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(...

) problemas de mulher, essa configurao histrica de uma


indisposio feminina sem nome, que mal disfara a noo de que ser
mulher uma indisposio natural. (...) Ser mulher constituiria um fato
natural ou uma performance cultural, ou seria a naturalidade construda
mediante atos performativos discursivamente compelidos, que produzem o
corpo no interior das categorias do sexo e por meio delas? (P. 8 e 9)
As noes de trabalhos de mulher e trabalhos de homem so
coisas verdadeiramente naturais ou seriam esses conceitos
construdos por aes performticas impostas pelo discurso?
A crtica genealgica recusa-se a buscar as origens do gnero, a verdade
ntima do desejo feminino, uma identidade sexual genuna ou autntica que
a represso impede de ver; em vez disso, ela investiga as apostas polticas,
designando como origem e causa categorias de identidade que, na verdade,
so efeitos de instituies, prticas e discursos cujos pontos de origem so
mltiplos e difusos.
Falocentrismo e a Heterossexualidade Compulsria como grandes
causadores dessa identidade de gnero estabelecida.
Quem disse que as yabs so mes? O que determina elas como
progenitoras? Quem fez delas, [i] no discurso e [ii] na natureza como
essncias femininas, como mes? Se nos prprios itans podemos ver
as santas como mes e guerreiras ao mesmo tempo, por exemplo,
como
determinar
quais
fenmenos
da
natureza
so
predominantemente femininos? E como falar quais so
predominantemente masculinos? J que existem mulheres que
guerreiam e homens que guerreiam?
(...) o feminino j no parece mais uma noo estvel, sendo o seu
significado to problemtico e errtico quanto o de mulher, e (...) ambos
os termos ganham seu significado problemtico apenas como termos
relacionais.

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