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A Era da Incerteza
John Kenneth Galbraith
Índice:
Referência Bibliográfica......................................................... p. 2
Apresentação do Autor........................................................... p. 2
Perspectiva teórica da Obra................................................... p. 2
Síntese....................................................................................... p. 3
Principais Teses na Obra........................................................ p.7
Reflexão Crítica sobre obra e implicações............................ p. 8
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Referência Bibliográfica
GALBRAITH, John Kenneth. A era da Incerteza. 7 ed. São
Paulo: Pioneira, 1986.
Apresentação do Autor
Galbraith nasceu no Canadá em 15 de outubro de 1908 e
morreu nos EUA em 29 de abril de 2006. Estudou no Colégio
de Agricultura de Ontário, hoje Universidade de Guelph e
posteriormente fez mestrado e doutorado na Universidade da
Califórnia.
Colabora com John Kennedy, elaborando o programa New
Frontier, visando a abolição da pobreza. Em 1936, Galbraith
naturalizou-se norte-americano e foi consultor do presidente
Franklin Roosevelt, participando da politica para reativar a
economia dos EUA. Durante a Segunda Guerra Mundial,
Galbraith foi vice-diretor de administração de preços do
governo. Após a guerra, tornou-se conselheiro da
administração na Alemanha e no Japão. Galbraith foi nomeado
professor de economia na Universidade de Harvard em 1949 e
tornou-se também editor da revista "Fortune".
Conselheiro e amigo do presidente John F. Kennedy, Galbraith
foi embaixador na Índia entre 1961 e 1963. Além do apoio
econômico ao governo indiano e ao desenvolvimento do país,
ele ajudou a estabelecer uma das primeiras faculdades de
ciências de computação no Instituto Indiano de Tecnologia em
Kanpur, no Estado indiano de Uttar Pradesh. Presidiu a
American Economic Association, em 1972. Indicado para o
Nobel de economia em 2003, não conquistou o prêmio.
Galbraith escreveu mais de 40 livros sobre uma ampla gama
de assuntos. Suas principais obras são: "O Capitalismo
Americano" (1952), "A Sociedade Afluente" (1958) e "O Novo
Estado Industrial" (1967), no qual ele afirma que poucas
indústrias nos EUA se enquadram no modelo da concorrência
perfeita.
Galbraith morreu aos 97 anos, de causas naturais, no Hospital
Mount Auburn em Cambridge, Massachusetts, EUA.
Síntese
O livro “A era da Incerteza” é um relatório dividido em 12 capítulos sobre
economia, geopolítica, história e sociologia, com um intenso arsenal de fotos de
diversas matérias, auxiliando na compreensão e verificabilidade do exposto.
Considerado o mais importante e abrangente contribuição para a compreensão dos
aspectos econômico, social e político do mundo.
O capítulo 4 (A Idéia Colonial) nos ajuda a entender como os ideais antes citados
foram absorvidos nas Colônias. Adam Smith, bem como David Ricardo,
preocupou-se em alertar as metrópoles sobre o perigo do monopólio industrial. Os
grandes estudiosos do capitalismo clássico encaravam o colonialismo como fato
consumado e preocupavam-se somente com as condições de progresso dos
avançados. Já para Marx o mundo colonial fazia parte do seu sistema: o
colonialismo era só um adiamento do que seria a inevitável quebra do capitalismo.
Comenta-se também sobre as Cruzadas, visto como a primeira forma de
colonialismo romano para o leste, e sobre a Conquista Espanhola baseada no
mercantilismo e na grande burocracia (causa apontada para a grande
funcionalidade do Império). No México e em Cuba, o autor cita o inicio de
desvincilhamento com a antiga cultura imperialista, o que não acontecia na época
com os outros países latino-americanos. Colonialismo Frances na Louisiana,
Soviético no leste europeu, e do oeste europeu na África também são discutidos no
livro. O autor conclui: “Nações ricas tem por obrigação ajudar os países pobres”.
O Capítulo 8 (A Competição Fatal) está voltado à visão para Guerra Fria. Com a
divisão da Alemanha na Conferencia de Potsdam (na qual Galbraith participou), o
mundo polarizou-se em EUA e URSS. Entre os grandes pensadores americanos da
época, havia a distinção de dois grandes grupos: os que queriam entrosar-se com
os russos (incluindo o autor), e os que contrariavam Moscou, patrocinados pela
grande indústria bélica, que lucrava muito com o temor da guerra. A necessidade
de uma justificativa para a oposição a URSS era necessária: criou-se uma cruzada
em favor dos valores morais – do bem contra o mal, era a defesa da fé e das
convicções morais, muitos dizendo ser uma disputa aprovada por Jesus.
Khrushchev reduziu muito o temor contra o Estado Soviético, Cuba trouxe o
primeiro grande revés aos EUA e a crise dos mísseis, a Guerra do Vietnã trouxe o
desejo de libertar o país do Comunismo (como uma cruzada que deseja libertar do
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Islamismo), mas com a derrota eminente, acarretou na vontade da população
norte-americana em achar a paz em meio a sua imoralidade.
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somos alcançamos objetivos inimagináveis há 200 anos. O país do futuro deve ter
sua população dependente: Os problemas devem ser resolvidos por
responsabilidade coletiva e inteligência do próprio povo, não dependendo
cegamente nas autoridades. Tem-se que ter interesse pessoal, comunitário e agir
para torná-lo real. Todos os líderes (como Nehru, Luther King) têm uma
característica em comum: Enfrentar os anseios do seu povo. No caso da
aniquilação nuclear que está a vigorar, graças a incompetência, egoísmo e a
corrupção dos nossos governantes, não podemos ter um bom êxito: o pior, não
queremos o ter. Precisa-se ter também uma educação democrática: Os estudantes
devem ser soberanos nas suas escolhas. Os problemas dos países ricos e pobres só
podem ser resolvidos por uma distribuição de riquezas.
“A verdade da qual os homens procuram fugir ali é a de que o
nosso pequeno planeta não pode sobreviver a uma permuta
de bombardeios militares, só pensando na sua própria
mortalidade. Ninguém deve aceitar placidamente a evasiva
fácil de que a decisão não cabe a nós. Os russos tiveram uma
experiência de morte e devastação em guerra bem mais
ampla que a nossa. Esse é, realmente, o mais alto objetivo da
política de ambos os países, que transcende profundamente
as diferenças econômicas e políticas: As cinzas do comunismo
e do capitalismo serão totalmente indiferenciáveis entre si.
Numa era em que tanta coisa é incerta, existe uma grande
certeza: Essa verdade, devemos enfrentar”.
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renomados milionários do ultimo século. Um retrato de Marx e
suas ideais é seguido de um retrospecto dos conceitos que
embasaram o colonialismo, e depois Lenin e a expressão
prática do seu pensamento na extinção da tradicional
estrutura de poder europeu após a Primeira Guerra Mundial.
Um bem-humorado estudo sobre moeda, bancos, fantasias,
organizações fraudulentas, arapucas e colapsos financeiros
precede o capitulo que estuda a era de John Maynard Keynes.
Segue-se a analise de um problema simplesmente vital para a
humanidade: a corrida armamentista e, num tom mais ameno,
porem satírico e irônico, um histórico dos modernos
conglomerados empresariais e seus executivos. Trata-se
também da pobreza que continua a infligir o Terceiro Mundo e
das grandes metrópoles – com dilemas e soluções. O capitulo
final aborda a natureza do poder democrático, a forma pela
qual são escolhidos e postos à prova os seus lideres, o que
devem assumir e enfrentar.