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- A lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional – LDB (Lei nº. 9.343/96), alicerçada nos
fundamentos do ensino universitário, quais sejam, o da indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão, prevê que a educação superior tem como finalidades “[...] estimular a
criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo” e, ainda,
“[...] incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da
ciência” (art. 43, incisos I e III) (BRASIL, 1996);
- Cabe ao cientista do Direito, um papel de reflexão sobre o objeto de suas investigações, no
sentido de transformar e redefinir o papel do Direito na sociedade;
- Ciência, consciência da realidade e racionalidade crítica são hoje indispensáveis para todos
aqueles que desejam se dedicar à produção do conhecimento;
- A metodologia científica deve envolver desde as abordagens teóricas que vêm sendo
utilizadas nos trabalhos científicos – o que exigiria retorno histórico às variadas dimensões
epistemológicas sobre a ciência e sua relação com o senso comum – até as técnicas e
procedimentos utilizados na produção do conhecimento das Ciências Sociais Aplicadas e,
dentre elas, a esfera de produção do conhecimento jurídica;
- A definição mais simples de pesquisa poderia ser formulada como a procura de respostas
para perguntas ou problemas propostos que não encontram solução imediata na literatura
especializada sobre o assunto;
- Não se pretende afirmar, no entanto, que a pesquisa científica é o único caminho para a
produção de conhecimento ou de verdades;
- As investigações no campo do Direito estarão, portanto, sempre voltadas à procura de
possibilidades emancipatórias dos grupos sociais e dos indivíduos e pelo conteúdo moral
dessa emancipação.
JUS EXEGESE
Teológico Legalismo
Autoridade Interpretação
Vontade Gramatical / Histórico / Teleológico /
Sistemático (final do Séc. XIX)
Deus Vontade do Legislador
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- O seminário deve levar todos os participantes: a um contato íntimo com o texto básico; à
compreensão da mensagem central do texto; à interpretação desse conteúdo e à discussão da
problemática presente explícita ou implicitamente no texto;
- Para facilitar a participação de todos o coordenador do seminário deve fornecer um texto-
roteiro, apostilado. Neste deve constar:
- Apresentação temática do seminário;
- Breve visão do conjunto da unidade;
- Esquema geral do texto (toma a forma de um índice dos vários tópicos abordados);
- Situação da unidade estudada no texto de onde é tirada, na obra do autor, assim como no
pensamento geral do autor e no contexto histórico cultural em que o autor estudado se
encontrava;
- Elaboração dos principais conceitos, idéias e doutrinas que tenham relevância no texto;
- Roteiro de leitura com síntese dos momentos lógicos essenciais do texto. Compõem-se
fundamentalmente da exposição sintetizada do raciocínio do autor;
- A problematização que levanta questões importantes para a discussão de idéias veiculadas
pelo texto;
- Orientação bibliográfica (acrescenta informações sobre o conteúdo dos livros). Não constam
dessa bibliografia as obras de referência geral;
- Material a ser apresentado no dia da realização do seminário: um texto com suas reflexões
pessoais sobre o tema que estudou de maneira aprofundada;
- Pode-se elaborar igualmente o que se chama aqui de texto-roteiro interpretativo, como forma
alternativa para condução do seminário;
- O responsável pelo seminário dedica-se à elaboração de um texto-roteiro no qual
desenvolveu intencionalmente uma reflexão que, quanto mais pessoal for, maior contribuição
dará ao grupo;
- Os participantes devem vir literalmente municiados de compreensão e interpretação do texto
básico ou de posições definidas acerca do problema para que possam confrontar-se com o
expositor do seminário, que será, então, questionado pelo grupo;
- Geralmente nos simpósios que adotam este esquema de seminário, mas partem tão-somente
de problemas e não de textos, ocorre uma variação nesta questão de distribuição de roteiro;
- Há também um outro tipo de roteiro para se conduzir o seminário: Trata-se da criação, por
parte do coordenador, de questões formadas num contexto de problematização em que é posta
uma dificuldade que exigirá pesquisa e reflexão para que as mesmas sejam corretamente
respondidas e debatidas;
- O seminário não se reduz a uma aula expositiva apresentada por um colega e comentada
pelo professor – é um círculo de debates para o qual todos devem estar suficientemente
equipados;
- A ideia de método surge com a modernidade com a necessidade de um método que leve à
verdade. Assim, a verdade se desvincula da autoridade (o discurso da verdade, o fundamento,
independe de quem e sim do método);
- Para o Direito a validade de uma norma independe da autoridade e depende, isso sim, da
verdade;
- No Direito não se busca uma verdade ontológica (fruto do ser, da transcendência) e sim uma
verdade metodológica (âmbito do dever ser, anteriormente era o âmbito do ser);
- Método da Lógica Formal;
- Os cientistas se distanciam do senso comum das autoridades, dos valores que estas pregam;
- O raciocínio metodológico exige um raciocínio lógico (tudo o que for dito deve voltar o
contrário);
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- Ao fim do século XVIII, houve a necessidade de que a sociedade também fosse crivo da
ciência, entretanto não havia ciência social;
- Discussão acerca dos métodos que buscam a neutralidade;
- O Direito positivo surge junto com o Estado Moderno, enquanto as autoridades e legisladores
determinam as leis (os valores);
- Vale, então, a vontade do legislador – Método – Interpretação Gramatical;
- Para Hans Kelsen não se deve contar com a vontade do legislador, porque esse sistema
democrático é plural e a vontade do legislador é uma;
- Busca do estabelecimento do método – exatidão;
- O método tem como objetivo principal o controle do discurso, dos valores, do campo
ideológico;
- Discursibilidade – Demarcação científica;
- Se dizia que a verdade era filha do método. Entretanto, isto não é válido pois se pode
estabelecer outros métodos, chegando-se a uma conclusão possível, levando à crise do
sistema metodológico ao positivismo metodológico;
- O cientista não pode deixar lacunas no caminho (este é o objetivo do método). A ciência
sonha prever o que irá acontecer;
- Crítica atual: Não existe o caminho, é uma criação do cientista;
- Método – Prever regularidades para se evitar certos acontecimentos. O futuro vai repetir o
passado – não é uma verdade, só um pressuposto lógico que vem se mostrando não válido;
- Trabalhar incluindo o Direito às Ciências Sociais Aplicadas;
- Se no Brasil não se ligar o Direito Social às ciências sociais aplicadas, o Direito será somente
baseado no discurso moral (cristão), o que se objetiva não fazer, ele não pode só ser
subdiscurso de uma filosofia. O objetivo é que o Direito seja uma ciência, um discurso
discutível, que não se tenha uma postura dogmática;
- O conhecimento vem “de dentro para fora”.
- Pesquisa em Direito;
- Concepção tradicional de pesquisa:
a) Critérios lógico-formais: Dogmáticos, Quantitativos e Estatísticos;
b) Unidisciplinaridade;
c) Método Dedutivo-Demonstrativo;
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Estado do Bem-Estar
Social
Neoliberalismo
Desestímulo da Desvalorização da
Pesquisa Pesquisa
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RETÓRICA
ARGUMENTOS
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- Emancipação e Regulação;
- Comunidade / Estado / Mercado;
- Intervenção e Conseqüências da Intervenção;
- Intervenção e Pretensão;
- Conhecimento Prudente para uma vida decente.
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OPÇÃO METODOLÓGICA
1 – Linhas metodológicas
- Tecnologia Social;
- Sentido jurisprudencial;
- Crítico Metodológico.
2 – Vertentes
- Dogmático-jurídico (Estado/Direito) Campo Empírico, Decisões Judiciais;
- Sociológico-jurídico (Direito/Sociedade);
- Jurídico-teórico.
3 – Tipos de pesquisa em Direito
- Histórico-jurídica;
- Jurídica Exploratória (não precisa necessariamente de hipótese);
- Jurídico Comparativa (pode comparar com o próprio ou com outros países);
- Jurídico Descritiva;
- Projetiva;
- Propositiva.
Modelos
- Analítico;
- Hermenêutico;
- Argumentativo;
- Empírico.
Tipos de Pesquisa
1 – Básica;
2 – Aplicada;
3 – Intervenção.
Técnicas e Procedimentos de Pesquisa:
PESQUISA TEÓRICA – Fonte indireta; campo empírico; dados secundários;
PESQUISA DE CAMPO – Fonte direta; campo empírico; dados primários.