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ESTRUTURA E

PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS POLIMÉRICOS

Prof. Carlos César Pestana

São Paulo
2009
HISTÓRICO

•ANTIGUIDADE: RESINAS E GRAXAS USADAS PARA VEDAR VASILHAMES E COLAR


DOCUMENTOS, PELOS EGÍPCIOS E ROMANOS

•SÉC. XV: COLOMBO DESCOBRE NO HAITI O LATEX (CAOUTCHOUC) E LEVA-O A


EUROPA

•SÉC. XVII: ORIGEM DO LATEX NAS AMÉRICAS: EXTRAÍDO DA HEVEA BRASILIENSIS


(SERINGUEIRA)

•1770: PRIESTLEY DEU NOME À BORRACHA NATURAL

•1839: CHARLES GOODYEAR – ACIDENTALMENTE DESCOBRIU A VULCANIZAÇÃO DA


BORRACHA DE LATEX – SUA PATENTE GEROU MAIS DE 150 PROCESSOS EM 12 ANOS –
MORREU ENDIVIDADO EM 1860

•1846: SCHÓNBIEN, ALGODÃO + ÁCIDO NÍTRICO, OBTEVE A NITROCELULOSE (1º.


POLÍMERO SEMI-SINTÉTICO) – ACIDENTE COM HNO3+H2SO4 + CELULOSE :

• NITRATO DE CELULOSE: INFLAMÁVEL


HISTÓRICO

•1897: KRISHE E SPITTLER, FORMALDEIDO + CASEINA, OBTEVE UM


PRODUTO ENDURECIDO

•1912: BAEKELAND, FENOL+FORMALDEÍDO=BAQUELITE (RESINA


FENÓLICA)

•1924: STAUDINGER, TEORIA DOS PLÁSTICOS

•1929: CAROTHERS DESCOBRIU QUE OS POLÍMEROS SÃO FORMADOS POR


MONÔMEROS

•1938: CAROTHERS SINTETIZOU O NYLON

•NYLON: “NOW YOU ARE LOST OLD NIPPON”

•NYLON: “NEW YORK – LONDON”


CLASSIFICAÇÃO DOS POLÍMEROS
POLÍMERO NATURAL OU SINTÉTICO
POLÍMEROS NATURAIS OCORREM NATURALMENTE NA NATUREZA
EX: BORRACHAS, PROTEÍNAS POLISSACARÍDEOS (AMIDO E CELULOSE),
DNA, RNA
POLÍMEROS SINTÉTICOS SINTETIZADO PELO HOMEM
EX: POLIETILENO, NYLON, RESINA EPOXI, POLIURETANOS E ETC.

CLASSIFICAÇÃO ATUAL
•QUANTO AO COMPORTAMENTO MECÂNICO

•QUANTO À ESTRUTURA QUÍMICA

•QUANTO AO MÉTODO DE PREPARAÇÃO

•QUANTO À ESTABILIDADE TÉRMICA (PROCESSAMENTO)


QUANTO AO COMPORTAMENTO MECÂNICO
• BORRACHAS OU ELASTÔMEROS
– É um material macromolecular exibindo elasticidade, em longa faixa a
temperatura ambiente

• PLÁSTICOS
– São materiais que contêm como componente principal um polímero
orgânico sintético (resina sintética), e se caracteriza porque, embora sólidos
a temperatura ambiente em seu estado final, em algum estágio de seu
processamento, tornam-se fluídos e possíveis de serem moldados, por ação
conjunta ou isolada de calor, pressão ou catalisador.

• FIBRAS
– É um corpo com uma razão elevada entre o comprimento e as dimensões
laterais (transversais), e é composto rincipalmente por moléculas lineares,
orientadas longitudinalmente.
POLÍMEROS TERMOPLÁSTICOS
As moléculas de um polímero termoplástico são mantidas juntas por meio
de forças intermoleculares fracas o material amolece quando exposto ao
calor e quando resfriado retorna a sua condição inicial esta operação
pode ser repetida inúmeras vezes
Tornam-se moles e fluídos por aquecimento, podendo assim ser
transformados em qualquer forma que depois é estabilizada por
resfriamento.
Podem ser conformados mecanicamente repetidas vezes, desde que
reaquecidos (são recicláveis).

Parcialmente cristalinos ou totalmente amorfos

Os polímeros lineares e os ramificados no plano são TERMOPLÁSTICOS


Aplicações:
ões embalagens para alimentos, isolamento elétrico, cartões de
crédito, etc.

Termoplásticos: PS, PP, PE, PET, PC


Arrefecimento para solidificar e aquecimento para fundir;

Tprocessamento > Tfusão > Tg


POLÍMEROS TERMOFIXOS

Temoendurecíveis ou termofixos – as suas cadeias encontram-


se ligadas covalentemente entre si através de pontos de reticulação.

Estes são formados durante a polimerização ou


durante o processamento.

Solidificam irreversivelmente quando aquecidos.


São redes poliméricas tridimensionais, com alto grau de ligações
cruzadas entre as cadeias estas ligações restringem o movimento
tornando o material rígido.

Suas moléculas estão interconectadas por ligações primárias após a


sua formação não podem ser remoldados.

Aplicações:
ões componentes automobilísticos, construção civil, colas
vernizes, etc.

Temoendurecíveis ou Termosets – resinas epóxidicas e fenólicas


POLÍMEROS TERMOFIXOS

• Eles são insolúveis e infusíveis.


• Mais resistentes ao calor do que os termoplásticos.
• Completamente amorfos.
• Possuem uma estrutura tridimensional em rede com
ligações cruzadas.
• Podem ser conformados plasticamente apenas em um
estágio intermediário de sua fabricação.
• O produto final é duro e não amolece com o aumento da
temperatura.
PROPRIEDADES
• MECÂNICAS
As propriedades mecânicas de um polímero envolvem seu comportamento
sob solicitação: tensão.
• Estas propriedades indicam como um polímero pode ser usado.
– Qual é a sua resistência?
– Quanto pode esticar antes que quebre?
– Quão duro ele é?
– Quanto pode flexionar?
– É frágil?
– Quebra facilmente sob impacto?
– É duro ou macio?
– Mantêm-se íntegro sob ciclos de stress?

As propriedades mecânicas dos polímeros são uma das características que as


distingue das moléculas monoméricas
PROPRIEDADES
MECÂNICAS
• Parâmetros o mesmo adotado para os demais materiais:
– Módulo de elasticidade
– Resistência à:
• Tração
• Flexão
• Impacto
• Compressão
• Dureza
• Polímeros são materiais viscoelásticos: suas características
polímeros dependem:
a) tempo; b)temperatura; c)taxa de deformação;
d) meio (H2O, O2, solventes orgânicos, etc).
• Caracterização mecânica
ensaios tensão X deformação
COMPORTAMENTO
TENSÃO X DEFORMAÇÃO
• São encontrados 3 tipos de
comportamento tensão x
deformação: Frágil
– Polímero frágil: fratura na região
elástica

Tensão (103psi)
Tensão (MPa)
– Polímero plástico: a deformação Plástico
inicial é elástica, seguida de
escoamento e por uma região de
deformação plástica (semelhante aos Elástico
metais
– Polímero elástico: deformação
totalmente elástica elasticidade
típica da borracha, grandes
deformações recuperáveis são
Deformação
produzidas , mesmo sob pequenos
níveis de tensão (apresentada pelos
elastômeros)
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
• O Módulo de Elasticidade (Módulo de
Tração) tensão/deformação
Polímeros
7MPa 4GPa
Metais
48GPa 410GPa

Tensão
• Ductibilidade: é o alongamento
percentual

• Limite de escoamento (polímeros


plástico): é o valor máximo da curva
σy .
Deformação

• Limite de resistência à tração: tensão


na qual a fratura ocorre TS (pode ser
maior ou menor que σy Limite de Limite de
escoamento resistência à
Polímeros Max de 100MPa tração
Metais Max de 4100GPa
% de Alongamento na Ruptura
• O alongamento na ruptura é a deformação na amostra quando ela rompe.
• É geralmente expressa como um percentual.
• O alongamento na ruptura algumas vezes é denominado de último alongamento.
• As fibras apresentam um baixo alongamento na ruptura e os elastômeros
apresentam um alto alongamento na ruptura.

ε=∆L/L0
Tensão

Ruptura da Amostra

Polímeros alguns alcançam


alongamento elástico > 100%
Metais raramente alongamento
Alongamento na ruptura
Deformaç
Deformação plástico = 100%
Influência da Temperatura
A MAIOR DIFERENÇA NAS PROPRIEDADES MECÂNICAS
MUDANÇAS DESTES VALORES COM A TEMPERATURA
PARA OS POLÍMEROS

Influência da

Tensão (103 psi)


MPa))
Tensão (MPa

temperatura sobre
as propriedades
mecânicas do
PMMA

Deformaç
Deformação
Bibliografia

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Prof. Carlos Pestana – LPF I

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