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Cartilha de Evangelização

Site evangélico de estudos bíblicos

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Conteúdo

A P R E S E N T A Ç Ã O..........................................................................................................4
TÍTULO I....................................................................................................................................5
ALGUMAS INDICAÇÕES PARA INICIAR A EVANGELIZAÇÃO...........................................5
TÍTULO II...................................................................................................................................7
A MORTE PELO PECADO E A RECONCILIAÇÃO
PELO SANGUE DE CRISTO.................................................................................................7
O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO................................................................8
SACRÍFÍCIOS E HOLOCAUSTOS NÃO AGRADARAM A DEUS.................................9
A PROMESSA DO REDENTOR............................................................................10
A LUZ RAIOU ENTRE AS TREVAS......................................................................10
O TRIUNFO DE CRISTO NA CRUZ......................................................................11
TÍTULO III................................................................................................................................13
O QUE FAREI PARA HERDAR A VIDA ETERNA?.............................................................13
O NOVO NASCIMENTO......................................................................................14
CRISTO, A SALVAÇÃO PARA OS PECADORES..........................................15
TÍTULO IV...............................................................................................................................17
O PROPÓSITO DE DEUS PARA O HOMEM......................................................................17
CRISTO PREGA O ARREPENDIMENTO...............................................................17
O PERDÃO PARA SALVAÇÃO.............................................................................18
JESUS CHOROU.................................................................................................19
CRISTO PREGA A LIBERTAÇÃO.........................................................................20
TÍTULO V................................................................................................................................21
ONDE PASSARÁS A ETERNIDADE?.................................................................................21
A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO.....................................................................21
HADES: INFERNO, PRISÃO ESPIRITUAL, LUGAL DE TORMENTA.........................22
QUEM RESSUSCITARÁ COM CRISTO NO JULGAMENTO FINAL?..........................23
A NOVA JERUSALEM..........................................................................................23
O FOGO ETERNO PARA OS DESOBEDIENTES....................................................24
TÍTULO VI...............................................................................................................................25
AINDA HÁ TEMPO .............................................................................................................25
HOJE O SENHOR ESTÁ PERTO...........................................................................25
A INDISPENSÁVEL SANTIFICAÇÃO.....................................................................26
TÍTULO VII..............................................................................................................................28
NEGUE-SE A SI MESMO, E TOMA A SUA CRUZ, E SIGA-ME .........................................28
NEGUE-SE A SI MESMO.....................................................................................28
TOME A SUA CRUZ...........................................................................................29
COMO SEGUIR A JESUS.....................................................................................29
TÍTULO VIII.............................................................................................................................32
A SUPREMACIA DO AMOR - A CARIDADE.......................................................................32
AS OBRAS PODEM SALVAR?.............................................................................32
A SUPREMACIA DO AMOR.................................................................................33
COMO DEVEMOS FAZER A CARIDADE..............................................................33
QUEM SERÁ ARREBATADO PARA A VIDA ETERNA?...........................................34
TÍTULO IX...............................................................................................................................37
PORQUE ÀS VEZES A NOSSA ORAÇÃO NÃO É OUVIDA?.............................................37
ORAÇÃO FORTE EXISTE?..................................................................................38
TÍTULO X................................................................................................................................40
SUBLIME É O PERDÃO......................................................................................................40
A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPASSIVO.......................................................40
CRISTO NOS ENSINA A PERDOAR.....................................................................41
A CRUCIFICAÇÃO..............................................................................................42
2
TÍTULO XI...............................................................................................................................43
É IMPOSSÍVEL SERVIR A DOIS SENHORES....................................................................43
EXORTAÇÃO A SANTIFICAÇÃO .........................................................................45
TÍTULO XII..............................................................................................................................46
O PECADO IMPERDOÁVEL ..............................................................................................46
QUEM É O ESPÍRITO SANTO E QUAL A SUA OBRA?...........................................46
O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO...........................................................46
OS AÇOITES......................................................................................................47
A CONDENAÇÃO...............................................................................................47
TITULO XIII.............................................................................................................................49
O JEJUM QUE AGRADA A DEUS.......................................................................................49
O JEJUM QUE NÃO AGRADOU A DEUS...............................................................49
A SERIEDADE E A NECESSIDADE DO JEJUM......................................................51
TÍTULO XIV.............................................................................................................................52
A TUA FÉ TE SALVOU .......................................................................................................52
A FÉ COMO UM GRÃO DE MOSTARDA..............................................................53
A FÉ, PELA PALAVRA DE CRISTO.......................................................................53
EXORTAÇÕES DO SENHOR JESUS SOBRE A FÉ.................................................54
TÍTULO XV .............................................................................................................................55
A ABOMINÁVEL IDOLATRIA..............................................................................................55
AS IMAGENS - ÍDOLOS FEITOS POR MÃOS DE HOMENS....................................55
IDOLATRIA REPROVADA POR DEUS..................................................................56
QUAL O VÍNCULO DE MARIA COM JESUS?.........................................................57
O ÚNICO E VERDADEIRO MEDIADOR................................................................58
...............................................................................................................................................58
TÍTULO XVI.............................................................................................................................59
A VERDADE SOBRE OS DÍZIMOS.....................................................................................59
OS DÍZIMOS ANTES DA LEI...............................................................................60
O DÍZIMO PELA LEI...........................................................................................61
O DÍZIMO NO EVANGELHO DE CRISTO.............................................................61
A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS..............................................................................63
AQUI TOMAM DÍZIMOS HOMENS QUE MORREM................................................63
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................64
TÍTULO XVII............................................................................................................................66
COMÉRCIO NO TEMPLO, ABOMINAÇÃO AO SENHOR...................................................66

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APRESENTAÇÃO

É com regozijo na alma e júbilo no coração, que apresentamos aos amados irmãos
esta CARTILHA PARA EVANGELIZAÇÃO com os mesmos Estudos Bíblicos que estão à
sua disposição, numa seqüência lógica e prática que irá facilitar a evangelização tanto para
o ministrante, como ao discipulado, começando pela queda de Adão e Eva no Jardim do
Éden, até a vinda do Senhor Jesus Cristo para arrebatamento da sua Igreja. Tudo
fundamentado na palavra de Deus, bem como exortações, admoestações e orientações sobre
a verdadeira doutrina, a essência da verdade do Senhor Jesus Cristo.

Este é o nosso compromisso, anunciar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo nos quatro
ventos da terra e até nos confins do mundo, para que o derramamento do sangue do Senhor
Jesus na cruz do Calvário não seja em vão, mas seja para purificação de todo pecado e
salvação de muitas almas.

Portanto, ajude-nos a espalhar essa semente, o Evangelho do nosso Senhor e


Salvador Jesus Cristo, podendo para isso usar esta cartilha, bem como o conteúdo do nosso
site www.cristoeaverdade.net livremente, o direito autoral é do céu.

Porque assim ordenou o Senhor Jesus aos seus discípulos dizendo: Ide por todo o
mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será
salvo; mas quem não crer será condenado Evangelho de Marcos 16.15,16.

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TÍTULO I

ALGUMAS INDICAÇÕES PARA INICIAR A EVANGELIZAÇÃO

Disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura,
quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado (Marcos 16.15,16).
Irmãos, isso é mandamento para todo aquele que recebeu a oferta da salvação, para que
venha a multiplicar os talentos recebidos, porque anunciar o Evangelho não é
responsabilidade e nem privilégio da liderança ou de um grupo de irmãos especialmente
designado para isso, essa atribuição é para todos.

No Evangelho de Cristo há inúmeras referências citando que todos devem anunciar,


porque aquele que se envergonhar do Senhor aqui na terra, Jesus também, se envergonhará
dele diante do Pai.

E para isso, não precisa estudar teologia, curso bíblico de discipulado, mas o princípio
para iniciar a evangelização é buscar sabedoria espiritual na palavra, especificamente no
Evangelho de Cristo, o qual possui o conteúdo necessário para fazê-los um pregador. O qual
não foi escrito por vontade de homem algum, mas toda palavra foi divinamente inspirada pelo
Espírito Santo de Deus (II Pedro 1.20,21).

Por isso aconselhamos aos amados em Cristo, ler os nossos textos conferindo tudo
em sua bíblia, porque a palavra exorta que maldito é o homem que confia no homem, mas
bem aventurado o homem que deposita a sua confiança no Senhor.

Porem, antes de iniciar a leitura ore e peça a Deus, em nome do Senhor Jesus, para
que lhes dê discernimento espiritual da palavra pelo seu Espírito Santo, e caso não havendo
discernimento, deve-se persistir na oração, jejum e santificação, buscando em Deus a
sabedoria espiritual, porque quem anuncia a palavra precisa conhecer o que está pregando, e
quem recebe precisa de percepção espiritual, para ambos seguirem sem desviar do caminho
de Deus.

Quando devemos anunciar o Evangelho? Sempre que possível, em qualquer


lugar, dia, hora, e em qualquer situação. E quando saírem especificamente para evangelizar,
se possível saia em duas pessoas, ou seja, dois irmãos, ou marido e mulher. Andar em dois
não é uma regra, mas seguir os ensinamentos do Senhor Jesus, o qual sempre os enviou de
dois em dois.

A quem devemos anunciar o Evangelho? A todos que não conhecem a


palavra de Deus, independente de raça, sexo, cor, credo religioso, classe social ou financeira,
porque Senhor Deus não faz acepção de pessoas. È aconselhável também, se disponibilizar
aos discipulados para ensiná-los nas suas residências, agendando previamente horário e
datas, e fazê-los acompanhar os ensinamentos na bíblia.

E não tenham receio de pregar a verdade (João 8.32), porque na palavra de Deus não
há censura, você pode pregar a bíblia toda e em todo lugar, o que precisamos é buscar no
Senhor a sabedoria para anunciar a sua verdade com exatidão, como também não se deixar
vencer por aqueles que possuem sabedoria material, evitando sempre contenda com esses, a
qual Deus abomina.

5
É indispensável estar preparado espiritualmente, porque aparecerão muitas situações
atípicas e o servo de Deus não poderá ser surpreendido, sem que lhes dê uma resposta
coerente. Muitos lhes pedirão aconselhamento, oração para enfermos, farão perguntas sobre
a palavra, e o Apocalipse. Mas não se preocupem, o Espírito de Deus falara em vossa boca.

E há também os inspirados por satanás para elaborar perguntas capciosas para fazê-
los contraditar na palavra. Exemplo: Quem foi a mulher de Caim? Ou o que Jesus escrevia na
terra quando o apresentaram a mulher adúltera? Mas digo, esses são escarnecedores da
palavra, não percam tempo tentando justificar-se.

Preparar-se espiritualmente porque a combate é intenso, assim como os Judeus


contestavam a Jesus, hoje também virá muita contestação e rejeição à verdade de Cristo,
mas não vos assusteis, é o cumprimento da palavra do Senhor Jesus, o qual disse: Quem
vos ouve a vós a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós a mim me rejeita; e quem a mim me
rejeita, rejeita aquele que me enviou (Lucas 10.16).

Aconselhamos aos irmãos a perseverarem na fé, em constante oração e santificação,


buscando no Evangelho de Cristo o conhecimento pleno da verdade e do crescimento
espiritual. Então o irmão poderá perguntar: Por que meditar especificamente no Novo
Testamento?

Porque o próprio Jesus recomendou dizendo: Ide por todo mundo e pregai o
Evangelho a toda criatura (Marcos 16.15). Observem que Ele mandou pregar o Evangelho e
não o A. T. porque em I Coríntios 15.1,2, a palavra afirma que a salvação vem pelo
Evangelho, isso é, pela pregação do Novo Testamento, e a recomendação para meditação no
Antigo Testamento é nos livros de Salmos (Efésios 5.19), compreendendo também os demais
livros poéticos como Jó, Eclesiastes e provérbios.

Mas nada temas, medite, busque e confie no Senhor teu Deus, porque Ele tem um
ministério grandioso para todos que buscam ouvir a sua voz e fazer a sua vontade, porque
ninguém foi chamado somente para esquentar banco de igreja, mas para anunciar que
servimos a um Deus forte, que deu seu único Filho a morrer em sacrifício para libertar o
homem do pecado e da morte, pelo seu próprio sangue.

Aconselhamos também, os irmãos a realizarem os ensinamentos, na ordem em que


os estudos foram expostos, desde o pecado de Adão no Éden à vinda de Cristo para
arrebatar a sua igreja, ou conforme vier discernimento do Espírito Santo de Deus.

PARA A SUA MEDITAÇÃO:

Irmãos, se algum dentre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,


saiba que aquele que fizer converter do erro um pecador, salvará da morte uma alma e
cobrirá uma multidão de pecados (Tiago 5.19,20).

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TÍTULO II

A MORTE PELO PECADO E A RECONCILIAÇÃO


PELO SANGUE DE CRISTO

No princípio, criou Deus o Céu, a terra e o sistema planetário, e os seres viventes, e


disse: Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança e domine sobre
os peixes, aves, e tudo o que se mova sobre a terra.

E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e o colocou no Jardim do Éden


para lavrar e guardar, e ordenou Deus ao homem que comesse de toda árvore do jardim
livremente, mas alertou: da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque no
dia que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis cap. 1-3).

Do pó da terra criou Deus o homem a sua imagem, conforme a sua semelhança, e o


colocou num paraíso para viver em abundância de bens, a prosperidade não era um ideal a
ser alcançado, mas uma realidade a ser apossada para desfrutar das maravilhas disponíveis.
Deus lhe deu também poder para dominar sobre todas as coisas, o Senhor Deus havia criado
as condições ideais para o homem viver em felicidade plena eternamente.

Deus criou o homem livre e lhe ordenou guardar o Paraíso, lhe deu autoridade sobre
a ação do diabo, e alertou: da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás, porque
no dia que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2.17).

Porém, não impôs condições ao homem para obediência, Ele queria ser respeitado
pelo seu amor a criatura, pelo laço fraternal de amor entre ambos. Deus deu-lhe a opção de
escolher a semente que desejasse plantar, avisando porem de antemão, que a colheita seria
inevitável.

Mas a mulher, sugestionada pela serpente (o diabo), indiscreta em conhecer o que o


Senhor Deus havia proibido, ambicionando ser igual a Deus, e vendo a árvore desejável,
agradável aos olhos, tomou do seu fruto e comeu e deu também ao seu marido e ele comeu
também (Gênesis 3.6). O pecado havia se consumado, e a morte entrado no homem pelo
pecado. O paraíso que Deus havia confiado ao homem para o guarda e proteger, ele acabava
de entregar a satanás, sujeitando-se a ele e vindo a ser o seu escravo.

A promessa de viver eternamente havia se encerrado no momento em que praticaram


o pecado. O homem estava morto, não só espiritualmente, mas também a morte física, por
esta razão a palavra do Senhor na carta aos Romanos 6.23 diz: O salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida a vida eterna.

Deus amaldiçoou a serpente e disse: Porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua
semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gênesis 3.15).
A mordomia que o Senhor preparou para ao homem também havia acabado, em Gênesis
3.19 disse Deus: No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes a terra; porque
dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornará. A sua morte física também estava
determinada.

7
E, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma
espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida (Gênesis
3.24).

Com a inimizade criada com Deus, o homem que fora criado para dominar e viver
eternamente estavam definitivamente separados de Deus pela sua insubordinação. O Senhor
colocou anjos ao redor do Paraíso impedindo que o homem, agora na condição de pecador
vivesse eternamente.

A terra foi amaldiçoada e com isso vieram todos os desajustes que vivemos hoje, o
homem ficou vulnerável as enfermidades, dores e aflições. A fome, a miséria, e angústia
passaram a fazer parte do cotidiano, satanás teve domínio sobre o homem que passou a
viver sob a maldição do pecado. De dominador passou a condição de escravo, satanás de
posse do império da morte, passou a assolar e afligir a humanidade.

O homem, a maior obras das mãos de Deus sobre a terra, para tanto o fez a sua
própria imagem, conforme a sua semelhança, o amor de Deus por essa criatura é coisa
imensurável, o Senhor o trata como a menina dos seus olhos, o Senhor Deus poderia tê-lo
abandonado no pecado pela sua desobediência e rebeldia, mas não o fez, apesar da sua
tristeza e frustração, não desistiu de lhe dar uma nova oportunidade para a salvação, ainda
que para isso pagasse o mais alto preço, o preço do sangue do seu próprio filho.

O Senhor havia preparado um plano para restabelecer a sua reconciliação (Gênesis


3.15), ofereceu o seu único filho em expiação, ainda que para isso houvesse derramamento
de sangue para resgatar o homem da maldição do pecado e lhe ofertar novamente a
libertação e a vida eterna.

A exortação é um alerta para que estejamos atentos, satanás veio para matar, roubar
e destruir, e ao contrário do que muitos imaginam, não surgi de forma arrepiante, com chifres,
tridente, espalhando fogo por todos os lados. Ele se infiltra sutilmente, de maneira
dissimulada, aparentando uma fruta boa para se comer, agradável aos olhos, desejável, e
não nos deixa aperceber que aquela fruta com aparência agradável é uma armadilha que
levará a morte, não só a morte material, mas principalmente a morte espiritual, e muitos, por
não vigiar, têm sido sucumbidos pela astúcia do diabo.

O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO

Mas Deus na sua infinita misericórdia, mesmo depois da desobediência do homem,


nunca desistiu de amá-lo, sempre tentando aproximação com o homem, escolheu para si um
povo especial, os descendentes do Patriarca Abraão, o nosso pai na fé, para herdar a terra
prometida.

E ainda no livro de Gênesis 17.1-10, narra que sendo, pois Abrão da idade de 99 anos
apareceu o Senhor a Abrão, e disse-lhe: “Eu sou o Deus Todo-poderoso, anda em minha
presença e sê perfeito. E porei o meu concerto entre mim e ti, e te multiplicarei
grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto e falou Deus com ele dizendo:

Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e será o pai de uma multidão de nações. E não
se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome, porque por pai da multidão
de nações te tenho posto.

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E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti. Este é o
meu concerto, que guardarei entre mim e vós, e a tua semente depois de ti: Que todo o
macho será circuncidado.

Deus disse mais a Abraão: Gênesis 17.15-19: A Sarai tua mulher não chamará mais
pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome; Porque eu a hei de abençoar, e te hei de dar
a ti dela um filho, e abençoarei, e será mãe das nações, reis de povos sairão dela (Gênesis
17.15-19).

Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem
de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara da idade de noventa anos? E disse
Abraão a Deus: Oxalá que vivo Ismael (filho de Abraão com a serva Agar) diante de teu rosto!

E disse Deus a Abraão: Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho, e chamarás o
seu nome Isaque, e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua
semente depois dele. E quanto a Ismael também te tenho ouvido, eis aqui o tenho
abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente, doze príncipes gerará
e dele farei uma grande nação. “O meu concerto, porém estabelecerei com Isaque, o qual
Sara te dará neste tempo determinado, no ano seguinte”

SACRÍFÍCIOS E HOLOCAUSTOS NÃO AGRADARAM A


DEUS

O separou o povo de Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, e deu-lhes


uma lei pelo ministério do seu servo Moisés, porém, tendo a lei, a sombra dos bens futuros, e
não a imagem exata das coisas, já indicava que somente pelo derramamento de sangue
(Levíticos Cap. 1, 3, 4...) seriamos reconciliados com Deus e alcançaríamos a salvação da
vida eterna.

O sumo sacerdote, ele sozinho, entrando no santuário uma vez por ano, não sem
sangue, oferecia sacrifício, por si e pelos pecados de ignorância do povo. Mas os holocaustos
e sacrifícios não agradaram ao Senhor, o qual disse:

I Samuel 15.22 – Tem por ventura o Senhor, tanto prazer em holocausto e sacrifícios,
como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que
sacrificar.

Isaias 1.11 - De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? Diz o Senhor.
Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado
do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.

Desde o antigo testamento, os homens que temiam e amavam a Deus buscavam


agradar-lhe com holocausto e expiação de animais, tendo sido estabelecido esse sacrifício
pela lei, a qual veio como um simbolismo das coisas que haveriam de acontecer, e, pelos
sacrifícios de animais, o Senhor figurava de antemão a expiação do sangue do seu filho
Jesus Cristo que viria para remir o homem dos pecados, e lhes ofertar a vida eterna.
Vejamos:

Hebreus 9.11, 12 - Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuro, por um maior
e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de
bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo
efetuado uma eterna redenção.

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A PROMESSA DO REDENTOR

Isaias 9.6 diz: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está
sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.

Lucas 1.32, 33 - Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor
Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino
não terá fim. Verdadeiramente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores
levou sobre si; ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e
moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas
pisaduras, fomos sarados.

Andávamos como ovelhas desgarradas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas
o Senhor fez cair sobre Ele à iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido, mas não abriu a
boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus
tosquiadores, Ele não abriu a boca.. (Isaias 53.4 a 7)

O Senhor Deus já sabia que sem derramamento de sangue não haveria salvação,
então o próprio Deus veio na aparência de homem (João 1.1, 14). O verbo se fez carne e
habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e
de verdade.

Porque, se o sangue dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os
imundos, os santificam, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se
ofereceu a si mesmo imaculado a Deus.

E, por isso, é Mediador de um Novo Testamento, Porque, onde há testamento, necessário é


que intervenha a morte do testador. Porque um testamento só tem força onde houve morte,
ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?

A LUZ RAIOU ENTRE AS TREVAS

Mateus 4.16, 17 diz: O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e
aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então,
começou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos
céus.

O homem, pela sua rebeldia havia contraído uma dívida com Deus, e olhando Deus desde os
céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e o
buscasse; desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem,
não há um sequer.

Porem, Jesus Cristo, sem pecado, não tinha obrigação nenhuma de pagar pela dívida
do homem, mas pela sua obediência ao Pai, ofereceu a si mesmo em sacrifício vivo para nos
remir de todo pecado. O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.

O Reino de Cristo estava estabelecido na terra, tendo sido ungido por Deus com o
Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com Ele (Atos 10.38).

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Realizou uma obra impar, jamais vista na face da terra, curas, milagres, maravilhas,
salvação e anunciou em todo mundo o arrependimento, a conversão a libertação, a
esperança da vida eterna, pela aspersão do seu próprio sangue.

O TRIUNFO DE CRISTO NA CRUZ

E tendo chegado a sua hora, para que se cumprisse a palavra, foi traído por um
dos doze, sendo preso e levado à presença do sumo sacerdote e do rei, começava ali o
julgamento mais terrível e cruel da história da humanidade. O justo, pagando a dívida do
pecador, sofrimento, muita angústia e grande dor, mas Ele não abriu a sua boca.

Homem de dores, sacrifício vivo para remir o homem do pecado , foi


humilhado das mais terríveis e diversas formas. Com todo poder para transformar o
universo em minúsculas partículas, ou em nada, não pediu vingança ao Pai, mas pediu que
lhes perdoassem, deixando em si mesmo o maior exemplo de bondade e humildade, porque
sublime é o perdão . Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que
condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.

Esaú, por um bocado de manjar, vendeu o seu direito a primogenitura; e querendo ele
ainda herdar a benção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que
com lágrima o buscou (Hebreus 12.16, 17).

O homem, estando morto na maldição do pecado, o Senhor havia colocado anjos


vigiando o caminho da árvore da vida, que é o paraíso que Cristo prometeu ao homem que
estava crucificado ao seu lado, pela sua humildade e arrependimento. E, pelo sangue de
Cristo, o homem teve novamente acesso ao perdão e a salvação para a vida eterna.

Na carta aos Romanos 3.20, a palavra afirma que nenhuma carne será justificada
diante dele pelas obras da lei, porque pela lei, vem o conhecimento do pecado, fazendo-
se necessário que o próprio Deus se fizesse homem e habitasse entre nós (João 1.14), o
qual deu a sua vida em sacrifício vivo na cruz, para a remissão dos nossos pecados, e
ressuscitou ao terceiro dia para a esperança da nossa salvação (Romanos 4.25).

E hoje, pela aspersão do seu achamos lugar de arrependimento, porque Cristo


levou sobre si o pecado do mundo inteiro (Isaias capítulo 53), abriu a porta do paraíso e nós,
sendo inimigos de Deus, fomos reconciliados pela morte do seu filho, e, pelo seu sangue
restabeleceu a paz entre Deus e o homem.

A palavra do Senhor, no livro de Isaias Capítulo 53.3 relata que Jesus Cristo era
homem de dores. Estando Cristo dependurado na cruz com uma coroa de espinhos
cravada na cabeça, havia mais de três horas, humilhado, escarnecido, açoitado, em dado
momento clamou ao Pai dizendo:

Deus meu, Deus meu, porque me desamparastes? O pecado do mundo inteiro pesava
sobre Ele. Cristo angustiou-se mas não temeu e nem recuou, oferecendo-se com grande
clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao
que temia. Tendo sede, deram-lhe vinagre. E quando tudo estava consumado, Jesus
inclinando a sua cabeça, entregou o seu espírito ao Pai.

As profecias haviam sido cumpridas, o Cordeiro inocente, pela aspersão do seu


sangue, havia aniquilado o pecado, satanás estava definitivamente derrotado. Cristo triunfou

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sobre a morte cravando-a na cruz, o pecado que separava o home de Deus estava
destruído e pelo seu sangue, reconciliou o homem do Deus.

No momento em que Cristo rendeu o seu Espírito a Deus, o véu do templo que
separava o lugar santo do santíssimo, onde somente o sacerdote entrava uma vez por ano
para sacrificar à Deus por si e pelos pecados de todo povo, rasgou-se de alto a baixo, porque
um novo véu havia se rasgado, isto é, a carne de Cristo, para nos libertar da lei do pecado
e da morte que separava o homem de Deus, sendo justificados gratuitamente pela aspersão
do seu sangue e pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.

O homem que estava condenado à morte pelo pecado do Éden, foi reconciliado com
Deus pela aspersão do sangue do Senhor Jesus Cristo, o qual, abriu a porta do paraíso e
concedeu ao pecador, que pelo arrependimento e conversão, alcance a glória da vida eterna.

Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, mas com o precioso sangue de Cristo,
como de um cordeiro imaculado e incontaminado.

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TÍTULO III

O QUE FAREI PARA HERDAR A VIDA ETERNA?


Primeiramente precisamos considerar que a vida não se resume ao voltarmos ao pó
da terra, porque temos um espírito que é imortal e só existem dois lugares para passarmos a
eternidade, à saber, o céu com o Senhor Jesus e os seus santos anjos, ou o inferno com
satanás e os seus espíritos malignos.

Depois da queda no Éden pela desobediência, o homem passou a viver sob a


maldição do pecado, entregou o paraíso que Deus lhe deu, nas mãos do inimigo, e de
dominador passou a escravo de satanás, mas o Senhor Deus na sua infinita misericórdia,
amou o homem de tal maneira, que deu o seu único Filho a morrer em sacrifício na cruz, para
todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. E Cristo, pela
sua morte aniquilou na cruz aquele que tinha o império da morte, abriu novamente a porta do
Paraíso ao homem, e o reconciliou com o Pai.

No Evangelho de Marcos 16.15,16, disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o
Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer
será condenado.

Mas a salvação não vem por imposição, ela é oferecida e de graça, pela aspersão
do sangue do Cordeiro de Deus, e para isso, é necessário crer no Senhor Jesus Cristo
incondicionalmente, guardar os seus mandamentos, obedecer a sua palavra,
permanecer na sua verdade, perseverar na sã doutrina que o Senhor nos deixou, para
que a morte de Cristo na cruz não seja em vão, mas seja para nos purificar de toda obra do
pecado e para salvação de muitas almas.

No Evangelho de Cristo, Ele assegura que somente pelo


arrependimento, conversão, e pelo amor a Deus acima de todas as coisas e ao
próximo como a si mesmo, tudo isso fundamentado na fé, alcançaremos a
reconciliação com Deus e a vida eterna. Porque pelo arrependimento virá o perdão, pelo
perdão a conversão, a conversão nos faz uma nova criatura lavada e remida no sangue do
Cordeiro, e quando nos transformamos em uma nova criatura, receberemos o dom da fé,
a qual nos conduz a salvação, pelo socorro do Espírito Santo de Deus. Porque pela graça
sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus (Efésios 2.8).

O perdão não é obrigatório, mas uma dádiva do Senhor a aqueles que se arrependem,
e o buscam crendo verdadeiramente em Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida.

13
O NOVO NASCIMENTO

Evangelho de João 3.2 a 7 – Um certo príncipe judeu chamado Nicodemos, foi ter
com Jesus a noite, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus;
porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

Respondeu-lhe Jesus: Aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Perguntou Nicodemos: Mestre como pode um homem nascer sendo velho? Por ventura
poderá entrar novamente no ventre de sua mãe e nascer?

Então disse-lhe Jesus: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da
água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.

O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do Espírito é Espírito. Não te


maravilhes de ter dito, necessário vos é nascer de novo.

É importante observar a grandeza das palavras de Cristo que não disse sobre
a necessidade do novo nascimento a um ladrão, ou a uma prostituta, os quais
sobrecarregados de pecados necessitavam de uma mudança radical e urgente, mas disse
justamente a um homem de uma conduta ilibada, príncipe dos Judeus, religioso, zeloso da lei
de Moisés, o qual tinha certeza que Cristo verdadeiramente é o filho de Deus. Porem, para
herdar a vida eterna, aquele homem estava nas mesmas condições de todos os pecadores,
porque faltava-lhe o essencial para alcançar a salvação, faltava-lhe o arrependimento, a
conversão, a fé, sepultar o velho homem pecaminoso e nascer de novo pela aspersão do
sangue de Cristo.

Nicodemos entendeu a advertência do Senhor Jesus Cristo numa visão material,


perguntando-O como seria possível um homem já formado, tornar a entrar no ventre da sua
mãe, mas o Senhor lhe falava das coisas espirituais; o nascer da água é o arrependimento, e
o nascer do espírito a conversão, a fé para crer verdadeiramente no sacrifício de Cristo na
cruz, para remissão dos pecados, crer na sua ressurreição para a salvação da vida eterna. Fé
suficiente para receber a Cristo como Senhor e Salvador da sua vida, porque em nenhum
outro há salvação.

II Coríntios 5.17 - Se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já se


passaram, eis que tudo se fez novo.

Tudo se faz novo quando nos arrependemos, cremos em Cristo e lhe entregamos a
vida, e o Espírito Santo de Deus passa a habitar em nós, e nos regenera da obra da carne
para o pecado. Quando despojamos da natureza pecaminosa do velho homem que jazia sob
os cuidados da carne, habitando no seu corpo a lei do pecado e da morte, mas tendo
recebido um novo coração, somos libertos dos desejos carnais e da concupiscência para
pecado, a nova criatura é inclinada para os frutos do Espírito, a santificação, provando a boa
palavra de Deus, o dom celestial, sendo participante do Espírito Santo e das virtudes do
século futuro.

Agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo, que não andam
segundo a carne, mas segundo o Espírito (Romanos 8.1)

Aquele que não nascer de novo, não pode ter domínio sobre a carne e o pecado, o
velho homem, pela falta de entendimento espiritual, e pela dureza de coração, era governado
pela carne e servindo ao pecado, estava separado da comunhão com Deus. Mas quando

14
nascemos de novo, somos libertos do poder do pecado para viver segundo a vontade de
Deus. Uma vez restabelecida a paz com Deus pelo sangue de Cristo, isto é, Deus está em
Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a
palavra da reconciliação.

CRISTO, A SALVAÇÃO PARA OS PECADORES

Estando o Senhor Jesus crucificado entre dois ladrões, um dos malfeitores blasfemava
dele dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo e a nós. O outro o repreendeu e disse:
Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este
nenhum mal fez.

E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino. Jesus
porem lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso
(Lucas 23.30 a 43).

O Senhor Jesus poderia ter salvado os dois pecadores, mas apenas um recebeu o
perdão dos pecados e a oferta da vida eterna. A salvação, esta foi a recompensa
que pecador recebeu pelo seu arrependimento e conversão.

Não precisou de batismo, boas obras ou sacrifício, ele foi salvo pela sua fé, porque
creu no Senhor Jesus Cristo como o seu único e suficiente salvador.

A palavra do Senhor na carta aos Hebreus 12.16, 17 narra que Esaú, por um bocado
de manjar, vendeu o seu direito a primogenitura; e querendo ele ainda herdar a benção, foi
rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrima o buscou.

Esaú não achou lugar para arrependimento, porque o homem havia pecado, e foram
expulsos do paraíso, e, para que o homem na condição de pecador, não vivesse
eternamente, Deus havia colocado anjos vigiando o caminho da árvore da vida, que é o
paraíso que Cristo ofertou ao homem que estava crucificado ao seu lado.

Hoje, sendo lavado pelo sangue do Senhor Jesus, achamos lugar de arrependimento,
porque Ele levou sobre si o pecado do mundo inteiro (Isaias capítulo 53), abriu a porta
do paraíso e nós, sendo inimigos de Deus, fomos reconciliados pela sua morte e, pelo seu
sangue restabeleceu a paz entre Deus e o homem.

No livro de Atos l6.25 a 31, Paulo e Silas na prisão, oravam e cantavam hinos a Deus,
e os outros presos os escutavam. E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os
alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas,e foram soltas as prisões
de todos.

Acordando o carcereiro e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e quis


matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido. Mas Paulo clamou com grande voz,
dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos. E o carcereiro se prostrou ante
Paulo e Silas, e, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para
me salvar? E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua
casa.

A palavra relata que naquele momento os apóstolos foram tirados para fora, e na casa
do carcereiro lhes pregavam a palavra de Deus, e naquela mesma hora da noite, foram
15
batizados, e participaram da comunhão com Deus, e da alegria do Espírito Santo, porque
creram verdadeiramente no Senhor Jesus Cristo para a salvação da vida eterna.

Atos 2. 37 a 39: No dia de pentecostes, a multidão, após ouvir o discurso de Pedro, o


qual cheio do Espírito Santo anunciava a salvação aos pecadores, e ouvindo eles isto,
compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que
faremos, varões irmãos?

Disse-lhes Pedro:Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus


Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa
vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus,
nosso Senhor, chamar.

Para alcançarmos a salvação para a vida eterna, é indispensável o


arrependimento, a conversão, a transformação de pecador, para um novo
nascimento, porque o homem por si mesmo não poderá mudar de vida, a não ser que
renuncie o pecado, creia verdadeiramente em Cristo e abra o seu coração para receber a
palavra da cruz. Que também abandone o caminho espaçoso que leva a perdição e entre
pela porta estreita, porque poucos são os que passarão por ela. A salvação é uma obra de
Deus pela graça, mas só a receberão aqueles que crêem verdadeiramente em Cristo como
seu legítimo e suficiente salvador.

Evangelho de João14.6, disse Jesus:Eu sou o caminho, e a verdade e a vida.


Ninguém vem ao Pai, senão por mim.

16
TÍTULO IV

O PROPÓSITO DE DEUS PARA O HOMEM


A palavra do Senhor, no segundo Livro das Crônicas, 7.12-15, relata o aparecimento
do Senhor Deus ao rei Salomão à noite (em sonho) e disse-lhe:

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha
face e se converter dos seus maus caminhos, então eu os ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos os
meus ouvidos e à oração deste lugar.

Ainda na vigência da lei de Moisés, o Senhor Deus, na sua infinita misericórdia, tinha
uma promessa de perdão dos pecados para o homem. Sarar a sua terra, promessa de
abundância para o seu povo. Porem, Ele condiciona: Se o povo se humilhar, orar, e buscar
a sua face e se converter dos seus maus caminhos, então os seus olhos estarão abertos e os
seus ouvidos atentos atento as orações do seu povo.

É justamente nesse propósito de Deus para o homem que vamos meditar, pela
promessa do Messias para libertar, remir, perdoar e salvar o homem do pecado pela
aspersão do sangue do Cordeiro Inocente na cruz do Calvário.

CRISTO PREGA O ARREPENDIMENTO

Evangelho de Mateus Capítulo 4, versículos 16, 17, a palavra do Senhor descreve que
povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados
na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então, começou Jesus a pregar e a dizer:
Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.

E no Evangelho de Mateus 9.10-13, aconteceu que, estando Jesus em casa sentado


à mesa, chegaram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se juntamente com Jesus e
seus discípulos.

E os fariseus, vendo isso, disseram aos seus discípulos: Por que come o vosso Mestre
com os publicanos e pecadores? Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de
médico os sãos, mas sim, os doentes.

Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu
não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.

Jesus lhes propôs uma parábola (Lucas 15. 3-7) dizendo: Que homem dentre vós,
tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não
vai após a perdida até que venha a achá-la? E, achando-a, a põe sobre seus ombros,
cheio de júbilo; e, chegando à sua casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes:
Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que assim haverá
alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove
justos que não necessitam de arrependimento.

17
Ao contrário do que o mundo esperava ver o Messias raiar em berço de ouro, com
grande poder, honra e glória, como manifestavam os reis da terra diante dos homens, Cristo
surgiu da maneira mais humilde que possamos imaginar, nascendo numa estribaria, sendo
enrolado em panos, fora colocado numa manjedoura. Cresceu trabalhando como operário,
ganhando o seu pão no suor do seu rosto.

A palavra diz que olhando nós para Ele, nenhuma beleza víamos para que o
desejássemos. Homem de dores, e de uma humildade ímpar, cravou na cruz os nossos
pecados e levou sobre si as nossas dores.

A promessa do Messias para salvar o mundo evidenciou-se. Então Jesus saiu por toda
a Galiléia anunciando o arrependimento para a salvação da vida eterna.

Jesus Cristo, ungido por Deus com Espírito Santo e com virtudes, o qual andou
fazendo o bem e libertando todos os oprimidos do diabo, curando enfermos, ressuscitando
mortos, expelindo demônios, fazendo verdadeiras maravilhas, jamais vista na face da terra. É
bom lembrarmos que Ele é o mesmo ontem, hoje, e será eternamente.

O Sumo Pastor, que deixa noventa e nove ovelhas no deserto e vai à busca da
perdida, e achando-a, não a espanca, nem a traz açoitando, mas coloca-a sobre os ombros,
e traz com júbilo e alegria.

O Grande Pastor que não veio chamar justos, mais os pecadores ao arrependimento,
porque há muito mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e
nove justos que não precisam de arrependimento.

No dia de pentecostes (Atos 2.37,38), a multidão, ouvindo o discurso de Pedro,


compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que
faremos, varões irmãos?

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós, seja batizado em


Nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: A
tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.

O PERDÃO PARA SALVAÇÃO

Na carta aos Romanos 3.20, a palavra afirma que nenhuma carne será justificada
diante dele pelas obras da lei, porque pela lei, vem o conhecimento do pecado, fazendo-se
necessário que o filho de Deus se fizesse homem e habitasse entre nós (João 1.1 a 4), o qual
deu a sua vida em sacrifício vivo na cruz, para a remissão dos nossos pecados, e ressuscitou
ao terceiro dia para nos ofertar a salvação para a eternidade.

E hoje, pela aspersão do seu sangue, achamos lugar de arrependimento, porque


Cristo levou sobre si o pecado do mundo inteiro (Isaias capítulo 53), abriu a porta do
paraíso, e nós, sendo inimigos de Deus, fomos reconciliados pela sua morte, e, pelo seu
sangue restabeleceu a paz entre Deus e o homem.

E no Evangelho de Mateus 10.32, disse Jesus: Portanto, qualquer que me confessar


diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
18
A carta aos Romanos 10.8-11, nos ensina que a palavra está junto de ti, na tua boca e
no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, a saber: Se, com a tua boca,
confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos,
serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão
para a salvação. Porque todo aquele que nele crer não será confundido.

JESUS CHOROU

E quando chegava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos
discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as
maravilhas que tinham visto, dizendo:

Bendito o Rei que vem em nome do Senhor, paz no céu, e glória nas alturas. Quando
ia chegando, vendo Jesus a cidade, chorou sobre ela, Dizendo: Ah se tu conhecesses
também, ao menos neste teu dia, o que a tua paz pertence! Mas agora isto está encoberto
aos teus olhos (Lucas 19.37-42).

Na entrada triunfal de Jesus Cristo, em Jerusalém a palavra mostra que o Senhor


Jesus vendo a multidão, chorou sobre ela. Chorou por causa da dureza de coração e do
pecado do povo, Jesus, vendo o homem morto na maldição do pecado, não criam nele com o
Redentor que veio para salvar o mundo do pecado e da morte.

Chorou porque os seus não criam Nele como enviado de Deus para remir o homem
da escravidão, chorou pelo seu infinito amor a humanidade que estava nas trevas do
pecado, e a luz resplandeceu sobre as trevas, e as trevas não o compreenderam.

O mundo que fora feito por Ele não o conheceu. Chorou porque veio para absolver e
salvar o que era seu, mas os seus não o receberam, mas todos os que o receberam deu-
lhes o poder de serem feitos filhos de Deus.

Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do


varão, mas de Deus, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça
e verdade. (Evangelho de João 1.5-14).

Quando o Senhor Jesus foi ao encontro das irmãs de Lázaro, o qual havia morrido,
Jesus também chorou, mas não pela perca do seu amigo Lázaro, pois Ele iria ressuscitá-lo,
assim como o fez, o Senhor chorou pela incredulidade do povo, apesar de tantos milagres,
curas e maravilhas que realiza diante dos olhos de todos.

E hoje as coisas não são diferentes, cremos que o Senhor ainda lamenta e chora
pela incredulidade e iniqüidade que assola o povo, apesar de tudo que Cristo fez para nos
salvar, muitos não crêem e nem O recebe como seu legítimo salvador.

Amados, é hora de uma reflexão sobre tudo isso, porque se pecarmos voluntariamente
depois de termos recebidos o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos
nossos pecados.

19
CRISTO PREGA A LIBERTAÇÃO

E no Evangelho de Mateus 11.28-30, Jesus declarou: Vinde a mim, todos os que


estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

Ele chamou para si todas as nossas dores e aflições, e manda que tomamos sobre
nós o seu jugo que é suave e o seu fardo leve.

O jugo suave de Jesus são os seus estatutos, os seus mandamentos, e o fardo leve
é o seu perdão, a sua graça, a salvação. Assim alcançaremos descanso para a nossa alma,
a sua gloriosa paz, o conforto espiritual, a perseverança e a vida eterna.

20
TÍTULO V

ONDE PASSARÁS A ETERNIDADE?


A palavra do Senhor afirmativa que temos um espírito imortal, e no último dia,
seremos ressuscitados para um juízo final, mas nos dá também a confortável esperança que
haverá um juízo justo, e a oferta da Salvação para todos os que se arrependeram das más
obras, os que se converteram e foram lavados e remidos no sangue do Cordeiro de Deus, e
cada um será julgado segundo as suas obras.

No Evangelho de João 5.28, 29, disse Jesus: Vem a hora em que todos os que estão
nos sepulcros ouvirão a minha voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da
vida, e os que fizeram o mal para a ressurreição da morte.

O Senhor nos assegura que o espírito imortal, tem apenas dois lugares onde
passará a eternidade; a saber, a vida eterna com o Senhor Jesus Cristo, ou o fogo eterno
com o diabo e seus anjos malignos, mas o misericordioso Deus prova o seu amor pelos
pecadores, deu seu único filho a morrer na cruz em sacrifício vivo, e pela aspersão do seu
sangue remiu dos pecados os que crêem no seu nome, para que não pereçam no fogo do
inferno, mas tenham a vida eterna junto aquele que nos amou.

A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO

No Evangelho de Lucas 16.19-31, disse Jesus: Ora, havia um homem rico, e vestia-se
de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.

Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta
daquele, e desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios
cães vinham lamber-lhe as chagas. E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos
anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.

E, no Hades (quer dizer inferno), ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao


longe Abraão e Lázaro, no seu seio. E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia
de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua,
porque estou atormentado nesta chama.

Disse, porém, Abraão: Filho lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e
Lázaro, somente males; e, agora, este é consolado, e tu, atormentado. E, além disso, está
posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para
vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.

E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco
irmãos, para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de
tormento.

Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. E disse ele: Não,
Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.

Porém Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco
acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite.

21
Nesta ilustração alegórica, o Senhor Jesus descreve uma visão exata sobre o destino
das almas, os que morrem na impiedade, sem o arrependimento, sem ter se convertido das
más obras e sem ter feito uma reconciliação com Deus. Ele faz uma elucidação comparando
um homem rico que vivia todos os dias em regalia esplêndida, com um pobre mendigo
chamado Lázaro, o qual se alimentava das migalhas que caiam da mesa do rico.

Porventura estariam os ricos previamente condenados e os pobres salvos? Não, o


Senhor não está antecipando a condenação para os ricos, embora o Senhor Jesus Cristo
tenha declarado que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que um rico
entrar no reino do Céu (Mateus 19.24), o homem rico aqui está figurado pela vaidade,
luxuria, avareza, confiança no poder econômico, inclinação aos prazeres da carne, isso é
tanto para ricos como para pobres, enfim, o hades está reservado para os desobedientes aos
mandamentos do Senhor, independente da situação econômica ou classe social.

Ainda hoje é assim, quem estenderá a sua mão para os caídos? Muitos que podem
ajudar o seu próximo, fazer caridade, mas não as fazem, preferem dar as sobras aos
necessitados, às migalhas que caem da farta mesa.

Lázaro, o pobre mendigo, humilde, limpo de coração, desprovido de toda vaidade,


que não deposita o coração nas coisas deste mundo; e nem na incerteza das riquezas; mas
em Deus que está com os ouvidos atento as orações dos justos. Lázaro é o testemunho dos
perseguidos, presos, torturados e mortos por amor ao nome do Senhor, mas em todas essas
coisas somos mais do que vencedores por aquele que nos amou e se entregou a si mesmo
em sacrifício vivo, por nós pecadores.

Precisamos evidenciar que o hades (lugar de tormenta) e o seio de Abraão (lugar de


repouso e paz) ainda não é o destino definitivo das almas . Nesta parábola,
o Senhor nos faz conhecer o espaço que os espíritos permanecerão depois da morte carnal,
até o julgamento final, mas o grande e terrível dia do Senhor ainda está por vir, tanto que
neste mesmo texto (no versículo 27 a 29e), o rico disse: Rogo-te, pois, o Pai, que mandes
Lázaro a casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos, para que lhes dê testemunho, afim de que
não venham também para este lugar de tormento. Porem o Senhor lhe respondeu: Têm
Moisés e os seus profetas, ouçam-nos.

Essa afirmativa do Senhor não nos deixa qualquer dúvida quanto aos que morrem, os
quais, não ficam vagando entre os viventes, como prega a doutrina do espiritismo chamada
reencarnação, mas cada um permanecerá no lugar merecido, conforme as suas obras,
aguardando o julgamento final, o grande e terrível dia do Senhor Jesus Cristo. Uma vez
morto, também não haverá nova oportunidade de arrependimento, porque o tempo aceitável
do Senhor já não existe mais.

HADES: INFERNO, PRISÃO ESPIRITUAL, LUGAL DE TORMENTA

II Pedro 2 4-9, relata que, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas,
havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados
para o Juízo; e não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com
mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios. Assim, sabe o Senhor livrar
da tentação os piedosos e reservar os injustos para o Dia de Juízo, para serem castigados.

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E em Lucas 12.4, 5, disse Jesus: E digo-vos, amigos meus: não temais os que matam
o corpo e depois não têm mais o que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer:
temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a
esse temei.

Salmo 9.17 diz: Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se
esquecem de Deus.

QUEM RESSUSCITARÁ COM CRISTO NO JULGAMENTO FINAL?

No Evangelho de Mateus 25.31 a 46, disse Jesus: No Evangelho, por ocasião do


julgamento final, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com
ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele,
e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas. E porá as ovelhas à
sua direita, mas os bodes à esquerda.

Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí
por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;

O Senhor Jesus Cristo, revela que serão arrebatados para a vida eterna os que
amaram ao Senhor Deus e Pai, acima de todas as coisas, e ao próximo verdadeiramente com
caridade, como amam a si mesmo. Mas quanto aos que negligenciaram esse amor, irão
esses para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.

Apocalipse 20.12, 15: E vi os mortos, grandes e pequenos que estavam diante do


trono, e abriram-se os livros, e abriu-se outro livro que é o livro da vida, e os mortos foram
julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, cada um segundo as suas obras.

E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo, esta é a segunda morte. E


aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.

A NOVA JERUSALEM

Na revelação do Apocalipse (21.1-7), a palavra descreve: E vi um novo céu e uma


nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram e o mar já não existe. E eu,
João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma
esposa adornada para o seu marido.

E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo e o mesmo Deus estará com
eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima, e não haverá mais
morte, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.

E disse Deus: Eis que faço nova todas às coisas. E disse-me: Escreve, porque
estas palavras são verdadeiras e fieis.

E disse mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. Quem quer
que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. Quem vencer herdará todas
estas coisas; e eu serei o seu Deus e ele será o meu filho.

23
O FOGO ETERNO PARA OS DESOBEDIENTES

A palavra descreve também a visão para os condenados ao fogo eterno (Apocalipse


21.8), diz: Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e
aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no
lago que arde como fogo e enxofre, o que é a segunda morte.

A palavra do Senhor no livro de profecias de Daniel, 12.2, relata que muitos dos que
dormem no pó da terra, naquele dia ressuscitarão, uns para a glória eterna, e outros para
vergonha e desprezo eterno.

24
TÍTULO VI

AINDA HÁ TEMPO
Muitos conhecedores da palavra de Deus, ainda que na condição de ouvinte
esquecido, têm a consciência que o caminho para a salvação é o Senhor Jesus Cristo, mas
pelo engodo do maligno, têm no coração que ainda são jovens e precisam viver os prazeres
da carne e a vaidade do mundo. Desafortunado, infeliz daquele que tem essa
concepção. Será que o amanhã ainda estará dentro do tempo aceitável do Senhor?

Na segunda carta aos Coríntios 6.2, está escrito: Ouvi-te em tempo aceitável e
socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia
da salvação.

Portanto amado, o tempo aceitável do Senhor não é quando você ficar mais velho, não
é daqui há meses, anos, ou depois de viver na abundância do pecado. O Tempo do Senhor é
hoje, o dia da salvação é o momento que você conheceu o Evangelho de Cristo, porque
assim disse Jesus:

Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado
será salvo; mas quem não crer será condenado (Marcos 16.15, 16).

Você conheceu o Evangelho, creu nas palavras do Senhor Jesus? Amem. Então
renuncie as obras do pecado, negue a si mesmo, tome a sua cruz e siga-O, e terás um
tesouro no céu.

Em Apocalipse 3.20, Ele ainda disse: Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a
minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.

O Senhor Jesus está batendo em sua porta, falando em seu coração, não o deixe do
lado de fora, ouça a voz do seu Espírito Santo, abra o seu coração e deixe-O entrar, você vai
cear com Ele, vai participar da alegria de ser o seu servo, Ele vai fartar a sua fome, vai saciar
a sede do seu espírito, e vai lhe dar muita paz em seu coração e a vida eterna para você e a
sua casa. Vai te revelar coisas grandes e firmes que não sabes, creia verdadeiramente em
Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida e serás salvo, tu e a tua casa. Ainda há
tempo.

HOJE O SENHOR ESTÁ PERTO

No Evangelho de Mateus 18.20 Disse Jesus: Onde estiverem dois ou três reunidos no
meu nome, aí estou eu no meio deles, e no livro de profecias de Isaias 55.6 diz: Buscai ao
Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.

Hoje podemos encontrar o Senhor porque Ele está perto, diferentemente do homem
rico citado na parábola do Senhor Jesus (Evangelho de Lucas 16.19-31), o qual tendo
morrido, e no hades (quer dizer inferno) ergueu os olhos, estando em tormenta, viu ao longe
Abraão, e Lázaro no seu seio.

Esse homem, apesar da sua clemência não pode mais ser ouvido pelo Senhor, porque
um grande abismo separa o Paraíso de Deus do lugar de tormenta chamado hades.

25
Aquela alma estava longe e não podia mais ser alcançado pelas misericórdias do
Senhor, não estava mais dentro do seu tempo aceitável. Tendo partido desta terra para
outras dimensões, estando em pecado e sem arrependimento, nada mais pode ser feito,
porque cada um será julgado segundo as suas obras.

Conta-se que um jovem, conhecedor da palavra de Deus, certo dia, trabalhando na


construção civil, caiu de um prédio muito alto, e, agonizando no solo, uma senhora
aproximou-se com um copo d’água, e pediu a alguém para dar aquela água ao rapaz, porem
ele lhe respondeu: Não, esta água eu não quero, porque a água que eu precisava não a tomei
no tempo oportuno. Dizendo essas palavras morreu. Ele reconheceu que havia perdido o
tempo aceitável do Senhor, triste e terrível fim, porque esta situação é irreversível.

Não basta a palavra do Senhor entrar no seu entendimento humano, na sabedoria


material, é preciso muito mais, é preciso que o Evangelho de Cristo entre no seu coração
para fazê-lo uma nova criatura lavada e remida no sangue do Cordeiro de Deus.

E você meu amado, já nasceu de novo? O homem nascido da água e do espírito é


desprovido da vaidade, inveja, ciúmes, avareza, soberba, concupiscência da carne, e todo
sentimento faccioso abominável a Deus.

Disse Jesus: Aquele que não for como uma criança, não herdará o Reino do Céu. A
nova criatura tem que ter um coração, semelhante ao de uma criança, a qual não guarda ira,
mágoa, rancor, desejo de vingança, sabe perdoar e amar o seu próximo.

O coração de uma criança é liberto da avareza, lascívia, ciúmes, é dotado de uma


pureza de espírito, caridoso, humilde, com toda simplicidade e bondade em toda maneira de
viver. Se você tem um coração puro como o coração de uma criança, verdadeiramente uma
nova criatura é.

A INDISPENSÁVEL SANTIFICAÇÃO

Na carta aos Colossenses 3.12 a 14, diz: Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus,
santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão,
longanimidade. Suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum
tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre
tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição. E em Hebreus 12.14, a
palavra diz: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.

A palavra do Senhor nos exorta a buscarmos a santificação, sem a qual ninguém verá
o Senhor nosso Deus e Pai, porque a porta é estreita, e poucos são os que passarão por
ela. Disse Jesus que muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos.

Hoje, ainda há tempo, porem o Senhor Jesus alerta sobre a vigilância porque os
sinais indicam que estamos vivendo verdadeiramente os últimos dias. A vinda do Senhor
Jesus Cristo para arrebatar a sua igreja é iminente, e vai apanhar muita gente de surpresa,
porque Ele virá num momento em que muitos não O esperam. Em Mateus 24.27 disse Jesus:
Assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até no ocidente, assim há de ser a vinda
do Filho do Homem.

E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com Ele,
então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas diante dele, e
apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.
26
E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes ficarão à esquerda. Então, dirá o Rei
aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que
vos está preparado desde a fundação do mundo (Mateus 25.31 a 34). E dará a cada um,
segundo as suas obras.

Os justos irão para a cidade santa, a Nova Jerusalém, num lugar onde não haverá
mais pranto, nem dor, nem clamor, mas os desobedientes irão para o fogo eterno, ali haverá
pranto e ranger de dentes, muita dor. E isto meu irmão, só depende de você escolher o lugar
onde deseja passar a eternidade, AINDA HÁ TEMPO.

27
TÍTULO VII

NEGUE-SE A SI MESMO, E TOMA A SUA CRUZ,


E SIGA-ME
No Evangelho de Marcos 8.34, descreve que Jesus Cristo chamando a si a multidão,
com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si
mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.

Você já meditou na profundidade das palavras do Senhor Jesus Cristo neste


mandamento? Considere as palavras do Senhor e responda a você mesmo, se já renunciou a
tudo para seguir as pegadas de Cristo, para que a sua fé não seja vã, mas seja fortalecida
pela obediência na palavra do Deus vivo e na esperança da vida eterna.

Negar a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Cristo: Estes são os princípios que
verdadeiramente nos conduz a salvação, porque são mandamentos daquele que, tão
somente Ele, tem poder para salvar, porque em nenhum outro há salvação.

NEGUE-SE A SI MESMO

Negar a si mesmo é ser desprovido de todo sentimento faccioso como a inveja,


vaidade, ciúmes, avareza, soberba, concupiscência da carne, lascívia, ira, desejo de
vingança, vícios e outros sentimentos abomináveis ao Senhor.

Negar a si mesmo é oferecer o outro lado da face, é perdoar e amar os vossos


inimigos, bendizer os que vos maldizem, fazer bem aos que vos odeiam e orar pelos que vos
maltratam e vos perseguem. Ter a mesma humildade de Cristo, andar em santidade como
Ele andou, guardando os seus mandamentos fazendo a vontade do Pai. Isso é negar a si
mesmo.

O mancebo rico perguntou a Jesus o que deveria fazer para herdar a vida eterna, o
Senhor lhe disse que deveria guardar os mandamentos, ele respondeu a Jesus que já fazia
isso desde a sua mocidade. A palavra afirma que Cristo o amou e disse-lhe: Falta-te uma
coisa: vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem e
segue-me. Mas ele, contrariado com essa palavra, retirou-se triste, porque possuía muitas
propriedades (Marcos 10.17 a 22).

Aquele homem sentia o desejo de ver a glória de Deus e buscou a Jesus Cristo, o qual
lhe tendo ensinado o caminho que leva a salvação e a renúncia que o seu desejo exigia,
recusou-se em negar-se a si mesmo, em abandonar os bens desta vida, à esperança de um
tesouro no céu, algo lhe infinitamente maior do que toda a riqueza deste mundo. Porque
negar-se a si mesmo para seguir as pegadas de Jesus exige desapego, abdicação dos
prazeres da carne para viver uma vida espiritual sob a égide do Senhor.

Então disse Jesus:É mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que
entrar um rico no Reino de Deus. Que importa ao homem, ganhar o mundo inteiro e perder
a sua alma?

28
Lamentavelmente, hoje, muitos estão no mesmo caminho daquele mancebo rico,
procuram servir a Jesus com único interesse nas coisas deste mundo, querem viver na
abundância dos prazeres da carne, em regalia esplêndida, mas não querem compromisso
com Deus, não renunciam a si mesmo para servir o Senhor.

Abandonaram a graça do Senhor Jesus, pelas prosperidades materiais que são


coisas pequenas, inúteis e vãs, diante da grandeza da glória do Senhor e da vida eterna no
reino de Deus, juntamente com Jesus Cristo e todos os seus santos anjos.

TOME A SUA CRUZ

Em Mateus 10.38 disse Jesus: Quem não toma a sua cruz e não segue após mim,
não é digno de mim.

Tomar a sua cruz é assumir o compromisso definitivo com o Evangelho de Cristo, é o


arrependimento, a conversão, o abandono do pecado, é entregar-se a inteira dispensação do
Senhor, cumprimento os mandamentos de Cristo e fazendo a vontade do Pai.

Tomar a sua cruz é imitar o gesto do homem de Deus, o qual, sob o completo
domínio de Cristo, disse: Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive
em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e
se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2.20).

Tomar a sua cruz é amar a Deus acima de todas as coisas e ao seu próximo como
Cristo nos amou, se necessário, dar a sua vida por ele.

A palavra do Senhor diz que se você não ama o seu irmão, o qual você vê, como
poderá amar a Deus o qual não vê? Quem assim procede é mentiroso, e os mentirosos não
herdarão o reino de Deus.

Tomar a sua cruz é entrar pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o
caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a
porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.

Lucas 14.33 - Disse Jesus:Assim, pois, qualquer de vós que não renunciar a tudo
quanto tem não pode ser meu discípulo.

COMO SEGUIR A JESUS

Seguir a Jesus é andar no mesmo caminho que Ele andou em toda a sua boa
maneira de viver. Andar na humildade, na fé, na caridade, no amor ao próximo, na coragem
de dar a sua vida pelo seu semelhante, na confiança que Deus era com Ele e não O
abandonaria em nenhum momento da sua vida.

Na Carta do Apóstolo Paulo aos Efésios 5:1, 2 a palavra do Senhor diz: Sede, pois,
imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo nos amou
e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave. E os
que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.

29
Filipenses 2.5: Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus, pois, Jesus não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por
muitos. É exatamente assim que o servo de Deus deve andar, como verdadeiro imitador de
Jesus Cristo em toda boa obra, seguindo o seu exemplo e testemunho de vida, procurando
imitá-lo em sua perfeição. Isto é seguir a Jesus.

E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e
alicerçados em amor, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos
uns aos outros em amor (Efésios 3:17 e 4:2)

Seguir a Jesus é ser participante das suas aflições, alegrar-se nas provas e
tribulações como nos testemunhos dos nossos irmãos, que sofreram por amor ao nome do
Senhor Jesus Cristo, porque tinha a certeza da glória que lhes estava reservada. Vejamos:

II Coríntios 1.5: Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim
também a nossa consolação sobeja por meio de Cristo.

Colossenses 1.24: Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne
cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja.

I Pedro 4.12, 13, diz: Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós,
para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse. Mas alegrai-vos no fato de serdes
participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos
regozijeis e alegreis.

I Pedro 5.1: Aos presbíteros que estão entre vós admoesto eu, que sou também
presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há
de revelar:

Seguir a Jesus é ouvir a sua voz e conhecê-lo: Evangelho de João 10. 14 e 27 -


Disse Jesus: Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou
conhecido. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem.

Ao contrário do que imaginam aqueles que não conhecem a Deus, seguir a Jesus
não é nenhum martírio, exige sim a renúncia das coisas mundanas, o que nos faz muito
mais saudáveis tanto material como espiritualmente, antes é prazeroso e gratificante servir ao
Deus vivo verdadeiramente em espírito e em verdade.

Pois, só que sentiu o ardume do Espírito Santo no coração, e o gozo de ser um servo
de Deus, é capaz de entender a alegria que pronunciamos, pois essas virtudes são
indescritíveis.

A palavra do Senhor em I Coríntios 10.13 diz: Fiel é Deus, que vos não deixará tentar
acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais
suportar. E no Evangelho de Mateus 11:28 a 30 disse Jesus: Vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de
coração, e encontrareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu
fardo é leve.

30
Em I João 5.3 diz:Porque esta é a caridade de Deus: que guardemos os seus
mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados. Portanto amados em Cristo,
não há razão para nos inquietarmos, o Senhor não nos dará uma prova acima daquilo que
possamos suportar, porque o seu fardo é leve, o jugo suave e os seus mandamentos não
são pesados.

31
TÍTULO VIII

A SUPREMACIA DO AMOR - A CARIDADE

No Evangelho de Lucas Capítulo 10 versículos 25-37, a palavra relata a interpelação


de um doutor da Lei de Moisés a Jesus, dizendo: Mestre que farei para herdar a vida
eterna? E disse-lhe Jesus: O que está escrito na Lei, como lês?

E respondendo ele disse: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda
a tua alma e de todas as tuas forças, e a teu próximo como a ti mesmo. E disse-lhe Jesus:
Respondeste bem, faze isso e viverá. E ele porem querendo justificar-se, disse a
Jesus: E quem é o meu próximo?

Jesus então lhe anunciou a parábola do Bom Samaritano, e ao final lhe perguntou:
Qual dos três lhe pareceu o próximo daquele homem?

Ele respondeu prontamente: O que usou de misericórdia com o seu


próximo, com aquele que estava em sofrimento. Jesus então lhe recomendou a proceder
da mesma maneira para ganhar um tesouro no céu e a vida eterna.

Para entendermos melhor esta parábola precisamos meditar primeiramente na


profundidade da pergunta inicial que aquele homem fez ao Senhor: Mestre, que farei para
herdar a vida eterna? E o Senhor Jesus o mandou amar a Deus acima de todas as coisas, e
ao seu próximo como a si mesmo, com caridade, para alcançar a vida eterna. Vamos meditar
nas palavras do Mestre.

AS OBRAS PODEM SALVAR?

Temos observado alguns irmãos, pregadores da palavra, negando a eficácia da obra


do amor ao próximo, que Cristo mandou em todos os livros do Novo Testamento, anunciando
que as obras de caridade não salvam, fundamentados na carta do Apóstolo Paulo aos
Efésios 2.8, 9 onde está escrito: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não
vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras para que ninguém se glorie.

A palavra afirma com cristalinidade, que as obras que não podem salvar são as obras
que procedem da lei de Moisés. Notem:

Carta aos Romanos 3.20, 28 – Nenhuma carne será justificada diante dele pelas
obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Concluímos que o homem é
justificado pela fé sem as obras da lei.

Carta aos Gálatas 2.16, diz: Sabendo que o homem não é justificado pelas
obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para
sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei, porquanto, pelas obras da
lei nenhuma carne será justificada.

A palavra nos dá a certeza que ninguém será justificado pelas obras da lei de Moisés,
as quais não tem nenhum vínculo com o amor ao próximo, o qual não é outro, senão a obra

32
da caridade, que o Senhor Jesus mandou em todos os livros do Novo Testamento, e se fosse
de outra forma a palavra do Senhor seria contraditória.Vejamos:

Carta Universal do Apóstolo Tiago 2.14 a 18: Meus irmãos que aproveita se alguém
disser que tem fé e não tiver obras? Porventura a fé pode salvá-lo? E , se o irmão ou
irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide
em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que
proveito virá daí? Assim também, a fé, se não tiver as obras, é morta em si
mesmo. Mas dirá alguém tu tens a fé e eu tenho as obras, mostra-me a tua fé sem as tuas
obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

A SUPREMACIA DO AMOR

E no capítulo 13 da primeira carta aos Coríntios, a palavra vislumbra a excelência do


amor ao próximo, como caridade, observemos:

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse caridade,
seria como o metal que soa ou como o sino que tine.

E ainda que tivesse o dom de profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a


ciência, e ainda que tivesse toda a fé de maneira tal que transportasse os montes, e não
tivesse caridade, nada seria.

Ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que
entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse caridade nada disso me
aproveitaria.

Vamos meditar na profundidade dos mandamentos do Senhor Jesus, sobre o amor


ao próximo que é a caridade. Na carta aos Hebreus 11.6, a palavra assegura que sem
fé é impossível agradar a Deus, então avalie a narrativa da palavra em I
Coríntios 13.13 onde a palavra diz: Agora, pois, permanece a FÉ, a esperança e a
caridade, destas três, mas a maior destas é a caridade.

A palavra é límpida e não deixa sombra de dúvida que a grandeza do amor ao


próximo como caridade é maior que a FÉ. Porque é pelo dom da FÉ em Deus, que
guardamos os seus mandamentos e buscamos a santificação para fazer a sua vontade. E a
palavra afirma que assim como o corpo sem espírito está morto, também a FÉ, sem obra é
morta em si mesma (Tiago 2.26).

COMO DEVEMOS FAZER A CARIDADE

No Evangelho de Mateus 6. 1 a 4,Jesus nos exorta à praticar a obra do amor ao


próximo e diz: Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos
por eles, aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está no céu.

Quando pois deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens.

33
Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas, quando tu deres esmola,
não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita. Para que a tua esmola (caridade)
seja dada ocultamente. E teu Pai, que vê em segredo,te recompensará publicamente.

O próprio Senhor Jesus Cristo evidenciou que ao praticarmos a caridade, não


podemos nos assemelhar aos hipócritas, falsos, que fazem algumas obras com aparência de
amor, mas o único propósito é alcançar o próprio galardão, buscando o reconhecimento dos
homens, no entanto, o Mestre exorta para que não saiba a mão esquerda o que faz a tua
direita (a mão esquerda são as pessoas do seu convívio), que façamos a caridade
ocultamente, para que o nosso Pai que vê secretamente nos abençoe publicamente.

Muitos dizem: Mas eu estou contribuindo com o meu dízimo e ofertas na igreja, e
se o pastor não fizer obras de caridade, é problema dele.

Sim, claro que é problema dele, porque certamente irá prestar contas à Deus de tudo
o que fez oposto a palavra, porem, isso não vai isentar a sua responsabilidade, porque a
exortação do Senhor Jesus nos faz saber, que o amor ao próximo como caridade, é
como o jejum, você não poderá pedir a alguém jejuar para você, como também não poderá
delegar poderes a outrem para orar em seu lugar. Guardar os mandamentos do Senhor Deus
é algo pessoal e intransferível.

E se não fosse assim, o endinheirado, para se aproximar do Senhor, era só abastecer


os cofres da igreja e designar outros a praticar a caridade e teria a recompensa da vida
eterna. Mas o amor ao próximo é individual e não está disponível nas gôndolas dos
mercados, como também ninguém poderá praticá-lo em seu lugar.

QUEM SERÁ ARREBATADO PARA A VIDA ETERNA?

É evidente que a caridade isoladamente, se não for precedida pelo arrependimento


e conversão não conduzira a salvação, mas como já vimos na palavra, ela é inerente a FÉ,
e a aspiração em fazer a vontade do Pai, tanto que neste texto maravilhoso, por ocasião
do julgamento, o Senhor Jesus, nos dá a certeza que os que amam verdadeiramente o
seu próximo, não só com palavras, mas praticando as obras da caridade, não serão
esquecidos no grande dia do arrebatamento. Vejamos:

Mateus 25.31-46: E quando o filho do homem vier em sua glória, e todos os santos
anjos com Ele, então se assentará no trono de sua glória; E todas as nações serão reunidas
diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas.

E porá as ovelhas a sua direita, mas os bodes ficarão a esquerda. Então dirá o Rei
para suas ovelhas: Vinde a mim benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que
vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque eu tive fome, e deste-me de comer,
tive sede, e deste-me de beber, sendo estrangeiro hospedastes-me, estava nu, e vestistes-
me, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ver-me.

Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos, com fome,
ou com sede, ou nu, estrangeiro e te servimos? Ou enfermo, ou na prisão e te visitamos?

E respondendo o Rei lhes dirá: Em verdade vos digo, que quando o fizestes a
um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
34
Então dirá também aos que estiverem a sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;

Porque eu tive fome e não me deste de comer, tive sede e não me destes de beber,
estando nu não me vestistes, sendo estrangeiro não me hospedastes, estando enfermo e na
prisão não me visitastes.

Eles também lhe responderão dizendo, Senhor quando te vimos com fome, com
sede, nu, estrangeiro, enfermo e na prisão e não te servimos?

Então lhes responderá dizendo: Em verdade vos digo, que quando não fizestes a
um destes pequeninos, a mim também não o fizestes. E irão estes para o
tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.

Há porem alguns que ainda tentam mutilar os mandamentos do Senhor, alegando que
neste texto, o Senhor Jesus Cristo está referindo-se a saciar a fome, a sede, visando suprir as
necessidades espirituais dos irmãos. Esta argumentação é falsa porque foge totalmente dos
propósitos da palavra do Senhor, pois quando perguntaram a Jesus: Quando te vimos com
fome, ou com sede, etc., Ele respondeu: Em verdade vos digo, que quando o fizestes a
um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.

Jesus afirma que a caridade aqui mencionada, é o provimento das precisões


materiais para os necessitados, porque se Ele estivesse referindo-se as necessidades
espirituais, seria uma incoerência, pois jamais homem algum seria capaz de saciar as
necessidades espirituais de Jesus Cristo. No livro dos Salmos 50.12, o próprio Deus disse:
Se eu tivesse fome não te diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude.

Outra sustentação do texto vem no livro de Mateus capítulo 4.11, ocasião em que
Jesus Cristo, tendo fome após quarenta dias de jejum, foi tentado, mas quando o diabo o
deixou, chegaram os anjos e o serviram.

E na revelação do Apocalipse ao Apóstolo João, (2.1-5), disse


Jesus: Escreve ao anjo da igreja que está em Êfeso: Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e
atua paciência, e que não podes sofrer os maus e puseste a prova os que dizem ser
apóstolos e não são, e tu os achastes mentirosos. E sofrestes, e tens paciência, e
trabalhastes pelo meu nome, e não te cansaste.

Tenho, porém contra ti que deixastes a tua primeira caridade (Na


versão atualizada diz primeiro amor). Lembra-te, pois donde caíste, e arrepende-te, e
pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu
castiçal, se não te arrependeres.

O Senhor Jesus reconhece as tuas obras, o teu trabalho, a tua paciência, e o teu
sofrimento, pelo seu nome. O Ministro daquela igreja fez tudo em conformidade com a
vontade do Senhor, só faltou uma coisa: Faltou a caridade (amor ao próximo), faltou o
essencial para a salvação.

Ele exorta com veemência: Tenho porem contra ti que deixastes a tua
primeira caridade, e manda que imediatamente, lembrar-te onde caíste e faça a primeira

35
caridade e arrependa-te por não ter praticado o amor ao seu próximo, porque se não te
arrependeres certamente tirará do seu lugar o teu castiçal.

É exatamente isso que acontece hoje, não se vê os dirigentes das igrejas praticando a
obra da caridade, nem tão pouco ensinam os irmãos a dedicar-se a prática do amor ao
próximo, ao contrário, dizem que as obras não salvam, e negam a eficácia desse amor,
contradizendo o mandamento do Senhor Jesus, revelado em todos os livros do Novo
Testamento.

No entanto, não abrem mão do dízimo e ofertas, os quais são ordenanças da lei de
Moisés e foram por Cristo abolidos (Hebreus 7.12,18, 19).

E na primeira carta Universal do Apóstolo João 3.17, 18 a palavra diz: Quem pois
tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como
estará nele a caridade de Deus? Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua,
mas por obra e em verdade.

E em Colossenses 3.14, a palavra diz: E, sobre tudo isto, revesti-vos da


caridade, que é o vínculo da perfeição.

36
TÍTULO IX

PORQUE ÀS VEZES A NOSSA ORAÇÃO NÃO É


OUVIDA?
A palavra de Deus aos Filipenses capítulo 4 versículo 6 declara: Não estejais inquietos
por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de
Deus, pela oração e súplicas, com ação de graça.

Mas às vezes, temos a sensação que as nossas orações não são ouvidas, não há
resposta, as mudanças não ocorrem, Deus tudo ouve, mas qual o motivo do silêncio que
aperta o coração, há algo errado?

O Senhor Deus alerta sobre a necessidade do compromisso, para que as nossas


petições subam diante do seu Trono de Glórias, porque no Evangelho de João 9.31 está
escrito: Deus não ouve a pecadores, mas se alguém é temente a Deus e faz a sua vontade, a
esse ele ouve.

Para que a nossa oração chegue diante do Trono de Glórias do Senhor e seja por Ele
ouvida, não basta só pedir, isso requer muito mais. Primeiramente fé, arrependimento,
conversão, direção do Espírito Santo, porque não sabemos o que havemos de pedir e como
convém, mas o Espírito ajuda em nossas fraquezas e intercede por nós até com gemidos
inexprimíveis.

No livro do Profeta Isaias Capítulo 59 Versículos 1 e 2, a palavra diz: Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem o seu ouvido agravado, para não
poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus,
e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.

Portanto amados, as mãos do Senhor não estão encolhidas para lhe abençoar, e nem
os seus ouvidos vedados para não ouvir, mas estando em pecado, as orações não são
elevadas diante de Deus, porque as transgressões se constituem em uma barreira para que
os ouvidos do Senhor não as ouçam, porque Deus não faz comunhão com o pecado, Ele
disse: Sede santo, porque Eu sou Santo.

A primeira carta universal do Apóstolo Pedro 3.12 profere: Porque os olhos do Senhor
estão sobre os justos, e os seus ouvidos, atentos às suas orações; mas o rosto do Senhor é
contra os que fazem males

A palavra assegura que todos somos pecadores, e se dissermos que não há pecado
em nós, tornamo-nos mentirosos, mas também conforta e nos dá a certeza que temos um
Advogado que está à destra do Deus Pai, e pelos pecadores intercede, quando há
arrependimento de toda má obra que praticamos.

Jesus ensina que precisamos primeiramente perdoar para que sejamos perdoados,
porque se não perdoarmos aos nossos devedores, o Pai, também não nos perdoará (Mateus
6.14, 15), e, se não recebermos a Graça do perdão, as nossas petições não chegarão diante
do trono de Glória do Deus Pai.

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No Evangelho de Mateus 6.5-8, o Senhor Jesus ensina como devemos nos dirigir ao
Pai, Ele instrui que o aposento do espírito é o nosso corpo, sendo a boca a porta de entrada
deste aposento, e quando nos dirigirmos a Deus, a porta deverá ser fechada, como também,
não devemos usar de vãs repetições, porque o Senhor já conhece todas as nossas
necessidades antes mesmo de abrirmos a boca.

Validando a palavra no livro de Eclesiastes 5.2-7 onde diz: Não te precipites com a tua
boca, nem o seu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; pelo que
sejam poucas as tuas palavras. Porque, da muita ocupação vem os sonhos e da multidão
dos sonhos há vaidades, assim também nas muitas palavras, mas tu temes a Deus.

E no segundo livro das Crônicas 7.14, disse o Senhor: Se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus
caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.

A Oração é a mais pura aproximação do servo ao Senhor Deus, é o ápice da


comunhão entre o homem e o Deus Altíssimo, por meio de palavras ou do pensamento, que
se faz pela fé, humildade e a pureza de coração. E apesar da fé e confiança em Deus
Criador, às vezes as nossas orações não são atendidas, porque pedimos coisas que não são
da vontade do Senhor, em Tiago 4.3 a palavra do Senhor diz: Pedis, e não recebeis, porque
pedis mal, para o gastardes em vosso deleite.

Precisamos nos conscientizar, que o sangue do Senhor Jesus Cristo na cruz do


Calvário, não foi para nos atender em coisas desnecessárias e supérfluas. O maior
patrimônio, a maior riqueza que podemos alcançar não são as coisas deste mundo, mas a
sua paz, a graça e a oferta da vida eterna junto ao Pai.

Para que a nossa oração chegue diante do Trono de Glória Deus, é indispensável uma
vida em comunhão com Cristo. Submissão a vontade de Deus, arrependimento, conversão, e
principalmente perdoarmos aqueles a quem nos tem ofendido.

A oração, sempre que possível, deverá ser realizada de joelho (Efésios 3.14), sempre
em nome do Senhor Jesus Cristo, e jamais interceder a Deus em nome de algum outro ser,
porque Jesus Cristo é o único mediador entre Deus e o homem (I Timóteo 2.5).

Em hipótese alguma podemos duvidar do poder de Deus, o que duvida é semelhante


às ondas do mar que são levadas pelo vento e lançadas de um lado para outro (Tiago 1.6).
Quem pede ao Senhor duvidando, certamente não será atendido. Aliás, nesse caso, o melhor
é permanecer calado. No entanto, Jesus assegurou: Tudo o que pedirdes na oração, crendo,
o recebereis (Mateus 21.22). Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em
vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (João 15.7).

Disse o Senhor ao profeta Jeremias (29.12, 13): Então me invocareis, e ireis, e orareis
a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o
vosso coração.

ORAÇÃO FORTE EXISTE?

Temos ouvido alguns pregadores citando oração forte. Mas, que oração forte é essa
que não faz parte do Evangelho de Cristo? E o que não consta no Evangelho não é bíblico, e
não sendo bíblico não poderá ser praticado porque é doutrina de homem, e está fora dos
propósitos de Deus. Oração forte é uma linguagem herdada do espiritismo. Termo indutivo

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usado por pregadores, para dar credibilidade nos seus ministérios. Mas no Evangelho de
Mateus 21.22, Jesus disse: Tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.

A Bíblia não menciona oração forte ou oração fraca, mas diz: Tudo o que pedirdes
crendo o recebereis. Esta é a condição, a fé suficiente para a sua oração chegar aos ouvidos
de Deus. Crer incondicionalmente de todo coração, que as mãos do Senhor estão voltadas
para te abençoar, quando pedimos alguma coisa que seja da sua vontade.

Na carta Universal do Apóstolo Tiago 5.15, 16 diz: A oração da fé salvará o doente, e o


Senhor o levantará, e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. A oração feita por
um justo pode muito em seus efeitos.

Podemos observar no início deste texto que Deus não ouve a pecadores, portanto, não
basta ter compromisso o dízimo, com campanhas, ou com o pastor da sua igreja, se não tiver
despojado do velho homem pecador e revestido do novo nascimento de Cristo em
seu coração, a sua fé será vã.

Mas para atingirmos esse ápice da comunhão com o Pai, indispensável é o


compromisso com o Senhor Jesus Cristo, pois no seu Evangelho, todos que recebiam curas,
e libertações, o Senhor sempre lhes dizia: A tua fé te salvou.

Não há referência alguma na palavra em que Jesus disse: A tua fé te curou. Porque
pela fé, vem a Graça do Senhor Jesus Cristo e a oferta da salvação para a vida eterna. Para
isso Ele veio, não só para nos aliviar da opressão deste mundo, mas principalmente, buscar e
salvar aquele que estava perdido.

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TÍTULO X

SUBLIME É O PERDÃO

Deus, criador dos céus e das Na carta aos Hebreus 8.12, disse o Senhor: Porque
serei misericordioso para com as suas iniqüidades e de seus pecados e de suas
prevaricações não me lembrarei mais.

O Senhor terras e tudo que no universo há, na sua infinita misericórdia, Ele perdoa os
nossos pecados, e das nossas iniqüidades e prevaricações não se lembrará mais. E nós,
ínfimas criaturas, muitas vezes temos dificuldades para perdoar aqueles que nos ofenderam.
Às vezes até pensamos e dizemos que perdoamos, mas não conseguimos esquecer os
agravos que sofremos. Enquanto estivermos lembrando com raiz de amargura no coração, é
porque ainda não liberamos o perdão.

Considere as palavras do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, Mateus 6.12-15 Ele
mesmo disse ao Pai: Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos
nossos devedores; porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai
celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens, as suas ofensas, tampouco
vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.

O Senhor sonda os nossos corações, Ele sabe perfeitamente que prostrar-se diante
do Pai e rogar-lhe o perdão, é algo relativamente fácil. Mas tirar a mágoa do coração, perdoar
e não se lembrar mais, já não é tão simples assim. Por isso Ele, condicionou: Se perdoarmos
aos homens as suas ofensas, receberemos do Pai, o perdão, porém, se não perdoarmos
também não seremos perdoados.

No Evangelho de Mateus 5.43 a 46, disse Jesus: Ouvistes que foi dito: Amarás o teu
próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos,
bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos
maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz
que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se
amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o
mesmo?

A PARÁBOLA DO CREDOR INCOMPASSIVO

Nesta parábola, o Senhor Jesus, numa narrativa alegórica, compara o Reino dos céus
a certo rei que quis fazer contas com os seus servos; e, foi-lhe apresentado um que lhe devia
dez mil talentos.

E, não tendo ele com que pagar o seu senhor mandou que ele, e sua mulher, e seus
filhos fossem vendidos, para saldar a dívida. Mas aquele servo, prostrando-se, o
reverenciava, dizendo: Senhor sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Então, o senhor
daquele servo, movido de íntima compaixão, soltou-o e perdoou-lhe a dívida.

Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem
dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que me deves. Então, o seu
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companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo: Sê generoso para comigo, e
tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes, foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a
dívida.

Mas sabendo o seu senhor tudo o que se passara, chamando-o à sua presença,
disse-lhe: Servo malvado perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste, não devias tu,
igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?

E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o
que devia. Assim vos fará também o Pai Celestial, se do coração não perdoardes, cada um a
seu irmão, as suas ofensas.

No Evangelho de Mateus 18.21, 22, Pedro, aproximando-se de Jesus, disse: Senhor, até
quantas vez pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe
respondeu: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.

As sábias palavras do Mestre nos ensinam que não há limite para se perdoar.
Precisamos perdoar nossos irmãos quantas vezes necessárias forem, porque também somos
pecadores, e o Pai Celestial é infinitamente misericordioso, está sempre pronto a nos perdoar
quando há arrependimento, quando há conversão, quando nos tornamos uma nova criatura,
lavada e remida no sangue do Cordeiro.

CRISTO NOS ENSINA A PERDOAR

No Evangelho de Lucas 6. 27-36, disse Jesus: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos
que vos aborrecem, bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. Ao que te
ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica
recuses.

Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e
será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com
os ingratos e maus. Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.

Na carta aos Romanos 12. 17 a 21 diz: A ninguém torneis mal por mal; procurai as
coisas honestas perante todos os homens. Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz
com todos os homens. Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque
está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.

Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber;
porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer
do mal, mas vence o mal com o bem.

I Pedro 2.18 a 23, a palavra diz: Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor ao Senhor,
não somente ao bom e humano, mas também ao mau; porque é coisa agradável que alguém,
por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque
que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois
afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus.

Porque para isto sois chamados, pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o
exemplo, para que sigais as suas pisadas, o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se
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achou engano, e, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas
entregava-se àquele que julga justamente.

E no Evangelho de João 15.12-14, disse Jesus: O meu mandamento é este: Que vos
ameis uns aos outros, as como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar
alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos
mando.

O Senhor nos ensina que devemos amar ao próximo da forma como Ele também nos
amou. E como Cristo nos amou, senão dando a sua própria vida por pecadores, em sacrifico
vivo na cruz do Calvário.

A palavra diz que por um justo pode ser que alguém ousaria a morrer, mas Deus prova
o seu amor por nós, dando o seu próprio filho a morrer por pecadores, para pagar a dívida
que o homem contraiu com Deus, pela desobediência no Jardim do Éden, para nos libertar da
maldição do pecado.

I João 4.21, 22 a palavra descreve: Se alguém diz: Eu amo a Deus e aborrece a seu
irmão, é mentiroso. Pois quem não ama seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a
quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus ame também seu
irmão.

A CRUCIFICAÇÃO

Evangelho de Lucas 23.33, 34, narra que, chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o
crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro, à esquerda. E dizia Jesus: Pai
perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.

Jesus homem de dores, sacrifício vivo para remissão dos nossos pecados, foi
humilhado das mais terríveis e diversas formas, com todo poder para transformar o universo
em minúsculas partículas, ou simplesmente em nada, na hora de sua maior aflição não pediu
vingança ao Pai, pediu que lhes perdoassem, deixando em si mesmo, o maior exemplo
de bondade e humildade, que sublime é o perdão.

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TÍTULO XI

É IMPOSSÍVEL SERVIR A DOIS SENHORES

No Evangelho do Senhor Jesus, sempre encontramos uma palavra denominada:


concupiscência. A propósito, o irmão conhece o significado desta palavra? Não?
Vamos buscar no dicionário da língua portuguesa esse resultado:

Concupiscência: Desejo ardente de bens ou gozos materiais, apetite sexual


desenfreado, atividade sexual desordenada, lascívia.

A carta de Paulo aos Romanos 1.24 a 27 diz: Pelo que também Deus os entregou as
concupiscência de seus corações, a imundícia, para desonrarem seus corpos entre si;
pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do
que ao Criador, que é bendito eternamente. Amem.

Pelo que Deus os abandonou as paixões infames. Porque até as suas mulheres
mudaram o uso natural, no contrário a natureza.

E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, e se


inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo
torpeza e recebendo em si mesmo a recompensa que convinha ao seu erro.

E em I Coríntios 6.15 diz: Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de
Cristo? Tornarei, pois os membros de Cristo, e fá-los-ei membros de uma meretriz. Não por
certo.

Amados, observem a séria advertência que o Senhor Deus faz a sua igreja, o qual criou
o homem a sua imagem, conforme a sua semelhança (Gênesis 1.26), porem, vendo que não
era bom o homem viver só, criou também a mulher (Gênesis 2.7 a 18) para ser a sua
ajudadora, e os uniu, para que se completassem, e povoassem a terra. Repentinamente,
vem satanás, infiltra-se no leito conjugal, e começa a sugestionar em seus corações, que tudo
é permitido ao casal entre quatro paredes (lembrando aos irmãos que para Deus não há lugar
oculto). Vejam:

Hebreus 4.13, a palavra alerta: Não há criatura alguma encoberta diante Dele,
antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de
tratar.

Quando este pensamento, o desejo carnal e diabólico passar pelo seu coração,
repreenda-o em nome do Senhor Jesus, porque isso certamente não vem de Deus. Porque
se você proceder desta maneira, mudando o uso natural das coisas que Deus criou, estará
prostituindo, incorrendo em adultério, mesmo entre marido e mulher. É preciso tomar muito
cuidado com essas coisas. Vamos meditar:

I Coríntios 7.4, 5 diz: A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-
no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio
corpo, mas tem-no a mulher.

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Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo,
para vos aplicardes a oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que satanás vos não
tente pela vossa incontinência.

A palavra revela que não temos poder sobre o nosso próprio corpo, ficando o prazer da
carne reservado para o encontro conjugal; e quando nós nos afastarmos um do outro para
nos aplicarmos à santificação ao Senhor, como a dedicação ao jejum e oração, isto por
consentimento recíproco, que não sejam por muitos dias, para que satanás não venha tentá-
los e tirar proveito desse afastamento.

A primeira Carta aos Tessalonicenses 4.3 a 5 exorta: Porque esta é a vontade de


Deus,a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós,
saiba possuir o seu vaso com santidade e honra; não na paixão de
concupiscência, como os gentios, que não conhecem a Deus.

Hebreus 13.4 diz: Venerado, seja entre todos o matrimônio sem mácula, porém
aos que se dão a prostituição e aos adúlteros Deus os julgará.

A palavra adverte que a vontade de Deus é a nossa santificação, e mesmo no


momento da intimidade conjugal, precisamos reservar o lugar do Espírito Santo em nossos
corações. Que saibamos possuir o nosso vaso com santidade e honra, e não na paixão da
concupiscência da carne, como é prática do homem mundano, que não conhece e não tem
compromisso com Deus. O matrimônio do servo de Deus deve ser respeitado e sem mácula,
porque Deus julgará os que se derem a prostituição e aos adultérios.

É oportuno refletir, que esta séria advertência não está sendo direcionada aos gentios,
porque eles não conhecem a Deus, mas aos servos que tem compromisso com a verdade.
Precisamos nos santificar e pedir muita humildade, proteção e sabedoria ao Senhor para que
nos livre de todas essas ciladas abomináveis que levam os desobedientes ao fogo eterno.

II Tessalonicenses 2.13, diz: Mas devemos sempre dar graças a Deus por vós,
irmãos amados no Senhor, por vos ter elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade.

Apocalipse 21.8,disse Jesus: Mas quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos
abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos
os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda
morte.

Apocalipse 22.15: Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e


os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.

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EXORTAÇÃO A SANTIFICAÇÃO

A primeira carta Universal de Pedro 1.13 a 16 diz: Sede sóbrios, e esperai


inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo; Como filhos
obedientes não vos conformando com as concupiscência que antes havia em vossa
ignorância; Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede também santos em toda a
vossa maneira de viver, Porquanto está escrito: Sede santos porque eu sou santo.

E na carta aos Colossenses 3.1 a 6, 12,13,14 está escrito: Portanto, se já


ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à
destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra. Porque já
estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.

Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos
manifestareis com Ele em glória.

Mortificai pois os vossos membros que estão sobre a terra: A prostituição, a impureza,
o apetite desordenado, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria. Pelas quais coisas
vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos, e amados, de entranhas de


misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;

Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver
queixa contra outro assim como Cristo vos perdoou, assim fazei-vos também. E, sobre tudo
isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição.

Nestas palavras maravilhosas do Senhor, ele nos exortar sobre a nossa maneira de
viver, que devemos despojar-se do velho homem, e das ordenanças do mundo, para que não
caia sobre nós a ira de Deus por causa da desobediência. Que devemos ser sóbrio em todos
os nossos atos e buscar a santificação. Ele também nos exemplifica e nos encoraja a imitá-
lo em sua perfeição, pois somente através da santificação alcançaremos a vida eterna.

Disse Jesus:

João 17.17: Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.

Mateus 5.8: Bem-aventurado os limpos de coração, porque eles verão a Deus.

O Senhor Jesus também nos alertar que precisamos buscar a santificação na


palavra da verdade, no seu evangelho, com humildade e com singeleza de coração. Vejamos:

II Coríntios 7.1, a palavra diz: Ora, amados, pois que temos tais promessas,
purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no
temor de Deus.

Hebreus 12.14 diz: Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor.

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TÍTULO XII

O PECADO IMPERDOÁVEL
No Evangelho de Mateus 12.31, 32 disse Jesus: Por isso, vos declaro: todo pecado e
blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será
perdoada.

Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado;
mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo
nem no porvir.

E em Marcos 3.29 diz: Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca
obterá perdão, mas será réu do eterno juízo.

O Senhor Jesus declara que todo pecado e blasfêmia serão perdoados, mas a
blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada. E o que é blasfêmia contra o Espírito
Santo?

QUEM É O ESPÍRITO SANTO E QUAL A SUA OBRA?

É o Espírito Santo que nos dá o discernimento e nos convence do pecado (João 16.8);
Ele derrama o amor de Deus em nossos corações (Romanos 5.5) e produz o nascimento de
uma nova criatura (João 3.1 a 7); Ele nos fortalece para andarmos no caminho da verdade
(João 16.13). O Espírito Santo nos ajuda em nossas fraquezas , porque não sabemos como
havemos de pedir, mas Ele intercede por nós junto ao Pai, até com gemidos inexprimíveis
(Romanos 8.26).

O Espírito Santo de Deus realiza um trabalho íntimo na alma humana, é pessoal e


todo desejo de santificação é nutrido por Ele. Cada impulso para o bem e para a verdade é
implantado por Ele. Seu trabalho é indispensável à convicção, ao arrependimento e
conversão para a salvação da vida eterna.

O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Jesus, mediante o Espírito Santo, bate à porta do coração e pede entrada (Apocalipse
3.20). Alguém não abre a porta, deixa-O esperando do lado de fora, com isso estará
entristecendo o Espírito Santo do Senhor (Efésios 4.30).

Talvez com medo de que Ele entre, esse alguém resiste, pois não deseja ter a sua
companhia (Atos 7.51). A consciência e o coração se tornam endurecidos (Hebreus 3.15).
Procura afastá-lo, e acaba extinguindo o Espírito Santo (I Tessalonicenses 5.19). Finalmente
o Espírito Santo o abandona.

Que triste e terrível fim. Ele bateu em sua porta e você não abriu, deixou-O esperando
do lado de fora, resistiu-O, entristeceu-O, endureceu a sua consciência e o seu coração,
procurou extingui-lo. Está consumado o pecado imperdoável contra o Espírito Santo a
persistente rejeição contra os apelos do Espírito, e a desobediência, consumou. Portanto

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como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração
(Hebreus 3.7, 8).

Muitos indagam a si mesmo, será que já blasfemei contra o Espírito Santo do Senhor?
Mas é importante evidenciar, em que condições o Senhor Jesus declara a blasfêmia como
pecado imperdoável. Justamente por ocasião da acusação dos escribas e fariseus, os quais
imputavam a Ele a expulsão dos espíritos malignos pelo poder de belzebu, príncipe das
potestades do mal.

Os escribas e fariseus não criam em Jesus Cristo como Filho de Deus, negavam as
virtudes do Espírito Santo de Deus, pelo qual Jesus foi por Deus ungido e fazia muitas curas,
milagres e maravilhas (Atos 10.38).

A palavra do Senhor afirma que a desobediência e a constante rejeição contra os


apelos do Espírito Santo também acaba constituindo em pecado imperdoável:

Lucas 10.16: Disse Jesus: Quem ouve a vós a mim me ouve; e quem rejeita a vós a
mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me enviou.

E no livro de Atos 3.22 e 23, a palavra diz: Moisés disse: O Senhor, vosso Deus,
levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a Ele ouvireis em tudo quanto
vos disser. E acontecerá que toda alma que não escutar esse profeta será exterminada
dentre o povo.

Desde o Antigo Testamento a palavra de Deus já alertava, I Samuel 2.25: Pecando


homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra o Senhor,
quem rogará por ele?

OS AÇOITES

No Evangelho de Lucas 12.47, 48, disse Jesus: O servo que soube a vontade do seu
senhor e não fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que a
não soube e fez coisas dignas de açoites com poucos açoites será castigado. E a qualquer
que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe
pedirá.

A CONDENAÇÃO

A palavra do Senhor na Carta Universal do Apóstolo Tiago 1.15 diz que havendo a
concupiscência concebida, dá a luz o pecado; e o pecado sendo consumado gera a morte. E
em I João 3.8 a palavra diz ainda que quem comete pecado é do diabo, porque o diabo pecou
desde o princípio, sendo necessário que Cristo morresse na cruz para desfazer as obras do
diabo.

Em Hebreus 6.4-6 a palavra relata: Porque é impossível que os que já uma vez foram
iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo. E
provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez
renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de
Deus e o expõem ao vitupério.

Mas se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da


verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados (Hebreus 10.26).

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A II Carta de Pedro 2.4-9 descreve que: Se Deus não perdoou aos anjos que pecaram,
havendo-os lançado no inferno, os entregou a cadeia da escuridão, ficando reservado para o
juízo; e não perdoou ao mundo antigo, guardando Noé com mais sete pessoas ao trazer o
dilúvio sobre os ímpios e condenou a subversão as cidades de Sodoma e Gomorra,
reduzindo-as a cinzas, livrando Ló, o justo; assim sabe o Senhor livrar da tentação os
piedosos e reservar os injustos para o dia do juízo.

E no Evangelho de João 3.17 e 18, disse Jesus: Porque Deus enviou o seu Filho ao
mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem
crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado.

E ainda em João 12.47, 48, disse Jesus: Se alguém ouvir as minhas palavras e não
crer, eu não o julgo, porque eu vim não para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. Quem
me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que
tenho pregado essa o há de julgar no último dia.

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna,
por Cristo Jesus nosso Senhor (Romanos 6.23).

E no livro de Apocalipse 21.8 relata: Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos
abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos
os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda
morte.

Disse o senhor: O que pecar contra mim violentará sua própria alma, todos os que me
aborrecem amam a morte (Provérbios 8.36).

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TITULO XIII

O JEJUM QUE AGRADA A DEUS


Para que a nossa adoração e reverência, como jejum, caridade (amor ao próximo),e
até mesmo a oração, possa subir diante do seu Trono de Glória de Deus, o Senhor Jesus,
em sua infinita benevolência, nos ensina o caminho certo. Ele recomenda a discrição,
segredo quando reverenciamos os seus mandamentos.

Portanto, se você mantém a tradição, de fazer jejum em grupo, participar de


campanha de jejum, ou habitua dizer aos outros que está jejuando, então precisamos lhe
esclarecer, que segundo as sãs palavras do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, a sua
abstinência ao manjar, está sendo inútil, desnecessária, e não está agradando a Deus nessa
forma jejuar.

Jejuando conforme os escribas e fariseus, os quais o Senhor sempre os tratava por


hipócrita, não irá adquirir para si, galardão nenhum junto ao Pai, porque o jejum é
semelhante à oração e a caridade, é uma reverência pessoal e uma obra íntima entre você e
Deus. Vamos meditar na verdade de Cristo.

No Evangelho de Mateus 6.16 a 18, disse Jesus: Quando jejuardes, não vos mostrei
contristado como os hipócritas; porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens
pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Porém tu,
quando jejuares, unges a tua cabeça, lava o teu rosto, para não pareceres aos homens que
jejuas, mas ao Pai, que está em oculto, que vê em oculto, te recompensará.

O Senhor Jesus, dá o tratamento de hipócrita, falso, os que jejuam para se mostrarem


aos homens. Mas, para que sejais abençoados, faça o seu jejum a Deus, ocultamente, e
Ele te recompensará publicamente. Certamente, este jejum é agradável aos olhos do Senhor
Deus porque foi doutrinado pelo seu amado Filho Jesus, sendo “Ele” autor e consumador da
fé (Hebreus 12.2), e, qualquer que lhes ensinar outra forma de jejuar, estará
contradizendo o Evangelho de Cristo.

O propósito do jejum é o quebrantamento do coração, a santificação e o


fortalecimento espiritual, portanto, recomendamos aos amados, a não usarem das coisas
sagradas, com o intento de recompensa, principalmente em se tratando de prosperidade
material. Porque o Senhor conhece todas as nossas necessidades, antes mesmo de abrirmos
a boca, e dará a cada um no seu tempo e segundo a sua vontade.

No livro de Jó 41.11, disse o Senhor: Quem primeiro me deu, para que eu haja de
retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. Palavra confirmado na carta
aos Romanos 11.35, onde diz: Quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja
recompensado?

O JEJUM QUE NÃO AGRADOU A DEUS

Desde a antiguidade, o Senhor já exortava o seu povo, através dos seus Profetas,
sobre o zelo espiritual quando entramos na sua presença. Mesmo aquele jejum programado,
e as reverências oriundas da lei de Moisés, já havia uma cobrança do Senhor contra os
hipócritas, os que praticavam as ordenanças da lei, mas no seu íntimo não guardavam os
mandamentos do Senhor. Vejamos:
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No Livro de Zacarias, capítulo 7, do versículo 4 ao 13, diz: Então a palavra do Senhor
dos Exércitos veio a mim, dizendo: Fala a todo o povo desta terra, e aos sacerdotes, dizendo:
Quando jejuastes, e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta anos,
acaso foi para mim mesmo que jejuastes? Ou quando comeis e quando bebeis, não é para
vós mesmos que comeis e bebeis?

E a palavra do Senhor veio a Zacarias, dizendo: Assim falou o Senhor dos exércitos:
Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um para com o seu irmão.
E não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre; e nenhum de vós
intente no seu coração o mal contra o seu irmão. Eles, porém, não quiseram escutar, e me
deram o ombro rebelde, e taparam os ouvidos, para que não ouvissem.

Sim, fizeram duro como diamante o seu coração, para não ouvirem a Lei, nem as
palavras que o Senhor dos exércitos enviara pelo seu Espírito mediante os profetas antigos;
por isso veio a grande ira do Senhor dos exércitos. Assim como eu clamei, e eles não
ouviram, assim também eles clamaram, e eu não ouvi, diz o Senhor dos exércitos.

Esta mensagem direcionada por Deus nos faz entender que de nada se aproveita
reverenciar ao Senhor Deus com jejum, estando com o coração endurecido. Porque o próprio
Deus disse Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e compaixão cada um para com
o seu irmão e não oprimas a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro e nem o pobre.

O Senhor Deus em sua infinita misericórdia, ordena amor ao próximo, não só com
palavras, mas com obras de caridade. O Senhor ainda da ênfase neste texto maravilhoso, Ele
disse “eu clamei, e eles não ouviram, assim também eles clamaram, e eu não ouvi, diz o
Senhor dos exércitos.

E disse mais o Senhor. Meditemos: Livro do profeta Isaías 58.1-12: Clama em alta
voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua
transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. Por que jejuamos nós, e tu não atentas
para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu o não sabes? Eis que, no dia em que jejuais,
achais o vosso próprio contentamento e requereis todo o vosso trabalho.

Eis que, para contendas e debates, jejuais e para dardes punhadas impiamente; não
jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto. Porventura, não é este o jejum que
escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que
deixes livre os quebrantados, e que despedaces todo o jugo?

Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em
casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas daquele que é da
tua carne? Então, romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a
tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. Então,
clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás, e ele dirá:

Eis-me aqui; acontecerá isso se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo e o


falar vaidade; e, se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz
nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. E o Senhor te guiará
continuamente, e fartará a tua alma em lugares secos, e fortificará teus ossos; e serás como
um jardim regado e como um manancial cujas águas nunca faltam.

E os que de ti procederem edificarão os lugares antigamente assolados; e levantarás


os fundamentos de geração em geração, e chamar-te-ão reparador das rupturas e
restaurador de veredas para morar.
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A SERIEDADE E A NECESSIDADE DO JEJUM

Evangelho de Mateus 17.14 - 21, diz: Um homem levou o seu filho lunático aos
Apóstolos, mas eles não puderam expulsar o demônio que estava no menino, sendo
necessário que Jesus mesmo expulsasse o demônio. Então perguntaram a Jesus o porquê
não conseguiram expelir o demônio do menino. Jesus lhes respondeu: Por causa da vossa
pouca fé. Mas esta casta de demônio não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.

Evangelho de Lucas 2.25 a 38, Quando o menino Jesus foi levado ao templo para ser
apresentado a Deus, ali estava uma profetiza chamada Ana, esta era viúva de quase oitenta e
quatro anos, e não se afastava do templo servindo a Deus em jejum e orações de dia e de
noite. E sobrevindo na mesma hora, ela dava graças a Deus, e falava dele a todos os que
esperavam a redenção em Jerusalém.

Observem quão grande a recompensa daquela profetisa, pela sua obediência, pelo
seu temor, por sua fidelidade a Deus, a qual não saía do templo, servindo a Deus com jejum
e oração. A palavra diz que ela estava ali, e viu a luz que veio para alumiar as nações,
para a glória do povo de Israel.

Quando meditamos no livro dos Atos dos Apóstolos, e Epístolas, encontramos


também várias referências (Atos 13:2, 3; 14,23; II Coríntios 6:5; 11-27) onde os Apóstolos e
discípulos de Cristo, buscavam a santificação, reverenciando e adorando ao Senhor com
jejum e oração. É mandamento do Senhor para buscarmos a santificação e nos
aproximarmos do seu Reino.

O próprio Jesus Cristo, Filho do Deus Altíssimo, jejuava (Mateus 4.2), deixando em si
mesmo o exemplo para que nós o imitássemos em sua perfeição.

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TÍTULO XIV

A TUA FÉ TE SALVOU
Na Carta aos Hebreus 10.38, pronuncia o Senhor: O justo viverá pela FÉ, mas se ele
recuar a minha alma não tem prazer nele.
Mas afinal, o que é a FÉ? FÉ é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a
certeza das coisas que não se vêem (Hebreus 11.1).

A FÉ é o alimento que nutri e fortalece o nosso espírito. Ela aproxima o homem de


Deus, traz comunhão e paz com o Senhor Jesus. É aceitação da doutrina revelada por Deus,
e a confiança na obra salvadora de Cristo.

Por isso, o nosso objetivo é levar aos amados, uma mensagem de exortação e
encorajamento a uma maior interação e principalmente o crescimento na FÉ. É evidente que
não nos referimos a FÉ generalizada, popular, a FÉ só pelo ouvir falar e saber da existência
de Deus e do seu amado Filho Jesus Cristo que Ele gerou pela sua plenitude. Isso todos
sabem e não produz resultado algum.

Porque a FÉ que o mundo conhece só se manifesta na hora do desespero, e se


desperta apenas pelo rogo ao socorro no momento de angústia. Nessa ocasião, se
reverenciam a Deus, mas nada mais pode ser feito, porque é uma FÉ confessada por força
de expressão. É uma FÉ da boca prá fora, vazia e sem consistência, porque não há
inspiração divina no seu conteúdo. E a palavra diz que Deus não ouve a pecadores, mas se
alguém é temente a Deus, a esse Ele ouve.

Sendo assim, objetivamos guardar uma FÉ viva, nascida do coração de Deus, que tem
poder para curar, libertar, transformar vidas, realizar até o impossível aos olhos humanos, e
ainda nos dá a certeza da salvação para a vida eterna. A FÉ que arde o coração quando
falamos do infinito amor do Senhor Jesus, porque essa FÉ é um dom celestial, produzida pelo
trabalho íntimo do Espírito Santo de Deus na alma humana.

Vamos lhe apresentar uma FÉ semelhante a do Centurião de Cafarnaum, quando


esse suplicava a Jesus pelo seu servo, e Cristo lhe propôs ir a sua casa e ele recusou
dizendo: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas diz somente uma
palavra, e o meu criado sarará. Tamanha era a FÉ daquele Centurião que surpreende até o
Senhor Jesus, e maravilhado Ele disse: Em verdade vos digo que nem mesmo em Israel
encontrei tanta Fé (Mateus 8:8).

Centurião: Oficial do Exército Romano, comandante de uma tropa de cem. Aquele


homem era dotado de uma FÉ impar, e pelos olhos do Espírito havia nele a certeza de estar
diante da glória do Filho de Deus. Não se sentiu digno de receber Jesus sob o seu teto, mas
acreditou incondicionalmente que pela sua palavra as maravilhas aconteceriam na vida do
servo pelo qual intercedia.

FÉ exemplificada por Estevão, o qual viu o céu aberto e o Salvador a Destra do Pai,
sendo apedrejado até a morte permaneceu fiel, e ao entregar o seu espírito a Deus não pediu
vingança para os seus executores, mas pediu ao Pai que lhes perdoassem porque tinha
certeza do regozijo que lhe estava proposto.

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FÉ similar ao Apóstolo Paulo, que mesmo ciente das prisões e aflições que lhes
reservavam em Jerusalém não temeu e nem recuou, mas disse aos irmãos: Que fazeis vós,
chorando e magoando-me o coração? Porque eu estou pronto não só a ser preso, mas ainda
a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus.

Não poderíamos deixar de exaltar aqui a FÉ viva e consistente dos apóstolos e


discípulos do Senhor Jesus Cristo no início da igreja primitiva, os quais viveram sob
perseguições, açoites, prisões, fome, frio, flagelo e morte violenta. E mesmo assim realizaram
a maior obra evangélica sobre a face da terra, pacientemente suportaram tudo pela FÉ em
Cristo e amor a palavra e aos mandamentos do Senhor. Submeteram-se a servidão pela
vontade do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

O legado dos santos homens de Deus está hoje ao alcance dos nossos olhos, o maior
exemplo e testemunho de FÉ, dedicação e coragem para exercitarmos a reflexão nos
momentos de aflição e angústia, para aprendermos a confiar em Cristo e conhecer que por
mais difícil que sejam as situações não desfaleçamos, mas sejamos fortalecidos na FÉ e
tenhamos a confiança e certeza que não estamos sós, porque o Senhor está em nós onde
quer que estejamos, se fizermos a sua vontade.

A FÉ COMO UM GRÃO DE MOSTARDA

No Evangelho de Mateus 17.20, Jesus, exorta os seus discípulos por causa da


pequena FÉ; dizendo: Se tiverdes FÉ como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa
daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível.

O Senhor Jesus comprova numa linguagem figurada a confiança que precisamos


alcançar. Compara um grão de mostarda (a menor semente) para transparecer a grandeza
das obras que a FÉ é capaz de realizar.

É evidente que a transposição dos montes é uma demonstração alegórica, porque se


assim fosse, estaríamos alterando a superfície terrestre e o curso geográfico natural que
Deus criou. Mas o Senhor nos encoraja a enfrentar e superar as montanhas de problemas,
provas e tribulações que hão de vir, e irradia a confiança que estando revestidos da couraça
da FÉ, não haverá barreira intransponível para o servo de Deus, porque em Cristo, somos
mais que vencedores por aquele que nos amou.

A FÉ, PELA PALAVRA DE CRISTO

O Evangelho de Lucas 5.1-5, relata que após Jesus ter usado o barco de Pedro para
anunciar a multidão que o seguia, e sabendo Ele que os pescadores não haviam apanhado
nada durante a noite toda, mandou Pedro que novamente lançasse a rede ao mar. E,
respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos;
mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede.

Observem que Pedro já estava lavando as redes, sendo ele exímio pescador, sabia
que não havia mais razão para persistência, pois havia encerrado a sua jornada de uma
exaustiva e frustrante noite de trabalho, sem nada apanhar. Mas quando o Senhor Jesus
mandou que novamente lançasse a rede, não hesitou, e pelos olhos da FÉ, viu em Cristo o
poder para realizar o impossível.

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Pedro acreditou de forma incondicional na palavra do Senhor e deu prova da sua fé
prontamente dizendo: Senhor eu já trabalhei a noite toda sem nada apanhar, mas sobre a tua
palavra, lançarei a rede.

E assim procedeu, e a rede se encheu de tal forma que não conseguira retira-la
sozinho. Essa é a medida da FÉ que nós também precisamos atingir. Crer na palavra do
Senhor incondicionalmente, sem hesitar e sem nada duvidar. Precisamos crer, ter a certeza e
confiar que Deus está em nós e a sua palavra não volta para si vazia, antes faz tudo o que lhe
agrada, segundo a sua vontade.

EXORTAÇÕES DO SENHOR JESUS SOBRE A FÉ

Em Lucas 8.43-48, relata que uma mulher possuía um fluxo de sangue havia doze
anos, e gastara todos os seus bens com medicamentos e por nenhum pudera ser curada.
Chegando por de trás de Jesus, tocou na orla de suas vestes e o fluxo de sangue estancou
imediatamente.

E disse Jesus: Quem me tocou? E negando todos, disse Pedro e os que estavam com
Ele: Mestre a multidão te aperta e te oprime, e dizes tu, quem te tocou? Respondeu-lhes
Jesus: Alguém me tocou, porque bem sei que de mim saiu virtude. Então, vendo a mulher que
não podia ocultar-se, aproximou-se tremendo, e, prostrando-se ante Ele, declarou-lhe diante
de todo o povo a causa por que lhe havia tocado, e como logo sarara. E Ele lhe disse: Tem
bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.

Considerem quantos da multidão apertavam e oprimiam a Jesus sem receber


nenhuma dádiva. Imagine a FÉ dessa mulher, no meio da multidão alvoroçada ela conseguiu
apenas tocar nas vestes de Cristo e foi curada no ato da sua FÉ. Jesus sentiu sair dele
virtude e perguntava quem havia tocado nele, mas com muita FÉ. E os seus Apóstolos lhes
disseram: Mestre a multidão te aperta e te oprime, e dizes tu quem é que te tocou? Não
compreendiam a reação do Mestre referindo-se a imensurável FÉ daquela mulher.

Portanto amados, não seja você só mais um na multidão, os quais apertam e oprimem
a Jesus sem nada receber, mas seja revestido de FÉ, e não busquem em Cristo somente as
prosperidades materiais, mas creia verdadeiramente que a sua FÉ vai tocar não nas vestes,
mas no coração de Jesus, e Ele vai lhe prosperar tanto quanto prosperou aquela mulher, a
qual alem de receber o milagre da cura, ainda foi agraciada com a sua paz e a oferta da vida
eterna.

Medite no poder da fé, num simples gesto quantas obras e maravilhas aconteceram na
vida daquela mulher, houve uma verdadeira revolução. Assim também, Cristo quer fazer em
sua vida, uma obra completa através da sua FÉ.

São inúmeros os testemunhos de libertações, curas e milagres, pela FÉ, no Evangelho


do Senhor Jesus. É importante observar, quando Ele curava, e libertava os oprimidos,
evidenciava a vinculação da cura, segundo a FÉ, ou melhor, Jesus condicionou que as
benções serão conforme a medida da FÉ. Ele mesmo disse que não seremos ouvidos pelo
muito falar, porque o Pai conhece as nossas necessidades, antes mesmo de suplicarmos
suas misericórdias, mas segundo a FÉ, conforme o seu tempo e a sua vontade.

Lamentavelmente, hoje muitos depositam a sua FÉ nos dízimos, ofertas e na palavra


do pastor, deixaram em segundo plano a verdade do Senhor Jesus e a confiança no Eterno

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Deus e Pai, e isso é um equívoco que poderá trazer conseqüência desastrosa porque o
próprio Jesus disse: De Graça recebeste de Graça daí (Mateus 10).

TÍTULO XV

A ABOMINÁVEL IDOLATRIA
Você possui imagem, amuleto, anjo, estatueta, ou mesmo uma cruz? Conheça a
verdade das Sagradas Escrituras, e liberte-se definitivamente dessas coisas que são
abomináveis ao Senhor Deus, pois somente Ele é digno de adoração, honra e glória.

AS IMAGENS - ÍDOLOS FEITOS POR MÃOS DE HOMENS

No livro dos Salmos 115.2-8 a palavra do Senhor diz: Porque diriam as nações: Onde
está o seu Deus? Mas o nosso Deus está nos céus: faz tudo como lhe apraz. Os ídolos deles
são prata e ouro, obra das mãos dos homens. Tem boca, mas não falam, tem olhos, mas não
vêem: Tem ouvidos, mas não ouvem, nariz tem, mas não cheiram. Tem mãos, mas não
apalpam, tem pés, mas não andam; som algum sai da sua garganta. Tornam-se semelhantes
a eles os que os fazem, e todos quantos neles confiam .

Neste texto, a palavra nos ensina como são os ídolos feitos por mãos de homens, com
os seus membros e órgãos, porém sem vida. E no versículo 8, a palavra afirma que tornam-
se semelhantes a eles tanto os que os fazem, e todos os que neles confiam, ou seja, os
idólatras estão mortos diante do Deus Altíssimo. De que adianta crer em Deus, já estando
morto?

E no livro de Isaias 40.18-25, a palavra diz: A quem, pois farei semelhante a Deus: ou
com quem o comparareis? O artífice grava a imagem, e o ourives a cobre de ouro, e cadeias
de pratas funde para ela. O empobrecido que não pode oferecer tanto, escolhe a madeira
que não se corrompe: O artífice sábio busca para gravar uma imagem que não se pode
mover. A quem, pois me fazeis semelhantes, para que lhe seja semelhante? Diz o Santo.

Medite, será que Deus é como o ouro e a prata que se desgasta com o tempo, ou
como a madeira que é devorada por cupins ou como a louça e o barro que caem e quebram?

Ao contrário do que muitos pensam, os ídolos (imagens feita por mãos de homens)
não podem interceder por ninguém junto a Deus, mesmo aqueles que fizeram-se jus serem
santos, repousam debaixo do trono de Deus, já justificados, aguardando que seja completado
o número de seus conservos, dos que hão de morrer pelo nome do Senhor Jesus Cristo.
Vejamos:

Apocalipse 6.9-11diz: E havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos
que foram mortos por amor a palavra de Deus e por amor ao testemunho que deram. E
clamavam com grande voz, dizendo: ó verdadeiro e Santo Dominador, por que não julgas e
não vingam o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um
compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem um pouco de tempo , até que
também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser
mortos como eles foram.

A palavra de Deus relata que nada sabem os que conduzem em procissão as suas
imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar (Isaias
45.20) no capítulo 42 do mesmo livro de Isaias, e Senhor demonstra a sua indignação com os
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idólatras, dizendo: Eu sou o Senhor , este é o meu nome, a minha glória, pois a outrem não
darei, nem o meu louvar as imagens de esculturas.

IDOLATRIA REPROVADA POR DEUS

Adorar algo mais que a Deus, é abominação, é idolatria. É tão reprovado que Deus
tratou isso como mandamento. Vejamos: Êxodo 20.4, 5: Não fará para ti imagem de
escultura, nem semelhança alguma , do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra,
nem nas águas embaixo da terra. Não as adorarás, nem as darás culto: Eu sou o Senhor teu
Deus.

Irmãos, é ordem, é mandamento, assim como matar, roubar, prostituir, etc., não
podemos de maneira alguma fazer qualquer tipo reverência ou adoração a ídolos (imagens
feitas por mãos de homens), devemos sim adorar e servir ao único e verdadeiro Deus em
espírito e em verdade.

Alguns dizem que não idolatram a imagem, mas tem-na em memória, como um
parente por exemplo, quando morre e conserva-se sua fotografia. Quem diz essas coisas está
confessando que é um idólatra, pois somente Deus é digno de adoração. Vamos meditar:

João 4.23, 24 , disse Jesus: Mas a hora vem, e a hora é, em que os verdadeiros
adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade , porque o Pai procura a tais que assim
o adorem. Deus é espírito, e importa que os que o adoram, os verdadeiros adoradores , o
adorem em espírito e em verdade.

Jesus simplificou tudo e manda que adoremos somente o Pai, em espírito e em


verdade, e não adorar imagens, figuras, estatuas e outras invenções e fabricações de mãos
de homens. E no livro de Apocalipse, revelado a João, diz que qualquer que praticar atos
abomináveis ao Senhor, ficará fora do Reino de Deus, das quais faz parte a idolatria:

Apocalipse 22.15: Ficaram de fora os cães, os feiticeiros, os que se prostituem, e os


homicidas, e os idólatras , e qualquer que ama e comete a mentira.

Idolatria não é somente a adoração as imagens de esculturas, porque Jesus declarou:


Se amarmos pai, mãe, filhos mais do que a mim, não é digno de mim. Hoje, satanás tem
usado a tecnologia para criar outras espécies de idolatria, entre neste link a idolatria nas
igrejas evangélicas, e observe a escravidão que muitos se submetem por não
conhecerem a verdade.

E na primeira carta aos Coríntios, a palavra descreve que devemos fugir da idolatria, e
diz: Julgais vós mesmo o que eu digo. Porventura o cálice benção, não é a comunhão do
sangue de Cristo, e do pão que partimos? Antes digo que as coisas que os gentios
sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes
com os demônios. Porque não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios: Não
podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.

Portanto irmãos, quando se acende uma vela, ou pede para outro ser, interceder junto
a Deus, isto está sendo feito há ídolos, ou melhor a demônios, como diz o texto sagrado.
Devemos buscar a Deus inteiramente, sem colocar barreiras entre homem e Deus, porque
tudo que for colocado entre o homem e Deus é idolatria.

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A carta aos Romanos 11.36 narra: Porque Dele, e por Ele, e para Ele são todas as
coisas, glória a Ele eternamente. Amém.

QUAL O VÍNCULO DE MARIA COM JESUS?

Lucas 1.28: E entrando o anjo onde ela estava, disse: Salve agraciada: O Senhor é
contigo, bendita és tu entes as mulheres.

Maria foi a privilegiada, mulher reta aos olhos de Deus, a mais bem preparada
espiritualmente, e por isso foi agraciada para receber o Espírito Santo do Senhor e dar a luz
ao Filho de Deus, o Salvador da humanidade . Deus a escolheu entre todas as mulheres,
por isso o anjo lhe disse, Salve agraciada. Deus a contemplou por sua obediência, pelo seu
temor e por sua fidelidade.

No livro de Lucas 2.41-51, a palavra conta como era de costume, Maria e José,
levaram Jesus à festa da Páscoa em Jerusalém, e com doze anos durante a festa, Jesus
desapareceu por três dias e quando encontrado por seus pais:

Maria disse: Filho porque fizeste isto assim para conosco? Eis que teu pai e eu,
ansiosos, te procurávamos. Ele lhes respondeu: Por que é que me procuráveis? Não sabeis
que me convém tratar dos negócios de meu Pai ? Não compreenderam o que lhes dizia.
Em outras palavras, Jesus disse-lhes que não precisavam ter se preocupados, pois veio a
terra para fazer a vontade de Deus Pai.

E no Evangelho de João 2.3, 4, a palavra descreve que nas bodas de Caná na


Galiléia, havia acabado o vinho, e Maria dirigiu-se a Jesus e disse: Eles não tem mais vinho.
Mas Jesus disse: Mulher, que tenho Eu contigo ?

Jesus a advertiu, pois que ligação teria Ele com Maria? Jesus esteve na terra para
fazer a vontade de Deus Pai, e somente a Ele se reverenciava. Aqui Cristo deixou bem claro
que o seu vínculo era e é somente com o Deus Pai.

E no Evangelho de Marcos 3.31-35, Jesus revelou também que sua mãe e seus
irmãos, são todos aqueles que fazem a vontade do Deus Pai: Chegaram então seus irmãos e
sua mãe, e estando de fora mandaram-no chamar. E a multidão estava assentada ao redor
dele, e lhe disseram: Eis que sua mãe e seus irmãos te procuram, e estão lá fora.

E Ele lhes respondeu dizendo: Quem é a minha mãe e meus irmãos? E olhando ao
redor para os que estavam assentados junto dele disse: Eis minha mãe e meus irmãos.
Portanto qualquer que fizer a vontade de Deus esse é meu irmão, e minha irmã, e minha
mãe .

E em Lucas 11.27, 28, aconteceu que dizendo Ele estas coisas, uma mulher entre a
multidão levantando a voz, lhe disse: Bem-aventurado é o ventre que te trouxeste e os peitos
que te amamentaste. Mas Ele disse: Antes bem-aventurados os que ouvem as palavras de
Deus e as guardam .

No momento em que aquela mulher exclamou essas palavras, reverenciou e adorou a


Maria, porem, foi por Jesus Cristo repreendida, porque somente Deus é digno de adoração,
honra e glória.

Estando o Senhor crucificado (João 19.25-30), e junto a cruz de Jesus estava sua
mãe, e a irmã de sua mãe, Maria de Cleofas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua

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mãe, e o discípulo a quem Ele mais amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o
teu filho . Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a
recebeu em sua casa.

Nestas últimas palavras de Jesus estando na cruz, Ele evidenciou que o seu vínculo
com Maria havia encerrado , porque a parte humana, a parte material de Jesus Cristo a qual
Maria havia desenvolvido no seu ventre, havia sido morta em sacrifício vivo para remissão
dos pecados de muitos . Porém, a parte espiritual que veio de Deus Pai, permanece viva
porque Jesus Cristo ressuscitou com um corpo glorificado, o qual Maria não tinha mais
nenhum vínculo. Ele está sentado a direita do Pai e pelos pecadores intercede.

Jesus disse ainda que o discípulo a quem Ele mais amava seria o seu filho, e Maria a
sua mãe, isto porque ambos eram humanos, carnais; mas Jesus Cristo é Espírito , e o carnal
não pode sobrepor o espiritual. Em João 3.6, disse Jesus: O que é nascido da carne é carne,
o que é nascido do Espírito é espírito.

Porem, o Senhor Jesus teve a preocupação de não deixar Maria desamparada,


encarregou de cuidá-la a pessoa da sua maior confiança, o apóstolo a quem Ele mais amava.
Criou entre eles o maior vínculo de amor fraterno entre os seres humanos, a relação mais
harmoniosa, o amor maternal , para conforto de ambos.

Podemos observar também que apesar do respeito que o Senhor Jesus Cristo tinha
por Maria, pois era sem pecado, em nenhum momento, dentro do Evangelho, Jesus Cristo
deu o tratamento de mãe para Maria, Ele sempre a tratava por “mulher”, justamente para não
abrir precedente para adoração a ela e se desencadear a abominável idolatria.

O ÚNICO E VERDADEIRO MEDIADOR

No Evangelho de João 14.6, disse Jesus: Eu sou o Caminho , e a Verdade, e a Vida .


Ninguém vem ao Pai senão por mim.

E em primeiro Timóteo 2.5 a palavra traz a certeza que Jesus é o único mediador
entre Deus e o homem, observe: Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os
homens, Jesus Cristo, homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos,
para servir de testemunho a seu tempo.

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TÍTULO XVI

A VERDADE SOBRE OS DÍZIMOS


O que é dízimo? Imediatamente você poderá imaginar: Dez por cento dos meus
rendimentos para os cofres da igreja. Mas, Deus ainda exige que pratiquemos alguma
ordenança da lei do Antigo Testamento (da qual foi instituído o dízimo), mesmo depois do
sacrifício de Jesus para remir o homem do pecado? Vamos conhecer a verdade que envolve
esse MITO chamado dízimo, que está sendo levado aos fieis de modo desvirtuado, por
muitos pregadores.

Porem, antes de iniciarmos o nosso estudo, vamos à consulta aos dicionários da


língua portuguesa, sobre o nosso assunto:

Dízimo: A décima parte.

Dízima: Contribuição ou imposto equivalente a décima parte dos rendimentos.

Como podemos observar, dízimo é a décima parte (de qualquer coisa) menos dos
seus rendimentos. Porque a fração equivalente a dez por cento dos rendimentos chama-se
dízima. Porque então os pregadores pedem dízimo? A confusão começa por aí, porque na
lei de Moisés, a qual foi por Cristo abolida (Hebreus 7.12,18,19), o dízimo nunca foi dinheiro
para o cofre da igreja. Os dízimos aos levitas eram dez por cento das colheitas dos grãos,
dos frutos das árvores e da procriação animais que nasciam no campo em um determinado
período. Resumindo: O dízimo era alimento destinado a suprir as necessidades dos levitas
que não tinham parte nem herança na terra prometida. Vejamos:

Deuteronômio 14.24 a 27: E quando o lugar que escolher o Senhor teu Deus para
fazer habitar o seu nome, for tão longe que não os possa levar, vende-os e ata o
dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que escolher o Senhor teu Deus e compre tudo o que
a tua alma desejar, e come ali perante o Senhor teu Deus, e alegre tu e tua casa. Porem, não
desamparará ao levita que está dentro das tuas portas e não tem parte e nem herança
contigo.

Considere a profundidade do texto bíblico onde o Senhor evidencia que, se o lugar


que escolheu o Senhor teu Deus, para levar o seu dízimo, for tão longe que não os possa
levar, Ele instrui, que o seu dízimo deveria ser vendido, e o dinheiro atado na tua
mão, (não é na mão de nenhuma outra pessoa), ir ao lugar que escolheu o Senhor, e
comprar o que a tua alma desejar, para ali fazer habitar o nome do Senhor Deus.

Portando amados, se o dízimo fosse dinheiro, o Senhor não iria mandar vender o que
já era espécie.

O dízimo na lei de Moisés nunca foi oferecido da forma como está sendo feito,
porque o dízimo foi destina para suprir as necessidades dos levitas, mas hoje não há mais
entre nós a personagem representativa do levita.

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Então alguém irá apontar para Malaquias 3.10 para justificar que fora ordenado ao
dízimo ser levado para casa do tesouro. Isso não muda nada, a finalidade do dízimo
continua sendo a mesma, ou seja, prover o sustento aos levitas e amparar o órfão e a viúva.

Se meditarmos nos livros de II Crônicas 31.5 a 12 e Neemias 12.44 a 47 vamos


entender melhor o porquê Malaquias mandou levar o dízimo a casa do tesouro. A palavra
diz: Para que haja mantimento na minha casa. E o que é mantimento?

Mantimento: Aquilo que mantém, provisão, sustento, comida, dispêndio, gênero


alimentício, etc.

Ainda em II Crônicas 31.13 a 19, a lei menciona que o quinhão dos dízimos era
partilhado às comunidades dos levitas que trabalhavam nas tendas das congregações,
segundo o ministério que cada um recebera do Senhor. Hoje o dízimo está sendo
direcionado para o líder da igreja ou à cúpula de uma organização religiosa, onde ninguém
mais sabe a que fim se destina esse montante. Enfim, o dízimo não foi criado para
assalariar o dirigente da igreja ou para prover as despesas pessoais desses, nem tão pouco
destinado a realizar obras missionárias ou mesmo construir templos.

No Antigo Testamento, o rigor da ordenança do dízimo era a garantia do


mantimento em abundância. Pagava-se o dízimo para ser recompensado materialmente,
mas Jesus Cristo em sacrifício vivo, pagou o mais alto preço pela nossa libertação, com o seu
próprio sangue, para que recebamos a paz, a graça e a oferta da vida eterna.

No Evangelho de Cristo, Ele nos ensina que não precisamos mais pagar o dízimo
para garantir as necessidades cotidianas de coisas materiais (alimento, vestimenta, etc.),
Jesus priorizou a buscar primeiramente o Reino de Deus e sua justiça e as demais coisas
serão acrescentadas (Mateus 6.25-33).

E para recebermos as bênçãos e a graça do Senhor ninguém precisa pagar mais nada
(Mateus 10.7-10) porque é Ele quem nos dá a vida, a respiração, e todas as coisas (Atos
17.25).

OS DÍZIMOS ANTES DA LEI

O DÍZIMO DE ABRAÃO - Gênesis 14.18-20: Abraão deu o dízimo dos despojos


da guerra ao Rei Melquisedeque, sacerdote do Deus altíssimo, e foi por ele abençoado.

O DÍZIMO DE JACÓ - Gênesis 28.20-22: Jacó fez um voto ao Senhor,


prometendo-lhe dar o dízimo de tudo quanto ganhasse se em sua jornada fosse por Ele
protegido e abençoado.

Em ambos os acontecimentos, não há registro na palavra do Senhor que tenha havido


ordenanças ou determinação para que se dessem o dízimo. Especificamente nesses
casos, os dízimos foram oferecidos de forma voluntária, espontânea, ou por voto, em
retribuição e agradecimento, honra e glória ao Senhor Deus, pelas bênçãos recebidas e pelas
vitórias conquistadas.

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Assim sendo, hoje não se pode tomar como exemplo os dízimos de Abraão e Jacó,
como fundamento para implantá-los como regra geral de doutrina na igreja, com
o propósito de receber bênçãos e salvação, em nome de uma lei que fora por Cristo abolida.

O DÍZIMO PELA LEI

Números 18.21, 24, 26: O pagamento do dízimo foi ordenado pela lei do Antigo
Testamento, e tinha caráter de caridade, pois a sua principal finalidade era suprir as
necessidades dos Levitas que não tinham parte nem herança na terra prometida, e
também dos estrangeiros, órfãos e viúvas.

Deuteronômio 14.29: Então virá o levita (pois nem parte nem herança têm contigo), e
o estrangeiro, e o órfão, e a viúva que estão dentro das tuas portas, e comerão, e fartar-se-
ão; para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos
que fizeres.

Está na palavra, o dízimo foi criado por Deus, com a finalidade exclusiva de caridade
aos necessitados, hoje é empregado para outros fins, diverso daquele que o Senhor ordenou.

Mas, ainda que os dirigentes das igrejas revertessem todo tributo dos dízimos e
ofertas em obras sociais, ainda não estavam em conformidade com a palavra do Senhor,
pois alem do dízimo ter sido abolido (Hebreus 7.5-12), a caridade ou amor ao
próximo, é algo muito profundo, individual e intransferível, é uma obra entre você e o
Senhor teu Deus (Mateus 6.1-4).

Outro detalhe interessante que precisamos conhecer, quando o dízimo foi instituído
pela lei (Números 18.20 a 24) com a finalidade de manter os filhos de Levi que
administravam o ministério nas tendas das congregações, os quais não receberam parte nem
herança na terra prometida, (Números 18.24”b”), o Senhor declarou que os filhos de Levi
não teriam nenhuma herança no meio dos filhos de Israel.

Como também fora ordenado as demais tribos de Israel, que dizimassem aos Levitas,
o necessário para a manutenção cotidiana, porque não possuíam nenhuma herdade. Hoje, a
situação está a revés da palavra, os trabalhadores, a maioria deles assalariados, ofertam o
dízimo para os que vivem sem trabalhar, e em abundância de bens.

O DÍZIMO NO EVANGELHO DE CRISTO

No Evangelho de Marcos 16. 15, 16, disse Jesus: Ide por todo o mundo, pregai o
Evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado, será salvo, mas quem não crer será
condenado.

Observem que o Senhor Jesus mandou pregar o Evangelho, para que crendo,
recebamos a salvação (I Coríntios 15.1, 2). Foi para isso que Ele deu a sua vida. E onde
está a ordenança para o dízimo, senão no Antigo Testamento? Porque então o homem
persiste em pregar e manter as ordenanças da lei, as quais foram por Cristo, abolidas?
Pregar a velha aliança é mutilar o Evangelho de Cristo, e sobrecarregar as ovelhas do pesado
fardo que Cristo levou sobre si.

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No Evangelho de Cristo Ele nos ensina fazer caridade, nos ensina a orar, a jejuar
(Mateus 6.1 a 18), e uma infinidade de outros ensinamentos, porém nas duas únicas vezes
que Ele referiu-se aos dízimos, foi com censura. Vejamos:

Mateus 23.23 – Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Que dizimais a hortelã, o


endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a
fé;deveis, porém, fazer estas coisas e não omitir aquelas.

Alguém poderá considerar que Jesus ordenou que se dizimássemos, porque Ele
disse: Deveis fazer estas coisas. Vamos buscar o entendimento espiritual na palavra do
Mestre:

Jesus era um judeu, nascido sob a lei (Gálatas 4.4).Portanto, viveu Jesus na tutela da
lei de Moisés, reconheceu-a, e disse dessa forma, pela responsabilidade de cumprir a lei.
Vejamos:

Mateus 5.17,18: Disse Jesus: Não cuideis que vim abolir a lei e os profetas, mas vim
para cumpri-la, e, nem um jota ou til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido.

E verdadeiramente Ele cumpriu a lei. Foi circuncidado aos oito dias, foi apresentado
na sinagoga (Lucas 2. 21-24), assumiu o seu sacerdócio aos trinta anos (Lucas 3.23,
Números 4.43, 47), curou o leproso e depois o mandou apresentar ao Sacerdote a oferta que
Moisés ordenou (Mateus 8.4, Levíticos 14.1...), e cumpriu outras formalidades cerimoniais da
lei.

Porém, quando Cristo rendeu o seu espírito a Deus (Mateus 27.50,51), o véu do
templo rasgou-se de alto a baixo, então passamos a viver pela graça do Senhor
Jesus, encerrando-se ali, toda ordenança da lei de Moisés, sendo abolido o
Antigo e introduzido o Novo Testamento, o Evangelho da salvação do Senhor Jesus Cristo.

O que precisamos entender de vez por todas, que Cristo não veio a ensinar os Judeus
a viverem bem a Velha Aliança, Ele disse: Um novo mandamento vos dou João 13.34.
Se a justiça provem da lei, segue-se que Cristo morreu em vão (Gálatas 2.21).

Em Mateus 5.20 disse Jesus: Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e
fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.

Observem que o Senhor Jesus Cristo mandou justamente os escribas e fariseus (os
quais o Senhor sempre os tratava por hipócritas, falsos) que cumprissem a lei de Moisés,
lei que ordena o pagamento do dízimo. Nós porém, para herdarmos o reino dos céus, não
podemos de forma alguma voltar no ritual da lei Mosaica como faziam os escribas e fariseus,
com hipocrisia, mas precisamos exceder essa lei, a qual foi por Cristo abolida. A Graça do
Senhor Jesus excede a lei de Moisés e todo entendimento humano.

A Segunda vez que o Senhor Jesus referiu-se ao dízimo, foi na Parábola do Fariseu
e do Publicano (Lucas 18.9 a 14) e outra vez censurou os dizimistas. Tomou como
exemplo um homem religioso, que jejuava duas vezes por semana e dizia ser dizimista
fiel, porém, exaltava a si mesmo e humilhava um pecador que suplicava a misericórdia do
Senhor.

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Hoje não é diferente, muitos ainda exaltam-se dizendo: “Eu sou dizimista fiel”,
mas nesta narrativa alegórica, o Senhor Jesus Cristo exemplificou que no Evangelho não há
galardão para os dizimistas fieis, ao contrário, Jesus sempre os censurou.

A ABOLIÇÃO DOS DÍZIMOS

Hebreus 7.5: E os que dentre os filhos de Levi receberam o sacerdócio tem ordem,
segundo a lei, de tomar os dízimos do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que
tenham saído dos lombos de Abraão.

Observe, a palavra afirma que Moisés deu uma lei ao seu povo, a qual é direcionada
aos filhos de Levi, especificamente aos que receberam sacerdócio para trabalhar nas tendas
das congregações, os quais têm ordem segundo a lei de receber os dízimos dos seus
irmãos. Agora note o relato do versículo 11:

Hebreus 7.11: De sorte que, se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (porque
sob ele o povo recebeu a lei), que necessidade se havia logo de que outro sacerdote
se levantasse, segundo a ordem de Melquisedeque (referindo-se a Jesus Cristo) e não fosse
chamado segundo a ordem de Arão? (menção a Moisés, o qual introduziu a lei ao povo).

Hebreus 7.12: Porque mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também


mudança na lei.

Meditando no texto acima, especificamente nestes versículos, onde a palavra do


Senhor assegura que os sacerdotes Levíticos recebiam os dízimos segundo a lei (Hebreus
7.5), Porque através deles (sacerdotes Levíticos) o povo recebeu a lei (Hebreus 7.11) e
mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também, mudança na lei (Hebreus 7.12),
porque se a perfeição fosse pelo sacerdócio Levítico (pelo qual o povo recebeu a lei), qual a
necessidade do Senhor enviar outro Sacerdote? A palavra não deixa sombra de dúvida que
não só o dízimo, mas toda a lei de Moisés foi por Cristo abolida. Mudou o Sacerdócio,
necessariamente, mudou também a Lei.

Se hoje, usarmos essa lei que fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos
que receberam o sacerdócio do Senhor Deus e aplicada ao povo, ela torna-se ilegítima,
porque os pastores de hoje não são sacerdotes levitas, e Jesus afirmou que a lei e os
profetas duraram até João (Lucas 16.16), e mudando-se o sacerdócio, necessariamente se
faz mudança na lei (Hebreus 7.12).

Portanto, apenas esses três versículos (5,11,12) do capítulo 7 da carta aos Hebreus, é
o suficiente para entendermos a abolição de toda lei, e não falarmos mais em obras mortas
como dízimo na era da Graça do Senhor Jesus.

AQUI TOMAM DÍZIMOS HOMENS QUE MORREM

A nossa maior preocupação em relação aos pregadores que tomam o dízimo dos
fieis, vem incidir sobre o versículo 8 do Capítulo 7 da Carta aos Hebreus, observem o
porquê:

Hebreus 7.8: Aqui certamente tomam dízimos homens que morrem; ali, porém,
aquele de quem se testifica que vive.
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Toda cautela no que diz a palavra: Aqui tomam dízimos homens que morrem,
ali aquele que se testifica que vive (alusão ao Rei Melquisedeque).

No Evangelho de Mateus 22.32, disse Jesus que Deus não é Deus dos mortos, mas
dos vivos. O Senhor Jesus Cristo disse que Deus, é Deus dos vivos e não é Deus dos
mortos, e a palavra diz que aqui tomam dízimo homens que morrem, no que está legitimado
no Evangelho de João 11.26, onde disse Jesus: Todo aquele que vive, e crê em
mim, nunca morrerá. Essa afirmativa do Senhor é mais uma evidência que nos faz
entender que, os que tomam o dízimo não crêem em Jesus, porque a palavra está dizendo
que morrem os que assim procedem, tomando o dízimo do povo, voltam a viver as
ordenanças da lei de Moisés que fora por Cristo abolida.

Diante da Palavra de Deus, até onde recebemos entendimento, dar e receber dízimo
é obra morta, ou seja, obra da justiça da Lei do Velho Testamento.

Crer e viver por essa prática é estar sem a graça de Deus, pois assim explica a
Bíblia. Estar sem a graça de Deus, é estar morto.

Certamente que, sem Cristo e, cumprindo e se justificando pela lei, qualquer homem ainda
não tem a vida eterna, tanto o que dá e, também, o que recebe o dízimo. Pois a palavra
afirma que nenhuma alma será justificada diante d’Ele pelas obras da lei (Romanos 3.20,28 –
Gálatas 2.16).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No Evangelho de Cristo, não há ordenança para se tomar o dízimo ou para se


cumprir qualquer outro rito da lei. Jesus mandou amar ao próximo e não estipulou percentual
ou limite. Em Mateus 10.42 o Senhor mandou dar pelo menos um copo de água fria. Para o
mancebo rico Ele mandou vender tudo e dar aos pobres (Mateus 19.21); e quando Zaqueu
lhe disse que daria até a metade de seus bens aos pobres, Ele não confirmou a necessidade
desse procedimento (Lucas 19.8, 9), disse apenas: Zaqueu, hoje veio salvação a esta casa.

Muitos saem em defesa do dízimo afirmando: Mas o Dízimo é bíblico (Número 18.21
a 26). Certamente, como também é bíblico: a circuncisão (Gênesis 17.23 a 27), o sacrifício
de animais em holocausto (Levíticos Capítulos do 1 até 6.8 a 13), a santificação do sábado
(Levíticos 23.3), o apedrejar adúlteros (Levíticos 20.10 e Deuteronômio 22.22), etc. É
bíblico, mas pela ordenança da lei que Moisés introduziu ao povo.

Então porque hoje não cumprem a lei na sua totalidade, ao invés de optarem
exclusivamente pelo dízimo? Querem o dízimo porque é a garantia de renda líquida e
certa todos os meses nos cofres das igrejas.

O que também é bíblico, e o homem ainda não se conscientizou, é uma grande


divisão existente na palavra, separando a Velha Aliança do Novo
Mandamento do Senhor Jesus; o qual testifica a doutrina para salvação (I Coríntios 15.1,
2). Porém hoje, qualquer esforço para voltar a lei de Moisés que Cristo desfez na cruz, é
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anular o sacrifício do cordeiro de Deus e reconstruir o muro por Ele derrubado (Efésios
2.13 a 15).

Apocalipse 5.9: Porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus
homens de todas as tribos, e línguas, e povos, e nações.

Portanto irmãos, o preço pela nossa salvação, o Senhor Jesus Cristo já pagou o mais
alto preço, com o seu sangue inocente na Cruz. O Senhor ainda alerta: Fostes comprados
por bom preço, não vos façais servos de homens (I Coríntios 7.23).

O dízimo hoje é remanescente por razões óbvias: Primeiramente, pela contribuição


dos que arcam com essa pesada carga tributária. Outra presunção vem por parte dos que são
beneficiados pelos dízimos, esses incorrem no erro pela ausência de entendimento
espiritual da palavra de Deus não diferenciando a lei de Moisés feita de ordenanças
simbólicas e rituais, com a Graça e a verdade do Senhor Jesus Cristo, ou mesmo consciente
da abolição dessa prática, assumem o risco dolosamente na desobediência à palavra do
Senhor.

Porem, seja por uma ou por outra razão, o homem querendo ou não, aceitando
ou não, o dízimo, como toda a lei cerimonial do Antigo Testamento, foi por Cristo
abolida, pelo seu sangue na cruz do Calvário: (Lucas 16.16, Romanos 10.4, Efésios
2.15, II Coríntios 3.14, Hebreus 7.12,18, 19).

Gálatas 5.14: Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amaras ao teu
próximo com a ti mesmo.

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TÍTULO XVII

COMÉRCIO NO TEMPLO, ABOMINAÇÃO AO


SENHOR
Você já comprou alguma coisa na igreja? Exemplo: CD, fita, livro, pizza, camiseta,
refrigerante, excursão, ou coisa semelhante? Hoje, é comum, alguns dirigentes de igrejas
fazendo verdadeiras promoções comerciais entre os irmãos.

Outros comercializando o dom que de graça recebeu do Senhor, fazendo negócios


dentro e fora dos templos, sem nenhum temor e respeito à divindade, contrariando a palavra
do Senhor. Verdadeiros industriais, empresários da fé, usando o sangue inocente que Cristo
derramou cruz do Calvário, que foi dado em sacrifico vivo para remissão dos nossos pecados,
como marketing de empresas. À propósito vamos conhecer melhor esta palavra:

MARKETING: Conjunto de estudos e medidas que provêem estrategicamente o


lançamento e sustentação de produto ou serviço no mercado consumidor, garantindo o bom
êxito comercial da iniciativa. É o mesmo que mercadologia.

MERCADOLOGIA: Execução das atividades de negócios que encaminham o fluxo


de mercadoria e serviços, partindo do produtor até o consumidor final.

Sabe quem é esse consumidor final? É justamente você, que compra ou colabora de
alguma forma com esse comércio que escandaliza a palavra do Senhor. Lamentavelmente o
homem dissoluto, que não teme à Deus, abre uma igreja em cada esquina, com requinte e
caráter de empresa, com um único objetivo, extorquir a fé dos que buscam servir a Deus.

Agora observem o que aconteceu quando Jesus entrou no templo e surpreendeu


alguns homens comercializando, principalmente animais que seriam usados para sacrifícios
em holocausto, conforme uso da lei de Moisés (Levíticos Cap. 1, 2, 3...).

Evangelho de João 2.13-16 relata que estava próxima a páscoa dos Judeus e Jesus
subiu a Jerusalém, e achou no templo os que vendiam bois, ovelhas, pombos, e os cambistas
assentados.

E tendo feito um açoite de cordéis, lançou todos fora do templo, também os bois e
ovelhas e espalhou o dinheiro dos cambiadores e derrubou as mesas. E disse aos que
vendiam pombos: Tirai daqui estes, e não façais da casa do meu Pai, casa de venda.

No Evangelho de Mateus 21:13, disse Jesus: Está escrito, a minha casa será
chamada casa de oração, mas vós a tendes convertidas em covil de ladrões.

O irmão pode avaliar onde muitas vezes estamos buscando as bênçãos e convictos
que estamos servindo ao Senhor? Porventura pode alguém encontrar o nosso Deus que é
íntegro, santo, puro, em covil de ladrões? Deus é conivente com a iniqüidade?

Por isso, Jesus se indignou com o comercialismo e a profanação do templo, o qual


não viu outra saída se não limpar o templo expulsando os corruptos. Suas ações foram
atemorizantes, e muitos fugiram dali por causa dela.

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Porém, as crianças, os cegos e os coxos, ficaram e Ele os curou, porque no
Evangelho de Lucas 4.15, relata que pela virtude do Espírito Santo Jesus ensinava nas
sinagogas, e anunciou:

O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres,
enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos, a dar vista
aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. Porque
Jesus veio para os doentes, buscar e salvar o que havia se perdido.

Agora meditem nos textos abaixo, o aprecie o resultado pela corrupção, quando se
usa o nome do Senhor:

O capítulo 5 de II Reis, descreve que o general Naamã sendo agraciado pela cura da
lepra, ofertou a Eliseu, profeta de Deus, grande valor de bens materiais, mas esse recusou,
apesar da insistência de Naamã com ele para que a tomasse, mas ele não aceitou.

Porem, Geazi, servo do profeta Eliseu, correu atrás de Naamã, e tomou os bens que o
seu senhor havia recusado. E como recompensa pela corrupção herdou a lepra que estava
em Naamã.

Episódio semelhante ocorreu no Novo Testamento (Atos 8.9-23), conta que em


Samaria, um certo homem chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a
arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; ao
qual todos atendiam, desde o menor até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus.

Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome
de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. E creu até o próprio Simão; e,
sendo batizado, ficou, de contínuo, com Filipe e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que
se faziam, estava atônito.

Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ouvindo que em Samaria receberam a


palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles
para que recebessem o Espírito Santo. (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas
somente eram batizados em nome do Senhor Jesus). Então, lhes impuseram as mãos, e
receberam o Espírito Santo.

E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito
Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele
sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.

Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o
dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o
teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniqüidade e ora a Deus,
para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração; pois vejo que estás em
fel de amargura e em laço de iniqüidade.

Hoje, em muitas igrejas, o comércio é escancarado, principalmente na vendagem de


livros, fitas e cds, homens enganando o seu semelhante, dizendo aos irmãos que serão
abençoados com a aquisição daquele material. Mas a palavra do Senhor diz outra coisa, ela
diz que a unção vem de Deus. Vejam:

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I João 2:26, 27: Estas coisas vos escrevi acerca dos que vos enganam. E a unção que
vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas,
como a sua unção vos ensina todas as coisas.

Evangelho de João 14.26, disse Jesus: Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que
o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto
vos tenho dito.

Portanto meu irmão, minha irmã, se você está vendendo, comprando, ou contribuindo
de alguma forma para que haja comércio de qualquer espécie na casa de oração, para
transformá-la em covil de ladrões, e for surpreendido pela presença do Espírito Santo do
Senhor, você estará praticando a iniqüidade, e, poderá também, como aqueles que
comercializavam no templo do Senhor, ser lançado fora, porque o dom de Deus não se
compra e nem se alcança com o dinheiro, mas com humildade, fé e a unção do Espírito
Santo, que vem de Deus.

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