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Manual

do Professor

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SUMÁRIO

Apresentação ........................................................................................................................... 6
Estrutura da obra .................................................................................................................... 6

PARTE 1 — GEOGRAFIA GERAL

UNIDADE I — A ORGANIZAÇÃO E A REPRESENTAÇÃO DO ESPAÇO


Capítulo 1. Espaço, paisagem e lugar ............................................................................... 7
1. Objetivos, 7 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 7 3. Encaminhamento das
atividades e resolução dos exercícios, 7 4. Sugestões de questões para avaliação, 8
Capítulo 2. A organização do espaço, a formação dos Estados nacionais e os países
atuais ......................................................................................................................................... 8
1. Objetivos, 8 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 9 3. Encaminhamento das
atividades e resolução dos exercícios, 9 4. Sugestões de questões para avaliação, 9
Capítulo 3. O espaço e suas representações ..................................................................... 9
1. Objetivos, 9 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 10 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 10 4. Sugestões de questões para
avaliação, 11
UNIDADE II — A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO NO CAPITALISMO E NO
SOCIALISMO, A NOVA ORDEM MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
Capítulo 4. Fases do capitalismo, revoluções industriais e a globalização ............. 12
1. Objetivos, 12 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 12 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 13 4. Sugestões de questões para
avaliação, 14
Capítulo 5. A desintegração dos países socialistas, a nova ordem mundial e as con-
seqüências da globalização ................................................................................................. 14
1. Objetivos, 14 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 14 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 15 4. Sugestões de questões para
avaliação, 15
Capítulo 6. Os grandes conjuntos de países e as desigualdades mundiais ............. 16
1. Objetivos, 16 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 16 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 16 4. Sugestões de questões para
avaliação, 17
Capítulo 7. Globalização e pluralidade cultural: conflitos regionais e tensões no
mundo ..................................................................................................................................... 17
1. Objetivos, 17 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 18 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 18 4. Sugestões de questões para
avaliação, 19
UNIDADE III — O ESPAÇO NATURAL E O ESPAÇO MODIFICADO PELA HUMANIDADE
Capítulo 8. Impactos da atividade humana sobre o meio ambiente e a busca de solu-
ções .......................................................................................................................................... 20
1. Objetivos, 20 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 20 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 20 4. Sugestões de questões para
avaliação, 21
Capítulo 9. A Terra: movimentos e evolução ................................................................. 22
1. Objetivos, 22 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 22 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 22 4. Sugestões de questões para
avaliação, 23
Capítulo 10. O relevo terrestre, seus agentes e os solos no mundo. ......................... 23
1. Objetivos, 23 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 24 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 24 4. Sugestões de questões para
avaliação, 25
Capítulo 11. Minerais e rochas: panorama mundial ..................................................... 25
1. Objetivos, 25 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 25 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 25 4. Sugestões de questões para
avaliação, 26

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Capítulo 12. A atmosfera e sua dinâmica: o clima mundial ......................................... 26
1. Objetivos, 26 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 26 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 27 4. Sugestões de questões para
avaliação, 28
Capítulo 13. As grandes paisagens naturais da Terra e a destruição dos ecossiste-
mas florestais, fluviais e marítimos .................................................................................... 28
1. Objetivos, 28 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 29 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 29 4. Sugestões de questões para
avaliação, 30

UNIDADE IV — ESPAÇO MUNDIAL DA PRODUÇÃO


Capítulo 14. Indústria I: as transformações no espaço ................................................ 30
1. Objetivos, 30 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 30 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 31 4. Sugestões de questões para
avaliação, 31
Capítulo 15. Indústria II: o desenvolvimento industrial dos países ........................... 32
1. Objetivos, 32 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 32 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 32 4. Sugestões de questões para
avaliação, 33
Capítulo 16. Fontes de energia, utilização e impactos ambientais ............................ 33
1. Objetivos, 33 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 34 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 34 4. Sugestões de questões para
avaliação, 35
Capítulo 17. Geopolítica, agropecuária e ecologia ........................................................ 35
1. Objetivos, 35 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 35 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 36 4. Sugestões de questões para
avaliação, 36

UNIDADE V — O COMÉRCIO, AS COMUNICAÇÕES E OS TRANSPORTES NO MUNDO


Capítulo 18. A globalização e o comércio mundial ....................................................... 37
1. Objetivos, 37 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 37 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 37 4. Sugestões de questões para
avaliação, 39
Capítulo 19. Comunicações, transportes e turismo no mundo ................................... 39
1. Objetivos, 39 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 39 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 39 4. Sugestões de questões para
avaliação, 40

UNIDADE VI — DINÂMICA POPULACIONAL E URBANIZAÇÃO NUM MUNDO EM TRANS-


FORMAÇÃO
Capítulo 20. Conceitos demográficos fundamentais e distribuição da população
mundial .................................................................................................................................... 41
1. Objetivos, 41 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 41 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 41 4. Sugestões de questões para
avaliação, 42
Capítulo 21. Crescimento demográfico no mundo ........................................................ 42
1. Objetivos, 42 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 42 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 42 4. Sugestões de questões para
avaliação, 44
Capítulo 22. Estrutura da população mundial ................................................................ 44
1. Objetivos, 44 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 44 3. Encaminhamento das
atividades e resolução dos exercícios, 44 4. Sugestões de questões para avalia-
ção, 45
Capítulo 23. Migrações populacionais no mundo ......................................................... 45
1. Objetivos, 45 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 46 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 46 4. Sugestões de questões para
avaliação, 47
Capítulo 24. Urbanização mundial .................................................................................... 47
1. Objetivos, 47 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 47 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 48 4. Sugestões de questões para
avaliação, 48

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PARTE 2 — GEOGRAFIA DO BRASIL

UNIDADE I — A PRODUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO, AS REGIÕES BRASILEIRAS


E O BRASIL EM UM MUNDO GLOBALIZADO
Capítulo 1. A produção do espaço geográfico brasileiro, as regiões brasileiras e o
planejamento regional .......................................................................................................... 49
1. Objetivos, 49 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 49 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 49 4. Sugestões de questões para
avaliação, 50
Capítulo 2. Brasil: globalização, nova ordem mundial e desigualdades sociais ...... 50
1. Objetivos, 50 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 51 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 51 4. Sugestões de questões para
avaliação, 53

UNIDADE II — A QUESTÃO AMBIENTAL NO BRASIL E OS ECOSSISTEMAS NATU-


RAIS
Capítulo 3. O relevo brasileiro ........................................................................................... 53
1. Objetivos, 53 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 53 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 53 4. Sugestões de questões para
avaliação, 55
Capítulo 4. Os recursos minerais e a questão ambiental no Brasil ............................ 55
1. Objetivos, 55 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 55 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 55 4. Sugestões de questões para
avaliação, 56
Capítulo 5. Clima, hidrografia, vegetação e domínios morfoclimáticos no Brasil .... 56
1. Objetivos, 56 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 57 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 57 4. Sugestões de questões para
avaliação, 58

UNIDADE III — A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO DA PRODUÇÃO E DA CIRCULAÇÃO


NO BRASIL
Capítulo 6. O espaço da atividade industrial no Brasil ................................................ 59
1. Objetivos, 59 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 59 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 59 4. Sugestões de questões para
avaliação, 60
Capítulo 7. A importância da energia no crescimento econômico do Brasil ........... 60
1. Objetivos, 60 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 61 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 61 4. Sugestões de questões para
avaliação, 62
Capítulo 8. A atividade agropecuária no Brasil ............................................................. 62
1. Objetivos, 62 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 63 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 63 4. Sugestões de questões para
avaliação, 64
Capítulo 9. Comércio, comunicações, transportes e turismo no Brasil .................... 64
1. Objetivos, 64 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 65 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 65 4. Sugestões de questões para
avaliação, 66

UNIDADE IV — DINÂMICA POPULACIONAL NO BRASIL


Capítulo 10. Distribuição da população, crescimento demográfico e estrutura da
população brasileira .............................................................................................................. 67
1. Objetivos, 67 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 67 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 67 4. Sugestões de questões para
avaliação, 68
Capítulo 11. Etnia e migrações populacionais no Brasil .............................................. 69
1. Objetivos, 69 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 69 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 69 4. Sugestões de questões para
avaliação, 71
Capítulo 12. A urbanização brasileira .............................................................................. 71
1. Objetivos, 71 2. Conceitos e temas desenvolvidos, 71 3. Encaminhamento
das atividades e resolução dos exercícios, 72 4. Sugestões de questões para
avaliação, 72

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APRESENTAÇÃO

O livro didático é um elemento estruturador da prática docente e o Manual do


Professor tem um papel importante de apoio e de organização do aprendizado, ori-
entando e complementando a ação do(a) professor(a). Visamos enriquecer a práti-
ca pedagógica, contribuindo para a atualização dos docentes e para um melhor
aproveitamento e utilização do livro.
Para tanto, apresentamos neste Manual do Professor as seguintes seções:
1. Objetivos;
2. Conceitos e temas desenvolvidos, com uma síntese dos conceitos trabalha-
dos em cada capítulo;
3. Encaminhamento das atividades e resolução dos exercícios, com as seguin-
tes subseções: Avalie seu aprendizado, Complementação e orientação didá-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


tica e Em pauta: vestibulares e Enem;
4. Sugestões de questões para avaliação.
Esperamos que este manual esteja à altura de cumprir sua finalidade e de aten-
der às necessidades dos(as) colegas professores(as) contribuindo para a melhoria
da qualidade do ensino.

Os autores

ESTRUTURA DA OBRA

Para a abordagem dos conteúdos e dos principais e a globalização — analisa a expansão do capitalismo as-
temas de atualidade do espaço natural, socioeconômi- sociada à evolução técnica e científica e situa o(a) estu-
co e político mundial e brasileiro o livro-texto da obra dante na atual realidade mundial (desintegração dos pa-
foi dividido em duas partes. A primeira trata de temas íses socialistas, nova ordem mundial, globalização).
relativos à Geografia Geral e é complementada pela se- A Unidade III — O espaço natural e o espaço modi-
gunda parte que aborda temas de Geografia do Brasil. ficado pela humanidade — visa ao reconhecimento mais
Os conteúdos específicos de Geografia do Brasil foram detalhado das características essenciais do espaço natu-
desenvolvidos em total conexão e interagem com a par- ral mundial e à compreensão do desenvolvimento da so-
te de Geografia Geral. ciedade como um processo de relações com os espaços
A primeira parte do livro compreende seis unida- físicos e com as paisagens. Analisa o desenvolvimento de
des e a segunda, quatro unidades: meios técnicos e científicos e suas intervenções na natu-
reza e a relação entre a utilização, a aceleração dos pro-
cessos de degradação e a preservação ambiental.
Parte 1 — Geografia Geral
A globalização, o processo contínuo de inovações
Na Unidade I — A organização e a representação tecnológicas e a modernização do processo produtivo
do espaço — caracterizamos os diferentes tipos de espa- serão assuntos da Unidade IV — Espaço mundial da
ço e sua organização e a origem e a evolução dos Estados produção.
nacionais. A representação do espaço e o desenvolvimento A Unidade V — O comércio, as comunicações e os
da Cartografia também fazem parte desta unidade, pois transportes no mundo — analisa o espaço mundial da pro-
esse estudo será necessário para a análise e compreen- dução, da circulação, do comércio e das comunicações sob
são espacializada das informações. o prisma da tecnologia e da globalização, além de identi-
A Unidade II — A organização do espaço geográfi- ficar o papel da tecnologia nos processos econômicos,
co no capitalismo e no socialismo, a nova ordem mundial sociais e culturais.

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Na Unidade VI — Dinâmica populacional e urbaniza- Na Unidade IV — Dinâmica populacional no Brasil —
ção num mundo em transformação — os alunos compreen- o aluno terá um perfil da urbanização, das migrações e
derão conceitos demográficos fundamentais, as modifica- da demografia brasileira.
ções na estrutura populacional, no processo de urbaniza- Após o texto do capítulo, visando enriquecer a prá-
ção e a criação de novos fluxos populacionais produzidos tica pedagógica e fixar os conteúdos, colocamos a seção
pelos avanços tecnológicos e pela globalização econômica. Avalie seu aprendizado com um conjunto de atividades e
exercícios que o(a) professor(a) poderá utilizar em suas
Parte 2 — Geografia do Brasil avaliações. Essa seção foi dividida em Construindo conhe-
cimento, contribuindo para a construção de conceitos, e
Unidade I — A produção do espaço geográfico, as
Fixando o conteúdo, em que os educandos fixarão con-
regiões brasileiras e o Brasil em um mundo globalizado
ceitos e terão oportunidade de transpor as informações
— oferece uma síntese do processo de formação do espa-
ço geográfico brasileiro, sua inserção no projeto colonial do capítulo para situações novas.
e sua evolução econômica. A seção Complementação do estudo foi dividida em
Unidade II — A questão ambiental no Brasil e os ecos- Leituras, Vídeos e Sites, com diversas sugestões de mate-
sistemas naturais — objetiva o reconhecimento detalha- riais pertinentes para os alunos, selecionados de acordo
do das características do espaço natural e permite detec- com o tema do capítulo.
tar os principais impactos ambientais provenientes da uti- No final do livro, incluímos a seção Em pauta: vesti-
lização deste espaço. bulares e Enem, que permitirá ao(à) professor(a) rever e
A globalização e a modernização do processo pro- fixar os conteúdos trabalhados nos capítulos, além de pre-
dutivo brasileiro são assuntos da Unidade III — A organi- parar os alunos para o exame vestibular. Incluímos, ain-
zação do espaço da produção e da circulação no Brasil. da, Glossário e Bibliografia.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

PARTE 1 — GEOGRAFIA GERAL

UNIDADE A ORGANIZAÇÃO
E A REPRESENTAÇÃO
I
DO ESPAÇO
Nesta unidade colocamos o foco no papel da humanidade na organização e transformação do espa-
ço, buscando identificar, no espaço geográfico atual, os processos históricos ocorridos em diferentes tem-
pos, que deram origem aos atuais países.
Abordamos a arte de construir mapas e cartas, como fruto da necessidade humana de representação
do espaço, e o rápido desenvolvimento da Cartografia a partir das Grandes Navegações dos séculos XV e
XVI, culminando no uso de satélites artificiais, sensoriamento remoto e outras tecnologias.

Capítulo 1 Espaço, paisagem 2. Conceitos e temas desenvolvidos


e lugar Tipos de espaço (natural, geográfico, humanizado,
artificial ou cultural); trabalho; natureza primitiva ou pri-
1. Objetivos
meira natureza; segunda natureza; paisagem; lugar.
As modificações que a humanidade, ao longo de sua
história, tem realizado na natureza foram e são tão gran- 3. Encaminhamento das atividades e resolução
des que não podemos negar a existência de um outro es- dos exercícios
paço contraposto àquele criado pela própria natureza: o
espaço criado pelos seres humanos — o espaço artificial. Avalie seu aprendizado (p. 16-17)
Neste capítulo os alunos diferenciarão os tipos de
espaço e perceberão a ação humana em sua modifica-
Construindo conhecimento
ção, organização e transformação. Diferenciando os con- 1. Professor(a), pedir para os alunos observarem atenta-
ceitos de espaço e lugar, estarão aptos a perceber que a mente as fotos.
paisagem tem uma extensão e expressa fenômenos na- A foto da coluna da esquerda é de uma cidade da Ín-
turais e culturais. dia, portanto de caráter urbano. Na foto superior da

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coluna da direita, podemos ver elementos urbanos (em Complementação e orientação didática
segundo plano) e a presença de construções novas e
antigas (históricas). Na foto inferior da coluna da di- Para a observação das paisagens do Construindo co-
reita, embora mostrando uma área rural, destaca-se a nhecimento, o(a) professor(a) poderá pedir aos alunos que
intensa utilização de tecnologia (mecanização) em áreas pesquisem as histórias da Índia, do México e do Canadá.
de cultivo comercial. Antes da conquista espanhola, o México já pos-
suía dois milênios de vida urbana, desenvolvida princi-
2. a) Nas três fotos predominam os elementos artificiais,
palmente pelas civilizações asteca e maia, que domina-
mesmo na que mostra uma área rural canadense.
vam diversas técnicas e deixaram um legado artístico,
b) Os elementos artificiais contêm trabalho. Para a
científico e cultural. Essas civilizações viviam formas com-
identificação do que é natural ou artificial numa
plexas de organização política e social. Deixaram o tes-
paisagem, deve-se recorrer à história, reconhe-
temunho de sua cultura nas construções que restaram
cendo os processos de transformação do espaço
do período colonial.
ou sua gênese.
Na Índia, esplêndidas obras de arquitetura atestam
3. Resposta pessoal. Os alunos poderão diferenciar o ru-
milênios de organização do espaço e de cultura peculiares.
ral (na foto da área rural canadense) do urbano (nas
Essas obras sempre contrastaram com a pobreza do povo.
outras duas fotos). O uso da tecnologia avançada na
O Canadá, localizado no extremo norte da América
área rural do Canadá contrasta com a simplicidade da
e contando com uma vasta região congelada em seu ter-
cidade indiana e com a sobreposição de tempos histó-
ritório, se integrou ao sistema colonialista do século XVI.
ricos na Cidade do México.
Foi inicialmente colonizado pela França, passando a ser
4. A foto da Cidade do México mostra construções mo-
controlado pelo Reino Unido no século XVIII. Sua econo-
dernas e antigas, revelando diferentes relações sociais
mia é diversificada, contando com elevado nível tecnoló-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


e de trabalho em tempos distintos; a de Rajasthan, na
gico na indústria e na agricultura.
Índia, apesar de ser da década de 1990, mostra prédios
antigos.
5. a) São produtos do trabalho humano: máquinas, cons- Em pauta: vestibulares e Enem (p. 420)
truções, meios de transporte, instalações (armazéns 1. c 2. a, b, c, f
etc.), ruas, edifícios etc.
b) A Cidade do México reúne, num mesmo espaço, três 4. Sugestões de questões para avaliação
tempos que se sucederam em sua história, conten-
do em sua paisagem a subsistência, lado a lado, de • Explique o papel do trabalho na evolução da so-
ruínas de construções astecas, portanto do período ciedade e o seu poder de transformação do espa-
pré-colonial, de igrejas coloniais e de edifícios mo- ço. (p. 14)
dernos. Na foto da agroindústria canadense, as cons- • Diferencie a natureza primitiva, ou primeira na-
truções são todas recentes. tureza, da segunda natureza. (p. 14)
6. A presença de tecnologia é intensa na foto de uma área • Cite exemplos de como podemos conhecer um
rural do Canadá e muito pequena na da cidade da Ín- lugar a partir da leitura de sua paisagem. (p. 16)
dia. Rajasthan, baixo; Cidade do México, mesclado; • Todos nós criamos uma identidade com o lugar
Saskatchewan, alto. no qual vivemos. Cite exemplos que justifiquem
Professor(a), veja a seção Complementação e orienta- essa afirmação. (p. 16)
ção didática.

Fixando o conteúdo Capítulo 2 A organização do espaço,


a formação dos Estados
7. a) e b) O desequilíbrio provocado pode ser resultado
de: poluição do ar, da água, visual ou auditiva;
nacionais e os países atuais
deposição inadequada do lixo urbano; falta de 1. Objetivos
redes de esgoto; drenagem inadequada de águas
pluviais; excesso de veículos nas ruas etc. Neste capítulo, pretendemos que os alunos sejam
8. a), b), c) e d) Resposta pessoal. capazes de: relacionar a formação econômica das so-
9. Alternativa c. Justificativa pessoal. ciedades com a constituição e a expansão dos territó-
Professor(a), a afirmação de que atualmente não exis- rios, assim como o surgimento da propriedade priva-
tem mais espaços naturais livres da ação humana pode da com a necessidade de protegê-la e defendê-la, e
ser exemplificada com o continente antártico, que apesar associar essa necessidade ao surgimento do Estado;
de ser quase totalmente coberto por uma espessa ca- reconhecer o papel do Estado na organização territo-
mada de gelo e praticamente desabitado, é bastante co- rial e nas relações de produção; distinguir os concei-
biçado. São diversas as reivindicações, acordos e con- tos de etnia, raça, nação e povo.
ferências em torno de sua posse. Nele estão instaladas Especificamente os alunos deverão:
26 bases de pesquisa científica de vários países. Outro • compreender os processos de formação, expan-
exemplo que pode ser citado é o de que as formas de são e transformação dos territórios e fronteiras,
poluição e degradação ambientais muitas vezes são lo- tendo em vista as relações de trabalho e o estabe-
cais, mas atingem escala global, como a poluição at- lecimento de relações sociais;
mosférica que pode atravessar fronteiras e chegar a • perceber historicamente a mobilidade constante
lugares longínquos. das fronteiras do mundo;

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• comparar o Estado moderno com instituições da “Consideram-se então pertencentes à mesma
Antiguidade e do feudalismo; ‘raça’ povos com freqüências próximas na maioria
• identificar os países, territórios e as possessões atuais; dos genes...
• conceituar enclave e soberania. Impõe-se uma constatação: o conceito de raça
é não-operacional para os povos humanos. Há di-
2. Conceitos e temas desenvolvidos ferenças entre os lapões e os pigmeus, por exem-
plo, mas a passagem de uns a outros se realiza, sem
Território; fronteiras; limite; propriedade privada; salto brusco, por povos intermediários.
etnia; raça; nação; povo; Estado; cidades-Estados; país; A causa dessa não operacionalidade é conhe-
movimento de emancipação; microestados; enclaves; so- cida. O patrimônio genético, para adquirir alguma
berania. originalidade e distinguir-se significativamente do
patrimônio dos grupos vizinhos, precisa manter-se
3. Encaminhamento das atividades e resolução rigorosamente isolado durante um período bastan-
te longo, ou seja, por um número de gerações qua-
dos exercícios
se equivalente ao número de indivíduos em idade
Avalie seu aprendizado (p. 22) de procriar. Tal isolamento pode ocorrer entre os
animais, mas é quase inconcebível para uma espé-
Construindo conhecimento cie tão nômade e curiosa quanto a nossa. Capazes
1. Respostas esperadas: de atravessar montanhas e oceanos, homogeneiza-
a) Somente o povo de um país pode conhecer suas mos nossos patrimônios genéticos.”
necessidades e, por isso, somente a ele cabe esta-
O Correio da Unesco. Maio, 1996.
Rio de Janeiro, FGV/Unesco.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

belecer as leis que o regulem para planificar seu


futuro de acordo com sua cultura e hábitos.
b) Autonomia: poder de uma comunidade de se reger Em pauta: vestibulares e Enem (p. 420)
por si própria, por leis próprias. 1. c 2. d 3. b
Soberania: condição de autonomia política de um
país em que este não está subordinado a nenhum 4. Sugestões de questões para avaliação
organismo ou outro Estado soberano.
c) Muitos países têm tido seus territórios invadidos e • Conceitue território, nação, povo e país. (p. 18-20)
são impedidos de exercer a sua soberania. A gestão • Diferencie os conceitos de fronteiras e limites. (p. 18)
autônoma significa independência para poder se • O que são enclaves e microestados? (p. 20)
governar, contrariando interesse de nações coloni- • Utilize o texto do quadro da página 19 para ques-
zadoras. A luta pela soberania gera conflitos entre tionar o conceito de raça.
colonizados e colonizadores, resultando geralmen- • Compare o Estado moderno com as instituições
te em guerras prolongadas. de poder nas sociedades feudais. (p. 20)

Fixando o conteúdo Capítulo 3 O espaço e suas representações


2. Alternativa d. O Estado é um conjunto de instituições,
1. Objetivos
normas e funcionários que exercem uma autoridade e
um controle sobre um determinado território. A Cartografia teve um papel fundamental na con-
3. Resposta pessoal. Dados para a resposta: na América, quista de novos territórios e no levantamento e inventá-
Canadá, Suriname e Guiana; na Europa, Alemanha, rio de recursos naturais com finalidades mercantilistas.
Polônia, Hungria, Noruega; na África, apenas Marro- Neste capítulo fizemos um breve retrospecto histórico da
cos, Etiópia e Libéria se formaram antes de 1900; na Cartografia para que os alunos percebam o porquê de sua
Ásia, Mongólia, Índia, Paquistão, Indonésia, Vietnã, Laos, necessidade para a humanidade e sua importância na ex-
entre outros; na Oceania, todos os países se formaram pansão geográfica, nas viagens marítimas, nas expedições
após 1900. exploradoras etc.
4. Possessões ou ilhas sob autoridade ou administração Procuramos conduzir este estudo para que ao final
de um Estado soberano — Guiana Francesa (França), os alunos sejam capazes de:
Samoa Americana (EUA), Ilha de Páscoa (Chile), Ilhas • perceber o mapa como instrumento de análise,
Galápagos (Equador) etc. interpretação, planejamento e interferência na
Territórios autônomos associados — Bermudas, Mal- realidade espacial;
vinas, Gibraltar (Reino Unido); Porto Rico (EUA); Poli- • compreender que o que está contido no espaço
nésia Francesa (França); Aruba (Holanda) etc. pode ser mais bem visualizado e analisado por meio
Território externo pertencente a um Estado soberano de representações e que o conhecimento do es-
— Havaí, Alasca (EUA); Groenlândia (Dinamarca); Ilhas paço garante ao povo que o habita sua autono-
Norfolk (Austrália) etc. mia político-financeira;
• identificar os elementos que compõem um mapa
Complementação e orientação didática (símbolos, escala, projeções cartográficas);
• aprender sobre a elaboração de um planisfério em
O texto a seguir fornece mais subsídios à discussão diversas projeções cartográficas e as leituras que
do polêmico conceito de raças. podem ser feitas a partir de cada uma.

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Além disso, ao abordar novas tecnologias de aqui- tratégicas e culturais que interessam a todos os países
sição de informações, levamos os alunos a entender como e povos, indistintamente. A questão da segurança dos
a humanidade ampliou seus sentidos para melhor enten- países deve também ser globalizada, para nenhum deles
dimento do ambiente terrestre. se sentir mais ou menos seguro do que os outros.
Finalmente, possibilitamos a compreensão históri- b) Conhecimentos estratégicos contidos nos mapas po-
ca da Cartografia no Brasil. dem ser utilizados como instrumentos de poder po-
lítico, militar e econômico. Mapas vitais para a con-
2. Conceitos e temas desenvolvidos quista e domínio de um país sobre o outro, consi-
derados estratégicos (desde a época da grande ex-
Cartografia; coordenadas geográficas (paralelos, pansão marítima até os dias atuais), são mantidos
meridianos, latitude, longitude); globo terrestre; mapas em segredo e ficam reservados a uma minoria diri-
(mapa-múndi, planisfério); escalas (gráfica, métrica, grande, gente dos países.
pequena); símbolos; escala (numérica, gráfica); projeções Entre as tecnologias usadas pelos cartógrafos e que
cartográficas (de Mercátor, de Peters, de Aitoff, de Goo- serviram para fins militares está o GPS, que foi uti-
de, cilíndrica, cônica, plana, conforme, equivalente); car- lizado pelos EUA na Guerra do Golfo (1991) para
tas (cadastrais ou plantas, topográficas, geográficas); ana- orientar os mísseis contra os alvos.
morfoses; sensoriamento remoto; GPS; geoprocessamento; c) Nasa é a sigla da National Aeronautics and Space
geo-referenciamento; SIG. Administration (Administração Nacional de Aero-
náutica e Espacial), nome da agência espacial esta-
3. Encaminhamento das atividades e resolução dunidense que atua desde 1958 desenvolvendo pes-
dos exercícios quisas e tecnologia para exploração espacial.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Inpe é a sigla do Instituto Nacional de Pesquisas Es-
Avalie seu aprendizado (p. 32-34) paciais, órgão criado pelo governo federal brasilei-
Construindo conhecimento ro em 1971, a partir do antigo Grupo de Organiza-
ção da Comissão Nacional de Atividades Espaciais,
1. a) Lugares com latitudes mais elevadas, como a Gro-
formado em 1961. Entre as atividades do Inpe os alunos
enlândia, aparecem tão grandes como a América do
podem escolher: comunicação e observação da Ter-
Sul e bem maiores que a Austrália.
ra por meio de satélites meteorológicos; recepção e
b) A diferença é de 75 km.
interpretação de imagens de satélites meteorológi-
Na projeção de Peters a distância Norte-Sul fica o
cos; levantamento de recursos terrestres com uso de
dobro da distância Leste-Oeste, quando na realida-
técnicas de sensoriamento remoto por satélites e ae-
de a diferença é de apenas 75 km.
ronaves; ampliação do sistema educacional do País,
Na projeção de Peters, as terras próximas aos pó-
utilizando um satélite de comunicações geoestacio-
los ficam largas e achatadas e as localizadas nas
nário. No final da década de 1970, o Inpe acrescen-
proximidades da linha do Equador ficam estreitas
tou aos seus objetivos a pesquisa e o desenvolvimento
e compridas.
de tecnologia espacial.
c) Na projeção de Mercátor os paralelos ficam mais es-
3. a) d = D / E d = 60 km / 2.500.000
treitos na região do Equador, enquanto nos pólos a
d = 6.000.000 cm / 2.500.000 = 2,4 cm
distância entre eles aumenta; na de Peters os parale-
b) E = D / d E = 60 km / 3 cm
los ficam mais largos na região do Equador, enquan-
E = 6.000.000 cm / 3 cm = 2.000.000 cm
to nos pólos a distância entre eles diminui. Na proje-
c) D = E ⫻ d
ção de Mercátor as áreas de maior deformação são as
D = 5.000.000 ⫻ 64 mm
de altas latitudes (ficam maiores); na de Peters os pa-
D = 320.000.000 mm ou 320 km
íses mantêm suas reais posições, mas ficam “estica-
4. Se quisermos representar pequenas áreas, cidades,
dos” no sentido longitudinal; as áreas de altas latitu-
bairros etc., o mais apropriado é a utilização da gran-
des como, por exemplo, a Europa e os EUA, parecem
de escala, normalmente de 1 : 500 até 1 : 50.000, que
ser menores em relação à projeção de Mercátor.
permite elevado grau de detalhamento e de precisão.
d) Na projeção de Mercátor o Brasil aparece mais largo
É o caso das plantas urbanas.
no sentido leste-oeste. Na projeção de Peters o Brasil
fica mais alongado no sentido norte-sul e suas dimen- 5. a) O sensoriamento remoto constitui-se na captação e
sões aumentam proporcionalmente. Com os países sub- registro de imagens por sensores remotos da ener-
desenvolvidos acontece o mesmo, pois se localizam, gia refletida por elementos (acidentes geográficos,
grosso modo, na zona intertropical. Na projeção de objetos etc.) sem que haja contato físico. É um im-
Mercátor a impressão é de que a área total desses países portante sistema de aquisição aérea ou espacial de
é menor do que a dos países desenvolvidos. Já a pro- informações.
jeção de Peters representa melhor a realidade. b) A detecção da radiação depende de certos requisi-
tos. Em primeiro lugar, deve haver uma fonte de
radiação eletromagnética. Essa radiação deve pro-
Fixando o conteúdo
pagar-se pela atmosfera ou pelo meio físico entre
2. a) Resposta pessoal. Professor(a), orientar os alunos a a fonte e o objeto observado, até atingir a superfí-
perceber que a geografia global não é um problema cie terrestre ou o objeto observado. Ao atingir a
de segurança para apenas um país. Como o próprio superfície terrestre, ela sofrerá interações, produ-
autor diz, fotografar a Terra a partir do espaço tem zindo uma radiação de retorno. Tal radiação se pro-
implicações políticas, éticas, jurídicas, econômicas, es- pagará pela atmosfera ou pelo meio físico existen-

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te entre o objeto observado e o sensor, atingindo o Principais viagens espaciais
sensor. O que chega até o sensor é uma certa in-
tensidade de energia eletromagnética (radiação) que Viagem Data País Importância
será posteriormente transformada em um sinal Sputnik 1 1957 URSS Primeiro satélite artificial.
passível de interpretação. Sputnik 2 1957 URSS Primeiro ser vivo no espaço:
c) Além de sua aplicação em campos de conhecimento
a cadela Laika.
como Geologia, Geomorfologia, Oceanografia, Mete-
orologia, Cartografia, é usado na localização de recur- Explorer 1 1958 EUA Primeiro satélite dos Estados
sos naturais, de áreas de vegetação natural, agropecu- Unidos.
árias, urbanas e suas edificações. Permite monitorar o Vostok 1 1961 URSS Iúri Gagarin, primeiro
meio ambiente, avaliar o uso da terra e os seus impac- homem no espaço.
tos (áreas com tendências a erosão e enchentes), ca- Mercury 1962 EUA John Glenn, primeiro
racterizar os solos, planejar, traçar políticas ambien- estadunidense em órbita.
tais, sociais e econômicas em diversos níveis.
Mariner 2 1962 EUA Transmite dados de Vênus.
Vostok 6 1964 URSS Valentina Tereshkova,
Complementação e orientação didática
primeira mulher no espaço.
O(a) professor(a) poderá utilizar um atlas e trabalhar Mariner 4 1964 EUA Envia fotos de Marte.
com os alunos a linguagem cartográfica pedindo que iden- Voshkod 2 1965 URSS Aleksei Leonov realiza o
tifiquem, em um mapa, o título, o tipo de legenda, a escala e primeiro passeio no espaço.
a projeção utilizada. Mostrar diferentes tipos de mapas, pla-
Apolo 11 1969 EUA Neil Armstrong e Edwin
nisférios, mapas temáticos, políticos, de relevo etc.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Aldrin Jr. são os primeiros


Ao comparar um globo terrestre com um planisfé-
rio, mostrando os continentes em cada um, o(a) professor(a) homens a descer na Lua.
poderá aproveitar para recordar os continentes e oceanos. Pioneer 10 1972 EUA Passa por Júpiter em 1973.
Os alunos poderão reconhecer as diferenças de um es- Apollo 17 1972 EUA Terceira descida na Lua.
paço (Brasil, por exemplo) em diferentes escalas e reconhe- Skylab 2 1973 EUA Vôo tripulado à estação
cer a importância dos mapas temáticos (que informações podem espacial Skylab 2.
ser obtidas de cada um) para a leitura das paisagens. Soyuz 19/ 1975 EUA/ Soyuz 19 e Apollo 18
Complementando a questão 2c, os alunos poderão
Apollo 18 URSS acoplam-se no espaço, para
fazer uma pesquisa na internet, consultando os sites da
Nasa (http://www.nasa.gov) e do Inpe (http://www.inpe.br), experiências em comum.
para aprofundar-se no assunto. Apresentamos o texto Columbia 1981 EUA Primeiro ônibus espacial.
abaixo como subsídio ao(à) professor(a). MIR 1986 URSS Estação orbital habitável.
Galileo 1989 EUA Destino: Júpiter; chegou
Conquistando o espaço em 1995.
A humanidade sempre desejou ir além do Atlantis/Mir 1995 EUA/ Cumprimento entre
planeta Terra e atingir mundos mais distantes. Esta Fed. astronautas russos e
façanha só se tornou possível com os avanços tec- Russa estadunidenses no espaço.
nológicos do século XX. Em 1957 foi lançado ao Pathfinder 1996 EUA Destino: Marte; pousou
espaço o primeiro satélite artificial, tendo início,
em 1997.
assim, a era espacial. A construção de foguetes
permitiu a chegada ao nosso satélite natural, a Lua, Fonte: PUCCI, Luís Fábio Simões. Espaço: o último desafio.
astro mais próximo de nosso planeta, em 1969. São Paulo, Devon, 1997. p. 93-96.
No final da Segunda Guerra Mundial, duas
grandes potências — Estados Unidos e União Sovié- Em pauta: vestibulares e Enem (p. 421)
tica — passaram a disputar a primazia de chegar ao 1. a 2. c 3. d 4. b 5. b 6. d 7. a 8. a) C, b) C, c) C, d) E
espaço, dando início à “corrida espacial”. No qua-
dro estão descritas as principais viagens espaciais.
4. Sugestões de questões para avaliação
A informática tem possibilitado grande avanço
à Astronomia. Os computadores auxiliam na aná- • Diferencie mapa-múndi de planisfério. (p. 27)
lise de dados colhidos pelos satélites ópticos ou pelos • Qual a utilidade dos símbolos em uma legenda?
radiotelescópios. (p. 25-26)
Desde a subida do Sputnik, em 1957, foram • Quais os elementos que compõem os mapas? (p.
lançados ao espaço (até 1998) aproximadamente 3.800 25-26)
foguetes e 4.600 satélites. Só quinhentos deles ain- • Qual a utilização das escalas grande e pequena?
da funcionam; o restante virou sucata espacial. Isso (p. 27)
significa que eles serão atraídos pela força de gra- • Qual a utilidade das projeções cartográficas? (p. 27)
vidade da Terra. Boa parte desse lixo (cerca de 2.000 • Diferencie cartas e mapas citando exemplos de sua
toneladas) vai cair. Muitos satélites se pulverizarão utilização. (p. 27)
ao se chocar com a atmosfera; a maior parte cairá • Caracterize e diferencie as projeções de Mercá-
sobre os oceanos, mas alguns poderão provocar tor (p. 28-29), de Aitoff (p. 29) e de Peters. (p. 29)
acidentes na Terra ou no espaço. • O que são anamorfoses? (p. 29)

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UNIDADE A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO NO CAPITALISMO
II E NO SOCIALISMO, A NOVA ORDEM
MUNDIAL E A GLOBALIZAÇÃO
Nesta unidade o objetivo é tornar os alunos capazes de compreender como o espaço se organizou
no capitalismo e na atual realidade mundial caracterizada por profundas transformações trazidas pela
ciência e pela tecnologia. Essa compreensão inclui: entender e lidar com os imperativos da era tecnoló-
gica e da globalização; tomar conhecimento dos novos arranjos de poder no mundo e da formação de
blocos econômicos regionais; reconhecer as mudanças profundas na organização social, na estrutura
econômica e política do mundo, que resultam dos processos atuais, principalmente os moldados pela
revolução tecnocientífica.

Capítulo 4 Fases do capitalismo, • identificar as transformações econômicas resul-


revoluções industriais tantes das novas tecnologias que caracterizaram
a Segunda Revolução Industrial e compreender
e a globalização como o capitalismo se tornou mais competitivo e

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


1. Objetivos monopolista com o surgimento de oligopólios,
cartéis e trustes;
Iniciamos o capítulo mostrando a passagem do
• relacionar essa fase ao surgimento das transna-
modo de produção feudal para o capitalista, com o ob-
cionais ou multinacionais, do imperialismo, do neo-
jetivo de que os alunos sejam capazes de entender a
colonialismo e ao fato de ter havido posteriormente
relação entre o desenvolvimento da produção e as trans-
a descolonização dos continentes;
formações no espaço geográfico. Em seguida, procura-
mos demonstrar de que forma as contínuas inovações • caracterizar a Terceira Revolução Industrial ou
tecnológicas foram aplicadas à produção, originando as Informacional e relacioná-la ao estabelecimento
três fases da Revolução Industrial ou Tecnológica que de novas formas de organização da produção (pas-
foram e continuam sendo responsáveis por transforma- sagem do fordismo/taylorismo para o toyotismo)
ções radicais nas relações sociais e na estruturação do e às técnicas que aceleraram o processo de pro-
espaço; como as novas formas de organização do tra- dução (just in time, automação, tecnologias de te-
balho têm caracterizado a produção no mundo infor- lecomunicação, informática etc.);
matizado; as bases do surgimento da globalização, tema • entender o surgimento do capitalismo flexível e a
que será aprofundado nos próximos capítulos e perme- fase do capitalismo financeiro ou da globalização,
ará a análise do espaço da produção, do comércio e da e o papel do Estado no neoliberalismo;
circulação e também da dinâmica populacional e da ur-
banização (assuntos das Unidades IV, V e VI). • perceber que o processo de globalização utilizou
Nessa trajetória, procuramos também fazer com que o meio técnico-científico para produzir uma ace-
ao final os alunos possam: leração de contatos e de consumo, por meio da
integração dos mercados.
• identificar as relações servis de produção;
• compreender a organização da produção resul-
tante do surgimento da manufatura e da ma-
2. Conceitos e temas desenvolvidos
quinofatura, o papel das novas classes sociais, Relações servis de produção; modo de produção
burguesia e proletariado, e a importância das capitalista, manufatura, maquinofatura; burguesia; re-
relações assalariadas de trabalho no capitalis- lações assalariadas de trabalho; capitalismo comercial;
mo industrial; balança comercial; mercantilismo; monopólio; metrópo-
• perceber a adoção de práticas mercantilistas, pro- les; divisão internacional do trabalho; colonialismo; plan-
tecionistas e de monopólio, assim como a forma- tation; Primeira Revolução Industrial ou Tecnológica,
ção de colônias, como uma necessidade da expan- livre-concorrência; capitalismo industrial; Segunda Re-
são comercial e marítima no século XVI; volução Industrial; Terceira Revolução Industrial ou In-
formacional; capital; liberalismo econômico; proletari-
• relacionar, no contexto do estabelecimento da di-
ado; oligopólio; cartel; truste; capital financeiro; trans-
visão internacional do trabalho, o papel das me-
nacionais; multinacionais; imperialismo; neocolonialis-
trópoles e colônias, e, nesse mesmo contexto, en-
mo; descolonização; informática; química fina; biotec-
tender a organização do sistema produtivo de plan-
nologia; automação; fundos de pensão; capitalismo fi-
tations nas colônias;
nanceiro; fordismo; taylorismo; capitalismo flexível; toyo-
• entender o papel do liberalismo econômico e da tismo; just in time; neoliberalismo; desregulamentação;
livre-concorrência na Primeira Revolução Indus- Estado mínimo; meio técnico-científico; globalização; ci-
trial ou fase do capitalismo industrial; berespaço; cibernética; infovia; tempo real.

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Manual-Parte 1 fonte nova 12 07/04/2005, 17:38


3. Encaminhamento das atividades e resolução 4. As inovações tecnológicas no setor de telecomunica-
ções permitiram a rápida difusão de hábitos culturais
dos exercícios
e de padrões de consumo em todo o globo. A revolu-
Avalie seu aprendizado (p. 46-47) ção nos transportes diminuiu o tempo gasto para per-
correr longas distâncias, facilitando trocas comerciais,
Fixando o conteúdo contatos culturais, turismo etc.
1. a) Da África, vinham escravizados para as Américas. 5. Capitalismo comercial — mercantilismo: intervenção
As colônias da América do Sul, Central e do Norte estatal na vida econômica; manutenção de uma balan-
exportavam para a Europa açúcar, ouro, tabaco, ça comercial favorável; impulso ao comércio mundial;
couro, prata, madeira, peles, café, índigo, arroz, fa- protecionismo alfandegário às manufaturas; formação
rinha e cereais. A Europa exportava produtos ma- de monopólios.
nufaturados. Capitalismo industrial — doutrina econômica liberal:
b) A mão-de-obra dos escravizados era necessária ao defendia a propriedade privada e a livre-concorrência;
sistema de plantations e à extração de diversas ri- o Estado deveria se limitar a garantir a propriedade
quezas nas colônias. Dessa forma, o sistema coloni- privada, não intervindo na economia, enquanto a lei
al contribuiu para a acumulação de riquezas e capi- de oferta e procura de bens e serviços se encarregaria de
tais nas metrópoles européias. regular os mercados.
c) O sistema colonial contribuiu para a acumulação Capitalismo financeiro — teoria econômica neoliberal:
de riquezas e capitais nos países colonialistas e o Estado deixa de exercer o papel de regulador da eco-
para a manutenção das precárias condições de nomia, iniciando uma fase de desregulamentação; pro-
vida das populações dos países colonizados, os move a abertura dos países para o mercado exterior e
a privatização das empresas estatais, entregando-as a
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

quais eram impedidos de se industrializarem, a


fim de se manterem subordinados ao mercado in- grandes conglomerados financeiros.
ternacional. 6. No processo fordista/taylorista existe uma divisão e
2. Primeira Revolução Industrial: a introdução do carvão hierarquização do trabalho e a separação entre o tra-
e do vapor como fontes de energia para máquinas in- balho manual e o intelectual. O trabalhador pouco qua-
dustriais e meios de transporte impulsionou as indús- lificado permanece fixo, realizando tarefas especiali-
trias têxtil, naval e siderúrgica. A mecanização esten- zadas, simples e repetitivas. Os produtos são homoge-
deu-se à metalurgia, à agricultura e a outros setores neizados, de qualidade padronizada e preço baixo.
da economia. No processo toyotista é utilizado o trabalho em equi-
Segunda Revolução Industrial: navios mais modernos, pes, estimulando-se a polivalência, a atualização dos
trens de ferro e elétrico, aviões, carros, motores, quí- funcionários e a fiscalização do trabalho pela própria
mica, aparelhos eletrônicos, petróleo, progressos nas equipe. Máquinas de ajuste flexível tornam possível fazer
comunicações (televisão, telefone, computador). modificações rápidas, reduzindo custos e diversifican-
Terceira Revolução Industrial: informática, biotecno- do a produção.
logia, química fina, automação, telecomunicações, ati- 7. a) Resposta pessoal.
vidades nucleares, pesquisa espacial. b) Resposta pessoal.
3. c) Resposta pessoal.

Fases Características Complementação e orientação didática


Ressurgimento de centros urbanos e
Sobre a globalização da economia, o(a) professor(a)
intensificação do comércio; acumulação de
Comercial

poderá trabalhar com os alunos o tema: “A globalização é


recursos; inovações nos transportes marítimos, um conjunto de mudanças ocorridas no mundo na esfera
nos armamentos e nas técnicas de navegação; econômica, financeira, comercial, social e cultural. Implica
expansão comercial do final do século XIV uniformização global de padrões econômicos e culturais”.
Esse também é um momento oportuno para o(a)
e início do século XV. professor(a) incentivar o trabalho de pesquisa em grupo
Forte mecanização, abrangendo nos meios de comunicação, principalmente em jornais e
Industrial

revistas. Os alunos poderão recolher imagens de pesso-


diversos setores da economia.
as de outros países ou mesmo de outras regiões do Bra-
As fábricas empregavam grande número sil e analisar nelas a presença de costumes regionais e
de trabalhadores. globalizados. Fotos de imprensa focando o Oriente Mé-
dio e os países asiáticos oferecem grandes possibilida-
Segunda Revolução Industrial, o capitalismo des para essa análise.
se tornou monopolista. Empresas ou países Os alunos deverão indicar a fonte, a data, o título da
Financeiro

monopolizaram o comércio; os bancos matéria e o nome do jornalista (se este dado estiver dis-
ponível), analisar a foto e descrever costumes regionais e
adquiriram cada vez mais importância;
globalizados nela presentes, e, como conclusão, respon-
o capital financeiro passou a dominar e a der às seguintes questões:
controlar a economia dos países; domínio • Os padrões culturais do povo analisado foram
das transnacionais. totalmente uniformizados ou prevalece uma cul-
tura regional?

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• Você acredita que é possível a uniformização to- Capítulo 5 A desintegração dos países
tal de costumes no mundo? Explique por quê.
socialistas, a nova ordem
1. c 2. a 3. a 4. c 5. d 6. a 7. b 8. a 9. b
mundial e as conseqüências
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 422) da globalização
10. a) As sociedades capitalistas apresentam maior ou 1. Objetivos
menor exclusão de trabalhadores dependendo de
suas condições estruturais. Tal exclusão deve-se, Neste capítulo o objetivo geral é que os alunos com-
entre outros fatores, à reduzida participação dos preendam a organização política e socioeconômica do
trabalhadores na riqueza somada pela grande mundo atual. Nesse sentido eles deverão: perceber a or-
maioria das empresas e à diminuição do emprego ganização do espaço no socialismo e diferenciar esse
formal, que ocasiona diferentes níveis de desem- modo de produção do capitalista; adquirir uma visão
prego estrutural e conjuntural. geral da expansão do socialismo pelo mundo; constatar
b) A exclusão dos trabalhadores do emprego formal o enfraquecimento geopolítico das grandes potências
manifesta-se visivelmente no crescimento do cha- capitalistas européias e do Japão após a Segunda Guerra,
mado “setor informal”, representado sobretudo por a bipolarização do poder no mundo entre as duas su-
“camelôs”, que em geral ocupam praças e vias perpotências (EUA e URSS), cada qual buscando pre-
públicas com grande movimento de pedestres. servar e ampliar suas áreas de influência, e o conse-
qüente surgimento da Guerra Fria e do equilíbrio do
terror; reconhecer o processo que levou à desintegra-
4. Sugestões de questões para avaliação ção do bloco socialista no Leste europeu e o surgimen-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


to de uma nova ordem mundial (tripolar), com a consti-
• Que mudanças ocorreram na organização da pro- tuição de blocos regionais.
dução com o surgimento da manufatura e da ma-
quinofatura? (p. 36) Especificamente os alunos serão levados a:
• Explique o surgimento da burguesia e do prole- • reconhecer a criação e implementação de planos
tariado e das relações assalariadas de trabalho. (Plano Marshall), de organizações militares (Otan
(p. 36) e Pacto de Varsóvia) e de blocos econômicos (CEE
• Explique de que forma o mercantilismo orientou e Comecom) como estratégias de cada lado do
o colonialismo. (p. 37) mundo bipolarizado para a preservação dos inte-
resses das duas superpotências;
• Qual o papel dos monopólios, das metrópoles e
das colônias na divisão internacional do trabalho • compreender o contexto que levou à desintegra-
nos séculos XV e XVI? (p. 37-38) ção do socialismo no Leste europeu e à formação
• Caracterize o sistema de plantations. (p. 38) da CEI (Comunidade de Estados Independentes);
• Cite dois motivos para a Inglaterra ter tomado a • conhecer as principais organizações econômicas da
dianteira na Primeira Revolução Industrial ou Tec- atualidade, seus países-membros e objetivos gerais;
nológica. (p. 38) • analisar o bloco econômico europeu, a formação
• Diferencie trustes, oligopólios e cartéis. (p. 40) da União Européia (UE) e a adoção do euro;
• Explique o que é o capitalismo financeiro ou mo- • reconhecer o papel do Japão, dos Tigres Asiáti-
nopolista. (p. 40) cos, da China e dos novos Tigres na Apec e na
• Explique o que é imperialismo e neocolonialismo. constituição do bloco asiático;
(p. 41) • analisar o bloco americano e a área de influência
• Analise o mapa da descolonização afro-asiática e dos EUA no mundo;
cite alguns países que se tornaram independen- • reconhecer as principais organizações e organis-
tes na África e na Ásia após 1950. (p. 41) mos internacionais da atualidade (ONU, G-8, Banco
• Qual o papel das empresas transnacionais na re- Mundial, FMI) e suas finalidades;
organização do capitalismo após as duas guerras
• contrapor globalização e regionalização, e perce-
mundiais? (p. 42)
ber como essas duas tendências coexistem no
• Que novos avanços tecnológicos iniciaram a fase mundo atual;
da Terceira Revolução Industrial ou Tecnológica?
• questionar a existência de um sistema mundial ou
(p. 42)
sociedade global que tem levado à homogeneiza-
• O que é capitalismo flexível? Que modelo de pro-
ção dos padrões;
dução utiliza? (p. 43)
• perceber e questionar as conseqüências da glo-
• Explique o processo just in time. (p. 44)
balização e o aumento de desigualdades sociais
• O que você entende por desregulamentação da
no mundo e dentro de um mesmo país.
economia? (p. 44)
• Cite duas características do chamado Estado míni-
mo. (p. 44)
2. Conceitos e temas desenvolvidos
• Cite três características da globalização. (p. 44-45) Marxismo; socialismo; comunismo; capitalismo de
• De que forma o meio técnico-científico facilitou o Estado; Primeira Guerra Mundial; Segunda Guerra Mun-
processo de globalização? (p. 45) dial, Plano Marshall; Tratado de Roma; CEE; bipolariza-

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ção; Guerra Fria; corrida espacial; corrida armamentis- mas, como recessão, inflação, aumento da criminali-
ta; equilíbrio do terror; potências nucleares; ordem in- dade etc.
ternacional; Tratado de Não-proliferação de Armas Nu- 8. O Plano Marshall, posto em prática a partir de 1947,
cleares, Tratados de Redução de Armas Estratégicas, Co- implicava ajudar na recuperação dos países destruídos
munidade de Estados Independentes (CEI), nova ordem pela guerra, fornecendo alimentos, matérias-primas,
mundial; mundo tripolar; obstáculos aduaneiros; blocos capitais, projetos, técnicos e tecnologia, com o objeti-
regionais; Comecom, Otan, Pacto de Varsóvia, MCE, UE, vo de fortalecer e consolidar a influência dos EUA no
euro, Apec, Tigres Asiáticos, novos Tigres Asiáticos, Nafta, mundo e, com isso, neutralizar a expansão do socialis-
Alca, ONU, Grupo dos Sete (G-7), G-8; zonas de livre- mo pelo mundo.
comércio; união aduaneira; mercado comum; EEE, Mer- 9. a) A Guerra Fria, expressão que significa guerra não-
cosul, Asean, Caricom; mundialização; sociedade global; declarada, foi um período marcado por grande ten-
desemprego estrutural; desemprego conjuntural; tercei- são mundial em virtude da forte rivalidade entre as
rização; economia informal. duas maiores potências mundiais (EUA e URSS) pela
hegemonia mundial.
3. Encaminhamento das atividades e resolução b) Organizações econômicas: MCE (capitalista) e Co-
mecom (socialista). Este último foi extinto em 1991.
dos exercícios
Organizações militares: Otan e Pacto de Varsóvia.
Avalie seu aprendizado (p. 58-59) Esta última também foi extinta em 1991.
10. Professor(a), na discussão, os pontos importantes
Construindo conhecimento a serem abordados são: aumento do desemprego
1. O desemprego conjuntural afasta os trabalhadores dos estrutural e do número de excluídos; redução de
salários; aumento da jornada de trabalho; elimi-
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seus empregos apenas em situações de crise (conjun-


tura). O desemprego estrutural afasta os trabalhado- nação de conquistas sindicais; deterioração das con-
res dos seus empregos por um longo período. dições de trabalho; proliferação de pessoas atuan-
2. Lentidão dos sindicatos para responder aos desafios do na economia informal; aumento do déficit es-
da globalização; substituição do trabalho humano pelo colar; queda na assistência social; explosão da vio-
de máquinas e computadores; medidas governamen- lência urbana.
tais de diminuição de concessões para os trabalhado-
res e de investimentos na área social, e de ações con- Complementação e orientação didática
tra o desemprego.
3. a) Os dados mostram que no Brasil trabalha-se mais Os alunos poderão fazer uma pesquisa sobre as or-
do que em países da Europa, no Japão ou nos EUA. ganizações econômicas mundiais.
Eles constituem um argumento contra o “mito de O site da ONU é http://www.onu-brasil.org.br e o
Macunaíma”. Professor(a), em 1913 o trabalhador do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desen-
brasileiro ainda enfrentava uma jornada anual de volvimento) no Brasil é http://www.pnud.org.br. Esses
3.000 horas, que os países desenvolvidos já haviam sites oferecem artigos variados sobre a ONU e seus ór-
superado antes de 1870. No início do século XX os gãos principais e sobre direitos humanos. Temos ainda
países europeus já haviam instituído a jornada diá- o http://www.un.org/Pubs/CyberSchoolBus/spanish com
ria de trabalho de 8 horas, enquanto no Brasil essa estatísticas dos Estados-membros da ONU, informações
jornada só foi disciplinada em 1943 com a Consoli- culturais, notícias etc. O site http://www.jurisdoctor.adv.br/
dação das Leis Trabalhistas. orgaos.htm é um cadastro de organizações internacionais
b) Irá beneficiar os países desenvolvidos. de todo o mundo.

Fixando o conteúdo Em pauta: vestibulares e Enem (p. 424)


4. Os meios de produção pertencem ao Estado e são con- 1. e 2. e 3. a 4. e 5. a 6. c 7. d 8. d
trolados pelos trabalhadores; o Estado tem a função
de distribuir bens e serviços de acordo com as neces- 4. Sugestões de questões para avaliação
sidades de cada indivíduo; o Estado planeja a econo-
mia, estipulando o quê e como produzir.
• Quais foram os principais teóricos do socialismo?
5. Entre os objetivos estavam a abolição da propriedade
O que propunham? (p. 48)
privada, a formação de uma sociedade sem classes, a
igualdade salarial, a emancipação da humanidade e o • Cite exemplos de países que se tornaram socia-
controle da produção pelo trabalhador. listas após as duas guerras mundiais, na Europa,
6. A centralização excessiva, a corrupção, a falta de mo- na Ásia e na África. (p. 48)
tivação, as estruturas burocráticas, o excessivo controle • O que foi o Plano Marshall? (p. 48)
estatal, o regime de partido único, os privilégios da classe
dirigente. • Cite exemplos de países que se formaram com a
7. Muitas conquistas da revolução socialista estão sen- desintegração do socialismo no Leste europeu,
do perdidas pelo povo russo nessa transição para o resultante do separatismo na Tchecoslováquia, na
capitalismo. Antes um país com elevados índices edu- Iugoslávia e na URSS. (p. 51, mapa)
cacionais e industrialmente desenvolvido, atualmen- • Cite duas características da nova ordem mundial.
te a Federação Russa se depara com muitos proble- (p. 52)

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• Dê exemplos da prática de formação de blocos 2. Conceitos e temas desenvolvidos
econômicos na Europa. (p. 53)
Regionalização; Primeiro Mundo, Segundo Mundo,
• Qual o bloco econômico liderado pelo Japão? Que
Terceiro Mundo; subdesenvolvimento; desenvolvimento;
outros países fazem parte desse bloco? (p. 54)
países do Norte; países do Sul; países em desenvolvimento;
• Qual a posição do México no bloco econômico da países centrais; países recentemente industrializados; mer-
América do Norte (Nafta)? (p. 55) cados emergentes; países periféricos; colônia de explora-
ção; colônia de povoamento; Teoria do Desenvolvimento; nova
• O que é o G-7 ou G-8? Que países o compõem?
DIT; PIB (produto interno bruto); PNB (produto nacional
(p. 55)
bruto); renda per capita; PNB per capita; PIB per capita; Ín-
• Como podemos explicar a existência no mundo dice de Desenvolvimento Humano (IDH); setor primário; setor
atual de uma globalização, por um lado, e de uma terciário; economia socialista de mercado; economia de tran-
regionalização, por outro? (p. 56-57) sição; economia de mercado; pleno emprego; commodities;
• De que modo a globalização contribui para o au- desemprego; países de industrialização parcial e tardia.
mento das desigualdades no mundo? (p. 57-58)
3. Encaminhamento das atividades e resolução
dos exercícios
Capítulo 6 Os grandes conjuntos de
países e as desigualdades Avalie seu aprendizado (p. 71-73)
mundiais Construindo conhecimento

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1. Objetivos 1. O número de pobres (calculado a partir de um limite
de 4 dólares por dia) aumentou mais de 150 milhões
Neste capítulo buscamos conduzir o estudo no sen- em sete anos; a renda nacional diminuiu em até 60%;
tido de que, ao final, os alunos possam: compreender alta de preços: mais de 500%; a expectativa de vida
os critérios utilizados para a diferenciação ou regiona- baixou de 64,2 para 57,6 anos; o sistema escolar en-
lização dos países em Primeiro Mundo, Segundo Mun- contra-se seriamente ameaçado.
do, Terceiro Mundo (modos de produção), subdesenvol- 2. Liberação excessiva significa monopólios privados, fugas
vidos e desenvolvidos (níveis de desenvolvimento), pa- maciças de capitais, desigualdades em uma dimensão
íses do Norte, ou países ricos, e países do Sul, ou paí- intolerável e perda de confiança no mercado, como
ses pobres (localização geográfica e riqueza) e países decorrência das fraudes financeiras.
em desenvolvimento, endividados, centrais, periféricos 3. O Estado deve atuar como regulador da economia.
e mercados emergentes (inserção ou exclusão no pro-
cesso de globalização).
Fixando o conteúdo
Para chegar a esse objetivo geral os alunos deverão
estar aptos a: 4. a) Após a desintegração do bloco socialista do Leste
europeu, o Segundo Mundo quase desapareceu.
• compreender as causas históricas do subdesen-
b) A divisão tem como base a oposição entre os países
volvimento, por meio do conhecimento da Teoria
desenvolvidos (ricos, do Norte) e os subdesenvolvi-
do Desenvolvimento e do papel da divisão inter-
dos (pobres, do Sul).
nacional do trabalho (DIT) no estabelecimento de
5. a) Em 1997, 69% da população de Moçambique vivia
relações econômicas entre regiões ou países;
abaixo da linha de pobreza absoluta; entre 1996 e 1998
• diferenciar colônia de exploração de colônia de o PIB per capita foi de cerca de US$ 215 e a dívida
povoamento; externa oficial per capita chegou em torno de US$ 325.
• identificar os critérios usados para medir o de- b) O que torna o drama de Moçambique particularmente
senvolvimento, como o PIB, o PNB, a renda per excruciante é o nível de desenvolvimento, em que
capita e o IDH, e comparar esses indicadores em duas de suas maiores calamidades são a pobreza
alguns países selecionados; absoluta e a disseminação da aids.
c) A exploração das colônias pelas metrópoles, a pas-
• reconhecer as principais características (produção sagem sem êxito pela experiência socialista e a guerra
industrial, tecnologia, consumo, comércio e urba- civil explicam a situação de subdesenvolvimento
nização) dos países centrais ou desenvolvidos; desse país.
• refletir sobre o destino dos países socialistas e as 6. a) As crianças que vivem em condições de miséria, com
dificuldades que enfrentam; falta de saneamento básico, de água potável e de mo-
radias decentes têm menos chance de sobreviver.
• caracterizar as economias de transição para o
b) Países africanos, como Máli, Níger, Guiné, Chade,
capitalismo e identificar seus problemas;
Angola e Moçambique, e asiáticos, como Iêmen, Ira-
• reconhecer as diferenças entre os chamados paí- que e Afeganistão.
ses em desenvolvimento ou mercados emergen-
tes e os chamados países subdesenvolvidos ou
periféricos; Complementação e orientação didática
• identificar as desigualdades entre países e pesso- Professor(a), este é o momento propício para discutir
as no mundo. mercado de trabalho no mundo globalizado. Cada aluno

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poderá fazer uma pesquisa em jornais e recortar anúncios ção geográfica e riqueza (p. 60) e inserção ou ex-
de empregos que gostaria de ter, levantando as qualifica- clusão no processo de globalização (p. 60)?
ções técnicas necessárias e o tempo de experiência, nível de • Diferencie colônia de exploração de colônia de
escolaridade, cursos e idiomas exigidos. O trabalho poderá povoamento, e diga de que forma o fato de ter
ser concluído abordando as seguintes questões: sido uma ou outra interferiu no atual nível de de-
• Que tipos de emprego podem oferecer salários mais senvolvimento das ex-colônias? (p. 61)
altos? • Explique por que, segundo a Teoria do Desenvol-
• Para os empregos selecionados que tipos de qua- vimento, o atraso econômico não é um estado
lificação são exigidas atualmente no mercado de permanente dos países. (p. 61)
trabalho em geral? • Quais modificações sofreu a divisão internacio-
nal do trabalho? (p. 61-62)
• Dê as definições dos seguintes critérios para me-
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 426) dir o desenvolvimento: PIB, PNB e renda per ca-
1. Na década de 1960, a economia mundial encontrava- pita. (p. 62)
se na chamada “Guerra Fria”, caracterizada pela divi- • O que é o IDH e por que foi criado? (p. 63)
são do mundo em: Primeiro Mundo ou Países Desen- • Quais são as principais características dos países
volvidos; Segundo Mundo ou Países “Socialistas”; Ter- centrais ou desenvolvidos quanto: à produção in-
ceiro Mundo ou Países Subdesenvolvidos. dustrial (p. 64), à tecnologia, ao consumo, ao co-
Na década de 1990, época da globalização, definiram- mércio mundial e à urbanização? (p. 65)
se centros mundiais do poder econômico (EUA, Euro- • O que é economia socialista de mercado? Que país
pa Ocidental e Japão), com suas respectivas áreas de a adotou? (p. 65)
• Que dificuldades enfrentam atualmente países
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influência (Brasil, Argentina, Rússia, África do Sul,


Sudeste Asiático e Austrália). socialistas, como Cuba, Coréia do Norte, Vietnã,
2. b 3. d Laos, Camboja e Angola? (p. 65-66)
4. a) Apresentando menor PIB per capita, menor expec- • Cite três características das economias de transi-
tativa de vida e maior índice de mortalidade infan- ção e identifique seus problemas. (p. 66)
til, o Brasil ocupava em 2001 a 69ª- posição na clas- • Cite exemplos de países ex-socialistas que estão
sificação do IDH, ficando atrás de Noruega, EUA e obtendo sucesso com a transição para o capita-
Argentina. lismo e de países que estão perdendo com essa
b) Embora investisse maior porcentagem do seu PIB fase. (p. 66)
em gastos públicos com saúde, a Bolívia apresen- • Explique a industrialização com base no modelo
tava maior índice de mortalidade infantil que o Brasil. de plataformas de exportação. (p. 67)
Essa situação é explicada pelas diferenças do pro- • Identifique as desigualdades mundiais que ocor-
duto interno bruto dos dois países: o PIB total bra- rem entre os países no comércio mundial e na es-
sileiro era mais de 80 vezes superior ao boliviano. perança de vida. (p. 69-70)
5. e • Explique alguns problemas sociais do mundo atual,
6. a) Por ser obtido a partir da divisão do PIB pelo nú- como saúde, educação, emprego e consumo. (p.
mero de habitantes do país, constituindo, portanto, 70-71)
uma média, o PIB per capita é um instrumento insu-
ficiente para analisar o desenvolvimento em países Capítulo 7 Globalização e pluralidade
que apresentam grande concentração de renda, pois
não reflete a desigualdade na distribuição desta.
cultural: conflitos regionais
b) Durante a década de 1970, os Tigres Asiáticos reali- e tensões no mundo
zaram grandes investimentos sociais, pois o mode-
lo de industrialização ali adotado, conhecido como
1. Objetivos
plataforma de exportação, requeria mão-de-obra Este capítulo faz uma análise da globalização da cul-
qualificada para as empresas que foram incentiva- tura de massas com o objetivo geral de que os alunos com-
das a se instalar naqueles países. Setores como os preendam que ao lado da tentativa de homogeneização
de saúde e educação beneficiaram-se desse mode- cultural subsistem culturas locais. O aluno deverá perce-
lo, ao contrário do que ocorre no Brasil, em que os ber que a globalização propicia novas possibilidades e
investimentos nessa área são muito limitados, difi- oportunidades de difusão cultural como também o surgi-
cultando a formação de mão-de-obra qualificada. mento de movimentos de afirmação de nacionalidades e
As empresas mais modernas e as que utilizam tec- a procura de identidade étnica, cultural e religiosa. Deve-
nologia avançada são obrigadas a se instalar no rá analisar as ameaças às culturas tradicionais e as difi-
Sudeste e no Sul do país, pois as outras regiões não culdades de manutenção dos grupos minoritários. São
oferecem mão-de-obra qualificada. também objetivos deste capítulo:
7. d 8. b • entender a constituição de Estados multinacionais
e distinguir alguns motivos de conflitos resultan-
4. Sugestões de questões para avaliação tes do processo histórico de ocupação e de inva-
sões de territórios;
• Como foram classificados os países após a Segunda • constar a existência de minorias étnicas e as pos-
Guerra Mundial, quanto ao modo de produção (p. sibilidades de convivência e de conflitos religio-
60), nível de desenvolvimento (p. 60-61), localiza- sos e socioeconômicos;

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• reconhecer, no processo de colonização e descolo- norias nacionais, que em geral lutam por sua soberania.
nização, alguns motivos dos conflitos étnicos atuais; Dentre os fatores que levam aos conflitos entre as nacio-
• entender as causas dos principais conflitos de nalidades, podemos citar as diferenças socioeconômicas,
nacionalidades do mundo atual; responsáveis pela transformação de muitas etnias em po-
• localizar as principais áreas de conflito no mun- vos oprimidos (de baixa renda) no interior dos Estados-
do e reconhecer as suas causas; nações. Esses grupos passam a lutar por seus direitos
• entender os conflitos religiosos e admitir que cau- econômicos e sociais. O aumento de migrações força-
sas econômicas e a disputa por recursos naturais das ou por necessidade econômica também forma gru-
podem originar guerras e conflitos; pos minoritários dentro de diversos países.
• situar o islamismo na geopolítica mundial; 7. Muitas guerras e conflitos têm ocorrido no mundo como
• perceber na nova ordem de poder mundial o pa- resultado do processo histórico de invasão e ocupação
pel de superpotência dos EUA e suas interven- de territórios e de delimitação de fronteiras. Desde o
ções e poder de ataque; século XVI, por exemplo, durante a colonização da Amé-
• conhecer os conflitos que envolvem indígenas do rica, da África e da Ásia, as grandes potências dividi-
mundo; ram e redistribuíram áreas, juntando, num mesmo ter-
• reconhecer a necessidade de políticas que respei- ritório, povos e nações diferentes ou separando gru-
tam a pluralidade cultural e a importância da cons- pos étnicos em diversos territórios. Posteriormente,
trução de um mundo mais pacífico. durante o processo de descolonização (final do século
XIX e início do século XX), novos territórios foram cons-
2. Conceitos e temas desenvolvidos truídos e desconstruídos.
8. a) Iraque d) Ossétia do Sul

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Estado multinacional; minorias nacionais; socieda- b) Afeganistão e) Oriente Médio
de multicultural; Oriente Médio; bascos; governo teocrá- c) Chechênia e Daguestão
tico fundamentalista islâmico; conflitos por fronteiras; 9. A: Oriente Médio — envolvendo Israel, a Palestina, a
curdos; Taliban; islamismo, muçulmanos ou maometanos; Síria, o Líbano, o Egito e a Jordânia. Conflitos decor-
monoteísmo, jihad; Al Qaeda; Guerra do Golfo; Doutrina rentes do expansionismo de Israel. Os palestinos lu-
Bush; guerras e conflitos étnicos e indígenas. tam pelo Estado palestino independente.
B: Kosovo — onde 90% da população é composta por
3. Encaminhamento das atividades e resolução albaneses. Lutas pela independência e separação, en-
volvendo as seis repúblicas da Iugoslávia (hegemonia
dos exercícios dos sérvios) e duas regiões autônomas que compunham
Avalie seu aprendizado (p. 82-83) esse país.
C: Irlanda do Norte ou Ulster — país situado no norte
Construindo conhecimento da ilha da Irlanda, componente do Reino Unido, em que
os católicos (minoria) vivem em conflito com os pro-
1. Resposta do grupo. Professor(a), em geral, os adoles-
testantes (maioria). O grupo católico IRA (Exército Re-
centes gostam de possuir roupas e objetos como mo-
publicano Irlandês) luta pela unificação com a Repú-
chilas, cadernos, relógios, tênis de marcas mundiais. É
blica da Irlanda ou Eire, de maioria católica, que ocu-
um bom momento para incentivar o uso de marcas na-
pa a maior parte da ilha.
cionais, assim como motivos regionais, como camise-
D: País Basco — região localizada entre a Espanha e a
tas sobre folclore, ou sobre paisagens brasileiras.
França, em que o grupo separatista ETA (Pátria Basca
2. Resposta do grupo. Os alunos devem concluir que a
e Liberdade) luta pela separação e constituição de um
televisão é um poderoso meio de comunicação. Além
Estado próprio.
de ter alcance internacional, permite que padrões de
E: Curdistão — região situada entre a Turquia, o Ira-
consumo se tornem mundiais formando uma “elite
que, a Síria, o Irã e a Armênia, que abriga a considera-
mundial, uma classe média mundial que segue o mes-
da maior etnia sem Estado do mundo, os curdos, que
mo estilo de consumo e prefere marcas mundiais”.
lutam pela formação de um Estado próprio.
3. Resposta do grupo. Professor(a), incentivar a idéia de
F: Caxemira — região de maioria muçulmana, dividida
que a base da harmonia social está no reconhecimen-
entre a Índia (maioria hindu), que possui dois terços
to e na aceitação de culturas diversas e não na opres-
de seu território, e o Paquistão (maioria muçulmana).
são, dominação ou imposição de uma cultura única.
Grupos muçulmanos na Caxemira indiana lutam pela
4. Resposta pessoal. Mahatma Gandhi fala sobre a impor-
unificação com o Paquistão.
tância do conhecimento de outras culturas e da neces-
sidade do reconhecimento e do respeito à pluralidade 10. Resposta pessoal.
cultural. Veja outras orientações na seção Complemen- 11. Após os ataques ao seu país em setembro de 2001,
tação e orientação didática. os EUA invadiram o Afeganistão adotando uma pos-
5. Resposta pessoal. Professor(a), veja outras orientações tura unilateral e dispensando o apoio de outros pa-
na seção Complementação e orientação didática. íses ou de organizações como a ONU. Desenvolve-
ram a Doutrina Bush, pela qual justificam interven-
ções ou ataques preventivos a países suspeitos de
Fixando o conteúdo
apoiar ações terroristas ou de possuir armas quí-
6. Diversos estados multinacionais abrigam em seu terri- micas, biológicas ou nucleares (como na invasão do
tório povos ou nacionalidades minoritárias que possu- Iraque em 2003), mesmo sem o aval de organiza-
em uma cultura distinta da dominante, chamadas de mi- ções internacionais.

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Complementação e orientação didática O objetivo das questões 6 a 10 é que o aluno com-
preenda o mosaico étnico existente no mundo e valorize
De posse das respostas das questões 4 e 5, o(a) as diferentes manifestações culturais e religiosas, reco-
professor(a) poderá promover um debate sobre a impor- nhecendo o direito à diversidade.
tância da tolerância cultural. O texto abaixo fornece sub- Na questão 11, o(a) professor(a) deve ressaltar o
sídios para o(a) professor(a). papel dos novos arranjos de poder mundial na gera-
“Numa altura em que a noção de um ‘choque ção de novos conflitos e tensões. É necessário que os
de culturas’ global ressoa fortemente — e preocu- alunos entendam os processos econômicos, geopolíti-
pantemente — por todo o mundo, encontrar res- cos e estratégicos que estão por trás das guerras en-
postas para as velhas questões sobre a melhor ma- tre as nações. É importante também que reconheçam
neira de gerir e mitigar os conflitos acerca da lín- o palco dos conflitos atuais: um mundo de contrastes
gua, religião, cultura e etnicidade assumiu uma im- extremos, onde subsistem países e pessoas com abun-
portância renovada. Para quem trabalha em desen- dância e outros com escassez. Ressaltar que essa situ-
volvimento, esta não é uma questão abstrata. Para ação acaba por reforçar conflitos de caráter regional
que o mundo atinja os Objetivos de Desenvolvimento com motivações étnicas.
do Milênio e acabe por erradicar a pobreza, tem
que enfrentar primeiro, com êxito, o desafio da cons- Em pauta: vestibulares e Enem (p. 427)
trução de sociedades culturalmente diversificadas
1. c 2. d
e inclusivas. Não só porque fazê-lo com êxito é con-
3. Dentre outros pontos, o aluno deve mencionar as dife-
dição prévia para os países se concentrarem ade-
rentes etnias que constituíam as diversas repúblicas da
quadamente noutras prioridades do crescimento
ex-Iugoslávia; a supremacia dos sérvios em relação aos
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econômico, a saúde e a educação para todos os ci-


outros grupos étnicos; a inexistência de um poder cen-
dadãos. Mas também porque permitir às pessoas
tralizador, como o do ex-presidente Tito, que conse-
uma expressão cultural completa é um fim impor-
guiu manter a união das repúblicas.
tante do desenvolvimento em si mesmo.
4. a) Entre outros conflitos, o aluno pode citar os que se
O desenvolvimento humano tem a ver, primeiro
verificam entre católicos e protestantes na Irlanda
e acima de tudo, com a possibilidade das pessoas
do Norte; entre cristãos e muçulmanos na Indoné-
viverem o tipo de vida que escolheram — e com a
sia; entre hindus e muçulmanos na Índia etc.
provisão dos instrumentos e das oportunidades para
b) Dentre os aspectos importantes que explicam os
fazerem as suas escolhas. Nos últimos anos, o Re-
conflitos religiosos encontram-se as diferenças so-
latório do desenvolvimento humano tem defendido
cioeconômicas, étnico-culturais e políticas.
fortemente que esta é uma questão, tanto de políti-
ca, como de economia — desde a proteção dos di-
reitos humanos até ao aprofundamento da demo- 4. Sugestões de questões para avaliação
cracia. A menos que as pessoas pobres e margina-
lizadas — que na maioria das vezes são membros • É possível falar, atualmente, na existência de um
de minorias religiosas, étnicas, ou migrantes — Sistema Mundial ou de uma Sociedade Global?
possam influenciar ações políticas, em nível local e (p. 74)
nacional, não é provável que obtenham acesso eqüi- • Explique por que na era da globalização e da
tativo ao emprego, escolas, hospitais, justiça, se- massificação da cultura surgem tantos movimen-
gurança e a outros serviços básicos. tos de afirmação de nacionalidades. (p. 74)
[...] Há uma lição geral que é clara: ter êxito
• O que são Estados multinacionais? (p. 75)
não é simplesmente uma questão de mudanças le-
gislativas e de políticas, por mais necessárias que • Cite exemplos de acontecimentos e guerras que
elas sejam. As constituições e as leis que protegem redefiniram fronteiras durante a história da hu-
e dão garantias às minorias, povos indígenas e ou- manidade. (p. 75)
tros grupos são uma base fundamental para liber- • Por que os curdos são considerados a maior et-
dades mais amplas. Mas, a menos que a cultura nia sem Estado do mundo. (p. 75)
política também mude — a menos que os cidadãos
• Explique dois conflitos na Federação Russa e nas
venham a pensar, sentir e agir de modo a contem-
Repúblicas do Cáucaso. (p. 76)
plar as necessidades e aspirações de outros —, a
verdadeira mudança não acontecerá. • Explique as causas de dois conflitos na Europa.
Quando a cultura política não muda, as con- (p. 76-77)
seqüências são perturbadoramente claras. Dos gru- • Cite três características do islamismo e três paí-
pos indígenas descontentes da América Latina às ses onde esta religião é praticada pela maioria da
minorias infelizes de África e da Ásia e aos novos população. (p. 77)
imigrantes de todo o mundo desenvolvido, não re- • Explique as relações políticas recentes entre o Ira-
solver as razões de queixa de grupos marginaliza- que e os EUA. (p. 78)
dos não cria apenas injustiça. Cria verdadeiros
• Cite dois motivos de conflitos na África e os paí-
problemas para o futuro: jovens desempregados e
ses envolvidos. (p. 79-80)
descontentes, zangados com o status quo e a exi-
girem mudança, muitas vezes violentamente.” • De que forma os conflitos internos afetam a socie-
Relatório do desenvolvimento humano 2004, p. V e VI. dade e a economia de um país? (p. 82)

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UNIDADE O ESPAÇO NATURAL E
III O ESPAÇO MODIFICADO
PELA HUMANIDADE
Nesta unidade, composta por seis capítulos, os alunos deverão reconhecer mais detalhadamente as
características essenciais do espaço natural, que é a fonte imediata da existência humana e o palco onde
ela reelabora e constrói o espaço geográfico.
Começamos descrevendo exemplos das inúmeras e cada vez mais preocupantes interferências hu-
manas na natureza, a busca de soluções e os meios para corrigir tais problemas.
No capítulo 9, desenvolvemos o estudo da Terra, seus movimentos e as relações destes com os
ciclos da natureza. Descrevemos sua idade, evolução e estrutura, abrangendo a discussão das teori-
as da Deriva dos Continentes e da Tectônica de Placas. As modificações provocadas no relevo terres-
tre por agentes naturais e pelo homem, as características e a utilização dos solos são assuntos do
capítulo 10.
Os minerais e as rochas, bem como as matérias-primas minerais, sua utilização e extração, são as-
suntos do capítulo 11.
Nos capítulos 12 e 13, discutimos a dinâmica atmosférica e as paisagens vegetais, relacionando passo a
passo esses elementos naturais. Abordamos, também, a destruição de florestas, rios, mares e oceanos.

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Capítulo 8 Impactos da atividade • identificar causas de poluição dos rios, oceanos e ar;
humana sobre o meio • entender a poluição como um problema político-
econômico;
ambiente e a busca de • compreender o papel da camada de ozônio e as
soluções conseqüências de sua destruição;
• perceber as causas e as conseqüências do efeito
1. Objetivos estufa e a contribuição dos grupos de países para
Neste capítulo procuramos aprofundar alguns temas a sua ocorrência;
sobre o meio ambiente, como a relação consumo — natu- • constatar as causas e os problemas decorrentes
reza, a poluição urbana das águas, do ar (com especial das chuvas ácidas;
atenção para as questões da chuva ácida, do buraco na • entender a poluição dos ambientes urbanos;
camada de ozônio e do agravamento do efeito estufa), e • discutir o destino do lixo sólido urbano;
soluções possíveis para esses problemas. • discutir formas de conservação de recursos na-
Esperamos que, no final deste estudo, os alunos se- turais e retomar o conceito de desenvolvimento
jam capazes de: sustentável;
• perceber que essas questões envolvem processos • reconhecer a reciclagem como uma forma de con-
variados de interação entre a humanidade e a servar recursos e energia.
natureza, ou seja, de ocupação do solo, de demanda
por recursos naturais, de ocupação de espaços 2. Conceitos e temas desenvolvidos
urbanos e rurais, de crescimento populacional e
de consumo; Conferência de Estocolmo; Eco-92 ou Rio-92; Carta
• depreender a relação entre o aumento do domí- da Terra; Agenda 21; Rio+10; Metas do Milênio; consumo
nio tecnológico e a destruição do meio ambiente; e natureza; World Watch Institute; poluição das águas
• compreender o papel das ONGs na luta pela pre- oceânicas e fluviais; maré vermelha; poluição atmosféri-
servação ambiental e das conferências internaci- ca; buraco na camada de ozônio; ozônio; Protocolo de
onais (Estocolmo, Montreal, Eco-92 ou Rio-92, Montreal; efeito estufa; CFC; gases-estufa; Conferência e
Rio+10) na busca de soluções no âmbito gover- Protocolo de Kyoto; comércio de emissões; reduções cer-
namental; tificadas de emissões (RCE); chuvas ácidas; poluição ur-
• avaliar as declarações de princípios e os progra- bana; lixo sólido urbano; conservação de recursos; reci-
mas de ação tirados desses eventos (Protocolo de clagem; ecodesenvolvimento.
Montreal, Carta da Terra, Agenda 21, Protocolo
de Kyoto, Metas do Milênio) e a atitude dos di- 3. Encaminhamento das atividades e resolução
versos governos, especialmente o dos Estados dos exercícios
Unidos;
• discutir a pressão que o crescimento do consumo Avalie seu aprendizado (p. 93-94)
exerce sobre o ambiente;
• reconhecer que os países ricos são os que mais con-
Construindo conhecimento
somem e que os países pobres são os mais preju- 1. Resposta pessoal.
dicados pela destruição ambiental; 2. a) Resposta pessoal.
• definir poluição ambiental; b) Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien-
• perceber os efeitos desastrosos da maré vermelha; tação didática.

20

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Fixando o conteúdo Complementação e orientação didática
3. a) Chuva ácida. Para a questão 2b, existe um artigo muito interes-
b) A chuva ácida carrega metais tóxicos, principalmente sante denominado Guia de boas práticas para o consumo
o alumínio, contaminando as águas e o solo, ma- sustentável que o(a) professor(a) pode imprimir e passar
tando animais, provocando danos em árvores, edi- para os alunos. Esse guia aborda medidas práticas para
ficações, veículos etc. um consumo sustentável e é resultado de uma parceria entre
4. a) A partir da Revolução Industrial o homem alcan- as instituições: Instituto de Defesa do Consumidor (Idec),
çou níveis elevados de desenvolvimento industri- http://www.idec.org.br; Ministério do Meio Ambiente, http://
al, científico, tecnológico, aumentando a agressão www.mma.gov.br e Secretaria de Políticas para o Desen-
à natureza. volvimento Sustentável, http://www.mma.gov.br.
b) As principais atividades responsáveis pela poluição O(A) professor(a) pode iniciar um debate colocan-
são as indústrias, a mineração e a agricultura. do um tema para reflexão: “Por que, nos últimos duzen-
5. a) I, III, IV, XI, XIII, XV e XVI. tos anos, sobretudo após a Revolução Industrial, a huma-
b) II, V, VI, VII, VIII, IX, X, XII e XIV. nidade começou a afetar o meio ambiente de forma tão
6. a) A camada de ozônio filtra a maior parte (70 a 90%) significativa?”
dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. Sem ela Fornecemos alguns eixos para orientar grupos de
ocorrerá um superaquecimento capaz de compro- discussão:
meter a vida na Terra. • Industrialização X meio ambiente
b) É um grupo de gases utilizados em sistemas de refri- • Modos de vida urbano e rural X natureza
geração, produção de aerossóis (sprays), espumas etc. • Mudanças ambientais globais X interesse de paí-
ses ricos
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

c) Reage com outros gases, destruindo a camada de


ozônio. • Desenvolvimento sustentável X consumismo
• Controle da poluição do ar X indústria automobi-
7. a) Os países participantes da Conferência de Kyoto
lística
decidiram estabelecer um Protocolo de medidas para
• Recursos naturais X limites de exploração
diminuir o uso de substâncias procedentes da quei-
• Lixo urbano X desperdício
ma dos minerais térmicos. Essa queima provoca, en-
• Preservação das florestas X indústria extrativa
tre outros problemas, o efeito estufa.
(madeireiras)
b) O acordo de Kyoto estipulou uma redução de 5,2%
das emissões de carbono de cada país na atmosfe-
ra entre 2008 e 2012. Não poderá obter resultado Em pauta: vestibulares e Enem (p. 428)
porque foi introduzido nele o comércio de emis- 1. a 2. e 3. a 4. b 5. d
sões, pelo qual os países ricos podem comprar dos 6. a) O Chile fica próximo à Antártida, onde ocorre o
países pobres o percentual a mais que tiverem con- problema do buraco da camada de ozônio, e por isso
seguido. Os Estados Unidos, que respondem por as conseqüências desse fenômeno são mais inten-
um quarto das emissões mundiais dos gases-estu- sas naquele país.
fa, desfizeram o compromisso, tornando o Proto- b) Com a diminuição da camada de ozônio, os raios
colo inoperante, em grande parte. Os problemas ultravioleta são mais nocivos à saúde, podendo oca-
cresceram nos últimos dez anos: a emissão de ga- sionar o aumento do risco de desenvolvimento de
ses que acentuam o efeito estufa aumentou 9%. O doenças, como o câncer de pele.
investimento em iniciativas ambientais foi peque- c) O aluno pode citar, entre outras medidas, a assinatura
no, principalmente nos países subdesenvolvidos. de acordos como o Protocolo de Montreal ou de Kyoto
8. a) Porque os países desenvolvidos concentram a maior por todos os países; a eliminação do uso de CFCs
parte das indústrias do mundo. Também são os (clorofluorcarbonetos), matéria-prima para a refri-
maiores consumidores de energia térmica e de re- geração e aerossóis; a diminuição da emissão de gases
cursos naturais, além de induzirem os países po- poluentes na atmosfera etc.
bres a degradar seus ambientes.
b) A maior parte dos gases poluentes do ar atmosféri- 4. Sugestões de questões para avaliação
co, como óxidos, clorofluorcarbonetos (CFCs), mo-
nóxido de carbono e outros é enviada à atmosfera • O que foi a Eco-92? Qual seu principal objetivo?
pelos países desenvolvidos. Estes ainda são os res- (p. 86)
ponsáveis por cerca de 70% das emissões do dióxi- • O que é a Carta da Terra e a Agenda 21? (p. 87)
do de carbono (CO2), gás-estufa produzido pela quei- • Cite dois aspectos positivos e dois negativos apon-
ma de combustíveis fósseis. tados pelo relatório Estado do mundo 2002, rela-
c) Nos países pobres, as principais formas de degrada- cionados à questão ambiental e ao desenvolvimento
ção ambiental são o desmatamento, as queimadas, a social mundial. (p. 87-88)
erosão dos solos, a desertificação, a ocupação desor- • Explique o que é a maré vermelha e seus efeitos.
denada do solo e o crescimento populacional e urba- (p. 89)
no acelerados. Além disso, a necessidade dos países • Explique o efeito estufa. (p. 90)
pobres de exportar produtos primários para pagar a • Quais são as dificuldades para eliminação do efeito
dívida externa e realizar importações resulta na ex- estufa? (p. 90-91)
cessiva exploração de seus recursos naturais e na con- • Quais são os principais gases que contribuem para
seqüente degradação ambiental. o efeito estufa? (p. 91)

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• Cite duas razões da degradação dos ambientes nuvem de poeira que encobriu a luz do Sol. O in-
urbanos. (p. 92) verno resultante da falta de luz extinguiu muitas
• O que significa conservação dos recursos? (p. 92) espécies, principalmente de animais grandes.
b) Resposta pessoal. Tudo indica que essa catástrofe
Capítulo 9 A Terra: movimentos constituiu-se em um aspecto importante da evolu-
ção das espécies no planeta, permitindo o desen-
e evolução
volvimento dos mamíferos, entre eles, o homem.
1. Objetivos
Neste capítulo objetivamos: identificar os movimen-
Fixando o conteúdo
tos da Terra, as relações da rotação com a iluminação solar 2. a) No solstício, quando a Terra está mais distante do
(dia e noite) e com os fusos horários, e da translação com Sol em sua órbita. Por causa da inclinação do eixo
as diferenças de aquecimento entre as latitudes durante o da Terra com relação ao plano da eclíptica, os lo-
ano; trabalhar com a noção de tempo geológico; estudar cais voltados para o Sol são mais iluminados (ve-
as principais teorias sobre a formação e a distribuição das rão), ou seja, os raios solares incidem mais per-
massas continentais, entrando em contato: pendicularmente sobre um dos hemisférios, pro-
• primeiramente, com as evidências que serviram vocando maior aquecimento. No outro hemisfé-
de base para a formulação da Teoria da Deriva rio é inverno.
Continental, identificando as massas continentais b) Em 21 de março e 23 de setembro, nos equinócios.
antigas (Pangéia, Laurásia, Gondwana) e as divi- 3. O sistema de medição do tempo foi inventado pelos seres
sões e separações dos supercontinentes, e humanos a partir do movimento natural de rotação da
• depois, com as novas evidências que levaram à

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Terra.
confirmação da Teoria da Tectônica de Placas
4. O Brasil possui quatro fusos horários, todos a oeste
continentais, constatando a coincidência na lo-
do meridiano de Greenwich e, por isso, as horas em
calização das dorsais submarinas com áreas de
seu território são atrasadas em relação à desse me-
vulcanismo, terremotos e falhas geológicas, e re-
ridiano.
lacionando a expansão do assoalho oceânico com
5. Sim. As duas cidades têm a mesma hora legal, pois se
o movimento das placas tectônicas e a tectôni-
situam no terceiro fuso horário a oeste de Greenwich.
ca de placas com deformações na crosta terres-
tre, vulcanismos, abalos sísmicos e terremotos. 6. O limite prático é um artifício ou recurso mundialmen-
te utilizado para evitar que pequenas unidades políti-
co-territoriais (países ou Estados) apresentem diver-
2. Conceitos e temas desenvolvidos sos horários.
Movimento de rotação; movimento de translação (sols- 7. Fernando de Noronha (PE): 10:00 horas, 1 hora a mais;
tício, equinócio, estações do ano); movimento aparente do Belém (PA), Recife (PE), São Paulo (SP) e Porto Alegre
Sol; fusos horários (limite teórico, limite prático, linha in- (RS): 9:00 horas, nenhuma diferença; Cuiabá (MT) e
ternacional de data); órbita, periélio, afélio, plano da eclíp- Manaus (AM): 8:00 horas, 1 hora a menos; Rio Branco
tica; geologia, fósseis, meia-vida; estrutura e camadas da (AC): 7:00 horas, 2 horas a menos.
Terra (litosfera, crosta terrestre, magma, astenosfera, me- 8. a) O processo de deriva, colisões ou compressão das
sosfera, manto, camada intermediária, núcleo ou nife, sial, bordas dos continentes deu origem às grandes
sima); período glacial; eras geológicas (Azóica, Arqueozóica, cordilheiras atuais. Nesses choques, muitos se-
Proterozóica, Paleozóica, Mesozóica, Cenozóica); períodos dimentos marinhos foram incorporados aos con-
geológicos; grau geotérmico; Teoria da Deriva Continen- tinentes.
tal ou translação dos continentes ou Teoria de Wegener; b) Resposta pessoal. Xenófanes estava correto em sua
massas continentais antigas (Pangéia, Laurásia, Gondwa- suposição, mas faltavam-lhe outras evidências que
na); ilhas (continentais e isoladas ou oceânicas); Teoria da comprovassem este processo. Novos estudos e des-
Tectônica de Placas, placas tectônicas; isostasia; astenos- cobertas originaram a Teoria da Tectônica de Pla-
fera; cadeias oceânicas ou dorsais submarinas (Dorsal Meso- cas, 2.500 anos depois.
Atlântica); áreas vulcânicas e de terremotos; falha geológi- 9. A Pangéia era um bloco continental banhado por ape-
ca; expansão do fundo marinho ou do assoalho oceânico; nas um mar, denominado Tethys. Quando os continen-
rift valleys; subducção; estrutura geológica, geomorfolo- tes começaram a se afastar, formaram-se dois super-
gia, unidade geotectônica, bacias sedimentares, crátons, continentes: a Laurásia (América do Norte, Groenlân-
escudos cristalinos, plataformas, dobramentos (modernos, dia e Eurásia) e Gondwana (América do Sul, África,
antigos); movimentos orogenéticos, cordilheiras. Índia, Antártida e Austrália). Depois a América do Sul
separou-se da África e, a seguir, a América do Norte
3. Encaminhamento das atividades e resolução afastou-se da Laurásia. Num último estágio, as Améri-
dos exercícios cas se juntaram, a Austrália separou-se da Antártida,
a Índia “chocou-se” com a Ásia e a Groenlândia afas-
Avalie seu aprendizado (p. 106-107) tou-se da América. Os continentes ficaram separados
pelos oceanos.
Construindo conhecimento 10. a) Placa Sul-americana.
1. a) Resposta pessoal. Tudo indica que um meteorito b) O território brasileiro se situa na parte central da
colidiu violentamente com a Terra, provocando uma Placa Sul-americana, sendo que a maior parte dos

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vulcões e os terremotos mais intensos ocorrem nos Em pauta: vestibulares e Enem (p. 429)
limites externos das placas.
1. c 2. a 3. b 4. b 5. d 6. d 7. d 8. e 9. b 10. a 11. b 12. a
c) Na parte oeste da América do Sul ocorre choque
entre a Placa Sul-americana e a Placa de Nazca.
11. O conhecimento das dorsais submarinas; a coincidência 4. Sugestões de questões para avaliação
da distribuição das áreas de vulcanismo e terremotos
• Fale sobre os movimentos de translação e rota-
com as dorsais submarinas e grandes cadeias de mon-
ção da Terra: duração, importância e conseqüên-
tanhas nos continentes; a expansão do fundo mari-
cias. (p. 95)
nho ou do assoalho oceânico.
12. Quando duas placas se separam, formam-se rifts • Explique o movimento aparente do Sol. (p. 95)
(fendas) na crosta. No meio dos oceanos, esse mo- • Explique os cálculos feitos para a determinação
vimento resulta na expansão do fundo marinho e dos fusos horários. (p. 95)
na formação das cadeias oceânicas; nos continen-
• O que é um fóssil, como se determina sua idade?
tes, a expansão da crosta pode formar rift valleys
(p. 98)
(vales de afundamento). Quando as placas se mo-
vem uma em direção à outra, pode ocorrer sub- • Cite uma característica de cada era geológica (azói-
ducção: uma das placas é forçada a mergulhar sob ca, arqueozóica, proterozóica, paleozóica, meso-
a outra. No meio dos oceanos, esse processo dá zóica, cenozóica). (p. 99)
origem às fossas oceânicas, às atividades sísmicas • O que é grau geotérmico e o que ele nos indica
e aos arcos de ilhas vulcânicas. As montanhas po- sobre o interior da Terra? (p. 100)
dem formar-se onde há subducção da crosta oceâ- • Cite uma característica de cada uma das seguin-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

nica sob a crosta continental. tes camadas da Terra: litosfera, manto e núcleo.
(p. 100)
Complementação e orientação didática • O que são dorsais submarinas? Cite um exemplo.
(p. 103)
Professor(a), um tema de pesquisa possível é o ano
bissexto, que dura 366 dias e ocorre a cada quatro anos. • Explique a expansão do fundo marinho e as con-
O ano bissexto foi criado pelos romanos, em virtude da seqüências desse movimento da crosta. (p. 103)
incompatibilidade existente entre a duração do ano civil • Cite exemplos de áreas geologicamente instáveis
egípcio (365 dias) e a duração do movimento de transla- na crosta terrestre e explique as causas dessa ins-
ção da Terra (365 dias e 6 horas). Os romanos decidiram tabilidade. (p. 103)
juntar (somar) as 6 horas que “sobravam” a cada ano (24 • O que são bacias sedimentares? Qual tipo está
horas ou 1 dia no final de quatro anos) e criar mais 1 dia, associado à ocorrência de combustíveis fósseis?
que foi acrescentado ao mês de fevereiro. (p. 105)
Com relação ao tempo geológico, é sempre con-
veniente o(a) professor(a) comparar a escala temporal • O que são crátons, escudos cristalinos e platafor-
que caracteriza a evolução dos fenômenos geológicos mas? (p. 105-106)
com o ritmo de tempo da humanidade ou até com aquele • Explique a formação dos dobramentos modernos
a que estamos acostumados em nosso dia-a-dia. As- e cite um relevo resultante desse processo. (p. 106)
sim, por exemplo, podemos pedir aos alunos uma des-
crição dos acontecimentos importantes de suas vidas,
marcando o tempo decorrido entre eles, e compará- Capítulo 10 O relevo terrestre,
los com aqueles descritos na escala de tempo geológi-
co da página 99 do livro-texto. Pedir aos alunos que
seus agentes e os solos
observem, grosso modo, o tempo decorrido entre o apa- no mundo
recimento dos peixes e o dos mamíferos, ou o tempo
entre uma era e outra. Trabalhar também o mapa da 1. Objetivos
figura 5 (p. 102 “A divisão da Pangéia”) e verificar o Este capítulo busca levar os alunos à percepção de
espaço de tempo que foi necessário para os continen- que as diferentes configurações da superfície terrestre (o
tes se separarem. Com relação à história da Terra, es- relevo) resultam da atuação de agentes internos e exter-
tamos falando de bilhões ou de milhões de anos. É ne- nos da Terra e à identificação das principais formas de
cessário deixar claro que toda a história das socieda- relevo terrestre.
des humanas corresponde a uma pequena fração de Nesse percurso propomos os passos que permitam
tempo da história geológica. aos alunos:
Outro aspecto importante a ser reconhecido pe-
• distinguir os agentes internos da Terra e a forma
los alunos são as limitações, o poder e as conseqüên-
como atuam;
cias da atuação da humanidade no processo de trans-
formação da natureza. Pode-se fazer uma lista a partir • identificar os principais tipos de vulcões, sua lo-
de algumas perguntas: quais transformações naturais calização geográfica e o relevo resultante dessa
você presenciou ou de que teve conhecimento que te- atividade;
nha influenciado a vida humana? Quais transformações • conhecer as forças que provocam os abalos sís-
provocadas pelos seres humanos interferiram no rit- micos, terremotos e maremotos e as conseqüên-
mo natural? cias desses movimentos;

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• identificar os principais fenômenos externos que 3. a) Podemos associar esse relevo aos movimentos oro-
atuam no relevo e constatar o incessante traba- genéticos.
lho realizado por eles na transformação das pai- b) Na foto observamos que os sedimentos foram do-
sagens; brados, ou seja, sofreram pressão horizontal, por-
• perceber, a partir do estudo das etapas e dos fa- tanto são movimentos orogenéticos.
tores que atuam em sua formação, que o solo re- 4. Dobramentos: a pressão horizontal, contra as cama-
sulta da ação do intemperismo; das de rochas mais elásticas, provoca o encurvamento
dessas camadas.
• diferenciar as camadas ou horizontes do solo e
Falhas: as forças são exercidas verticalmente sobre
os diversos tipos de solo;
camadas de rochas resistentes e de pouca plasticida-
• localizar os solos férteis; de, fraturando e deslocando blocos.
• identificar os principais agentes da degradação 5. a) Existe uma grande coincidência entre a localização
dos solos. das áreas vulcânicas e dos terremotos. É nas bor-
das das placas tectônicas que ocorrem os maiores e
2. Conceitos e temas desenvolvidos mais violentos terremotos e erupções vulcânicas. Em
geral, os vulcanismos são precedidos de tremores
Relevo (planícies, montanhas, planaltos, depressões, de Terra.
depressões continentais, depressão absoluta, depressão b) Podem ser catastróficos, matando pessoas e destru-
relativa, cuestas); altitude; geomorfologia; agentes internos indo cidades e vilas, plantações etc.
ou endógenos do relevo (diastrofismo, epirogênese, oro- 6. a) Erosão glaciária; b) Erosão fluvial; c) Erosão eóli-
gênese); falhas; dobras ou dobramentos; vulcanismo; ca; d) Erosão marinha; e) Erosão eólica; f) Erosão
vulcões (ativos e extintos); sismógrafo; relevo vulcânico;

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marinha.
gêiser; abalo sísmico; terremoto (hipocentro, epicentro); 7. Solo é a camada superficial da crosta terrestre. É for-
Escala Richter; maremoto; tsunami; agentes externos ou mado pela desintegração e decomposição das rochas
exógenos do relevo (intemperismo, meteorização); ero- por meio do intemperismo, bem como da incorpora-
são (fluvial, pluvial, glaciária, eólica, marinha, antrópi- ção de elementos orgânicos.
ca); rio; delta; estuário; sedimentos; geleira; mar; tôm- 8. a) O solo 1 não apresenta os horizontes B e C. O solo
bolo; fiordes; restinga; lagoa costeira; abrasão marinha; 2 é mais profundo, apresentando os horizontes A,
falésia; solo (zonal, azonal, interzonal, eluvional, aluvi- B e C.
al); pedologia; intemperismo; horizontes do solo; latos- b) O perfil 1 é um solo azonal, do tipo litossolo, recen-
solo; podzol; brunizen; solo desértico; tundra; solo hi- te e desprovido dos horizontes B e C. O perfil 2 é de
dromórfico; solo salino; grumossolo; litossolo; regosso- solo zonal, maduro, apresentando os horizontes A,
lo; cambissolo; tchernozion; loess; massapê; terra-roxa; B e C bem caracterizados.
húmus; rocha matriz; regolito; lixiviação; assoreamento;
pH; canga; laterização; salinização.
Complementação e orientação didática
3. Encaminhamento das atividades e resolução Para a análise de um ambiente fluvial, o(a)
professor(a) deverá fazer uma visita prévia ao local (tre-
dos exercícios cho do principal rio da região) e preparar com antece-
Avalie seu aprendizado (p. 118-119) dência o roteiro de estudos e observações. Esse roteiro
pode ser elaborado com a participação dos alunos, e nele
Construindo conhecimento deverão constar os aspectos do rio a serem observados,
1. Para a análise de um ambiente fluvial, o(a) professor(a) como, por exemplo, o traçado (linear ou em curvas); o
poderá levar os alunos para uma visita a um trecho do relevo do trecho observado (planície, planalto); o leito
rio. Veja outras orientações na seção Complementação (pedregoso ou arenoso); o curso (quedas bruscas, casca-
e orientação didática. tas ou cachoeiras).
Outros dados terão de ser conseguidos em pes-
quisas na biblioteca, em jornais, na internet, na prefei-
Fixando o conteúdo tura do município como: a classificação em principal ou
2. a) Professor(a), observar com os alunos as áreas ver- afluente; local da nascente e sua distância em relação à
des do mapa, que representam as planícies. Sim, região; local da foz e sua distância em relação à região;
podemos encontrar planícies em todos os continen- a característica da desembocadura (delta ou estuário);
tes. América do Norte: Planície Central, do Rio Mis- se o rio provoca alterações no relevo, enchentes, des-
sissípi e Mackenzie; América do Sul: Amazônica e barrancamentos; de que formas o rio é utilizado (irri-
Platina; Europa: Planície Germano-Polonesa, Planí- gação, indústria, transporte, abastecimento de água).
cie Sarmática; Ásia: Planície da Sibéria; África: Pla- Os alunos podem fazer um levantamento, em jor-
nície do Congo. nais e revistas, de terremotos e de erupções vulcânicas
b) África: Planície litorânea, Planalto dos Grandes La- ocorridos no mundo e eventualmente no Brasil, durante
gos, Bacia do Congo. América do Sul: Planície Ama- o ano letivo, e suas conseqüências. Lembrar que devem
zônica e Cordilheira dos Andes. colocar dados sobre a fonte de pesquisa (nome do autor
c) América: Cordilheira dos Andes e Montanhas Ro- e da publicação, local) e a data. A partir dos trabalhos
chosas; África: Atlas; Ásia: Himalaia, Altai; Euro- individuais, organizar um trabalho coletivo (tabela com
pa: Alpes, Cárpatos, Bálcãs. os acontecimentos pesquisados) para avaliação.

24

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Em pauta: vestibulares e Enem (p. 432) • identificar os processos por meio dos quais as
rochas sofrem metamorfismo;
1. c 2. c 3. c 4. d 5. d 6. e
• compreender a relação entre a localização dos mi-
7. a) O relevo dessas áreas origina-se dos dobramentos
nérios e as estruturas geológicas da crosta terrestre.
modernos do Período Terciário da Era Cenozóica.
b) O intemperismo físico predominante na região deve-
se ao clima árido e de altitude, com grande ampli-
2. Conceitos e temas desenvolvidos
tude térmica, que atinge 48 ºC no verão e –26 ºC no
inverno. Crosta terrestre; minerais (metálicos, não-metáli-
cos); mineralóides; dureza dos minerais; combustíveis fós-
4. Sugestões de questões para avaliação seis; escala de Mohs; rocha magmática ou ígnea (intru-
siva, abissal ou plutônica; extrusiva, efusiva ou vulcâni-
• Conceitue planície, montanha, planalto, depres- ca); rocha metamórfica; rocha sedimentar; lava; massa
são (continental, absoluta e relativa). (p. 108-109) afanítica; estalactite; estalagmite; ciclo das rochas; sedi-
• O que são movimentos tectônicos, que tipo de mentos; minérios.
deformações provocam nas rochas? (p. 110)
• Que tipo de relevo pode resultar desses movimen-
tos? (p. 110) 3. Encaminhamento das atividades
• Exemplifique os agentes endógenos e exógenos e resolução dos exercícios
do relevo. (p. 110 e 113)
• Diferencie diastrofismo de epirogênese e de oro-
Avalie seu aprendizado (p. 126-128)
gênese. (p. 110) Construindo conhecimento
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

• Relacione o hipocentro e o epicentro de um ter-


1. a) Os mapas topográficos dão-nos informações sobre
remoto com os danos causados. (p. 112)
o relevo, ou seja, sobre o que está acima da superfí-
• Cite um exemplo de erosão fluvial, glaciária, eóli- cie. Os mapas geológicos permitem o conhecimen-
ca e marinha. (p. 113-114) to dos diferentes tipos de rochas e do subsolo, e da
• Diferencie delta e estuário. (p. 113) disposição dessas rochas em profundidade.
• Conceitue tômbolo, restinga, lagoa costeira e fa- b) O mapa geológico.
lésia. (p. 114) c) Nos depósitos sedimentares.
• Que elementos são responsáveis pela formação d) As maiores altitudes são menos indicadas para a
dos solos zonais, azonais e interzonais? (p. 115) ocupação humana, pois correspondem às vertentes
• Diferencie os solos eluviais dos aluviais. (p. 116) e topos de morros, onde a erosão é mais acentuada.
• Onde se localizam os solos mais férteis do mun- e) As áreas mais altas sofrem processos de erosão e
do? Cite exemplos. (p. 116) as mais baixas de deposição. Por ação da gravida-
de os materiais rolam dos topos e vertentes para as
• O que é erosão do solo e quais são seus princi-
rampas e áreas de planície fluvial e terraços.
pais agentes? (p. 116)
f) Aquela onde há ocupação industrial.
• Qual a importância do conhecimento do pH do
solo? (p. 117)
Fixando o conteúdo
• O que é laterização e quais são as conseqüências
desse processo para os solos? (p. 117) 2. As rochas sedimentares (foto de cima) apresentam-se
• Explique os processos de salinização dos solos e em camadas e as magmáticas (foto de baixo) formam
indique as áreas onde ocorrem. (p. 117) uma só massa. Pelas fotos é possível perceber que as
rochas sedimentares são formadas por restos de ou-
tras rochas, de areia e sedimentos.
3. a) Rochas magmáticas: as intrusivas no interior da Terra
Capítulo 11 Minerais e rochas: e as extrusivas no exterior, pelo resfriamento das
panorama mundial lavas vulcânicas. Metamórficas: da transformação
de rochas ígneas e sedimentares. Sedimentares: no
1. Objetivos fundo dos mares, pelo transporte de sedimentos.
No estudo deste capítulo, os alunos serão levados a: b) As rochas magmáticas e metamórficas. As magmá-
ticas resultam do resfriamento e solidificação do
• identificar os principais elementos químicos pre-
magma pastoso; as metamórficas, das transforma-
sentes na crosta terrestre, que fazem parte dos
ções sofridas pelas rochas magmáticas e sedimen-
minerais e das rochas;
tares quando submetidas ao calor e à pressão no
• conhecer as propriedades, as classificações e a
interior da Terra.
utilização dos minerais;
c) As rochas sedimentares, que se formam a partir de
• reconhecer os distintos processos naturais que dão processos erosivos (águas correntes, ventos, rios,
origem aos diferentes tipos de rochas; mares).
• diferenciar os processos de formação de rochas 4. a) Depende do ritmo de extração e de reposição do
magmáticas intrusivas e extrusivas; recurso.
• entender que as rochas sedimentares resultam da b) Como recurso não-renovável, pois sua utilização
desagregação de outras rochas; supera sua extração.

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Manual-Parte 1 fonte nova 25 07/04/2005, 17:38


5. O Ciclo das Rochas • Relacione os processos erosivos com a formação
Rocha ígnea das rochas sedimentares e explique o relevo re-
sultante. (p. 121-122)
Intemperismo, Sedimentos
• Conceitue e exemplifique as rochas metamórficas.
transporte e deposição
(p. 122)
Resfriamento e solidificação

• O que é extrativismo? (p. 124)


• Diferencie os recursos naturais não-renováveis dos
renováveis. (p. 125)
ão

Intemperismo, transporte e deposição


Calor e pressão (metamorfismo)

osiç

Compressão e cimentação (litificação)


(cristalização)

dep

Capítulo 12 A atmosfera e sua dinâmica:


te e

o clima mundial
por

1. Objetivos
ans
o, tr

A atmosfera, o tempo e o clima apresentam uma


rism

Magma dinâmica própria com leis específicas, mas que se inter-


mpe

relacionam com os processos de modelagem do relevo,


de formação das rochas e dos solos, assim como com a
Inte

disposição das bacias hidrográficas e com o regime dos


rios. Todos esses processos resultam em diferentes pai-
Fusão

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


sagens vegetais.
Calor e pressão Neste capítulo, inicialmente caracterizamos a atmosfe-
(metamorfismo) ra, sua composição e os principais fenômenos atmosféricos
que ocorrem em suas camadas, e diferenciamos os fenôme-
Rocha metamórfica Rocha sedimentar
nos e as escalas temporais que definem o tempo e o clima.
Fonte: A Terra. Série Atlas visuais. São Paulo, Ática, 1998. p. 20. Os alunos deverão, no final do estudo deste capítu-
lo, ser capazes de:
6. Rochas: basalto, sienito, diabásio, mármore, granito. • identificar as camadas da atmosfera e os princi-
Minerais: quartzo, diamante, ferro, prata, mica, felds- pais elementos do clima;
pato. • compreender os fatores responsáveis pela varia-
7. a) estanho c) chumbo ção da temperatura de um lugar para outro, como
b) manganês d) cobre também num mesmo lugar no decorrer de um dia;
8. Impactos ambientais: desflorestamento, destruição de • relacionar altitude, latitude, distribuição de mas-
ecossistemas e do relevo, erosão do solo, poluição dos sas líquidas, rotação da Terra e massas de ar com
solos, das águas e do ar. a variação da temperatura;
Impactos sociais: invasão de terras indígenas, colo- • identificar as principais zonas climáticas da Terra;
cando em risco nações inteiras e seu meio de sub- • reconhecer a influência das correntes marítimas
sistência; contaminação de pessoas por metais pe- sobre o clima;
sados. • compreender o ciclo hidrológico que se verifica
na circulação da umidade na Terra;
Complementação e orientação didática • entender o papel da umidade atmosférica como
regulador térmico da Terra e suas classificações
O(A) professor(a) poderá pedir para os alunos que (umidade relativa, absoluta e ponto de saturação);
tragam amostras de rochas e minerais e utilizar uma lupa • identificar as principais nuvens, distinguir os ti-
ou um microscópio para analisar as partículas que os com- pos de precipitações atmosféricas e conhecer a
põem. A maioria das rochas contém mais de um mineral, distribuição geográfica mundial das chuvas;
porém algumas, como o quartzito (quartzo puro) e o már- • relacionar variação da pressão atmosférica com
more (calcita pura), contêm apenas um mineral. Os alu- altitude e temperatura, e áreas ciclonais e anti-
nos perceberão até a olho nu as diferenças na forma, cor ciclonais com a movimentação do ar;
e tamanho dos grãos entre os minerais constituintes das • entender a dinâmica dos ventos e diferenciar seus
rochas. tipos;
• compreender a formação de massas de ar e a di-
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 433) nâmica responsável pela circulação geral da at-
1. e 2. d 3. b 4. d mosfera;
• entender as causas naturais e antrópicas das mu-
4. Sugestões de questões para avaliação danças climáticas de média ou longa duração.

• Como podemos diferenciar os minerais por sua


2. Conceitos e temas desenvolvidos
dureza? (p. 120)
• Cite as diferenças nos processos de formação das Poluição do ar; atmosfera; camadas da atmosfera
rochas magmáticas intrusivas ou plutônicas e das (exosfera, ionosfera, mesosfera, estratosfera, troposfera,
extrusivas ou vulcânicas. (p. 121) tropopausa); tempo; clima; temperatura atmosférica; ir-

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Manual-Parte 1 fonte nova 26 07/04/2005, 17:38


radiação; amplitude térmica; friagem; umidade (absoluta, determinado lugar em um dado momento. O tempo
relativa, ponto de saturação, ponto de orvalho, conden- representa fenômenos mais momentâneos e o clima
sação); correntes marítimas; altitude; massas de ar; con- reflete um padrão mais duradouro.
tinentalidade térmica; zona climática; média térmica; iso- 4. O Sol aquece diferentemente as diversas regiões da Terra.
terma; ressurgência; plâncton; ciclo hidrológico (vapor de As áreas equatoriais são as mais aquecidas e os pólos,
água, evaporação, evapotranspiração); biosfera; oceano; as que recebem menos irradiação. Os ventos resultam
água subterrânea; lençol subterrâneo; lago; biosfera; nu- da existência de diferentes temperaturas, originando
vens; precipitação atmosférica (chuva, neve, granizo, ne- pressões atmosféricas diferenciadas. As precipitações
voeiro, neblina, orvalho, geada); isoietas; isóbaras; barô- ocorrem devido à evaporação e à condensação (ciclo hi-
metro; correntes convectivas; nuvens (cirros, cúmulos, drológico) provocadas pela energia solar.
estratos, nimbos); precipitações superficiais e não-super- 5. a) Na parte leste e oeste da América do Sul, na linha do
ficiais; chuva (convectiva, frontal, orográfica); pressão Trópico de Capricórnio, aparecem os climas Cw (com
atmosférica; áreas ciclonais e anticiclonais; vento (fura- verão quente e chuvoso), Aw (de savana), Cw (com
cão, tornado, tufão, ciclone); monções; ventos alísios e con- verão quente e chuvoso), ET (de tundra), BS (de este-
tra-alísios; brisa; frente (fria, quente); circulação geral da pe e de montanha), ET (de tundra), BW (desértico).
atmosfera; El Niño; microclimas; ilhas de calor; período b) Apesar de situada em área tropical, a parte oeste des-
glacial; classificações climáticas. sa região apresenta clima modificado pela presença de
altas montanhas (Cordilheira dos Andes), pois a tem-
3. Encaminhamento das atividades e resolução peratura diminui com a altitude, e de áreas desérticas
(Deserto de Atacama), explicadas pela atuação da cor-
dos exercícios
rente fria de Humboldt. As massas de ar quente prove-
nientes do Pacífico se resfriam ao passar sobre essa
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Avalie seu aprendizado (p. 142)


corrente, ocasionando condensação e chuvas sobre o
Fixando o conteúdo oceano, que nunca atingem o litoral da região.
1. 6. a) latitude: quanto maior a latitude, menor a tempera-
tura;
Características das camadas atmosféricas b) distribuição de oceanos e mares: as variações de
Camadas Altitude Composição Fenômenos temperatura são mais acentuadas nos continentes
Ocorrem (que se aquecem e se esfriam mais rapidamente) do
que nos oceanos;
Concentra perturbações
c) correntes marítimas: as correntes quentes irradiam
75% dos gases atmosféricas. calor para o ar atmosférico e as frias provocam a
Troposfera Até 10 km
e 80% da A temperatura queda da temperatura;
umidade do ar diminui em mé- d) relevo: além de a temperatura diminuir com a alti-
tude, ele facilita ou dificulta a entrada de massas de
dia 6,5 °C/km.
ar, provocando chuvas ou secas.
Temperatura 7. A chuva frontal ocorre com o encontro de uma massa
Pouco vapor de
sobe, chega a de ar frio com uma massa de ar quente. A chuva de con-
Estratosfera 10 a 50 km água, presença vecção resulta da ascensão vertical do vapor que, ao entrar
2 °C inexistên-
de ozônio em contato com a camada de ar frio, sofre condensação
cia de nuvens. e se precipita. A chuva de relevo decorre do encontro
A temperatu- do ar (que se desloca horizontalmente) com o relevo.
Mesosfera 50 a 80 km Ar rarefeito ra diminui com 8. a) As temperaturas devem ser baixas, o ar é rarefeito
e a pressão baixa, características do clima frio de
a altitude.
montanha.
Meteoros se b) Resposta esperada: Por ser uma área montanhosa. A
Ar carregado desintegram, temperatura diminui com a altitude e a quantidade de
80 a ar também (ar rarefeito), portanto, a pressão é baixa.
Ionosfera de íons e grande
600 km c) Resposta pessoal. Professor(a), os alunos devem ter
rarefeito aumento de em conta que no Brasil não ocorre o clima e o rele-
temperatura. vo montanhoso. Ocorre neve, eventualmente, ape-
Mais ou nas nas regiões mais ao sul.
Inexistência Temperaturas
Exosfera menos a
de ar elevadas.
600 km Complementação e orientação didática
Os alunos poderão fazer um levantamento, duran-
2. a) A troposfera, porque contém a maior parte dos ga- te o ano, das principais ocorrências de fenômenos natu-
ses, da umidade e dos fenômenos atmosféricos. rais climáticos, como furacões, tempestades, secas, for-
b) A temperatura aumenta na exosfera, na ionosfera e tes geadas, marés altas (ressacas), e pesquisar suas con-
na estratosfera, e diminui na mesosfera e na tro- seqüências catastróficas, como grandes inundações, perda
posfera. da safra agrícola, alterações da vida econômica e cotidiana
3. Clima: sucessão habitual dos tipos de tempo, num de- (paralisação das cidades), e o atendimento à população
terminado lugar. Tempo: condições atmosféricas de um atingida.

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A pesquisa deve basear um trabalho escrito, ao fi- Capítulo 13 As grandes paisagens naturais
nal do qual devem ser consideradas as seguintes ques-
da Terra e a destruição dos
tões: Em que medida foi culpa da natureza ou culpa hu-
mana? O que pode ser feito socialmente para atenuar as ecossistemas florestais,
catástrofes? fluviais e marítimos
Na abordagem da primeira questão os alunos de-
vem demonstrar a compreensão de que os fenômenos na- 1. Objetivos
turais ocorrem independentemente da vontade humana,
Ao estudarem este capítulo, os alunos deverão com-
e que a natureza tem sua dinâmica e não muda seu com-
preender a influência do clima na formação das paisagens
portamento em função da ocupação humana dessas loca-
e na construção do espaço geográfico, começando pela
lidades, mas muitas vezes as ações das sociedades acen-
percepção da ligação existente entre os seres e o ambien-
tuam ou até provocam os fenômenos naturais.
te, em que são fundamentais as noções de biodiversidade
Quanto à segunda questão, os alunos devem ter en-
e ecossistema.
tendido que a organização social, tanto no plano da pro-
Outros objetivos que os alunos deverão alcançar com
dução econômica como na vida cotidiana, deve levar em
o estudo do capítulo:
conta as leis naturais para evitar ou amenizar as calami-
• compreender a interação entre os fatores ambi-
dades, e também que as ações coletivas e/ou políticas são
entais: solo, clima, relevo e vegetação;
importantes para a resolução dos problemas.
• identificar e localizar as principais paisagens ve-
getais do mundo;
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 434)
• reconhecer as paisagens naturais características
1. b 2. a 3. c 4. e 5. e 6. a 7. d 8. c das áreas polares e a presença humana nessas

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


regiões;
4. Sugestões de questões para avaliação • relacionar o movimento de translação da Terra e a
inclinação do eixo terrestre com a iluminação e os
• O que são amplitude térmica, média térmica e iso-
climas da Terra;
termas? (p. 133)
• situar as regiões temperadas, reconhecer suas
• Quais fatores são responsáveis pela formação de
características naturais e caracterizar a ocupação
correntes marítimas? Explique a circulação das
do espaço e as atividades econômicas nessas re-
correntes frias e quentes e cite um exemplo de
giões;
cada uma. (p. 133)
• delimitar as áreas tropicais e reconhecer suas prin-
• Elabore uma frase utilizando as palavras: corren-
cipais características climáticas, populacionais e
tes marítimas, plâncton, ressurgência, áreas pes-
econômicas, além de analisar climogramas dessa
queiras. (p. 133-134)
região;
• Faça um esquema do ciclo hidrológico citando as
• caracterizar a precipitação, a temperatura e a co-
formas de circulação da água pela biosfera. (p. 134)
bertura vegetal das regiões desérticas e reconhe-
• Relacione a umidade absoluta, relativa, ponto cer sua diversidade, ocupação e distribuição ge-
de saturação com a ocorrência de precipita- ográfica;
ções. (p. 135)
• compreender como o fator altitude determina ca-
• Determine as condições necessárias para que ocor- racterísticas de vegetação, temperatura, pluvio-
ra o nevoeiro, o orvalho e a geada. (p. 135) sidade (neve) das regiões montanhosas e analisar
• Cite uma característica de cada tipo básico de os obstáculos à ocupação humana e exploração
nuvem. (p. 135) econômica dessas regiões;
• Que aparelho é utilizado para medir a temperatu- • constatar a divisão das massas líquidas em ocea-
ra atmosférica (p. 131), a umidade (p. 135), a chu- nos e mares e caracterizá-las;
va (p. 136) e a pressão (p. 137)? • localizar os principais canais oceânicos, estreitos
• Explique as condições para a formação de ciclo- e áreas estratégicas do planeta;
nes e os nomes regionais que esse fenômeno re- • perceber as implicações socioambientais do des-
cebe. (p. 137) florestamento;
• Faça um esquema explicando o funcionamento das • avaliar a importância do desenvolvimento susten-
brisas marítimas e continentais. (p. 137-138) tável;
• Explique o mecanismo de desvio dos ventos na • reconhecer os principais problemas provenien-
circulação geral da atmosfera. (p. 138) tes da destruição de ecossistemas florestais e da
• O que são massas de ar? Qual a influência que evasão de riquezas vegetais por meio da biopi-
têm sobre o clima? (p. 138) rataria;
• O que são frentes? Que tipo de alterações climá- • identificar os principais rios e bacias hidrográfi-
ticas podem provocar? (p. 138) cas e reconhecer a importância da presença da
• Quais são as condições para a ocorrência do El água e os problemas em razão de sua escassez e
Niño? Que conseqüências esse fenômeno acarre- poluição;
ta para o clima no mundo? (p. 139) • analisar a biodiversidade presente nos oceanos,
• O que você entende por microclima? Cite exem- identificar ecossistemas marítimos e compreen-
plos. (p. 139) der sua utilização e ameaças.

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2. Conceitos e temas desenvolvidos truções (calefação, aquecimento central etc.), rou-
pas especiais, veículos próprios para terrenos con-
Biodiversidade; diversidade genética; diversidade de gelados etc.
espécies; diversidade ecológica; evapotranspiração; ecos- 6. As causas do desflorestamento são, entre outras: cria-
sistema; biosfera; banquisa; tundra; Protocolo de Madri; ção de gado, extração comercial de madeira, avanço
clima temperado (continental, mediterrâneo, marítimo); das áreas agrícolas e da urbanização. O manejo sus-
coníferas; taiga; hábitat; savana; cerrado; climograma; cli- tentável das florestas permite suprir as necessidades
ma subtropical úmido; deserto; rios temporários ou inter- da população sem destruição das florestas, maior ren-
mitentes ou ueds; dunas ou ergs; hamadas; assoreamento; tabilidade e preservação dos recursos necessários à vida
desenvolvimento sustentável; manejo sustentável da floresta; de gerações futuras.
recursos genéticos; leis de patentes; biopirataria; fontes; 7. a) O texto se refere à biopirataria.
nascentes; cursos dos rios (superior, médio e inferior); ba- b) Resposta pessoal. Os alunos devem ter tido a com-
cia hidrográfica; afluentes; divisores de águas; disperso- preensão de que leis, como a de patentes, além de
res de águas; irrigação agrícola; oceanos; mares (costei- fiscalizar e controlar, podem regulamentar o aces-
ros, mediterrâneos e fechados); estreitos; canais; salinida- so à biodiversidade.
de; maresia; mangues; pântanos; recifes de corais; canais 8. Os rios são correntes líquidas que resultam da concen-
naturais; estreitos naturais; desflorestamento; áreas e pas- tração de água em vales. Podem se originar de fontes
sagens estratégicas; Istmo do Panamá. subterrâneas, que se formam com as águas das chu-
vas, do transbordamento de lagos, ou da fusão de ne-
ves e geleiras.
3. Encaminhamento das atividades e resolução
9. Resposta pessoal. Sugestão: a necessidade de abaste-
dos exercícios cimento de água nas áreas urbanas cresce cada vez mais.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

A oferta de água diminui e a demanda aumenta tam-


Avalie seu aprendizado (p. 159-160)
bém para a agricultura moderna que desvia parte dos
Construindo conhecimento cursos de água em canais de irrigação. A degradação
das águas é tão intensa que em certas regiões ela não
1. Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien-
pode nem mesmo ser utilizada para a indústria. A utili-
tação didática.
zação de água para geração de energia e transporte
também pode agravar os impactos sobre o meio am-
Fixando o conteúdo biente, causando desflorestamentos, inundações de
2. Por causa do movimento de translação e da inclinação áreas, vazamentos etc.
do eixo da Terra, um dos pólos permanece iluminado
durante seis meses, enquanto o outro pólo permanece Complementação e orientação didática
na escuridão pelo mesmo período. A inclinação do eixo
terrestre (os raios solares chegam aos pólos muito in- Orientação para seleção e leitura de texto
clinados) e a maior distância percorrida pelos raios Na realização de suas pesquisas os alunos devem
solares nessa região são responsáveis pelo clima po- recortar os artigos de jornais e revistas e colar cada um
lar. Professor(a), utilizar a figura 3, “Incidência dos raios em uma folha. O(a) professor(a) deverá orientar para que
solares sobre a Terra”, do capítulo anterior (p. 132), para façam a leitura detalhada dos artigos selecionados, pro-
explicar melhor essa questão. curando palavras desconhecidas no dicionário e desta-
3. Climograma 1: clima árido, inexistência de chuva du- cando as principais idéias dos textos. É importante que
rante esse ano, temperaturas baixas, paisagem desér- anotem, em cada folha, o nome da publicação e do jorna-
tica fria. lista, e a data.
Climograma 2: clima temperado continental, úmido e Cada aluno deve, primeiro, elaborar o relatório, com
frio com inverno rigoroso e elevadas amplitudes tér- base numa seleção de idéias, para depois responder às
micas, paisagem temperada. perguntas.
4. Clima tropical úmido ou equatorial: temperatura ele- A última etapa consiste em reuni-los em grupos, para
vada, chuvas abundantes e vegetação abundante do a discussão e a elaboração de um texto com as conclu-
tipo da Floresta Amazônica. Clima tropical árido: sões tiradas, e exposição para a classe, socializando as
embora as temperaturas sejam altas (entre as mais altas informações obtidas.
do mundo), as precipitações são baixas e mal distri-
buídas e a vegetação característica é a desértica ou Em pauta: vestibulares e Enem (p. 436)
xerófita. 1. a) O aluno pode citar a ampliação das áreas destinadas
5. a) Nas áreas desérticas: clima muito quente, falta de às pastagens e ao plantio agroindustrial, a ação pre-
água, solos arenosos com reduzida matéria orgâni- datória das madeireiras e das empresas mineradoras
ca. Nas regiões polares: temperaturas muito baixas, e do garimpo, a expansão urbana, entre outras.
solos cobertos de gelo. b) Entre as conseqüências desse processo, incluem-se
b) Os obstáculos nos desertos podem ser superados a eliminação de espécies nativas e das que poderi-
por meio de técnicas como irrigação, construção am ser utilizadas como fitoterápicos; os processos
de poços profundos, chuvas artificiais, adubação de desertificação, lixiviação, assoreamento dos rios,
etc. Por exemplo, nos desertos de Negev (Israel), laterização do solo etc.
do Colorado (EUA) e do sul da Rússia. Nas regiões 2. e 3. b 4. b 5. e 6. c 7. a) V, b) F, c) V, d) V, e) V
geladas são utilizadas técnicas especiais nas cons- 8. e 9. c 10. a

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4. Sugestões de questões para avaliação • Que tipos de trabalho natural predominam nos
cursos superior, médio e inferior de um rio? (p.
• O que são banquisas? (p. 145) 154)
• Caracterize a região ártica quanto ao clima, ve- • O que é bacia hidrográfica? (p. 155)
getação e ocupação humana. (p. 145-146) • Qual o papel dos dispersores e divisores de água
• Sobre a presença humana na Antártida: que tipo numa bacia hidrográfica? (p. 155)
de atividade é permitido na região? Que acordo • Quais são os principais oceanos da Terra? Cite
regulariza as atividades neste continente? (p. 147) uma característica de cada um. (p. 156)
• Cite os principais tipos de vegetação do clima tem- • Diferencie os seguintes tipos de mares: aberto ou
perado. (p. 148) costeiro, mediterrâneo ou interior, fechado ou iso-
• Quais as formações vegetais características dos lado. (p. 156)
seguintes climas: tropical úmido, tropical alterna- • Caracterize mangue, pântano e recife de coral. (p.
damente úmido e seco, tropical monçônico, tro- 157)
pical árido e semi-árido. (p. 149-150) • O que são canais oceânicos e estreitos? Explique
• Onde ocorre o clima tropical monçônico e quais por que são considerados áreas estratégicas. (p.
as suas características? (p. 149-150) 158)
• Defina ued, duna e hamada. (p. 150) • Qual a importância do Canal de Suez e do Canal
• O que são rios intermitentes? Cite exemplos no do Panamá? (p. 158)
Brasil. (p. 150)

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


UNIDADE ESPAÇO MUNDIAL
DA PRODUÇÃO
I V
As transformações no espaço decorrentes da modernização dos processos econômicos serão assunto da
Unidade IV, na qual os alunos estudarão as mudanças na vida econômica a partir da era da tecnologia, que gerou
novos arranjos espaciais, modernizando e alterando as atividades produtivas (indústria, agropecuária, energia),
o modo de organização do trabalho, as relações sociais e as relações com o meio ambiente no mundo e no país.

Capítulo 14 Indústria I: as transformações ção, dos fatores que as determinam e a concen-


no espaço tração industrial;
• analisar as modificações introduzidas pelo pro-
1. Objetivos cesso de globalização na forma de produzir, com
a substituição do modelo fordista/taylorista pelo
Neste capítulo, buscamos levar os alunos a perce- toyotista, com a flexibilização da produção, com
ber a importância da indústria no mundo moderno e a a gestão informatizada, com a criação da indús-
evolução industrial desde o artesanato, o sistema manu- tria de ponta e de tecnopólos, e com a desconcen-
fatureiro e a maquinofatura. tração industrial;
Para atingirem esse objetivo geral, os alunos deve- • compreender o impacto das tecnologias sobre o
rão ser capazes de: mundo do trabalho;
• analisar os diferentes tipos de classificação das • discutir o papel da ciência no mundo atual e os
indústrias, considerando as diferentes maneiras impactos das atividades industriais sobre o meio
de produzir, a quantidade de matéria-prima e de ambiente.
energia utilizadas, a tecnologia empregada e o No capítulo 15 analisaremos a indústria e o desen-
destino dos produtos; volvimento industrial nas principais potências mundiais.
• perceber as transformações provocadas pela in-
dústria, orientando a organização de novos espa-
ços e promovendo a divisão do trabalho entre áreas
2. Conceitos e temas desenvolvidos
rurais e urbanas; Indústria; artesanato; manufatura; maquinofatura; in-
• indicar as etapas industriais dos grupos de paí- dústria extrativa, de beneficiamento ou de processamento,
ses (desenvolvidos e subdesenvolvidos); de construção, de transformação; indústria leve, pesada;
• apontar os contextos de formação das grandes indústria tradicional, dinâmica; indústria de bens de produ-
concentrações financeiras, monopólios, conglo- ção (bens intermediários e bens de capital ou de equipa-
merados, holdings e joint ventures; mentos), de bens de consumo (duráveis e não-duráveis); in-
• compreender a espacialização das atividades in- dustrialização clássica; nova divisão internacional do traba-
dustriais, a partir das mudanças em sua localiza- lho; industrialização tardia ou retardatária; países industria-

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Manual-Parte 1 fonte nova 30 07/04/2005, 17:38


lizados ou centrais; indústria de ponta ou de alta tecnologia; humanidade. Muitas invenções trazem destruição, como
países industrializados semiperiféricos; países não-industri- é o caso da enorme produção de armamentos. Os países
alizados periféricos; concentração industrial; manufacturing gastam bilhões de dólares para subsidiar sua própria des-
belt; concentração financeira; monopólio; conglomerado; truição, produzindo bombas e um fabuloso arsenal béli-
holding; joint ventures; dumping; desconcentração indus- co. Todavia a produção industrial e o consumo desenfre-
trial; divisão territorial de indústrias; marketing; empresa glo- ado, apesar dos benefícios que podem trazer, têm indi-
bal; desemprego; desemprego estrutural; tecnopólos, pólos retamente prejudicado a humanidade, submetendo o meio
tecnológicos ou parques científicos; setores de atividade (pri- ambiente a uma pressão muito grande. A maior parte da
mário, secundário, terciário e quaternário); tecnologias de população não tem acesso à maioria dos produtos indus-
ponta; royalties; patentes; lei da propriedade intelectual; trializados e a degradação histórica dos recursos natu-
materiais sintéticos; biodegradáveis. rais só tem aprofundado a pobreza atual, na medida em
que destrói o meio de subsistência dessas populações.
Professor(a), reforçar a idéia de que a humanidade
3. Encaminhamento das atividades e resolução tem de caminhar para um consumo mais sustentável, re-
dos exercícios duzindo os danos ambientais, preservando os recursos,
protegendo os direitos dos consumidores etc.
Avalie seu aprendizado (p. 169-170)
Construindo conhecimento Em pauta: vestibulares e Enem (p. 438)
1. Resposta pessoal. 1. a 2. b 3. e 4. c
2. a) Resposta pessoal. 5. a) O aluno pode citar, entre as características do pro-
b) Resposta pessoal. Ver seção Complementação e ori- cesso fordista: divisão e hierarquização do tra-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

entação didática. balho; mão-de-obra pouco qualificada, realizan-


do tarefas especializadas, simples e repetitivas;
Fixando o conteúdo padronização e homogeneização dos produtos. Já
o processo pós-fordista caracteriza-se por: tra-
3. Indústria é a atividade pela qual os seres humanos trans- balho em equipes, com predominância de funci-
formam matéria-prima em produtos semi-acabados ou onários fixos e polivalentes; atualização constante
acabados. A indústria gera grande parte dos empre- da mão-de-obra; utilização de máquinas de ajus-
gos de um país, além de produzir quase tudo o que con- te flexível (que permitem modificações rápidas);
sumimos e utilizamos. produção diversificada e variada, atendendo às
4. América do Norte: nordeste dos EUA, Houston, Los necessidades do mercado e da demanda (proces-
Angeles; América do Sul: São Paulo (Sudeste do Bra- so just in time); estoques reduzidos etc.
sil), Buenos Aires, Santiago; África: África do Sul, Egi- b) No modelo fordista, as atividades industriais con-
to; Ásia: Sudeste Asiático, Japão, China, Índia; Euro- centram-se nos locais próximos das matérias-pri-
pa: Alemanha, Itália, França, Rússia; Oceania: sul e leste mas, das fontes de energia e dos centros urbanos.
da Austrália. O modelo pós-fordista permite a desconcentração
5. O termo industrialização clássica é utilizado para ex- do espaço industrial.
pressar a industrialização dos atuais países desen- 6. a) O texto evidencia o processo de desconcentração
volvidos (países europeus, EUA, Japão e Rússia) nos da economia mundial.
séculos XVIII e XIX. A industrialização tardia ou re- b) Em busca de uma produção cada vez maior, com
tardatária é a que se refere à industrialização dos menores custos, empresas como a Nike instalam-se
países subdesenvolvidos após a Segunda Guerra em países em que a mão-de-obra é barata e a carga
Mundial. tributária é menor, de modo a reduzir os custos e
6. No início do século XX as indústrias procuravam se tornar suas mercadorias mais competitivas.
localizar nas áreas que ofereciam facilidades em ter- 7. b
mos de fontes de energia, mão-de-obra, transporte,
capitais, mercado consumidor etc. Após a Segunda
Guerra tem ocorrido uma desconcentração industrial,
4. Sugestões de questões para avaliação
ou seja, o abandono de áreas tradicionais que apre- • Explique a classificação das indústrias quanto à
sentam elevação dos custos de produção e a busca de evolução histórica. (p. 162)
localizações mais vantajosas.
• O que são indústrias leves e pesadas? (p. 162-163)
7. a) O país B, pois conta com indústrias de ponta e di-
• Qual a diferença entre as indústrias tradicionais
versos tecnopólos.
e dinâmicas? (p. 163)
b) Por ser um país subdesenvolvido predominam as
• Quais são os tipos de indústrias de bens de pro-
indústrias têxtil, siderúrgica e de bebidas.
dução e o destino de suas produções? (p. 163)
c) País subdesenvolvido periférico e não-industriali-
zado. • Explique o que são indústrias de bens de consu-
mo. (p. 163)
• Explique o que são concentrações financeiras,
Complementação e orientação didática
monopólios, conglomerados, holdings e joint ven-
Quanto à questão 2b do Construindo conhecimen- tures. (p. 165)
to, o(a) professor(a) deverá discutir o fato de que os avan- • O que significa desconcentração industrial? Ex-
ços tecnológicos nem sempre trazem benefícios para a plique a ocorrência desse processo. (p. 165)

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Manual-Parte 1 fonte nova 31 07/04/2005, 17:38


• Explique a divisão territorial das indústrias no • analisar os processos de crescimento industrial fran-
mundo globalizado. (p. 166) cês e italiano e a localização de suas indústrias;
• Explique a substituição do modelo fordista/taylo- • entender o crescimento industrial da Rússia no
rista pelo toyotista na indústria. (p. 166) modo de produção socialista, o desmantelamen-
• Qual é o papel da tecnologia no mundo atual? (p. to de sua economia, sua situação atual e as prin-
166) cipais regiões industriais;
• Que impactos a introdução de novas tecnologias • diferenciar os países subdesenvolvidos quanto aos
causou sobre o mundo do trabalho? (p. 167) processos de industrialização.
• Explique a atual interdependência entre o setor
secundário e o terciário no mundo atual. (p. 167) 2. Conceitos e temas desenvolvidos
Grupo dos Sete ou G-7, G-8; prática expansionis-
Capítulo 15 Indústria II: o ta; indústria bélica; indústria civil; manufacturing belt;
desenvolvimento zaibatsu; Silicon Valley, Silicon Prairie, Silicon Beach,
industrial dos países Eletronic Highway, just in time; bolha especulativa; ati-
vos; complexos industriais; trustes; cartéis; monopólios;
1. Objetivos oligopólios; novos países industrializados ou de indus-
trialização tardia; indústrias montadoras; Zonas Eco-
Continuando a análise da industrialização, apresen- nômicas Especiais (ZEE).
tamos neste capítulo as condições que permitiram a di-
ferenciação tecnológica dos países e a formação do Grupo
dos Sete ou G-7. Para descrevermos a indústria nos gru- 3. Encaminhamento das atividades e resolução

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


pos de países, retomamos a história de sua formação ter- dos exercícios
ritorial e os fatores responsáveis pelo desenvolvimento
industrial. Avalie seu aprendizado (p. 185)
Ao final do capítulo, os alunos deverão ser capazes de: Fixando o conteúdo
• compreender o processo histórico que levou os
Estados Unidos a se tornar, de país colonizado, a 1. É um grupo formado pelas sete maiores potências in-
maior potência industrial do século XX, analisan- dustriais do mundo, composto pela Alemanha, Reino
do o seu crescimento durante as guerras mundi- Unido, Itália, França, Canadá, EUA e Japão.
ais e a situação atual de concorrência com outras 2. Abundância de recursos naturais; prática imperialista
superpotências; e expansionista; participação do governo na ocupação
e expansão territorial, doando terras (Homestead Act,
• detectar historicamente a distribuição espacial das
1862) e impulsionando a marcha para o oeste; desen-
indústrias estadunidenses, inicialmente no manu-
volvimento dos transportes; acúmulo de capitais; pro-
facturing belt, e a redistribuição a partir do pro-
gresso tecnológico.
cesso de globalização;
3. O Japão já é uma potência aeroespacial e sua tecnolo-
• analisar a industrialização do Japão, começando
gia concorre com a dos EUA. É o eixo de uma impor-
com as condições que deram início ao processo
tante zona de prosperidade econômica, que inclui os
de modernização desse país, passando pela abor-
Tigres Asiáticos e os Novos Tigres. Ocupa o primeiro
dagem da estrutura de produção e da formação
lugar mundial em diversos setores industriais. Conta
de grupos empresariais e sua participação nas
com 62 das duzentas maiores empresas transnacionais
guerras mundiais;
(dez das dezoito maiores são japonesas) e doze dos vinte
• apontar os fatores que possibilitaram a rápida maiores bancos.
expansão industrial japonesa após as guerras,
4. Tradição industrial, presença de jazidas de carvão mi-
descrever as características de sua industrializa-
neral e de ferro, e navegabilidade do Rio Reno.
ção e as inovações que se introduziram em seu
5. A Inglaterra se envolveu nas duas guerras mundiais.
processo produtivo;
Perdeu sua hegemonia mundial para os EUA e, a par-
• definir o papel do Japão no mundo de hoje e tir da década de 1960, para o Japão, a Alemanha, a França
analisar a distribuição geográfica de suas indús- e a Itália.
trias; 6. A Inglaterra, a Escócia e o País de Gales compõem a
• caracterizar a industrialização do Canadá e a dis- ilha da Grã-Bretanha. O Reino Unido é formado pela
tribuição geográfica de suas indústrias; Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte
• analisar o fortalecimento do parque industrial ou Ulster. O Reino Unido e a República da Irlanda ou
europeu a partir da União Européia; Eire compõem as Ilhas Britânicas.
• discutir o contexto histórico da industrializa- 7. Na Federação Russa o capital internacional não inves-
ção da Alemanha, a reestruturação que sofreu de- tiu na compra e modernização das indústrias e empre-
pois da Segunda Guerra Mundial e localizar suas sas estatais. Muitas delas viraram sucata ou tiveram
áreas industriais; de fechar as portas. O fim do Comecom (mercado co-
• analisar as condições que levaram a Inglaterra a mum do bloco socialista) agravou ainda mais a situa-
se tornar a maior potência industrial e imperial ção, pois as matérias-primas e produtos industrializa-
no século XIX e início do XX, sua situação atual e dos deixaram de ser comercializados entre os antigos
a localização de suas indústrias; parceiros comerciais.

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Manual-Parte 1 fonte nova 32 07/04/2005, 17:38


8. Zonas Econômicas Especiais (ZEE) são zonas francas, Em pauta: vestibulares e Enem (p. 440)
abertas à economia internacional e aos investimentos
1. b 2. b 3. b 4. e 5. a
estrangeiros, onde as empresas e indústrias se bene-
ficiam de taxas alfandegárias e fiscalização reduzidas
ou nulas, e realizam a terceirização industrial (em ge- 4. Sugestões de questões para avaliação
ral montagem de produtos). Todas essas reformas (eco- • Explique os fatores responsáveis pela desacele-
nomia socialista de mercado) e o processo de reestru- ração da economia dos EUA desde a década de
turação econômica e de modernização dos setores 1970. (p. 172)
econômicos propiciaram à China um crescimento médio
• O que é o manufacturing belt? (p. 172)
superior a 10% ao ano a partir de 1978.
• Cite três localizações espaciais das indústrias atu-
almente nos EUA. (p. 172)
Complementação e orientação didática
• Explique três fatores essenciais à rápida expan-
Sugerimos o texto abaixo para que o(a) professor(a) são industrial japonesa, após 1960. (p. 173-174)
possa aprofundar a discussão sobre a situação da mão- • Cite três características da industrialização japo-
de-obra empregada na indústria e a relação entre a in- nesa. (p. 173-174)
dústria e o meio ambiente. • Cite exemplos de produtos industrializados japo-
“Um mundo globalizante também permitiu que neses e dê sua posição no cenário mundial. (p. 174)
grandes corporações buscassem além-fronteiras • Explique o que é bolha especulativa. (p. 175)
uma mão-de-obra mais barata — chegando a pa- • Cite três áreas industriais importantes no Japão.
gar poucos centavos por hora. Zonas de processa- (p. 175)
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

mento de exportação (ZPEs) — áreas industriais mi- • Aponte três fatores que possibilitaram a indus-
nimamente regulamentadas que produzem bens trialização canadense. (p. 175-176)
para o comércio global — vêm multiplicando-se ao
• Quais são as principais indústrias canadenses? (p.
longo das últimas três décadas, em resposta à de-
176)
manda por mão-de-obra barata e ao desejo de in-
• Cite duas dificuldades que teve a Alemanha para
crementar exportações. Das 79 ZPEs em 25 países
reorganizar sua indústria após a Segunda Guer-
em 1975, houve um aumento para cerca de 3.000
ra Mundial. (p. 177)
em 116 nações em 2002, com as zonas empregan-
do cerca de 43 milhões de trabalhadores na mon- • Fale sobre a modernização do parque industrial
tagem de tênis, brinquedos, vestuário e outros bens alemão e a dispersão atual das indústrias. (p. 178)
por muito menos do que custariam nos países in- • Fale sobre a localização das indústrias inglesas
dustrializados. As zonas aumentam a disponibili- na Primeira e Segunda Revolução Industrial. (p.
dade de mercadorias baratas para consumidores 179)
globais, porém são freqüentemente criticadas por • Cite três fatores que contribuíram para a moder-
abusos em direitos trabalhistas e humanos. nização da indústria francesa. (p. 180)
Enquanto isso, inovações tecnológicas de • Fale sobre a industrialização dos países de indus-
todos os tipos aumentaram a eficiência industrial, trialização tardia. (p. 183)
elevando a capacidade das pessoas e das máqui-
nas na extração dos recursos. Hoje, frotas de ‘su-
pertraineiras’, por exemplo, podem processar cen-
Capítulo 16 Fontes de energia, utilização
tenas de toneladas de peixe por dia. São responsá- e impactos ambientais
veis, em parte, por declínios da ordem de 80% so-
fridos por comunidades de peixes oceânicos nos 1. Objetivos
15 anos desde o início da exploração comercial. Os Neste capítulo passamos a estudar o panorama ener-
equipamentos de minas também são mais muscu- gético mundial, começando com a classificação das fon-
losos: nos Estados Unidos, as mineradoras hoje tes de energia e passando à análise das desigualdades
dedicam-se à ‘remoção de cumes’, que pode redu- mundiais no consumo de energia, para em seguida traba-
zir a altura de uma montanha em dezenas de me- lhar individualmente com cada fonte, abordar a geração
tros. Além disso, a capacidade dos caminhões oc- das energias elétrica e nuclear, e finalmente fazer a dis-
tuplicou, aumentando de 32 para 240 toneladas entre cussão das fontes alternativas.
1960 e início dos anos 90. E a produção por minei- Ao final desse estudo, os alunos deverão estar ap-
ro americano mais que triplicou no mesmo perío- tos a:
do. Finalmente, serrarias de cavaco — instalações
• analisar a evolução das fontes de energia;
que lascam árvores inteiras em cavacos para pa-
pel e compensados — podem transformar mais de • caracterizar energia e as fontes de energia mo-
100 cargas de árvores em cavacos diariamente. Esses dernas;
avanços da capacidade humana em explorar imensas • relacionar as fontes de energia usadas com o grau
áreas de recursos naturais, e a custo baixo, aju- de desenvolvimento tecnológico das sociedades;
dam a suprir os mercados com produtos baratos — • comparar os tipos de energia;
um estímulo a maior consumo.” • classificar as fontes de energia;
Worldwatch Institute, Estado do mundo 2004. • conhecer as desigualdades mundiais no consumo
Salvador, Uma Ed., 2004. p. 14. e produção de energia;

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Manual-Parte 1 fonte nova 33 07/04/2005, 17:38


• conhecer as principais fontes de energia moderna; b) Professor(a): os alunos devem chegar à conclusão
• reconhecer o processo de formação, os principais de que a participação do Estado é essencial, defi-
tipos de carvão e a sua importância histórica como nindo políticas agrícolas, fornecendo infra-estrutura
fonte de energia; para o agricultor e incentivando o desenvolvimen-
to tecnológico e pesquisas que adaptem o plantio,
• reconhecer a origem e formação do petróleo, sua respeitando as condições climáticas locais e as tra-
extração, refino, aproveitamento, derivados, utili- dições de cultivo regionais.
dades e a importância econômica e estratégica;
• identificar os países produtores de petróleo; Fixando o conteúdo
• entender o contexto de criação da Opep e como a 5. Alternativa c: modernas, alternativas, não-renováveis
crise do petróleo repercutiu nos diferentes gru- e renováveis.
pos de países; 6. Vantagens: ocorre sob a forma líquida, sendo por
• analisar as desvantagens do uso do petróleo; isso mais fácil de extrair e transportar; tem aplica-
• explicar a localização das usinas termoelétricas e ções diversificadas; possui maior poder calorífico
reconhecer suas vantagens e desvantagens; que o carvão. Desvantagens: é um recurso não-re-
novável, com estoque escasso; lança componentes
• entender o emprego da tecnologia, do processo
químicos tóxicos na atmosfera; causa danos à saú-
de fissão para a utilização da energia nuclear e o
de e ameaça o clima global e os ecossistemas; está
funcionamento de uma usina nuclear;
sujeito a derramamentos que poluem o meio ambi-
• identificar a produção mundial de energia nucle- ente; seu controle se tornou uma questão estratégi-
ar e os impactos dessa fonte de energia sobre o ca militar.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


meio ambiente; 7. Apesar da crescente utilização da energia nuclear e de
• classificar as fontes de energia alternativas e re- outras formas de energia, a verdade é que o mundo
conhecer a importância de seu desenvolvimento ainda se acha muito dependente do petróleo. Em sín-
e utilização. tese, pode-se dizer que:
• a distribuição mundial das jazidas e da produção
de petróleo é muito irregular;
2. Conceitos e temas desenvolvidos • o petróleo é um recurso não-renovável, cujo esgota-
mento deverá ocorrer dentro de poucas décadas. Ver
Fontes de energia (primária, renovável, não-re-
a seção Complementação e orientação didática.
novável, antiga ou arcaica, alternativa, moderna); car-
8. Data de criação: 1960. Países-membros: Arábia Sau-
vão mineral; hulha; turfa; linhito; antracito; petróleo;
dita, Irã, Iraque, Kuwait, Venezuela, Catar, Indoné-
termoelétrica; energia; Opep; choque do petróleo; usi-
sia, Líbia, Emirados Árabes Unidos, Argélia, Nigé-
na termoelétrica; hidroeletricidade; enriquecimento de
ria. Objetivos: administra a atividade petroleira, con-
urânio; unidades de medida de energia; energia nucle-
trola os preços e o volume da produção. Força polí-
ar; fissão nuclear; usina nuclear; energia geotérmica;
tica: é uma arma contra o poder dos cartéis do pe-
energia solar; energia eólica; energia dos oceanos; ener-
tróleo, podendo reduzir o fornecimento e elevar os
gia da biomassa.
preços.
9. Usinas hidroelétricas — recurso utilizado na produção:
3. Encaminhamento das atividades e resolução água, renovável, com custo zero; danos ao meio ambi-
dos exercícios ente: desflorestamentos, inundações, diminuição de
peixes; disponibilidade: são poucos os países que dis-
Avalie seu aprendizado (p.196-197) põem de condições naturais favoráveis ao aproveita-
mento da hidroeletricidade em larga escala.
Construindo conhecimento Usinas termoelétricas — recursos utilizados na produ-
1. Podem ser aproveitados óleos vegetais (mamona, den- ção: carvão e petróleo, não-renováveis; danos: o uso
dê, babaçu), o esterco, a lenha, a mandioca, os açúca- do carvão provoca intensa poluição do ar, chuva áci-
res, os amidos, a celulose. da, emissão de dióxido de carbono, erosão e desbar-
2. Os países centrais optam pela utilização de energia não- rancamentos, e o do petróleo, além da poluição do ar,
renovável em função dos interesses das grandes cor- danos à saúde e ameaça ao clima global e aos ecossis-
porações do petróleo e das empresas automobilísticas. temas; disponibilidade: cerca de 97% das jazidas car-
Além disso, não querem depender dos países tropicais boníferas encontram-se no hemisfério Norte.
para o fornecimento de energia renovável. Dessa for- 10. Acidentes nucleares e dificuldades no descarte dos
ma, inibem o desenvolvimento do programa de ener- resíduos nucleares (lixo nuclear), risco de contamina-
gia alternativa no Brasil. ção do meio ambiente e conseqüentes danos à saúde.
3. Redução do efeito estufa e da chuva ácida, substituindo
o carvão mineral (que é poluente) pelo carvão vegetal ou
o petróleo por outras alternativas limpas e renováveis.
Complementação e orientação didática
4. a) Professor(a): a conclusão dos alunos deve ser a de Para a questão 7, o(a) professor(a) poderá propor
que, por serem renováveis, todas essas fontes po- aos grupos a discussão sobre o tema: as soluções para a
dem virar alternativas de plantio de grande interesse, escassez de combustíveis no mundo e para a crise ener-
como é o caso da cana. gética no Brasil. Apresentamos um texto de apoio:

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Manual-Parte 1 fonte nova 34 07/04/2005, 17:38


“Shell busca alternativas ao petróleo Capítulo 17 Geopolítica, agropecuária
A maior companhia petrolífera do mundo está e ecologia
seriamente interessada em energia ‘verde’ e re-
novável. A surpreendente decisão da Shell de in- 1. Objetivos
vestir centenas de milhões de dólares em energia Outro espaço de manifestação da globalização e da
solar provavelmente não é um mero esforço de presença da revolução tecnológica é o meio rural, onde sur-
relações públicas, mas se deve ao fato de reco- giram novas formas de utilização da terra, expressas na inte-
nhecer que as jazidas de petróleo têm dia marca- gração entre os setores agropecuário e industrial, na bio-
do para acabar. tecnologia e em outros ramos de domínio técnico, contri-
Segundo a previsão com a qual a Shell traba- buindo para uma nova organização do espaço rural.
lha, até o ano 2050 metade da energia usada no mundo A partir do estudo deste capítulo, esperamos que os
virá de fontes renováveis como luz solar, vento, bio- alunos sejam capazes de:
massa e água corrente, em oposição às fontes usa- • diferenciar os tipos de agricultura;
das hoje: petróleo, gás, carvão mineral e nuclear. • conceituar revolução verde;
O grupo anglo-holandês disse que vai investir • compreender a integração entre os setores agro-
cerca de US$ 500 milhões nos próximos cinco anos pecuário e industrial;
para expandir sua capacidade de produção de • constatar as mudanças na agricultura num mundo
células solares e para plantar árvores a serem tecnológico e globalizado e suas conseqüências;
queimadas em usinas elétricas. É uma mudança • identificar as novas tecnologias aplicadas na
de enfoque que os ambientalistas vêm pedindo há agropecuária (biotecnologia, engenharia genéti-
muito tempo.” ca, zootecnia);
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

SCHOON, Nicholas. Folha de S.Paulo,


• caracterizar a bioindústria;
18 out. 1997. Caderno 1, p. 12.
• discutir as vantagens e desvantagens da transge-
nia;
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 441) • reconhecer os principais sistemas ou modos de
produção agrícolas;
1. a 2. e 3. c 4. b 5. d 6. c 7. d
• diferenciar a agropecuária extensiva da intensiva;
• conceituar agricultura de subsistência, itinerante
4. Sugestões de questões para avaliação e de roça;
• caracterizar a agricultura de jardinagem e de plan-
• Cite exemplos de fontes de energia modernas. (p. tation;
186) • localizar as áreas agrícolas do mundo;
• Relacione as fontes de energia usadas com o grau • caracterizar as agriculturas asiática, africana e
de desenvolvimento tecnológico das sociedades, americana;
expondo os fatores necessários para que uma so- • situar a agricultura dos Estados Unidos e a euro-
ciedade possa se utilizar de uma determinada fonte péia no contexto agrícola mundial;
de energia. (p. 186) • reconhecer as mudanças da agricultura em dois
países em transição: Rússia e China;
• Diferencie a Primeira e a Segunda Revolução In-
• relacionar geopolítica, ecologia e agricultura;
dustrial quanto à energia utilizada. (p.186-187)
• discutir a relação entre agricultura e alimentação;
• Explique a origem do carvão mineral. (p. 187) • relacionar conflitos e agricultura;
• Descreva os estágios ou tipos de carvão mineral, • discutir a relação entre a agricultura, a ecologia e
de acordo com o teor calorífico. (p. 187) o desenvolvimento sustentável.
• Cite três importantes áreas produtoras de carvão
no mundo. (p. 188) 2. Conceitos e temas desenvolvidos
• Explique o processo de formação do petróleo. (p. 189)
Agricultura arcaica; agricultura moderna; agricultu-
• Explique a localização predominante das usinas ra contemporânea; Revolução Verde; produção agrícola;
termoelétricas convencionais. (p. 191) produtividade agrícola; indústria da agricultura ou agro-
• Quais as vantagens e desvantagens da utilização indústria; indústria para a agricultura; complexo agroin-
de usinas termoelétricas? (p. 191) dustrial; biotecnologia; engenharia genética; zootecnia;
• Quais são as condições para a implantação de uma bioindústria; organismo transgênico; transgenia; sistemas
usina hidroelétrica? Que países dispõem dessas ou modos de produção agrícolas; agropecuária extensiva;
condições? (p. 191) agropecuária intensiva; sistema agrícola; agricultura de sub-
sistência; agricultura itinerante; agricultura de roça; quei-
• Qual o principal mineral radioativo utilizado na
mada; agricultura de jardinagem; criação nômade ou pas-
energia nuclear? Explique o processo necessário
toreio; terraceamento; curvas de nível; agricultura de plan-
para sua utilização. (p. 192-193)
tation; commodities; cinturões agrícolas (belts, wheat belt,
• Explique o processo de fissão nuclear. (p. 193) cotton belt, corn belt, ranching belt, green belt); monocul-
• Onde se concentram as usinas nucleares? (p. 193) tura; rotação de cultura; kolkhozes; sovkhozes; comunas
• Cite dois exemplos de energia alternativa e as populares; fome; reforma agrária; reservatório genético;
possibilidades de seu uso. (p. 194-195) agricultura biológica ou orgânica.

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Manual-Parte 1 fonte nova 35 07/04/2005, 17:38


3. Encaminhamento das atividades e resolução b) A capacidade de produção de alimentos tem cres-
cido mais que a capacidade de absorvê-los, mos-
dos exercícios
trando que a fome é um problema político e eco-
Avalie seu aprendizado (p. 209-210) nômico.
c) Resposta pessoal. Professor(a), medidas como mai-
Construindo conhecimento or eqüidade social, distribuição mais justa da renda,
1. Resposta esperada: As soluções que podem limitar as fixação da população rural no campo, melhor orga-
alterações dos solos envolvem uma ação política go- nização da produção agrícola e do seu destino po-
vernamental ou de organismos financeiros internacio- dem combater a pobreza e conseqüentemente a fome.
nais, como o Banco Mundial, regulando a utilização dos
solos. É também uma questão econômica, pois envolve Complementação e orientação didática
recursos financeiros para executar essas políticas.
Professor(a), na questão 6a, pedir aos alunos que
2. Na medida em que se tornam uma questão cultural,
releiam o item “Transgênicos” (p. 200) para terem argu-
torna-se necessário um programa de reeducação e in-
mentos na discussão sobre seus benefícios ou problemas.
centivo a novas práticas agrícolas que conservem a fer-
Os alunos deverão enfocar a importância da agricultura
tilidade dos solos.
biológica ou orgânica.
3. Resposta esperada: Aplicações excessivas de fertili-
zantes e de pesticidas passaram a não significar au-
mento da produtividade, além de poluir o solo, as águas, Em pauta: vestibulares e Enem (p. 442)
os rios e o ar, contaminar alimentos, provocar enve- 1. a 2. b 3. a 4. a 5. d
nenamentos e colocar em risco a saúde da população. 6. a) Os ecossistemas aquáticos podem ser comprometi-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


A solução está na busca de formas de cultivo alterna- dos por práticas agrícolas não conservacionistas,
tivas, que não comprometam a qualidade dos solos. cujas principais conseqüências são: poluição das
águas por agrotóxicos; comprometimento de ma-
nanciais; redução do nível freático; assoreamento
Fixando o conteúdo
dos rios; erosão das margens etc.
4. A modernização da agricultura acarreta o encarecimento b) Tais práticas podem comprometer a qualidade e re-
geral da produção (máquinas, adubos etc.), acarreta o duzir o produto da pesca, ao contaminar o ecossis-
desemprego ou o trabalho temporário (bóias-frias, por tema (cadeia alimentar) e diminuir os nutrientes pela
exemplo), sem garantias trabalhistas. O pequeno pro- turbidez da água.
dutor não tem condições de se modernizar nem de con- 7. c
correr com os grandes produtores.
5. Provocam a falta de alimentos, o êxodo rural, o aumento 4. Sugestões de questões para avaliação
do número de trabalhadores rurais sem terra, os con-
flitos por terra e o aumento da população das cidades, • Cite duas características de cada um dos tipos de
com suas conseqüências. agricultura: arcaica, moderna e contemporânea.
6. a) Resposta pessoal. (p. 198)
b) Resposta pessoal. Ver seção Complementação e ori- • Caracterize o período agrícola conhecido como
entação didática. Revolução Verde. (p. 198)
7. A agropecuária extensiva é praticada em grandes áreas • Diferencie produção agrícola de produtividade.
(a terra é o fator decisivo) com pouco capital e geral- (p. 199)
mente utilizando mão-de-obra reduzida ou pouco es-
• Diferencie as indústrias da agricultura das indús-
pecializada. A agropecuária intensiva utiliza grande me-
trias para a agricultura. (p. 199)
canização e mão-de-obra qualificada (predomínio do
• O que são complexos agroindustriais? (p. 199)
capital).
8. a) Agricultura itinerante. • Cite duas mudanças por que tem passado a agri-
b) Agricultura de jardinagem. cultura recentemente. (p. 199)
c) Plantation. • Cite duas novas tecnologias aplicadas na agrope-
9. O sistema de cultivo em cinturões agrícolas ou belts é cuária. (p. 199)
utilizado nos EUA e se caracteriza pela produção espe- • O que é bioindústria? (p. 199)
cializada em extensas áreas do território, destinadas ao • O que é transgenia e quais são suas vantagens
cultivo de um produto principal (monocultura). econômicas e científicas? (p. 200)
10. a) Europa. • O que é agricultura de subsistência? (p. 201)
b) Países subdesenvolvidos não-industrializados.
• Explique a técnica de terraceamento da agricul-
c) Rússia e China.
tura da jardinagem. (p. 202)
11. a) Fatores naturais como relevo (altas montanhas) e
• Cite três exemplos de sistemas de plantations e
clima (desértico ou polar) impõem limitações para
os países que os praticam. (p. 202)
a agropecuária.
b) Na América do Sul, na África e na Ásia. • Caracterize a agricultura atual dos EUA. (p. 204)
c) Porque as terras estão mal distribuídas. A maior • Que reformas econômicas foram aplicadas à agri-
parte da produção destina-se ao mercado externo cultura chinesa a partir de 1984? (p. 206)
e o poder aquisitivo da população é muito baixo. • Quais as condições necessárias para a prática de
12. a) Não, a fome continua a ser um problema mundial. uma agricultura biológica ou orgânica? (p. 209)

36

Manual-Parte 1 fonte nova 36 07/04/2005, 17:38


UNIDADE O COMÉRCIO,
AS COMUNICAÇÕES E OS
V
TRANSPORTES NO MUNDO
Na Unidade V, tratamos das modificações ocorridas a partir dos novos fluxos de informação nas comu-
nicações, no comércio e na circulação de mercadorias e pessoas. Optamos pelo estudo integrado dessas três
atividades, que apresentaram simultaneamente um grande desenvolvimento e estão bastante interligadas.
No capítulo 18 abordamos questões sobre a globalização do comércio e do sistema financeiro e
suas conseqüências. No capítulo 19 continuamos a enfocar a globalização para entender a importância
das tecnologias contemporâneas aplicadas à comunicação, à informação, aos transportes e ao turismo
do mundo atual.

Capítulo 18 A globalização e o ternacional (padrão-ouro, padrão dólar-ouro, câmbio


comércio mundial flutuante); Rodada do Milênio; Rodada do Desenvolvi-
mento; Conferência das Nações Unidas para o Comér-
1. Objetivos cio e o Desenvolvimento (Unctad); Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE);
Neste capítulo descrevemos o papel das moedas e
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

produtos primários; capital financeiro (produtivo e es-


das alianças e acordos comerciais na expansão do comér- peculativo ou volátil ou de curto prazo); comércio real;
cio e a multiplicação das organizações após as guerras mercado de divisas; fuga de dólares; ataque especulati-
mundiais. Enfocamos o papel das políticas de emprésti- vo; cibereconomia; internet; economia virtual; empre-
mos internacionais e o relacionamos com o endividamen- sas virtuais (pontocom).
to crescente dos países subdesenvolvidos.
Procuramos, com este capítulo, oferecer as condi-
3. Encaminhamento das atividades e resolução
ções para que os alunos possam:
• conhecer a evolução do sistema monetário inter-
dos exercícios
nacional e suas fases; Avalie seu aprendizado (p. 218-220)
• perceber o processo pelo qual o comércio inter-
nacional tem sido dominado pelos países centrais; Construindo conhecimento
• diferenciar os produtos comercializados pelos 1. Apesar do notável crescimento do consumo em muitos
grupos de países e identificar os principais cen- países, mais de um bilhão de pessoas não consegue
tros comerciais da atualidade e as organizações satisfazer suas necessidades básicas. As pessoas mais
econômicas; ricas (um quinto da população mundial) consomem 58%
• constatar a estreita ligação entre o comércio, o da energia total, enquanto as mais pobres consomem
processo de globalização e o papel do capital no menos de 4%; as pessoas mais ricas possuem 74% do
mercado financeiro, reforçando o jogo especula- total de linhas telefônicas, enquanto as mais pobres só
tivo; têm 1,5%; as pessoas mais ricas estão com 87% dos
veículos existentes, enquanto os mais pobres têm me-
• diferenciar capital produtivo de capital especula-
nos de 1%.
tivo e os efeitos que estes últimos podem causar
Embora o desmatamento se concentre nos países em
na economia;
desenvolvimento, mais da metade da madeira e quase
• comparar os mercados emergentes com os ma- três quartos do papel dela resultante são utilizados
duros; nos países industrializados. Um quinto da popula-
• compreender o papel das inovações tecnológicas ção mundial, que vive em países de renda mais ele-
na esfera da produção de bens e serviços, possi- vada, é responsável por 53% das emissões de dióxi-
bilitando a mundialização do mercado financeiro do de carbono que conduzem ao aumento do aque-
e do consumo, criando novos meios de comuni- cimento da atmosfera do planeta. O quinto da po-
cação e o comércio virtual; pulação mais pobre contribui só com 3%, mas vive
• conhecer os imperativos do comércio de tecnolo- nas comunidades mais vulneráveis às inundações cos-
gias e sua distribuição geográfica. teiras.
2. a) e b) Respostas pessoais. Ver a seção Complementa-
2. Conceitos e temas desenvolvidos ção e orientação didática.
3. a) e b) Respostas pessoais. Ver a seção Complementa-
Comércio; comércio externo; paridade cambial; ção e orientação didática.
poder aquisitivo; Fundo Monetário Internacional (FMI); 4. Resposta pessoal. Atitudes que podem ser citadas:
Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento medidas para diminuir o uso de produtos que utilizam
(Bird); Banco Mundial; Conferência de Bretton Woods; recursos não-renováveis; utilizar a reciclagem e o rea-
Organização Mundial do Comércio (OMC); Acordo Ge- proveitamento de produtos. Ver a seção Complemen-
ral de Tarifas e Comércio (Gatt); sistema monetário in- tação e orientação didática.

37

Manual-Parte 1 fonte nova 37 07/04/2005, 17:38


Fixando o conteúdo 11. a) Computadores, telefones celulares, impressoras e
televisores produzidos e descartados na América
5. Apesar de os organismos internacionais terem como do Norte viajam centenas de quilômetros e che-
objetivo promover o desenvolvimento econômico, o gam aos lixões da China.
que tem ocorrido é a manutenção de políticas pro- b) Resposta pessoal. Professor(a), os alunos deverão
tecionistas e de um comércio desfavorável para os perceber que o consumo, apesar de necessário no
países mais pobres. Além disso, os financiamentos mundo atual, pode gerar danos ambientais irre-
concedidos por esses organismos só têm contribuí- versíveis. Desta forma, tanto consumidores como
do para o endividamento crescente dos países sub- produtores e legisladores têm de atuar no sentido
desenvolvidos. da manutenção e melhoria da qualidade de vida,
6. a) Os países desenvolvidos, principalmente EUA, Ale- com limites ao consumo desenfreado e com o mí-
manha, Japão, França dominam o mercado inter- nimo de dano ambiental.
nacional. Eles produzem e comercializam bens in-
dustrializados e desenvolvem pesquisa de produtos
e serviços de alta tecnologia. Os mercados emer- Complementação e orientação didática
gentes exportam produtos industrializados que de-
mandam baixa tecnologia e importam tecnologia de Para as questões 2a e 2b do Avalie seu aprendizado,
ponta. As economias periféricas produzem e comer- mostrar o papel da mídia e da propaganda criando uma
cializam alimentos e matérias-primas. ansiedade por consumo. A indústria da informação é um
b) China, Coréia do Sul, Cingapura, Taiwan e México. poderoso instrumento, muitas vezes dirigindo a opinião
São países de industrialização recente, que apresen- pública e inculcando nas pessoas a importância apenas
de ter, comprar e consumir. O(A) professor(a) poderá pe-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


taram crescimento e diversificação na produção de
manufaturados e aumento nas exportações. dir aos alunos um levantamento de propagandas que in-
duzem ao consumo por meio da desvalorização de quem
c) EUA: ⫺357.332; Alemanha: 68.919; Japão: 107.611;
não possui determinado produto.
França: 10.236; Reino Unido: ⫺49.704; Canadá:
Para a questão 3b, rever o texto do relatório: “Os
23.631; Itália: 13.643; Países Baixos: 12.761; China:
gastos domésticos no consumo de supérfluos podem
29.362; Bélgica: 15.370; Coréia do Sul: 11.787;
não deixar lugar ao consumo de bens essenciais como
Cingapura: 3.330; México: ⫺5.358; Taiwan: 10.901;
a alimentação, a educação, a saúde, os cuidados pres-
Espanha: ⫺34.472.
tados às crianças e um plano de poupança que assegu-
d) Os EUA e o Reino Unido apresentam os maiores dé-
re o futuro”.
ficits e o Japão e a Alemanha os maiores superávits.
Para a questão 4, o Relatório do desenvolvimento
7. Globalização; políticas neoliberais; desregulamentação; humano 1997 propõe medidas para assegurar um ní-
privatizações de empresas estatais que se transforma- vel adequado de consumo para todos: apoiar inovações
ram em monopólios privados; abertura da economia tecnológicas que permitam aos países em desenvolvi-
para a expansão e ação das megaempresas; explosão mento ultrapassar os processos industriais poluentes,
do fluxo internacional de capitais. atingindo padrões de consumo mais sustentáveis; me-
8. Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien- lhorar a consciência pública relativa aos efeitos dos pa-
tação didática. drões atuais de consumo; estabelecer e aplicar políti-
9. O capital produtivo é um investimento direto de lon- cas adequadas.
go prazo aplicado na instalação de unidades produ- Professor(a), para a questão 8, em relação às políti-
tivas, na compra de equipamentos, em investimen- cas que ajudariam a solucionar os problemas citados, in-
tos imobiliários, na fabricação de produtos, na mi- centivar a discussão das políticas internas de desenvolvi-
neração, entre outras coisas. O capital especulativo, mento (principalmente de incentivo à educação), a gera-
volátil ou de curto prazo obtém lucro a partir da com- ção de poupança interna e a atuação do Estado com mais
pra e da venda de moedas e da variação de seus va- firmeza na supervisão bancária, como fatores que podem
lores. Movimenta-se rapidamente em busca de mer- amenizar as desigualdades.
cados que ofereçam segurança e grande rentabilida-
de (juros altos e baixos riscos). Os investimentos pro-
dutivos podem participar da modernização e da mon- Em pauta: vestibulares e Enem (p. 444)
tagem da infra-estrutura de um país. Já as aplicações 1. b 2. c
do capital especulativo podem provocar pânico e gerar 3. a) O predomínio na internet constitui um meio de con-
crises econômicas que repercutem mundialmente, solidar a hegemonia mundial dos Estados Unidos
pois, ao menor sinal de instabilidade, podem ser trans- também nesse setor, pois dá a esse país condições
feridos de um lugar para outro, mudando o valor de de dominar a tecnologia e de estabelecer regras
moedas, papéis e ações. para o comércio eletrônico, possibilitando a ex-
10. O desenvolvimento científico e tecnológico possibi- pansão da cultura e dos produtos estadunidenses
litou grande rapidez, barateamento e confiabilidade vendidos on-line.
no tráfego de informações, concretizando a mundi- b) Com a criação do tecnopólo do Vale do Silício, ocorre
alização do mercado financeiro e comercial, bem como uma revolução da microeletrônica: o uso dos com-
a uniformização dos costumes e dos padrões de con- putadores pessoais (PCs) se populariza, abrindo
sumo. Possibilita a utilização do “dinheiro eletrôni- caminho para a criação e a expansão da internet.
co” e dos mercados computadorizados. 4. e

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Manual-Parte 1 fonte nova 38 07/04/2005, 17:38


4. Sugestões de questões para avaliação • reconhecer os motivos da expansão das rodovias
no mundo;
• O que é comércio? Qual a necessidade do comér- • analisar problemas de transporte urbano;
cio externo atualmente? (p. 212)
• compreender a importância da aviação no mun-
• Quais são os objetivos da Organização Mundial
do atual;
do Comércio (OMC)? (p. 212-213)
• constatar a importância do turismo na economia
• Qual o papel desempenhado no comércio inter-
mundial.
nacional pelos países subdesenvolvidos de indus-
trialização recente nos últimos vinte anos? (p. 215)
• Qual o papel das megacorporações privadas no 2. Conceitos e temas desenvolvidos
comércio mundial? (p. 215) Meios de comunicação; comunicação global; teleco-
• Quais são os principais investimentos atuais do municações; vias de circulação; meios de transporte (ter-
capital produtivo? (p. 216) restres, aquaviários ou hidroviários, aéreos); transporte
• O que é o comércio real, e por que já não é a me- fluvial; transporte marítimo (internacional ou de longo curso
lhor forma de investimento? (p. 216) e costeiro ou de cabotagem); transporte ferroviário; trans-
• Explique o que é mercado de divisas. (p. 217) porte rodoviário; transporte aéreo; turismo; turismo eco-
• Qual a importância da internet para a criação do lógico ou ecoturismo; Organização Mundial de Turismo
comércio virtual e de uma cibereconomia? (p. 217) (OMT); turista.
• Comprove por meio de dois exemplos a fragilida-
de dos países em desenvolvimento no mercado de 3. Encaminhamento das atividades e resolução
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

capitais. (p. 217) dos exercícios


Avalie seu aprendizado (p. 227-228)
Capítulo 19 Comunicações, transportes
Construindo conhecimento
e turismo no mundo
1. a) A opção rodoviária atendia aos interesses da indústria
1. Objetivos automobilística e das grandes companhias de pe-
tróleo mundiais, que visavam ao aumento da pro-
Neste capítulo, os temas indicados no título são
dução e da venda de veículos motorizados movidos
tratados com o objetivo central de oferecer as bases para
a gasolina e diesel.
que os alunos sejam capazes de analisar o papel das co-
b) Resposta pessoal. É importante que os alunos apon-
municações, dos transportes e do turismo no século XXI,
tem para o fato de que o transporte rodoviário ofe-
acelerando os contatos e possibilitando uma nova era
rece pequena capacidade de carga, requer maior
de circulação de idéias, de cultura, de informações e de
consumo de combustível, depende do petróleo e tem
transporte de pessoas e de bens. Os alunos deverão tam-
custo mais elevado.
bém estar aptos a:
2. Os transportes hidroviário e ferroviário requerem me-
• identificar os meios de comunicação e seu papel nor consumo de combustível e possuem maior capaci-
no intercâmbio cultural; dade de carga que o rodoviário.
• detectar os países que têm acesso às novas tec- 3. a) França (55%), Alemanha (53%) e Estados Unidos
nologias de comunicação e detêm o controle das (50%).
informações e por quê; b) No Japão, o transporte hidroviário representa 42%
• diferenciar meios de transporte e vias de circula- do total de cargas, o ferroviário 38% e o rodoviário
ção; apenas 20%.
• compreender a evolução dos transportes e sua
importância no mundo atual; Fixando o conteúdo
• comparar as finalidades da construção de vias de
circulação em países desenvolvidos (integradora) 4. Os alunos devem perceber que os novos meios de co-
e em países subdesenvolvidos (subordinada e pe- municação e de transporte (rádio, cinema, estrada de
riférica); ferro e de rodagem, automóvel, avião, televisor, telefo-
ne, cabos de transmissão, satélites, computadores etc.)
• analisar a concentração de meios de transporte e
possibilitaram uma nova era de circulação de idéias,
vias de circulação no hemisfério norte;
de cultura, de informações e de transporte de pessoas
• comparar os meios de transporte em termos de
e de bens. Essas descobertas e invenções tecnológicas
sua eficiência;
mudaram radicalmente o modo de vida no mundo, ace-
• reconhecer a importância e as vantagens dos lerando ainda mais o contato entre lugares e povos do
transportes fluviais, os principais rios navegá- mundo, alterando as características do comércio, dos
veis no mundo e os fatores que permitem a na- transportes e dos serviços.
vegação fluvial; 5. As duas maiores redes rodoviárias encontram-se nos
• reconhecer a importância do transporte ferroviá- EUA e na Índia; os países que possuem a maior exten-
rio na ocupação e na integração territorial, suas são ferroviária são os EUA e a Federação Russa; as
vantagens e a localização espacial das principais maiores frotas mercantes do mundo localizam-se no
redes ferroviárias do mundo; Japão e no Panamá.

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6. Nos países desenvolvidos predominam os meios de trans- lecer sobre qualquer outra consideração, por mui-
porte de maior capacidade de carga e mais econômicos to justificada que esta se paute desde o ponto de
(ferroviário e hidroviário), ao passo que nos países mais vista social, político ou econômico. Tal respeito só
pobres predomina o transporte de pequena capacidade pode assegurar-se mediante uma política dirigida
de carga e menos econômico (rodoviário). à doação do equipamento necessário e à orienta-
7. a) Na África as ferrovias e rodovias concentram-se ção do movimento turístico, que tenha em conta
no litoral. as limitações de uso e de densidade que não po-
b) A distribuição das rodovias e ferrovias africanas é o dem ser ignoradas impunemente. Além do mais, é
testemunho da subordinação das colônias às metró- preciso condenar toda doação de equipamentos
poles européias, que construíram a maioria dessas turísticos ou de serviços que entre em contradição
ligações para o escoamento de matérias-primas ex- com a primordial preocupação que há de ser o res-
traídas no continente até os portos, de onde estas peito devido ao patrimônio cultural existente.
eram transportadas por navio à Europa. PRIMO, Judite. Museologia e patrimônio: documentos
8. Resposta pessoal. fundamentais. Cadernos de Sociomuseologia, n. 15.
p. 153-156. Lisboa, ULHT, 1999.
Complementação e orientação didática
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 444)
O(A) professor(a) poderá trabalhar a evolução dos
transportes historicamente e seu papel no mundo atual. 1. b
Do ponto de vista da Geografia: apontar as mudanças pro- 2. b
vocadas na paisagem local pela construção de estradas 3. b
(desmatamentos, aterros, cortes em barrancos), de túneis, 4. a) Várias razões explicam o crescimento da “indústria”

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


de viadutos, do metrô. O(A) professor(a) poderá também do turismo: transportes cada vez mais eficientes e
comparar tempos antigos e atuais e mostrar a influência relativamente mais baratos, que encurtam distân-
dos modernos meios de locomoção no modo de vida e no cias e viabilizam o deslocamento de grandes massas
comportamento social. de turistas; maior competitividade entre as empre-
Ao discutir o tema turismo, é possível destacar o sas do setor (hotéis, agências de viagem etc.), que
turismo cultural para aprofundar com os alunos a ques- oferecem “pacotes” vantajosos aos consumidores;
tão da preservação do patrimônio histórico mundial e importância crescente do tempo dedicado ao lazer,
brasileiro. A seguir, trechos da Carta de Turismo Cultu- em especial nos países de renda mais elevada etc.
ral, documento produzido no Seminário Internacional de b) Algumas das conseqüências positivas do crescimen-
Turismo Contemporâneo e Humanismo, realizado em Bru- to do turismo para os países receptores são: aumen-
xelas (Bélgica), em 1976. to do número de empregos, principalmente no setor
de comércio e serviços; melhoria na balança de pa-
Carta de Turismo Cultural gamentos, beneficiada pela injeção de divisas pro-
“O turismo é um feito social, humano, eco- venientes do exterior; melhoria da infra-estrutura;
nômico e cultural irreversível. Sua influência no crescimento do intercâmbio cultural. Dentre as con-
campo dos monumentos e sítios é particularmente seqüências negativas podem-se citar: degradação am-
importante e só pode aumentar, dados os conheci- biental de locais sujeitos a intenso consumo turísti-
dos fatores de desenvolvimento de tal atividade. co; especulação imobiliária, que encarece terrenos e
[...] prédios nas áreas turísticas; proliferação de ativida-
O turismo cultural é aquela forma de turismo des ilegais (prostituição, tráfico de drogas); grande
que tem por objetivo, entre outros fins, o conheci- alteração da vida cotidiana dos moradores, que pode
mento de monumentos e sítios histórico-artísticos. inclusive resultar em ameaça a culturas locais.
Exerce um efeito realmente positivo sobre estes tanto 5. F – F – V – F
quanto contribui — para satisfazer seus próprios
fins — a sua manutenção e proteção. Essa forma de 4. Sugestões de questões para avaliação
turismo justifica, de fato, os esforços que tal manu-
tenção e proteção exigem da comunidade humana, • O que são meios de comunicação e em qual século
devido aos benefícios socioculturais e econômicos ocorreu o seu maior desenvolvimento? (p. 221)
que comporta para toda a população implicada. • Qual o papel dos trustes no mercado das comuni-
Sem dúvida, qualquer que seja sua motiva- cações? (p. 221)
ção e os benefícios que possui, o turismo cultural • Diferencie vias de circulação e meios de transpor-
não pode estar desligado dos efeitos negativos, no- tes. (p. 222)
civos e destrutivos que acarreta o uso massivo e • Cite dois fatores que permitem a navegação flu-
descontrolado dos monumentos e dos sítios. O res- vial. (p. 224)
peito a estes, ainda que se trate do desejo elemen- • Explique os tipos de transporte marítimo. (p. 224)
tar de mantê-los num estado de aparência que lhes • Qual a importância do transporte ferroviário na
permita desempenhar seu papel como elementos ocupação e integração territorial? (p. 224-225)
de atração turística e de educação cultural, leva con- • Explique por que entre 1940 e 1960 verificou-se
sigo a definição, o desenvolvimento de regras que mundialmente certa estagnação e até mesmo o
mantenham níveis aceitáveis. Em todo caso, com declínio das ferrovias. (p. 224-225)
uma perspectiva de futuro, o respeito ao patrimô- • Por que o transporte aéreo se tornou um sério con-
nio mundial, cultural e natural é o que deve preva- corrente aos demais meios de transporte? (p. 226)

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UNIDADE DINÂMICA POPULACIONAL E
URBANIZAÇÃO NUM MUNDO
V I
EM TRANSFORMAÇÃO
Na Unidade VI, os alunos compreenderão os conceitos demográficos fundamentais, as fases do ciclo
demográfico, a distribuição e o crescimento da população; analisarão a estrutura etária, por sexos e pro-
fissional, da população e sua distribuição por setores de atividade; perceberão como a globalização eco-
nômica modificou a estrutura populacional criando, também, novos fluxos populacionais; compararão
processos de urbanização mundial.

Capítulo 20 Conceitos demográficos de população: toda a Europa Ocidental; os Estados


fundamentais e distribuição Unidos, principalmente em sua parte leste; o Japão; o
leste da China; a Índia; o sul e o noroeste da África; o
da população mundial leste e o noroeste da América do Sul.
1. Objetivos 3. São as áreas escuras (sem luzes).
Causas históricas/econômicas: áreas de agricultura
Precedendo o estudo da distribuição da população mecanizada e pecuária extensiva (pradarias norte-ame-
mundial e brasileira, tratamos de conceitos demográficos ricanas, campanha gaúcha e pampa argentino).
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

fundamentais, como população absoluta, densidade de- Causas naturais: a Floresta Amazônica, os desertos
mográfica ou população relativa, superpovoamento, taxa (Saara, Atacama, Kalahari, Góbi), as áreas geladas de
de natalidade e de mortalidade e crescimento vegetativo, altas latitudes (Groenlândia, Sibéria, norte da América
que são fundamentais para a compreensão dos demais do Norte), as áreas de altas montanhas (Andes, Mon-
temas do capítulo. tanhas Rochosas, Alpes).
A partir desse estudo os alunos deverão ser capa- 4. As áreas em amarelo da imagem de satélite, por serem
zes de: áreas urbanas, correspondem às áreas de maior densi-
• fixar os conceitos demográficos fundamentais; dade demográfica e as escuras correspondem às de
• reconhecer a importância do recenseamento para menor densidade.
a análise e o planejamento socioeconômico de um
país; Fixando o conteúdo
• identificar países populosos, pouco populosos,
povoados e fracamente povoados; 5. O países mais populosos dos selecionados são os Esta-
• discriminar os critérios utilizados para conside- dos Unidos, o Japão e Bangladesh; os menos populo-
rar uma área superpovoada; sos são a Bélgica e Taiwan. Os mais povoados são Ban-
• discernir os fatores que explicam a distribuição gladesh e Taiwan, os menos povoados são a Austrália,
desigual da população nos territórios; a Arábia Saudita e os EUA.
• analisar a distribuição geográfica da população
no mundo.
País Densidade hab./km2
México 48,9
2. Conceitos e temas desenvolvidos Estados Unidos 29,0
Recenseamento ou censo; população absoluta; país Bélgica 332,0
populoso; país pouco populoso; densidade demográfica ou Taiwan 597,0
população relativa; país densamente povoado; país povoa- Japão 339,0
do; superpovoamento; taxa de natalidade; taxa de mortali-
Bangladesh 845,5
dade; taxa de mortalidade infantil; crescimento vegetativo
ou natural; crescimento zero; áreas ecúmenas; áreas ane- Austrália 2,4
cúmenas; fatores que favorecem ou restringem a ocupa- Arábia Saudita 8,9
ção humana dos territórios (físicos ou naturais, históricos
e socioeconômicos); distribuição geográfica da população. 6. Porque esse conhecimento permite traçar planos e es-
tratégias governamentais e fornece instrumental teó-
3. Encaminhamento das atividades e resolução rico para que sejam tomadas medidas de ordem práti-
dos exercícios ca, que variam em função de interesses políticos, eco-
nômicos e sociais.
Avalie seu aprendizado (p. 234-235) 7. a) A densidade demográfica do país A é de 348,8 hab./
km2; e a do país B é de 19,8 hab./km2.
Construindo conhecimento
b) A taxa de crescimento anual do país A é de 2,2 ‰ ou
1. Todos os continentes são visíveis na montagem feita a 0,2% ao ano; do país B é de 13,7 ‰ ou 1,3% ao ano.
partir de imagens de satélite. c) O país A é populoso e densamente povoado. O país
2. Nas áreas amarelas da imagem que são as luzes das B é populoso mas fracamente povoado (baixa den-
cidades, lugares onde existe uma grande concentração sidade demográfica).

41

Manual-Parte 1 fonte nova 41 07/04/2005, 17:38


8. Não, um país pode ser densamente povoado sem ser po- Capítulo 21 Crescimento demográfico
puloso. Por exemplo, os Países Baixos, a Bélgica e Cinga-
no mundo
pura são densamente povoados, mas não são populosos.
9. Fatores que favorecem — abundância de água (os va- 1. Objetivos
les e os deltas fluviais), fertilidade do solo, topografia
plana (planícies). Fatores que restringem — frio inten- Prosseguindo os estudos de população, este capítu-
so (regiões polares); aridez do solo (desertos); eleva- lo trata do crescimento demográfico no mundo, em que
das altitudes e vegetação densa (florestas equatoriais). se incluem as fases desse crescimento, as teorias malthu-
10. As atividades industriais e de prestação de serviços siana, neomalthusiana e reformista ou marxista.
costumam provocar grandes concentrações popula- Ao final desse estudo, os alunos deverão ser capa-
cionais. As áreas de agricultura intensiva apresentam zes de:
densidades mais elevadas em virtude de a relação tra- • compreender o processo de crescimento demo-
balho/área ser maior. gráfico mundial, em especial após as duas guer-
11. A modernização e a revolução tecnocientífica per- ras mundiais, quando ele adquiriu proporções
mitiram a superação de grande parte das limitações assustadoras;
naturais, levando a humanidade a conquistar espa-
• perceber que a grande explosão demográfica ocor-
ços antes inabitáveis. Se a população dispuser de
reu principalmente nos países subdesenvolvidos;
técnicas suficientes para superar as adversidades
apresentadas pelo ambiente, a influência dos fato- • caracterizar as três fases do crescimento popula-
res naturais tende a diminuir. Assim, mesmo áreas cional (lento, rápido e baixíssimo ou de estagna-
de difícil ocupação (relevo montanhoso, desérticas, ção populacional);

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litorâneas etc.) são integradas ao processo produ- • conceituar transição demográfica e identificar as
tivo, atraindo população e investimentos em infra- características dos países em cada fase demo-
estrutura (transportes, habitação etc.). gráfica;
• perceber os motivos das variações do crescimen-
Complementação e orientação didática to demográfico em cada fase e relacionar os pro-
Professor(a), no site http://earthobservatory.nasa.gov gressos tecnológicos com a diminuição da mor-
podem-se acessar imagens de satélites de vários locais da talidade;
Terra. Outro site para ver imagens de satélites em tempo • definir expectativa de vida ou esperança de vida,
quase-real é o http://www.ghcc.msfc.nasa.gov. Ao clicar no taxa de fecundidade ou de fertilidade e taxa de
link satellite images, a página apresentará todos os satéli- mortalidade infantil;
tes geoestacionários. No final existem dois mosaicos que • discutir os fundamentos das principais teorias de-
permitem a visualização de todo o globo terrestre. mográficas (malthusianismo, neomalthusianismo e
reformistas ou marxistas) e as políticas natalistas.
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 446)
1. d 2. a 3. a
2. Conceitos e temas desenvolvidos
4. Sugestões de questões para avaliação Explosão demográfica; fases do crescimento popu-
lacional; transição demográfica; expectativa de vida ou
• O que é recenseamento e qual sua importância? esperança de vida, taxa de fecundidade ou de fertilidade;
(p. 230) mortalidade infantil; teorias demográficas (de Malthus,
• O que é população absoluta? (p. 230) neomalthusianismo e reformistas ou marxistas); política
• Quais são os cinco países mais populosos do mun- antinatalista; neomalthusianos ou alarmistas; políticas pró-
do? (p. 230) natalistas; migrações externas.
• Cite exemplos de países, cidades e regiões popu-
losos. (p. 230)
• Cite exemplos de países, cidades e regiões pouco
3. Encaminhamento das atividades e resolução
populosos. (p. 230) dos exercícios
• O que é densidade demográfica? De que forma é
Avalie seu aprendizado (p. 241-242)
calculada? (p. 230)
• Diferencie as expressões povoado e populoso. (p. 230) Construindo conhecimento
• Cite exemplos de países e regiões densamente 1. O gráfico nos mostra que quanto maior o PIB de um
povoados. (p. 231) país, menor o número de filhos por mulher e vice-ver-
• Por que a noção de densidade demográfica por si sa. Professor(a), discutir com os alunos que na realida-
só é um dado pouco significativo? (p. 231) de a situação de miséria e pobreza é a grande respon-
• Toda área densamente povoada é superpovoada? sável pelo acelerado crescimento da população. O de-
Explique por que e cite exemplos. (p. 231) senvolvimento e as reformas econômicas e sociais per-
• O que é taxa de natalidade, taxa de mortalidade e mitem a melhoria do padrão de vida, propiciando a
crescimento vegetativo ou natural? (p. 232) diminuição do analfabetismo, a liberação da mulher e
• Cite dois contrastes existentes na distribuição da uma acentuada redução do crescimento populacional
população pelos continentes. (p. 233) e da taxa de fertilidade.

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2. Porque ficou evidente que não se pode atribuir ao ser objeto da aula de Geografia. Abre possibilidade para a
crescimento populacional a culpa pela miséria e fome explicação e o debate de temas do cotidiano dos alunos.
de populações. O desenvolvimento econômico, acom- Além da formação integrada com outras áreas, esses co-
panhado de reformas e de bem-estar social, é a fór- nhecimentos aumentam a capacidade dos alunos de deter-
mula para deter o crescimento populacional. A maior minar o seu futuro, desenvolvendo o autocuidado.
parte das terras agrícolas nos países subdesenvol- Ao discutir sexualidade, é conveniente o(a) profes-
vidos é utilizada para culturas de exportação em sor(a) tratar do assunto sem julgamentos, apenas deci-
grandes propriedades rurais, não atendendo às ne- frando as preocupações comuns na vida de todo jovem e
cessidades de consumo da população local. O de- ressaltando a importância de um desenvolvimento autô-
senvolvimento científico e tecnológico no campo da nomo, de cada um decidir com maturidade sobre sua saúde
agropecuária e da genética tornou possível produ- e seu corpo. O(A) professor(a) deve conscientizar os alu-
zir alimentos suficientes para suprir toda a huma- nos de que a gravidez precoce ou indesejada repercute
nidade. principalmente na vida das mulheres. A gravidez deve ser
3. Resposta pessoal. Ver seção Complementação e orien- decidida num momento em que a pessoa se sinta prepa-
tação didática. rada e tenha condições mínimas para assumir um aumen-
to de responsabilidades.
Fixando o conteúdo A utilização de métodos contraceptivos é de extre-
ma importância, como já vimos no capítulo, não só para
4. A transição demográfica é parte de uma teoria que evitar a gravidez, mas, como no caso da camisinha, para
explica a tendência da população mundial a se equili- prevenir a aids e outras DSTs. O(A) professor(a) pode pro-
brar, na medida em que diminuem as taxas de natali- gramar uma palestra com um(a) ginecologista para que
dade e de mortalidade. os alunos conheçam os métodos anticoncepcionais dis-
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5. a) Primeira fase: crescimento baixo com elevadas ta- poníveis, saibam como funcionam e quais as vantagens e
xas de mortalidade e natalidade. Segunda fase: na- desvantagens de cada um deles.
talidade alta e mortalidade baixa, com elevado cres- O texto a seguir é um subsídio para a discussão so-
cimento populacional. Terceira fase: baixa natali- bre o controle da natalidade, proposta na questão 3 do
dade e mortalidade e crescimento populacional Avalie seu aprendizado.
estagnado.
b) Período de grande crescimento demográfico verifi-
cado na segunda fase do ciclo demográfico.
“A reedição de Malthus
c) Na segunda fase. A imagem caótica dos grandes centros ur-
6. A taxa de fecundidade ou de fertilidade é a média de banos e a fome endêmica que atinge indistinta-
filhos por mulher em idade reprodutiva (mais ou me- mente as populações do campo e das cidades do
nos dos 15 aos 45 anos). Embora diversos países sub- Brasil têm sido usadas como argumento em fa-
desenvolvidos tenham reduzido sua taxa de fecundi- vor da necessidade de o país submeter-se ao con-
dade, em muitos deles ela chega a médias superiores a trole da natalidade. Trata-se, contudo, de um ar-
7 filhos por mulher. Nos países desenvolvidos a taxa gumento falso. É a reedição da velha tese de Tho-
de fecundidade é baixa, permanecendo em torno de 1,5 mas Malthus, formulada no final do século XVIII,
filho por mulher. Muitos países apresentam taxas infe- de que a população do mundo cresce muito mais
riores a 2,1 filhos por mulher, mantendo assim estabi- rápido do que a produção de alimentos. Malthus
lizado o tamanho de sua população. recomendava que os governos negassem às po-
7. a) e b) pulações toda e qualquer assistência (hospitais,
País Crescimento Desenvolvimento asilos etc.), para desestimular a procriação, e
propunha a abstinência sexual para diminuir a
I. 3,0% Subdesenvolvido natalidade. O neomalthusianismo dos nossos dias
II. –0,1% Desenvolvido difere da sua versão original apenas no discur-
III. 3,7% Subdesenvolvido so, mantendo a essência. Não se fala mais em
negar assistência às populações. Porém, onde se
IV. 0,2% Desenvolvido
lia abstinência sexual, lê-se esterilização em massa.
8. América Latina, Europa e África, respectivamente. A receita neomalthusiana para o problema da
9. Não somente o aumento da população mas também o fome não encontra, no entanto, nenhum fundamento
aumento do consumo agrava a pressão sobre o meio na história do desenvolvimento dos povos.”
ambiente. No caso do texto, as transformações na dinâ- Retrato do Brasil, 1984, p. 100.
mica doméstica indicam um maior consumo de energia,
eletrodomésticos, mobiliário etc. mesmo em países onde
a população total não tem um aumento significativo.
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 446)
1. a) As maiores expectativas de vida encontram-se tam-
bém nas seguintes regiões: Japão; Austrália e Nova
Complementação e orientação didática Zelândia; Argentina, Uruguai e Chile.
Quando estudamos políticas demográficas, falamos b) No Japão, a maior expectativa de vida deve-se ao
sobre o planejamento familiar que engloba aspectos dos crescimento industrial acelerado, que gerou a ne-
temas transversais Educação Sexual e Saúde propostos pelo cessidade de uma revolução médico-sanitária para
MEC. Por exemplo, a gravidez não programada é uma re- assegurar a manutenção da mão-de-obra. Na Ar-
alidade presente inclusive no universo do adolescente e pode gentina, Chile, Uruguai, Austrália e Nova Zelândia,

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por sua vez, o que contribuiu para elevar a expecta- balho, a Geografia de Gênero, os movimentos fe-
tiva de vida foram as medidas sanitárias e os pro- ministas e a construção da cidadania no mundo;
gramas de caráter social empreendidos para aten- • analisar e comparar pirâmides etárias e reconhe-
der ao grande número de imigrantes europeus que cer as principais faixas etárias (jovem, adulta ou
trabalhavam nas indústrias de beneficiamento, nas madura e velha ou senil);
regiões portuárias desses países.
• comparar diferentes regimes demográficos (de
2. b 3. d 4. b 5. a
população envelhecida, em fase de envelhecimento
e regime demográfico jovem) e os países que se
4. Sugestões de questões para avaliação incluem nesses regimes.
• A que se refere o termo transição demográfica?
(p. 237) 2. Conceitos e temas desenvolvidos
• Que tipo de crescimento demográfico predomi-
nava até o século XVIII? (p. 237) População economicamente ativa (PEA); população
• O que é expectativa de vida ou esperança de vida? economicamente inativa (PEI); população ocupada; subem-
(p. 237) prego; economia informal; desemprego; trabalho infan-
• Qual a relação entre o sucesso da Revolução In- til; paraíso fiscal; inchação; estrutura populacional; divi-
dustrial e a redução da mortalidade? (p. 237) são de trabalho por sexo, Geografia de Gênero; movimento
• O que é taxa de fecundidade? Compare a dos pa- feminista; cidadania; pirâmides etárias; estrutura etária
íses subdesenvolvidos com a dos desenvolvidos. (jovem, adulta e velha); regime demográfico de popula-
(p. 238) ção envelhecida, madura ou intermediária; regime demo-
gráfico jovem.

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• Explique os princípios da teoria de Malthus. (p.
239)
• O que Malthus propunha como solução para de-
3. Encaminhamento das atividades e resolução
ter o crescimento populacional? (p. 239)
• Cite três críticas à teoria de Malthus. (p. 239) dos exercícios
• Quais eram os fundamentos dos neomalthusianos?
(p. 240)
Avalie seu aprendizado (p. 249-250)
• Qual é o ponto de vista dos teóricos demográfi- Construindo conhecimento
cos reformistas sobre o crescimento econômico?
1. O Japão, a França e Cingapura apresentam as maiores
(p. 240)
expectativas de vida. Os dois primeiros por serem pa-
íses desenvolvidos que apresentam melhores condições
Capítulo 22 Estrutura da população de vida e baixa natalidade. Cingapura pertence ao grupo
mundial de países chamados de mercados emergentes, apresen-
tando indicadores socioeconômicos mais favoráveis. A
1. Objetivos expectativa de vida é baixa em Burkina Faso e na Ni-
A estrutura da população mundial é tratada aqui em géria, por serem países periféricos que apresentam baixo
seus aspectos ocupacional, da divisão do trabalho por sexos nível de vida, precárias condições sanitárias, baixas
e das pirâmides etárias. despesas com saúde e poucos médicos.
É nosso objetivo que, ao final do estudo deste capí- 2. França 4%; EUA 5,5%; Japão 1,6%; México 16,7%; Cin-
tulo, os alunos sejam capazes de: gapura 7%; Índia 15,6%; Nigéria 26,3%; Burkina Faso
26,6%.
• reconhecer a importância do estudo da estrutura
O México, a Índia, Burkina Faso e Nigéria apresentam
da população;
elevadas taxas de crescimento vegetativo, típicas dos
• conceituar população economicamente ativa (PEA), países subdesenvolvidos na segunda fase de transição
população economicamente inativa (PEI) e popu- demográfica. Os EUA, Japão, França são países desen-
lação ocupada; volvidos e já completaram todos os ciclos de transição
• discutir a economia informal, o desemprego, o demográfica, ocorrendo a estabilização de sua popu-
subemprego e o trabalho infantil como problemas lação. Cingapura tem crescimento vegetativo compa-
ligados à estrutura ocupacional da população e à rável ao dos países desenvolvidos.
questão demográfica; 3. O índice de analfabetismo (item G) é mais alto nos pa-
íses periféricos, com exceção do México e de Cingapu-
• identificar o fenômeno da inchação urbana;
ra que têm investido em educação.
• caracterizar e localizar os paraísos fiscais; 4. Quanto maior a despesa de um país com saúde (quan-
• distinguir a distribuição da PEA dos países de- tidade de médicos e % do PNB), menor a mortalida-
senvolvidos da dos países subdesenvolvidos; de infantil.
• perceber a integração dos setores de atividades
predominantes ou complementares no mundo; Fixando o conteúdo
• constatar a estrutura etária e a porcentagem de 5. A existência de grande quantidade de idosos acarreta
mulheres/homens nos grupos de países; falta de mão-de-obra e elevados gastos assistenciais e
• discutir a divisão de trabalho por sexo, o papel previdenciários, como é o caso dos países desenvolvi-
da mulher nas sociedades e no mercado de tra- dos. No caso da grande quantidade de jovens, que cons-

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titui a estrutura etária dos países subdesenvolvidos, os 4. Sugestões de questões para avaliação
principais problemas são os elevados investimentos em
educação, formação profissional e ampliação do mer- • Qual a importância do estudo da estrutura da
cado de trabalho. população? (p. 243)
6. Por terem índices de subemprego baixo e a maior par- • Faça a distinção entre população economicamente
te de seus trabalhadores possuir rendimentos fixos. ativa, população economicamente inativa e popu-
7. A taxa de desemprego entre jovens (o dobro da calcu- lação ocupada. (p. 243)
lada entre adultos) é de 30% nos países periféricos, pois • Explique o que é economia informal. (p. 243)
a maior dificuldade é encontrar o primeiro emprego. • Fale sobre o desemprego e o trabalho infantil nos
Atualmente a demanda por profissionais mais qualifi- países periféricos ou subdesenvolvidos. (p. 243)
cados exclui do mercado muitos trabalhadores com nível • Cite duas características e três exemplos dos cha-
de instrução baixo e, por essa razão, o investimento mados paraísos fiscais. (p. 244)
em educação é essencial. • Em que consiste o fenômeno da inchação? (p. 244)
8. Os países desenvolvidos ou centrais concentram a maior • Qual é, em geral, a porcentagem de mulheres e
parte de sua população ativa no setor terciário ou no homens nos países do mundo? Cite exceções à
terciário e secundário. Os países subdesenvolvidos regra. (p. 245)
periféricos apresentam elevados percentuais da popu- • O que são movimentos feministas? Cite exemplos
lação ativa no setor primário (agricultura e extração de reivindicações desses movimentos. (p. 245)
de matérias-primas). • O que significa Geografia de Gênero? (p. 245)
Nos países subdesenvolvidos industrializados predo- • O que é pirâmide etária e que elementos a com-
mina a agricultura (primário) e os serviços (terciário), põem? (p. 246)
ou a agricultura e a indústria (secundário), ou, ainda, • Cite as características e os países que se incluem
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

a indústria. nos seguintes regimes demográficos: de popula-


9. a) A participação feminina na população ativa é ele- ção envelhecida; em fase de envelhecimento; re-
vada nos países desenvolvidos ou centrais e baixa gime demográfico jovem. (p. 247-248)
nos países periféricos, tendo sofrido significativo
aumento nos países subdesenvolvidos industriali-
Capítulo 23 Migrações populacionais
zados.
b) As mulheres realizam dupla jornada de trabalho (a no mundo
remunerada, fora de casa, e a não-remunerada, do-
1. Objetivos
méstica); têm remuneração mais baixa que os ho-
mens em funções iguais e são minoria em cargos No tratamento do tema, o capítulo começa explicando
administrativos e gerenciais. as razões das migrações, políticas, étnicas ou religiosas,
10. a) A pirâmide 1 que apresenta a base larga (grande naturais e econômicas, para em seguida trabalhar com os
quantidade de população jovem) e o topo estreito tipos de movimentos migratórios (internos e externos), a
(pequena quantidade de idosos). relação entre as migrações e as transformações do mun-
b) A pirâmide 1 tem maior quantidade de jovens. A do no século XX e finalmente com as conseqüências des-
pirâmide 2 tem maior quantidade de adultos e ses movimentos.
idosos. A partir do estudo deste capítulo, os alunos deve-
rão ser capazes de:
Complementação e orientação didática • compreender os motivos das migrações;
Professor(a), é um bom momento para discutir as • depreender que elas são resultado de condições
responsabilidades e o papel dos gêneros na sociedade. econômicas estruturais e conjunturais;
O assunto deste capítulo também permite uma in- • conceituar imigração e emigração;
terface com o tema transversal Orientação sexual, dando • diferenciar as migrações quanto ao tempo de du-
continuidade ao assunto já tratado no último capítulo. ração (definitivas, temporárias, por tempo inde-
Os alunos poderão fazer uma pesquisa sobre o pa- terminado) e quanto ao espaço (internas ou naci-
pel da mulher na sociedade atual, iniciando por sua famí- onais, externas ou internacionais);
lia, com um levantamento de mulheres que trabalham fora • analisar os diversos tipos de migrações internas
de casa e as atividades exercidas. A seguir deverão pes- (intra-regional, inter-regional, sazonal ou transu-
quisar os movimentos feministas, seus objetivos, suas vi- mância, nomadismo, peregrinação diária ou pen-
tórias e conquistas e levantar artigos de jornais que fa- dular, êxodo rural, commuting);
lam da violência contra as mulheres. • identificar as principais migrações externas (es-
No site http://www.geocities.com/sufragistas os pontânea e forçada);
alunos poderão encontrar dados sobre a história do • reconhecer as principais áreas de atração e de
movimento feminista, a luta pela participação das mu- repulsão da população historicamente e no pre-
lheres nas eleições (movimento sufragista), sobre as sente;
reivindicações atuais e sobre a violência contra as • analisar as migrações por continentes;
mulheres.
• perceber os motivos que levam ao processo de
desterritorialização e a situação dos refugiados
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 447) no mundo;
1. a 2. c • conceituar pátria;

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• analisar conflitos que resultam em migrações de 5. a) Racista e xenófoba (este último termo significa “que
minorias étnicas e diásporas; tem aversão a estrangeiros”).
• entender o papel do Estado e da globalização nas b) A falta de mão-de-obra não-qualificada levou mui-
migrações; tos governos, até a década de 1970, a estimular as
• discutir a fuga de cérebros; migrações. Com o aumento do desemprego e temen-
do a concorrência com a mão-de-obra local, os go-
• avaliar as conseqüências das migrações.
vernos começaram a restringir a imigração.
6. França e Estados Unidos: por serem países desenvol-
2. Conceitos e temas desenvolvidos vidos e, portanto, apresentarem condições mais favo-
Migrações (definitivas, temporárias, por tempo in- ráveis; Emirados Árabes Unidos (que atraem trabalha-
determinado, internas ou nacionais, externas ou inter- dores dos países mais pobres da Ásia): por causa da
nacionais, intra-regional, inter-regional, pendular ou di- extração de petróleo; Tailândia: por ser um dos países
ária, espontânea ou de povoamento, forçada); imigra- de industrialização recente.
ção; emigração; êxodo rural; migrações e conflitos (re- 7. a) Resposta pessoal.
ligiosos, étnicos/raciais); fatores estruturais; fatores con- b) Resposta pessoal.
junturais; muçulmanos; migração sazonal; transumân- c) Resposta pessoal.
cia; nomadismo; peregrinação; commuting; commuter; Professor(a), veja a seção Complementação e orienta-
transfronteiriços; áreas de atração e de repulsão da po- ção didática.
pulação; desterritorialização; pátria; refugiados; mino- 8. Alternativa a. Êxodo rural.
ria étnica; diáspora; guetos; xenofobia; chovinismo; fuga
de cérebros. Complementação e orientação didática

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Quanto à questão 7 do Avalie seu aprendizado, os
3. Encaminhamento das atividades e resolução conflitos no mundo atual são muitos, tendo como conse-
dos exercícios qüência a existência de uma grande quantidade de refu-
giados, de pessoas obrigadas a sair do seu país para pro-
Avalie seu aprendizado (p. 257-258) curar segurança em outro.
Fornecemos alguns sites que podem ser acessados
Construindo conhecimento para obtenção de informações sobre refugiados:
1. a) Medidas econômicas de desenvolvimento interno, • http://www.cidadevirtual.pt/acnur/acn_lisboa/swr/
reforço da identidade nacional e o combate ao cho- cx2-3.html (A Acnur — Alto Comissariado das
vinismo, ao racismo e ao ódio permitiriam a fixa- Nações Unidas para os Refugiados — é um orga-
ção das pessoas à sua terra e impediriam as migra- nismo das Nações Unidas de auxílio aos refugia-
ções em massa. dos, que dá assistência a mais de 27 milhões de
b) A convivência pacífica e a aceitação das diferenças pessoas no mundo);
evitariam migrações que ocorrem por conflitos ét- • http://www.cidadevirtual.pt/cpr (Site do Conselho
nicos, perseguições religiosas ou raciais. Português para os Refugiados, que mostra cam-
c) Resposta pessoal. panhas de integração de refugiados).
Questão 7a: Além da manutenção das boas condi-
Fixando o conteúdo ções de saúde, alimentação e abrigo, os organismos de
ajuda humanitária enfrentam desafios práticos: como res-
2. a) Emigração forçada. ponder eficientemente a movimentos repentinos e de gran-
b) Perseguição política. des dimensões? Como melhorar a segurança e atender às
c) Resposta pessoal. necessidades dos refugiados? Como encaminhá-los a um
d) Porque os primeiros habitantes dos quais descen- novo país e a uma vida estável e produtiva?
dem os indígenas vieram em grandes migrações da Os problemas dos refugiados são graves e difíceis
Ásia, depois vieram os portugueses, espanhóis, fran- de serem resolvidos somente pelas organizações humani-
ceses, ingleses etc. tárias. Por outro lado, os governos de muitos países não
3. Como o próprio nome diz, migrações forçadas são querem arcar ou não podem suportar os custos que os
as que ocorrem independentemente da vontade das refugiados representam.
pessoas, ou seja, elas são forçadas a migrar. Um dos Questão 7b: A situação das pessoas desenraizadas é
exemplos mais conhecidos se refere ao tráfico negrei- denunciada também de forma expressiva em organismos
ro, isto é, à transferência forçada de milhões de afri- como a ONU e é motivo de preocupação por parte de or-
canos para as Américas durante o período colonial. ganizações de segurança, como a Otan (Organização do
Outros exemplos são as migrações decorrentes de per- Tratado do Atlântico Norte) e a Osce (Organização para
seguições políticas, revoluções e catástrofes naturais. Segurança e Cooperação na Europa), de instituições finan-
4. A partir do século XVIII até a primeira metade do sé- ceiras, como o Banco Mundial, e de organizações regio-
culo XX, cerca de 60 milhões de europeus e asiáticos nais, como a CEI (Comunidade de Estados Independentes)
migraram para todas as partes do mundo, sobretudo e a OUA (Organização da Unidade Africana).
para a América e a Oceania. Na atualidade ocorre o A reintegração das pessoas ao seu lugar de origem é
movimento contrário. As melhores condições estrutu- um grande problema, pois muitos não podem ou não que-
rais dos países desenvolvidos os transformaram em áreas rem voltar. Os organismos de ajuda humanitária colabo-
de atração, enquanto os países subdesenvolvidos, tra- ram com ações de assistência e encaminhamento social,
dicionais áreas atrativas, são agora áreas repulsivas. na obtenção de asilo etc.

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Diversas organizações internacionais com caráter • Faça a distinção do êxodo rural nos países desen-
humanitário atuam em conflitos com o objetivo de forne- volvidos e nos países subdesenvolvidos em ter-
cer assistência imediata às populações civis ameaçadas, mos de suas causas. (p. 252)
como os Médicos sem Fronteira, a Cruz Vermelha, a Ac- • Explique e exemplifique o nomadismo. (p. 252)
nur. Outras organizações participam denunciando perse- • Explique as migrações diárias do tipo commuting.
guições políticas e violação dos direitos humanos, como (p. 253)
a Anistia Internacional e o Human Rigths Watch. • Dê exemplos atuais de áreas de atração e de re-
Questão 7c: Resumimos algumas atitudes e medi- pulsão da população. (p. 253)
das que estão sendo tomadas, que podem ser encontra- • Dê a definição de pátria. (p. 255)
das no site da Acnur já citado: exercer pressão conside- • Cite duas características da diáspora. (p. 256)
rável sobre os Estados, no sentido de estes intervirem em • O que significa fuga de cérebros? (p. 256)
relação a crises que originam um grande número de refu-
giados; criação de “zonas de segurança”, como no caso
do Iraque; envio de observadores dos direitos humanos Capítulo 24 Urbanização mundial
ou força de manutenção da paz (Ruanda, Libéria, Bósnia-
Herzegovina); criação de locais de refúgio seguro regio- 1. Objetivos
nais ou regional safe heavens (asilados haitianos); criação Começamos o capítulo trabalhando com os concei-
de um tribunal para julgar crimes de guerra (ex-Iugoslá- tos de urbanização e correlatos e com a base histórica desse
via e Ruanda). fenômeno, a Revolução Agrícola, para depois tratarmos
de sua evolução nos diferentes grupos de países, dos de-
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 448) sequilíbrios sociais provocados, das aglomerações urba-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

1. d 2. d 3. b nas (conurbação, metrópole, região metropolitana, mega-


4. a) Com o fim da Segunda Guerra Mundial, imigrantes lópole).
provenientes sobretudo do continente africano (no Neste estudo, os alunos são levados a:
qual a França possuía várias colônias) e da Améri- • compreender os critérios utilizados para concei-
ca Latina afluíram para a Europa, onde foram bem tuar urbanização;
recebidos, uma vez que os países europeus, empe- • perceber a tendência mundial de aumento da po-
nhados em sua reconstrução, utilizando-se dos in- pulação nas áreas urbanas;
vestimentos provenientes do Plano Marshall, neces- • identificar as condições que permitiram a passa-
sitavam de mão-de-obra. Na época, os imigrantes gem da sociedade rural para a urbana;
eram absorvidos em funções de baixa qualificação • perceber os motivos que permitiram que os paí-
e não concorriam com os europeus, que assumiam ses se urbanizassem e distinguir os tempos e rit-
funções mais qualificadas e mais bem remuneradas. mos diferentes de urbanização entre os países do
b) Diversos motivos contribuíram para alterar a situa- mundo, particularmente entre os desenvolvidos
ção atual em relação aos imigrantes: por ter sido um e os subdesenvolvidos;
dos continentes mais afetados pelo processo de au- • constatar a divisão de trabalho entre cidade e campo;
tomação industrial, a Europa apresenta altos índices • identificar a tendência à terciarização das cida-
de desemprego estrutural; as políticas previdenciá- des no mundo globalizado e os desequilíbrios e
rias foram adotadas largamente na Europa do pós- problemas dos mundos urbano e rural atuais;
guerra e transformaram-se em atrativo para os imi-
• discutir os problemas do uso do solo urbano, a
grantes; atualmente, com os índices de desemprego
segregação espacial, a existência da cidade for-
em alta, verifica-se uma elevação dos custos sociais,
mal e da cidade informal;
comprometendo a qualidade dos serviços oferecidos
• conceituar as aglomerações urbanas (conurbação,
à população. Por todos esses fatores, atualmente os
metrópole, região metropolitana, megalópole);
europeus em geral vêem o imigrante como um con-
• reconhecer sítios urbanos e tipos de cidades (es-
corrente em relação à disponibilidade de empregos
pontânea, planejada), e a hierarquia urbana (me-
e como o “estrangeiro” que consome recursos que
trópole nacional, metrópole regional, centro sub-
deveriam ser canalizados para os cidadãos. Daí nas-
metropolitano, capital regional).
cem alguns movimentos políticos xenofóbicos pre-
sentes particularmente na França.
5. e 2. Conceitos e temas desenvolvidos
Cidade; aglomeração urbana; urbanização; Revolu-
4. Sugestões de questões para avaliação
ção Agrícola; equipamentos urbanos; verticalização; ter-
• Diferencie imigração de emigração. (p. 251) ciarização das cidades; cidade global; taxa de urbaniza-
• Dê exemplos de fatores políticos, étnicos, naturais ção; inchaço urbano ou macrocefalia urbana; especula-
e econômicos responsáveis por emigrações. (p. 251) ção imobiliária; urbanização explosiva e anômala; espe-
• O que são fatores estruturais e conjunturais e como culação imobiliária; uso do solo urbano; segregação es-
podem ser responsáveis por migrações? (p. 251) pacial, econômica e étnica; cidade formal; cidade infor-
• O que são migrações definitivas? (p. 251-252) mal; favela; conurbação; metrópole (nacional, regional);
• Diferencie migrações temporárias diárias sazonais região metropolitana; megalópole; sítio urbano; situação
de migrações temporárias por tempo indetermi- urbana; função da cidade; origem das cidades (espontâ-
nado. (p. 252) nea, planejada); rede urbana.

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3. Encaminhamento das atividades e resolução cesso de urbanização. Alguns desses países apresen-
tam taxas de urbanização iguais e até superiores às de
dos exercícios
países desenvolvidos. Mas a maior parte dos países
Avalie seu aprendizado (p. 267-268) subdesenvolvidos periféricos, em virtude do predomí-
nio das atividades primárias, apresenta baixos índices
Construindo conhecimento de urbanização.
1. Abaixo sugerimos que o(a) professor(a) verifique alguns 10. A principal causa do crescimento das cidades se rela-
itens nas propostas dos alunos. Ver mais orientações na ciona com o êxodo rural. A introdução de melhorias
seção Complementação e orientação didática. no campo e a fixação do homem à terra evitaria essas
Questão 1a: quanto ao sítio urbano, verificar se houve migrações e a pressão sobre as cidades.
preocupação em localizar a cidade em terreno plano, 11. a) Região metropolitana.
em áreas afastadas das margens de rios e de mangues, b) Urbanização.
preservando-se florestas e ecossistemas do entorno. c) Conurbação.
Questão 1b: os bairros podem ter múltiplas funções ou d) Megalópole.
funções especializadas. e) Metrópole nacional.
Questão 1c: os equipamentos urbanos devem ter uma f) Metrópole regional.
distribuição equilibrada, beneficiando todos os bair- 12. Respectivamente temos as funções: comercial, indus-
ros, sem exclusão ou segregação espacial. trial, administrativa, religiosa, turística.
Questão 1d: verificar se os alunos propuseram trans-
formações sociais e melhorias, em particular de ajuda Complementação e orientação didática
às comunidades locais ou carentes da cidade, propon-
Professor(a), o trabalho da questão 1 do Avalie seu

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


do a participação conjunta da sociedade civil, de asso-
aprendizado poderá ser proposto no final do ano como
ciações comunitárias, do governo e de organizações
conclusão dos estudos. O objetivo é deixar que os alunos
não-governamentais.
planejem uma cidade a partir das conclusões que pude-
2. Para a questão 1b, verificar a integração entre os bair-
ram tirar durante o ano e principalmente que elaborem
ros e a localização de áreas industriais, comerciais e
um plano urbano daquela que, segundo o seu imaginário,
residenciais. As áreas industriais devem estar locali-
seria uma cidade ideal.
zadas de forma a não afetar o meio ambiente e a saú-
Diversos países e prefeituras têm planos de melho-
de da população. Para a questão 1e, verificar se todos
ramentos urbanos. Os alunos poderão pesquisar o plane-
os equipamentos atendem de forma eficiente os di-
jamento urbano proposto pela prefeitura de sua cidade
versos bairros.
para comparar com o seu.
3. Resposta pessoal.
A Unesco tem vários projetos urbanos de pesqui-
4. Resposta pessoal.
s a e ação, disponíveis (em inglês) no site http://
www.unesco.org/most.
Fixando o conteúdo
5. Resposta pessoal. Professor(a), lembrar os alunos de Em pauta: vestibulares e Enem (p. 449)
que, em geral, as cidades não são auto-suficientes,
1. e 2. c 3. e 4. e 5. b
não produzem alimentos e matérias-primas, apenas
consomem ou transformam, e assim dependem do
meio rural.
4. Sugestões de questões para avaliação
6. a) Resposta pessoal. Provavelmente aparecerão as • O que é urbanização? (p. 259)
palavras: ruas, edifícios, multidão, comércio, viadutos,
• Explique os fatores que permitiram o processo de
carros, barulho.
urbanização moderno. (p. 259)
b), c) e d) Resposta pessoal.
7. As três principais aglomerações previstas em cada con- • Qual a relação entre industrialização e urbaniza-
tinente são: América: São Paulo, México e Nova York; ção? Quais são os países mais urbanizados do
África: Lagos, Cairo e Kinshasa; Europa: Istambul, Pa- mundo? (p. 260)
ris e Moscou; Ásia: Tóquio, Bombaim, Daca. • Explique a tendência à terciarização das cidades
8. Resposta sugerida: A modernização no campo (meca- no mundo globalizado. (p. 260)
nização, técnicas agrícolas etc.) causou o aumento da • O que são cidades globais? (p. 261)
produtividade rural e diminuiu a necessidade de mão- • A que se refere a expressão urbanização anômala
de-obra. Com a industrialização as cidades foram se e explosiva? (p. 263)
tornando áreas de atração para a grande massa de tra- • Explique o que é a segregação espacial e caracte-
balhadores iniciando o processo de êxodo rural e de rize as cidades formal e informal. (p. 263)
urbanização.
• Classifique as cidades quanto ao sítio urbano. (p.
9. Nos países centrais a urbanização é mais antiga e ocorreu
265-266)
de forma mais lenta e integrada com a área rural, já
• Cite exemplos de situação urbana. (p. 266)
tendo atingido índices bastante elevados e, praticamente,
máximos de urbanização com drástica redução da mi- • O que é função urbana? Cite exemplos. (p. 266)
gração campo-cidade. • Como se classificam as cidades quanto à sua ori-
Nos países subdesenvolvidos a recente e rápida indus- gem? Explique cada tipo. (p. 266)
trialização provocou intenso êxodo rural e rápido pro- • O que é rede urbana? (p. 266)

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PARTE 2 — GEOGRAFIA DO BRASIL

UNIDADE A PRODUÇÃO DO ESPAÇO


GEOGRÁFICO, AS REGIÕES
I
BRASILEIRAS E O BRASIL
EM UM MUNDO GLOBALIZADO
A ocupação territorial e econômica brasileira ao longo dos séculos exerceu influência na organiza-
ção do espaço atual, na estrutura político-administrativa e no processo de integração. Nesta unidade,
analisamos a evolução do espaço geográfico do Brasil, a partir de sua inserção no projeto colonial até a
consolidação do Estado brasileiro. Definimos e caracterizamos as regiões brasileiras e as desigualdades
das regiões em sua participação na riqueza do país. Situamos o Brasil no espaço globalizado a partir do
entendimento de sua evolução econômica. Abordamos a nova ordem mundial e a constituição de blocos
econômicos de poder para explicar a projeção do Brasil no cenário regional e no Mercosul.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

Capítulo 1 A produção do espaço (Meio-Norte, Sertão, Agreste, Zona da Mata); Polígono


geográfico brasileiro, as das Secas; latifundiário; indústria da seca; Centro-Sul;
Sudene; Sudam; Sudesul; Sudeco; Amazônia Legal.
regiões brasileiras e o
planejamento regional
3. Encaminhamento das atividades e resolução
1. Objetivos dos exercícios
Neste capítulo analisamos a formação e as caracte-
Avalie seu aprendizado (p. 281)
rísticas do espaço geográfico brasileiro antes e após a
chegada dos europeus e sua integração no projeto global 1. a) Na história do Brasil houve muitos conflitos en-
de colonização. tre culturas, principalmente entre a dos índios e a
As atuais configurações territoriais do país guar- dos não-índios. A luta dos indígenas contra a do-
dam em si sobrevivências do passado. O processo de minação iniciou-se com a chegada dos portugue-
ocupação do território pelos luso-brasileiros foi fruto ses ao Brasil. Alguns povos, como os tupinambás
de diferentes movimentos expansionistas. Analisamos e os caetés, lutaram até sua quase dizimação; ou-
neste capítulo, também, a divisão político-administra- tros, como os tamoios, em sua luta de resistência,
tiva do Brasil. aliaram-se aos franceses inimigos dos portugue-
O trabalho com regiões é fundamental para o reco- ses. A guerra contra os indígenas foi desigual, pois
nhecimento da diversidade natural, econômica e histórica os portugueses já dominavam a tecnologia das
do Brasil. A produção desigual do espaço brasileiro origi- armas de fogo.
nou espaços diferenciados. Analisamos as divisões regio- b) Resposta pessoal. Professor(a), leia mais sobre a
nais do Brasil, levando em conta a necessidade de planeja- questão na seção Complementação e orientação di-
mento, e comparamos os critérios utilizados em cada uma. dática.
Além de dados estatísticos, fornecemos um panorama das 2. O princípio uti possidetis é uma fórmula diplomáti-
regiões geoeconômicas brasileiras (Amazônia, Nordeste e ca que estabelece o direito de um país sobre deter-
Centro-Sul) e identificamos as desigualdades entre elas. Os minado território, quando a ocupação torna-se efe-
alunos entenderão a necessidade de planejamento regio- tiva e prolongada. Com base nesse princípio, foi as-
nal e o contexto da criação de organismos com essa finali- sinado por Portugal e Espanha, em 1750, o Tratado
dade, suas ações, seus problemas e fracassos. de Madri.
3. O Brasil é uma República Federativa porque os seus
2. Conceitos e temas desenvolvidos estados estão associados a um governo central man-
tendo, porém, sua autonomia legislativa. A República
Arquipélagos econômicos; Tratado de Tordesilhas; Federativa do Brasil compreende a União, o Distrito
movimentos expansionistas; princípio uti possidetis; Tra- Federal, os 26 estados e os municípios.
tado de Madri; limites territoriais; pontos extremos; dis- 4. Os órgãos de planejamento criados do final da década
tâncias máximas; sistemas de organização político-admi- de 1950 foram: Sudene (Nordeste); Sudam (Amazônia);
nistrativa; federação, União ou governo federal; poderes Sudesul (Sul) e Sudeco (Centro-Oeste).
(Legislativo, Executivo e Judiciário); Distrito Federal; es- 5. O norte do estado de Minas Gerais apresenta caracte-
tados; município; cidade; regionalização; economia naci- rísticas naturais (clima, solo, vegetação) e socioeconô-
onal; regiões homogêneas; microrregiões; macrorregiões micas (pobreza, estagnação econômica) semelhantes às
homogêneas; regiões geoeconômicas; Amazônia; Nordeste da Região Nordeste.

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6. A divisão regional oficial baseou-se no conceito de re- • O que são regiões homogêneas? (p. 276)
giões homogêneas (combinação e predominância de • Analise a tabela “Dados sobre as regiões brasilei-
aspectos naturais, sociais e econômicos) e sua forma ras” e aponte a maior e a menor região em área e
de regionalização obedece ao critério político-admi- população. (p. 276)
nistrativo (nenhum estado ou território pertence a duas • Que estados integram a região geoeconômica da
ou mais regiões). A divisão em regiões geoeconômi- Amazônia? (p. 277)
cas obedece à associação de critérios geográficos e • Cite dois problemas sociais e dois ambientais da
econômicos, e os limites regionais não coincidem com Amazônia. (p. 277)
os dos estados. • Por que o Nordeste constitui uma região proble-
mática? (p. 277)
Complementação e orientação didática • Fale sobre o clima, a vegetação, o relevo e a eco-
nomia do Meio-Norte. (p. 278)
Para complementar a questão 1b, o(a) professor(a) • O que é e onde se localiza o Polígono das Secas?
poderá discutir com os alunos a situação dos índios atu- (p. 278)
almente. Se durante os séculos de colonização os povos • Explique a indústria da seca. (p. 278)
indígenas sobreviventes das guerras e doenças puderam
• Fale sobre o sertão nordestino: sua densidade
fugir à ameaça dos não-índios, dirigindo-se cada vez mais
demográfica e principais atividades econômicas
para o interior do território, no século XXI o isolamento e
desenvolvidas. (p. 278)
a preservação cultural tornam-se quase impossíveis. As
• Quais são as principais atividades econômicas do
comunidades indígenas perdem cada vez mais a possibi-
Agreste? (p. 279)
lidade de sobreviver fora de um grande sistema econômi-
• Cite dois fatores que fazem da Zona da Mata a

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


co. A grande maioria já tem algum tipo de integração. Os
mais importante sub-região nordestina. (p. 279)
contatos podem ser intermitentes (recebem visitas, mas
preservam muito de sua cultura, como no caso dos iano- • O Centro-Sul abrange quais áreas do país? (p. 279)
mâmis); ou podem ser permanentes como, por exemplo, • Por que o Centro-Sul constitui o centro econômi-
os povos do Xingu. Esses povos preservam em parte sua co do país? (p. 279)
cultura, mas já dependem da cultura dos não-índios para • Quais eram as áreas de atuação da Sudene, Su-
atendimento médico ou para sua sobrevivência. Outros dam, Sudesul e Sudeco? (p. 280)
povos já estão bastante integrados à cultura não-indíge- • Com a implantação do planejamento regional no
na. Alguns povos indígenas reconhecem a necessidade de Brasil, os principais problemas dessas regiões
lutar por seus direitos por meio de mecanismos não-indí- foram resolvidos? Justifique citando exemplos. (p.
genas, aprendendo a língua, freqüentando escolas e até 280-281)
utilizando os poderes constituídos (legislação etc.).

Capítulo 2 Brasil: globalização,


Em pauta: vestibulares e Enem (p. 450)
nova ordem mundial e
1. b 2. b 3. d 4. e 5. e 6. c
7. Com aproximadamente 2 milhões de km2, a Região Cen-
desigualdades sociais
tro-Sul inclui não só as duas regiões mais industriali- 1. Objetivos
zadas (Sudeste e Sul), mas também as áreas de econo-
mia mais dinâmica do Centro-Oeste: o sul do estado Neste capítulo analisamos a evolução do Brasil de
do Mato Grosso e os estados de Goiás e Mato Grosso país agroexportador periférico a industrializado semipe-
do Sul. Concentrando mais de 60% da população bra- riférico, buscando levar os alunos a conhecerem a posi-
sileira, as maiores cidades do país e a maior parte do ção atual do Brasil no cenário mundial, a partir dos mo-
parque industrial e da agropecuária, essa região cons- delos econômicos adotados, e a reconhecerem as crises
titui o maior centro econômico nacional. Nela se en- econômicas, o endividamento externo e as perspectivas
contram também os maiores portos e aeroportos, a maior futuras do país. Com esse objetivo central, fornecemos
densidade rodoferroviária, as maiores e melhores uni- aos alunos um panorama econômico do país nas duas úl-
versidades e a maioria dos cientistas. timas décadas do século XX, situamos a economia brasi-
Contudo, a Região Centro-Sul também apresenta graves leira no processo de globalização, as conseqüências e os
problemas sociais, encontrados sobretudo nas gran- múltiplos desafios que esta apresenta para o país; anali-
des cidades: criminalidade, desemprego, subempre- samos os indicadores sociais e apontamos a importância
go, falta de moradias, mendicância, poluição e outros. de um crescimento que promova justiça social e seja me-
nos vulnerável à instabilidade causada pela globalização
4. Sugestões de questões para avaliação econômica.
Ao final do estudo deste capítulo, os alunos deve-
• O que são arquipélagos econômicos? Cite exem- rão ser capazes também de:
plos. (p. 273) • constatar as desigualdades regionais e raciais no
• Quais são as unidades políticas brasileiras? (p. 275) Brasil;
• Quais poderes representam o governo federal? • compreender a importância da educação, da ci-
(p. 275) ência e da tecnologia no desenvolvimento e do co-
• Cite três características do Distrito Federal. (p. 275) nhecimento do panorama educacional e de saúde
• O que são os municípios? (p. 275) no país;

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Manual-Parte 2 fonte nova 50 07/04/2005, 17:40


• diferenciar os dois subconjuntos do continente guerra. Em seus territórios formaram-se grandes
americano, América Latina e Anglo-saxônica; concentrações industriais, sem tirar-lhes a carac-
• identificar as tentativas e dificuldades de integração terística de áreas que geram e exportam produ-
econômica latino-americana e as organizações cri- tos primários.
adas para tal fim; b) O Estado participava da economia, gerenciando os
investimentos, os empréstimos externos (endivida-
• concluir sobre as vantagens e problemas da cri-
mento) e favorecendo a entrada de indústrias es-
ação da Alca (Área de Livre Comércio das Amé-
trangeiras e o aumento da produção de riquezas.
ricas);
Esse modelo de crescimento econômico acarretou
• situar o Brasil no cenário regional e descrever as graves conseqüências sociais, como o aumento das
relações econômicas e de integração com a Bolí- desigualdades na distribuição de renda, o cresci-
via, o Paraguai, o Uruguai e a Argentina; mento do desemprego e do subemprego, e a urba-
• compreender o papel do Mercosul, seus objeti- nização desorganizada, com formação de favelas.
vos, sua importância e seus problemas. 4. a) Na década de 1990 o Brasil abriu-se ao capital ex-
terno e ao neoliberalismo, desarticulando setores
2. Conceitos e temas desenvolvidos estratégicos e conquistas econômicas e sociais.
Outros países entre os chamados de mercados emer-
Modelo agroexportador; modelo industrial-urba- gentes, como a China e a Índia, possuem um proje-
no; década perdida, modelo excludente e concentra- to de desenvolvimento centrado em políticas de in-
dor; moratória; Índice de Gini; analfabetismo funcio- teresse nacional.
nal; escolaridade; escolarização; Cepal, internaciona- b) Proteção às iniciativas nacionais contra a concor-
lização da economia; indigentes; IPH (índice de pobre-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

rência internacional, mudanças estruturais para as-


za humana), IDH (índice de desenvolvimento humano); segurar o desenvolvimento de atividades produti-
América (Latina, Anglo-saxônica, espanhola, portugue- vas, superação dos desequilíbrios sociais.
sa), associações de livre comércio (Alalc, Aladi, Grupo
5. É um modelo excludente porque afasta a maior parte
Andino, Mercosul, Nafta, Alca, Iniciativa para as Amé-
da população, exatamente os mais necessitados, dos
ricas, Acordo do Jardim das Rosas, Comunidade An-
benefícios gerados pelo crescimento econômico. É con-
dina); Doutrina Monroe, União Européia; Cone Sul; paí-
centrador porque a maior parte da renda e da riqueza
ses sul-americanos (andinos, interiores, Bacia do Pra-
do país permanece com uma parcela muito reduzida
ta ou Estuário do Prata); gasoduto Bolívia—Brasil; Hi-
da população (os ricos).
drovia Tietê—Paraná; Plano Austral.
6. a) A pobreza e a miséria atingem a metade da popula-
ção brasileira. Na escala de desenvolvimento humano,
3. Encaminhamento das atividades e resolução de 1990 para 1998 o Brasil caiu do 59º- lugar para o
79º-. O desemprego chega a uma situação crítica e o
dos exercícios Brasil apresenta uma das piores distribuições de
Avalie seu aprendizado (p. 295-296) renda do mundo.
b) Não, pois no Brasil os índices tomados como refe-
Construindo conhecimento rência pelo autor deixam a desejar. O descompasso
entre o desempenho econômico e as condições de
1. a) A crise financeira e as incertezas do mercado.
bem-estar social é muito grande.
b) Os capitais especulativos podem sair de uma hora
7. O Brasil apresenta elevada população urbana (81,2%)
para outra, via internet, de um país, desvalorizan-
e é o quinto país mais populoso do mundo. Embora
do-lhe a moeda e ocasionando crises, desequilí-
milhões de brasileiros vivam abaixo da linha de pobre-
brios financeiros e instabilidade política.
za, sem condições de atender às suas necessidades bá-
c) Na realidade o emprego de Carmem é provisório e
sicas, há uma classe média numerosa, com condições
precário, portanto pode ser classificado como um
para o consumo. Já nos países da Europa, em geral, o
desemprego oculto.
crescimento populacional é bem limitado. Nos países
d) Resposta esperada: os casos dos textos 1 e 2 não
de mercados maduros, o consumo cresce no mesmo
são fatos isolados. Devem-se aos efeitos da globali-
ritmo em que cresce a população, ou seja, lentamente.
zação, que têm contribuído para aumentar o desem-
prego, a pobreza e a exclusão. 8. a) Os países que integram o Mercosul são: Argen-
tina, Brasil, Paraguai e Uruguai. O Chile e a Bo-
lívia são membros associados ao Mercosul des-
Fixando o conteúdo de 1996.
2. a) Nos anos de 1973 e 1979. b) Os principais rios formadores da Bacia Platina são:
b) Os dois choques do petróleo ocorridos na década Paraná, Paraguai e Uruguai.
de 1970 acarretaram desequilíbrio na balança co- c) O rio de maior aproveitamento hidroelétrico é o Pa-
mercial brasileira. A elevação dos preços do petró- raná, e a maior usina hidroelétrica é a de Itaipu.
leo ocasionou um aumento nos gastos para impor- d) A Hidrovia Tietê—Paraná, com 2.400 km de percur-
tá-lo, gerando saldos negativos enormes. so navegável, ligando o interior de São Paulo (re-
3. a) Brasil, Índia, África do Sul, Argentina e Tigres gião de Piracicaba) à região de Foz do Iguaçu.
Asiáticos (Coréia do Sul, Formosa ou Taiwan, Cin- 9. Enquanto a União Européia é uma comunidade que,
gapura e Hong Kong). Esses países experimenta- além da integração comercial de agora, pretende unir
ram um rápido processo de industrialização no pós- política, monetária e economicamente os países eu-

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Manual-Parte 2 fonte nova 51 07/04/2005, 17:40


ropeus, a Alca pretende apenas estabelecer uma zona Os alunos poderão fazer um levantamento, durante
de livre comércio nas Américas. Outra diferença é que o ano, da evolução da Alca, cuja data limite de concreti-
os países integrantes da UE são mais homogêneos em zação é o ano de 2005, pesquisando as vantagens e im-
nível de desenvolvimento, enquanto, entre os previs- pactos que poderá trazer para a economia regional e para
tos para compor a Alca, há grandes desníveis em ter- o país. Orientar para que façam uma leitura detalhada dos
mos de desenvolvimento econômico e social. artigos selecionados, procurando o significado de pala-
vras desconhecidas no dicionário, marcando o nome do
jornal e do jornalista que assina cada um e a data de pu-
Complementação e orientação didática
blicação, destaquem as principais idéias dos artigos e ela-
O objetivo operacional deste capítulo é que os alunos borem um texto com conclusões próprias. A etapa seguinte
reconheçam que muitas situações individuais não são fatos é a exposição para a classe ou discussão do tema, sociali-
isolados, existindo estruturas mundiais responsáveis por elas. zando as informações.
São situações que ocorrem no universo próximo de qual-
quer brasileiro, sendo conveniente que os alunos façam um Em pauta: vestibulares e Enem (p. 452)
levantamento de pessoas suas conhecidas que vivam pro-
1. a 2. d 3. b
blemas semelhantes aos analisados nos textos 1 e 2 do Ava-
4. a) O aluno pode citar como exemplos dessas organi-
lie seu aprendizado (p. 295), especificando como cada uma
zações: o FMI (Fundo Monetário Internacional), o
conseguiu contorná-los ou encontrar formas de vencê-los.
Banco Mundial, o Gatt (Acordo Geral de Tarifas e
É um bom momento para a discussão do combate à
Comércio), a atual OMC (Organização Mundial de
pobreza e ao empobrecimento, a partir da qual os alunos
Comércio), entre outras.
percebam que o poder público, em todas as esferas, tem
b) Essas organizações interferem fortemente nas po-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


um papel fundamental nesse processo e deve ser cobrado
líticas econômicas e sociais de países endividados,
para contribuir eficazmente para essa finalidade. Mas a
como o Brasil, tomando decisões e definindo regras.
discussão deve levar a que se perceba que as soluções po-
Em troca de ajuda econômica, o FMI e o Banco
dem vir também das próprias pessoas atingidas por esse
Mundial impõem ao Brasil, entre outras medidas, a
processo, com sua participação em ações comunitárias (co-
privatização de empresas estatais e o aumento da
operativas, mutirões) ou mesmo a partir de aptidões e
arrecadação de impostos e taxas. Para atender a esta
soluções criativas individuais.
última exigência, e obter o chamado aumento do
Para reforçar a compreensão de como as relações
superávit primário, o governo brasileiro é obriga-
internacionais afetam a economia nacional, o(a) professor(a)
do a restringir as despesas com saúde, educação,
poderá pedir um trabalho de pesquisa em jornais em que
previdência, saneamento básico etc., o que resulta
o foco seja colocado sobre as condições internas do país em prejuízo para a população.
durante o ano (crises econômicas e grau de endividamen- 5. d
to), as reações da economia internacional em relação à 6. a) Um dos fatores que contribuem para classificar o
brasileira, a atuação do país no cenário mundial. Brasil como a décima segunda economia mundial é
Os alunos poderão também fazer uma pesquisa em o seu PIB elevado, decorrente do crescimento in-
agências classificatórias do chamado risco Brasil. For- dustrial acentuado durante o governo militar. O
necemos a seguir um exemplo de reportagem que pode chamado “milagre brasileiro”, ocorrido nesse pe-
ser trabalhada para maior compreensão dessa questão. ríodo, permitiu um crescimento da economia nacio-
nal graças à entrada de capital estrangeiro e ao en-
“Saiba mais sobre o risco-país
dividamento externo. As políticas econômicas ado-
O chamado risco soberano reflete a percep- tadas, além de levar à concentração de renda, não
ção de segurança que os investidores externos têm permitiram aumento de salários, de modo a atrair
em relação a um país. novos investimentos estrangeiros.
Esse risco é medido pelo número de pontos b) Ao reduzir os índices de aumento salarial, a políti-
percentuais de juros que determinado governo tem ca do “milagre econômico” provocou uma forte con-
de pagar a mais que os Estados Unidos para con- centração de renda e não realizou os investimentos
seguir empréstimos no exterior. sociais necessários para superar as desigualdades
A taxa de risco de um país afeta não apenas assim criadas.
as finanças do governo, mas toda a economia. 7. a 8. c 9. d
Quando o risco soberano de um país aumenta, os 10. a) A Alca (Área de Livre Comércio das Américas)
títulos emitidos pelo governo ficam mais atrativos propõe o estabelecimento de um megabloco eco-
para os bancos. nômico, com a total eliminação das barreiras co-
Em conseqüência disso, as instituições finan- merciais entre os países do continente americano,
ceiras destinam uma fatia maior de seus investi- com exceção de Cuba.
mentos para comprar esses títulos públicos, redu- b) Por meio da Alca, os EUA pretendem expandir seu
zindo os recursos disponíveis para financiar ope- comércio com os países do continente americano,
rações de crédito e investimento. estabelecendo sua hegemonia e dificultando a
ampliação dos interesses da União Européia na
A menor oferta de crédito no mercado aca-
região. Com esse acordo, o governo estaduniden-
ba levando a um aumento das taxas de juros, o
se conseguiria um aumento de suas exportações e
que, por outro lado, acaba freando a economia.”
um equilíbrio de sua balança comercial, que vem
Folha Online , 6 maio 2002. se apresentando deficitária.

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c) Antes de começar a operar a Alca, os países do Mer- • O que é analfabetismo funcional? Fale sobre essa
cosul (bloco econômico que reúne Uruguai, Paraguai, taxa nas regiões brasileiras. (p. 288)
Argentina e Brasil) pretendem garantir a consolida- • Qual a relação entre escolarização e renda per
ção e a expansão desse bloco. O governo brasileiro capita? (p. 288)
tem especial interesse nessa consolidação, pois, por
intermédio do Mercosul, poderia estabelecer uma he- • De que forma a escolaridade influi nos rendimen-
gemonia regional antes da efetivação de um bloco tos? (p. 288)
continental com hegemonia dos EUA. • Fale sobre a mortalidade infantil no Brasil: com-
11. b 12. a 13. c 14. d pare-a com a de países desenvolvidos e entre as
regiões brasileiras. (p. 289)
4. Sugestões de questões para avaliação • Quais os países-membros, os objetivos e os pro-
blemas enfrentados pela Alalc? (p. 289-290)
• Cite dois fatores responsáveis pela crise econô-
mica brasileira no início da década de 1980. (p. • Diferencie a América Anglo-saxônica e a Améri-
282-283) ca Latina. (p. 290)
• Cite duas conseqüências da globalização para a • Leia o texto do quadro “A nação americana: do
economia brasileira. (p. 285) sonho à prática” (p. 291) e compare as idéias de
Simón Bolívar com as de James Monroe.
• Explique o que é Índice de Gini. (p. 286)
• Analisando o mapa da figura 11 (O IDH dos esta- • Quais as vantagens do gasoduto Bolívia—Brasil
dos brasileiros), quais estados apresentam os para esses dois países? (p. 292)
melhores e piores IDHs? (p. 287) • Cite três objetivos do Mercosul. (p. 292)
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

• Qual a importância da ciência, tecnologia e educa- • Qual a importância da Hidrovia Tietê—Paraná para
ção para o desenvolvimento de um país? (p. 288) o Mercosul? (p. 294)

UNIDADE A QUESTÃO AMBIENTAL


NO BRASIL E OS
II ECOSSISTEMAS NATURAIS
O objetivo central desta unidade é que o aluno possa perceber que o desenvolvimento das sociedades
é um processo constante de relações com os espaços físicos. O reconhecimento detalhado das característi-
cas do espaço natural brasileiro (geologia, relevo, clima, bacias hidrográficas, potencial hidroelétrico, rios,
vegetação) permite detectar os principais impactos ambientais provenientes da utilização deste espaço.

Capítulo 3 O relevo brasileiro 2. Conceitos e temas desenvolvidos


1. Objetivos Agentes externos do relevo; dobramentos antigos;
planaltos cristalinos; embasamento ou complexo cristali-
Neste capítulo caracterizamos o espaço natural bra- no; núcleo ou escudos (Brasileiro, das Guianas, Sul-Ama-
sileiro e estudamos sua história e estrutura geológica. zônico, Atlântico, Uruguaio-Sul-Rio-Grandense); bacias se-
Procuramos oferecer as bases para que os alunos: dimentares (idade, extensão); ponto culminante; hipsome-
• compreendam a importância dos agentes exter- tria; aerofotogrametria; estereoscópio; visão tridimensi-
nos (clima, rio e outros) na grande variedade de onal; Projeto RadamBrasil; mares de morros; serras; cha-
formas de relevo existente no Brasil; padas; cuestas; depressão continental absoluta e relativa
• relacionem a existência de altitudes modestas com (periférica, marginal, interplanáltica); perfil de relevo;
o passado geológico do território e com os agen- processos e unidades morfoestruturais; formas residuais.
tes erosivos;
• reconheçam as principais classificações do rele-
vo brasileiro (de Aroldo de Azevedo, de Aziz N. 3. Encaminhamento das atividades e resolução
Ab’Sáber, de Jurandyr L. S. Ross e do IBGE), a dos exercícios
importância de cada uma e constatem os avanços
obtidos nesse estudo com a utilização de novas Avalie seu aprendizado (p. 306-307)
tecnologias;
• identifiquem as principais unidades de relevo bra-
Construindo conhecimento
sileiro (planalto, depressão e planície), sua locali- 1. Aroldo de Azevedo classificou o relevo do Brasil em
zação e seus processos morfoestruturais. sete grandes unidades: quatro planaltos (das Guianas,

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Central, Atlântico e Meridional) e três planícies (Ama- Complementação e orientação didática
zônica, Costeira e do Pantanal).
2. Segundo Aroldo de Azevedo e Aziz Ab’Sáber, predo- É muito importante conhecer o relevo e principalmente
minam os planaltos e as planícies. Segundo Jurandyr entender os mecanismos naturais e suas leis específicas para
Ross, predominam os planaltos e as depressões. poder planejar melhor a ocupação de uma área. Os alunos
3. Aziz Ab’Sáber dividiu o Planalto Atlântico em duas poderão aprofundar o tema do capítulo com um trabalho
unidades (Planalto Nordestino, e Serras e Planaltos do de pesquisa. O(A) professor(a) poderá sugerir que recortem
Leste e Sudeste) e acrescentou à nova divisão dois ou- artigos de jornais sobre deslizamentos de terra em encostas
tros planaltos (do Maranhão-Piauí e Uruguaio-Sul-Rio- de morros, que acabaram resultando em destruição e mor-
Grandense), elevando para dez o número total de gran- tes, ou de inundações em planícies ou depressões, que dei-
des unidades do relevo brasileiro. xaram desabrigados e causaram afogamentos.
4. a) Nas classificações de Aroldo de Azevedo e Aziz N. O(A) professor(a) deverá pedir aos alunos que ex-
Ab’Sáber, a Planície Amazônica abrangia uma área traiam do capítulo as definições de planaltos, planícies e
muito maior. Na proposta de Jurandyr Ross, 95% depressões, e comparem os processos que originaram cada
dessa área correspondem a outras formas de rele- um. A partir da compreensão desses conceitos, eles po-
vo, como depressões (por exemplo, da Amazônia derão relacionar as formas do relevo com as catástrofes
Ocidental e Marginal Norte-Amazônica) e planaltos (desmoronamentos e enchentes).
(por exemplo, da Amazônia Oriental e Residuais Sul- Os alunos devem perceber que os planaltos e as de-
Amazônicos). pressões resultam de processos erosivos, enquanto as pla-
b) O Planalto das Guianas passou a ser denominado nícies formam-se por acúmulo de sedimentos provenien-
Planaltos Residuais Norte-Amazônicos e restringiu- tes dos outros relevos.
Deve ficar claro que a ocupação das áreas de encostas

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se à porção extremo-norte do Brasil. O Planalto
Central foi subdividido em unidades menores. O representa sempre um risco e um desafio às forças natu-
Planalto Meridional recebeu o nome de Planaltos e rais, sendo importante que os alunos reconheçam que os
Chapadas da Bacia do Paraná. O Planalto Atlântico desbarrancamentos são apenas uma resposta natural dos
(Serras e Planaltos do Leste e Sudeste, na denomi- materiais à ação da água e da gravidade. A destruição ou
nação de Aziz Ab’Sáber) passou para Planaltos e erosão é maior em lugares de maior altitude, por causa da
Serras do Atlântico Leste-Sudeste. força da gravidade e da ação erosiva e velocidade das águas.
c) Nas classificações anteriores, o relevo brasileiro Nas áreas de planície ou de depressão, os rios per-
compreendia apenas planaltos e planícies. Jurandyr dem a força. Por serem mais planas, sofrem menos a ação
Ross introduziu um novo conceito geomorfológico: da gravidade. Por outro lado, são áreas de deposição ou
o de depressão. Não há terrenos vulcânicos, anti- sedimentação, estando mais sujeitas às inundações (prin-
gos ou recentes aqui. cipalmente as suas margens e várzeas).
A partir dessa constatação, os alunos compreende-
rão que os dois processos, o de erosão e o de sedimenta-
Fixando o conteúdo ção, encontram-se estreitamente ligados, pois o material
retirado de um lugar é depositado em outro. Compreen-
5. e. Não há terrenos vulcânicos, antigos ou recentes, aqui.
derão, também, que o processo natural acontece indepen-
6. A modéstia das altitudes do relevo brasileiro decorre
dentemente das ações humanas, mas que estas o alteram
da inexistência de dobramentos modernos e da inten-
e o acentuam. Os problemas são maiores à medida que
sa ação erosiva que, ao longo do tempo, desgastou as
aumenta a atividade antrópica e a utilização de tecnologi-
áreas mais salientes.
as. Por exemplo, a retirada da cobertura vegetal, a urba-
7. Fotos e imagens aéreas fornecem informações mais
nização, a industrialização, a agricultura e a pecuária au-
precisas e rápidas, com facilidade de interpretação,
mentam os desequilíbrios, ou melhor, obrigam a nature-
diminuindo custosos e demorados levantamentos ter-
za a buscar um novo equilíbrio.
restres.
Nos dois casos, importa discutir o sítio urbano, a
8. Depressão é uma superfície com suave inclinação e
maneira como as pessoas e mesmo uma cidade se instala-
formada por prolongados processos de erosão.
ram num determinado relevo, e como se dá sua expansão
Professor(a), no Brasil só existem depressões relati-
para as chamadas áreas de risco.
vas. São menos irregulares do que os planaltos e si-
tuam-se em altitudes que vão desde 100 até 500 m ou
mais. Seus subtipos são: as periféricas (de forma alon- Em pauta: vestibulares e Enem (p. 454-456)
gada, que aparecem na zona de contato entre terre- 1. c 2. e 3. d
nos sedimentares e cristalinos); as marginais (mar- 4. a) A relação correta do perfil traçado é: 1-c, 2-b e 3-a.
geiam as bordas de bacias sedimentares); as inter- b) Os perfis apresentam uma direção geral noroeste-
planálticas (áreas de altitude mais baixa que a dos sudeste. No perfil 1 predominam os planaltos, e a
planaltos que as circundam). maior parte de suas superfícies situa-se entre 500 e
9. Planícies e Tabuleiros Litorâneos, Depressão Sertane- 1.000 metros de altitude. Os planaltos também pre-
ja e do São Francisco, Planaltos e Chapadas da Bacia dominam no perfil 2, mas aqui a extensão superfi-
do Parnaíba, Depressão do Tocantins, Planaltos e Cha- cial em geral fica abaixo de 500 metros. No perfil 3
padas da Bacia do Parnaíba, Depressão do Araguaia, encontram-se os maiores desníveis altimétricos: os
Planície do Rio Araguaia, Depressão do Araguaia, Pla- planaltos situam-se em torno de 500 a 3.000 metros
nalto e Chapada dos Parecis, Depressão Marginal Sul- no extremo noroeste, mas também há extensas su-
Amazônica, Planaltos Residuais Sul-Amazônicos. perfícies planálticas abaixo de 500 metros.

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5. a) A erosão na costa de Alagoas e Pernambuco é de- com a industrialização e com a disputa pela sua
corrente do cultivo extensivo da cana. exploração;
b) O fenômeno se verifica nos tabuleiros, forma topo- • discutir as privatizações das empresas de explo-
gráfica de terreno semelhante a planaltos que em ração mineral e das indústrias de transformação
geral se interrompem abruptamente. Trata-se de uma mineral;
paisagem de topografia plana, sedimentar e de bai- • identificar os minerais mais produzidos no Bra-
xa altitude, presente em quase toda a costa do Nor- sil, as áreas produtoras, as características da pro-
deste brasileiro. Obs.: a foto que ilustra a questão é dução e a participação do país no mercado inter-
uma falésia no litoral de Natal (RN, 2000). nacional e interno nesse setor;
c) Domínio do clima tropical úmido com resquícios de • analisar os principais projetos minerais e as im-
Mata Atlântica. plicações sociais, econômicas e ambientais decor-
6. d rentes da obtenção desses metais;
7. a) A figura apresenta as seguintes formas de relevo: • conhecer as instituições brasileiras responsáveis
planície (incluindo a várzea do rio), platôs e encos- pela proteção ambiental;
tas de planalto. • identificar as instituições que regulamentam a
b) A urbanização é dificultada nas áreas de encosta, utilização dos recursos naturais no Brasil;
devido à possibilidade de deslizamento, e nas áreas • reconhecer os principais problemas ambientais no
da várzea, por causa das enchentes. Brasil: poluição atmosférica e desmatamento;
c) No decorrer da história, os assentamentos huma- • relacionar saneamento básico e destino do lixo com
nos desenvolveram-se nas várzeas dos rios, pois essas qualidade de vida;
regiões, além de férteis e propícias ao desenvolvi- • identificar as principais formas de tratamento e
mento agrícola, permitiam aproveitar melhor os destinação do lixo.
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cursos fluviais para transporte, abastecimento hí-


drico e fonte de alimento (pesca).
2. Conceitos e temas desenvolvidos
4. Sugestões de questões para avaliação Código de Minas; monopólio estatal; privatizações;
Programa Nacional de Desestatização; indústrias de trans-
• Explique os motivos da riqueza morfológica do formação mineral; Quadrilátero Ferrífero; metais pesados;
território brasileiro. (p. 300) Código de Águas; Código Florestal; Secretaria Especial
• Quais agentes externos e internos mais partici- do Meio Ambiente (Sema); Conselho Nacional do Meio
param da formação do relevo brasileiro? (p. 300) Ambiente (Conama); Instituto Brasileiro do Meio Ambi-
• Onde se encontra a maior parte de terras altas do ente (Ibama); Política Nacional do Meio Ambiente; áreas
Brasil? (p. 301) especiais ou áreas de conservação do meio ambiente; Pro-
• Cite dois fatores que fizeram com que a classifi- grama Nacional de Florestas; poluição do ar; desmatamento;
cação de Aroldo de Azevedo tenha tido grande queimadas; problemas ambientais urbanos no Brasil; sa-
aceitação. (p. 301) neamento básico; lixão; chorume; vazadouro a céu aber-
• O que foi o projeto RadamBrasil? (p. 302) to; aterro (controlado, sanitário); usina (de compostagem,
• Quais foram os critérios utilizados por Jurandyr de reciclagem, de incineração).
L. S. Ross e sua equipe de geógrafos para classi-
ficar o relevo brasileiro? (p. 303)
• Cite três planaltos classificados por Jurandyr Ross. 3. Encaminhamento das atividades e resolução
(p. 303) dos exercícios
• Defina depressão periférica, depressão marginal
e depressão interplanáltica e cite um exemplo de Avalie seu aprendizado (p. 316-317)
cada uma no Brasil. (p. 304) Fixando o conteúdo
• Quais critérios o IBGE utilizou para sua classifi-
cação do relevo? (p. 305) 1. a) Código de Minas de 1930 — empresas brasileiras
b) Constituição de 1934 — capital estrangeiro
c) Constituição de 1937 — empresas brasileiras
Capítulo 4 Os recursos minerais e a
d) Constituição de 1967 — capital estrangeiro
questão ambiental no Brasil e) Constituição de 1988 — empresas brasileiras
f) Emenda à Constituição, de 15 de agosto de 1995 —
1. Objetivos
capital estrangeiro
Este capítulo trata dos recursos minerais do Brasil, 2. Minerais metálicos: ferro — Minas Gerais, Pará; ouro
sua importância na economia nacional e a indústria da — Minas Gerais, Pará; bauxita (alumínio) — Minas Ge-
mineração brasileira, além de sintetizar os problemas rais, Pará; manganês — Pará, Mato Grosso do Sul.
ambientais e fazer um retrospecto dessa questão no Bra- Combustíveis fósseis: petróleo — Rio de Janeiro, Rio
sil: instituições e leis. Grande do Norte; gás natural — Bahia, Rio Grande do
Ao final do estudo deste capítulo os alunos deverão Norte; carvão mineral — Santa Catarina, Rio Grande
ser capazes também de: do Sul.
• perceber a importância dos minerais no desen- 3. A partir da década de 1940, com a implantação da in-
volvimento econômico do país, compreendendo dústria siderúrgica de grande porte, a atividade mine-
que as fases da mineração e as mudanças na le- radora transformou-se no principal alicerce do desen-
gislação nacional pertinente estão relacionadas volvimento industrial do país.

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4. a) A exploração de bauxita (minério de alumínio). As cipantes e suas nacionalidades, condições de exploração
áreas assinaladas com a letra A correspondem às e de trabalho, previsão de esgotamento das jazidas, im-
principais reservas do minério de ferro no país: o pactos sociais e ambientais dos projetos.
Quadrilátero Ferrífero (MG) e a Serra de Carajás. O(A) professor(a) poderá pedir aos alunos um levan-
A letra B corresponde às principais áreas produto- tamento do destino do lixo na cidade, com o objetivo de
ras de bauxita: projetos Trombetas (Pará), Albrás- comparar e levantar as desvantagens do vazadouro a céu
Alunorte e Alumar. aberto, dos aterros (controlado, sanitário) e das usinas de
b) As principais áreas produtoras de manganês são o incineração e finalmente verificar a existência na cidade
Quadrilátero Ferrífero (MG), a Serra do Navio (AP), de formas mais corretas de coleta e de tratamento do lixo,
Marabá-Itupiranga e Carajás (PA) e Maciço de Uru- como coleta seletiva e usinas de compostagem e de reci-
cum (MS). clagem, fazendo, se possível, uma visita a alguma destas.
c) As principais jazidas de minerais metálicos (ferro,
manganês, bauxita) estão em terrenos do escudo cris- 4. Sugestões de questões para avaliação
talino. É o caso das jazidas de ferro no Quadriláte-
ro Ferrífero (MG), da Serra de Carajás (PA) e do • Explique os objetivos do Código de Minas. (p. 308)
Maciço de Urucum (MS); das jazidas de manganês • Quem pode obter autorização para pesquisa e
da Serra do Navio (AP); da bauxita de Oriximiná (PA); exploração dos recursos minerais do país? (p.309)
da cassiterita de Rondônia. Os combustíveis fósseis • Quais minérios destacam-se nas exportações bra-
(carvão e petróleo) encontram-se em bacias sedi- sileiras? (p. 310)
mentares ou na plataforma continental. • Cite duas características da exploração do miné-
5. a) Sim, o desmatamento ocasionou a erosão do solo e o rio de ferro no Brasil. (p. 310)
• Quais são os principais produtores de manganês

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


desbarrancamento. Certamente modificou a vida ter-
restre e aquática e provocou o assoreamento do rio. no Brasil e no mundo? (p. 311, tabela)
b) São as interações entre os vários elementos do sis- • Qual a principal utilização da bauxita e a localiza-
tema terrestre: atmosfera, oceano, massa terrestre, ção da principal jazida no Brasil? (p. 311-312)
seres vivos. • Quais são os principais produtores de cassiterita
6. Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e Ins- no Brasil e que grupos são responsáveis pela sua
tituto Brasileiro do Meio Ambiente. exploração? (p. 312)
7. Os principais problemas ambientais no Brasil são: quei- • Cite exemplos de entidades no Brasil criadas para
madas, desmatamento, poluição atmosférica, dos so- cuidar da questão ambiental. (p. 313)
los e das águas, ocupação desordenada do solo, ero- • Cite duas leis voltadas à regulamentação o uso dos
são, contaminação dos rios, envenenamento das plan- recursos naturais no Brasil. (p. 313)
tas, dos solos e dos animais por agrotóxicos, deterio- • Cite quatro problemas urbanos brasileiros. (p. 315)
ração urbana, pobreza. • Qual a importância do saneamento básico? Quais
8. O desmatamento ameaça não só as florestas. Nas últi- estados apresentam melhor e pior desempenho
mas décadas, concentrou-se principalmente no cerra- neste setor? (p. 315)
do e na Floresta Amazônica. O cerrado está com ape- • O que é aterro sanitário, quais são as suas vanta-
nas 3% de sua área original preservada. A situação da gens e desvantagens? (p. 316)
caatinga não é melhor. Considerada um bioma exclu- • Por que os lixões constituem grave problema
sivo no mundo, enfrenta séria degradação. Situada em ambiental? (p. 316)
região de baixa pluviometria, a perda da biodiversida-
de e a erosão do solo resultam no fracasso das lavou- Capítulo 5 Clima, hidrografia, vegetação
ras, agravando a fome e os problemas sociais.
9. Os problemas ambientais das cidades brasileiras (po-
e domínios morfoclimáticos
luição do ar, das águas, sonora e visual, lixo urbano, no Brasil
ocupação desordenada, esgotos a céu aberto, enchen-
tes, moradias inadequadas, pobreza, péssimas condi- 1. Objetivos
ções de higiene pública) são portas abertas para o sur- Procuramos, neste capítulo, trabalhar seus tópicos
gimento de novas doenças, como o estresse, e o res- a partir da abordagem dos processos responsáveis pelo
surgimento de doenças ou infecções antigas e de epi- clima brasileiro e pela hidrografia, as leis que os regu-
demias de difícil controle, como o cólera e o dengue. lam, sua dinâmica e suas interações. Estudando a dinâmi-
ca do clima, os alunos estarão, também, em condições de
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 456) compreender a organização das bacias hidrográficas, os
1. e 2. a 3. b 4. a 5. d regimes de seus rios e suas relações com as diferentes
paisagens vegetais.
Complementação e orientação didática Nesse estudo, os alunos terão de:
• analisar os mecanismos responsáveis pela circu-
Os alunos podem fazer uma pesquisa de aprofunda- lação das diversas massas de ar que atuam no Brasil
mento sobre os grandes projetos minerais (Quadrilátero e reconhecer sua importância, suas áreas de atu-
Central ou Ferrífero, Carajás, Maciço de Urucum, Serra ação e as instabilidades que provocam;
do Navio, Marabá-Itupiranga, Barcarena, Trombetas ou • diferenciar os tipos de clima no Brasil e relacio-
Oriximiná, Albrás-Alunorte, Caraíbas, Paragominas, Pe- ná-los com as massas de ar, a pluviosidade, o re-
tromisa, Alumar) nos seguintes aspectos: empresas parti- levo e a produção agrícola;

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• identificar anomalias climáticas; da é uma formação florestal, pois nela predomi-
• compreender o papel da hidrografia na modela- nam as árvores.
gem do relevo; b) Na foto 1, pelo solo areno-
• caracterizar e distinguir formas de utilização das so, pela escassez de vege-
principais bacias hidrográficas brasileiras: Ama- tação e pelo predomínio de
zônica, do Tocantins-Araguaia, do São Francis- cactáceas, características
co, do Paraná, do Paraguai, do Uruguai; de uma região com pouca
• tomar conhecimento dos impactos ambientais chuva, de clima árido. Na
provocados pelas atividades humanas nos rios e foto 2, a grande quantida-
do projeto de transposição do São Francisco, seus de de árvores indica a pre-
benefícios e malefícios; sença de muita chuva, ca-

RICARDO AZOURY/PULSAR
• compreender a importância das florestas tropi- racterística do clima úmi-
cais, sua diversidade, os motivos de sua destrui- do (equatorial, no caso).
ção e as conseqüências dos desmatamentos;
• perceber o papel que desempenham as florestas no
Foto 1. Vegetação característica
ambiente e a importância de seu uso sustentável; do Sertão nordestino
• diferenciar formações florestais e arbustivas; (Sobral, CE, 1998).
• caracterizar as diversas formações vegetais bra-
sileiras (Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Mata
de Araucária, Mata dos Cocais, cerrado, campos,
caatinga e formações complexas e litorâneas),
demonstrando como esses elementos se combi-
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

nam no espaço formando domínios morfoclimá-

OCTAVIO CARDOSO/KAMARA-KO-PULSAR
ticos com características diferenciadas;
• caracterizar áreas especiais ou de proteção am-
biental e distinguir as unidades de conservação
de proteção integral das de uso sustentável;
• discutir questões como a exploração dos recur-
sos naturais e a biopirataria no Brasil.

2. Conceitos e temas desenvolvidos


Massas de ar com atuação no Brasil (Polar Atlânti-
ca, Equatorial Atlântica, Tropical Atlântica, Tropical Con- Foto 2. Vegetação típica da Amazônia (Rio Negro, AM, 1994).
tinental, Equatorial Continental); climas brasileiros (tro-
pical, tropical semi-árido, subtropical úmido, equatorial, c) A destruição das florestas provoca a extinção de
litorâneo úmido); bacias hidrográficas (principais e secun- espécies de plantas e de animais. Os solos tornam-
dárias); Hidrovia Tietê—Paraná; impacto ambiental; Es- se inférteis, propensos à erosão e às enchentes al-
tudo de Impacto Ambiental (EIA); Relatório de Impacto ternadas por secas. O clima local pode ficar mais
Ambiental (Rima); transposição (de rios); extrativismo seco e os rios são assoreados.
vegetal; biodiversidade; formações florestais (Mata Atlân-
tica; Mata dos Pinhais ou de Araucárias; Floresta Amazô- Fixando o conteúdo
nica; mata de igapó; mata de várzea; mata de terra firme
2. a) Massa Equatorial Continental.
ou caaetê; Mata dos Cocais); formações arbustivas (cer-
b) Massa Equatorial Atlântica.
rado; savana; campos; caatinga); húmus; Complexo do
c) Massa Tropical Continental.
Pantanal; vegetação litorânea; mangue; domínios morfo-
d) Massa Tropical Atlântica.
climáticos ou domínios morfoclimatobotânicos; mares de
3. a) A Polar Atlântica é fria e úmida, e originária do Atlân-
morros; escarpas planálticas; coxilhas; Pampa; Campanha
tico sul. Sua influência se estende ao litoral nor-
Gaúcha; áreas especiais ou áreas de proteção ambiental;
destino, à Amazônia ocidental e às regiões Sul e
unidades de conservação (de proteção integral e de uso
Sudeste.
sustentável); estações ecológicas; parques nacionais; re-
b) Chuvas frontais no litoral do Nordeste; quedas de
servas biológicas; reservas extrativistas; áreas de relevante
temperatura e chuvas nos estados do Sudeste; gea-
interesse ecológico; biopirataria.
das e neve nos estados sulinos; friagem na Amazô-
nia ocidental.
3. Encaminhamento das atividades e resolução 4. A Mata Atlântica, que cobria grande parte do litoral
dos exercícios brasileiro, foi o primeiro recurso natural economica-
mente explorado no Brasil pelos colonizadores euro-
Avalie seu aprendizado (p. 331-332) peus, pela extração do pau-brasil. Em seguida houve
a substituição da vegetação natural por monocultu-
Construindo conhecimento
ras de exportação, pastagens etc. Nas regiões mais
1. a) A vegetação do sertão nordestino, a caatinga, é uma industrializadas ou de ocupação mais antiga do lito-
formação arbustiva, pois mostra predominância de ral (Nordeste, Sudeste e Sul), pouco restou da vegeta-
ervas e arbustos. A vegetação amazônica mostra- ção primitiva.

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5. Em pauta: vestibulares e Enem (p. 456)
Floresta Clima Algumas Tipos de 1. a) O texto refere-se aos manguezais ou mangues. Obs.:
espécies ocupação a foto que ilustra a questão mostra trecho de man-
gue na Ilha do Cardoso (SP, 1992).
vegetais
b) Essas formações vegetais constituem um viveiro na-
Amazônica Equatorial Cedro, Pastagens, tural ou berçário de várias espécies marinhas, que
castanheira, projetos ali podem se reproduzir e desenvolver. Além de servir
mogno, agrícolas e de abrigo para microorganismos, os mangues têm
importante papel na deposição de sedimentos, am-
andiroba minerais, caça
pliando a zona litorânea e protegendo a costa con-
e pesca tra a erosão. Atuam também como filtro biológico
predatórias (natural) na purificação das águas.
Mata Tropical Cedro, canela, Exploração c) Dentre as atividades socioeconômicas que contri-
Atlântica úmido ipê, jacarandá, madeireira, buem para a degradação dos manguezais incluem-
se: desmatamento e exploração de madeiras; pesca
jatobá, monoculturas
predatória; expansão urbana com despejo de esgo-
pau-brasil de exportação, tos urbano e industrial; construção de marinas e
pastagens portos; realização de aterros para a construção ci-
Mata de Subtropical Pinheiro, Indústrias de vil; implantação de complexos industriais etc.
2. b 3. e 4. c 5. d 6. c 7. c 8. c 9. b 10. a
Araucárias canela, imbuia, papel e de

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erva-mate móveis,
agricultura, 4. Sugestões de questões para avaliação
pecuária • Que são massas de ar? Como influenciam o clima
de uma região? (p. 318)
6. O clima tropical de altitude diferencia-se do tropical • Qual a área de origem da Massa Equatorial Con-
continental por ser mais chuvoso e por apresentar tem- tinental e que tipos de chuva provoca no verão?
peraturas mais baixas no verão e no inverno. (p. 318-319)
7. a) Cerrado. d) Pantanal. • Explique por que a diversidade climática é bené-
b) Caatinga. e) Manguezal. fica para o país. (p. 319)
c) Campos. • Cite duas características do clima predominante
no Brasil. (p. 319-320)
Complementação e orientação didática • Explique as causas das secas prolongadas no Sertão
nordestino. (p. 320)
O(A) professor(a) poderá trabalhar com a tempora- • Por que o Sul do país apresenta invernos rigoro-
lidade dos fenômenos que determinam o clima e o tempo sos? (p. 320)
de um local. Para esta atividade deverá pedir aos alunos • Quais são as causas supostas da ocorrência do El
uma análise de mapas ou imagens de satélite de previsão Niño? (p. 321)
do tempo e seguir a duração dos fenômenos: quantos dias • Cite duas formas de utilização da Bacia Amazô-
se passaram até haver mudança no tempo (chuva, geada, nica. (p. 322)
frio, calor e outras). • Leia o texto do quadro “O Rio Amazonas que não
A análise dos fenômenos climáticos que levam mais está no mapa” e responda: por que esse rio pode
tempo permite entender as mudanças no ano, como as esta- ser considerado o maior do mundo? (p. 323)
ções, e determinar padrões, como a duração e a intensidade • Qual a importância da Bacia do São Francisco?
de cada estação. Para tanto, os alunos deverão pesquisar (p. 323)
artigos de jornal que falem sobre mudanças climáticas no • Cite dois fatores que fazem a Bacia do Paraná ter
planeta, como aquelas provocadas pelo El Niño, a desertifi- lugar de destaque no cenário nacional. (p. 323)
cação, as glaciações, as alterações da camada de ozônio. • Que países são banhados pelo Rio Paraguai?
O(A) professor(a) poderá também dividir a classe em (p. 324)
grupos e pedir-lhes trabalhos sobre os diversos domínios • Cite duas formas de degradação dos rios. (p. 324)
morfoclimáticos brasileiros, motivando-os a reconhecer • Explique as linhas gerais do projeto de transpo-
mais profundamente essas paisagens. O(A) professor(a) sição do Rio São Francisco. (p. 325)
deverá sugerir que analisem, em um Atlas, o clima, o re- • Qual a localização da Mata dos Cocais, seu clima
levo, a vegetação, a ocupação humana de cada um dos e as espécies vegetais predominantes? (p. 327)
domínios pesquisados. Os alunos poderão, então, fazer • Caracterize o clima e a vegetação do cerrado.
uma pesquisa da fauna e das formas de organização soci- (p. 327)
al que se estruturam nesses espaços, como, por exemplo, • Cite duas características do Pantanal. (p. 328)
a vida na caatinga, os povos das florestas tropicais. • Qual a importância do manguezal e as conse-
A descoberta do funcionamento desses ecossistemas qüências de sua degradação? (p. 328)
fornece condições para a compreensão dos processos que • O que são domínios morfoclimáticos? (p. 328)
os regulam, suas leis e sua importância para a vida sobre • Caracterize os domínios dos mares de morros e
a Terra. das pradarias. (p. 329)

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UNIDADE A ORGANIZAÇÃO DO
III ESPAÇO DA PRODUÇÃO E
DA CIRCULAÇÃO NO BRASIL
A globalização e a modernização do processo produtivo brasileiro explicam de que forma a era tecno-
lógica vem alterando as atividades industriais, o comércio, as comunicações, o turismo, a agricultura, a
exploração de recursos minerais, a utilização de energia e os transportes no Brasil, assuntos desta Unidade.

Capítulo 6 O espaço da atividade transportes, comunicações, rede bancária, centros de


industrial no Brasil pesquisas) e mão-de-obra qualificada.
3. A análise do mapa permite verificar o deslocamento
1. Objetivos da oferta de novos empregos das capitais dos estados
para áreas interiores. Verifica-se ainda o aumento da
Neste capítulo, estudamos a estrutura e o cresci- oferta de empregos nos estados do Sul (Paraná, Santa
mento da indústria no Brasil, sua participação na eco- Catarina e Rio Grande do Sul), do Centro-Oeste e do
nomia nacional e situação no mundo globalizado, as ati- Nordeste, o que comprova a tendência de migração de
vidades industriais por região e as implicações para o indústrias para outras áreas (desconcentração).
meio ambiente. 4. O texto refere-se à Região Nordeste. As capitais men-
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Ao final dessa trajetória, os alunos deverão ser ca- cionadas são: Recife, Salvador e Fortaleza.
pazes de:
• avaliar o processo de industrialização brasileira;
Fixando o conteúdo
• perceber as mudanças provocadas por essa ativi-
dade e identificar a sua participação na econo- 5. A desconcentração industrial é um processo em que
mia brasileira, sua estrutura e seu crescimento; as indústrias abandonam áreas tradicionais, que apre-
• relacionar a utilização de novas tecnologias e o sentam custos de produção elevados, em busca de lo-
processo de abertura dos mercados com a exigên- calizações mais vantajosas, em geral áreas que ofere-
cia de novos padrões de qualidade e com a ne- çam mão-de-obra barata, mercado consumidor expres-
cessidade de ampliação da indústria de ponta e sivo, isenções de impostos, incentivos fiscais.
dos tecnopólos no país; 6. Eixos: (A) Anchieta/Imigrantes, cidades de Santos e
• constatar as conseqüências desse processo no Cubatão; (B) Dutra, cidade de São José dos Campos;
mercado de trabalho nacional e na diminuição das (C) Anhangüera/Bandeirantes-Washington Luís, cidade
oportunidades; de Campinas; (D) Castelo Branco/Raposo Tavares, ci-
• identificar a distribuição regional da atividade dade de Sorocaba.
industrial e sua participação por regiões e por 7. a) ND; b) I; c) ND; d) C; e) ND; f) I; g) D; h) D.
estados no Brasil; 8. A tecnologia ocupa lugar cada vez mais importante na
• reconhecer os custos sociais e ambientais da in- produção industrial, que depende de inovações cons-
dustrialização acelerada no país. tantes e de investimentos em pesquisas científicas. Daí
a necessidade de integração entre as indústrias e os
2. Conceitos e temas desenvolvidos laboratórios de pesquisa, o que é a característica dos
centros tecnológicos. As indústrias de ponta são dinâ-
Substituição de importações; Plano de Metas; con- micas, empregam alta tecnologia, trabalho qualificado
centração industrial; desconcentração industrial ou des- e máquinas de ajuste flexível, que possibilitam modifi-
centralização industrial; incentivos fiscais; guerra fiscal; cações rápidas no processo produtivo. Desenvolvem e
tecnopólo; eixos industriais; microempresas; complexo fornecem produtos dos seguintes ramos: informática
industrial; zona industrial de livre comércio. (computadores), telecomunicações, lasers, eletroeletrô-
nicos, química fina, biotecnologia, tecnologia nuclear,
3. Encaminhamento das atividades e resolução engenharia genética, aeroespacial.
dos exercícios 9. Alguns lugares sem indústrias, mas que são afeta-
dos por elas: florestas — extração de matérias-pri-
Avalie seu aprendizado (p. 345-346) mas vegetais (madeiras); desertos — extração de pe-
tróleo; oceanos e mares — derramamento de petró-
Construindo conhecimento leo, lixo industrial; zona rural — mecanização agrí-
1. Na Região Sul: Rio Grande do Sul e Paraná. Na Região cola, pesticidas.
Sudeste: São Paulo e Rio de Janeiro. Na Região Nor-
deste: Pernambuco e Bahia (Salvador). Complementação e orientação didática
2. A Região Sudeste, em particular o estado de São Pau-
lo, apresenta forte concentração de empregos indus- Neste capítulo, em um trabalho integrado com a dis-
triais. Os fatores que explicam essa concentração in- ciplina de História, o(a) professor(a) poderá resgatar o
dustrial no estado de São Paulo são: mercado consu- processo que caracterizou o surgimento da indústria no
midor amplo, boa infra-estrutura de serviços (energia, município da escola em que leciona. Se o município em

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que o aluno reside não contar com atividades industriais • Qual o papel das microempresas no mercado de
significativas, o(a) professor(a) poderá fazer a pesquisa trabalho? (p. 340)
utilizando a principal cidade industrial do estado. • Cite duas características da indústria do estado
Os alunos deverão: identificar as fases de implanta- de São Paulo e duas áreas industriais. (p. 340)
ção industrial, os tipos de indústrias do passado e a possí- • Por que Cubatão transformou-se em uma área de
vel diversidade atual, os bairros em que se localizavam as grande degradação e poluição atmosférica? (p. 341)
primeiras indústrias e sua expansão; pesquisar até que ponto • Cite três pólos tecnológicos no estado de São Paulo.
a indústria foi responsável pelo crescimento físico da cida- (p. 342)
de, pela concentração populacional e pela construção do
• Qual o segundo maior parque industrial do Bra-
ambiente urbano; aumento da instalação de equipamentos
sil? Cite duas áreas produtoras deste estado.
e infra-estrutura como portos, rodovias, meios de comuni-
(p. 342)
cação, comércio, escolas; fazer um levantamento do tipo e
da procedência da matéria-prima utilizada pela indústria • Cite três características da indústria no Rio de
local, da poluição industrial (especialmente quando se tra- Janeiro. (p. 342)
tar de indústria petroquímica) e dos impactos no meio • Cite os estados de maior produção industrial da
ambiente provocados pela atividade que mantém. Região Sul. (p. 343)
Após a pesquisa, o(a) professor(a) pode promover a • Que tipos de indústria predominam atualmente
discussão do tema: o papel da indústria no mundo mo- no Nordeste e quais são as principais áreas in-
derno, sua importância no modo de vida das populações dustriais desta região? (p. 343)
e os impactos ambientais que provoca. • Explique o crescimento e a mudança na estrutura
industrial da Região Norte, nas últimas três dé-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


Em pauta: vestibulares e Enem (p. 458) cadas. (p. 343-344)

1. c 2. a 3. a
4. a) Os municípios procuram atrair capitais dos setores
produtivos e de serviços, promovendo sobretudo Capítulo 7 A importância da energia no
políticas públicas de incentivos fiscais, obras de in- crescimento econômico do
fra-estrutura e doação de terrenos ou isenção de taxas Brasil
e impostos sobre esses.
b) Ford na Bahia; Volkswagen em Resende; Mercedes- 1. Objetivos
Benz em Juiz de Fora; Renault no Paraná etc.
c) Dotação de infra-estrutura básica, de redes de co- Este capítulo, destinado à detecção da importância
municação e de transporte; doação de terrenos; fle- da energia no crescimento econômico do Brasil, inclui os
xibilização de leis trabalhistas e ambientais; quan- estudos: do setor energético brasileiro; do uso preferen-
tidade e qualidade de mão-de-obra compatíveis com cial da energia elétrica obtida a partir da força da água
os diferentes tipos e modalidades de produção e corrente; da exploração e uso do petróleo e do carvão e
serviços; matérias-primas a baixos custos. suas implicações na economia brasileira; das perspecti-
5. d 6. b 7. a vas do uso de alternativas energéticas e sua grande viabi-
lidade no país, com enfoque especial no Proálcool.
4. Sugestões de questões para avaliação Os objetivos são de que, no final desse estudo, os
alunos possam:
• Até por volta da primeira metade do século XIX, • analisar as principais modificações ocasionadas
onde se concentravam as indústrias de bens de pelo processo de urbanização e industrialização
consumo no Brasil? (p. 336) na utilização de energia (substituição de fontes
• Em 1970, qual era a situação espacial das indús- tradicionais por fontes modernas) e o desenvol-
trias no país? (p. 336) vimento do setor energético no Brasil;
• De que maneira a modernização dos meios de • identificar as principais usinas hidroelétricas e
comunicação permite a desconcentração indus- as bacias hidrográficas de maior aproveitamento
trial? (p. 338) no país;
• Leia o texto do quadro “O trabalho e o futuro” (p. • discutir o processo de privatizações no setor ener-
338). Faça um resumo das principais exigências gético e identificar as crises neste setor;
do mercado na era tecnológica. • discutir problemas energéticos e ambientais e a
• O que é guerra fiscal? Que benefícios ou desvan- relação risco-benefício das diferentes fontes de
tagens pode trazer para uma região? (p. 338) energia: petróleo, carvão mineral, energia nuclear;
• Explique a migração de indústrias das capitais para • identificar as áreas de produção dos diferentes
o interior de estados do Sudeste, do Sul e do Nor- tipos de energia e as formas de transporte;
deste. (p. 338) • analisar a necessidade de reorganização da base
• Que estratégias capacitam as indústrias a um ní- produtiva de energia e a possibilidade de utili-
vel maior de competitividade? Compare o Brasil zar novos materiais e tecnologias que permitam
e o Japão nesse aspecto. (p. 339) obter formas energéticas alternativas, como a
• Explique a importância em investimentos em ci- biomassa;
ência e tecnologia (C&T). Que setor é privilegia- • identificar os problemas e as vantagens do Pro-
do com esses investimentos no Brasil? (p. 339) álcool.

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2. Conceitos e temas desenvolvidos b) É a bacia do Rio Paraná, com aproveitamento de
mais de 65,4% do potencial disponível.
Fontes de energia tradicionais; fontes de energia c) Inundação de extensas áreas com prejuízos à fau-
modernas; Programa Nacional do Álcool (Proálcool); Pro- na, à flora e à população ribeirinha, que é expulsa
grama Nuclear, Acordo Nuclear Brasil-Alemanha; termo- do local ou privada de sua fonte de subsistência, com
elétricas convencionais; hidroelétricas; termonucleares; a poluição das águas e a escassez de peixes.
hidroeletricidade; aproveitamento hidroelétrico das ba- 9. a) A política de transporte brasileira, no século XX,
cias hidrográficas; usinas hidroelétricas brasileiras; apa- privilegiou a modalidade rodoviária e conseqüen-
gão; Bacia de Campos; terminais marítimos; gás natural; temente levou à dependência do petróleo. A indús-
oleodutos; gasodutos; petroquímica; carvão mineral (car- tria automobilística, por sua vez, impulsionou vá-
vão energético, metalúrgico ou coque); termoelétricas; rias outras indústrias, como: autopeças, vidros, ar-
fontes de energia alternativas no Brasil; sumidouros de tefatos de couro, borracha, pneumáticos, eletroele-
carbono; impactos ambientais; vinhoto. trônica e siderurgia.
b) A principal área de exploração de petróleo no Bra-
sil é a plataforma continental da região de Campos,
3. Encaminhamento das atividades e resolução no estado do Rio de Janeiro.
dos exercícios c) A dependência externa, as constantes elevações do
preço internacional do petróleo, o peso da impor-
Avalie seu aprendizado (p. 357-358) tação na balança comercial brasileira, a poluição da
Construindo conhecimento atmosfera, dos mares e oceanos, os derramamen-
tos acidentais ou mesmo propositais.
1. O esgotamento das fontes de energia fóssil e a conta- d) O petróleo é transferido por oleodutos ou navios
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minação do meio ambiente pelas fontes de energia tra- petroleiros aos terminais marítimos. Os oleodutos
dicionais são alguns dos motivos para o emprego de também transportam o petróleo dos campos de pro-
fontes alternativas, mais abundantes e não-poluentes. dução e dos terminais às refinarias, e os derivados
No Brasil, há grande possibilidade de usar a energia das refinarias aos centros consumidores. Os dutos
da biomassa, a solar, dos ventos e dos oceanos. são o meio mais seguro e econômico para transportar
2. A produção de cana-de-açúcar nas regiões é muito de- petróleo e seus derivados e gás natural a grandes
sigual e encontra-se altamente concentrada no estado distâncias.
de São Paulo. 10. As usinas nucleares brasileiras apresentam proble-
3. Para o solo: erosão e compactação em razão do uso mas constantes e funcionamento intermitente. Sua tec-
intensivo de máquinas agrícolas. Para os rios: conta- nologia está ultrapassada e não há solução para o
minação por agrotóxicos e poluição por despejo de problema do destino dos resíduos radioativos. Os riscos
subprodutos da fabricação do álcool. Para o ar: a prá- de acidentes oferecidos pelas usinas nucleares são altos
tica de queimadas nos canaviais provoca alta concen- e extremamente graves. O programa nuclear consu-
tração de poluentes atmosféricos nas áreas onde elas miu bilhões de dólares para uma produção limitada
se realizam e nas proximidades. de eletricidade. Por outro lado, o país ainda dispõe
4. A expansão das grandes propriedades e da monocul- de grande potencial hidráulico para ser aproveitado,
tura da cana-de-açúcar reduz o número de pequenas e o preço do quilowatt de energia nuclear é cerca de
propriedades, que são as que realizam a produção de três vezes maior que o da energia hidroelétrica.
alimentos para consumo humano.
5. Vantagens — o Brasil poderia transformar-se em um
dos principais fornecedores; é uma fonte renovável Complementação e orientação didática
de energia; permite a redução da importação e da de-
Professor(a), aqui é possível um trabalho sobre a
pendência do petróleo; o sistema sucroalcooleiro gera
importância da energia na vida cotidiana. Também pode-
milhares de empregos diretos e indiretos. Desvanta-
se orientar os alunos para uma pesquisa sobre a utiliza-
gens — impactos ambientais no solo, na água e no ar,
ção das diversas formas de energia, desde a muscular e
expansão das grandes propriedades produtoras e re-
animal, ou das rodas d’água que moviam os antigos en-
dução do número das pequenas, que produzem ali-
genhos, até o funcionamento das modernas usinas.
mentos para consumo humano; necessidade de sub-
O(A) professor(a) poderá pedir um trabalho sobre a
sídios do governo, corroendo as finanças do Estado.
construção das grandes centrais hidroelétricas para que
os alunos possam entender a importância dos rios para a
vida humana, como funcionam as turbinas, o papel dos
Fixando o conteúdo
lagos formados pelas barragens como reservatórios de
6. c. A água. energia potencial. É importante que discutam até que ponto
7. a) As duas fontes modernas de energia mais consumi- uma usina hidroelétrica representa progressos para a re-
das no Brasil são a hidroeletricidade e o petróleo. gião onde é construída, lembrando a possibilidade de cons-
b) Quanto mais desenvolvido é um país, tanto maior é trução de eclusas para a navegação e de irrigação para a
o consumo de energia. O consumo per capita de agricultura. Por outro lado, os alunos devem verificar os
energia reflete o poder aquisitivo da população. prejuízos implicados, como a remoção da população ri-
8. a) Porque o Brasil dispõe de grande potencial hidráu- beirinha, geralmente pobre, e de comunidades indígenas.
lico e da tecnologia necessária à implantação de Outro aspecto importante a ser considerado é o represa-
usinas hidroelétricas. mento de extensas áreas, com a submersão de ecossiste-

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mas, fazendas, pastagens, cidades e patrimônios culturais, • Explique duas causas da crise de energia no Bra-
como sítios arqueológicos, e também os prejuízos para a sil. (p. 351)
vida aquática, incluindo o problema da migração dos pei- • Que são terminais marítimos? Cite dois exemplos
xes para reprodução (piracema), a acumulação de algas no Brasil. (p. 353)
que alteram as características ambientais aquáticas. • O que é petroquímica? (p. 353)
Um bom exemplo de estudo de caso é a construção • Quais são as principais causas da pequena pro-
prevista de diversas usinas no Rio Tocantins (Serra Que- dução carbonífera nacional? (p. 354)
brada, Lajeado, Cana Brava, Peixe, Ipueiras e Tupiratins)
• Diferencie o carvão energético do metalúrgico. (p.
ou no Rio Xingu.
354)
Como conclusão dos trabalhos em torno desse tema,
o(a) professor(a) poderá promover uma discussão em classe • Cite duas desvantagens da utilização de energia
sobre a proveniência da energia na cidade. nuclear para o Brasil. (p. 355)
• O que é o Proálcool e qual sua finalidade? (p. 356)
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 460)
1. a) A partir da análise dos gráficos, pode-se perceber Capítulo 8 A atividade agropecuária
o declínio do consumo de lenha como fonte de energia no Brasil
primária; o aumento e o predomínio da energia hi-
dráulica; a gradativa utilização de produtos de cana- 1. Objetivos
de-açúcar (bagaço, álcool combustível) como fonte
No estudo da atividade agropecuária no Brasil, te-
de energia; o aumento do carvão mineral e a dimi-
mos como objetivos centrais caracterizar a agricultura bra-
nuição do consumo de outras fontes de energia.

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sileira, as transformações na produção e suas conse-
b) As diversas mudanças ocorridas na produção e no
qüências. Para tanto, é importante começar trabalhando
consumo de energia primária devem-se tanto a fa-
com a questão da estrutura fundiária, que tem gerado êxodo
tores externos, como a crise do petróleo, quanto ao
rural e violência no campo, em conseqüência da luta pela
modelo de desenvolvimento adotado no país.
terra. Em seguida, trabalhamos com a organização do
Entre os fatores internos, destacam-se a intensa ur-
espaço agrário no Brasil, mostrando as faces da moder-
banização e industrialização do Brasil no período, a subs-
nização, as mudanças nas relações de trabalho no campo,
tituição do tipo de transporte, que deu prioridade ao rodo-
em que enfocamos os pequenos produtores, o trabalho
viarismo (com alto consumo de petróleo e álcool combus-
infantil e o trabalho assalariado. Passamos para a abor-
tível), além dos avanços técnico-científicos que possibilita-
dagem da produção agropecuária brasileira e terminamos
ram o melhor aproveitamento de alguns recursos, como o
com a relação entre agricultura, meio ambiente e solos.
potencial hidráulico dos rios brasileiros, por exemplo.
Nesse estudo, procuramos fazer com que os alunos
Graças à energia hidráulica foi possível substituir
possam, ao final:
alguns derivados de petróleo (óleo diesel) na geração de
energia elétrica e no setor industrial. • discutir os problemas da agricultura, com a no-
A produção e o consumo de álcool combustível, por ção de que problemas como a fome não decor-
sua vez, foram incentivados e intensificados principalmente rem da falta de alimentos nem de terras para pro-
pelo Proálcool, para enfrentar a crise do petróleo. O ba- duzi-los, mas da estrutura de organização agrá-
gaço de cana é utilizado para geração de energia elétrica ria, herança do sistema colonial e de políticas que
no próprio local das usinas alcooleiras. não têm alterado essa situação;
2. b 3. d 4. d 5. e 6. d 7. c • analisar a estrutura fundiária brasileira e as desi-
gualdades que gerou ao longo da história;
4. Sugestões de questões para avaliação • compreender os motivos do êxodo rural e a situ-
ação dos migrantes;
• Exemplifique as fontes tradicionais de energia e • analisar a violência no campo, a luta pela terra,
as modernas. (p. 347) os movimentos sociais no campo e os processos
• Quais são os setores que mais utilizam energia no que caminharam em direção à reforma agrária;
Brasil? (p. 347) • identificar as transformações modernizadoras do
• Diferencie as usinas geradoras de eletricidade: ciclo produtivo, a integração da agricultura com
termoelétricas convencionais, hidroelétricas e ter- a indústria;
monucleares. (p. 348) • entender as características da modernização da
• Observe o mapa das “Principais usinas hidroelé- agricultura: as mudanças nas relações de traba-
tricas do Brasil” (p. 349), e cite as principais usi- lho no campo, os tipos de produtores rurais, a
nas em potência no Brasil, indicando em que rios concentração do trabalho infantil no setor agrí-
e estados se localizam. cola, a relação entre a grande propriedade e os
• Quais são as principais usinas do seu estado? trabalhadores rurais;
• Cite três usinas localizadas na Bacia do Paraná e • discutir as modificações nas relações de trabalho
três na do São Francisco. (p. 348 e 350) no campo;
• Caracterize a Bacia Amazônica quanto ao poten- • diferenciar a intensidade da modernização agrí-
cial e ao aproveitamento. (p. 350) cola por áreas, produtos e produtores;
• Cite dois argumentos a favor e duas desvantagens • identificar os principais produtos agropecuários
da privatização do setor elétrico. (p. 350-351) e as áreas de produção;

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• localizar áreas de criação de gado; Fixando o conteúdo
• discutir a utilização de novas tecnologias como a
5. Poucos com muita terra: a tabela mostra que apenas
transgenia;
1% dos estabelecimentos (propriedades) com mais de
• avaliar o grau de interferência ambiental da agri-
1.000 ha ocupa quase 40% da área agrícola total. Per-
cultura (nos solos e no clima) e formas mais ade-
tencem aos grandes proprietários ou latifundiários.
quadas de cultivos.
Muitos com pouca terra: cerca de 89% dos estabeleci-
mentos (pequenas e médias propriedades) ocupam 20%
2. Conceitos e temas desenvolvidos da área agrícola do país.
Áreas agrícolas; estrutura fundiária; latifúndio; mi- 6. Esses nomes referem-se aos trabalhadores temporá-
nifúndio; subaproveitamento da terra; culturas de ali- rios, sem vínculo empregatício. Eles vivem em condi-
mentação básica ou de subsistência; êxodo rural; Esta- ções precárias na periferia de pequenas ou médias
tuto da Terra; reforma agrária; assentamentos; frontei- cidades. Normalmente são contratados por interme-
ra agrícola; posseiro; grilagem; Movimento dos Traba- diários (gatos, no Sul do país; cabos-de-turma ou con-
lhadores Rurais Sem Terra (MST); terras devolutas; Lei tratantes, no Nordeste), que os transportam de cami-
de Terras; insumos; industrialização da agricultura; pro- nhão para os locais de trabalho. São adultos e crian-
cesso “sanduíche”; oligopólios; defensivos agrícolas; ças, de ambos os sexos.
agropecuária intensiva; agropecuária extensiva; modos 7. Clima — embora seja cada vez menor a influência dos
de exploração da terra; exploração direta; exploração fatores naturais na produção agropecuária, o Brasil
indireta (parceria, arrendamento, ocupação); agricultura apresenta diversos tipos climáticos, o que permite grande
familiar; trabalhador assalariado (permanente e tempo- diversidade da produção agrícola. O problema da de-
sertificação em zonas áridas, semi-áridas e subtropi-
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rário); colono; bóias-frias; empreitada; empreiteiro; Lei


de Biossegurança; Projeto Genoma; solo (massapê, ter- cais atinge a agropecuária, impedindo a produção em
ra-roxa); desertos verdes; culturas tropicais e de áreas vastas áreas.
temperadas; desertificação. Solo — O solo massapê e o terra-roxa são considera-
dos os melhores do Brasil. O massapê foi o responsá-
3. Encaminhamento das atividades e resolução vel pelo sucesso da economia açucareira nordestina. O
solo terra-roxa foi o responsável pelo sucesso da pro-
dos exercícios dução cafeeira paulista e paranaense. Uma caracterís-
Avalie seu aprendizado (p. 370-371) tica marcante da agricultura brasileira é o uso inade-
quado e irracional do solo, relativamente em grande
Construindo conhecimento proporção.
1. A Região Norte é a fronteira agropecuária recente. Política agrícola — A ausência de uma política de fixa-
A Região Centro-Sul (excetuando-se o estado de Mato ção das pessoas à terra leva pequenos agricultores fa-
Grosso) e o litoral do Nordeste são as fronteiras agro- miliares a abandonar suas atividades agrícolas. A po-
pecuárias mais antigas (consolidadas). lítica de oferta de subsídios, incentivos e isenções im-
2. As regiões Sudeste e Sul (principalmente os estados pulsionou o crescimento da agricultura, mas intensifi-
de São Paulo e Rio Grande do Sul) e áreas restritas do cou a concentração fundiária, aumentando o êxodo rural
Centro-Oeste (sudeste de Goiás e centro-sul do Mato e a violência.
Grosso do Sul) e do Nordeste (Zona da Mata) apresen- Estrutura fundiária — O monopólio da terra por uma
taram crescimento predominantemente por meio de minoria privilegiada impediu grande parte da popu-
modernização. As regiões Norte, Nordeste (exceto o lação de ter acesso à terra e ao processo de desenvol-
litoral) e Centro-Oeste (exceto o estado de Mato Gros- vimento do país. A concentração fundiária sempre foi
so do Sul) e o norte do estado de Minas Gerais apre- um dos maiores problemas agrários do país, sendo
sentaram crescimento em geral por meio de incorpo- causa de conflitos pelo acesso à terra e de violência
ração de novos espaços. no meio rural.
3. As várias transformações modernizadoras na agrope- 8. a) Biotecnologia (uso integrado da bioquímica, da mi-
cuária (mecanização, adubação química, pesquisa, fi- crobiologia e da engenharia química), engenharia
nanciamento) acarretaram grande aumento de produ- genética (que trabalha com organismos vegetais e
tividade. animais geneticamente modificados), zootecnia (téc-
4. Elevado nível de modernização: utilização de capitais nicas de criação e aperfeiçoamento de animais do-
e estreitos vínculos entre a indústria e a agropecuária; mesticados), mudanças nos ciclos vegetativos e no
agricultura direcionada para os produtos de exporta- desenvolvimento animal, concentração de plantas por
ção e para as matérias-primas industriais; preço da terra área, controle de pragas e doenças, automatização
elevado e altos índices de ocupação da área dos esta- da adubação e do plantio, irrigações programadas,
belecimentos (baixa ociosidade das terras); calagem, correção dos solos. Com o desenvolvimen-
Baixo nível de modernização: predomínio da agrope- to da transgenia (transferência controlada de genes),
cuária extensiva (tradicional) com baixos rendimentos foi possível realizar a melhoria genética.
e voltada para o mercado interno; terra com preço re- b) Problemas ambientais, como a devastação de flo-
lativamente baixo e elevado índice de ociosidade; pre- restas, a contaminação do solo, das plantas e das
domínio da finalidade especulativa sobre a finalidade águas por agrotóxicos, a compactação do solo pelo
produtiva da terra; baixo nível de integração da indús- uso de máquinas agrícolas pesadas. Os cultivos trans-
tria com a agricultura. gênicos podem contaminar cultivos vizinhos.

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Complementação e orientação didática • Que são terras devolutas? (p. 363)
• Explique o processo sanduíche na agricultura. (p.
O(A) professor(a) poderá pedir aos alunos que mon- 363-364)
tem um mural sobre o tema “Diversidade de paisagens
• O que são oligopólios? Cite exemplos na agricul-
rurais brasileiras”, coletando fotos de revistas ou jornais
tura brasileira. (p. 364)
rurais. O objetivo desse trabalho é constatar mudanças
• A que se deve o crescimento da produção agro-
na paisagem geradas pelos diferentes processos agríco-
pecuária no Brasil, a partir da década de 1980?
las e comparar as transformações produzidas por gran-
(p. 364)
des lavouras monocultoras (que utilizam tecnologia, mé-
todos científicos de plantio) com as produzidas em pe- • Quais são as vantagens e desvantagens do uso de
quenas propriedades familiares (com cultivos de alimen- defensivos agrícolas? (p. 364)
tação básica). • Cite duas características da criação de gado in-
O(A) professor(a) poderá também pedir aos alunos tensiva e duas da extensiva, no Brasil. (p. 365)
pesquisas sobre as relações de trabalho no campo, os • Explique os modos de exploração direta e indire-
movimentos sociais, a cultura rural: festas (rodeios, da ta da terra e suas modalidades. (p. 365)
colheita), músicas (sertaneja e outras) e danças. • Cite duas mudanças provocadas pela moderniza-
ção da agropecuária nas relações de trabalho. (p.
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 461) 365-366)
1. d • Em que consiste o sistema de empreitada, quais
2. a) Os “sem-terra” são citados pelo autor como exem- as suas vantagens para o trabalhador e para o
plo do “persa”, ou seja, do outro, do diferente, da- proprietário agrícola? (p. 366-367)

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quele que incomoda as instituições. • Cite três produtos de destaque da agricultura bra-
b) O Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra sileira. (p. 367)
(MST) é reconhecido internacionalmente como um • Explique por que as regiões que mais produzem
dos mais importantes movimentos sociais da Amé- alimentos não são, necessariamente, as que me-
rica Latina. Originou-se no Sul do país e sua princi- nos sofrem com a fome. (p. 368)
pal estratégia de luta pela terra consiste na ocupa- • Explique dois objetivos do Projeto Genoma. (p. 369)
ção de terras improdutivas ou devolutas. • O que é o deserto verde e que problemas acarre-
c) Na sociedade brasileira atual, há inúmeros exem- ta? (p. 369)
plos de “persas”: negros, indígenas, moradores de
• Cite dois produtos da agropecuária de áreas tro-
rua, favelados, enfim, todas as minorias.
picais e de áreas temperadas do Brasil. (p. 370)
3. a) A partir da análise da tabela, é possível perceber
• Por que e em que áreas está ocorrendo desertifi-
que o mercado europeu, representado pela União
cação no Brasil? (p. 370)
Européia, e o mercado asiático respondem pela im-
portação de mais da metade dos produtos agrope-
cuários do Brasil.
b) Em comparação com as exportações brasileiras de Capítulo 9 Comércio, comunicações,
produtos industrializados, as exportações de pro- transportes e turismo
dutos agropecuários do Brasil para os outros três no Brasil
países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai)
são bem reduzidas. 1. Objetivos
4. c 5. c 6. c 7. b
Optamos aqui pelo estudo integrado do comércio,
4. Sugestões de questões para avaliação das comunicações, dos transportes e do turismo, ativida-
des que apresentam um grande desenvolvimento no Bra-
• O que é estrutura fundiária? (p. 360) sil e estão bastante interligadas. Falamos sobre o papel
de cada uma dessas atividades e suas características na
• O que são latifúndios? (p. 360)
fase de globalização econômica. São também objetivos
• O que são minifúndios? Em geral, o que produ- desse capítulo:
zem? (p. 360)
• reconhecer a importância do comércio externo no
• Cite dois problemas dos pequenos agricultores desenvolvimento econômico do Brasil;
familiares. (p. 361) • identificar os principais produtos exportados e
• Analise as condições estabelecidas na Lei de Ter- importados e os parceiros comerciais do Brasil;
ras. (p. 361) • reconhecer o papel do Mercosul no comércio bra-
• Quais metas foram estabelecidas pelo Estatuto da sileiro;
Terra? (p. 362) • analisar as características e a importância das
• Leia o quadro “Reforma agrária e desenvolvimento” comunicações, da informatização e da economia
(p. 362) e responda: o que é reforma agrária e como virtual no Brasil;
pode contribuir para a redução da pobreza? • relacionar a expansão das ferrovias com a cafei-
• Diferencie a ocupação de terras pelo posseiro (p. cultura;
361) da apropriação de terras por meio de grila- • identificar e comparar os transportes ferroviário
gem. (p. 362) e rodoviário no Brasil;

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• discutir a decadência do transporte ferroviário, a 6. Corredores de exportação são áreas dotadas da infra-
política rodoviária e os interesses da indústria au- estrutura necessária (transporte, armazéns, centros de
tomobilística no Brasil; beneficiamento) ao escoamento da produção entre as
• conhecer os tipos e a importância dos transpor- regiões produtoras e os portos exportadores. Permi-
tes aquaviários, os principais portos brasileiros e tem a rapidez no escoamento da produção, redução nos
o movimento de mercadorias; custos de transporte e maior competitividade com os
• localizar os corredores de exportação; países concorrentes.
7. a) O território brasileiro apresenta excelentes condi-
• perceber as potencialidades turísticas do territó-
ções naturais para o turismo: grande diversidade
rio nacional.
de ecossistemas e de paisagens, uma das maiores
costas litorâneas do mundo, praias tropicais dispo-
2. Conceitos e temas desenvolvidos níveis ao lazer o ano todo.
Mercados emergentes; mercados maduros; comér- b) Aumento do consumo e da produção de bens e de
cio externo brasileiro; substituição de importações; ex- serviços, e principalmente a geração de empregos.
portações brasileiras; Mercosul; importações brasileiras; c) O ecoturismo é bastante importante, pois, para que
evolução da balança comercial brasileira; principais par- funcione, exige a proteção de áreas e ecossistemas
ceiros comerciais do Brasil; comércio interno brasileiro; naturais. Além disso, traz renda ao país ou à região
mercado de trabalho brasileiro; comércio informal; po- onde se desenvolve.
pulação subempregada; economia informal; empresas
varejistas; empresas atacadistas; Agência Nacional de Te- Complementação e orientação didática
lecomunicações (Anatel); cabos ópticos; comércio eletrô-
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nico ou virtual; Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA); O(A) professor(a) poderá abordar o aspecto da qua-
Fepasa (Ferrovias Paulistas S.A.); política rodoviarista; lidade dos transportes urbanos, os deslocamentos de pes-
Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transpor- soas que residem em lugares distantes do trabalho, ex-
tes (DNIT); concessões; pedágios; transportes urbanos; plorando especialmente o conceito de cidadania, propondo
transporte informal ou clandestino; pólos exportadores; discussões sobre melhorias e soluções para problemas e
corredores de exportação; Infraero (Empresa Brasileira acidentes de trânsito, superlotação dos meios de trans-
de Infra-estrutura Aeroportuária); turismo no Brasil. porte urbano.
O trecho a seguir dos Parâmetros Curriculares Na-
3. Encaminhamento das atividades e resolução cionais (Brasília, Ministério da Educação e do Desporto,
1998) fornece mais subsídios ao(à) professor(a):
dos exercícios
Avalie seu aprendizado (p. 381-382) “A velocidade e a eficiência
Construindo conhecimento dos transportes e da comunicação
como novo paradigma
1. Resposta pessoal. Professor(a) ressaltar que muitas
manifestações folclóricas também estão desaparecen- da globalização
do no Brasil.
Como as ferrovias, rodovias, sistemas de na-
2. Resposta pessoal. Temas possíveis: problemas do ado-
vegação fluvial ou marítima, na busca da supera-
lescente, planejamento familiar, paz mundial, drogas,
ção das distâncias, integraram mercados e diferentes
guerras, violência e muitos outros.
economias e aceleraram o fluxo das pessoas?
3. Resposta pessoal. Professor(a) é importante que o alu-
Superar a barreira dos mais íngremes rele-
no perceba a necessidade do desenvolvimento de soci-
vos e conquistar e dominar a atmosfera com a avi-
edades culturalmente diversificadas e o papel do Esta-
ação fez com que os grandes oceanos se transfor-
do como promotor de políticas que respeitem explici-
massem em verdadeiros lagos. Todo esse progres-
tamente a diferença cultural e valorizem expressões
so técnico esteve associado aos conhecimentos da
populares que contribuem para a identificação do in-
pesquisa meteorológica, geomorfológica, hidrográ-
divíduo com sua história e tradições.
fica, oceanográfica, cartográfica, etc.
O estudo dos transportes poderá ser realiza-
Fixando o conteúdo do dentro da perspectiva de uma micro e macro-
4. A decadência do transporte ferroviário no Brasil de- escala de espaços. É possível citar como exemplo
veu-se: à concorrência do transporte rodoviário; ao fato de microescala os estudos dos diferentes módulos
de as ferrovias não integrarem as regiões (direciona- de transporte no interior do espaço das cidades,
vam-se quase sempre no sentido interior—litoral); à falta tais como automóvel, metrô, ônibus, caminhões, até
de estrutura e de investimentos para atender com ra- um simples elevador.
pidez e eficiência a nova realidade industrial do país. Nesse enfoque, pode-se procurar estabelecer
5. Rodovias Rio—Bahia e Régis Bittencourt (BR-116), que uma análise crítica das diferenças entre as políti-
interligaram as regiões Nordeste, Sudeste e Sul; Rio— cas públicas voltadas para o transporte individua-
Belo Horizonte—Brasília (BR-40); São Paulo—Belo lizado e coletivo e como se remetem ao espaço ge-
Horizonte—Brasília (Rodovia Fernão Dias, BR-50); ográfico, procurando avaliar o desempenho des-
Brasília—Belém (BR-10); Brasília—Cuiabá (BR-70) e sas ações como resposta à demanda de transpor-
outras. tes pela população.

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Na perspectiva de análise que essa escala per- o México e a Argentina. A partir do governo de Jus-
mite, pode-se também contemplar estudos sobre a celino Kubitschek deu-se prioridade à instalação de
malha e o sistema viário das cidades. Como exem- grandes parques industriais, principalmente de
plo, a hierarquia das vias e os respectivos fluxos, o empresas multinacionais, como as montadoras es-
papel dos automóveis na definição de valores soci- tadunidenses e européias. Aliadas ao mercado de
oculturais, chegando mesmo a associar-se à defini- petróleo, tais empresas incentivaram e financiaram
ção das novas edificações. Nas grandes cidades, programas governamentais para construir rodovi-
gradativamente vendem-se mais espaços para os as capazes de integrar o território nacional e esti-
automóveis do que moradia para as pessoas. Isso mular o comércio. Dentre elas, se incluem a Belém—
explica o fato de que morar em prédios de aparta- Brasília, a Transamazônica e as rodovias litorâneas
mentos com três ou quatro garagens define status. BR-116 e BR-101.
A estrutura do sistema viário e a ideologia b) Das cinco grandes regiões do IBGE, é a Região Su-
do transporte individual são elementos altamente deste que apresenta a maior concentração urbano-
comprometedores da qualidade de vida das cida- industrial, a maior aglomeração populacional e o
des. Congestionamentos, em vias inadequadas para melhor mercado do Brasil e da América Latina.
um fluxo crescente, o aumento indiscriminado do 5. a
transporte individual. Mais uma vez esses fatores 6. b
estimulam a ampliação da pesquisa nas áreas afins, 7. a) O aluno pode citar, na área assinalada (o estado de
tais como estudos atmosféricos, energia, tecnolo- Minas Gerais), várias cidades com grande potenci-
gias construtivas de mecânica e motores. al turístico: Ouro Preto, Mariana, Congonhas do
O tema dos transportes urbanos permite ela- Campo, Tiradentes, São João Del Rey, entre outras.

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borar com os alunos atividades altamente criati- b) O povoamento e o desenvolvimento econômico dessa
vas em relação ao seu cotidiano e às cidades, des- área ocorreram principalmente durante o período
de as facilidades obtidas com o automóvel no trans- do ciclo do ouro, no século XVIII.
porte porta a porta, os complicados congestiona-
mentos que geram estresse no cotidiano das gran- 4. Sugestões de questões para avaliação
des metrópoles, como também explicar a política
dos transportes em decorrência da prioridade dos • Cite dois exemplos e duas características dos
transportes individuais sobre os coletivos. países conhecidos como mercados emergentes.
No plano da macroescala deve-se pensar em (p. 372)
trabalhar com os alunos as integrações inter-regi- • Explique por que o processo de industrialização
onais e continentais, procurando analisar não so- substitutiva de importações não conseguiu liber-
mente as reduções no tempo e espaço das distân- tar o Brasil da dependência externa. (p. 372)
cias, aproximando estas localidades, como também • Cite duas dificuldades do Brasil para inserir-se no
o aumento e melhoria técnica das condições e efi- mercado exportador. (p. 373)
ciência na capacidade de carga dos seus diferen- • Cite dois produtos industrializados e dois primá-
tes módulos.” rios exportados pelo Brasil. (p. 373)
• Quais são os principais parceiros comerciais do
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 463) Brasil? (p. 373)
• Explique por que as transações comerciais do Brasil
1. No gráfico estão destacados dois períodos distintos da
com o Mercosul foram abaladas no final da década
balança comercial brasileira. No primeiro, situado en-
de 1990. (p. 373-374)
tre 1976 e 1982, a balança apresentou-se deficitária em
• Cite cinco produtos importados pelo Brasil. (p. 374)
decorrência da enorme elevação dos preços do petró-
leo importado, subseqüente aos choques de 1973 e 1979. • Por que tem ocorrido expansão do comércio in-
Para garantir o fornecimento de petróleo e o próprio formal no Brasil? (p. 374)
crescimento econômico do país, o governo brasileiro • De que modo a cafeicultura contribuiu para o de-
contraiu vultosos empréstimos, elevando a dívida ex- senvolvimento do transporte ferroviário no Bra-
terna de aproximadamente 22 bilhões de dólares em sil? (p. 375-376)
1975 para 91 bilhões em 1984. • Cite três problemas do transporte urbano no Brasil.
O fim da crise energética, o aumento da exportação e a (p. 378)
diminuição da importação caracterizam o segundo pe- • Cite dois problemas do transporte marítimo no
ríodo, posterior a 1982. Contudo, os saldos positivos Brasil. (p. 378-379)
na balança comercial destinaram-se sobretudo ao pa- • Cite os três portos mais importantes do Brasil.
gamento dos juros da dívida externa, a qual, em 1986, (p. 379)
situava-se em torno de 105 bilhões de dólares. • Por que o transporte aéreo é pouco utilizado no
2. a Brasil? (p. 380)
3. c • Que tipo de pessoas são consideradas turistas?
4. a) Com a industrialização empreendida ao longo do (p. 380)
século XX (conhecida como industrialização tardia), • Cite três cidades turísticas brasileiras e as condi-
o Brasil transformou-se num país emergente, como ções que apresentam. (p. 380)

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UNIDADE DINÂMICA POPULACIONAL
IV NO BRASIL
Nesta unidade fornecemos um perfil da população brasileira — formação, crescimento, estrutura,
distribuição no território e principais problemas demográficos — além de estudos sobre as recentes ten-
dências de urbanização e migração no Brasil.

Capítulo 10 Distribuição da população, des de 2000 há muitas diferenças: a do Brasil, apesar


crescimento demográfico de apresentar um estreitamento na base e um ligeiro
alargamento no ápice, ainda indica elevada natalidade
e estrutura da população e grande número de jovens e adultos; na pirâmide do
brasileira Japão há um estreitamento maior da base (menor nú-
mero de jovens) e um alargamento significativo do corpo
1. Objetivos ao ápice.
Neste capítulo, descrevemos o grande crescimento 2. No Japão, o estreitamento da base e as irregularidades
populacional no Brasil e suas causas (participação da no corpo estão relacionados à rápida redução da nata-
migração e do crescimento vegetativo). Apresentamos lidade após 1948 (início do controle oficial da natalida-
o perfil da população brasileira e as fases do ciclo de- de) e aos efeitos das duas guerras mundiais. No Brasil,
a diminuição da base é explicada pela queda da natali-
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mográfico. Trabalhamos com as estruturas etária, por


sexos e produtiva, a distribuição da população ativa dade nas últimas décadas.
por setores de atividade e a participação da mulher no 3. As pirâmides representativas dos países subdesenvol-
mercado de trabalho. Listamos abaixo outros objeti- vidos são chamadas de pirâmides de “países jovens”,
vos deste capítulo: já que apresentam base larga (elevada proporção de
• reconhecer o perfil da população brasileira e as jovens) e topo estreito (baixa proporção de idosos). A
fases de seu ciclo demográfico, especialmente a base da pirâmide brasileira começa a se estreitar (nú-
da transição; mero menor de jovens) e apresenta aumento da pro-
• explicar a distribuição irregular da população no porção de idosos (topo mais largo), aproximando-se
Brasil e analisar suas causas históricas e geográ- assim, mesmo que modestamente, das que represen-
ficas; tam os países desenvolvidos, chamadas de pirâmides
• constatar a estrutura etária e a porcentagem de de “países velhos”.
mulheres/homens no Brasil;
• discutir a divisão de trabalho por sexo, o papel Fixando o conteúdo
da mulher na sociedade e no mercado de traba- 4. A condição do Brasil como ex-colônia de exploração e
lho e a construção da cidadania no Brasil; a conseqüente dependência econômica criaram a ne-
• analisar as pirâmides etárias brasileiras e reco- cessidade de contato com o mundo exterior e a con-
nhecer as principais faixas etárias (jovem, adulta centração das principais atividades produtivas (agri-
ou madura e velha ou senil); cultura, indústria e outras) e da urbanização na parte
• analisar o regime demográfico brasileiro; oriental (litoral) do país.
• constatar o tamanho médio da família brasileira 5. A tendência foi de diminuição do crescimento anual
e relacionar com a renda média. da população. Essa redução, que passou de 2,4%, en-
• identificar e discutir as políticas demográficas tre 1971 e 1980, para 1,9%, entre 1980 e 1991, e 1,6%
adotadas no Brasil e os seus motivos. entre 1992 e 2000, ocorreu em conseqüência da queda
das taxas de natalidade.
2. Conceitos e temas desenvolvidos 6. Primeira fase: caracterizada por elevadas taxas de na-
talidade e mortalidade, originando baixo crescimento
Distribuição geográfica da população; migrações populacional. O Brasil saiu dessa fase no início do sé-
externas; crescimento natural ou vegetativo; política de- culo XX.
mográfica, políticas natalista e antinatalista no Brasil; idade Segunda fase: caracterizada por elevadas taxas de na-
mediana; razão de sexo; inchação; hipertrofia do setor talidade e declínio das taxas de mortalidade, gerando
terciário; empreguismo. grande crescimento populacional. O país atingiu o auge
dessa fase na década de 1950, quando a taxa de cresci-
3. Encaminhamento das atividades e resolução mento populacional aproximou-se de 3% ao ano.
dos exercícios Terceira fase: caracterizada por baixas taxas de natali-
dade e de mortalidade, gerando reduzido crescimento
Avalie seu aprendizado (p. 393-394) populacional, estagnação e até mesmo taxa negativa
de crescimento. O Brasil está realizando sua transição
Construindo conhecimento
demográfica, ou seja, saindo da segunda fase e entrando
1. A pirâmide etária do Japão em 1920 é equiparável à do no terceiro período de evolução demográfica, no iní-
Brasil em 1980: ambas apresentam a base larga (gran- cio do século XXI. Por volta do ano 2050, estará com-
de quantidade de jovens) e o topo estreito. Nas pirâmi- pletando o seu ciclo demográfico.

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7. Taxa de fecundidade ou de fertilidade é o número mé- 25,6% dos domicílios têm uma mulher como refe-
dio de filhos nascidos vivos que cada mulher tem ao rência.
longo do seu período reprodutivo (mais ou menos dos Outros fenômenos que explicam o crescimento
15 aos 45 anos). A queda na taxa de fecundidade é uma das mulheres como pessoa-referência são divór-
das principais características da transição demográfi- cios e separações, ou o simples abandono, além de
ca brasileira. Ela caiu de 6,2, em 1940, para 2,3 em 1999. mães solteiras.
8. a) A necessidade de mão-de-obra (numerosa e bara- Um terceiro fator é que as mulheres vivem
ta) para sustentar o crescimento industrial e a pre- bem mais do que os homens. Muitas ficam viúvas
ocupação em povoar os vazios do interior do país e passam a ser a referência familiar. O censo reve-
(Centro-Oeste e Amazônia) serviram de estímulo à lou que um terço das mulheres responsáveis pelas
política natalista ou populacionista. famílias tem mais de 60 anos.
b) Desde a segunda metade da década de 1960, o go- O fenômeno das mulheres responsáveis por
verno já incentivava e apoiava programas de con- domicílios é tipicamente urbano. Estão localizados
trole de natalidade. A partir da década de 1970, os em cidades 91,4% dos domicílios com responsá-
pesados investimentos exigidos pelo acelerado cres- veis do sexo feminino. Em 26 capitais, o índice de
cimento populacional levaram-no a adotar uma po- famílias comandadas por mulheres supera a mé-
lítica demográfica do tipo antinatalista. dia nacional.”
9. As principais alterações foram a diminuição do por- TEREZA, Irany e LEAL, Luciana Nunes.
centual de jovens e o aumento do porcentual de adul- O Estado de S. Paulo, 8 mar. 2002.
tos e idosos. A redução das taxas de natalidade, o au-
mento da expectativa de vida, a queda das taxas de fe- Em pauta: vestibulares e Enem (p. 464)

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cundidade (média de filhos por mulher) foram os fato- 1. b 2. c 3. c 4. d 5. e
res que acarretaram alterações na estrutura etária da 6. a) Durante muito tempo, a remuneração do trabalho
população brasileira. feminino no Brasil foi encarada apenas como renda
10. a) Em 2000 a taxa de homens era de 49,2% e a de complementar. A tradição patriarcal e machista de-
mulheres, 50,8%. termina valores menores para a mulher quando esta
b) A razão fundamental de haver mais mulheres está exerce a mesma função que o homem. Os custos
na maior mortalidade dos homens (acidentes, do- sociais determinados pela legislação trabalhista,
enças, violência urbana), seguida pela emigração. como o salário-maternidade e a licença-gestante,
11. De 1940 a 2000, em virtude da progressiva mecaniza- costumam ser evocados para explicar os baixos sa-
ção do trabalho no campo, houve o êxodo rural, com lários pagos às mulheres.
os trabalhadores rurais buscando meio de sobrevi- b) A maior oferta de mão-de-obra decorrente da in-
vência nas cidades, onde passaram a ocupar postos corporação da mulher no mercado de trabalho mas-
nos setores secundário e terciário. Na década de 1990, culino termina ocasionando uma redução dos salá-
a automação nas indústrias provocou a redução de rios, uma vez que, para ser empregada, a mulher
trabalhadores no setor secundário e a expansão do tem de se submeter a salários mais baixos. Essa in-
setor terciário, principalmente na economia informal. corporação também acarretou uma diminuição das
12. Na última década do século XX, segundo o IBGE, a taxas de natalidade e maior politização da mulher
situação da mulher brasileira começou a se modifi- nas áreas urbanas.
car: seu grau de escolaridade, seu poder aquisitivo e 7. d
sua renda média aumentaram; diminuiu a defasagem
entre o seu salário e o do homem.
4. Sugestões de questões para avaliação
Complementação e orientação didática • Quais são as regiões mais populosas e menos po-
pulosas do Brasil? (p. 384)
Professor(a), é um bom momento para discutir as
• Explique três fatores econômicos responsáveis pela
responsabilidades e o papel dos gêneros na sociedade.
ocupação do interior do Brasil. (p. 385)
Sugerimos o apoio do texto a seguir para um debate en-
• Que regiões do Brasil constituem um vazio demo-
tre os alunos.
gráfico? (p. 385)
O novo perfil da mulher brasileira • Cite, no Brasil, os dois estados mais populosos,
“Elas são maioria no país, têm vida média mais os dois menos populosos, os dois de maior densi-
elevada do que os homens e assumem cada vez mais dade e os dois de menor densidade. (p. 385)
o comando das famílias. Os números atestam: a nova • Quais são as variáveis que interferem no cresci-
mulher brasileira desempenha um papel cada vez mento populacional de um país? (p. 386)
mais importante na sociedade. • Explique o ritmo relativamente lento do cresci-
[...] mento populacional brasileiro no período 1872-
O aumento do número de mulheres chefes de 1940. (p. 386)
família não reflete apenas emancipação feminina. • Dê as características demográficas do Brasil (pe-
No Nordeste, por exemplo, é conseqüência tam- ríodo demográfico, natalidade, mortalidade, cres-
bém da migração de homens para outras regiões, cimento médio). (p. 387)
em busca de emprego. É entre as famílias nordes- • Cite duas mudanças recentes na estrutura etária
tinas que está a maior proporção de chefes mulhe- da população brasileira. (p. 388)
res — são 25,9%. Muito perto está o Sudeste, onde • O que se entende por idade mediana? (p. 388)

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• Explique o termo razão de sexo. (p. 389) dernização do campo e de industrialização urba-
• Como se explica a redução da população ativa no na (êxodo rural);
setor primário, no Brasil, a partir da década de • diferenciar migrações inter-regionais de migra-
1940? (p. 391) ções intra-regionais e descrever as principais;
• O que significa inchação ou hipertrofia do setor • perceber as novas tendências que orientam os flu-
terciário? (p. 392) xos migratórios;
• Cite três dificuldades enfrentadas pelas mulheres • avaliar as causas e proporções do êxodo rural no
no mercado de trabalho brasileiro. (p. 392) Brasil e suas conseqüências.
• Em geral, quais são os problemas enfrentados pelas
famílias chefiadas por mulheres de baixa escola- 2. Conceitos e temas desenvolvidos
ridade? (p. 393)
Miscigenação; mestiços ou pardos; ideologia do bran-
queamento; guerra justa; Serviço de Proteção ao Índio (SPI);
Capítulo 11 Etnia e migrações Fundação Nacional do Índio (Funai); Estatuto do Índio;
populacionais no Brasil política indigenista; projetos governamentais de coloniza-
ção da Amazônia; demarcação de áreas indígenas; entida-
1. Objetivos des de defesa dos índios; situação jurídica das terras indí-
genas; posse; usufruto; terra indígena; índios (aculturados,
Neste capítulo trabalhamos com o tema título fazendo
não-aculturados, isolados); brancos (atlanto-mediterrâ-
inicialmente um apanhado geral da formação étnica da po-
neos, germanos ou teutões e eslavos); negros (sudaneses e
pulação brasileira para, na seqüência, tratarmos dos compo-
bantos); discriminação; democracia racial; racismo; políti-
nentes étnicos — o indígena (histórico, situação atual e polí-
ca de não-discriminação ativa; Lei de Cotas; comunidades
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tica indigenista); o branco (participação, origens); o negro


remanescentes de quilombos; períodos imigratórios; leis
(origens, discriminação e desigualdades, distribuição geográfica
de imigração; Lei de Cotas da Imigração; dekasseguis; bra-
e contribuições) —, do histórico e causas da imigração, da siguaios; região emigratória; região imigratória; migrações
passagem do Brasil de país imigratório a emigratório e final- (inter e intra-regionais); marcha para o oeste; êxodo rural
mente das migrações internas no território nacional (migra- de causas repulsivas; transumância no Brasil.
ções inter e intra-regionais, êxodo rural e transumância).
Nessa trajetória, pretendemos que os alunos sejam
capazes de:
3. Encaminhamento das atividades e resolução
• distinguir as três matrizes étnicas básicas forma- dos exercícios
doras da população brasileira e sua fusão, que
constitui grande diversidade;
Avalie seu aprendizado (p. 407-408)
• entender a situação atual dos índios a partir do Construindo conhecimento
processo histórico de extermínio e as lutas que
1. Nos Estados Unidos, prevaleceu o sistema de segregação
vêm mantendo para preservar suas tradições;
oficial herdado do escravagismo. No Brasil, mesmo após
• discutir as políticas indigenistas em relação à sua
a abolição, foram grandes os obstáculos enfrentados pe-
cidadania e seu direito à terra;
los afro-brasileiros na conquista de espaços. Desempre-
• reconhecer a diversidade e a procedência da po-
gados e excluídos do processo de desenvolvimento eco-
pulação branca, a predominância e os tipos de
nômico e social do país e com poucas oportunidades, os
grupos europeus;
afro-brasileiros, ao lado de outras camadas (mulatos, ín-
• compreender a situação da população afro-bra-
dios), engrossaram a imensa parcela de marginalizados.
sileira, relacionando-a às raízes históricas de sua
2. Os afro-brasileiros não tiveram condições de incorpo-
formação a partir do projeto colonial, seus prin-
rar-se ao novo modelo de desenvolvimento socioeco-
cipais grupos de origem, a discriminação a que
nômico. Atividades antes exercidas por eles (manufa-
esteve e está sujeita, as desigualdades sociais que
tureiras e artesanais) passaram a ser exercidas pelos
enfrentam e sua distribuição geográfica;
imigrantes, que tinham mais conhecimentos técnicos.
• distinguir os períodos imigratórios no Brasil, seus
3. Em ambos os casos há a intenção manifesta de instau-
contextos históricos e econômicos;
rar justiça social nas relações de trabalho, mas a polí-
• explicar as causas do segundo período imigratório e
tica de não-discriminação é passiva, contentando-se em
identificar onde se fixaram os principais grupos de
proibir aos empregadores qualquer prática discrimi-
imigrantes, nesse período, e sua atividade principal;
natória no recrutamento, emprego e promoção dos tra-
• identificar a onda expansionista migratória nas
balhadores (medidas incitantes à não-discriminação),
áreas de fronteira;
enquanto a da affirmative action pretende-se uma for-
• caracterizar os principais grupos de imigrantes,
ma de não-discriminação ativa, convidando explicita-
suas atividades e suas dificuldades de adaptação
mente os empregadores a recrutarem funcionários em
e inserção nos novos lugares;
grupos sociais considerados desfavorecidos.
• compreender a conjuntura que levou o Brasil a
4. a) e b) Respostas pessoais. Ver seção Complementação
passar de país imigratório a país emigratório,
e orientação didática.
detectando causas desse processo e as direções
tomadas pelos emigrantes;
Fixando o conteúdo
• relacionar o elevado grau de mobilidade espacial
da população aos ciclos econômicos, à política de 5. A acentuada redução do porcentual de negros no Bra-
ocupação do interior do país e ao processo de mo- sil no período 1800-1880 decorreu principalmente da

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diminuição de sua entrada no país (proibição do tráfi- Complementação e orientação didática
co negreiro) e da elevada mortalidade entre eles. O au-
mento do porcentual de mulatos decorreu da intensa Este capítulo tem estreita conexão com outras dis-
miscigenação entre brancos e negros. O aumento do ciplinas, como História e Sociologia. Pelo que estudamos,
porcentual de brancos teve como causa principal a vemos que ainda é um grande desafio para o século XXI a
imigração. convivência entre os povos e a aceitação da diversidade
6. a) Índios isolados são os que têm pouco contato com cultural. O(A) professor(a) pode trabalhar temas de ética,
a sociedade, fogem dos não-índios e abrigam-se em de pluralismo cultural e de cidadania, incentivando o res-
refúgios de difícil acesso, como matas fechadas e peito ao outro e às diferenças, fazendo os alunos perce-
regiões montanhosas. Os aculturados adotam mui- berem o drama daqueles que têm de abandonar o lugar
tos costumes dos não-índios, freqüentam escolas, de origem em busca de melhores condições de vida, dei-
vestem-se, falam português e utilizam objetos indus- xando para trás lembranças, construções, família, rela-
trializados e tecnológicos, como rádios, relógios e, ções com as pessoas e com o lugar.
alguns, até aviões. Para a questão 4a de Avalie seu aprendizado, os alu-
b) Esses povos não deixam de ser índios, pois têm um nos devem mostrar ter compreendido que, para diminuir
modo característico de vida, uma história e uma iden- as desigualdades raciais, não bastam as políticas de não-
tidade, e preservam suas tradições e costumes. Toda discriminação passiva.
a sociedade (e muitas vezes o próprio governo) é res- Para a questão 4b:
ponsável pela transformação da cultura indígena. Ver Argumentos a favor — os afro-brasileiros, excluí-
seção Complementação e orientação didática. dos do processo de desenvolvimento econômico e soci-
7. Comunidades remanescentes dos quilombos são des- al do país, têm poucas oportunidades, pois, ao lado de
outras camadas (mulatos, índios), engrossaram a imen-

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cendentes de escravos que fugiam dos maus-tratos de
seus senhores e se refugiavam em quilombos. Essas co- sa parcela de marginalizados; a educação é importante
munidades localizam-se principalmente nos estados da recurso para enfrentar as desigualdades sociais e eco-
Bahia, Pará e Maranhão. nômicas, pois uma pessoa com acesso a livros, escola e
8. a) Por exemplo, a crise econômica iniciada na década cursos pode concorrer de igual para igual no mercado
de 1970 transformou o Brasil de um país tipicamen- de trabalho.
te imigratório em emigratório, e milhares de brasi- Argumentos contra — somente as camadas de ex-
leiros foram para países desenvolvidos em busca de cluídos teriam privilégios, os outros grupos sociais teri-
melhores condições de vida. am de ingressar na universidade por seus próprios méri-
b) Os principais movimentos migratórios internos no tos; toda essa situação poderia trazer novos preconceitos
Brasil decorreram, principalmente, do desenvolvi- aos beneficiários das cotas.
mento das regiões ligado aos ciclos econômicos Para complementar a questão 6b, o(a) professor(a)
(cana-de-açúcar, mineração, borracha e café) e do poderá pedir uma pesquisa sobre os índios do estado em
processo de industrialização (êxodo rural). O desen- que vivem os alunos. Poderá também trabalhar com a so-
volvimento da Europa após a Segunda Guerra pro- ciodiversidade e com o modo como diferentes segmentos
vocou uma reorientação dos fluxos migratórios dos sociais (remanescentes de quilombos, comunidades indí-
europeus. Assim os emigrantes europeus passaram genas e caiçaras, imigrantes europeus e asiáticos, guetos
a preferir os países de maior prosperidade econô- ou segregação espacial urbana) convivem no país: locali-
mica de seu próprio continente. zar suas comunidades, pesquisar a manutenção de suas
9. a) Países desenvolvidos, como os EUA, o Japão e os raízes (língua, religião, conhecimentos, danças, vestuário);
da Europa. descobrir seus modos de sobrevivência diante da socie-
dade nacional e da possível destruição de seu modo pró-
b) Com a globalização da economia e a expansão do
prio de vida.
comércio, muitos países desenvolvidos têm requi-
Os alunos deverão pesquisar as manifestações cul-
sitado trabalhadores especializados (executivos,
turais de origem européia, africana, indígena, asiática e
administradores, especialistas em informática e co-
sua influência nas paisagens brasileiras (construções, ar-
mércio, pesquisadores), que deixam seus países em
quitetura, agricultura, artesanato, materiais utilizados).
busca de melhores salários.
Encerrar o trabalho colocando algumas perguntas
c) Os dekasseguis em geral entram legalmente no Ja-
para discussão:
pão, mas comumente enfrentam condições de vida
e de trabalho árduas e sofrem problemas de adap- • Como essas comunidades coexistem com o siste-
tação num país distante, de cultura muito diferente. ma econômico e político nacional?
Os brasiguaios enfrentam problemas como excesso • No caso indígena, seria útil um maior acesso às
de burocracia, cobrança de taxas e impostos etc. informações, conhecimentos técnicos e científi-
10. Se, por um lado, o aumento de investimentos em in- cos do mundo moderno?
fra-estrutura e equipamentos urbanos é fator de atração • Quanto às outras comunidades, até que ponto
populacional, por outro, o aumento populacional de- deveriam manter intactas as suas tradições?
manda mais recursos em infra-estrutura. É um círcu- • Existe algum movimento organizado (luta pela
lo vicioso: os diversos setores de atendimento às ne- terra, defesa dos povos indígenas ou de minori-
cessidades da população urbana (escolas, hospitais, as) dessas comunidades?
saneamento básico, moradias, empregos) não cres- • Que contribuições trouxeram para a nossa cultu-
cem na mesma proporção que a população e as cida- ra (arte, religião, comida, habilidades, conhecimen-
des se transformam em um verdadeiro caos. to do meio ambiente)?

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Em pauta: vestibulares e Enem (p. 465) Capítulo 12 A urbanização brasileira
1. Historicamente, o negro tem sido vítima de inúmeras
1. Objetivos
discriminações na sociedade brasileira. O modelo es-
cravagista que predominou durante grande parte de O capítulo explica o processo de urbanização no
nossa história não promoveu políticas sociais para a Brasil, iniciado a partir de 1532, com a fundação da Vila
inserção dos negros na sociedade. Ainda hoje os ne- de São Vicente, no litoral paulista, para chegar ao seu in-
gros costumam receber salários menores para exercer tenso crescimento nas últimas décadas do século XX, com
funções equivalentes. Ao disputar uma vaga, perdem a formação de conurbações, e à tendência de desmetro-
para o branco, mesmo quando possuem melhor for- polização, com a transferência de indústrias e empresas
mação profissional, e são discriminados no próprio local do setor de serviços para cidades do interior e capitais de
de trabalho, tendo dificuldades de ascender a postos estados menos densas.
superiores. Nesse estudo os alunos devem ser levados a:
2. e 3. c 4. b 5. a 6. a 7. b 8. a • explicar esse processo relacionando-o à industri-
alização e ao capitalismo, e constatar as transfor-
4. Sugestões de questões para avaliação mações que operou no meio rural;
• comparar o Brasil com outros países e identificar
• Quais são as denominações utilizadas para os as conseqüências da rápida urbanização dos paí-
mestiços de europeu e índio; europeu e africano; ses subdesenvolvidos;
africano e índio; asiático e outras etnias? (p. 395) • analisar o processo de urbanização no Brasil, a
• Por que os números oficiais e dados dos recense- localização das primeiras cidades e os surtos de
amentos podem ser questionados no que se refe- urbanização;
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

re ao número de brancos e negros na população? • diferenciar cidades espontâneas de cidades pla-


(p. 395-396) nejadas;
• Qual a finalidade do Estatuto dos Índios? (p. 396) • questionar os critérios utilizados para se classifi-
• Cite duas entidades de defesa ou de apoio aos ín- car o urbano e o rural;
dios. (p. 396) • identificar a população urbana por regiões;
• Em que regiões se concentra a população indíge- • perceber de que forma as concentrações urbanas
na atualmente? Quais estados não têm áreas in- geraram as metrópoles, e identificar e caracteri-
dígenas? (p. 397) zar este processo no Brasil;
• Para o Estatuto do Índio, qual é a situação jurídi- • entender o fenômeno da desmetropolização e do
ca dos índios? (p. 398) novo ciclo de urbanização, em que cidades me-
• Descreva dois problemas dos povos indígenas nores surgem como pólos de desenvolvimento;
atualmente. (p. 398) • compreender o processo de conurbação no Brasil;
• Cite exemplos de povos atlanto-mediterrâneos, • perceber que o estágio seguinte à conurbação é a
germanos e eslavos que vieram para o Brasil no formação das megalópoles e localizá-las no Brasil;
século XX. (p. 398) • conceituar hierarquia urbana; explicar a brasileira,
• Explique os motivos econômicos da vinda força- segundo o IBGE, diferenciando metrópole nacio-
da dos africanos para o Brasil. (p. 399) nal de regional, centros regionais de centros locais;
• Quais as áreas de origem e características dos • caracterizar o estágio da rede urbana brasileira e
africanos sudaneses e bantos? (p. 399) localizar as redes urbanas regionais;
• Por que o segundo período imigratório foi o mais • explicar o processo de terciarização no Brasil;
importante para o Brasil? (p. 401-402) • identificar os principais problemas urbanos;
• Cite as duas principais causas da diminuição pro- • diferenciar cidade formal e cidade informal;
gressiva da imigração após 1934. (p. 402) • discutir os problemas urbanos — favelização, lixo,
• Qual a nacionalidade dos cinco grupos mais nu- violência — e as bases de uma reforma urbana
merosos de imigrantes que entraram no Brasil até que poderiam amenizar tensões e resolver pro-
1983? (p. 403) blemas humanos.
• Analise a tabela “Destino dos brasileiros emigran-
tes” e diga onde se encontram as maiores colô-
nias de brasileiros no exterior. (p. 403) 2. Conceitos e temas desenvolvidos
• Cite dois exemplos de migrações de fronteira e Municípios no Brasil; cidades espontâneas; cida-
explique seus motivos. (p. 404) des planejadas; o rural e o urbano; taxa de urbaniza-
• O que são regiões emigratórias e regiões imigra- ção; categorias de áreas urbanas (urbanizadas, não-ur-
tórias? Cite um exemplo de cada tipo no Brasil. banizadas, urbanas-isoladas); aglomerados rurais (ex-
(p. 404) tensão urbana, povoado, núcleo); urbanização concen-
• O que são migrações intra-regionais e inter-regi- tradora; desmetropolização; áreas ou regiões metropo-
onais? Cite dois exemplos desta última, no Brasil. litanas; conurbações; megalópole; hierarquia urbana;
(p. 405-406) metrópole (nacional, regional, regional incompleta);
• Explique a mudança de pólo de atração populaci- centro submetropolitano; capital regional; centro regi-
onal na década de 1990. (p. 406) onal; centro sub-regional ou local; rede urbana; tercia-
• Exemplifique o êxodo rural de causas repulsivas. rização; cidade formal; cidade informal; reforma urba-
(p. 406-407) na; Estatuto da Cidade.

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3. Encaminhamento das atividades e resolução Para a questão 2, propor uma exposição dos traba-
lhos com o tema: “Reurbanização, a cidade antes e depois”.
dos exercícios
Diversos outros aspectos da vida urbana e de seus con-
Avalie seu aprendizado (p. 418) trastes podem ser discutidos, como: o ritmo da cidade; a
falta de moradias; os hábitos urbanos (consumismo, lazer
Construindo conhecimento pago); falta de áreas verdes; poluição urbana (ar, rios, ruas);
1. a) e b) Respostas pessoais. Ver seção Complementa- doenças do ambiente urbano; violência urbana; diferenças
ção e orientação didática. entre os bairros de classe média e os da periferia; o traba-
2. a), b), c) e d) Respostas pessoais. Ver seção Comple- lho nas cidades (grandes empresas e ambulantes).
mentação e orientação didática.
Em pauta: vestibulares e Enem (p. 467)
Fixando o conteúdo 1. e
3. O maior desenvolvimento urbano da Região Sudeste nada 2. a) Quando os espaços urbanos são definidos em fun-
mais é que o reflexo de sua hegemonia econômica, ini- ção do poder aquisitivo das pessoas verifica-se uma
ciada no ciclo da mineração e aprofundada nos ciclos segregação espacial.
do café e da indústria. O fato de essa região concentrar b) Na sociedade capitalista, o processo de segrega-
o maior parque fabril do país funciona como fator de ção espacial é determinado pela renda diferencia-
atração de migrantes de diversas regiões para suas prin- da, maior ou menor acesso a bens e serviços, mai-
cipais cidades. O desenvolvimento das atividades rurais, or ou menor valorização imobiliária, melhor ou pior
com intensa mecanização, é um fator de aceleração das infra-estrutura urbana etc. As áreas impróprias ao
migrações para a cidade, no interior da própria região. ser humano, tais como as áreas da periferia urba-

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


4. Metrópoles nacionais são as cidades que exercem in- na sem infra-estrutura, são ocupadas pela popula-
fluência em todo o território nacional. Metrópoles re- ção de baixa renda. Já as áreas mais centrais — os
gionais são cidades que influenciam grande área ou chamados “bairros nobres”, com todo o aparato em
região do país. infra-estrutura — são habitadas por populações com
5. a) Região metropolitana é o conjunto de municípios renda mais elevada.
contíguos e integrados socioeconomicamente a uma 3. e 4. c 5. e
cidade central, com serviços públicos e infra-estru- 6. b 7. a 8. e
tura comuns.
b) Em conseqüência do agravamento das condições de 4. Sugestões de questões para avaliação
vida, da falta de emprego e da transferência de in-
dústrias para as cidades médias na década de 1990, • Cite duas cidades brasileiras fundadas no século
tem havido uma reversão no crescimento das gran- XVI e duas no XVIII. (p. 409)
des metrópoles, fenômeno conhecido como desme-
• Por que a atividade mineradora foi importante para
tropolização.
a urbanização do país? (p. 409)
c) A primeira megalópole brasileira está se formando
ao longo da Via Dutra, resultante da expressiva aglo- • A cidade de São Paulo, até 1850, era ocupada por
meração urbana ao longo do Vale do Paraíba, situ- chácaras. Quais fatores contribuíram para a sua
ado entre as duas maiores metrópoles do país: São urbanização? (p. 410)
Paulo e Rio de Janeiro. • Por que dizemos que no Brasil se desenvolveu uma
urbanização concentradora? (p. 411)

Complementação e orientação didática • Explique o ciclo de urbanização no Brasil, a par-


tir da década de 1990. (p. 411-412)
Na resposta à questão 1a de Avalie seu aprendiza- • Cite três exemplos de regiões metropolitanas no
do, dá para perceber a falta de equipamentos na favela e Brasil. (p. 412)
as melhores condições urbanas na rua da praia, com pré-
• Cite três cidades do interior de São Paulo e três
dios, avenida etc. Os alunos deverão demonstrar ter per-
do interior do Rio de Janeiro que, além das do
cebido que, em uma das fotos, o bairro apresenta ruas
Vale do Paraíba, serão englobadas à megalópole
arborizadas, avenidas largas, equipamentos e serviços
brasileira. (p. 414)
urbanos, e, na outra, passagens estreitas, sem asfalto,
sujeira, ocupação desordenada e sem infra-estrutura ade- • Compare a rede urbana brasileira com a de paí-
quada (telefone, praças, iluminação pública). Em geral, na ses desenvolvidos. (p. 416)
cidade “oculta”, concentram-se os problemas urbanos e • Caracterize a rede urbana brasileira quanto à con-
sua população engrossa as estatísticas dos desemprega- centração, densidade, relações entre as cidades e
dos, dos subempregados, da violência urbana. organização hierárquica. (p. 416)
Na elaboração do texto solicitado na questão 1b, é • Explique como a cidade possibilita a dissemina-
importante que os alunos detectem a segregação espacial ção de epidemias. (p. 417)
e percebam que uma das fotos mostra um exemplo de ci-
• Quais regiões metropolitanas têm a maior con-
dade formal, bem planejada e com investimentos públi-
centração de favelas no Brasil? (p. 417)
cos, e a outra, de cidade informal, sem planejamento, com
poucos equipamentos urbanos e com ocupação desorde- • Qual a importância de uma reforma urbana? (p. 418)
nada, colaborando para a segregação espacial. • O que é o Estatuto da Cidade? (p. 418)

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