O documento discute as principais características da pena criminal no Brasil. Em três frases:
1) A pena é a sanção imposta pelo Estado ao infrator, tendo como finalidades a retribuição, prevenção e ressocialização;
2) As penas privativas de liberdade são classificadas em reclusão, detenção e prisão simples, e podem ser cumpridas em regimes fechado, semiaberto ou aberto;
3) Há mecanismos como a progressão, regressão, remição e detração que regulam a exec
O documento discute as principais características da pena criminal no Brasil. Em três frases:
1) A pena é a sanção imposta pelo Estado ao infrator, tendo como finalidades a retribuição, prevenção e ressocialização;
2) As penas privativas de liberdade são classificadas em reclusão, detenção e prisão simples, e podem ser cumpridas em regimes fechado, semiaberto ou aberto;
3) Há mecanismos como a progressão, regressão, remição e detração que regulam a exec
O documento discute as principais características da pena criminal no Brasil. Em três frases:
1) A pena é a sanção imposta pelo Estado ao infrator, tendo como finalidades a retribuição, prevenção e ressocialização;
2) As penas privativas de liberdade são classificadas em reclusão, detenção e prisão simples, e podem ser cumpridas em regimes fechado, semiaberto ou aberto;
3) Há mecanismos como a progressão, regressão, remição e detração que regulam a exec
A pena a consequncia natural imposta pelo Estado (jus puniendi) quando algum pratica uma infrao penal.
Damsio Evangelista de Jesus conceitua Pena como sendo:
"Pena a sano aflitiva imposta pelo Estado, mediante ao penal, ao autor de uma infrao (penal), como retribuio de seu ato ilcito, consistente na diminuio de um bem jurdico, e cujo fim evitar novos delitos".
Fernando Carpez, no PLT Curso de Direito Penal Volume 1 Parte Geral, conceitua pena como sendo: Sano Penal de carcter aflitivo, imposta pelo Estado, em execuo de sentena, ao culpado pela prtica de uma infrao penal ,consiste na restituio de bem jurdico, cuja finalidade e aplicar a retribuio da punitiva do delinquente, em promovera sua readaptao social e prevenir novas transgresses pela intimidao dirigida coletividade.
2) Descreva as finalidades da pena. A Pena tem a finalidade de provocar no agente, a sensao de que o crime no compensa e evitar o cometimento de novos crimes, atravs da retribuio que significa que o injusto cometido pelo agente precisa ser reprimido rigorosamente pelo Estado, de forma que o criminoso ou infrator no venha mais infringir a lei. 2
Portanto, a Pena tem o carter e/ou a finalidade de prevenir que as pessoas cometam crimes, sob o argumento de que em sendo contrariada a norma penal, o Estado Juiz atuar rigorosamente sobre eles. Por fim, na teoria tem o carter sozializador e transformador para uma possvel ressocializao do detento.
3) Quais as principais caractersticas da pena?
a) Legalidade :a pena deve estar previsto em lei vigente , no se admitido seja cominada em regulamento ou ato normativo infralegal( CP, art. 1 e CF art. 5XXXIX).
b) Anterioridade : a lei j deve ser estar em vigor na poca em que for praticada a infrao penal ( CP, art 1 . CF art 5 XXXIX.
c) Personalidade da Pena no pode passar da pessoa do condenado CF art. 5XLV. Assim a pena de multa ainda e considerada divida de valor para fins de cobrana , no pode ser exigida dos herdeiros do falecido.
d) INDIVIDULIDADE: a sua imposio e cumprimento devero ser individualizados de acordo com culpabilidade e o mrito do sentenciado ( CF art. 5 XLVI ).
e) INDERROGABILIDADE: salvo as excees legais , a pena no pode dixar de ser aplicada sob nenhum fundamento . assim por exemplo , o juiz no pode extinguir a pena de multa em conta de seu valor irrisrio.
f) PROPORSIONALIDADE: a pena deve ser proporcional ao crime praticado CF art.5 XLVI). g) HUMANIDADE :no so admitidas as penas de morte salvo de guerra declarada , perpetuas CP,art.75 XLVII)
4) Como as penas podem ser classificadas? 3
a) Privativas de liberdade: b) Restritivas de direito. c) Pecunirias (Multas) Art. 33 - A pena de recluso deve ser cumprida em regime fechado, semi-aberto ou aberto. A de deteno, em regime semi-aberto, ou aberto, salvo necessidade de transferncia a regime fechado.
1 - Considera-se:
a) regime fechado a execuo da pena em estabelecimento de segurana mxima ou mdia; b) regime semi-aberto a execuo da pena em colnia agrcola, industrial ou estabelecimento similar; c) regime aberto a execuo da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Exemplos de crimes:
Homicdio Simples Art. 121 - Matar algum: Pena - recluso, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos. Leso Corporal Art. 129 - Ofender a integridade corporal ou a sade de outrem: Pena - deteno, de 3 (trs) meses a 1 (um) ano. Lei das Contravenes Penais: Penas Principais Art. 5 - As penas principais so: I - priso simples; II - multa. Priso Simples
Art. 6 - A pena de priso simples deve ser cumprida, sem rigor penitencirio, em estabelecimento especial ou seo especial de priso comum, em regime semi-aberto ou 4
aberto.
1 - O condenado pena de priso simples fica sempre separado dos condenados pena de recluso ou de deteno. (...) Vias de fato
Art. 21 - Praticar vias de fato contra algum: Pena - priso simples, de 15 (quinze) dias a 3 (trs) meses, ou multa, se o fato no constitui crime.
PASSO 02
1) Descreva e explique quais so as espcies de penas privativas de liberdade?
a) Recluso b) Deteno c) Priso simples ( para contravenes penais )
As Penas privativas de liberdade esto previstas no arts. 33 e seguintes CP : a) Recluso: cumprimento da pena em regime fechado, semiaberto ou aberto; b) Deteno: cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto, exceto quando houver necessidade de transferncia a regime fechado; c) Priso Simples: cumprimento da pena em regime semiaberto ou aberto, apenas para os casos de contraveno penal. Regimes: so impostos segundo as regras do art. 33, 2, do CP, que determina o regime inicial conforme o mrito do condenado, observando-se tambm a quantidade de pena imposta e a reincidncia. 5
a) Fechado (art. 33, 1, "a" - CP): consiste no cumprimento da pena em estabelecimento de segurana mxima ou mdia; b) Semiaberto (art. 33, 1, "b" - CP): consiste no cumprimento da pena em colnia agrcola, industrial ou estabelecimento similar; c) Aberto (art. 33, 1, "c" - CP): consiste no cumprimento da pena em casa de albergado ou estabelecimento adequado.
Regime especial (art. 37 do CP): consiste no cumprimento da pena por mulheres em estabelecimento prprio e adequado s suas necessidades, conforme distino de estabelecimento, neste caso quanto ao sexo, exigido na Constituio Federal em seu art. 5, XLVIII. Progresso: uma regra prevista no artigo 33, 2, do CP, em que as penas privativas de liberdade devem ser executadas progressivamente, ou seja, o condenado passar de um regime mais severo para um mais brando de forma gradativa, conforme o preenchimento dos requisitos legais, que so: cumprimento de 1/6 da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerrio, comprovado pelo diretor do estabelecimento (art. 112,caput - Lei de Execues Penais). Cumpre ressaltar que a progresso ser sempre de um regime mais severo para o menos severo subsequente, sendo vedado, portanto, em nosso ordenamento jurdico ptrio, a progresso per saltum. Requisitos da progresso 1) Regime fechado > Regime semiaberto: a) cumprir, no mnimo, 1/6 da pena imposta ou do total de penas; b) demonstrar bom comportamento.
2) Regime semiaberto > Regime aberto: 6
a) cumprir 1/6 do restante da pena (se iniciado em regime fechado) / cumprir 1/6 do total da pena (se iniciado em regime semiaberto); b) aceitar o programa da priso-albergue e condies impostas pelo juiz; c) estiver trabalhando ou comprovar possibilidade de faz-lo imediatamente; d) apresentar indcios de que ir ajustar-se ao novo regime, por meio dos seus antecedentes ou exames a que tenha sido submetido. Observao: conforme os 1 e 2 do art. 2 da nova lei de crimes hediondos (Lei n 11.464/07), no caso de condenao por crime hediondo ou equiparado, o cumprimento da pena iniciar ser sempre em regime fechado e a progresso para regime menos rigoroso est condicionada ao cumprimento de 2/5 da pena se o condenado for ru primrio ou 3/5, se for reincidente. Exemplos: um ru primrio, condenado a cumprir pena de 14 anos, ter a possibilidade da progresso da pena aps cumprir 5 anos e 6 meses (14=1/5 > 14/5 > 2,8 > 2,8 * 2 > 5,6 > 2/5 = 5,6); um ru reincidente, condenado a cumprir pena de 14 anos, ter a possibilidade da progresso da pena aps cumprir 8 anos e 4 meses (14=1/5 > 14/5 > 2,8 > 2,8 * 3> 8,4 > 3/5 = 8,4). Regresso: oposto da progresso, uma regra prevista no art. 118 da LEP, que transfere o condenado de um regime para outro mais rigoroso. Em contrapartida do que ocorre com a progresso, a admitida a regresso per saltum, ou seja, o condenado pode ser transferido do regime aberto para o fechado, independente de passar anteriormente pelo regime semiaberto. Hipteses a) praticar fato definido como crime doloso; b) praticar falta grave; c) sofrer nova condenao, cuja soma com a pena em execuo impossibilita o cabimento do regime atual. 7
Direitos do preso (art. 38 - CP): todos os direitos no atingidos pela perda da liberdade do preso sero conservados. Trabalho do preso (art. 39 - CP): ser sempre remunerado, conservando-se os benefcios da Previdncia Social. Remio (art. 126 e ss. - LEP): instituto que estabelece ao condenado a possibilidade de reduo da pena pelo trabalho ou estudo, descontando-se 1 dia de pena a cada 3 dias trabalhados e, em caso de estudo, a cada 12 horas de frequncia escolar, divididas, no mnimo em 3 dias. O juiz poder revogar at 1/3 do tempo remido, em caso em falta grave. Detrao (art. 42 - CP): resume-se em abater da pena privativa de liberdade e na medida de segurana (art. 96 - CP) o tempo de permanncia em crcere durante o processo, em razo de priso preventiva, em flagrante, administrativa ou qualquer outra forma de priso provisria. Desta forma, se algum foi condenado a 6 anos e 8 meses e permaneceu preso por 5 meses no decorrer do processo, ter que cumprir uma pena de 6 anos e 3 meses. A detrao pode ser aplicada em qualquer regime. Tambm possvel sua aplicao quando a pena for substituda por penas restritivas de direito, j que o tempo de cumprimento desta pena permanece o mesmo ainda que seja para substituir a pena privativa de liberdade
2) Como se d a fixao do regime inicial para cumprimento de pena?
Com respeito ao sistema trifsico e final tendo aplicada a pena privativa de liberdade Art. 33 - A pena de recluso deve ser cumprida em regime fechado, semiaberto ou aberto. A de deteno, em regime semiaberto, ou aberto, salvo necessidade de transferncia a regime fechado. (Redao dada pela Lei n 7.209, de 11.7.1984) e nos critrios a, estabelecer o regime inicial do cumprimento da pena do condenado, cuja a determinao no art. 59 do CP.
Exemplo: O juiz, ao prolatar a sentena condenatria, dever fixar o regime no qual o condenado iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade. A isso se d o nome de fixao do regime inicial. 8
Os critrios para essa fixao esto previstos no art. 33 do Cdigo Penal. O juiz, quando vai fixar o regime inicial do cumprimento da pena privativa de liberdade, deve observar quatro fatores: 1) O tipo de pena aplicada: se recluso ou deteno. 2) O quantum da pena definitiva. 3) Se o condenado reincidente ou no. 4) As circunstncias judiciais (art. 59 do CP).
RECLUSO REGIME INICIAL:
FECHADO: se a pena superior a 8 anos. SEMIABERTO: se a pena foi maior que 4 e menor 8 anos. Se o condenado for reincidente, o regime inicial, para esse quantum de pena, o fechado.
ABERTO: se a pena foi de at 4 anos. Se o condenado for reincidente, o regime inicial, para esse quantum de pena, ser o semiaberto ou o fechado. O que ir definir isso vo ser as circunstncias judiciais: Se desfavorveis, vai para o fechado. Se favorveis, vai para o semiaberto.
Smula 269-STJ: admissvel a adoo do regime prisional semiaberto aos reincidentes condenados a pena igual ou inferior a quatro anos se favorveis as circunstncias judiciais.
DETENO REGIME INICIAL:
FECHADO: nunca Obs: alguns autores mencionam como exceo o art. 10 da Lei de Crimes Organizados, mas esse dispositivo inconstitucional. 9
SEMIABERTO: se a pena foi maior que 4 anos.
ABERTO: se a pena foi de at 4 anos. Se o condenado for reincidente, o regime inicial o semiaberto.
ETAPA 02 TEORIA GERAL DA PENA PASSO 01
Considere a seguinte situao hipottica:
Pedro Henrique j cumpriu, em regime fechado, um sexto da pena privativa que lhe fora imposta pelo fato de ter sido condenado pela prtica de crime de roubo, no hediondo, portanto. certo que a unidade prisional atestou seu bom comportamento carcerrio e no possui qualquer outro impedimento. Ocorre que o juiz da vara das execues criminais da comarca onde est recolhido, mesmo considerando o lapso temporal e a boa conduta carcerria relatada, indeferiu o pedido de progresso de regime, fundamentando sua deciso no fato de no existirem vagas nos estabelecimentos penitencirios de regime semiaberto, o que impossibilita a progresso, uma vez que, no seu entender, a evoluo do regime fechado h de ser, obrigatoriamente, para o regime semiaberto, conforme gradao estabelecida no art. 33, 1 do Cdigo Penal.
Diante da situao apresentada, elabore um parecer jurdico, com fundamentos doutrinrios e jurisprudenciais, sustentando soluo mais benfica ao sentenciado.
No caso, como no existe vagas nos estabelecimentos penitencirios para a progresso da 10
pena do Regime Fechado para o Regime Semi Aberto, o Condenado dever passar pelo Regime Prisional por Salto, direto para o Regime Aberto, visto que a a redao do art. 112 da LEP, dispositivo legal que trata da matria, no expressou com clareza essa inteno.
Isto Posto, porque o que vemos so presdios lotados, que no oferecem um mnimo de salubridade aos detentos, violando diversos direitos destes, inclusive os constitucionalmente assegurados no art. 5 da CF.
Frisa-se que o referido tratado fora incorporado ao Direito Ptrio por meio do Decreto n 678, de 6 de novembro de 1992, e, por fora do disposto no 2 do art. 5 da Carta Poltica de 1988, possui natureza de direito fundamental.
Por se tratar de um sistema ineficiente de execuo penal, a responsabilidade no pode ser atribuda ao condenado, e deixa-lo em regime mais severo viola seu direito integridade constitucional, e a norma no corresponde mais com a realidade prisional de hoje, tendo que a falta de vagas ou de estabelecimentos penitencirios adequados para cumprir a progresso do regime fechado para o regime semi-aberto, por isso tem que se ponderar e possibilitar a progresso direta do regime fechado para o aberto.
Segundo o disposto nos arts. 33, 2, do CP, e 112, caput, da LEP, o cumprimento da pena um processo dinmico, a partir do que pode-se concluir que vedado, portanto, que o apenado que preencha os requisitos da progresso permanea em um mesmo regime durante todo o cumprimento da sano penal.
A manuteno do preso em regime imprprio atenta contra o art. 5, inciso XLIX, da Constituio Federal de 1988, que assegura aos presos o respeito integridade fsica e moral. No mesmo sentido o que dispe o art. 7, item 2, da Conveno Americana sobre Direitos Humanos, segundo o qual:
Ningum pode ser privado de sua liberdade fsica, salvo pelas causas e nas condies previamente fixadas pelas Constituies Polticas dos Estados-partes ou pelas Leis de acordo com elas promulgadas.
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PASSO 02
Considerando o caso hipottico apresentado no passo anterior, e, considerando que Pedro Henrique tivesse deferida sua progresso do regime fechado para o semiaberto, e houvesse vaga em estabelecimento prisional, elabore um quadro comparativo apontado as peculiaridades, conforme a lei, dos estabelecimentos prisionais para o cumprimento de pena no regime fechado e no regime semiaberto. Atente-se para as regras de cada regime.
Regras do Regime Fechado Regras do Regime Semi-aberto h um exame criminolgico do preso - serve para conhecer, individualmente, as capacidades e possibilidades de cada preso. Isso permite definir qual o melhor mtodo de atribuio de atividades para o preso durante a execuo do regime fechado, como a concesso de benefcios, trabalho, etc. trabalho interno - o preso pode trabalhar dentro da cadeia trabalho externo - admissvel o trabalho externo, vigiado, mas somente em obras ou servios pblicos penitenciria - o regime fechado cumprido em penitencirias
exame criminolgico - j explicado ao lado em regras do regime fechado. trabalho (durante o dia) - o preso pode trabalhar em colnia agrcola, industrial ou similar trabalho (externo) - admissvel, em qualquer emprego. estudo - admissvel cursos profissionalizantes, de segundo grau ou superior sadas temporrias
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ETAPA 03 MEDIDAS DE SEGURANA PASSO 01
1) Qual o conceito de medida de segurana?
E a sanso penal atravs da qual o Estado reage contra a violao da norma punitiva por agente no inimputvel ou por agente imputvel com responsabilidade penal diminuda (semi- imputvel). O agente que comete delito penal sem capacidade de entendimento ou determinao no pode ser punido, devera receber internao em hospital de custodia e tratamento psiquitrico e na falta desses, em outro estabelecimento adequado ou sujeio a tratamento ambulatorial, conforme positivadas no art. 96 art. 99 do cdigo penal brasileiro.
2) Qual a finalidade da medida de segurana e quais seus pressupostos? A medida de segurana tem uma finalidade essencialmente preventiva e volta-se para o futuro e para a pessoal autora do ilcito. A medica de segurana se ajusta ao grau de periculosidade do agente, e no gavidade do fato delituoso. So pressupostos da medida de segurana:
1) Pratica de fato previsto como crime: A lei da contravenes penais no dispes acerca das medidas de segurana, ento, pelo art. 12 do CP, aplica-se a regra geral subsidiariamente. Logo contraveno penal admite medida de segurana.
2) Periculosidade do agente: pressuposto a ser verificado na personalidade de certos indivduos, militando ser possuidor de clara inclinao para o crime. Grau de periculosidade varia em inimputabilidade (art. 26, caput e imputabilidade com responsabilidade penal diminuda (art. 26, paragrafo nico).
3) Ausncia de imputabilidade plena: quando o agente imputvel no pode sofrer medida de segurana, somente pena. O semi-imputvel s excepcionalmente estar sujeito medida de segurana, isto , se necessitar de especial tratamento curativo, caos contrario tambm ficara sujeito a pena, ou pena ou medida de segurana nunca as duas. Assim h a proibio de aplicao de medida de segurana ao 13
agente imputvel.
3) Quais as espcies de medida de segurana?
So duas as espcies de medida de segurana: I internao em hospital de custodia e tratamento psiquitrico: destinada aos agentes com condenaes por crimes apenados com recluso. II sujeio a tratamento ambulatorial: destinada aos delitos apenados com deteno. Ambas as medidas esto dispostas no art. 96 CP.
4) Explique qual a diferena entre medida de segurana detentiva e medida de segurana restritiva?
As medidas de segurana so divididas em detentiva e restritiva, sendo que a detentiva obrigatria quando a pena imposta for de recluso, alm de ser por tempo indeterminado, persistindo enquanto no houver a cessao da periculosidade que ser averiguada mediante pericia medica em um prazo varivel entre um e trs anos. Entretanto, tal averiguao pode ocorrer a qualquer tempo, mesmo antes do termino do prazo mnimo se assim determinar o juiz da execuo penal. J a medida de segurana restritiva pe punida com deteno, onde, o agente pode ser submetido a tratamento ambulatorial, e assim como na media de segurana detentiva, a restritiva perdurara ate a contestao da cesso da periculosidade.
PASSO 02 De acordo com os artigos 97, 1 e 98 do Cdigo Penal, o prazo mnimo para fixao da medida de segurana e de um a trs anos. O critrio de fixao do prazo mnimo varia para cada caso de acordo como a maior ou menor periculosidade do agente. Ele no tem como base fixao a quantidade de pena privativa de liberdade, mas a periculosidade do agente, j que ele e submetido a medida de segurana para se tratar e no para ser punido, ate porque isento de culpabilidade.
ETAPA 4 - AO PENAL E EXTINO DA PUNIBILIDADE 14
PASSO 01
1) Qual o conceito de ao penal?
o direito de pedir ao Estado-Juiz a aplicao do direito penal objetivo a um caso concreto. tambm o direito publico subjetivo do Estado-Administrao, nico titular do poder-dever de punir, de pleitear ao Estado-Juiz a aplicao do direito penal objetivo, com a consequente satisfao da pretenso punitiva.
2) Quais as principais caractersticas da ao penal?
A ao penal um direito autnomo, que no se confunde com o direito material que se pretende tutelar; um direito abstrato, que independe do resultado final do processo; um direito subjetivo, pois o titular pode exigir do Estado-Juiz a prestao jurisdicional e tambm um direito publico, pois a atividade jurisdicional que se pretende provocar de natureza publica. 3) Quais so as espcies de ao penal no direito brasileiro?
E mencionada na doutrina duas espcies de ao penal no direito brasileiro, a ao penal publica e a ao penal privada. A ao penal publica exclusiva do Ministrio Publico e subdividida em ao penal publica incondicionada e condicionada. A ao penal publica incondicionada aquela em que o Ministrio Publico promovera a ao independente da vontade ou interferncia de quem quer que seja, bastando, para tanto, que ocorram as condies da ao e os pressupostos processuais. J na ao publica condicionada a atividade do Ministrio Publico fica condicionada manifestao de vontade do ofendido ou seu representante legal, nos termos do art. 100 1 , do CP.
PASSO 02
crime de ao penal privada so aqueles previstos no Cdigo Penal nos seguintes artigos: Art. 145 Crimes contra a honra; 15
Art. 161 Alterao de limites, usurpao de aguas, esbulho possessrio e supresso ou alterao de marca em animais; Art. 163 Crime de dano; Art. 164 Introduo ou abandono de animais em propriedade alheia, c/c 167, 179, 184, 186, 236, 240, 345 e nos crimes contra os costumes (art. 213 a 220), que no sejam cometidos com abuso do ptrio poder, desde que a violncia empregada no resulte em leso grave ou morte ou desde que a vitima e seus pais possam prover as despesas do processo. O prazo para o ofendido ou seu representante legal exercer o direito de queixa, ocorre em decadncia dentro do prazo de 6 (seis) meses, contado do dia em que o ofendido, ou seu representante legal, vier a saber quem o autor do crime. Na hiptese de ao penal privada subsidiaria da publica, a decadncia do direito de queixa ocorre em sei meses do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento da denuncia. Essa regra esta prevista no art. 38 do CPP e dispositiva, ou seja, admite disposio em contrario.
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REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CARPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. Vol. 1, Parte Geral. (arts 1 a 120). 17 ed. So Paulo: Saraiva, 2013.
JESUS, Damsio E. de. Direito Penal: Parte Geral. 28 ed. So Paulo: Saraiva, 2005, v.1.
TOURINHO, Fernando da Costa. Manual de Direito Penal. 29 ed. So Paulo: Saraiva, 2007.
Anlise Crtica das Teorias da Pena. Disponvel em: <http://jus.com.br/artigos/19678/analise- critica-das-teorias-da-pena.>, acessado em 23/05/2014.