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Universidade Estadual de Montes Claros

Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas


Departamento de Ciências Agrárias
Programa de Produção Vegetal no Semiárido
Fisiologia das Plantas Cultivadas
Prof. Dsc. Carlos Eduardo Corsato

BACTÉRIAS ENDOFÍTICAS

Gevaldo Oliveira
Leandro Fernandes Andrade

Janaúba/MG
Junho/2010
SUMÁRIO

1 Introdução................................................................................................................................3
2 Revisão de literatura.................................................................................................................5
2.1 As bactérias endofíticas........................................................................................................5
2.2 Colonização da planta por endofíticos..................................................................................6
2.3 Bactérias endofíticas como promotoras do crescimento vegetal..........................................7
2.4 Fixação Biológica do Nitrogênio..........................................................................................7
2.5 Bactérias endofíticas produtoras de fitohormônios...............................................................8
2.6 Bactérias solubilizadoras de fosfato....................................................................................10
2.7 Controle de fitopatógenos por bactérias endofíticas...........................................................11
3 Casos de Sucesso...................................................................................................................13
4 Considerações finais..............................................................................................................18
REFERÊNCIA..........................................................................................................................19
1 Introdução

Na natureza, as bactérias são principalmente encontradas compondo comunidades


bacterianas, que podem ser formadas por algumas ou milhares de diferetes espécies. Estes
grupos de espécies podem ocupar os nichos terrestres colonizando o ambiente de maneira
associada livre ou formando biofilmes, sendo em ambos os casos o equilíbrio entre as
espécies determinado por diferentes fatores, que, quando alterados, levam diretamente a
alterações na composição da comunidade bacteriana.
Em plantas, comunidades bacterianas são encontradas em associação com
diferentes tecidos vegetais, podendo atuar em processos essenciais para o desenvolvimento
vegetal, como por exemplo, no auxílio para a obtenção de nutrientes, promovendo o
crescimento vegetal por meio de produção de fitormônios, ou até mesmo protegendo contra
patógenos, seja por antibiose direta ou pela indução de resistência sistêmica vegetal.
Dentre as comunidades bacterianas em associação com as plantas, são destacadas
as comunidades bacterianas da rizosfera e endofíticas. A rizosfera é a fração do solo que sofre
influência da liberação de exsudatos de raiz, onde bactérias, presentes no solo e que tem a
capacidade de responder a esta liberação, aumentam suas respectivas populações e passam a
interagir de maneira mais intensa com a espécie vegetal em desenvolvimento. Os endófitos
são bactérias que colonizam os tecidos internos das plantas sem características patogênicas.
Desta maneira, estas bactérias podem ser de extrema importância na suplementação
nutricional das plantas e na interação direta com fitopatógenos que coexistem neste ambiente.
Vale ressaltar que algumas bactérias da rizosfera são capazes de colonizar as plantas
endofiticamente, mostrando a especificidade da interação bactéria-planta. A colonização de
plantas por bactérias endofíticas pode causar alterações, que podem ocorrer no nível
transcricional, traducional ou catalítico do metabolismo vegetal.
Estas comunidades bacterianas em interação com as plantas respondem
rapidamente à alterações neste ambiente, seja esta alteração relativa à planta hospedeira ou
aos componentes desta comunidade. Desta forma, as comunidades bacterianas podem ser
usadas como indicadores de alterações ambientais, sendo estas comunidades as primeiras a
serem afetadas em caso de impactos ambientais, que podem posteriormente atingir outras
espécies componentes do ecossistema.
Os microrganismos endofíticos podem promover o crescimento vegetal por vários
mecanismos, incluindo entre outros, a solubilização de fosfato, produção de ácido-indol-
acético e produção de sideróforos (COSTA; LOPER, 1994). Além disso, outros efeitos
benéficos para o crescimento das plantas são atribuídos aos microrganismos endofíticos, que
incluem o ajuste osmótico, regulação de estômatos, modificação morfológica da raiz, o
reforço na absorção de minerais e alteração do metabolismo da planta (COMPANT et al.,
2005).
Os genótipos das plantas cultivadas são consideradas como importantes fatores
para determinar a composição das comunidades bacterianas associadas às plantas. A presença
de espécies bacterianas no ambiente também é um importante fator na determinação da
composição da comunidade bacteriana.
2 Revisão de literatura

2.1 As bactérias endofíticas

Uma extensa variedade de definições já foi utilizada para o termo endófito e


considerações sobre cada definição podem levar a diferentes interpretações. Petrini (1991)
define bactérias endofíticas como sendo microrganismos que residem durante alguma fase de
seu ciclo de vida dentro de tecidos vivos de plantas. Já Azevedo et al. (2000) complementam
essa definição, sendo microrganismos endofíticos os que residem dentro de tecidos de plantas
sem causar doenças, não causando nenhum dano aparente ao hospedeiro e sem produzir
estruturas externas visíveis.
O fato dessas bactérias serem capazes de colonizar os tecidos internos das plantas,
confere vantagens sobre outros microrganismos por poderem sobreviver em um ambiente
mais uniforme onde são menos afetadas pela temperatura, potencial osmótico e radiação ultra
violeta (LODEWYCKX et al., 2002). Os endófitos podem ser encontrados nas folhas, ramos,
raízes e até mesmo em sementes, maneira pela qual são transmitidos planta a planta.
Entre as rizobactérias existe um gradiente de proximidade e intimidade com a
raiz: bactérias vivendo no solo ao redor das raízes (utilizando metabólitos liberados pelas
raízes como fontes de C e N), bactérias colonizando o rizoplano (superfície da raiz), bactérias
residindo no tecido radicular e bactérias vivendo no interior das células em estruturas
radiculares especializadas (nódulos, como é o caso da interação rizóbio-leguminosas).
Rizobactérias que se instalam no interior das raízes das plantas, formando associações, são
endofíticas. Mas o conceito se estende ainda para bactérias que podem ser isoladas de plantas
cujos tecidos foram desinfectados superficialmente ou extraídas do interior das plantas, e que
não causam prejuízo visível nas plantas (GRAY e SMITH, 2005).
A interação de bactérias diazotróficas com diversas culturas tem sido tema de
pesquisas no mundo todo, devido ao seu potencial biotecnológico, evidenciado no aumento da
produtividade das culturas, possibilidade de redução dos custos de produção ao diminuir o
volume de adubos nitrogenados que são aplicados e, conseqüentemente, melhor conservação
dos recursos ambientais. As contribuições na fixação biológica de nitrogênio foram
verificadas inicialmente em leguminosas, mas plantas da família Graminae utilizadas em
diversos experimentos têm apresentado potencial significativo, respondendo com aumento na
produção quando inoculadas com bactérias diazotróficas (BALDANI et al., 2002). Em
sistemas de cultivo intensivo, como na Ásia, que produzem 70% do arroz consumido no
planeta, considera-se a disponibilidade de N como o principal fator limitante para atingir o
potencial de rendimento das culturas. Conseqüentemente, grandes quantidades de N mineral
são utilizadas como adubos, e destes, 50% são perdidos por volatilização em forma de amônia
e desnitrificação (KUSS, 2006).

2.2 Colonização da planta por endofíticos

O conhecimento da dinâmica populacional de comunidade bacteriana da rizosfera


é de grande interesse para determinar os fatores que determinam qualitativa e
quantitativamente a composição destas comunidades. O perfil de espécies que associam a
rizosfera ou a uma raiz vegetal pode ser afetado por diversos fatores como os compostos
exsudados pela raiz ou a disponibilidade de água e nutrientes. Esses fatores são alterados ao
longo do desenvolvimento da planta, o que sugere a ocorrência de uma sucessão de espécies
bacterianas colonizando ativamente a rizosfera e interagindo com a planta. Deve-se somar,
ainda, a esta complexidade os fatores de interação entre espécies que colonizam a mesma
rizosfera em dado momento do desenvolvimento vegetal. Diferentes bactérias atuam na
competição por nutrientes, colonização de nichos, além de produzirem compostos
antibióticos, sideróforos e bacteriocinas, que podem atuar de maneira decisiva no competitivo
ambiente rizosférifo (ANDREOTE, 2007).
As bactérias endofíticas possuem, da mesma forma que patógenos, a capacidade
de penetrar na planta e colonizar sistematicamente o hospedeiro, podendo habitar o apoplasto,
vasos condutores e ocasionalmente o meio intracelular. Com esta colonização sistêmica da
planta, estas bactérias podem alterar as condições fisiológicas e morfológicas do hospedeiro,
além de atuar sobre as populações de outros microrganismos presentes no interior da planta
(ANDREOTE et al., 2006). Sua penetração nos vegetais dá-se por aberturas naturais ou
artificiais, tais como: estômatos, ferimentos causados por instrumentos agrícolas,
microferimentos nas raízes ocasionados pelo atrito destas com as partículas do solo, etc.,
disseminando de maneira sistêmica ou restrita as diversas partes da planta, habitando de
forma ativa o apoplasto, vasos condutores e, em alguns casos, pode ocorrer colonização
intracelular (HALLMANN et al., 1997).
2.3 Bactérias endofíticas como promotoras do crescimento vegetal

Os microrganismos endofíticos podem promover o crescimento vegetal por vários


mecanismos, incluindo entre outros, a solubilização de fosfato, produção de ácido-indol-
acético e produção de sideróforos, além de apresentar outros efeitos benéficos para
crescimento das plantas, que incluem o ajuste osmótico, regulação de estômatos, modificação
morfológica da raiz, o reforço na absorção de minerais e alteração do metabolismo da planta.
A capacidade de estímulo do crescimento das plantas pode ocorrer por mecanismos diretos
(fixação de nitrogênio ou produção de fitormônios) e por mecanismos indiretos, exercendo
antagonismos contra patógenos ou resistência a drogas, promovendo o crescimento da planta
pelo aumento dos níveis de AIA e citocininas, pela redução dos níveis de etileno na planta,
aumentando a resistência à doenças e aumentando a produtividade das culturas, produzindo
substâncias análogas aos fitohormônios e/ou fixando nitrogênio e por meio da solubilização
de fosfato insolúvel (LUZZIVOTO, 2008).

2.4 Fixação Biológica do Nitrogênio

O nitrogênio é um nutriente essencial para a vida e, em regiões tropicais, sendo


freqüentemente limitante na produção agrícola. A maioria dos solos das regiões tropicais
possui deficiência em nitrogênio, causando limitações à produção de alimentos. Este elemento
é fundamental na formação de biomoléculas como proteínas, aminoácidos e ácidos nucléicos.
Porém, a maior parte do nitrogênio está na forma gasosa (N2), inerte para animais e vegetais.
Na natureza, a incorporação do nitrogênio ao ecossistema é feita, principalmente, pelas
bactérias fixadoras de nitrogênio, também chamadas de diazotróficas, que possuem um
complexo enzimático chamado nitrogenase, necessário para transformar o nitrogênio
atmosférico em amônio, que é subseqüentemente assimilado em aminoácidos e proteínas.
Esse processo é chamado de fixação biológica de nitrogênio (FBN) (NEVES; RUMJANEK,
1998). Esse processo fornece compostos nitrogenados diretamente para as plantas por meio de
associações, ou quando os organismos morrem e os liberam no ambiente, fornecendo o
nitrogênio necessário para o desenvolvimento vegetal (LINDERMANN e GLOVER, 2003)
A FBN é responsável por cerca de 140 toneladas de nitrogênio fixado por ano, só
nos ecossistemas terrestres, dando a esse processo enorme importância na manutenção da vida
no planeta, situandose como o segundo processo biológico mais abundante na terra,
juntamente com a decomposição da matéria orgânica, estando atrás somente da fotossíntese.
A FBN é realizada por uma série de bactérias denominadas fixadoras de nitrogênio ou
diazotróficas, que podem ser de vida livre, associativas ou mutualísticas (MOREIRA;
SIQUEIRA, 2002). Algumas destas bactérias podem ter evoluído no sentido de colonizar a
rizosfera das plantas, beneficiando-se assim dos compostos ricos em carbono, que são
exsudados pelas raízes (SPRENT; FARIA, 1989). Pesquisadores brasileiros têm identificado
várias bactérias diazotróficas endofíticas, pertencentes principalmente aos gêneros
Azospirillum, Gluconacetobacter, Herbaspirillum e Burkholderia. (CAVALCANTE;
DOBEREINER, 1988; BALDANI et al., 1997; REIS et al., 2004; WEBER et al., 2001).

2.5 Bactérias endofíticas produtoras de fitohormônios

Recentemente, tem aumentado a evidência de que bactérias diazotróficas


apresentam papel importante no desenvolvimento vegetal através da síntese e exportação de
fitormônios ou reguladores de crescimento vegetal (Plant Growth Regulators – PGRs). PGRs
são substâncias orgânicas que, sob concentrações muito baixas, influenciam processos
fisiológicos nas plantas e podem ser:

a) Auxinas – a capacidade de sintetizar auxinas é largamente observada em


microrganismo do solo e associados a plantas. Estimativas apontam para 80% das bactérias
isoladas da rizosfera com capacidade de produzir auxinas reguladoras de crescimento vegetal.
A presença de auxinas determina aumento do comprimento da raiz e do número de pêlos e
raízes laterais – alterações morfológicas da raiz, sendo conhecido por estimular tanto 17
respostas rápidas (aumento da elongação celular) como respostas lentas (divisão e
diferenciação celular) nas plantas (LUVIZOTTO, 2008). As alterações radiculares detectadas
em plantas inoculadas com Azospirillum podem explicar a melhor absorção de minerais pela
planta. Apesar da grande produção de AIA em culturas puras, não se conhece ainda como
ocorre o processo no interior das plantas ou na região rizosférica. Experimentos de isolamento
de bactérias endofíticas têm revelado grande variabilidade de microrganismos capazes de
produzir elevadas quantidades de auxinas “in vitro” que, quando inoculados em plantas,
promovem o aumento do crescimento vegetal em relação aos tratamentos controle (ASGHAR
et al., 2002).

b) Citocininas – o isolamento e a quantificação de citocininas em bactérias


diazotróficas têm recebido pouca atenção, pois compreendem um grupo de compostos
presentes em pequenas quantidades em amostras biológicas, dificultando sua identificação e
quantificação. A aplicação exógena de citocinina sobre as plantas apresenta inúmeros efeitos,
mas o mais notável é que induz a divisão celular, embora a formação de pêlos radiculares e
desenvolvimento da raiz também são citados. Tem se verificado em plantas e microrganismos
associados a plantas mais de 30 compostos promotores de crescimento do grupo das
citocininas. Mais de 90% dos microrganismos encontrados na rizosfera são capazes de liberar
citocinina quando cultivadas “in vitro”. As citocininas se movem das raízes para os caules e
raízes expostas a citocininas podem afetar o crescimento e desenvolvimento vegetal
(LUVIZOTTO, 2008).

c) Giberelinas – têm surgido várias publicações sobre a produção de giberelinas


por bactérias diazotróficas. Mais de 89 giberelinas (GA – ácido giberélico) são conhecidas e
numeradas de GA1 até GA89, na ordem em que foram descobertas.A giberelina mais
conhecida é a GA3 e a mais ativa em plantas é a GA1, que é responsável pelo alongamento do
caule. Muitas observações sugerem que as giberelinas podem ser produzidas por
microrganismos, induzindo ou promovendo o crescimento de plantas hospedeiras
(LUVOZOTTO, 2008).

d) Etileno – a resposta das plantas a diferentes formas de estresse, inclusive


infecções fitopatogênicas, envolve a produção endógena de etileno. Quando as células
vegetais percebem as moléculas de etileno, desencadeiam processos de resposta ao estresse,
levando à senescência as células próximas ao sítio de produção de etileno, pois embora seja
considerada molécula mensageira secundária, estimula a senescência, a abcissão de frutos ou
folhas, o desenvolvimento de doenças, a inibição do crescimento, a síntese de enzimas 18
(quitinase) e antibióticos. Muitas bactérias promotoras de crescimento produzem a enzima 1 –
aminociclopropano-1-ácido carboxílico desaminase (ACC desaminase). Supõe-se que essa
enzima, sem função conhecida na bactéria, pode ser parte de um mecanismo para estimular o
crescimento vegetal, garantindo que o aumento dos níveis de etileno sejam menores em
plantas em desenvolvimento ou estressadas (LUVIZOTTO, 2008).

2.6 Bactérias solubilizadoras de fosfato

O fósforo é o nutriente mais limitante no crescimento vegetal, apesar de ser


encontrado comumente nos solos, onde ocorre em diferentes formas orgânicas e inorgânicas.
Sua função além de estrutural e funcional é imprescindível na transferência de energia.
Muitos solos são deficientes de fosfato na forma disponível para as plantas (fósforo livre), e
mesmo em solos férteis a concentração deste nutriente é baixa, (BARROTI; NAHAS, 2000)
e, de acordo com BRAGA et al. (1991), os solos brasileiros são geralmente carentes em
fósforo.
O fósforo é um elemento essencial para o estabelecimento e desenvolvimento das
plantas, pois melhora todo o sistema radicular e, conseqüentemente, a parte aérea
(GONÇALVES et al., 2000). Em estágios mais avançados do crescimento, a falta de fósforo
pode levar a atrofia dos caules e a morte das folhas (RAVEN; EVERT; EICHHORN, 2001).
Dentre as possíveis medidas para evitar a deficiência nutricional de fósforo está utilização de
processos microbiológicos para aperfeiçoar o aproveitamento do fosfato, cuja maior reserva
mineral ocorre nas rochas, ou na forma não disponível para as plantas (RODRIGUEZ;
FRAGA, 1999).
Microrganismos da rizosfera desenvolveram a habilidade de solubilização de
fosfato, convertendo o fosfato insolúvel em formas solúveis nos solos, e tornando-o
disponível para as plantas. Dessa maneira, em solos, a solubilização de fosfato por bactérias é
responsável por frações que variam de 1–50% do total de fosfato disponível as plantas,
enquanto que a solubilização de fosfato por fungos representa 0,5%– 0,1% do total. A alta
proporção de microrganismos solubilizadores de fosfato está concentrada na rizosfera por ser
uma região metabolicamente muito ativa e, que possui diversas fontes de fosfato, dependendo
de cada tipo de rizosfera (SILVA, 2002). Vários estudos têm examinado a habilidade de
diferentes espécies bacterianas em solubilizar compostos de fosfato inorgânico. Entre os
gêneros com esta capacidade estão: Pseudomonas, Bacillus, Rhizobium, Burkholderia,
Achromobacter, Agrobacterium, Micrococcus, Flavobacterium e Erwinia (RODRIGUEZ;
FRAGA, 1999).
2.7 Controle de fitopatógenos por bactérias endofíticas

Ambientes naturais tendem a estar em equilíbrio, onde os organismos estão


interrelacionados, podendo restringir uns aos outros devido à competição por fontes de
alimento, parasitismo, predação, entre outros mecanismos. A ação humana pode influenciar
esse sistema, e isso pode ser facilmente exemplificado quando um organismo exógeno é
introduzido, propositalmente ou por acidente, em um novo ambiente. Dessa forma pode-se
sugerir que o surgimento de algumas doenças de plantas é conseqüência direta ou indireta da
introdução de organismos estrangeiros. Nesse caso, o organismo originado de outro local
pode encontrar um novo ambiente favorável, livre de competição e predação, e assim se
estabelecer de forma descontrolada, podendo se tornar uma doença (DEACON, 2005;
FLEMING, 1968). Sendo assim, os agentes biológicos com propriedades antagonistas têm
recebido considerável atenção no controle de doenças de plantas, como alternativa aos
pesticidas químicos. Uma alternativa no controle biológico é o uso de bactérias endofíticas,
que são capazes de reduzir ou evitar os efeitos deletérios de certos organismos patogênicos.
Doenças causadas por fungos, bactérias, vírus e, em alguns casos, até mesmo danos causados
por insetos e nematóides, podem ser reduzidas após prévia inoculação de endófitos
(HALLMANN et al., 1997). Os microrganismos endofíticos e sua ação no controle biológico
pode ser resultado de vários fatores como a produção de antibióticos, promoção de
crescimento e indução de resistência sistêmica.
As bactérias que habitam as plantas estão expostas a microambientes altamente
competitivos com a interface solo-raiz ou rizosfera, a filosfera e o sistema vascular. Nestes
ambientes, as bactérias freqüentemente competem por nutrientes e pela ocupação do nicho
ecológico. Como conseqüência, tais organismos necessitam desenvolver ferramentas para a
competição intra e interespecífica, tais como a produção de antibióticos, enzimas degradativas
e bacteriolíticas e bacteriocinas (DEACON, 2005). Várias bactérias associadas às plantas
produzem bacteriocinas, compostos proteináceos sintetizados pelo ribossomo, que são ativas
contra outras bactérias similares filogeneticamente. Bacteriocinas podem ser usadas no
controle biológico tomando como vantagem suas propriedades bactericidas específicas, o que
as torna muito seguras para a utilização no ambiente (JABRANE et al., 2002).
Dentre as bactérias endofíticas mais estudadas, utilizadas para o controle
biológico, destacam-se os gêneros Bacillus e Pseudomonas. Entretanto, um grande número de
bactérias apresenta antagonismo contra vários tipos de fungos e bactérias fitopatogênicas. A
comunidade bacteriana endofítica de batata foi amplamente estudada, tendo sido verificada a
alta ocorrência de isolados que apresentam antibiose ao fungo patogênico Rhizoctonia solani
(STURZ; CRHISTIE; MATHESON, 1998). Em arroz, a presença de bactérias endofíticas do
gênero Pseudomonascom atividade sobre os patógenos Achlya klesbiana e Phytium spunosum
foi verificada (ADHIKARI et al., 2001).
A atividade endofítica no controle biológico pode ser resultado de vários fatores,
como produção de antibióticos, promoção de crescimento e indução de resistência sistêmica.
A produção de antibióticos é considerada um importante fator de antagonismo nas raízes,
onde também atuam outros compostos, como enzimas que impedem o desenvolvimento de
patógenos. Foi constatada também o controle de patógenos por parasitismo, onde uma
linhagem de Burkholderia cepacia, isolada de aspargos colonizou os espaços intercelulares de
raízes de banana, levando ao controle de Fusarium oxysporum f. sp. cubense. Os autores
observaram in vitro, que esta bactéria coloniza a superfície da hifa do patógeno, causando
protuberâncias, que resultam em deformação do micélio e consequentemente redução no
potencial patogênico do fungo. Em tomate, a aplicação da bactéria Pseudomonas sp.
(linhagem PsJN) induziu resistência sistêmica a Verticilium dahliae, mostrando que a
colonização do endófito é capaz de ativar o sistema de defesa da planta, resultando na
resistência ao patógeno. Alguns autores sugerem que a penetração ativa da bactéria endofítica
no hospedeiro, com hidrólise de celulose, pode causar uma reação de hipersensibilidade,
ativando os mecanismos de defesa da planta (QUADTHALLAMNN; BENHAMOU;
KLOEPPER, 1997).
3 Casos de Sucesso

(Sobral, 2003) Avaliando a promoção de crescimento vegetal por bactérias


endofíticas, obteve os resultados observados na figura abaixo:

O peso fresco e o peso seco da raiz e da parte aérea das plântulas foram avaliadas
após 17 dias da semeadura, período em que as mesmas estavam em fase de desenvolvimento
V3, foi observado que as três bactérias endofíticas, EN 263 (R. pickettii). EM 268 e EM 345
(P.oryzihabitans) promoveram aumento do peso fresco e seco da raiz e, que o isolado EM 195
(Pantoea sp.) foi capaz de aumentar somente o peso da raiz.
A análise do peso fresco e seco da parte aérea das plântulas revelou que os
isolados EN 306 (Pantoea sp.) e EM 345 (P. oryzihabitans) apresentaram um efeito
significativo sobre esta região da soja. Contudo, apenas o isolado EM 345, que produz auxina,
solubiliza fosfato e fixa N2, promoveu aumento no peso dos tecidos radiculares e no
crescimento da parte aérea das plântulas analisadas. Os resultados possibilitaram também a
observação que bactérias com o mesmo haplótipo interagem de forma diferente com o
hospedeiro, com por exemplo, dos três isolados de haplótipo B empregados, dois promoveram
o crescimento vegetal (EN268 e EN345) enquanto que o isolado EN303 não apresentou efeito
significativo sobre as plântulas.
(Sala, 2002) Avaliando a atividade microbiana do solo e a interação de
diazotróficos endofíticos e fungos micorrízicos arbusculares na cultura do trigo, observou os
seguintes resultados apresentados na tabela seguinte, com relação ao crescimento da raiz
principal, observou-se que as plantas do genótipo ITD-19, colonizadas por qualquer dos
isolados testados, apresentaram comprimento de raízes significativamente maior em relação à
testemunha,

(SHIOMI et al., 2008), avaliando bactérias com ação antagônica a fitopatógenos,


obtiveram os seguintes resultados (Tabela 2).
Dentre os isolados mais promissores, foram identificados Bacillus subtilis OG,
Bacilus Ientimorbus,Bacilus agaradhaeress Nielson, e Escherichia coli Escherich GC
subgrupo B. Embora Streptomyces sp. não tenha inibido o crescimento micelial de S. rolfsii.
Verificou-se que este isolado, juntamente com B subtilis OG e B lentimorbus, apresetaram
atividade antagônica superior aos demais, com taxas de inibição entre 32% e 53%.
Resultaldos semelhantes foram obtidos por MELO e VALSRINI (1995), que observaram uma
forte ação antagonística de B subtilis OG sobre Fusarium solani (Mart.) Sacc., Scherotina
sclerotiorum (Lib.) de Bary e R. solani, em testes in vitro. Em testes in vivo, o isolado
apresentou um controle de 100% sobre a podridão radicular em plantas de pepino, causada
por F. solani. Da mesma forma, AMORIM E MELO (2002) observarama inibição do
crescimento micelial de Phytophora parasítica Dastur e Phytophora citrophthora (Sm. &
SM.) Leonian pela ação de Bacillus subtilis OG e Bacillus RC2, na ordem de 52% em testes
in vitro. Em plântulas de citros, Bacillus subtilis OG e Bacillus RC2 conferiram uma proteção
de 100% e 85%, respectivamente. Segundo os mesmos autores, os mecanismos envolvidos no
controle desses patógenos estariam relacionados à produção de compostos tóxicos (antibiose)
e de sideróforos (competição por ferro).
BARRETTI, 2008 Avaliando a altura de plantas de tomateiro tratadas com
isolados de bactérias endofíticas após a segunda seleção e efeito dos isolados sobre Ralstonia
solanacearum (in vitro), dez isolados proporcionaram aumento significativo da altura das
plantas em relação à testemunha.

Destes, os isolados UFV-17 e UFLA 06-LS também promoveram a inibição


Ralstonia solanacearum. Barreti (2001) verificou em plantas de tomate tratadas com o isolado
UFV-13 crescimento maior em relação às plantas não tratadas com bactéria endofítica. De
forma semelhante. Silva (2004) observou que a altura de plantas de tomateiro foi afetada pela
introdução de algumas bactérias endofíticas, sendo que Acinetobacter johnsonii e Bacillus
pumilis promoveram a maior altura das plantas em 9.5% e 20.2% respectivamente.Marques
et al., 2007, Verificou-se estímulo significativo no crescimento da parte aérea pelo controle
nos toletes tratados termicamente com uso de AH, H. seropedicae estirpe HRC 54 e pelo uso
em conjunto de AH com as bactérias diazotróficas endofíticas (Figura 1). Nos toletes que não
sofreram tratamento térmico, o estímulo do crescimento da parte aérea foi observado somente
no tratamento com AH. Os toletes não tratados apresentaram, naturalmente, uma microbiota
nativa. A elevada densidade de inóculo de bactérias endofíticas aplicada, além dos
microrganismos nativos, leva a uma competição por carboidratos e outras biomacromoléculas.
Este fato pode representar um dreno adicional consumindo a reserva dos microtoletes. Assim,
o decréscimo no acúmulo de matéria seca na parte aérea dos tratamentos que receberam a
bactéria em toletes não tratados termicamente no período experimental pode ser justificado,
pelo menos em parte, pelo dreno de fotoassimilados promovidos pela competição com a flora
natural dos toletes na colonização. Uma explicação adicional reside da competição entre a
estirpe inoculada (HRC 54) e as bactérias que naturalmente colonizam o tolete, limitando o
estabelecimento endofítico da mesma e, por via de conseqüência, as respostas positivas sobre
o incremento de biomassa da planta hospedeira.

As bactérias estimularam o crescimento radicular dos toletes tratados


termicamente, ocasionando incremento de massa ao redor de 120 % em relação às plantas-
controle, semelhantemente ao efeito observado com AH (Figura 1). O uso em conjunto de
bactérias e AH promoveu aumento de 81 % na matéria seca de raízes em relação ao controle,
nos toletes tratados termicamente; contudo, este aumento não foi significativo para o teste de
médias de Tukey (5 %). Na ausência de tratamento térmico, a aplicação de AH resultou em
incremento significativo de massa radicular (Figura 1). O uso em conjunto de AH e H.
seropedicae em microtoletes sem termoterapia também resultou em incremento de matéria
seca de raízes porém em menor magnitude e não-significativo pelo teste de médias de Tukey
(5 %).
4 Considerações finais

As comunidades bacterianas são encontradas em associação com as espécies


vegetais conhecidas, colonizando as partes externas e internas das plantas, onde podem
desempenhar várias funções que resultam em vantagens à planta hospedeira. A regulação
desta interação envolve muitos fatores bióticos e abióticos, os quais quando alterados, causam
modificações na composição qualitativa e quantitativa destas comunidades.
Essa associação é uma condição vital para as espécies incapazes de conseguir por
si mesma os seus meios de sobrevivência, incluindo nutrientes e proteção contra espécies
predatórias.
O desenvolvimento das plantas sofre constantemente influência da vida
microbiana ao seu redor, seja por meio de espécies endofíticas, habitantes da rizosfera,
distribuídas no solo ou até mesmo dispersas no ar. Neste aspecto, se torna interessante um
maior entendimento sobre a vida microbiana relacionada às plantas.
REFERÊNCIA

ADHIKARI, T.B.;et al. Evaluation of bacteria isolated from rice for plant growth promotion
and biological control of seedling disease of rice. Canadian Journal of Microbiology,
Ottawa, v. 47, p. 916-924, 2001.

AMORIM, E. P.R.; MELO,I.S. Ação antagônica de rizobactérias contra Phyththora


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Brasileira de Fruticultura, v. 24, n. 2, p. 565-568, 2002.

ANDREOTE, F. D. Fatores determinantes na composição da comunidade bacteriana


associada às plantas. 2007. 184 p. Tese (Doutorado em Genética e Melhoramento de
Plantas). Universidade de São Paulo / Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”,
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