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Potica Pulsional Paola Salinas

Laurent aborda o sintoma e seu percurso a partir da passagem do pathos ao sentido numa anlise. O que resta do sintoma quando ele foi cuidadosamente decifrado aps um perodo de vrios anos, a letra. Pergunta-nos nessa articulao: onde a letra est colocada, em que muro? O corpo entra em jogo como seu amuro, no que posteriormente Lacan chamou de acontecimento de corpo. O corpo como suporte para a letra. A dimenso de acontecimento de corpo marca que o corpo no causa de si mesmo, suporta-se ser sintoma de um outro corpo. Este ponto toca particularmente a mulher pois, citando Lacan, Laurent nos lembra que Uma mulher um sintoma de um outro corpo, se no for o caso, ele continua como sintoma histrico. A entrada do corpo na articulao com o sintoma coloca-se como uma sada para a histeria, ou seja, qual uso possvel do corpo como local onde a letra escrita e como suporte para o sintoma. Numa anlise, depois de ter dado suporte material dialtica do corpo e do desejo, o corpo fica, como letra lida, identificado ao sintoma. Um corpo sintomatizado, corpo-sintoma. O sintoma que se tornou sinthoma articula no somente sintoma e fantasma, mas sintoma, fantasma e traumatismo da lngua. Laurent nos diz ainda que o sintoma decifrado, o corpo-sintoma , assim, o sintoma corporificado O que se faz disso ao trmino de uma anlise coloca-se em termos de uma potica, uma potica com o real em jogo e com as linhas do sintoma, algo como fazer potica da exigncia do sintoma.
REFERNCIA Laurent, ric. Potica Pulsional. Almanaque de Psicanlise e Sade mental, IPSMMG, ano 5, n 8, Nov. de 2002

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