Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
7.1 - Introdução
A análise da vibração consiste em identificar características do sinal vibratório que possam ser utilizadas para
conhecimento das características do sistema. A análise direta da vibração no tempo, normalmente, não apresenta muita
informação útil. É necessária que ela seja processada adequadamente para que as suas características sejam identificadas. A
resposta em frequência (conseguida através da transformada de Fourier) mostra as frequências em que a energia vibratória
se concentra. A Fig. 7.1a mostra um registro no tempo de uma medição realizada em um rotor vertical. O sinal tem
características de difícil interpretação. O espectro em frequência mostrado na Fig. 7.1b, entretanto, apresenta uma clara
predominância de uma determinada frequência em relação às demais. Isto pode ser utilizado para identificar a causa da
vibração, por exemplo: a velocidade de rotação do rotor é igual à frequência predominante).
Amplitude (mm)
0.0008 0.04
0.0004 0.03
0 0.02
-0.0004 0.01
-0.0008 0
0.1
0.2
0.3
0.4
0.5
0.6
0.7
0.8
0.9
1.1
0
10
20
29
39
49
59
68
78
88
98
0
(a) (b)
Figura 7.1 - Registro da vibração e espectro (Transformada de Fourier).
Uma das possíveis aplicações está no diagnóstico de problemas em máquinas. Uma vez identificado um nível
vibratório alto, o principal problema é identificar a origem da vibração. Isto é feito, normalmente utilizando-se um processo
de eliminação de causas. A maior amplitude de vibração está normalmente próxima à parte da máquina onde se localiza o
problema. Se um estudo inicial nas medições revela que amplitudes dominantes ocorrem em uma determinada frequência, é
provável que o problema esteja ocorrendo na região da máquina em que algum elemento opera com esta determinada
frequência e as amplitudes medidas são maiores. A análise da vibração é o processo em que são identificados as causas da
vibração através da medição adequada dos níveis vibratórios.
tempo e não é usado com freqüência. Entretanto, em situações em que se espera que ocorram poucas
freqüências dominantes, o método é bastante útil.
b) Excitação de regime quase-permanente
Este método envolve uma pequena varredura em freqüência e se tornou popular por causa da disponibilidade
de equipamento de análise da função transferência. Uma força senoidal é varrida através da faixa de
freqüência de interesse em uma taxa suficientemente lenta de forma a permitir a medição da resposta do
sistema em todas as freqüências.
c) Excitação transiente
Neste método, a função de resposta em freqüência é calculada por transformadas de Fourier dos registros
temporais da excitação e da resposta. Computadores digitais e analisadores em tempo real permitem o cálculo
on-line da resposta do sistema.
d) Excitação aleatória contínua
Este método é bastante utilizado por simular melhor o ambiente real. Na excitação harmônica somente uma
única ressonância será excitada por vez e não serão detectadas as interações entre as ressonâncias. A excitação
aleatória, por sua vez, atua em todas as ressonâncias ao mesmo tempo.
7.2.2 - Representação dos Dados de Resposta em Freqüência
Os dados da resposta em freqüência podem ser representados para obter gráficos de:
a) Módulo e ângulo de fase em função da freqüência;
b) Componentes real e imaginária da resposta em função da freqüência, e
c) Diagrama vetorial da componente real versus a componente imaginária da resposta.
Como o método do modo normal permite a representação de um sistema de n graus de liberdade como n sistemas
simples de um grau de liberdade, pode-se considerar o sistema de um grau de liberdade mostrado na Figura 7.2.
k c
F(t)= F0eiw t
Figura 7.2 - Sistema de um grau de liberdade.
A equação do movimento do sistema quando submetido à excitação harmônica F(t) = F0eiwt, é dada por
m&x& + cx& + kx = F0 e iωt (7.1)
onde X , X e X são o módulo, parte real e pare imaginária da resposta, respectivamente, dados por
M R I
F0 1− r 2
XR = (7.5)
(1 − r 2 ) + (2ζr )
2
k 2
F0 − 2ζr
XI = (7.6)
k (1 − r 2 ) + (2ζr )2
2
F0 1
XM = X R2 + X I2 = (7.7)
k (1 − r ) + (2ζr )
2 2
2
X
são as freqüências em que a amplitude é M r (pontos de meia potência) onde X é a amplitude de ressonância (valor de
Mr
2
X quando r = 1), o fator de amortecimento pode ser encontrado como (ver seção 3.4.2):
M
ω 22 − ω12 ω 2 − ω1
ζ ≅ ≅ (7.9)
4ω n2 2ω n
XM φ
XMr 180o
XMr/20.5
90o
F0/k
ω 0o ω
ω1 ω n ω2 ωn
(a) (b)
Figura 7.3 - Gráficos de módulo e ângulo de fase.
Em testes experimentais, a freqüência correspondente à amplitude de pico é identificada como ω . A amplitude de
n
pico (X ) resulta
Mr
1 F0
X Mr = (7.10)
2ζ k
131
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
A identificação dos pontos de meia potência permite o uso da equação 7.9. As equações 7.9 e 7.10, junto com a
relação ω n = k , produzem os valores de m, k, e c do sistema.
m
7.2.2.2 - Gráficos das Componentes Real e Imaginária da Resposta
As variações de X e X em função da freqüência, dadas pelas equações 7.5 e 7.6, são mostradas nas figuras 7.4a e
R I
7.4b. A ressonância pode ser identificada como o valor de w para o qual X é igual a zero ou X é máximo. Os pontos de
R I
meia potência correspondem a X R max e, portanto, a equação 7.9 pode ser usada.
XR XI
F0 1 B
k 4ζ
F0 1 ω1 ωn ω2
0 ω
k 1 + (2ζ )
2
ω2 F0 1
A ω −
0 ω1 ω n k 4ζ
C
B
F0 1 F0 1
− −
k 4ζ C
k 2ζ A
XI
ω = 00 ω = 0
XR
−φ
XM
F0 1
ω2,C B,ω1
k 2ζ
ω
ωn A
132
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
conjunto de causas mais freqüentes. A Tab. 7.1 mostra uma relação de algumas causas freqüentes (seria impossível
relacionar todas as causas possíveis) e a características principais no domínio da freqüência. A experiência pessoal será
fundamental para o analista anexar a esta lista novas causas e características às que estão aqui apresentadas. Uma boa
revisão do tema é encontrada no artigo "The Current State of Vibroacoustical Machine Diagnostics" de Natalia A. Barkova,
Vibroacoustical Systems and Technologies (VAST, Inc.) , São Petersburgo, Rússia, cuja cópia encontra-se publicada no
Anexo 7.1.
7.3.1 - Desbalanceamento
O desbalanceamento é uma das causas mais comuns de vibrações em máquinas. Na maioria das vezes as principais
características da vibração medida são:
1 - A frequência da vibração coincide com a rotação do elemento desbalanceado.
2 - A amplitude é proporcional à quantidade do desbalanceamento (tende sempre a crescer com o passar do
tempo).
3 - A amplitude de vibração é normalmente maior nas direções radiais (transversais ao eixo de rotação).
4 - As leituras de fase permanecem estáveis.
5 - A fase muda 90o quando o sensor é deslocado 90o.
Estes cinco sinais de desbalanceamento são boas pistas que devem ser consideradas com cuidado e bom senso. O
balanceamento não é a única causa de vibrações que ocorrem na frequência de rotação. Um outro ponto a considerar é que
o desbalanceamento em rotores verticais (turbinas hidráulicas, por exemplo) freqüentemente apresenta grandes amplitudes
também na direção axial. Outras máquinas (turbinas a vapor e a gás, compressores rotativos, por exemplo) também podem
apresentar grandes amplitudes axiais quando desbalanceamento devido a reações por impulsos. Portanto não se pode
eliminar o desbalanceamento como uma possível causa de vibrações quando ocorre vibração axial.
7.3.2 - Desalinhamento e Empenamento.
O desalinhamento é quase tão comum como o desbalanceamento. Apesar do uso de mancais auto-compesadores ou
acoplamentos flexíveis é muito difícil alinhar dois eixos e seus mancais de forma que não atuem forças que causem
vibrações. Existem três tipos básicos de desalinhamento: paralelo, angular e combinado. O eixo empenado (fletido) vibra
com características semelhantes ao desalinhamento angular, de forma que também está incluído nesta seção.
Na maioria das vezes, a análise de vibração originada por desalinhamento ou empenamento apresenta:
1. A frequência da vibração é normalmente 1X RPM. Se o desalinhamento for severo surgem também em 2X
RPM e 3X RPM.
2. A amplitude é proporcional à quantidade de desalinhamento.
Causa Amplitude Freqüência Fase Considerações
Desbalanceamento Proporcional ao 1X RPM Referência simples. Causa mais comum
desbalanceamento. Marca estável e de vibrações.
Maior na direção repetitiva.
radial.
Desalinhamento ou Maior na direção 1X RPM normal Referência simples, Melhor identificada
empenamento axial (50% acima da 2X RPM algumas dupla ou tripla. pela grande
radial). vezes amplitude axial.
Mancais excêntricos Normalmente não 1X RPM Marca simples. Se em engrenagens, a
muito grande. maior vibração
ocorre na linha de
centros das
engrenagens.
Se em motores ou
geradores,
desaparece quando a
potência é desligada.
Se em bombas ou
ventiladores, tente
balancear.
Mancais anti-fricção Inconstante - medir Muito alta - várias Marcas múltiplas O mancal
em mau estado. velocidade e vezes a RPM erráticas. responsável é o que
aceleração. está mais próximo da
maior vibração de
alta freqüência.
133
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
Engrenagens com Baixa - medir Muito alta - número Errática - marcas Recomenda-se a
defeito ou ruído. velocidade e de dentes X RPM múltiplas. análise de
aceleração. frequências de ordem
alta.
Elementos mecânicos Errática algumas 2X RPM Duas marcas Normalmente
soltos. vezes. levemente erráticas. acompanhado de
desbalanceamento
e/ou desalinhamento.
Correias em mau Errática ou pulsante. 1,2,3,4X RPM da Uma ou duas marcas, Lâmpada
estado. correia. dependendo da estroboscópica é a
frequência. melhor ferramenta
Normalmente para congelar a
inconstante. correia com
problema.
Elétrica. Desaparece quando a 1X RPM ou 1,2X a Marcas simples ou Se a vibração
potência é desligada. frequência síncrona duplas rotativas. desaparece
(da rede, aqui 60 Hz). instantaneamente
quando a máquina é
desligada a causa é
elétrica. Problemas
mecânicos e elétricos
produzem
batimentos.
Forças aerodinâmicas Pode ser grande na 1X RPM ou Marcas múltiplas Rara causa de
ou hidráulicas. direção axial. no de pás X RPM problemas exceto
quando ocorre
ressonância.
Forças alternativas. Maior em linha com 1,2 ou mais X RPM Marcar múltiplas. Em máquinas
o movimento. alternativas só pode
ser reduzida por
alteração de projeto
ou isolamento.
Tabela 7.1 - Principais causas e características da vibração.
3. A amplitude de vibração pode ser alta na direção axial bem como na radial. O desalinhamento, mesmo com
acoplamentos flexíveis, produz forças axiais e radiais que, por sua vez produzem vibrações radiais e axiais.
Sempre que a amplitude da vibração axial for maior que a metade da maior amplitude radial, deve-se suspeitar
de desalinhamento ou empenamento.
4. As leituras de fase são instáveis.
Desalinhamento Angular - o desalinhamento angular, indicado na Fig. 7.6, submete os eixos a vibração axial na
frequência 1X RPM.
134
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
Movimento
lateral
135
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
7.3.3 - Excentricidade
A excentricidade é outra causa comum de vibrações em máquinas rotativas. O significado de excentricidade aqui é
diferente do desbalanceamento. Aqui o centro de rotação difere do centro geométrico, mesmo com a peça balanceada. A
Fig. 7.12 ilustra alguns tipos comuns de excentricidade.
engrenagens excêntricas da Fig. 7.12(d) a maior amplitude de vibração ocorre na direção da linha de centros das
engrenagens na frequência 1X RPM da engrenagem excêntrica. Em todos os casos os sintomas são os mesmos do
desbalanceamento. Uma forma de diferenciar desbalanceamento de excentricidade neste tipo de motor é medir a amplitude
de vibração do motor quando em funcionamento normal. A seguir desliga-se o mesmo e observa-se a mudança da
amplitude de vibração: se a amplitude decresce gradualmente o problema deve ser desbalanceamento; se a amplitude
desaparece imediatamente, o problema é causado pela armadura excêntrica.
Rotores excêntricos de ventiladores, bombas e compressores também podem gerar forças vibratórias. Nesses
casos, as forças resultam da atuação desigual de força aerodinâmicas e hidráulicas sobre o rotor. Os sintomas também são
os mesmos do desbalanceamento. Não há forma de distinguir. O procedimento é realizar o balanceamento e, se as
amplitudes não forem reduzidas significativamente, inspecionar a máquina na busca de desgastes, danos ou excentricidade
nos mancais.
7.3.4 - Mancais de rolamento defeituosos
Defeitos em guias, esferas ou roletes em mancais de rolamento causam vibrações de alta frequência. Nestes casos,
a frequência não é, necessariamente, um múltiplo inteiro da velocidade de rotação do eixo. Possíveis movimentos de
roçamento ou deslizamento de esferas ou roletes podem gerar frequências mais diretamente relacionadas com os processos
de roçamentos ou impactos. Normalmente as amplitudes de vibração dependem da extensão do problema existente, mas os
possíveis impactos podem excitar também frequências naturais, o que deve ser adequadamente verificado. As altas
frequências naturais, normalmente excitadas nestes casos, estão associadas a componentes estruturais da máquina, e
ocorrem, tipicamente, acima de 166 Hz (10000 CPM). Em alguns casos, podem ser geradas vibrações em frequências
naturais associadas à geometria dos mancais.
A Fig. 7.13 mostra o resultado de uma análise realizada em uma máquina com mancais de rolamento defeituosos.
São observadas várias vibrações em altas frequências (faixa acima de 20000 CPM ou 333 Hz, com a máquina operando em
1800 CPM ou 30 Hz). Estas vibrações são resultado da excitação de frequências naturais do mancal ou outras partes
estruturais associadas. Um outro detalhe é que, normalmente, as vibrações nos mancais não são transmitidas a outros pontos
da máquina, de forma que os sinais estarão presentes apenas em medições realizadas próximas ao mancal defeituoso.
137
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
apresenta sintomas de que existem problemas nos mancais, não se deve eliminar a possibilidade de que a causa primária da
vibração seja outra. A Tabela 7.2 apresenta as principais causas de falhas em mancais de rolamento.
CARGA EXCESSIVA
DESALINHAMENTO
ALOJAMENTOS DE EIXOS DEFEITUOSOS
MONTAGEM DEFEITUOSA
AJUSTE IMPRÓPRIO
LUBRIFICAÇÃO IMPRÓPRIA OU INADEQUADA
SELAGEM POBRE
ENDURECIMENTO IRREGULAR
CORRENTE ELÉTRICA
Tabela 7.2 - Causas comuns de falhas em rolamentos.
Figura 7.14 - Mancal de deslizamento com precessão com lubrificação (oil whirl).
O mecanismo da precessão é ilustrado na Fig. 7.14. Sob condições normais de operação, o eixo se elevará
ligeiramente pela lateral do mancal. Esta elevação depende da velocidade de rotação, peso do rotor e pressão do óleo. O
eixo, desta forma, opera em uma posição excêntrica em relação ao centro do mancal e arrasta o óleo formando uma espécie
de cunha líquida pressurizada do outro lado. Se esta excentricidade é momentaneamente aumentada devido, por exemplo, a
uma onda repentina, uma carga de impacto externa, ou outra condição transitória, uma quantidade adicional de óleo é
imediatamente bombeada no espaço deixado vago pelo eixo. O resultado é um aumento na pressão do filme de óleo em
138
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
contato com o eixo. A força adicional desenvolvida pode produzir um movimento circular do eixo no interior do mancal. Se
o amortecimento do sistema for suficientemente grande o eixo retorna à sua posição de equilíbrio no mancal; se o
amortecimento for baixo, o eixo continua com este movimento de precessão (whirl) . A vibração resultante é
freqüentemente muito severa, mas facilmente reconhecida por sua frequência incomum. Esta frequência é levemente menor
que a metade da velocidade de rotação do eixo (geralmente 46% a 48%). A Fig. 7.15 apresenta uma análise de uma
máquina com sintomas de oil whirl.
139
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
(a) Mancal ranhurado axialmente (b) Mancal lobado (c) Mancal segmentado
Figura 7.16 - Mancais projetados para reduzir a possibilidade de whirl.
Uma máquina que é normalmente estável pode exibir sinais de vibração por oil whirl e, algumas vezes, esta
condição ocorre intermitentemente. Neste caso o problema não está relacionado com o mancal de deslizamento mas com
forças externas que, coincidentemente, estão na mesma frequência do oil whirl do mancal. Existem duas fontes comuns de
vibração que podem excitar oil whirl em um mancal de deslizamento: vibração transmitida pelo maquinário que opera na
vizinhança e vibração proveniente de outros elementos da própria máquina.
Precessão histerética
Um rotor que opera acima de velocidades críticas tende a se fletir em sentido oposto ao desbalanceamento. O atrito
interno, ou histerético, tende a restringir esta deflexão. Quando, entretanto, as forças de amortecimento estão em
coincidência de fase com a deflexão, o efeito é contrário, agindo no sento de aumentar a mesma. É uma vibração similar ao
oil whirl, ocorrendo em uma frequência diferente, normalmente quando o rotor está operando entre a primeira e segunda
velocidades críticas. Nesta condição a frequência da precessão histerética é igual à primeira frequência natural (primeira
velocidade crítica) do rotor (raramente ocorre na mesma frequência do oil whirl). Quando o rotor está operando acima da
segunda velocidade crítica os sintomas são iguais ao do oil whirl. A precessão histerética, é normalmente controlada pelo
amortecimento próprio dos mancais de deslizamento (que é normalmente alto). Quando este problema ocorre a solução
usual é aumentar o amortecimento do mancal ou da estrutura, através, por exemplo, da instalação de mancais segmentados
ou outros especialmente projetados. Em alguns casos o problema pode ser solucionado reduzindo o amortecimento do rotor,
o que pode ser feito, por exemplo, substituindo um acoplamento por engrenagens por um acoplamento flexível.
Lubrificação inadequada
Problemas como insuficiência de lubrificação ou uso de lubrificante inadequado, podem causar vibração em
mancais de deslizamento. Nestes casos, a lubrificação inadequada causa atrito excessivo entre o mancal estacionário e o
eixo rotativo, e o atrito excita uma vibração no mancal ou partes a ele relacionadas (dry whip). A frequência da vibração,
neste caso, é normalmente muito alta, produzindo ruído agudo (guinchos), e não tem relação com a velocidade de rotação
do rotor. Quando há suspeita sobre a existência de dry whip deve-se verificar a lubrificação do mancal e se a folga está
correta (tanto folga excessiva como insuficiente pode causar dry whip).
7.2.6 - Elementos mecânicos soltos
para cima e o mancal é elevado do pedestal. Quando a parte mais pesada do rotor está na lateral do mancal o mesmo cai
sobre o pedestal . Este processo resulta que a força atua de duas formas distintas sobre o mancal, durante uma revolução do
rotor: o rotor é inicialmente levantado e a seguir cai sobre o pedestal. A Fig. 7.18 mostra um registro possível para esta
força. Caracteriza-se aqui uma força periódica com comportamento não harmônico o que implica na presença de
frequências harmônicas, com predominância da segunda harmônica (igual ao dobro da frequência de operação).
Frequência
de operação
• nós laterais,
• partes de material arrancado,
• deformações originadas no empacotamento ou armazenagem que podem causar altas amplitudes de vibrações
em equipamentos leves até que a correia se torne mais flexível e assuma a sua forma original
• pequenas variações na largura de correias em V que podem faze-la pular nas guias das polias, causando
vibrações devidas a variações na tensão da correia.
O deslizamento de correias (“correia patinando”) é causado por tensão imprópria, desalinhamento de polias,
correia inadequada para a utilização ou carga excessiva. O deslizamento produz algumas vezes vibrações de alta frequência
e ruído característico (silvo ou grunhido). As vibrações causadas por deslizamento resultam freqüentemente em amplitudes
instáveis. Isto é particularmente verdadeiro em correias múltiplas onde as correias podem deslizar em diferentes graus,
algumas vezes somando-se as amplitudes e outras subtraindo-se resultando em uma amplitude de vibração que aumenta e
diminui ciclicamente. A extensão do deslizamento de correias múltiplas pode ser determinada com o auxílio de uma luz
estroboscópica. Deve-se desligar a máquina e desenhar uma linha reta transversalmente às correias (com um pedaço de giz).
A seguir faz-se a máquina operar em sua velocidade nominal, regular o analisador na frequência de rotação da correia e
observar se as marcas se deslocam relativamente através da luz estroboscópica. Em caso positivo, ocorre deslizamento.
7.3.8 - Vibrações em Engrenagens
Normalmente, as vibrações originadas por problemas em engrenagens são fáceis de ser identificadas por ocorrerem
em uma frequência alta, igual à frequência de rotação da engrenagem multiplicada pelo seu número de dentes(frequência de
engrenamento). O espectro mostrado na Fig. 7.19 é obtido de medições realizadas no mancal C, junto à caixa de
engrenagens (redutor) de um sistema constituído por uma turbina, um redutor e um ventilador. Observa-se um pico
considerável (predominante nas direções horizontal e axial) em uma frequência de 134400 rpm (2240 Hz) que é exatamente
igual ao produto do número de dentes do pinhão (32) pela sua frequência de rotação que é a mesma da turbina (4200 rpm
ou 70 Hz). Alguns problemas comuns que apresentam estas características são:
• desgaste excessivo,
• imperfeições nos dentes,
• lubrificação deficiente, e
• impurezas incrustadas nos dentes.
142
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
Outras fontes de problemas em máquinas (desalinhamentos, eixos empenados) podem também originar vibrações
na frequência de engrenamento. As excentricidades, os desbalanceamentos e os eixos empenados também podem causar
vibrações em sub-múltiplos da frequência de engrenamento. A Fig. 7.20 mostra dados de medições efetuadas em um
conjunto motor, redutor e compressor. As amplitudes em alta frequência são predominantes, indicando problemas nas
engrenagens (posições C, D, E e F). Deve-se, entretanto, observar que as amplitudes de vibração axial medidas na
frequência de rotação do motor (posições A, B, C e D) também apresentam valores elevados. Isto sugere que o
desalinhamento, mais que qualquer problema nas engrenagens, seja a causa principal das vibrações. Deve-se, então, corrigir
o desalinhamento e se realizar novas medições. São boas as chances de que as amplitudes na frequência de engrenamento
desapareçam.
comparando a vibração resultante com a que seria gerada por um desbalanceamento. Se existirem mais de um dente
danificados a frequência será multiplicada pelo número destes.
Quando um trem de engrenagens opera com condição de carga muito leve as vibrações podem apresentar
amplitudes e frequências erráticas. Esta condição de operação pode ocasionar impactos entre as diversas engrenagens de
forma desordenada. Os impactos excitam as frequências naturais das engrenagens, mancais e componentes a eles ligados.
Este tipo de problema pode ser distinguido de um problema em um mancal, por exemplo, observando-se que as amplitudes
originadas pelo problema do mancal são muito maiores próximas ao próprio mancal, enquanto que as originadas por
engrenagens são detectadas em dois ou mais pontos da máquina.
As engrenagens também podem apresentar problemas comuns a outras partes da máquina como desbalanceamento
ou montagem excêntrica, por exemplo, apresentando, nestes casos, vibrações com estas características.
Em virtude das vibrações de alta freqüência, as engrenagens são uma fonte comum de ruído nas máquinas de
forma que a correção dos problemas associados a elas reduz significativamente o nível de ruído existente.
7.3.9 – Vibrações devido a falhas elétricas
As vibrações causadas por falhas elétricas ocorrem em sistemas que possuem máquinas elétricas (motores,
geradores, alternadores, etc.) e são causadas normalmente por forças magnéticas desequilibradas atuantes em rotores ou
estatores. Algumas causas comuns destas forças são:
• rotor não redondo;
• armaduras excêntricas;
• rotor e estator desalinhados;
• estator elíptico;
• circuito aberto ou curto circuito;
• problemas no enrolamento do rotor.
Os problemas elétricos geralmente apresentam vibrações na freqüência de rotação, o que torna difícil a distinção
de outras fontes como desbalanceamento. Uma maneira de se verificar se a vibração é causada por problema elétrico é
desligar a energia elétrica durante a medição da amplitude de vibração e verificar se a mesma desaparece ou diminui
significativamente rapidamente. Em caso positivo a causa é certamente elétrica. Se a diminuição da amplitude for lenta e
acompanhar a queda na freqüência de rotação, então a causa é de natureza mecânica. Uma outra característica deste tipo de
problema é que os níveis vibratórios dependem da carga. Muitas vezes, motores elétricos são testados em vazio e não
apresentam amplitudes de vibração elevadas e quando em operação com carga vibram violentamente, evidenciando
problemas elétricos.
Em motores de indução podem ocorrer vibrações na freqüência de deslizamento que é igual à diferença entre a
freqüência de rotação do rotor e a freqüência elétrica (do campo magnético rotativo) chamada de síncrona que é sempre
igual à freqüência da linha de corrente alternada (freqüência da rede, 60 Hz). Neste caso a amplitude da vibração é pulsante.
O fenômeno do batimento se intensifica quando ocorre um problema mecânico associado (como o desbalanceamento) e a
pulsação da amplitude se torna regular, especialmente quando as duas freqüências são relativamente próximas.
Os motores elétricos também podem apresentar vibrações devido a pulsos de torque gerados quando o campo
magnético do motor energiza os polos do estator. A freqüência associada é igual ao dobro da freqüência da linha de
corrente alternada. Os pulsos de torque são raramente problemáticos exceto quando são exigidos níveis de vibração
extremamente baixos ou os pulsos excitam ressonâncias em outras partes da máquina.
7.3.10 – Vibrações devido a forças aerodinâmicas e hidráulicas
Máquinas que operam com fluidos como ar, água, óleo ou gases podem apresentar vibrações originadas pela
interação entre elementos sólidos móveis (pás) e fluidos. Isto acontece freqüentemente em bombas, ventoinhas e similares.
As vibrações geradas ocorrem em freqüências altas (número de pás vezes a freqüência de rotação). As causas da vibração
são forças hidráulicas que normalmente são pequenas mas se tornam importantes quando excitam alguma ressonância na
máquina. A Fig. 7.22 mostra o resultado de uma medição efetuada em uma bomba vibrando em 21600 cpm (360 Hz) com
um propulsor de seis pás girando a 3600 rpm (60 Hz).
144
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
mostra um espectro de uma vibração gerada por cavitação. Pode-se observar uma vibração de regime permanente em 3600
rpm (60 Hz), indicando, possivelmente, um pequeno desbalanceamento ou desalinhamento no motor. Existe, entretanto,
uma vibração aleatória (banda larga) entre 30000 cpm e 100000 cpm (500 Hz e 1667 Hz) indicando problemas de
associados com fluxo hidráulico e aerodinâmico.
7.3.11 – Vibrações devido a forças alternativas
Em máquinas alternativas (compressores, bombas alternativas, motores a combustão) ocorrem vibrações
resultantes do movimento alternativo. Estas vibrações são causadas pelas variações de torque em virtude da variação de
pressão no cilindro e pelas forças de inércia das partes que se encontram em movimento alternativo. Estas vibrações são
normalmente complexas pois várias freqüências estão envolvidas embora, geralmente, as freqüências predominantes são
iguais a uma e duas vezes a freqüência de rotação. Freqüências de ordem mais alta também são encontradas dependendo do
número de pistões e de seu relacionamento. Por exemplo, em um motor a quatro tempos de quatro cilindros, ocorrem duas
explosões a cada volta da árvore de manivelas (virabrequim). Isto resulta em uma vibração em uma freqüência igual a duas
vezes a freqüência de rotação do virabrequim. Por outro lado, se o mesmo motor possuísse seis ou outro cilindros o número
de explosões seria de três e quatro por volta com surgimento de freqüências iguais a três e quatro vezes a freqüência de
rotação respectivamente. A Fig. 7.24 mostra as várias freqüência harmonicamente relacionadas reveladas pela análise de um
compressor de quatro cilindros em V. Geralmente, estas freqüências de ordem mais alta são inerentes ao funcionamento da
máquina e só se tornam importantes se excitarem alguma freqüência natural da mesma induzindo uma condição de
ressonância.
Os problemas de vibração excessiva em máquinas alternativas podem ser originados por problemas mecânicos
(desbalanceamento, desalinhamento, empenamento de eixos, folgas, peças soltas, falhas em mancais, etc.) ou operacionais
(lubrificação inadequada ou ineficiente, vazamentos em válvulas, problemas de ignição ou injeção, etc.). A solução destes
problemas exige uma inspeção completa na máquina acompanhada de uma análise da vibração. Existem várias formas de
identificar problemas mecânicos e operacionais. Por exemplo, falhas de ignição causam um significativo decréscimo de
eficiência na máquina acompanhado de forte vibração. O desbalanceamento, entretanto, praticamente não influencia no
rendimento da máquina. Problemas operacionais possuem a tendência a gerar forças alternativas desiguais nas diferentes
direções de medição. Deve ocorrer uma amplitude bem maior na direção (ou paralela a) do movimento alternativo. Já o
desbalanceamento ou o desalinhamento apresentam amplitudes semelhantes em duas direções radiais.
níveis constantes de amplitude e fase; após diminuir a sua velocidade de rotação para 1800 rpm por um curto tempo, e
retornando a operar a 3600 rpm, a mesma máquina apresentou amplitude e fase completamente diferentes das anteriores.
Isto sugere que o ponto em que está acontecendo o roçamento está se movendo quando se varia a velocidade de rotação.
O roçamento é, normalmente o resultado de um eixo empenado ou partes quebradas ou avariadas que podem ser
detectados por procedimentos já descritos.
147
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
com os componentes de magnitude e fase da resposta em freqüência de o alto-falante um alto-falante usando a placa de som
do computador para entrada de dados.
b) Instrumentos
A maior parte dos analisadores espectrais fabricados atualmente se destinam principalmente a aplicações
eletrônicas e em telecomunicações. Poucos são os que permitem análise em baixas freqüências, características das
aplicações em engenharia mecânica. Dentre estes poucos, um exemplo é o SPS390 (Figura 7.26), instrumento
especialmente projetado para cobrir uma ampla faixa de aplicação que vai desde a análise de problemas em máquinas até
medições eletrônicas. Sua faixa de operação vai de DC até 100 kHz não sendo aplicado em telecomunicações.
148
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
a) Seu corpo funcional é constituído por pessoal altamente qualificado, muitas vezes pesquisadores ou
professores universitários com sólida formação e grande experiência.
b) Dispõem de uma instrumentação capaz de realizar uma grande variedade de medições e, também de algumas
variáveis (pressão, temperatura) cuja medição auxilia na interpretação dos sinais vibratórios.
c) Desenvolvem um software que analisa os sinais vibratórios (e outros), produzindo informações que, muitas
vezes, são introduzidas em modelos matemáticos que determinam características do equipamento analisado e
simulam seu funcionamento sob determinadas condições pré-estabelecidas permitindo uma ampla análise de
problemas e suas possíveis soluções.
A seguir, são apresentadas algumas destas organizações, com um pequeno resumo de seus serviços e produtos
baseados em informações obtidas na Internet.
7.4.2.1. LDV - Vibrometria a Laser
O VPI 4000 (Vibration Pattern Imaging) da Ometron (empresa norte-americana) é um sistema que combina um
vibrômetro a laser (efeito Doppler) com um software em MS Windows realizando medição e análise de vibrações. A Figura
7.27 mostra o sistema com sensor e hardware, enquanto a Tabela 7.3 apresenta as características técnicas do sistema.
A luz recombinada é dividida em dois canais de detecção independentes configurados de forma que os dois sinais
obtidos apresentam uma diferença de fase de +/- 90o, dependendo do movimento da superfície. É realizada uma mixagem
eletrônica destes sinais com uma freqüência portadora, gerando um único sinal com freqüência Doppler defasada que é,
então, convertido em uma voltagem analógica diretamente proporcional à velocidade instantânea da superfície em
movimento.
A principal vantagem da medição ótica é que ela é realizada sem contato, eliminando a influência que os
transdutores anexados à estrutura vibratória produzem na própria vibração medida. As formas vibratórias podem ser
facilmente observadas nas medições realizadas com efeito Doppler. A Figura 7.28 apresenta um exemplo de uma medição
realizada evidenciando-se os níveis de vibrações com cores diferentes. Sendo de baixa potência, não apresentam qualquer
risco ao operador.
149
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
1) Indústria Automotiva
LDVs (Laser Doppler Vibrometry) tem sido uma técnica que vem substituindo as tradicionais técnicas de teste na
indústria automotiva (acelerômetros , microfones e sensores de proximidade). Os microfones são limitados pela pouca
resolução espacial e necessidade de um ambiente anecóico (sem reflexão de som). Os sensores de proximidade são de
montagem demorada, difíceis de calibrar e as medições são facilmente perturbadas por movimentos na base do
instrumento. Os acelerômetros são de montagem tediosa e demorada, são caros e uma vez montados possuem a
tendência de alterar as características da vibração medida em função de sua própria massa. Os LDVs, por sua vez,
podem ser montados rapidamente e requerem uma preparação mínima da parte a ser medida. São rápidos, eficientes e
ser custo é compensador pois substituem vários acelerômetros, por exemplo. Podem ser usados como um simples
transdutor sem contato ou como uma parte de um sistema de análise modal completo. Uma vantagem adicional é que
podem investigar painéis e componentes inacessíveis a outras técnicas.
Um exemplo recente de análise de vibração em automóveis modernos foi proporcionado por uma empresa alemã que
investigou os efeitos de redução de ruído usando LDVs. O sistema de medição mediu diferentes efeitos sonoros de
superfícies muito escuras, pouco reflexivas como carpetes de veludo, borracha preta, esponjas escuras colocadas no
interior do veículo. A única forma de obter medições de todas as superfícies de interesse foi usar arranjos com
espelhos.
2) Controle de Qualidade em Fundição
Por não estarem limitados ao uso em laboratório, não requerem condições especiais de segurança e não requererem
recobrimento superficial especial, LDVs associados a técnicas de análise de sinal (FFT, correlação) estão substituindo
as técnicas atuais de controle de qualidade em fundições. A imagem criada pelo sistema VPI 4000 é codificada por
150
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
cores em amplitude e fase, com uma opção de sobreposição com uma imagem da peça (produzida por uma câmera
digital) permitindo uma fácil interpretação da forma vibratória. Um exemplo recente é o uso do LDV no exame dos
modos críticos de um propulsor centrífugo. O propulsor mostra um comportamento modal altamente relacionado com o
seu processo de fabricação. A condição de qualidade é que todas as peças fabricadas mostrem freqüências de
ressonância e formas de vibração similares indicando se foram fabricados corretamente. O VPI 4000 é usado para
encontrar as freqüências de ressonância. O propulsor é, então, excitado nestas freqüências medindo-se sua resposta. É
realizada uma análise em freqüência (FFT) pelo VPI 4000 enquanto um software permite uma rápida medição dos
modos. Todo o ciclo completo de testes para, por exemplo uma hélice do propulsor pode ser executado em menos de
uma hora.
Várias outras aplicações em estruturas mecânicas são encontradas, em que as características da vibração permitem
o diagnóstico de problemas de operação, defeitos de fabricação, desgaste de peças, etc. Isto torna a LDV uma técnica
extremamente útil em controle de qualidade e manutenção industrial.
7.4.2.2. EDI - Engineering Dynamics Incorporated
A Engineering Dynamics Incorporated - EDI é uma empresa norte-americana e seus serviços estão organizados
em três grandes grupos:
a) Análise Computacional
a.1) Análise digital de pulsação
Consiste na simulação digital de pulsação de tubulações (Figura 7.29), permitindo avaliação, análise e
projeto de tubulações e seus componentes como compressores e bombas. O modelo matemático inclui
simulação acústica permitindo projetos de filtros acústicos e silenciadores.
a.2) Análise de velocidades críticas laterais, resposta e estabilidade (Figura 7.30)
Inclui determinação de velocidades críticas não amortecidas, resposta amortecida, instabilidades não
síncronas, mancais hidrodinâmicos e selos.
a.3) Análise de vibração torsional
Vibrações torsionais acontecem em equipamentos rotativos ou alternativos em geral. As análises
realizadas pela EDI incluem: modelagem massa-mola, determinação de freqüências naturais e formas modais
torsionais, diagrama de Campbell (variação das freqüências naturais com a rotação), torque dinâmico e
tensões de cisalhamento, e problemas transientes como partida, falhas e fadiga.
151
Unidade 7 – Análise e Diagnóstico de Vibrações
A análise estrutural é um tema muito amplo que permite uma grande variedade de aplicações como
modelagem estrutural e por elementos finitos, vibrações de motores, compressores e outros equipamentos,
sistemas de tubulações de gases e líquidos, vibrações induzidas por fluxos fluídos, dinâmica de solos e
fundações, tensões e flexibilidade térmicas.
b) Investigação e Diagnóstico de Campo
b.1) Pulsação de pressão e vibração de tubulações.
b.2) Velocidades críticas laterais, resposta e estabilidade.
b.3) Vibração torsional.
Vibrações torsionais podem causar falhas em todos os tipos de máquinas. Problemas potenciais incluem
danos em acoplamentos, falhas em chavetas, deslizamento de correias, fraturas em eixos (Figura 7.33),
desgaste excessivo em engrenagens ou fratura de dentes e pás de ventoinhas quebradas. As medições com
finalidade de diagnosticar problemas de vibrações torsionais devem ocorrer em acionamentos com freqüência
variável, motores síncronos, caixas de engrenagens, compressores alternativos, misturadores e propulsores de
navios.
A EDI proporciona seminários anuais como o "Vibrations in Reciprocating and Rotating Machinery and
Piping" , preparado para engenheiros e técnicos que trabalham com maquinaria e tubulações de plantas
industriais e devem tomar decisões acerca de confiabilidade e segurança de sistemas com altos níveis
vibratórios.
152