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HIDRÁULICA APLICADA
tensão de cisalhamento ( σ = F ):
A
U
σ =µ (2)
t
A relação U/t é a velocidade angular do seguimento ab ou é a velocidade de
deformação angular do fluido, isto é, a velocidade com que o ângulo bad diminui. A
velocidade angular também pode ser escrita du/dy, pois tanto U/t como du/dy
expressam a variação de velocidade divida pela distância ao longo da qual a variação
ocorre. Entretanto, du/dy é mais geral porque continua válida nas situações nas quais
a velocidade angular e a tensão de cisalhamento variam com y. O gradiente de
velocidade du/dy pode também ser entendido como a velocidade com a qual uma
camada se move em relação à outra adjacente. Na forma diferencial,
du
σ =µ (3)
dy
é a relação entre a tensão de cisalhamento e a velocidade de deformação angular para
um escoamento unidimensional. O fator de proporcionalidade µ é chamado viscosidade
do fluido, e a equação 3, lei de Newton da Viscosidade.
Para fins de análise é feita freqüentemente a hipótese de que um fluido é não-
viscoso. Com viscosidade zero, a tensão de cisalhamento é sempre zero, não
importando o movimento que o fluido possa ter. Se o fluido é também considerado
incompressível, ele é então chamado fluido perfeito ou ideal.
1.2 Viscosidade
- Viscosidade cinemática
a) Coesão e adesão
b) Pressão de vapor
A massa específica (ρ) de um fluido é definida como sua massa por unidade de
volume. O peso específico (γ) de uma substância é o seu peso por unidade de
volume. É variável com a posição, dependendo, portanto, da aceleração da gravidade.
γ = ρg (6)
Entretanto, observou-se que esse sistema estabelecia uma certa confusão entre
as noções de peso e massa, que do ponto de vista físico são coisas diferentes. A
massa de um corpo refere-se à sua inércia e o peso de um corpo refere-se à força que
sobre este corpo exerce a aceleração da gravidade (g). Entre a força (F) e a massa de
um corpo existe uma relação expressa pela equação (2ª lei de Newton):
F = kma (7)
em que
k = constante;
m = massa do corpo; e
a = aceleração.
Sistema Absoluto a unidade de força é aquela que, ao agir sobre um corpo com
a massa de um quilograma, ocasiona uma aceleração de um metro por segundo, por
segundo (1m s-2), e se denomina “Newton”. A unidade de massa nesse sistema é
correspondente a um bloco de platina denominado quilograma – protótipo, guardado
em Sevres (França).
dy dy dy
px dy = ps ds ; px = ps ; px = ps
ds ds ds
Exercício: Calcular a força P que deve ser aplicado no êmbolo menor da prensa
hidráulica da Figura 8, para equilibrar a carga de 4.400 kgf colocada no êmbolo maior.
Os cilindros estão cheios, de um óleo com densidade 0,75 e as seções dos êmbolos
são, respectivamente, 40 e 4000 cm2.
p1A + P − p 2 A = 0
p1A + γAh − p 2 A = 0
p 2 A − p1A = γAh
p 2 p1
p 2 − p1 = γh ou − =h
γ γ
2.4 Manometria
13.600 kgf m-3 x 0,762 m = 10.363 kgf m-2 = 1,036 kgf cm-2
tivesse sido utilizado um óleo com densidade de 0,85, qual teria sido a altura da coluna
de óleo?
São aqueles que medem as pressões em função das alturas da coluna dos
líquidos que se elevam ou descem em tubos apropriados. Nesta categoria se agrupam:
PA = γ h
Figura 11 – Esquema de um tubo piezométrico.
A (N m-2 ou kgf m-2); γ é o peso específico do líquido (N m-3 ou kgf m-3) e h é a altura de
coluna líquida acima do ponto A (m).
Observações: o diâmetro do tubo piezométrico deve ser maior que 1,0 cm, quando o
efeito da capilaridade é desprezível. O tubo piezométrico pode ser inserido em
qualquer posição em torno de uma tubulação que o líquido atingirá a mesma altura h,
acima de A.
É usado quando a pressão a ser medida tem um valor grande ou muito pequeno.
Para tanto é necessário o uso de líquidos manométricos que permitam reduzir ou
ampliar as alturas da coluna líquida. Esta redução ou ampliação da coluna é obtida
utilizando-se um outro líquido que tenha maior ou menor peso específico, em relação
ao líquido escoante (Figura 12).
y
h
P1 ≠ P2 ≠ P3 ; PB = PC ; PD = PE
PA + γ 1( x + h1 ) − γ 2h1 + γ 1y − γ 2h 2 = 0
PA + ( x + y + h1 )γ 1 − (h1 + h 2 )γ 2 = 0
É o aparelho usado para medir a diferença de pressão entre dois pontos (Figura
16).
PA + ( x + y + h)γ 1 − γ 3 h − γ 2 y = PB
PA − PB = γ 3h + γ 2 y − ( x + y + h)γ 1
Outro método:
P1 = P2
P1 = PA + ( x + y + h)γ 1 e P2 = PB + γ 2 y + γ 3h
PA + ( x + y + h)γ 1 = PB + γ 2 y + γ 3h
PA − PB = γ 2 y + γ 3h − ( x + y + h)γ 1
PA + γ 1y + γ 2h − γ 1x = PB → PB − PA = γ 1( y − x ) + γ 2h
a b
Figura 20 – Manômetro (a) e vacuômetro (b) metálicos.
que por sua vez acarreta um aumento no raio de curvatura do tubo metálico e
movimenta o ponteiro sobre a escala graduada diretamente para medir a pressão
correspondente à deformação. São usados para medir pressões muito grandes
Atmosfera padrão
1 atm = 760 mmHg = 1,033 kgf cm-2 = 10,33 mca = 14,7 psi = 101.337 Pa =
10330 kgf m-2 = 1,013 bar = 1013 mbar
Atmosfera técnica
1 atm = 735 mmHg = 1,0 kgf cm-2 = 10,0 mca = 14,7 psi = 105 Pa = 104 kgf m-2 =
1,0 bar = 1000 mbar
2.5 Empuxo exercido por um líquido sobre uma superfície plana imersa
A Figura 21 mostra uma área de forma irregular, situada em um plano que faz
um ângulo θ com a superfície livre do líquido.
∫ A
ydA é o momento da área em relação à interseção 0. Portanto ∫
A
ydA = A y ,
F = γ y sen θA
Como
y sen θ = h F = γ h A
O empuxo exercido sobre uma superfície plana imersa é uma grandeza tensorial
perpendicular à superfície e é igual ao produto da área pela pressão relativa ao centro
de gravidade da área.
Logo:
∫ Ay
2
dA I
yp = = ,
Ay Ay
I = Io + Ay 2 (Teorema de Huygens)
I0 + Ay 2 I0
yp = ∴ yp = y +
Ay Ay
I0
Como = k 2 , quadrado do raio de giração (da área relativa ao eixo, passando
A
k2
pelo centro de gravidade), tem-se, ainda, y p = y + .
y
O centro de pressão está sempre abaixo do centro de gravidade a uma distância
k2
igual a , medida no plano da área.
y
Exercício: Numa barragem de concreto está instalada uma comporta circular de ferro
fundido com 0,20 m de raio, situada a 4,0 m abaixo do nível da água. Determinar o
empuxo que atua na comporta.
Uniforme
Permanente Acelerado
Movimento Nao uniforme Re tardado
Nao permanente
Figura 23 - Movimento permanente uniforme (a), acelerado (b) e não permanente (c).
d2 x ∂p
m 2 = ρ dx dy dz . X - . dx dy dz ou
dt ∂x
d2 x ∂p
ρ dx dy dz . = ρ X dx dy dz - dx dy dz
dt 2
∂x
d2 x 1 ∂p
=X- . (8)
dt 2
ρ ∂x
d2 x
Na equação acima, é a componente da aceleração da partícula considerada
dt 2
conforme o eixo X. Essa componente é a derivada da componente da velocidade em
relação ao tempo t. Logo:
d 2 x dv x
=
dt 2 dt
dv x ∂v x ∂v x dx ∂v x d y ∂v x d z
= + + +
dt ∂t ∂x dt ∂y dt ∂z dt
dv x ∂v x ∂v x ∂v x ∂v x
= + vx + vy + vz
dt ∂t ∂x ∂y ∂z
∂v y ∂v y ∂v y ∂v y 1 ∂p
+ vx . + vy . + vz . =Y- .
∂t ∂x ∂y ∂z ρ ∂y
∂v z ∂v ∂v ∂v 1 ∂p
+ vx . z + vy . z + vz . z = Z - .
∂t ∂x ∂y ∂z ρ ∂z
dv x 1 ∂p 1 ∂p dv
=X- . . =X- x
dt ρ ∂x ρ ∂x dt
dv y 1 ∂p 1 ∂p dv y
=Y- . . =Y-
dt ρ ∂y ρ ∂y dt
dv z 1 ∂p 1 ∂p dv
=Z- . . =Z- z
dt ρ ∂z ρ ∂z dt
1 ∂p ∂p ∂p dx dy dz
( dx + dy + dz ) = Xdx + Ydy + Zdz − (dv x + dv y + dv z )
ρ ∂x ∂y ∂z dt dt dt
1 dx dy dz
dp = Xdx + Ydy + Zdz − (dv x + dv y + dv z ) ou
ρ dt dt dt
1 v2
dp = Xdx + Ydy + Zdz − d( ) (9)
ρ 2
∂ρ ∂v y
(ρ + dy )( v y + )dxdzdt +
∂y ∂y
∂ρ ∂v
(ρ + dz )( v z + z )dxdydt
∂z ∂z
∂v x ∂v y ∂v z
+ + =0
∂x ∂y ∂z
Considerando um trecho de um tubo de corrente, indicado na Figura 27, com as
seções A1 e A2 e velocidades respectivas v1 e v2, a quantidade de líquido de massa
dm1
específica ρ que passa pela primeira seção, na unidade de tempo, será: = ρ1v 1A 1
dt
dm 2
Para a outra seção: = ρ2 v 2 A 2
dt
No movimento permanente, a quantidade de líquido que atravessa A1 é igual à
quantidade que atravessa A2. Assim:
ρ1v 1A 1 = ρ 2 v 2 A 2
Se o líquido for incompressível, ρ1=ρ2. Logo:
v 1A 1 = v 2 A 2 = Q
Esta é a equação da continuidade e mostra que no regime permanente, o volume de
líquido que, por unidade de tempo, atravessa todas as seções da corrente é sempre o
mesmo.
p
gRT = constante
ρ
Esta equação introduziria uma sexta variável que é a temperatura. Por isso, admitindo
a temperatura constante, tem-se:
p
= constante.
ρ
X = 0, Y = 0, Z = -g
Substituindo na equação 9:
1 v2
dp = −gdz − d( )
ρ 2
Dividindo-se a equação anterior por g:
dp v2
dz + + d( ) = 0
ρg 2g
Sabendo que ρg = γ (peso específico), e dividindo-se todos os termos por ds (dx, dy,
dz), obtem-se:
d p v2 p v2
(z + + )=0 → z+ + = constante
ds γ 2g γ 2g
e a soma dos trabalhos das forças externas (empuxo e gravidade, pois não há atrito
líquido perfeito) será:
v 22 v 12 p1 p 2
− = − + Z1 − Z 2
2g 2g γ γ
v 12 p1 v2 p
+ + Z1 = 2 + 2 + Z 2 = constante
2g γ 2g γ
Este é o importante Teorema de Bernoulli que pode ser anunciado:
v2
“Ao longo de qualquer linha de corrente é constante a soma das alturas cinética ( ),
2g
p
piezométrica ( ) e geométrica ou potencial (Z)”. Este teorema é o próprio princípio da
γ
conservação da energia. Cada um dos termos da equação representa uma forma de
energia. É importante notar que cada um dos termos pode ser expresso em metros,
constituindo o que se denomina carga.