pode revelar na criança, as características próprias do seu
desenvolvimento, se existem atrasos no desenvolvimento motor e perturbações de
equilíbrio, coordenação, lateralidade, sensibilidade, esquema corporal, estrutura e
orientação espacial, grafismo e afetividade.
Tais problemas podem fazer-se notar tanto na pré-escola como nas series
iniciais, com maior ou menor intensidade, e decorre das mais variadas causas, como por
exemplo: debilidade intelectual, retardos de maturação, certas desarmonias tônico-
motora.
O desenvolvimento psicomotor tanto de crianças normais quanto de crianças
portadora de distúrbio requer auxílio do professor, através da estimulação em sala de
aula e do encaminhamento a uma equipe multidisciplinar quando for necessário. A
reeducação psicomotora é um processo lento, esta requer uma terapia programada que
visa modificar o comportamento. Parte dessa atuação é privativa do especialista em
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psicomotricidade, no entanto, as atitudes do professor têm de estar relacionadas com a
orientação do profissional habilitado. É necessário intervenção com trabalho adequado
de força adequada, no momento oportuno, com técnicas apropriadas. Na área de
educação, a psicomotricidade abrange um tempo preventivo e o ideal seria que todos os
educadores tivessem conhecimentos básicos do assunto.
PSICOPEDAGOGO – Esse profissional estuda a atividade da criança e dos
princípios que daí decorre, para regular a ação educativa do indivíduo. (HOLLANDA,
1999, p.449). O trabalho psicopedagógico se baseia em diversas áreas do conhecimento.
Eis algumas delas psicologia, pedagogia, psicanálise, psicologia genética, lingüística.
Diante de tais contribuições, Bossa (1994b, p.8) afirma que “... a psicopedagogia vem
constituindo seu corpo teórico na articulação da psicanálise e psicologia genética.
Articulando que fica evidente quando se trata de observar os problemas de
aprendizagem, que é um pilar da teoria da psicopedagogia.
No campo psicopedagógico situa-se tanto no âmbito da educação, da prevenção
como na reeducação. Ela atua como educativa, quando procura compreender, promover
e favorecer um melhor desenvolvimento integral do aluno: é preventiva quando tenta
evitar algumas desadaptações nas escolas, na medida em que orientam professores,
assessora escolas, organiza estratégias de ensino. Trata-se também, do processo
educativo, especificamente dos problemas de aprendizagem, e procura descobrir e
minimizar as causas do fracasso escolar.
Não se pretende que o psicoeducador se preocupe unicamente em catalogar ou
diagnosticar as causas que determinada criança apresenta para culpar os responsáveis.
Mas, é importante que ele reconheça que existem algumas dificuldades que impedem
uma criança de alcançar seu pleno desenvolvimento escolar. De posse dessas
informações o psicopedagogo tem condições de corrigir, ou minimizar, algumas
dificuldades por meio de uma intervenção eficaz.
Quando este profissional faz um diagnostico, ele tem como objetivo realizar
uma investigação, com a finalidade de conhecer melhor o aluno aos seus cuidados,
descobrir o que está interferindo no processo de aprendizagem, para depois estabelecer
outras estratégias de atuação. Um diagnóstico bem feito e estruturado é um passo
fundamental para a intervenção eficaz.
PSIQUIATRA – Especialidade da medicina que lida com a prevenção,
atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças mentais. Seja elas, de
cunho orgânico ou funcional, tais como: depressão, doença bipolar, esquizofrenia e
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transtornos de ansiedade. A meta principal é o alivio do sofrimento psíquico e o bem-
estar do individuo, para isso é necessário uma avaliação completa do doente, co
perspectivas biológicas, psicológicas e outras áreas afins.
As manifestações psiquiátricas das alterações cerebrais, em crianças, constituem
uma área interessante e vasta, porém, pouco exploradas e ate mesmo evitada, tanto por
psiquiatras ou por neurologistas. A compreensão das relações entre o funcionamento
cerebral e os problemas de comportamento na infância é particularmente incipiente,
parte devido ás próprias limitações da psiquiatria e da neurologia da infância.
Quanto às alterações cerebrais que ocorrem em crianças, vale lembrar que não
são apenas tipo lesionas. A idéia de lesão sugere que o cérebro se desenvolveu
adequadamente por um determinado período, até que o evento ocorresse, causando
danos estruturais; o que é verdade em algumas situações, como: epilepsia após
traumatismo craniano, hidrocefalia após meningite. Entretanto, alterações cerebrais
também podem acontecer devido a fatores genéticos. Sendo assim, é importante ao
analisar um caso, não fazer diagnóstico precipitado, antes de um exame preciso.
TERAPEUTA OCUPACIONAL - Pertencente ao campo da reabilitação, e
assim, trabalhando conjuntamente com a fonoaudióloga, ela procura fornecer ao seu
cliente o máximo de qualidade de vida possível, executando de maneira clara e
totalitária um novo conceito de saúde. Utiliza-se a atividades diversas para restaurar a
capacidade dos indivíduos em realizar também atividades, os terapeutas ocupacionais
têm como especificidade de seu trabalho a atividade ou ocupação humana.
O especialista atua nas escolas, no trabalho e em situação de vida comunitária,
ou em estado de saúde de um indivíduo, onde possa afetar suas capacidades mentais,
motoras ou psíquicas impedindo de realizar certas atividades necessárias para de sentir
competente e com qualidade de vida.
Terapia Ocupacional apóia o paciente, a ligar as suas capacidades para que ele
volte a desempenhar as suas atividades diária, para que ele volte de forma desejada aos
seus papeis na sociedade e outros contextos.
Esses profissionais utilizam o código CID10 da ORGANIZAÇÃO MUNDIAL
DE SAÚDE, e foram identificados da seguinte forma::
CID10 F81.0 - Transtorno Específico de Leitura, “... a principal característica é
um específico e significativo no desenvolvimento das competências de leitura que não é
apenas explicada pela idade mental, problemas de acuidade visual, ou escolaridade
inadequada. Habilidade compreensão de leitura, o reconhecimento palavra lidas, a
25
habilidade leitura oral e desempenho de tarefas que requerem leitura, podem todos ser
afetados. Dificuldades ortografia são freqüentemente associados com distúrbio
específico leitura e, muitas vezes, permanecem na adolescência, mesmo após alguns
progressos na leitura. Distúrbios específicos de desenvolvimento da leitura, são
comumente precedidos por uma história de distúrbios na fala e linguagem
desenvolvimento. Associado distúrbios emocionais e comportamentais, e são comuns
durante o período escolar.”
CID10 R48.0 - Dislexia e Alexia, transtornos específicos do desenvolvimento
das habilidades escolares, Dislexia e outras disfunções simbólicas, não classificadas em
outra parte.
26
disfunção. Dessa forma, qualquer criança que apresente dificuldade enquadrasse nesse
diagnóstico.
O diagnóstico é feito a partir do momento que a criança se alfabetiza, geralmente
por volta dos seis ou sete anos, porém, alguns profissionais nos dias de hoje já fazem o
diagnostico antes da idade, e fazendo uma posterior confirmação. Esta confirmação
deve ser feita por profissionais especializados, que utilizaram varias ferramentas de
trabalho no processo de avaliação. Para diagnosticar a dislexia é necessário uma analise
quantitativa e qualitativa das atividades da fala, da escrita e da parte motora. Os
sintomas variam de criança para criança, mas os principais indícios podem ser:
Demora em aprender a falar, em reconhecer as horas, fazer laços os sapatos, em
pular corda.
Dificuldade de escrever números e letras corretamente.
Dificuldade em ordenar as letras do alfabeto, meses do ano e silabas das palavras
polissílabas.
Dificuldade de distinguir entre direita e esquerda.
Segundo CONDEMARIN(1987,p23), outras perturbações da aprendizagem
podem acompanhar os disléxicos:
Alterações na memória
Alterações na memória de séries e seqüências
Linguagem e escrita
Dificuldades na matemática
Confusões em ralação a tarefas escolares
Limitação das palavras conhecidas no vocabulário
Escassez de acompanhamento - prévia memória de longo prazo.
Os sintomas que podem indicar a dislexia, antes de um diagnostico
multidisciplinar, só indicam um distúrbio de aprendizagem, não confirmam esta
síndrome, os mesmo sintomas também podem indicar outras situações, como lesões e
outras dificuldades. Identificando o problema de baixo rendimento escolar ou sintomas
isolados, que podem ser percebidos na escola ou em casa, e deve-se procurar uma ajuda
especializada, e iniciar uma criteriosa investigação, e ainda, garantir uma ampla
abrangência do processo de avaliação; verificando assim, a necessidades de outros
profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros conforme o caso.
Não é o professor que deve diagnosticar o aluno disléxico; ao perceber alguma
dificuldade em seu aluno, o educador deve encaminhá-lo a profissionais especializados
27
que contaram com: psicólogos, fonoaudiólogos, médicos e psicopedagogos entre outros.
A dislexia não tem cura, mas se for tratada e acompanhada adequadamente pode
diminuir as dificuldades enfrentadas. O disléxico irá apresentar prejuízos na sua parte
emocional, mas isso será conseqüência e não causa da dislexia, e outros distúrbios de
aprendizagem, como o déficit de atenção a hiperatividades, ambas podem correr juntas,
essa será chamada de DAAH – Déficit de Atenção e Aprendizagem com hiperatividade:
lembrando que a hiperatividade também podem ocorrer em conjunto com a dislexia.
O diagnostico deve ser significativo para os pais e educadores, assim como para
a criança, ou seja, simplesmente encontrar um rótulo não deve ser o objetivo da
avaliação, mas tentar estabelecer um prognóstico, e encontrar elementos significativos
para o programa de reeducação. É de grande importância que sejam obtidos
informações sobre o potencial da criança, bem como, sobre todas as características
psiconeurológicas de sua atuação e seu comportamento já adquirido.
28
do português brasileiro, enquanto o jogo verbal promove os estímulos de fala por meio
da diferenciação de sílabas com sons parecidos.
Segundo Dra. CRISTINA MURPHY, os tipos de estímulos utilizados no jogo
verbal são inéditos no Brasil, em comparação aos programas computadorizados também
usados no país para o treinamento de habilidades auditivas. Esses estímulos verbais
apresentam como característica principal, a fala expandida, ou seja, o tempo de
produção das sílabas aumentado para facilitar a compreensão das crianças
Assim elas são capazes de discriminar, por exemplo, consoantes iniciais como
'ta' ou 'da'. Essa expansão do som vai diminuindo, conforme a melhora do desempenho
da criança, até que seja ouvido o tempo de produção normal da sílaba. Já no jogo não-
verbal a criança aprende a discriminar os sons com o auxílio de imagens e tons musicais
análogos ao som da fala e em diferentes freqüências e tempos de duração.
O software foi desenvolvido em três etapas: criação dos desenhos e animações,
gravação dos sons e criação do programa final, sendo em seguida testado e validado em
dezenas de crianças com dislexia. Para isso a pesquisadora realizou dois estudos, com
crianças na faixa etária entre sete e quatorze anos. Foram comparados, antes e após a
utilização dos jogos, os desempenhos obtidos em testes de leitura, consciência
fonológica e PROCESSAMENTO TEMPORAL AUDITIVO - PTA.
SOFTWARES DE APOIO
FIGURA 2
29
2.7 GENES ESTUDADOS QUE PODEM ESTAR RELACIONADO À DISLEXIA
Tabela 1
30
3. METOLOGIA E PROCEDIMENTO DE PESQUISA
DOS TRABALHOS DE CAMPO
FIGURA 3
31
As consultas particulares custam em media cento e cinqüenta Reais, um terço do
salário mínimo; já para as crianças carentes é cobrado em torno de vinte por centos do
valor normal de uma contribuição para manter os custos e despesas da AND.
Geralmente, o atendimento é feito uma ou duas vezes por semana, é essas atividades são
monitoradas pelos pais; e todos os alunos possuem pasta em anexo, e esta, são
acompanhadas pelos responsáveis.
A Dra. Maria Ester explicou também através de vários livros como funciona o
cérebro do disléxico, no qual o mesmo tem uma região de compreensão das palavras,
região occipital, que arruma as palavras na mente de um disléxico e controla parte da
visão, e reconhece a capacidade de entender o que se lê.
No momento da entrevista, a Dra. Maria Ester se mostrou muito prestativa e
atenciosa, a mesma sugeriu a leitura de três livros sobre a síndrome dislexia, tais como:
Overcoming Dyslexia,
Shaywitz, Sally E.
Random House Inc
ISBN 0375400125
Edição 2003/04/01 / 1ST
Dificuldades de Aprendizagem de A à Z
Corinne Smith & Lisa Strick
Artmed
ISBN: 85-73076-40-2
1ª Edição
A Dra. Maria Ester também indicou vários artigos para leitura, como também
respondeu a varias perguntas da entrevistadora.
32
3.1 RESPOSTA À ENTREVISTA DA DRA MARIA ESTER
33
4. LEGISLAÇÃO DE APOIO PARA ATENDIMENTO AO DISLÉXICO
http://www.senado.gov.br/sf/legislacao/const/con1988/CON1988_15.04.2004/index.htm
34
4.2 LEIS FEDERAIS
(...)
CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos portadores de necessidades especiais.
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para
atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for
possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa
etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para
atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a
conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a
integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em
sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de
35
inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins,
bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística,
intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis
para o respectivo nível do ensino regular.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de
caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo
Poder Público.
Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do
atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular
de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.”
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109224/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/fraWeb?OpenFrameSet&Frame=f
rmWeb2&Src=%2Flegisla%2Flegislacao.nsf%2FViw_Identificacao%2Flei%25208.069
-1990%3FOpenDocument%26AutoFramed
36
LEI 10.172, DE 9 DE JANEIRO DE 2001 - PLANO NACIONAL DE
EDUCAÇÃO - CAPÍTULO 8 - DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101486/lei-10172-01
37
4.3 LEIS ESTADUAIS
38
4.4 PROJETOS DE LEI ESTADUAL
39
4.5 OUTRAS DELIBERAÇÕES, INICAÇÕES E PARECERES
Artigo 1º - “o resultado final da avaliação feita pela Escola, de acordo com seu
regimento, deve refletir o desempenho global do aluno durante o período letivo, no
conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados obtidos durante o período letivo
sobre os da prova final, caso esta seja exigida, considerando as características
individuais do aluno e indicando sua possibilidade de prosseguimento nos estudos.”
http://www.ceesp.sp.gov.br/Deliberacoes/de_11_96.htm
“(...) educação escolar consiste na formação integral e funcional dos educandos, ou seja,
na aquisição de capacidades de todo tipo: cognitivas, motoras, afetivas, de autonomia,
de equilíbrio pessoal, de inter-relação pessoal e de inserção social.
(...) os conteúdos escolares não podem se limitar aos conceitos e sim devem incluir
procedimentos, habilidades, estratégias, valores, normas e atitudes. E tudo deve ser
assimilado de tal maneira que possa ser utilizado para resolver problemas nos vários
contextos.
(...) os alunos não aprendem da mesma maneira e nem no mesmo ritmo. O que eles
podem aprender em uma determinada fase depende de seu nível de amadurecimento, de
seus conhecimentos anteriores, de seu tipo de inteligência, mais verbal, mais lógica ou
mais espacial. No cotidiano da sala de aula, convivem pelo menos três tipos de alunos
que têm “aproveitamento insuficiente”: os imaturos, que precisam de mais tempo para
40
aprender; os que têm dificuldade específica em uma área do conhecimento; e os que,
por razões diversas, não se aplicam, não estudam, embora tenham condições.
(...) recuperar significa voltar, tentar de novo, adquirir o que perdeu, e não pode ser
entendido como um processo unilateral. Se o aluno não aprendeu, o ensino não produziu
seus efeitos, não havendo aqui qualquer utilidade em atribuir-se culpa ou
responsabilidade a uma das partes envolvidas. Para recobrar algo perdido, é preciso sair
à sua procura e o quanto antes melhor: inventar estratégias de busca, refletir sobre as
causas, sobre o momento ou circunstâncias em que se deu a perda, pedir ajuda, usar uma
lanterna para iluminar melhor. Se a busca se restringir a dar voltas no mesmo lugar,
provavelmente não será bem sucedida.
(...) O compromisso da Escola não é somente com o ensino, mas principalmente com a
aprendizagem. O trabalho só termina quando todos os recursos forem usados para que
todos os alunos aprendam. A recuperação deve ser entendida como uma das partes de
todo o processo ensino-aprendizagem de uma escola que respeite a diversidade de
características e de necessidades de todos os alunos.
(...) Dentro de um projeto pedagógico consistente, a recuperação deve ser organizada
para atender aos problemas específicos de aprendizagem que alguns alunos apresentam,
e isso não ocorre em igual quantidade em todas as matérias nem em épocas pré-
determinadas no ano letivo. A recuperação da aprendizagem precisa: - ser imediata,
assim que for constatada a perda, e contínua; ser dirigida às dificuldades específicas do
aluno; abranger não só os conceitos, mas também as habilidades, procedimentos e
atitudes.
(...) A recuperação paralela deve ser preferencialmente feita pelo próprio professor que
viveu com o aluno aquele momento único de construção do conhecimento. “Se bem
planejada, e baseada no conhecimento da dificuldade do aluno, é um recurso útil.”
http://www.ceesp.sp.gov.br/Indicacoes/in_05_98.htm
41
Constituição Federal de 1988; o Artigo 216, da Constituição Estadual; os Artigos 58, 59
e 60 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; e os Artigos 50, 51 e 52 da Lei
Nº 5.101/99 que dispõe sobre o Sistema de Ensino no Estado do Piauí. Apóia-se, ainda,
em medidas complementares das Áreas da Saúde, do Trabalho e da Ação Social. O
documento da Secretaria de Educação deste Estado, em sua proposta para a Educação
Especial tem como fundamento legal a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº
8.069/90), a Lei Nº 7.853/89 que estabelece normas gerais para o pleno exercício dos
direitos individuais e sociais, além de apoiar-se em dispositivos legais estaduais acima
citados (Lei Nº 5.101/99 e a Resolução Nº 003/2000 do CEE). (...)
www.anped.org.br/reunioes/26/outrostextos/tegt15.doc
http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB017_2001.pdf
42
PARECER CEE Nº 451 / 1998 - 30/7/1998, D.O.E. DE 01/08/1998,
PÁGINAS 18 E 19, SEÇÃO I
http://www.ceesp.sp.gov.br/Pareceres/pa_451_98.htm
43
5. CONCLUSÃO
44
aprendizado da leitura, do que as crianças que não são identificadas e não sejam
devidamente assistidas até o terceiro ano do ensino fundamental. Porque os distúrbios
de aprendizagem não se caracterizam por dificuldades especificas de grupo, mas por
combinações e níveis individuais de facilidade do aprendizado. Ao contrario de que
muitos pensam o disléxico sempre contorna suas dificuldades, ele responde muito bem a
tudo que passa para o concreto. Tudo que envolve os sentidos é mais fácil absorvido, o
aluno disléxico também tem sua própria lógica, sendo muito importante uma boa
comunicação, entre profissionais e pacientes.
Acredita-se que se deve olhar para as crianças com distúrbio de aprendizagem como
seres capazes de aprender que possua ritmos e limitações diferenciadas, que podem
exigir mais cuidado, observação e atenção, e que pode ser até mais complicado e
trabalhoso lidar com eles. Mas também é gratificante e desafiador, e que pode significar
um grande aprendizado para todos os profissionais da educação, para os pais e para as
próprias crianças, na busca para se superar as dificuldades.
É preciso instaurar dentro das escolas, medidas preventivas essências para a
restauração do aluno em sua forma mais abrangente, evitando assim, as situações
constrangedoras e traumáticas que os problemas de aprendizagem escolar causam em
algumas crianças, que neste atual momento não são, ao menos respeitas ou assistidas
adequadamente. Toda e qualquer dificuldade escolar têm uma causa e uma solução,
ninguém nasce com dificuldades escolares, elas surge ao longo do caminho e precisam
ser observadas, respeitadas e solucionadas.
A família tem um importante papel no desenvolvimento do sujeito, principalmente
no que diz respeito à afetividade, condição necessária ao crescimento integral da
criança. A família que oferece um ambiente livre de criticas, ameaças e exigências (que
correspondem aos desejos dos pais) estarão proporcionando um bom equilíbrio à
criança e estabelecendo uma base firme, ajudando-a a lidar com frustrações, fracassos,
sucessos, mudanças, perdas. Crianças e adolescentes que não conseguem conviver com
perdas e fracassos podem apresentar comportamentos agressivos, violentos, recorrem a
drogas, dispersam-se facilmente, isolando-se e, conseqüentemente, tem um baixo
rendimento escolar. É preciso investigar a origem disso tudo, entoa, será possível
encontrar, lá atrás na infância, situações que deveriam ter sido evitadas e não foram.
A escola tem um importante papel, devendo proporcionar um ambiente que trabalhe
a autoestima, o respeito pelas diferenças, a autoconfiança, a aceitação do erro como
condição normal à aprendizagem. Estimular a curiosidade, ouvir as crianças naquilo que
45
elas desejam saber e incorporar estes desejos ao currículo, realizar projetos que possam
trazer assuntos, para serem incorporados à realidade do aluno são atitudes que ajudarão
o aluno a compreender melhor os temas abordados, fazendo sentido para sua
aprendizagem.
O psicopedagogo que trata a criança estar contribuindo com a escola, propondo
mudanças necessárias no currículo, na pratica pedagógica ou mesmo na avaliação, para
o tratamento clinico tenha melhor resultado. Não é raro o psicopedagogo encontrar
barreiras na escola, impedindo que a situação que a situação seja modificada. Algumas
escolas são tão fechadas, que não admitem e não assumem erros, e, dessa forma, uma
possível ajuda fica praticamente inviabilizada. É importante que não só o professor mas
também os demais funcionários da escola se coloquem como seres passiveis de erros,
sabendo reconhecê-los, para que as devidas modificações sejam feitas, visando sempre
ao desenvolvimento integral da criança.
46
6. BIBIOGRAFÍA
47
SAMPAIO, Simaia. Dificuldade de aprendizagem: a psicopedagogia na relação sujeito,
família e escola / Simaia Sampaio, RJ: Wak Ed., 2009
ISBN 978-85-7854-025-8
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