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ANO 2

Nº 13

JUNHO DE 2 0 0 9
www.esec-se-guarda.rcts.pt
e-mail: jornalolhar@gmail.com

Viver a Escola...
EDITORIAL Escola da Sé uma das 20
premiadas na Europa
A aventura da sã convivência social faz-se na escola
de múltiplas formas: potenciar, desenvolver, ampliar No âmbito do lançamento do programa de Responsabili-
competências cognitivas, metodológicas, interpretati- dade Social "HP Innovation in Education Grant Initiative
vas e argumentativas dos alunos promovendo atitudes 2009", a nossa escola foi uma das premiadas.
e valores que permitam um crescimento duplo - inte-
lectual e cívico. Teatro na Escola
É nossa convicção que só com trabalho, empenho e No dia 20 de Maio um grupo de alunos do 8ºB, apresen-
dedicação se pode levar toda a comunidade educativa a tou um teatro baseado na obra de Alice Vieira ,Leandro,
participar activamente no projecto cultural – o jornal rei da Helíria. Surpreendente!
escolar - que dignifica a identidade de uma escola.
O ser humano originariamente “não é nada ” é um
ser inacabado a quem compete construir-se e é só ele
que pode realizar-se como ser. Toda a construção
humana passa por uma multiplicidade de experiências.
A construção de um projecto pessoal, social implica
o envolvimento individual, mas fundamentalmente
colectivo numa dinâmica de compreensão e interpreta-
ção de experiências comunicativas.
Agradecemos o empenho de todos que possibilitou:
- pluralismo informativo;
- capacidade de participação;
- reflexão interdisciplinar;
- um pensamento atento, informado e crítico para o
desenvolvimento de uma consciência atenta e etica-
mente responsável. À Conversa com Gabriel Macchi…
Professora Carla Tavares Gabriel Macchi é uma dessas pessoas que não deixou a vida
passar-lhe ao lado...
Um futuro desperto para a diferença!

Visita de Estudo à Assembleia da


República…

No passado dia 29 de Abril, os alunos


com NEE realizaram a sua visita de
estudo à Assembleia da República.
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EM DEBATE

Os Misantropos
um meio adverso à comunicação e a
sentimentos bondosos e sadios, Mr.
Lockwood começa a mudar de
ideias. Pretende agora buscar a réstia
de sociedade que ainda se encontra
naquela região e tenta enveredar
pela mente dos seus vizinhos (que
estão a quilómetros de distância) e
sentir-se parte do mundo outra vez.
Não consegue o que queria e acaba
por abandonar a ideia patética do
misantropismo e corre de volta para
o ambiente londrino, agora rico e
estimulante.
Poderíamos supor este homem
como um fraco misantropo. No
entanto, guardo a ideia de que, por
mais insocial que uma pessoa seja,
pode ser sempre confrontada com a
“Esta região é sem dúvida magnífica! a Humanidade”. Óbvio que actual- inegável ânsia de uma sociedade,
Sei que não poderia ter encontrado em mente não utilizamos esta palavra talvez uma diferente, mas sem dei-
toda a Inglaterra outro lugar como este, para expressar um sentimento tão xar de ser sociedade – um agregado
tão retirado, tão distante da mundana extremo, pelo menos não muitas de humanos estruturado. A história
agitação. Um paraíso perfeito para vezes. Levianamente, um misantro- de que falo incluía muitas mais per-
misantropos” po é um sujeito melancólico, sorum- sonagens, todas elas tão isoladas
bático, aquele que não se integra na como Lockwood, e todas elas esca-
Excerto de um livro traduzido de Emily sociedade… e não deseja integrá-la. pavam do isolamento de maneiras
Brontë, “O Monte dos Vendavais” Quis introduzir esta palavra para diversas, tais como a dedicação à
contar a experiência da personagem religião ou mesmo a visão de fantas-
Por vezes, palavras grandes e com- que confessa a primeira citação que mas. Basta apertar um pouco mais o
plicadas acarretam um simples signi- expus, num diálogo com o leitor. cerco para que uma pessoa natural-
ficado. Já Antonio Skármeta o dizia, Ele foi, talvez, o exemplo mais inte- mente misantropa caia na dura reali-
em “O Carteiro de Pablo Neruda”, ligente que encontrei sobre o para- dade: o Homem é um ser sociável e
relativamente ao conceito de doxo (contradição) entre Homem/ não pode odiar toda a humanidade
“metáfora”: “E porque é que sendo Misantropo. por muito tempo. É-nos necessário
uma coisa tão fácil, se chama uma Mr. Lockwood era um misantropo dar e receber experiências para que
coisa tão complicada?”. Nem sempre assumido e pretendia escapar da possamos introduzir na nossa reali-
assim acontece na língua, nomeada- cidade sufocante e sociável de Lon- dade algo mais que nós e os mate-
mente a portuguesa. Se procurar- dres para um local espaçoso onde riais.
mos no dicionário “mar” (que se diz pudesse praticar com liberdade a Concluo então que os misantro-
num só sopro) descobre-se uma arte de estar sozinho. Afirmava que pos deviam estar separados dos
panóplia de significados concretos e tinha receio de exteriorizar o que humanos – como uma outra raça
figurativos, dependendo do contex- pensava e que nutria repulsa por aparentada dos hobbits – porque um
to em que se diz, das palavras asso- aqueles que conseguiam deitar tudo humano não está mais próximo de
ciadas. Um vocábulo não se julga cá para fora. Estava farto da activida- ser misantropo, independentemente
pela aparência, bem como nada no de excessiva da sociedade humana e do quão separados ficaremos graças
mundo é o que aparenta ser. ansiava por longos períodos de tem- às benfazejas novas tecnologias.
Misantropo vem de uma palavra po sem contacto humano.
grega que significa “aquele que odeia Contudo, quando arremetido para Ana Isabel Varelas, nº1, 11ºC
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EM DEBATE

Errar é Humano : é preciso aprender com os nossos erros


vir-se da própria razão é « ser
maior » como diz Kant.
A educação não deve encorajar os
jovens a um conformismo, mas aju-
dá-los a descobrir os verdadeiros
valores que se encontram na com-
preensão e no conhecimento de si
próprios e na compreensão da pró-
pria vida .
Assumir os nossos erros é ter um
pensamento consciente de nós mes-
mos, capaz de avaliar, de verificar o
grau de adequação à realidade.
Reconsiderar os dados disponíveis,
rever, permanecer um desafio
constante que certamente conduz à
autenticidade da vida.
Do ponto de vista da Ética,
impõe-se assim um reconhecimento
da fundamental importância de cada
um se auto-educar de modo a aper-
feiçoar a sua existência. Fazer uma
auto-reflexão, tomando consciência
dos seus erros e ter como objectivo
Se o ser humano é por natureza rápido possível. uma transformação global e radical
um convivente então o que diz e o O novo imperativo é que, para no modo de ser (transformação
que faz supõe a presença dos aprendermos a evitar os erros o operada por nós próprios sobre nós
outros. Os problemas, as escolhas mais possível, é aprender precisa- próprios).
éticas surgem do facto de cada um mente pelos nossos erros. Disfarçá- A auto-construção supõe um
viver com os outros. A vivência los é o maior dos perigos intelec- esforço e uma preocupação com o
comunitária é inseparável da cons- tuais. cuidado de si, na colaboração
ciência moral pessoal que nos incita Importa pois estarmos vigilantes voluntária suficientemente forte
a praticar o bem ou o mal. em relação aos nossos erros e o para modificar o que está errado,
A vida ética pessoal depende mais importante ainda é assumir para perceber que o reconhecimen-
essencialmente da sociabilidade. uma autocrítica e uma atitude de to dos nossos erros é uma luta que
Assim, a dimensão social da Ética coerência. é necessário travar com coragem,
alerta-nos para novas responsabili- Como devemos aprender com os humildade e discernimento.
dades e novos imperativos que exi- nossos erros? A transformação de si, o compro-
gem novas propostas de reflexão. Antes de mais nada, aceitar com metimento na acção, a prática de
Uma das nossas missões é evitar alguma humildade quando os uma arte de viver é uma condição
os erros na medida do possível. Mas outros nos chamam a atenção, pen- necessária como diz o pensador
precisamente para os evitarmos, sando que nós próprios cometemos contemporâneo G.Friedmann
devemos começar a dar-nos conta erros idênticos aos deles. Devemos «Levantar voo todos os dias! Ao
de como é difícil evitá-los e de que perceber que precisamos dos menos por um momento, ainda que
ninguém é inteiramente imune a outros para a descoberta dos erros e breve, desde que intenso. Cada dia,
essa tarefa. Devemos, pois, alterar sermos tolerantes. um “exercício espiritual”- só ou em
a nossa atitude relativamente aos A critica racional é outra condi- companhia de alguém que também
nossos erros. A Ética tradicional ção indispensável numa conscien- busque aperfeiçoar-se.»
leva-nos a disfarçar os nossos erros, cialização dos erros que comete-
a escondê-los e a esquecê-los o mais mos. Discernir com clareza é ser- Professora Lina Couto
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EM DEBATE

Resposta ao artigo publicado na página 23


da última edição do Jornal Olhar
Como presidente da Comissão de todos os presentes no jantar de gala e do que aconteceu em alguns dos anos
Finalistas 2008/2009 desta escola, aos pais e mães dos finalistas, inde- anteriores, em que apenas foram
decidi responder ao artigo publicado pendentemente de terem, ou não, convidados os professores do
na última edição do “Jornal Olhar” ido ao jantar. Aquilo a que chama 12ºano. Não sentimos, portanto, ter
pela Sra. Dra. Lina Couto. “uma evidência interessante” o uso ofendido ninguém.
Tratou-se, na minha opinião, de de uma pulseira, foi condição impos- Contávamos com a compreensão de
uma reflexão sobre um episódio que ta pela segurança que permitiu dis- todos e não nos enganámos.
lhe aconteceu cuja razão de ser foi tinguir esses mesmos familiares de Afinal o baile de finalistas correu
uma escolha prevista. todas as outras pessoas presentes. muito bem e a organização cumpriu
Uma vez que o espaço era limitado Neste caso, perante tanta gente, os o previsto.
para um número tão elevado de fina- pormenores da organização eram
listas (mais de 200), houve que defi- indispensáveis. A Comissão convidou A presidente da Comissão de
nir prioridades. O acesso à zona de todos os professores e funcionários Finalistas 2008/2009
visualização da Valsa foi permitido a da Escola para o baile, ao contrário Alexandra Duarte Tavares

Em cinco, dois!
“Queixamo-nos” das medidas Tenho 17 anos, farei os meus 18
tomadas no e pelo governo. só em Dezembro, ficando impossibi-
“Queixamo-nos” do tudo e do litado de votar nestas eleições que se
nada. aproximam.
“Vivemos” iludidos pelas promes- Porém sou um dos milhões de
sas que ficam no ar durante um habitantes de Portugal.
debate. Vivo sobre as “ordens” daqueles
Promessas que não passam desse que governam uma suposta demo-
mesmo acto de nos comprometer- cracia.
mos com algo. Vejo desemprego, pobreza e uma
Porém neste país, onde tanto me falta de cultura extrema na nossa
orgulho de viver, apesar de algumas sociedade.
controvérsias, o prometer já é tão O fosso monetário que separa os
banal como um simples “bom dia”. ricos dos pobres é cada vez maior.
Mas que queremos nós portugueses Escrevo maioritariamente para pes-
Aproximam-se as eleições. quando nos “queixamos”? soas que como eu ainda não elegem,
Aproximam-se conflitos. A culpa só tem um nome – o elei- mas todos têm e devem saber que
Aproximam-se as, já históricas e tor. está na hora de mudar.
formalizadas, ideias de que este P.S. e P.S.D. têm-se regalado com Para isso é preciso que todos aque-
actual governo nada fez pelo país. o poder nestes últimos longos anos. les que têm poder de voto votem.
Queixas e mais queixas, é nisto que Primeiro um depois outro, é à vez. Votar em branco é fazer da demo-
Portugal vive. Existem cinco partidos no nosso cracia um hobby.
“Queixamo-nos” que o P.S. é país, mas parece só haver lugar para É altura certa para novas ideias de
governado por um secretário-geral dois na governação. governação.
que tem mais de direita que alguns Não se podem esperar melhorias
deputados da própria. se P.S. e P.S.D. continuarem no
“Queixamo-nos” dos modelos governo. São sempre os mesmos Emanuel Carvalho Gonçalves,nº7,
adoptados pelo governo. ideais e ideias. 12ºA
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EM DEBATE

D. Nuno Álvares Pereira – Um Português excepcional


A figura e acção do 2º Condestável Portugal e Castela. Sentiu a perda de dedicar-se mais intensamente aos
do Reino, D. Nuno Álvares Pereira é dois filhos, meninos, de tenra idade valores do Evangelho, sobretudo à
singular na História de Portugal. e da esposa, ainda bastante nova. prática da oração e ao auxílio dos
Nasceu, no pitoresco palácio do Mais tarde, também faleceu a única pobres. Senhor de enorme riqueza
Bonjardim, em 1360 e desde criança doou-a aos descendentes entre
se afeiçoou à virtude, erguendo-se outros, incluindo pobres, e optou
acima de todas as materialidades. A por viver como frade-donato, o mais
corrupção moral do ambiente não baixo grau na Ordem do Carmo, do
exerceu a menor influência no espí- Mosteiro onde ingressou escolhendo
rito deste jovem, armado cavaleiro ser porteiro a fim de acudir, mais
apenas com 13 anos de idade! Sua prontamente, aos necessitados.
mãe D. Iria, de ascendência real, já Herói e Santo foi um dos maiores
vivia na corte quando o filho foi portugueses de sempre.
escolhido para escudeiro da Rainha, Vivemos, hoje, um tempo de crise
Leonor Teles, mulher de D. Fernan- global que tem origem num vazio de
do. valores morais. O testemunho de
Condestável do Reino, junto de El- vida de D. Nuno – São Nuno de San-
Rei D. João I e no comando do ta Maria, desde 26 de Abril de 2009
Exército Português, assegurou a – pode constituir uma força de
independência nacional num dos mudança em favor da justiça e da
períodos mais críticos da nossa His- fraternidade, da promoção de estilos
tória. Os seus actos do dia-a-dia são de vida mais sóbrios e solidários.
incontornáveis de moralidade públi- Pode ser também um apelo a uma
ca, virtudes humanas e devoção cris- cidadania exemplarmente vivida e
tã. um forte convite à dignificação da
D. Nuno casou e teve filhos, de filha, D. Brites e o neto mais velho, vida política como expressão do
um matrimónio feliz, mas consagrou Afonso. A dor, de todas estas perdas, melhor humanismo ao serviço do
a vida à defesa da Pátria e ao serviço não conseguiu esbater a sua fé nem bem comum.
de Deus. Sofreu a morte prematura abalar o seu desejo, indomável, de Aos jovens…fica este corajoso
de vários irmãos, alguns dos quais servir fielmente o povo e a Terra desafio…
pereceram durante os muitos com- onde nasceu.
bates que então se travaram entre Obtida e consolidada a paz, decidiu Professora Mª Filomena Crespo

Escola da Sé uma das 20 premiadas na Europa


É com satisfação que informamos Este projecto tem como objectivo características ecológicas do Vale do
que no âmbito do lançamento do revolucionar os métodos de ensino, Rio Diz ”, foi dinamizado pelos pro-
programa de Responsabilidade Social tendo como parceiro a Hewlett- fessores: Cristina Jorge, Lucília Mar-
"HP Innovation in Education Grant Packard com o mote "Re-imagining ques, Luísa Queiroz, Fátima Amaral
Initiative 2009", a Escola Secundária the Classroom", em que a tecnologia e Pedro Fagulha.
da Sé – Guarda apresentou candida- possa ser o motor para o fomento do O prémio atribuído à escola é no
tura ao projecto e foi com enorme espírito crítico e para aguçar o inte- valor de 100.000 dólares, em mate-
satisfação que no dia 28 de Maio sou- resse pela explosão de ideias inovado- rial e dinheiro.
bemos que dos 20 projectos vencedo- ras.
res em toda a Europa, a nossa escola O projecto intitulado “ À volta do Professora Carla Tavares
foi uma das premiadas. Rio Diz – estudo da biodiversidade e
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EM DEBATE

Punir ou educar ? Educar é preciso !


Uma nova sociedade só é rapidamente evolui para de criar, comunicar e ser... que impressione…
possível com educação, força de intervenção, O mau carácter pode ser A higiene mental é mani-
cultura e uma profunda exploração e colonização de origem congénita, mas festamente negligenciada;
reflexão sobre onde quere- do universo mental não podemos ignorar a os pais desejam que os
mos chegar. «virgem».Exércitos de quantidade de malforma- filhos sejam inteligentes,
Educar é desflorar a vir- valores e normas contradi- ções de carácter que se mas não uma inteligência
gindade emocional a um ser tórias invadem a única pro- desenvolvem em conse- qualquer! A inteligência
humano; educar é estimu- priedade privada que devia quência das más experiên- conveniente nos dias que
lar a criação e desenvolvi- ser considerada inalienável, cias, resquícios e cicatrizes correm deve ser pragmáti-
mento de uma rede interna a mente humana... instru- permanentes, feridas mal ca, oportunista, em suma,
de informação, que contri- ções destroem e desalojam saradas das batalhas da edu- competitiva... mas a inteli-
bua de maneira efectiva outras instruções, no frene- cação... gência é uma faca de dois
para o desenvolvimento gumes, um instrumento
dinâmico da identidade complexo, cujo desenvolvi-
individual; educar é ajudar mento pode ser manipula-
a compreender as emoções do, distorcido, com conse-
e os sentimentos... é lançar quências traumáticas que
à terra as sementes do podem redundar numa
amor e da liberdade de ser existência infeliz, quando o
e comunicar... é regar o pé indivíduo se deixa conduzir
da árvore da consciência para dentro de um labirin-
humana em crescimento, to, no qual perderá a iden-
para que os ramos se desen- tidade, o que vulgarmente
volvam viçosos e saudáveis, se reconhece por “vender a
até formarem uma copa alma ao diabo.”
frondosa de afectos... edu- Uns estragam, outros
car é criar uma rede de compõem, como castigos
afectos... educar é exerci- sim de ocupação em que A delicada trama interna comunitários contra a puni-
tar a percepção da realida- todos querem ocupar a em formação, da qual ção, mas o valor das pala-
de natural... educar é sair à melhor terra disponível, a depende o desenvolvimen- vras está na acção e termi-
rua e sentir o latejar estag- mais produtiva e os locais to da identidade individual no com esta afirmação:
nado nas têmporas de pes- estratégicos são os mais e a descoberta consciente “Não tenho nada de novo
soas reais, arrumadas por apetecidos.... como são da vida, não merece, da para ensinar ao mundo. A
secções, em prateleiras de bárbaras as campanhas de parte do ser humano, a Verdade e a não-violência
arquivos poeirentos... ocupação do universo vir- mesma atenção, nem é fon- são tão velhas como as
almas que habitam monólo- gem, onde se encontra em te de preocupação constan- montanhas.” M. K. GAN-
gos de vaidade e orgulho, formação a identidade de te, como a higiene corporal DHI”
de presunção e arrogân- um ser único, que merecia e a imagem exterior que
cia... ser tratado com outro cari- pretendemos «vender» ao
Servir começa por ser nho e atenção, única forma mundo, falsa ou verdadei- Professor Salvador Cabral
esboço de educação, mas de desenvolver a liberdade ra, pouco importa, desde

1º Lugar no Mundial de Robô Bombeiro


Os alunos Beatriz Gonçalves, da Silveira, da turma A do 11º ano, par- ficado em primeiro lugar na categoria
turma C do 9º ano, Samuel Nunes, da ticiparam no Mundial de Robô Bom- de robôs com patas.
turma G do 10º ano e Ana Carolina beiro, nos Estados Unidos, tendo
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POR CÁ

Mundo de Papel
A variedade era enorme, possivel- automóveis de detalhe aperfeiçoado,
mente maior que a minha vontade de no mínimo 20 peças. Para modelistas
construir. experientes, recomendo o website
À medida que encontrava e cons- o fi c ia l d a C an o n ( h t t p : //
truía mais modelos, a minha capaci- www.canon.com/c-park/en). Têm
dade também aumentava, e ainda dos melhores modelos de veículos e
hoje continua a aumentar, tendo já monumentos extremamente detalha-
construído belíssimas, mas difíceis dos, de onde já construí o castelo de
miniaturas de castelos e meios de Neuschwanstein(Fussen, Alemanha)
transporte, sendo o meu último e a Torre de Belém (Lisboa, Portu-
modelo um monumento português, gal), existindo também magníficos
a Torre de Belém. Com o apoio da castelos japoneses e belos monumen-
professora Cristina Rosa tive a opor- tos mundialmente conhecidos, como
tunidade de expor os meus traba- a ópera de Sidney (Austrália), a Pirâ-
Comecei a praticar o modelismo lhos. Apesar da maior parte da minha mide de Khufu (Egipto), entre
de papel nas férias do Natal de colecção ter sido levada para a Suíça, outros.
2008/2009. Desde então, passou a expus os que produzi no sentido de Entre outros websites gratuitos
ser um passatempo enquanto estive divulgar esta prática a toda a comuni- para modelistats experientes está
de férias na Suíça. Começou, claro, dade escolar. também a "Currell Design" (http://
por modelos razoavelmente fáceis, Para aqueles que também querem www.currell.net), onde se podem
sendo os primeiros modelos um iniciar esta prática, sugiro que cons- encontrar modelos de dirigíveis, o
navio de cruzeiro e um "ferryboat". truam modelos em que o tempo que paquete "R. M. S. Titanic" e o famo-
Quando vim dessas férias, além de levam a construir sejam compatíveis so avião supersónico "Concorde".
lembranças de um destino de férias, com o vosso tempo livre. Um a rev is t a p o lac a ( JS C
também trazia na bagagem um novo Além disso, sugiro também que "Mikroflota") oferecia também
passatempo, que viria a ser partilha- construam apenas aqueles modelos modelos de nível difícil, que actual-
do entre amigos, nos próximos dias que compatibilizem com os vossos mente só se podem encontrar nos
de escola. Desde então, deixei de requisitos/níveis de experiência. websites de partilha de ficheiros
usar o material que sempre usei para Para principiantes, comecem pelos (rapidshare.com ou easyshare.com)
o modelismo: a madeira balsa. Ao automóveis do website "http:// ou por websites/fóruns de modelis-
mesmo tempo, descobri que para www.art66.co.jp/", ou os comboios mo de papel na internet que redirec-
além dos modelos que mais gostava de alta velocidade, procurando no cionam para estes websites de parti-
de construir, os barcos, haveria Google (palavras-chave: "Build your lha.
outros objectos cativantes à escala own TGV model").Para experientes
reduzida, tais como outros meios de médios, existem veículos com boa Fábio Coelho, nº 5, 10ºG
transporte, edifícios e personagens. qualidade de acabamento, como

A Escola e a Comunidade
mente um protocolo de cedência de soa do sexo masculino, figura ausen-
espaço com o Refugio Ana Luísa te na casa. Foi, com efeito, contacta-
Godinho, no sentido dos seus uten- do o professor Miguel, o qual se dis-
tes poderem praticar desporto num ponibilizou imediatamente para ani-
espaço próprio e com materiais ade- mar as sessões. E foi assim que no
quados. A importância destas activi- dia 20 de Maio, um Transmontano
dades, segundo a Educadora de aqueceu, pela primeira vez, os cora-
Infância Dra. Margarida Tavares, çõezinhos dos Beirões.
responsável nesta Instituição, pren-
de-se também com o facto das crian- Professora Mª Dolores Carreira
A nossa Escola assinou recente- ças poderem contactar com uma pes-
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Área de Projecto 12ºAno

A Tuberculose na Guarda: doença com História


No dia 6 de Maio de 2009, O Dr. Nuno Sousa, para além de da de apetite, dores torácicas,
pelas 10 horas e 30 minutos, ter feito uma abordagem sobre o suores nocturnos, etc. Fez tam-
decorreu na Escola Secundária Sanatório, desenvolveu mais o bém referência aos métodos de
c/ 3ºC.E.B. da Sé – Guarda, sala tema da tuberculose propria- tratamento que por vezes eram
1, uma palestra sobre o tema: “A mente dita. A tuberculose é uma necessários para complementar
Tuberculose na Guarda: doença doença infecciosa causada por os outros que faziam parte da
com História”. Esta palestra con- um bacilo da família das micro- rotina, mas que, comparados
tou com a presença do Dr. Hél- bactérias chamado Mycobacterium com os de hoje, eram muito eva-
der Sequeira, quadro superior do tuberculosis, também conhecido sivos. Com a descoberta dos
Instituto Politécnico da Guarda, como bacilo de Koch. A trans- antibióticos, décadas mais tarde,
e do Dr. Nuno Sousa, médico do missão do bacilo da tuberculose o tratamento da Tuberculose
Serviço de Pneumologia da Uni- processa-se pelo ar, através da tornou-se mais eficaz e a maioria
dade Local de Saúde da Guarda. respiração. Quando um doente dos Sanatórios deixou de funcio-
O Dr. Hélder Sequeira iniciou a tosse, fala ou espirra, espalha no nar.
sua intervenção com a história ar pequenas gotas que contêm o Na nossa opinião, a palestra foi
do Sanatório Sousa Martins, bacilo de Koch. Uma pessoa sau- muito benéfica e teve um carác-
fazendo referência não só aos dável que respire o ar de deter- ter didáctico para todos os pre-
pavilhões e aos edifícios anexos, minado ambiente onde permane- sentes. No fim da palestra o Dr.
mas também aos grandes jardins ceu um tuberculoso, pode infec- Hélder Sequeira, ofereceu um
e árvores que faziam parte do tar-se. Os bacilos podem ser eli- livro para a biblioteca da escola
mesmo e que, ainda hoje, pode- minados pelas defesas naturais do com o título “Ladislau Patrício”
mos observar. Destacou ainda a indivíduo, ou permanecer inacti- da autoria do próprio.
importância do Sanatório a nível vos no interior do organismo por
nacional e até europeu, como longos períodos de tempo –
ponto de passagem para quem tuberculose latente. Mas, por João Caldeira,nº13
andasse pelas redondezas e pelos vezes, podem entrar em activi- João Henrique,nº14
óptimos acessos ferroviários da dade, causando o aparecimento Leandro Gonçalves,nº15
cidade devidos à sua existência. dos sintomas e a consequente Ricardo Caria,nº20
Sobre este assunto já o grupo doença. Os sintomas mais fre- Rodrigo Costa, nº 22
Raquel Duarte,nº26
reflectiu e publicou na anterior quentes da tuberculose são tosse
12ºB
edição deste jornal. prolongada, falta de forças, per-
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Área de Projecto 12ºAno

Traçando o segmento de recta…


bando na cantina, local onde almo- em Almada. Permuta muito inte-
çámos juntos. A parte da tarde foi ressante!
dedicada à visita ao Centro Históri- À tarde fizemos uma breve visita
co da Guarda, aos diversos monu- ao Salão de Jogos “ Taco Dourado”
mentos e espaços de interesse cul- e de seguida cada um se dirigiu à
tural. Para tal, contámos com a sua casa para mais um merecido
ajuda do professor Norberto Gon- descanso.
çalves que muito amavelmente se Por volta das 20 horas e 30 minu-
disponibilizou para nos guiar na tos, deu-se início ao jantar combi-
No final do 2º Período, chegou à visita pela cidade. Utilizámos ainda nado no restaurante “Convívio”.
nossa escola um projecto de um áudio-guias, fornecidos pelo Posto Este decorreu de uma forma muito
grupo de cinco alunos da Escola de Turismo da Guarda, um apare- descontraída e divertida. Neste
Secundária Cacilhas - Tejo de lho muito útil e prático para o jantar não foi possível a presença de
Almada, que consistia em realizar conhecimento da história e das todos os elementos do grupo anfi-
um intercâmbio com um grupo de características dos mais variados trião, contudo esteve presente a
uma escola do interior. Tivemos monumentos. Tivemos ainda tem- Ana Raquel Fonseca, que muito
conhecimento deste projecto atra- po para visitar uma loja de produ- bem o representou e alguns alunos
vés da nossa professora coordena- tos regionais bem como a tão famo- da turma. Depois do jantar, o
dora de Área de Projecto e decidi- sa e única “Taberna do Benfica” encontro com os restantes elemen-
mos participar. onde bebemos uma saborosa ginji- tos do grupo deu-se no Café “Etc”
No início do 3º Período começá- nha! Depois desta tarde tão preen- onde confraternizámos durante
mos a trocar e-mails no sentido de chida, nada melhor do que o mere- algum tempo. A restante noite foi
prepararmos um programa de cido descanso… À noite, estive- passada entre o Bar “Cais” o “Ponto
recepção aos nossos colegas. Ficou mos no Café Concerto onde con- G” e a Discoteca “Catedral”.
combinado, então, que viriam no fraternizámos a jogar Trivial Pur- E assim acabou a jornada dos nos-
dia 28 de Abril, ficando connosco suit! sos amigos de Almada nesta nossa
nos dias 29 e 30. No dia 29, a manhã foi passada cidade.
Sendo assim, no dia 28 de Abril em Belmonte onde visitámos qua- Devemos um agradecimento
chegaram perto das 22 horas e 30 tro museus: o Museu do Azeite, o especial, pelo apoio e disponibilida-
minutos à Estação de Caminhos-de- Ecomuseu do Zêzere, o Museu de demonstradas, especialmente
ferro da Guarda. À sua espera já Judaico e o Museu dos Descobri- aos nossos colegas de turma: Adria-
estavam três elementos do nosso mentos, recentemente inaugurado. na Conde, Rodrigo Costa, João
grupo para os receber. O primeiro Tivemos ainda a oportunidade de Henrique, Ricardo Caria, Leandro
contacto foi logo muito bom, visto visitar o Panteão dos Cabrais, local Gonçalves, João Caldeira, Yvan
eles se terem mostrado extrema- onde estão sepultados alguns dos Ferreira, Andreia Nicolau, mas
mente simpáticos e receptivos. elementos da família de Pedro também aos restantes colegas, que
Este encontro foi curto, tendo ser- Álvares Cabral, descobridor do de uma forma mais discreta, con-
vido essencialmente para lhes dar- Brasil, natural de Belmonte. O tribuíram igualmente para que a
mos indicações e resumirmos as ambiente entre os nossos visita se tornasse o mais acolhedora
actividades que iriam realizar nos ‘hóspedes’ e a nossa turma foi-se possível. Finalmente, mas não
dois dias seguintes. tornando cada vez mais divertido o menos importante, o agradecimen-
A primeira actividade realizada que permitiu uma grande interac- to à nossa Professora, pelo apoio e
foi a visita às instalações do TMG, ção entre todos. Chegados à Guar- dedicação demonstrados. Aos nos-
integrada no Plano de Actividades da, almoçámos no Centro Comer- sos amigos de Almada um VOL-
de Português, juntamente com cial Vivacci, tendo aproveitado TEM SEMPRE…
todos os outros alunos da turma, para falarmos dos mais variados
que foi muito interessante. Segui- assuntos entre os quais, certos
damente, apresentámos os diversos regionalismos e as diferença entre o GRUPO C
espaços físicos da nossa escola, aca- quotidiano dos jovens na Guarda e 12º B
10

Área de Projecto 12º Ano

Biodiversidade – Metodologias de Trabalho de Campo


tinha em vista realizar um Trabalho objecto de estudo e das formas de
de Campo numa área onde se insere localização e delimitação desse mes-
a Barragem do Caldeirão, localizada mo objecto de estudo.
no Distrito da Guarda, Concelho da A palestra terminou e, depois de um
Guarda, na Bacia Hidrográfica do pequeno intervalo para almoço,
Mondego, e na Linha de Água da retomou-se a actividade pelas 15:00
Corujeira. horas, dando-se inicio à segunda
A actividade dividiu-se em duas parte que consistiu numa deslocação
Quarta-feira, dia 20 de Maio, rea- partes. A primeira, uma palestra, à Barragem do Caldeirão a fim de
lizou-se na escola a actividade sobre decorreu na sala 2, pelas 12:00 pôr em prática alguns conceitos teó-
o tema “Biodiversidade – Metodolo- horas, com o objectivo de adquirir ricos aprendidos de manhã. Durante
gias de Trabalho de Campo”, orien- conhecimento sobre diferentes este tempo o Engenheiro apresen-
tada pelo Engenheiro Jacinto Dia- metodologias de pesquisa através do tou-nos especialmente uma flora
mantino do Parque Natural da Serra trabalho de campo; sensibilizar para rica e única característica desta
da Estrela (PNSE) e organizado pelo a investigação pela observação, e zona.
grupo de Área Projecto do 12ºB preparar os alunos para prossegui- A actividade acabou por revelar-se,
constituído pelos alunos Adriana mento de estudos e vida activa. O para além de uma valiosíssima fonte
Conde nº1, Andreia Nicolau nº5, Engenheiro Jacinto Diamantino de conhecimentos, um agradável
Hélder Oliveira nº10, Yvan Ferreira explicou aos presentes em que con- passeio onde os presentes puderam
nº25. Esta actividade, já há muito siste o Trabalho de Campo, falando apreciar uma paisagem ímpar e des-
desejada pelo grupo, surgiu no de algumas definições importantes; frutar do bom tempo que se fez sen-
âmbito do projecto que se veio a das metodologias mais úteis, de pos- tir neste dia.
desenvolver ao longo do ano: síveis problemas encontrados (e que
“Biodiversidade – Adaptação dos não são raros); da importância da Andreia Nicolau,nº5,12ºB
Seres Vivos ao Ambiente” e que correcta definição de objectivos e do

Experiência na UBI
var e aproximar as pessoas deste estabeleceu todo um plano experi-
abrangente tema. Após algumas difi- mental, sendo este dividido em parte
culdades, encontrámos uma activida- teórica e parte prática.
de que proporcionasse essa aproxi- Também queremos agradecer à
mação. Câmara Municipal da Guarda por ter
Como tal, no dia 11 de Maio de colocado um autocarro gratuito à
2009, a turma do 12º C deslocou-se nossa disposição para a respectiva
à Faculdade de Ciências da Saúde da deslocação à Covilhã.
UBI, sendo acompanhada pelas pro- Todos os elementos participantes
12º Ano! Último ano do secundário! A fessoras Maria da Graça Rodrigues e nesta actividade tiveram a oportuni-
maioria dos alunos envolve-se num pro- Cristina Jorge. O objectivo era a dade de experienciar a vida de um
jecto a desenvolver ao longo de todo o realização de uma experiência utili- cientista o que se revelou algo bas-
ano lectivo. Aqui está a Área de Projecto zando a técnica do PCR tante educativo e, ao mesmo tempo,
a tentar preparar os alunos para as (Polymerization Chain Reaction). divertido.
adversidades do futuro. Este foi concretizado sob a orienta-
ção da professora de Farmacogenéti- Francisco Pires ,nº 9
Inseridos neste contexto e na área ca, Luíza Granadeiro, a quem muito Luís Monteiro, nº 18
Científica e Tecnológica, abraçámos agradecemos pela disponibilidade Mário Santos, nº 19
o vasto mundo da “Genética”! demonstrada desde que por nós foi Vasco Monteiro, nº 25
Assim sendo, delineámos algumas abordada. Emanuel Gonçalves, nº 26
12º C
actividades com o objectivo de cati- A professora Luiza Granadeiro
11

Área de Projecto 12º Ano

Visita de Estudo a Lisboa


plina de Área de Projecto e a cargo ou psicológicas.
do grupo de trabalho n.º I cujo tema Foi sem dúvida um dia bem passa-
é Desenvolvimento Tecnológico. do onde juntamos a aprendizagem ao
Esta visita teve como objectivos convívio.
principais a apresentação de algumas Desde já, o grupo agradece o apoio
temáticas sobre o desenvolvimento e a colaboração da Câmara Municipal
tecnológico; o conhecimento do da Guarda e das entidades visitadas.
futuro das novas tecnologias; e a
influência/utilidade que poderão Catarina Xavier, nº5
desempenhar no nosso quotidiano. Dany Capelo, nº7
No passado dia 24 de Abril de Ficamos a conhecer alguns equipa- Marina Cardoso, nº18
2009, a turma C do 12º ano realizou mentos que contribuirão para a Rui Carreira, nº23
Sílvia Farias,nº24
uma visita de estudo à Casa do Futu- melhoria da qualidade de vida de
ro e ao IST, Instituto Superior Téc- todo as pessoas, sendo ou não pos- 12ºC
nico, em Lisboa, no âmbito da disci- suidores das suas capacidades físicas

Machado – Joseph, sabes o que é?!


támos com a fundamental presença treios preventivos. Falou-nos tam-
da Prof. Dra. Paula Coutinho, bém da sua experiência a vários
Directora do Serviço de Neurologia níveis, bem como da curiosidade
do Hospital São Sebastião, Santa que motivou a pesquisa incessante
Maria da Feira. de novos dados que permitiram um
Deste modo podemos esclarecer estudo mais aprofundado desta ata-
os presentes acerca de diferentes xia (descoordenação motora).
aspectos desta doença como os sin- Para finalizar, agradecemos a dis-
tomas, os focos de incidência na ponibilidade da Dra. Paula Couti-
região autónoma dos Açores e em nho, bem como das professoras e
Alguma vez ouviste falar da Doen- algumas zonas do continente e o alunos presentes.
ça de Machado – Joseph? Por este modo de transmissão do gene, de A todos o nosso obrigado.
motivo decidimos realizar, no âmbi- pais para filhos (de forma autossó-
to da disciplina de Área de Projecto mica dominante). Foram ainda refe- Daniela Pires, nº6
uma palestra no passado dia 25 de ridas outras questões como o traba- Inês Saraiva, nº10
Maio de 2009, com a coordenação lho de campo realizado nos Açores Kátia Dias, nº12
da Professora Maria da Graça Rodri- pela nossa convidada, em parceria Luís Alves, nº14
gues. com o Dr. Corino de Andrade e a Marta Monteiro, nº20
12ºC
Para nos auxiliar nesta tarefa con- forma como são realizados os ras-

História da Escola Secundária da Sé – Ontem e Hoje


Em resultado do trabalho desen- nossa pesquisa subordinada ao tema Inês Bidarra, nº11
volvido na disciplina de Área de Pro- “História da Escola Secundária da Sé Rita Folgado, nº21
jecto, 12º ano, vimos informar a – Ontem e Hoje”. Sara Abadesso, nº23
comunidade escolar de que no dia 4 Agradecemos a presença de todos. Tatiana Nunes, nº24
de Junho no salão da nossa escola irá 12ºB
decorrer durante o dia, a apresenta- Ana Ferreira, nº2
ção e exposição do produto final da Andreia Antunes, nº6
12

Área de Projecto 12º Ano

Simulacro
No dia 18 de Maio de 2009, no demonstração consistiu no capota- Protecção Civil, Câmara Municipal
âmbito da disciplina de Área Projec- mento lateral do automóvel e poste- da Guarda, Polícia de Segurança
to, foi realizado um simulacro de rior desencarceramento da vítima e Pública, representantes da Escola
acidente rodoviário entre dois veícu- transporte para a ambulância. Quan- Secundária da Sé, aos professores e
los, um automóvel e um motociclo. to à vítima do motociclo foi alunos que se disponibilizaram a
Este simulacro está inserido no tra- demonstrada a forma de retirar o assistir.
balho desenvolvido no presente ano capacete, imobilização e transporte
lectivo 2008/2009 pelo nosso gru- para a ambulância. De realçar que a Carlos Rabelo, nº4
po, pertencente ao 12ºC, cujo tema via foi cortada e o trânsito desviado Diogo Teixeira, nº8
é “Primeiros Socorros”. Com esta pelos agentes da PSP. Ivo Monteiro, nº11
Luís Alves, nº 15
actividade prática pretendeu-se aler- O simulacro foi de encontro às
Nuno Farias, nº 21
tar as pessoas para os procedimentos nossas expectativas. Agradecemos às 12ºC
a seguir numa situação como esta. A entidades envolvidas, Bombeiros,

Animais clonados vão fazer parte da alimentação


A inclusão de animais clonados na saudável e nutritiva que a conven- identificação obrigatória, pelo
alimentação está a provocar grande polé- cional, isto é, a tecnologia dá origem menos a princípio. Além disso, há
mica por todo o mundo. As autoridades a animais de elite, maiores, mais alguns consumidores, principalmen-
de segurança alimentar americana (FDA) fortes, mais resistentes e genetica- te activistas, que já expressaram a
e europeia (EFSA) já deram o seu aval. mente superiores, sendo consequen- sua preocupação ética e religiosa
temente melhores para a alimenta- quanto à venda e consumo deste tipo
A polémica surgiu há cerca de um ção. de carne. Alguns activistas chegaram
ano, quando a FDA (Food and Prevê-se que os primeiros animais mesmo a apelidar estes alimentos de
Drugs Administration) e, pouco clonados para consumo sejam vendi- "Frankenfoods", um trocadilho com
depois, a EFSA (European Food dos a partir de 2010, pois é ainda as palavras Frankenstein e food, comi-
Security Agency) aprovaram a inclu- necessário criar algumas regulamen- da em inglês.
são de animais clonados no mercado tações. No entanto, há empresas que E tu? Estás pronto para comer ani-
alimentar. Estas autoridades toma- admitem que alguns destes animais mais clonados?
ram a polémica decisão após longos já terão dado entrada no mercado,
estudos, chegando à conclusão que sem o conhecimento das autoridades Francisco Pires, nº 9
estes alimentos não apresentam e dos consumidores. Luís Monteiro ,nº 16
qualquer risco para a saúde humana. O principal argumento contra Mário Santos, nº 19
Aliás, os mesmos estudos afirmam prende-se com o facto de alimentos Vasco Monteiro, nº 25
que a carne destes animais é mais com esta proveniência não terem Emanuel Almeida ,nº 26
12º C
13

Área de Projecto 12º Ano

Bullying não é só um pesadelo


O Bullying não é uma existe e existe bem perto diferente da maioria, que Qual o futuro destas
doença, é uma forma de nós. se destaca desta, é uma crianças? Para muitas será
de violência escolar Todos os estudos realiza- potencial vítima. Isto não problemático.
em crescimento no dos nos últimos anos per- quer dizer que crianças que O número de suicídios
mundo, no país, na mitem traçar o perfil de façam parte da dita maioria de crianças e adolescentes
nossa cidade. Um uma possível vítima. não possam ser vítimas dos vítimas de bullying cresce
inquérito feito pelo Geralmente, os bullies bullies, mas a probabilida- todos os anos. A exemplo
nosso grupo no âmbito agressores escolhem víti- de de isso acontecer é cita-se o caso de Columbi-
da Área de Projecto ne. Há dez anos, em Abril
revela que 10% dos de 1999, dois jovens entra-
alunos inquiridos ram na Columbine High
admite ser vítima de School fortemente arma-
violência, e 29 % afir- dos, assassinaram doze
ma já ter implicado colegas e uma professora
com os colegas. No antes de acabarem com as
entanto, quase 70% diz suas próprias vidas. Outros
já ter presenciado vio- casos semelhantes vieram
lência na escola. já a público, e este proble-
O bullying é um termo ma é cada vez mais discuti-
bastante usado actualmen- do.
te, mas afinal o que é o O Bullying é uma reali-
Bullying? Segundo dados dade e não espera por deci-
históricos, o termo nasceu sões.
na Noruega, com as pes- Quantas crianças dirão
quisas de Dan Olweus, hoje aos pais que não que-
professor na Universidade rem ir à escola? Quantas
de Bergan, acerca das ten- irão contra a vontade?
dências suicidas em adoles- Quantas serão gozadas hoje
centes nos anos setenta. porque a sua roupa não é
No resto da Europa este de marca, porque são
tipo de violência começou mas que tenham alguma menor. “estranhas”, ou simples-
a ser estudada apenas à característica que sirva de A violência é um ciclo. mente porque sim? Quan-
cerca de dez anos. foco para a sua agressão. Verifica-se efectivamente tas?
Os dados recolhidos na Há grande preferência dos que os bullies são muitas As consequências são
nossa escola indicam que a agressores por crianças que vezes crianças e adolescen- terríveis. As soluções são
maioria dos alunos sabe o apresentem obesidade ou tes com um passado de poucas. Cabe aos pais, à
que é o bullying, tem cons- magreza excessiva, usem violência. A infância é uma escola e à sociedade estar
ciência do problema e 38% óculos, tenham baixa esta- fase absolutamente deter- atenta à realidade que mui-
acha que a prática é fre- tura, apresentem gaguez minante nos valores morais tas vezes, por ser mais
quente na escola. Quando ou tiques. Adolescentes de um indivíduo e é onde cómodo, prefere ignorar.
se passa aos factos, 70% já que sigam culturas ou reli- se localiza a raiz do proble-
assistiu a actos de violência giões diferentes da maio- ma. Os agressores são tam-
entre colegas, sendo que a ria, se mostrem passivos bém vítimas que necessi- Ana Carolina Gomes ,nº1
maioria se mostrou activa, em relação às agressões, tam de ajuda. São crianças Ana Mendes,nº2
tendo pedido ajuda, tenham baixa auto-estima com problemas e cujo sen- Ana Rita Maia, nº3
enquanto que um número ou qualquer tipo de defi- so moral foi alterado. Mui- Laura Reinas,nº13
ainda significativo preferiu ciência física e mental, são tos bullies foram por sua
Mariana Baía,nº17
ignorar ou mesmo assistir também muitas vezes alvo vez vítimas, que seguiram
passivamente. Estes núme- de agressão por parte dos o ditado: “se não os podes
ros indicam que o bullying bullies. Qualquer criança vencer junta-te a eles”. 12ºC
14

Área de Projecto 12ºAno

À Conversa com Gabriel Macchi…


Gabriel Macchi? Muitos, prova- dificuldades que ultrapassou duran- simplicidade que o caracterizam,
velmente não o conheciam. Como te o seu percurso. Macchi tem esperança. Esperança
provavelmente não conhecem a Foi uma conversa. Não uma que a Escola consiga despertar as
maioria dos atletas paralímpicos palestra ou uma entrevista. Sim- consciências. Que consiga lutar
portugueses. plesmente uma conversa. Uma con- contra os olhares que se desviam
É essa realidade que nós quisemos versa em que não interviemos ape- quando se cruzam com pessoas dife-
mudar. Seis alunos do 12ºD com nas nós, elementos do grupo, mas rentes. Porque são estas pessoas que
um projecto: entrar “No Mundo também alunos das turmas que, nos ensinam a continuar a correr.
dos atletas…”. Entrar neste mundo nesse dia, quiseram ir ao salão de Elas não param perante uma barrei-
é entender que barreiras são ultra- ginástica ouvir umas palavras contra ra. Podem cair, mas conseguem ter
passadas todos os dias pelos atletas a indiferença. a coragem de dar sempre mais um
Olímpicos/Paralímpicos. É ser con- Depois de apresentarmos “No passo. E erguem-se. E sobem ao
frontado com o reverso da meda- Mundo dos Atletas…” e fazermos pódio…
lha…E é entender como pessoas uma breve biografia do atleta Mac- Tentámos que, pelo menos no dia
diferentes conseguem dar a volta chi, colocámos-lhe algumas pergun- 25 de Março, os alunos da nossa
por cima. Como são capazes de tas sobre as dificuldades e apoios Escola reparassem neste pódio.
dizer: “Sim, tenho uma deficiência. que tem sentido em diversas áreas: Acreditamos que conseguimos dei-
Mas, não vou deixar de lutar por Saúde/ Qualidade de Vida; Econo- xar a mensagem de Esperança de
uma medalha. Não vou deixar de mia e Relação com os Media, os Macchi. Talvez não seja algo notó-
subir ao pódio”. subtemas do Projecto. rio para já, mas confiamos no Futu-
Gabriel Macchi é uma dessas pes- Pensamos que alcançámos o nosso ro.
soas que não deixou a vida passar- grande objectivo. Macchi não se Um futuro desperto para a dife-
lhe ao lado. Pelo contrário, desa- limitou a responder àquilo que lhe rença. Um futuro que desafia a indi-
fiou-a. Toda a sua vida tem vindo a perguntámos. Aproximou-nos de ferença...
ser uma maratona. Desafiou o seu uma realidade desconhecida pela
problema de visão. E, mais impor- maior parte das pessoas, indiferen- Daniela Félix B. , nº6
tante que tudo, desafiou a indife- tes sem se aperceberem. Mostrou- Fábio Matias, nº11
rença. nos o outro lado do pódio, aquele Francisco Leal, nº14
No dia 25 de Março, tentámos, que não tem apoios do Estado e que Margarete Pereira, nº20
Rafael Barros, nº21
também nós, desafiar a indiferença não aparece no Telejornal. Entrá- Leonilde Birra, nº26
da nossa comunidade escolar. O mos, definitivamente, no Mundo
atleta aceitou vir, nessa manhã, do dos Atletas. 12ºD
Fundão, onde é professor, para nos Mas o atleta não baixa os braços.
ajudar no nosso projecto e falar das Com o grande sentido de humor e
15

Área de Projecto 12º Ano

E se não entrar naquele curso que sempre sonhei?


O que poderei fazer?
Ao chegar ao 12º ano surgem as dúvi- menos uma vez no 12º ano. Superior. Caso nenhuma das opções
das de como o nosso futuro e quais as Se este não for o caso e tivermos anteriores nos motive, sempre pode-
melhores opções. Contudo, este não é todas as disciplinas concluídas, pode- mos arranjar um trabalho, seja em full
o maior dos problemas, pois uma mos também seguir esta opção para nos time ou em part-time.
nuvem negra paira sobre muitos estu- especializarmos em alguma área, visto Através de um emprego também se
dantes: as médias! Este torna-se um aprende muita coisa da vida e com sor-
grande drama para muitos de nós, uma te quem sabe se não encontramos algu-
vez que pode condicionar a entrada ma coisa relacionada com o curso que
naquele curso em que sonhámos queremos seguir. Isto não significa que
ingressar. O que fazer nesta situação? no próximo ano não nos possamos vol-
Existem vários caminhos que pode- tar a candidatar no Ensino Superior e
mos seguir, como por exemplo tentar quem sabe se não é desta que consegui-
ingressar num curso idêntico, para não mos entrar.
termos que ficar parados um ano. Mas Com tantas opções e com a nossa
se não é isso que queremos, outra das capacidade de enfrentar as situações
opções será a permanência no 12º ano difíceis, não há desculpa para ficar
para melhorar as notas, para que possa- parado!
mos entrar no ano seguinte. Em muitos
dos casos, a repetição do ano só traz Élia Vendeiro, nº 8
vantagens. Podemos ainda frequentar Flávia Marques, nº 13
um CET (Curso de Especialização Tec- Liliana Gonçalves, nº 19
nológica), aqui podemos fazer alguma Vera Santos, nº 25
disciplina em atraso, caso tenhamos Mariana Simões, nº 28
feito todas as disciplinas de 10º e 11º que este nos confere um diploma. No 12º D
ano e nos tenhamos inscrito pelo final, podemos também seguir o Ensino

Pobreza - O prato do dia


No dia 26 de Março de 2009, realiza- na instituição e ainda que tinham falta Gostaríamos ainda de realçar que esta
ram-se na nossa escola, durante toda a de ajuda; sobretudo faltavam-lhe foi a primeira actividade pública do
manhã, na sala 1, sessões com o Sr. Dr. “mães”, pessoas que cuidam totalmente recém-criado: “Clube dos Direitos
Mário Baudouin, Director da Aldeia das crianças. Humanos”. Outras actividades se segui-
SOS da Guarda e a Dra. Silvy Azevedo, A Dra. Silvy falou mais na distribui- rão até ao final do ano lectivo. Envol-
Assistente Social na mesma instituição, ção do dinheiro pelas diferentes vam-se e talvez desejem prosseguir o
que nos vieram falar um pouco sobre o “famílias” e ainda da chegada das crian- trabalho do clube nos próximos anos
que é a instituição. ças à Aldeia. lectivos.
Esta iniciativa surgiu a propósito do Nestas palestras ainda houve espaço A pobreza não tem necessariamente
tema - a pobreza - que o nosso grupo para a intervenção do público, passan- de continuar a ser prato do dia! Acredi-
está a trabalhar e visa sensibilizar a do no fim das mesmas um pequeno tamos que, apesar de todas as crises,
comunidade educativa para o problema filme demonstrando o que anterior- cada um pode à sua maneira contribuir
e esclarecer a forma como são ajudados mente se tinha falado. para construir um mundo melhor …
os que mais precisam. É importante referir que as crianças Agradecemos a todos os que estive-
Nas diferentes sessões, enquanto os desta instituição têm idades compreen- ram presentes, principalmente aos ora-
oradores falavam, havia fotografias a didas entre os 3 e os 22 anos. dores, pelo entusiasmo e exemplo que
passar da Aldeia SOS da Guarda, que Estamos convictos que foi uma activi- nos deram.
foram tiradas por elementos do nosso dade muito enriquecedora para todos
grupo. O Sr. Mário começou por falar os presentes. A nosso ver, são iniciati- Andreia Silva, nº 2
como apareceu a primeira Aldeia SOS, vas como estas que nos fazem valorizar Bruno Lopes, nº 27
como é a vida na mesma, como é que mais a família, desenvolver uma cons- Bruno Gomes, nº 3
as crianças vivem. ciência mais profunda do mundo em Emanuel Carreira, nº 10
12º D
Frisou que, por vezes, era difícil a que vivemos. Além disso, educa-nos
integração de algumas crianças e jovens para a cidadania.
16

Área de Projecto 12º Ano

Crise Económica a nível MUNDIAL!


Encontramo-nos numa situação de população britânica. Em Itália, de diminuir o excesso de papel
Crise Económica, não só a nível quem entrar e lá ficar ilegalmente, moeda em circulação), desvaloriza-
nacional, como também a nível pratica um delito grave. Esta é a ção da moeda, adopção de medidas
mundial. filosofia da nova medida legislativa restritivas sobre o comércio e o
Todos nós sentimos, uns mais que do governo de Berlusconi contra a capital, poderão de alguma maneira
outros, o que se está a passar na imigração clandestina. atenuar as consequências desta cri-
economia portuguesa, o desempre- Com tudo isto, e de futuro, sendo se.
go a ‘disparar’ e a aumentar a passos originada uma superprodução Deve-se evitar o desemprego,
largos, o poder de compra a dimi- (dificuldades em importar e expor- devido às suas consequências sociais
nuir e as famílias portuguesas a tar e dívidas), quebra da bolsa e consequentemente a diminuição
encontrarem-se agora endividadas (maior oferta e consequentemente da produção e do consumo, a infla-
devido aos empréstimos contraídos menores preços), aliadas à redução ção, pois reduz o poder aquisitivo
e que não têm posses para os pagar. de investimentos, consumo e reces- da moeda, que coincide com o
Alguns governos, nomeadamente são do comércio em países indus- aumento geral dos preços, excesso
governos na Europa, países desen- trializados, irá verificar-se um crash de importações sobre as exporta-
volvidos, como por exemplo a Itália na bolsa, como aconteceu em 1929, ções, desequilíbrio que reduz a ren-
e o Reino Unido ponderam restrin- em Wall Street. da nacional e o nível de empregos.
gir a entrada de imigrantes. Numa A Economia poderá entrar num
entrevista ao jornal “The Times”, o estado mais grave de depressão João Eduardo, nº8
Ministro da Imigração, Phil Woolas, mundial, o que causará um desem- Jorge Cardoso,nº10
defende a redução do fluxo migra- prego maciço, fome e miséria. Marcos Neca, nº13
tório, temendo o crescimento da Iniciativas como a deflação (acção 12ºH

O Espelho da crise…
sociais. deve-se em grande parte à Olhando agora para a
Dada a dependência “ambição”de certas insti- grande Nação Portuguesa,
económica global e a tuições. Toda esta ambi- algumas das medidas que
importância do mercado ção, irracionalidade e falta podiam ajudar Portugal
Norte-Americano, a crise de atenção dos consumi- passam pela manutenção
neste país provoca efeitos dores, face à crise iminen- das taxas de juro por bai-
europeus, o que revela o te, levou ao endividamen- xos valores, o apoio às
quão errados estavam cer- to de alguns consumido- empresas e famílias e o
tos chefes de estado e ins- res, que, na impossibilida- reforço do investimento
tituições económicas de de assumirem as suas público, pois em situação
A convite da professora internacionais quando responsabilidades, condu- de crise as despesas públi-
e no âmbito da Área de diziam “esta crise não che- ziram outras famílias e cas devem ter um carácter
Projecto, disciplina na gará á Europa”. Esta frase empresas (outros consu- contra cíclico, ou seja,
qual estou a desenvolver tinha como objectivo midores) à falta de crédito devem aumentar face à
em conjunto com o meu posicionar a economia (endividamento) por esta- recessão económica;
grupo o tema “crise eco- pela via das expectativas, rem em divida para com assim, o estado dá o
nómica”, irei identificar, pois o consumo depende estes, gerando-se assim exemplo de que o consu-
na minha opinião, possí- das expectativas de rendi- um ciclo vicioso em torno mo jamais pode ser trava-
veis causas e soluções, mento futuro, isto é, do endividamento. Isto do, deve sim ser racional
para esta crise internacio- transmitindo uma ideia de fez com que o consumo e moderado!
nal que o mundo atravessa “Está tudo bem”, o consu- estagnasse abruptamente,
actualmente e que tem mo privado não iria dimi- dada a grande falta de ren-
vindo a provocar enormes nuir, pelo menos entre- dimentos por parte dos João Pinto, nº9,12ºH
custos económicos e tanto. Assim, a crise consumidores.
17

Área de Projecto 12º Ano

Vocações dos Alunos de Economia


informação possível para que fosse A partir dos inquéritos distribuí-
mais fácil para todos obterem a dos, apresentamos um dos gráficos
informação pretendida. Realizámos resultantes do estudo que efectuá-
também algumas entrevistas que mos e que corresponde à globalidade
complementam o nosso trabalho, das aptidões reveladas (vocações dos
nomeadamente a Ana Manso alunos) nas turmas inquiridas.
(licenciada em Gestão e deputada do Na generalidade, os alunos de
PSD), Ana Drago (licenciada em Ciências Socioeconómicas estão em
Sociologia e deputada do BE) e ainda sintonia com os cursos adequados
No âmbito da área curricular não Fernando Ruas (licenciado em Eco- para a área (Cálculos e Contactos
disciplinar de Área Projecto, do nomia e Presidente da Câmara Pessoais), o que demonstra que, na
Curso de Ciências Socioeconómicas Municipal de Viseu). sua maioria, os alunos têm certezas
do 12º Ano, o nosso grupo de traba- Realizámos, no 2º Período, inqué- quanto à área em que estão inseri-
lho, cujo tema é “E depois do curso ritos dirigidos a todas as turmas da dos. Seguidamente, surge o curso de
de Economia...?”, foi desenvolvendo área de Economia, relativos à voca- Medicina e Ciências, o que leva a
ao longo do ano um projecto relati- ção de cada aluno. A finalidade desta deduzir a bipolaridade da nossa área.
vo aos cursos pelos quais os alunos metodologia foi não só fornecer a Em suma, os inquiridos dispersam-se
podem enveredar dentro da área de indicação a cada aluno da sua área por todas as áreas, à excepção dos
Economia, bem como as universida- preferencial, mas também realizar cursos que se destinam às actividades
des mais adequadas a cada um deles um estudo estatístico para se obter ao Ar Livre.
e tudo o que englobam. um conhecimento mais fidedigno Ana Raquel Brigas, nº2
Apoiados numa vasta pesquisa, o acerca das preferências dos alunos Joana Gomes,nº7
nosso objectivo foi compilar toda a que ingressaram nesta área. João Nunes, nº18
12ºH

Visita de Estudo a Lisboa


No âmbito de Área de Projecto, a diferentes naturezas, como moedas por um conjunto de “doutores” que,
turma do 12ºH realizou uma visita de metálicas romanas, árabes e dos desde logo, interagiram connosco,
estudo ao Museu do Banco de Portu- povos bárbaros (visigodos e os sue- mostrando um pouco também como
gal, onde vimos a exposição intitula- vos), passando por todas as moedas são as relações académicas.
da O Dinheiro no Ocidente Peninsular: metálicas que os sucessivos reis man- Após o convívio, ficámos a conhe-
do Antigo Padrão ao Euro, e ao ISCTE – davam cunhar (destacam-se aqui as cer as instalações e o funcionamento
IUL (Instituto Superior de Ciências moedas metálicas do Rei D. João V, das aulas, assim como presenciámos
do Trabalho e da Empresa – Instituto quase todas em ouro, aliás, como nos experiências que estavam a ser reali-
Universitário de Lisboa). descreve várias vezes Saramago na zadas por alguns alunos. Além disso,
A abordagem utilizada pela guia do obra Memorial do Convento) até ao cumpriu-se o principal objectivo da
Museu do Banco de Portugal propor- actual euro. ida a uma Universidade que foi obter
cionou que adquiríssemos conheci- Foi, também, curioso termos visto um maior esclarecimento sobre os
mentos alargados sobre evolução dos uma das muitas notas de 500$00 fal- cursos disponibilizados na nossa área
meios de pagamento que, ao longo sificadas pelo mais famoso burlão de e todas as condições de acesso.
dos séculos, têm sido utilizados no sempre, Alves dos Reis; uma dessas Por fim, voltámos, com a “tristeza”
território português sem que, no notas falsas de 500$00 foi, recente- da despedida mas com a “ânsia” que
entanto, tal abordagem se tornasse mente, arrematada por 7 500€ numa seja a nossa última viagem por esta
aborrecida. leiloeira. escola.
Esta exposição, desenvolvida ao Prosseguimos, então, a nossa visita Para sempre… Economia 08/09!
longo de catorze núcleos, contava à capital dirigindo-nos à Av. Das For-
com exemplares de ”artigos ças Armadas, onde fica situado um Sofia Gonçalves, nº3
padrões” (objectos que adquiriam um dos melhores Institutos Superiores Joana Gomes, nº7
valor padrão, tendo sido utilizados das áreas das ciências sócio- 12ºH
como "dinheiro" em transacções de económicas. Aqui fomos recebidos
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Visitas de Estudo

Viagem a Coimbra
No dia 23 de Abril as turmas cristais encontradas em Portugal. mecânicos. A espera pode não ter
guardenses do 7ºB e 7ºD dirigiram- Posteriormente, fomos ao sido grande, mas o calor era muito!
se pelas sete da manhã a Coimbra Museu Nacional Machado de Quando chegámos a Conímbriga,
(era tão cedo que quando eu acordei Castro onde visitamos o criptopór- o senhor Carlos, o nosso simpático
o sol não passava de um disco no tico e aprendemos que foi um lugar guia, explicou-nos como tinha sur-
horizonte). de residência dos bispos na altura gido a cidade e de seguida fomos
Na viagem de autocarro iam em que Conímbriga era uma cidade visitá-la. A minha parte preferida foi
todos divertidos! Uns iam a jogar, viva. a casa dos repuxos pois aí assistimos
outros a ouvir música, outros a Depois desta visita fomos comer a uma demonstração. Depois desta
falar… ao Centro Comercial sozinhos!!!! visita fomos ao museu observar os
Por volta das 10 da manhã chegá- Após termos almoçado fomos dar artefactos encontrados naquela anti-
mos a Coimbra. Aí dividimo-nos uma volta pelas lojas. ga metrópole.
em dois grupos o 7ª B e alguns alu- Às 13h 30m, quando regressámos Ao final da tarde, voltámos para as
nos do 7º C e D. O meu grupo ao autocarro, todas (quase todas…) nossas casas. Na viagem ainda houve
começou por ir ao Museu de as raparigas tinham sacos de com- tempo para mais brincadeira e mui-
Mineralogia e Geologia onde pras. ta animação.
pudemos observar a evolução da Na viagem para Conímbriga o auto-
Terra, os tipos de rocha de todo o carro deixou de trabalhar várias Gonçalo Nobre,nº14,7ºB
mundo e uma sala com rochas e vezes e tivemos que esperar pelos
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Visitas de Estudo

Visita de Estudo a São Martinho de Anta


Diz a canção que quem passa por encanta e canta a nossa História como barroca dos séculos XVII e XVII, seja
Alcobaça não passa sem lá voltar. Por- ninguém! o retábulo- mor do estilo nacional, o
quê? Para aguçar o apetite, deixo uma cadeiral da comunidade ou órgão de
Porque entre muitas belezas desta pequena resenha deste espaço que é tubos com autómato. Considera-se,
terra destaca-se, com certeza, o Mos- quase tão antigo como a pátria, funda- também, uma imagem trecentista da
teiro de Alcobaça da ordem de Cister. do, em 1143, por Afonso Henriques. Virgem com o menino popularmente
Também eu vos posso garantir que São João de Tarouca é um dos mais chamada senhora da Laranja, de grande
quem passa por S. João de Tarouca e antigos mosteiros cistercienses em valor, como o São Pedro, atribuído a
visita a igreja do convento, também território nacional. O seu estabeleci- Grão Vasco, mestre da escola de
não deixa de lá voltar, até porque este mento foi patrocinado por Afonso Viseu. Também aí se encontra o
espaço é a casa mãe desta ordem, em Henriques mas é fundação indepen- túmulo de D. Pedro Afonso, Conde
Portugal, desde 1152. dente, neste caso, feita por iniciativa de Barcelos, falecido em 1354, autor
Para além do património histórico, da ordem. do mais importante livro de linhagens
não posso deixar de destacar outro As obras tiveram início em 1152 e medieval. Como última menção ao
ícone, o Cicerone deste convento – o decorreram até 1169, altura em que a recheio, devem notar-se a sacristia e
Sr. António Vieira Caetano. igreja foi sagrada. Do conjunto de capela-mor a qual se encontra revesti-
Como diria Camões, “Um velho de edifícios que compunham o mosteiro da de azulejo figurativo azul e branco,
aspeito venerando”, e digo eu agora restam a igreja, parte do corredor de produção joanina com painéis inti-
um senhor respeitável, que faz do monacal, ruínas de dependências, tulados Visão de São Bernardo, a pedir-
convento a sua casa e, por isso, defen- designadamente os dormitórios, as lhe a fundação de mosteiros na Península
de-o com alma! capelas de Santo António, de Santa Ibérica, São Bernardo a enviar os monges
O seu discurso entusiasta e emo- Umbelina e de santa Catarina e uma para a Península Ibérica e o Lançamento
cionante cativa miúdos e graúdos, ponte do tempo primitivo, românico- da primeira pedra por Afonso Henriques.
onde a história é servida deliciosa- tardio. Pode, ainda, descortinar-se a As escavações arqueológicas de
mente pelo Sr. António através de sua estrutura composta por cabeceira 1998/2000, na zona de provável
cada azulejo, pintura, escultura, quadrada escalonada, transepto implantação dos claustros, puseram a
móvel, cadeiral…. saliente e três naves. descoberto estruturas dos séculos XIII
Para além de tudo, é importante Na fachada principal, profunda- e XIV com acrescentos dos séculos
que se diga que este Guardião do mente alterada por obras ao gosto XVI e XVII.
Templo faz tudo gratuitamente por seiscentista, sobressai a rosácea e uma Em 2006, recuperou-se a Casa da
amor à terra que o viu nascer. Para- escultura representando o patrono da Cadeia junto ao mosteiro.
béns, sr Caetano! igreja. A torre sineira é do século
Assim, convido-vos a uma visita XVII. Professora Emília Barbeira
guiada por esta figura ímpar que No seu recheio, há obras de talha
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Visitas de Estudo

Visita de estudo ao Biocant Park


interesse, curiosidade e vontade
de colaborar em “ O Mistério
das células deformadas” que
quando aparecem no sangue
podem ser causadoras de uma
doença, por vezes mortal,
designada por “anemia falcifor-
me”.
Para além desta atitude neces-
sária e favorável à investigação
científica, o manuseamento de
certos materiais e a execução de
alguns procedimentos nunca
antes realizados, tornaram este
espaço um verdadeiro ambiente
de pesquisa.
Apesar do rigor e da seriedade
Localizado em Cantanhede, o valia para a aprendizagem dos que se impunham, houve ainda
Biocant, Centro de Inovação em alunos. de vez em quando momentos de
Biotecnologia, do qual já fazem Por tudo isto, só restava pro- descontracção que foram aligei-
parte aproximadamente uma ceder à marcação da visita de rando o tempo de espera de um
dúzia de empresas, para além de estudo com os alunos do 12º B, ou outro resultado.
uma referência a nível Nacional, no âmbito da disciplina de Bio- De facto tudo foi devidamente
já que é o primeiro parque tec- logia e aguardar por esse dia planeado.
nológico Português dedicado à que efectivamente tardava em A documentação entregue a
Biotecnologia, merece também chegar. alunos e professores, logo no
destaque a nível da Península Finalmente partimos bem início, possibilitou um acompa-
Ibérica e quem sabe a nível cedo, rumo a Cantanhede, nhamento individual e de grupo
Europeu. expectantes com o que iríamos de todo o trabalho, facilitando
A vontade de conhecer este encontrar no Centro de Ciência assim todas as tarefas, o que
espaço era de certa forma anti- Júnior. tornou possível obter bons
ga, já que a sua abertura, publi- Seria moroso, certamente resultados.
citada pelos meios de comunica- maçador, e para alguns incom- Para terminar, gostaria de dar
ção social, me despertou grande preensível o relato detalhado da os parabéns a toda a equipa que
curiosidade. forma como ocupamos o tempo participou nesta visita pelo
Não sendo propriamente um neste espaço. É no entanto desempenho manifestado.
sonho era um desejo que era indispensável referir que todo o
preciso satisfazer, na certeza de grupo (alunos, professores
que este espaço poderia consti- acompanhantes e equipa que Professora Cristina Castro
tuir um recurso científico e tinha a seu cargo orientar a acti-
pedagógico, logo, uma mais vidade laboratorial) manifestou
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Visitas de Estudo

Uma aposta a repetir…


O dia 16 de Abril de 2009, apesar me, está muito bem cuidado e tem alvo móvel enquanto carregam equi-
de amanhecer chuvoso, foi um dia uma envolvência de serra e planície pamentos pesados e andam em ter-
fantástico e inesquecível para os alu- muito bonita, além de muito verde. reno irregular, à chuva, era mais
nos do 11ºG e para a sua professora Há piscina, restaurante, desportos difícil e doloroso do que pensavam.
de Educação Física, Mª Filomena motorizados, bicicletas, futebol na De qualquer forma, foi fabuloso!
Crespo. Viajamos até ao Parque areia… um sem fim de desafios. Após o jogo de Paintball os Alunos
Vivaventura situado, na cerca da Nós apostámos no Paintball e con- e Professora, cheios de entusiasmo,
Senhora dos Verdes, em Gouveia. seguimos fazer dois jogos, um entre dirigiram-se a outra Casa Abrigo.
O transporte de autocarro foi ofere- duas equipas mistas e outro só com Aqui, todos receberam um capace-
cido pela Câmara Municipal, da duas equipas masculinas, e no Slide, te, foram novamente equipados e
Guarda, a quem agradecemos a gen- onde saltámos de uma torre suspen- informados sobre outra modalidade
tileza. No início do ano os discentes sos num cabo no qual deslizámos em que iam praticar, o Slide. Em muitos
desta turma manifestaram o desejo vão de 200 metros. Ainda havia a casos a curiosidade sobrepôs o medo
de conhecer e praticar desportos possibilidade de fazer uma de Esca- das alturas e os 200 m de desliza-
alternativos àqueles que a Escola lada, mas o tempo não permitiu. mento pareceram demasiado curtos.
pode oferecer. A Professora aceitou Sob uma chuva miudinha e persis- Quanta adrenalina, é o máximo esta
bem a ideia e incluiu esta actividade tente os Monitores Desportivos sensação estupenda e inolvidável!
no Plano Curricular de Turma. mostraram os dois campos de Paint- A manhã chegou ao fim. A aventu-
Outros Professores da Turma ball, apetrechados ao ar-livre de ra continuou longe do Parque, mas
incluindo a Directora mostraram-se maneira diferente mas ambos engra- ainda em Gouveia.
interessados em acompanhar-nos çados, e facultaram informações No próximo ano, queremos outro
mas afazeres diversos, de última sobre a história, regras e normas de dia multidesportivo…
hora, obrigaram-nos a desistir. Não segurança desta modalidade. Depois
partilharam a nossa aventura! do briefing, de vestir o equipamento
Fomos encontrar, no Vivaventura, adequado ao Paintball e da escolha
um local interessante e aprazível das equipas, os alunos partiram para Jessica Rodrigues, nº 7, 11º G
onde é possível passar uns dias, o jogo acompanhados dos respecti-
acampados, e praticar várias modali- vos Árbitros. Muitos, rapidamente
dades desportivas. O Parque é enor- perceberam que tentar marcar um
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Visitas de Estudo

Viagem de Estudo a Lisboa


No passado dia 22 de Abril fomos va, descontraída e lúdica, torna a diferentes, nos cinco diferentes
a Lisboa, mais concretamente ao Ciência mais acessível para todos, habitats representados: Atlântico,
Parque das Nações. estimulando a exploração do mun- Índico, Pacífico, Antárctico e o
Esta viagem tinha por objectivo do físico e a experimentação. O seu Aquário Central, observámos
desenvolver o gosto pelas manifes- principal objectivo é o estímulo do imensos animais: os papagaios-do-
tações culturais, assim como pers- conhecimento científico e a difusão mar, as tordas-mergulhadeiras, os
pectivar a radicação histórico- da cultura científica e tecnológica araus-comuns nas Escarpas do
temporal do Homem e, por últi- entre os cidadãos. Atlântico Norte; as aves exóticas
mo, consciencizarmo-nos da dialéc- De seguida, passámos para a visita do Índico Tropical; as lontras-
tica histórico-filosófica inerente ao ao Oceanário. O Oceanário de Lis- marinhas, os tubarões-leopardo,
património a visitar. boa é um espaço de lazer que pro- estrelas-do-mar, anémonas no
Em primeiro lugar, visitámos o move o conhecimento da vida Pacífico Temperado; os pinguins-
Pavilhão do Conhecimento. Muitas marinha e sensibiliza os cidadãos de- Magalhães no Antárctico Gela-
pessoas devem achar que é um local para a conservação da natureza, do; e obviamente diversas espécies
aborrecido uma vez que é um espa- através da alteração dos seus com- de peixes tanto no Aquário Central
ço dedicado à ciência, mas enga- portamentos. Durante a visita a como nas diferentes galerias.
nam-se! Foi uma experiência dife- este, que é um dos maiores aquá- Foi uma viagem espectacular!
rente! Permite, através de módulos rios públicos da Europa, podemos
interactivos, explorar muitos e encontrar mais de 8.000 animais e Ângela Sofia, nº4, 11ºG
variados temas de uma forma acti- plantas de cerca de 500 espécies

Visita de Estudo a Aveiro


mas A e B realizaram uma viagem Após o almoço, seguiu-se a via-
de estudo a Aveiro, com o objectivo gem de estudo com a visita ao navio
de visitar a caravela quinhentista SAGRES e de seguida a descida ao
“Vera Cruz”. único submarino da Armada Portu-
Com o início marcado para as guesa que se encontra operacional.
8:30, junto à Central de Camiona- No mesmo local onde se encontra-
gem, iniciou-se a mesma com um vam estas duas embarcações, esta-
ambiente alegre e festivo. A chega- vam também quatro navios de guer-
da a Aveiro deu-se por volta das ra e um helicóptero de combate.
11:00, tendo-se iniciado de imedia- Terminado o objectivo da viagem
to a visita guiada à caravela, com encetámos o regresso à Guarda,
tempo para a dramatização de um onde chegámos pelas 19:40.
pequeno teatro. A viagem foi bastante proveitosa,
Seguindo-se o período do almoço, visto que a nível pedagógico nos
deslocámo-nos para a praia da Costa forneceu elementos que para nós
Nova, em Ílhavo, onde almoçamos eram desconhecidos. Também teve
e nos divertimos pelo imenso areal um carácter lúdico, porque nos
com o mar de fundo. Alguns alu- divertimos na praia.
nos, acompanhados pelos professo-
Na passada sexta-feira, dia 22 de res, decidiram almoçar num restau-
Maio, os alunos do 8º ano, das tur- rante por perto. Catarina Freitas ,8ºB
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Visitas de Estudo

Visita de Estudo à Assembleia da República


Deputada Ana Manso que nos
encaminhou até ao Hemiciclo.
Depois de nos acomodarmos,
começamos a observar tudo e a
ver se conhecíamos os
deputados que se encontravam
na sala. O nosso Primeiro
Ministro, bem como os
restantes membros do Governo
não estavam presentes. O tema
do plenário foi potestativo,
proposto pelo PS e consistiu na
aprovação dos medicamentos
genéricos para os idosos e o
acompanhamento hospitalar de
crianças com deficiência em
situação de internamento.
No passado dia 29 de Abril, todo o espaço era espantoso e Durante o período que
os alunos com NEE juntamente tudo nos atraía a atenção, desde assistimos ao plenário,
com os professores e técnicos a decoração, escadarias, estivemos na companhia dos
do Serviço da Educação candelabros... Durante a visita, deputados, Ana Manso,
Especial e alguns elementos da o Senhor Deputado Fernando Fernando Cabral e Rita Miguel
Associação de Surdos da Cabral juntou-se a nós por que foram fornecendo
Guarda realizaram a sua visita breves instantes, agradecendo o informações como se processa
de estudo à Assembleia da nosso convite paro o almoço. uma sessão plenária.
República. Contudo, devido a uma sessão Estávamos todos muito
A viagem decorreu sem de trabalho não pode estar interessados e atentos, mas a
imprevistos, num ambiente presente. hora de partida chegou
calmo e de harmonia entre De repente, chegou-se a hora rapidamente. Despedimo-nos
todos. Chegámos à Assembleia do almoço e, então, dirigimo- dos nossos deputados
e fomos logo encaminhados por nos para o espaço verde de representantes da Guarda na
uma guia que nos orientou na Belém, onde podemos Assembleia e fomos ao Centro
visita à exposição do arquitecto desfrutar de toda aquela bela Comercial “Colombo” onde
Ventura Terra. Estávamos muito paisagem e do sempre doce e comemos alguma coisa, antes
interessados no que a guia nos quentinho pastel de Belém. de regressarmos à Guarda.
explicava, pois o arquitecto De seguida, partimos Adorámos a experiência.
realmente fez obras grandiosas, novamente para a Assembleia da
e ver todos aqueles projectos, República para assistir a um
pinturas e maquetas foi muito plenário. Fomos muito bem Alunos com NEE, com a
colaboração dos professores
entusiasmante. Para além disso, recebidos pela Senhora
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Visitas de Estudo

Um dia de aulas diferente


Os alunos do 11º G fizeram uma vasto espólio doado à Biblioteca morreu! Está bem conservada,
Visita de Estudo incrível, no âmbi- que adoptou o seu nome. Vimos a comentaram para disfarçar.
to da disciplina de Educação Física. poltrona onde o Escritor costumava Esta foi uma visita em atenção à
A manhã foi multidesportiva e mui- escrever em cima de uma placa de nossa Directora de Turma e Profes-
to desejada por todos. A tarde foi sora de Português que, não pôde
cultural. acompanhar-nos, mas atendendo ao
Após um almoço piquenique, se nosso empenho bem pode brindar-
não fora o calor da emoção o frio nos com uma notita valorizada no
dessa manhã enregelava-nos a alma final do ano! Huau!!!
e o sangue, lá fomos nós, cantando Já temos saudades daquele dia em
e rindo, a caminho de Gouveia dei- Gouveia onde todos se divertiram.
xando para trás o Parque Vivaven- O convívio foi óptimo, o tempo é
tura.. que foi pouco porque às 16h e
Às 14h e 30 min., do dia 16 de 45min. estávamos de regresso à
Abril, esperava-nos em Gouveia porta da Escola.
uma simpática senhora, a Directora Há a destacar o Prémio Vergílio
da Biblioteca Municipal que nos Ferreira, no valor de 5000 euros,
convidou a entrar numa sala e a instituído com o intuito de desafiar
ouvir “uma prelecçãozinha” sobre a a emergência de outros valores na
vida e obra de Vergílio Ferreira. defesa e divulgação da Língua Por-
Depois mostrou-nos vários objec- tuguesa.
tos pessoais do Escritor: canetas, madeira embrulhado numa manta.
medalhas, pinturas, o violino e Houve quem ficasse arrepiado ao
alguns manuscritos assim como ver a cadeira onde Vergílio Ferreira Marta Morgado, nº14 11ºG

O Museu da Miniatura Automóvel em Gouveia


cial incidência no Campeonato do nhos, sem dependência da tracção
Mundo e outros mais emblemáticos animal.
além do Rali de Portugal, em expo- A Professora, que nos acompa-
sição permanente no museu. nhou, disse-nos que o primeiro
Pudemos observar, através das automóvel que entrou no Distrito
miniaturas, a evolução dos automó- da Guarda foi um Oldsmobille de
veis de rali desde os anos trinta, do 1906, pertença de um seu avô.
século XX até 2007 e apreciar Tinha rodas enormes, semelhantes
outros modelos tais como: os às das bicicletas, que permitiam
Citroen Arrastadeira, os Fiat Balila, subir e descer escadas e em vez de
No passado dia 16 de Abril fomos o Talbot, os Delage, os Delahaye, volante a direcção era manobrada
a Gouveia, no âmbito da disciplina os Panhard, os Alfa Giulietta, os por uma alavanca que girava do
de Educação Física, e aproveitámos Mini Cooper S, Porche 911, Alpine centro para a direita e para a
para visitar também o Museu da Renault, Fiat 124 e 131 Abarth, esquerda. Os faróis eram duas lan-
Miniatura Automóvel. Lancia Stratos Fluvia e Delta, Ford ternas. Os médicos, dessa época,
Alguns alunos optaram por dar Escort e Focus, Subaru Impreza, recomendavam às pessoas viajar
um passeio enquanto outros esco- Mitsubishi Lancer, Citroen Xsara e com os ouvidos tapados a fim de se
lheram satisfazer a curiosidade de tantos outros. protegerem do excesso de veloci-
conhecer este espaço. Neste Foi interessante apesar de não dade que atingia os 30 a 40 kilóme-
Museu, também mini, o visitante haver nada sobre a história do auto- tros/hora. E esta, hein?!!
pode “viajar” por mais de um móvel nem miniaturas dos primei-
milhar de carros de rali, com espe- ros modelos, que circulavam sozi- Ângela Pina, nº4 11ºG
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REFLEXÃO

Porque esquecemos?
que continuamos a armazenar os
novos conhecimentos que aprende-
mos e as experiências que vivemos;
o esquecimento selecciona e afasta
informação que nos é inútil e desne-
cessária, afasta os conflitos e por
vezes também as nossas experiên-
cias traumatizantes para evitar
angústia (funcionando como um
mecanismo de defesa) e assim man-
ter o nosso equilíbrio psicológico
(segundo S. Freud).
Em suma, se registássemos e recor-
dássemos todos os estímulos à nossa
volta, todas as nossas experiências
passadas, tudo o que nos acontece a
cada momento, seríamos incapazes
de responder adequadamente ao
que é efectivamente importante e é
De certeza que te lembras de que foram previamente armazena- aí que entra o esquecimento. Esque-
situações em que querias recordar- dos na memória, pode-te parecer cemos para Memorizarmos.
te de algo e por mais que te tenhas mau - é natural as pessoas associa-
esforçado, não conseguiste. rem o esquecimento a uma falha do
Tal como aprendi em Psicologia, “funcionamento” da memória. Mas Alexandra Ribas Ferreirinha,nº1
o esquecimento, esta incapacidade antes pelo contrário! O esqueci- 12ºE
de recordar, de recuperar dados mento é fundamental, é graças a ele

Sê o que verdadeiramente queres ser!


Abraça! Recolhe o máximo que bocado Louca mas... Faz parte!
conseguires; não ignores. Recria! Demonstra qualquer coisa; faz-te
Vibra! Imagina... Imagina ... Dás sentir vivo (a)... Alcança! Saboreia
voltas e voltas... Eu sei, faz parte. o que podes e não ter porque tudo
Sim, continua! Respira. Sente! nos preenche mais um pouco e tudo
Lembras-te daquele momento? mexe de certa forma com cada um
Continua a guardá-lo... Mesmo que de nós. Acaricia com ternura, com
te cause saudade... Faz parte de ti, gosto, com prazer! Faz com que te
do mundo! Ouve o que não se pode sintas bem; faz sentir bem os
ouvir; confunde-te! Luta. És capaz? outros. Valoriza! Reage! Conta coi-
Observa. Sim, primeiro observa. Eu acredito que não somos cobardes sas e ouve outras tantas! Encontra
Desejas? Espera um pouco, pensa. nenhuns; somos capazes, sim! Fecha respostas, significados; sê o que ver-
Se pensas demasiado... Arrisca! os olhos; acredita! Olha para o lon- dadeiramente queres ser!
Sim, tenta! Interpreta todos os ge; olha para o pôr – do – sol; olha
sinais; valoriza os pormenores. para a Lua e aprende; vê, torna a
Inventa. Sorri! Vagueia sem pensar! ver... Espera, vê outra vez e sente Raquel Saraiva Patrício, nº 21
Procura o que não te prejudica. como da primeira vez! Sim, sou um 12º E
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CRESCER A ESCREVER

Quando aprendi a ler…


so. Era extremamente aliciante para
mim quando era hora da refeição
com a família e esta se distraia a dia-
logar entre si ( é isso que é essencial
entre as famílias, e eu, ainda não
podia participar mais activamente,
pois quando ainda nem sequer se
tem uma década não percebemos
nunca as conversas dos adultos), eu
chamava atenção aos meus pais e
irmão para qualquer rodapé do noti-
ciário com uma notícia que eu acha-
va mais importante e de interesse e
lia em voz alta. Assim ficava feliz
por ver a família parar as suas acções
de graças devido a algo que eu aler-
tei para observarem mais atenta-
mente. Sentia-me muito mais útil.
Quando, mais tarde, já melhor
dominava as letras e melhor com-
preendia o seu significado, conseguia
desenvolver a minha criatividade e
imaginação através de livros mais
extensos e com lugares cheios de
irrealidade e acontecimentos sur-
reais, ou então o contrário, de
humor, o qual eu considero muito
importante e que condiciona os fac-
tores, na minha opinião, que nos
tornam pessoas, felizes… É claro
que é preciso alimentar o humor de
forma saudável, como o resto das
Quando as letras formaram equi- para um lado e para outro completa- coisas…
pas e as equipas se juntaram a va-se ao perceber os significados de As letras e o momento em que as
outras, foi uma das coisas que mais todos os cartazes publicitários, das entendi são as memórias antigas, de
mudança trouxe na minha tenra ida- lojas e cafés, avisos… Naquela altura há mais de uma década, que mais
de. Lembro-me sobretudo de ler apercebíamo-nos muito melhor dos revolucionaram as capacidades
uns pequeninos livros de carros, espaços que as letras completavam, sobretudo intelectuais (outra coisa
barcos e aviões que se tornavam da importância que estas representa- muito importante para sermos úteis
heróis… Era excelente e sentia-me vam e, pelo menos para mim, lem- à sociedade ) que vou adquirindo
muito completo quando lia aquelas bro-me que esta nova habilidade me actualmente...
frases e as aliava às imagens colori- fazia sentir incluído no resto da
das… sociedade, já podia ser útil, podia ler
Era fantástico ao andar pela rua, o as coisas e contá-las a quem não
meu olhar, que já antes se desviava tinha reparado neste ou naquele avi- Hugo Andrade, nº14, 10ºA
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CRESCER A ESCREVER

Seis pares de sabrinas


assim fui aplaudida.
Durante a 2ª parte do espectáculo,
quando já estava na plateia, fiquei
colada ao palco em bicos dos pés
para ver a actuação das “crescidas ”,
oh, como elas dançavam bem!
Sei que os meus olhinhos brilhavam
mais do que estrelas, e foi aí que eu
decidi ser como elas e continuar a
dançar, porque hoje quando estou
no palco e olho de relance à minha
volta e vejo aquelas meninas minús-
culas, que adoram a dança tanto
quanto eu, a olhar para mim de
boca aberta e em bicos dos pés, é
sem dúvida, o maior prazer do
espectáculo.
Ao longo do meu vasto currículo,
já tudo me aconteceu: saltaram os
Aos 15 anos, posso gabar-me de já cante. ganchos do cabelo, tive uma branca,
ter uma considerável colecção de Fazia parte do “jazz 7”, o grupo das enganei-me nos movimentos, levei
maillots, vestidos, túnicas, saias das mais pequeninas, por isso tínhamos sabrinas quando não era para levar,
mais diversas cores, tamanhos e a honra de abrir o espectáculo com tive várias lesões, cãimbras, dores
feitios e usadas para os mais diferen- uma coreografia bastante básica, musculares, mas nada disso impor-
tes efeitos. mas muito difícil de decorar para ta, porque é sempre uma enorme
Quando mudámos de casa, tinha nós. Levava um totó de bailarina, satisfação quando uma menina mais
eu 4 anos, a minha mãe sentou-me no cimo da cabeça com flores cor- nova diz o nosso nome e vem a cor-
no sofá da sala e perguntou-me: de-rosa à volta, um maillot branco rer desajeitadamente na nossa direc-
-Vivemos tão perto das Piscinas com um tutu cor-de-rosa, muito ção para sermos nós as responsáveis
Municipais como do Gimnodance, amorosa. por elas durante o espectáculo.
queres praticar natação ou ser baila- A coreografia passava-se num jar- Ao longo dos anos muita coisa
rina? dim e nós colhíamos as flores ao mudou: agora vou sozinha para o
Eu, sem hesitar, respondi, ser longo do palco, que estava todo ginásio, ao final da tarde, danço
bailarina. riscado a giz com setas para nós música Jazz e contemporânea, já
Assim, começou a minha iniciação seguirmos até às nossas posições. não uso maillot preto para treinar, a
na dança. Duas vezes por semana, Houve uma parte na dança que minha professora é a filha da Luísa,
ao início da tarde, a minha mãe fazíamos um círculo e agarrávamos a Joana.
levava-me pela mão para o ginásio a respectiva flor, mas sentámo-nos Ainda hoje, ao fim de 11 anos,
onde a professora Luísa nos ensinava no sítio errado, ou seja, as flores cerca de 25 coreografias feitas, há
as posições iniciais de pernas e bra- ficaram trocadas e eu comecei a sempre aquele friozinho na barriga
ços de ballet clássico, sempre muito discutir com todas à minha volta! do qual não me consigo livrar.
divertida e descontraída. Conclusão, nenhuma fez os movi-
Ao longo do ano aprendemos e mentos de braços correctos e atrasá-
ajudámos a fazer duas coreografias mo-nos na música. O resultado foi
que apresentámos no início das tão positivo que, no final, quando Ariana Fonseca, nº5, 10ºA
férias de Verão, mas a minha pri- fiz a vénia desequilibrei-me e caí!
meira apresentação foi a mais mar- Toda a gente se riu, mas, mesmo
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CRESCER A ESCREVER

A escola na Holanda e em Portugal


como aqui em Portugal, por vezes o
professor esquecia-se do tempo e
deixava-nos sair mais tarde. Chama-
mos os professores pelo primeiro
nome e não por professor.
Em geral, na Holanda não se pode
sair da escola durante o dia e temos
que almoçar numa grande sala.
Comemos pão ao almoço. No entan-
to, como a minha escola fica perto do
centro comercial da cidade podíamos
sair durante a hora do almoço.
A cidade onde a minha escola está é
uma cidade muito jovem e multicul-
tural, porque há muitos estrangeiros,
quase a maioria da população desta
cidade. Por isso, tinha colegas de
muitos nacionalidades como turcos,
marroquinos entre outras.
Há grandes diferenças entre a fazer nada nas aulas, mas no último Na Holanda a escola secundária
minha escola anterior na Holanda e dia de aulas do período tínhamos que começa no 7º ano e há 3 níveis de
esta escola. A maior diferença é a ter tudo feito, com a assinatura do educação diferentes. O 1º nível dura
forma de educar. professor. 4 anos e depois deste trajecto pode
Na Holanda andei numa escola As aulas duram 70 minutos e há 5 trabalhar-se como cabeleireiro ou
com o sistema Dalton. Este sistema aulas por dia, com 20 minutos de mecânico. O 2º nível dura 5 anos e
vê os alunos como uma pessoa indivi- intervalo às 10h00 e 40 minutos para depois deste trajecto pode trabalhar-
dual e não como uma turma. o almoço. se como professora numa escola
Temos 3 períodos por ano como Nos primeiros 20 minutos de uma secundária. O 3º nível dura 6 anos e
aqui em Portugal. No início do perío- aula, o professor explica a nova depois deste trajecto podemos ir
do, na primeira aula, o professor matéria e os outros 50 minutos faze- estudar numa universidade.
dava-nos um papel com as datas das mos exercícios ou procuramos infor- Estas são alguns exemplos das dife-
aulas e uma lista com os exercícios mação na Internet. Podíamos sair da renças da escola em Portugal e na
que tínhamos de fazer. Em conjunto sala e entrevistar pessoas ou ir à Holanda.
com a turma o professor decidia biblioteca para pesquisar informação
quando iriam ser os testes e depois nos livros ou na Internet, mas tínha- Deirdre Meursing, nº 30, 10º A
disto os alunos podiam, desta forma, mos que voltar antes do fim da aula.
planear o seu estudo. Podíamos não Como não há toques de campainha

Quando eu era criança...


Quando eu era criança, vivia com Às terças-feiras e sextas-feiras tinha da minha família e dos meus amigos,
os meus pais e irmã numa vila perto treino de hóquei e no sábado tinha mas agora já não quero mudar para
da cidade de Amesterdão. Ia para a sempre jogo. No verão, gostava de lá, porque gosto muito de Portugal,
escola de bicicleta e jogava com os nadar num lago atrás da nossa casa. das pessoas e do tempo. Mas o mais
meus amigos na minha casa ou na Agora, a minha vida é completa- importante são os amigos que já
rua. Aos fins-de-semana estava quase mente diferente! Vivo em Portugal, tenho cá!
sempre com a minha melhor amiga. falo uma outra língua, tenho outros
Às vezes visitávamos a nossa família amigos e nunca mais joguei hóquei! Armida Meursing, nº26, 9ºD
que vive noutros locais da Holanda. Tenho muitas saudades da Holanda,
29

CRESCER A ESCREVER

A escola na Moldávia e em Portugal


Há muitas diferenças no sistema de nota obtida num teste vale o mesmo ção com Portugal posso referir o
ensino de país para país, cada sistema que a nota recebida num T.P.C. ou espaço físico que é pior do que em
é adaptado a uma dada cultura com as num outro trabalho qualquer. Acho Portugal devido ao estado investir
suas tradições. Cada cultura tem o que este modo de avaliação é mais pouco no sistema de ensino. Tam-
seu específico e é orientada para objectivo, pois os alunos conseguem bém há uma problema muito impor-
desenvolver características melhores corrigir os erros que fizeram, alcan- tante e de grande proporção que é a
para uma dada sociedade. Por isso e é çando assim notas mais elevadas. O corrupção na escola. Na Moldávia em
muito interessante e importante sistema de avaliação é também dife- escolas e universidades com muito
conhecer outros sistemas de ensino rente sendo a escala de 0 a10 e não dinheiro pode-se comprar tudo: as
para ver as particularidades, vanta- de 0 a 20 como em Portugal. É notá- notas e até as respostas para os exa-
gens e desvantagens do próprio siste- vel o facto que na Moldávia as aulas mes nacionais. Este é o aspecto da
ma de ensino. normalmente terminem entre as 13 e minha escola que eu mais detesto.
Eu conheço bem dois sistemas de 14 horas e por isso há mais trabalhos Analisando os dados e tendo em
ensino: português e moldavo, e para casa. Estes têm uma importância conta a orientação do sistema para
assim, posso fazer uma comparação fundamental na formação da média, culturas diferentes, cheguei à conclu-
mais ou menos objectiva. por isso há sempre muitos T.P.C. são que é muito difícil e até impossí-
Há muitas afinidades e muitas para fazer. Uma outra diferença vel dizer qual é o melhor sistema e
divergências entre estes dois siste- importante é que na Moldávia a que escola prepara melhor as pessoas
mas. A maior semelhança é a relação matéria se estuda mais rápido, não para vida. Resposta a estas questões
aluno - professor que é idêntica e tão aprofundada, por isso é lecciona- só o tempo as pode dar. Só compa-
que, na minha opinião, é muitas da mais matéria em menos tempo. O rando os resultados dos dois sistemas
vezes excessivamente formal. ano lectivo é dividido só em 2 perío- é que podemos deduzir qual o
Mas há muitas diferenças e a mais dos e há mais tempo de férias durante melhor.
importante, na minha opinião, é o um ano do que em Portugal
facto de na Moldávia todas as notas Falando sobre os aspectos negativos
valerem da mesma forma, ou seja, a da escola na Moldávia em compara- Dorin Miscenco,nº30,11ºC

25 de Abril
mento das Forças Armadas – foi ceptado antes dos militares chega-
conduzido por um conjunto de mili- rem à capital, Lisboa, sendo assim,
tares e como a maioria deles tinha os oficiais que a comandavam foram
patente de capitão, esse movimento presos. Mas como há males que vêm
ficou também conhecido como por bem, este fracasso mostrou aos
“Movimento dos Capitães”. militares do MFA os pontos fracos
Tal movimento deu-se devido ao da organização, podendo assim aper-
descontentamento da população: a feiçoarem – se, e também sossegou
Guerra Colonial continuava sem fim os responsáveis governamentais,
à vista; as liberdades continuavam principalmente Marcelo Caetano,
reprimidas; as condições de vida que julgou ter resolvido de vez a
“Revolução dos cravos” foi o nome agravavam-se; Portugal estava cada contestação dos militares. Finalmen-
atribuído ao golpe de estado militar vez mais isolado. te a 25 de Abril o regime opressivo
que derrubou, num só dia, o regime Por isso, a 16 de Março de 1974 de Salazar/Caetano caía e o País res-
político que vigorava em Portugal – ocorreu uma tentativa para derrubar pirava liberdade.
Estado Novo - desde 1926. Também o regime – uma coluna militar saiu
conhecido pelos Portugueses como de Caldas da Rainha em direcção a Bruno Neves ,nº 5, 8ºB
“25 de Abril”, por ter sido no dia 25 Lisboa -, mas devido a falhas na
de Abril de 1974. O MFA – Movi- organização o movimento foi inter-
30

CRESCER A ESCREVER

Mudança amargosa
crescer o cabelo e está com uma Não, ele não se esqueceu. Mas
Vou falar de um amigo, de uma nova imagem que atrai olhares e cati- enquanto ele anda preocupado em
pessoa que conheço já há anos, uma va um “conhecer melhor”. tornar a sua lista de conhecidos incal-
espécie de melhor amigo que sempre Não, ele não deixou de ser meu culável, isto é, em arranjar cada vez
se preocupou comigo quando a amigo. Mas a “listinha de contactos” mais novos amigos, e enquanto estes
minha expressão era triste, um ami- do rapaz aumentou. Surgiu-lhe uma lhe mandam sms’s a dizer que é um
go que sempre me procurou aquan- vontade, talvez incontrolável do nos- “bacano” e que o adoram, ele está a
do das suas inquietações. so ponto de vista, de conhecer gente deixar fugir um número grandinho
E falo dele num tempo que remete nova. Ele passou a ser o centro de de pessoas que gostavam dele bem
para o passado, para algo que aconte- muitas atenções de um número de demais mas que se fartaram por ten-
cia e já não acontece mais! Mas…por pessoas considerável. A início fiquei tarem, a todo o custo, alimentar
que será? contente e pensei “Finalmente come- aquela amizade mas que chegaram à
Pois, eu mesma sei tal resposta! çou a pensar em pôr a sua introver- conclusão que para uma boa amizade
Porque ele era um jovem cujo são de parte” mas passaram-se meses é preciso que os dois lados tentem e
aspecto físico não era o mais belo aos e eu notei que ele, enquanto meu tal não estava a acontecer.
olhos da maioria, porque ele não era grande amigo, se estava a afastar cada Nós sempre lhe demos o que um
fashion nem nada que se parecesse vez mais de mim. Ele deixou de ver bom amigo merece, mas ele deixou
com tal e porque, assim, não chama- quando é que eu estava triste. Ele de nos compensar por tal. Nós dei-
va a atenção de muita gente e nin- deixou de me contar o que mais o xámos de ser cativados e talvez já
guém se interessava por conhecê-lo preocupava. Ele desligou-se quase tenhamos desistido daquela amizade.
“um pouco melhor” (acho que perce- completamente de mim. O mais Afinal a amizade também existe com
bem bem o que eu quero dizer) e estranho (ou então não) foi o facto uma certa reciprocidade na base da
porque ele agora é uma pessoa com- de ele ter feito o mesmo com o resto sua perfeição, dá-se e recebe-se ao
pletamente diferente (e refiro-me dos nossos amigos. mesmo tempo, nos bons e nos maus
especialmente ao aspecto físico). “Bem, mas então o moço esque- momentos!
Pois é, ele agora adoptou uma ceu-se de mim e dos outros nossos
maneira de vestir diferente, deixou amigos?” pensei. Adriana Vaz, nº1,10ºC

Encontro com os escritores Alice Vieira e José Manuel Saraiva

O dia 20 de Maio na nossa escola foi um dia de encon-


tros como os escritores Alice Vieira e José Manuel Sarai-
va.
Da parte da manhã algumas alunas do 8ªA entrevista-
ram a escritora Alice Vieira e após a entrevista os alunos
do 8ºB apresentaram um teatro baseado na obra da auto-
ra, Leandro, rei da Helíria, que foi acompanhado
pelo som de flautas e de violino tocados por três alunas
do 8ºD.
Da parte da tarde foi a vez dos alunos do 10º ano se
reunirem com o escritor José Manuel Saraiva, que falou
das sua obras e respondeu a questões feitas pelos alunos e
professores presentes.
Esta actividade insere-se no Plano de Actividades do
Departamento de Língua Portuguesa e foi organizada
pela professora Emília Barbeira.

Professora Carla Tavares


31

CRESCER A LER E ESCREVER

O que move o mundo…

Foi na biblioteca. ca de irracionalismo. mentos. Somos invadidos pelo


E em que outro lugar nos Porquê? silêncio. Não espalhamos a men-
poderíamos encontrar com a lei- No meio de todos os seus exa- sagem…
tura mais uma vez? geros e radicalismos, acho que Sim, não creio que existam
Em que outro lugar podería- entendi a sua mensagem. O períodos de irracionalismo/
mos entender a mensagem de autor entende a arte como algo racionalidade. Talvez momentos
mudança que um livro pode tra- utilitário, algo que deve ter uma de silêncio e momentos de gri-
zer? função. Deve ser algo que mova tos. Mas o mundo nunca deixa
Jorge Carvalheira tentou trazer o mundo. de se mover…
essa mensagem à nossa escola. O E, neste momento, o mundo Não conhecia este escritor. O
escritor é um pouco radical. não se move. que, segundo o próprio, não é
Notou-se isso mesmo logo pela Não se move porque não se de estranhar, pois a sua obra não
sua apresentação: “Eu podia falar escreve nada para mover as men- é muito conhecida e “felizmente,
da grande satisfação que sinto talidades. Não há uma mensa- não vive do que escreve”. No
por estar aqui, mas isso não inte- gem… entanto, fiquei curiosa sobre a
ressa a ninguém. Emoções, esta- É isto o irracionalismo da nossa sua mensagem, que é algo capaz
dos de alma… Não é isso que época. À qual se seguirá inevita- de agitar as mentalidades. Talvez
move o mundo. O que move o velmente um período de racio- as suas aves que levantam contra
mundo são as coisas objectivas, nalidade, pois é esse o equilíbrio o vento também consigam levan-
palpáveis.”. que move o mundo. tar-se contra este silêncio.
O que move o mundo… Eu não penso que seja algo E arrancar gritos que movam o
Toda a conversa foi, ao fim e assim tão linear. Todas as épocas mundo…
ao cabo, sobre aquilo que move têm grandes pensadores. Todos
o mundo. Segundo o escritor, nós temos um grande pensador Daniela M. Félix Brigas
existem períodos de racionalida- dentro de nós. Ser homem é isso 12ºD
de e períodos de irracionalismo. mesmo: pensar. Mas, por vezes,
Nós encontramo-nos numa épo- não damos voz a esses pensa-
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CRESCER A LER E ESCREVER

O Inverno caminha, vagaroso...


No dia 20 de Maio, quarta-feira, o pedaços de gélida brancura daquele que, fazendo parecer que entende,
escritor José Manuel Saraiva, autor Inverno impiedoso. Por instinto, o assente com a cabeça, extasiada.
de romances como “Rosa Brava” e velho cerra-a. E por loucura deixa-se E é perante a cidade adormecida,
“Aos olhos de Deus”, veio fazer-nos ficar. coberta de mágica brancura, que San-
uma visita, durante a qual falou um Um silêncio pesado, outrora ausen- cho conta à menina como tudo acon-
pouco sobre a sua obra e respondeu a te, passeia-se agora pelas casas e pelas teceu, há tantos anos que ela não
algumas questões que lhe foram colo- pontes. Tudo pára, excepto o sonho consegue contá-los, no tempo dos
cadas por alunos e professores. que palpita no coração de cada príncipes e das princesas que hoje
Foi-me pedido que redigisse um homem. E por detrás da janela de moram nas histórias que lhe lêem
texto, no qual constassem persona- uma casa de pedra junto à velha pra- antes de dormir. Conta-lhe que aque-
gens da Guarda, e que depois o lesse ça, dois olhos azuis deambulam le mesmo chão foi em tempos pisado
durante a conferência dada pelo inquietos: uma menina a quem o por convictas sufragistas e consagra-
escritor. Eu aceitei, não imaginando, sono ousou trair, e que ansiosa aguar- dos escritores, ao que ela responde,
claro, que viesse parar ao jornal da da algum sinal do amanhecer. No feliz, “Na minha escolinha também há
escola, mas já que assim foi… Espero silêncio, há uma voz que a chama. um Gil(2) e uma Carolina(3)!” E ele
que gostem! Ergue-se no soalho de madeira escura continua, fala de amor e da Ribeiri-
e atravessa, descalça, o corredor até à nha, e de castelos e de muralhas.
O Inverno caminha, vagaroso, porta. E é sem vestígio de receio que Sabe que a criança o escuta, devoran-
arrastando no chão a cauda do majes- se deixa conduzir pela rouquidão da do, sôfrega, cada palavra. E sabe tam-
toso vestido branco. Chega tão frio estranha voz, pegada após pegada bém que nada pode fazer contra o
que mesmo sol e lua se abraçam num pela escuridão imprevisível das esqui- que é inevitável. Despedem-se. Ela
cálido aconchego, ainda aquando do nas, até que, diante do corpo miúdo abraça-o com tanta força, que por
toque estridente das campainhas nas e tenro, vê enaltecida, no centro da pouco não fica com ele gravada na
escolas. Desse abraço nasce a noite. praça, a catedral. E junto a ela, escul- pedra, quando de novo o tic tac faz
Uma a uma, todas as luzes se acen- pido em pedra, o Povoador. Não é melodia com os assobios do vento.
dem. E todas as luzes se apagam. E o mais que uma figura que reconhece Ainda agora, sempre que o velho
velho da idade do tempo, que marca dos livros de História do pai, e por maestro silencia a sua orquestra para
o compasso dos ponteiros do relógio, isso encontra maior interesse em olhar o céu num choro de lamentos
estende as suas barbas ao longo man- reparar no convergir das altíssimas vãos, se ouve, ao longe, aquela voz,
to nevado, até que se fundem. Por paredes do monumento. Tem tanta já rouca de tanto chamar por ela,
brincadeira, faz acelerar a queda dos vontade de revelar a fascinante des- clamando “Muito me tarda o meu
pequenos flocos de neve. E ri de si coberta, mas nada ali lhe parece ter amigo na Guarda!”.
mesmo, enquanto olha, com um mis- vida. Porém, depressa se desengana.
to de inveja e desdém, os simples “Olá, pequena” – soa a voz que até
mortais de cujas vidas orgulhosa e ali a levara. “Quem está a falar?”.
implacavelmente se assenhoreia. “Sou eu… não me conheces?”. E a Carolina Cabaços,nº6, 10ºD
A cidade dorme. É abrigo de uma menina volta-se então para a estátua,
calma que se ouve no cair da neve e fixando-a com aqueles grandes olhos (1)Na mitologia grega, Chronos ou Khronos
se sente no calor que emana das larei- de ternura azul. Como se o sucedido era a personificação do tempo.
ras. Só o velho Chronos(1) não lhe houvesse causado surpresa, (2)Augusto César Ferreira Gil (Lordelo do
permanece, absorto, sempre fiel ao responde, ingénua “Não, não conhe- Ouro, 31 de Julho de 1873 - Guarda, 26 de
ofício, de olhos abertos com as bar- ço”. E, com a curiosidade própria da Fevereiro de 1929) foi um advogado e poeta
português, que viveu praticamente toda a sua
bas estendidas pelas ruas, sentado idade, pergunta ainda “Tu tens nome? vida na Cidade da Guarda.
num penedo a moer remorso e soli- És mesmo de pedra? Eras tu quem há (3) Carolina Beatriz Ângelo (1877 -1911) foi
dão. Parecera-lhe bem passar ali a pouco gritava muito alto?”. “Contar- uma feminista portuguesa que nasceu na
noite. Afinal de contas, numa cidade te-ei tudo, mas tens de falar baixi- Guarda. Médica, lutadora sufragista e funda-
alta, sempre se sentiria mais perto de nho… não podes despertar o tempo, dora da Associação de Propaganda Feminista, foi
casa. E num vago entretanto que ou serei de novo transformado em a primeira mulher a votar em Portugal O
quebra o friso de tristes pensamen- pedra”, diz-lhe a imponente figura, facto de ser viúva permitiu-lhe invocar em
tos, caem-lhe sobre a lassa vista dois enquanto senta no colo a criança, tribuna de ser "chefe de família".
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ARTE

3ª edição do Concurso Nacional Prémio Abel Manta - Gouveia

Em 2007 recebi o 3º prémio.


Em 2008 recebi o 2º prémio.
Agora em 2009 o 1º prémio foi
atribuído por unanimidade, o que
reforça ainda mais a importância que
este tem para mim.

A exposição desta e de outras


obras está a decorrer na Livraria D.
Sancho e termina dia 12 de Junho.

Professor José Fonte

Obra premiada com o 1ºPrémio Abel Manta 2009

Douro Filósofos Transacções

Serpenteiam as colinas, Eu não sou eu, evidentemente. Observa no teu leito


Cabelos de Vénus, doiro são Sou coisa livre e indecente. Com as janelas fechadas
As vinhas. E seus cachos maduros Ninguém me conhece mas todos me têm, E ama o que vês com a mente,
Sentem o calor crespo e o suor Sou invisível mas todos me vêm. Que de tão pura ser nunca mente,
Salgado das terras secas. Sou abstracto e humano, E nunca se entrega
Aqui converge sublime paisagem, Sou criador e disso me ufano. Às ciganas descalças das ruas,
Que inflama os sentidos como Misturo na minha mão, Palavras rudes e cruas.
Sarau cultural: Juntamente com a estrada percorrida, Que se escapam pela boca
O verde simples das folhas O conhecimento da vida, E pelos dedos
É arte; E da paciente meditação. Mais ásperas que as rochas
As vozes rudes dos camponeses, Ouço o bramir rouco da grandeza. Dos altivos penedos
Doces notas de alaúde, são musica; Sim, sou louco com certeza. É verdade. Nada olhava.
E o aroma do mosto e o O vento soprou e nestas letras desapareci, E tudo esperava.
Choroso tacto das fragas ao sol Porque simplesmente, eu não estou aqui.
São poesias que semeiam minha saudade. Aylura Reylee ,10ºC
Aylura Reylee 10º C (Pseuónimo)
Evelyn Darcy ,10º C (Pseuónimo)
(Pseudónimo)
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POESIA

PROCURA

Só quem sente
Compreende
A poesia que faço.
Linguagem simples,
Nervos de aço,
Palavras que caminham
Adiante do tempo.
Não venero PERMANEÇO
Desespero.
Procuro,
Desencanto-me.
Felizes os que vivem Passei ao lado da vida
Sem pensar! E não dei conta de mim!
Agradam a si próprios. Acordei tarde, no fim do tempo.
Façamos sombra Os braços caíram, os olhos vidraram.
Aos que nunca cuidaram Triste e só, fiquei eu por dentro.
De procurar o Sol! Sem paz, sem ódio, sem alento.
Vazia de fé em mim, nos outros…
No caos que me domina e não governo.
PERMANEÇO!

O VAZIO

Perdi-te, senti a tua falta.


Não quero encontrar-te
No vazio do tempo.
Estou fraca demais para desejar paraísos.
Embebida de vida, insegura no chão que piso,
Só conheço o Inferno em que me criaste!

Isabel Duarte
( Avó dos alunos José Tavares e Alexandra Tavares)
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POESIA

Madeira
Fui à Madeira de avião
Mas não vi lá o Alberto João!
Por túneis passei
Até que o Funchal avistei!

No hotel Ajuda me hospedei


Com uma bela vista eu fiquei.
Com o pai e a mãe ao meu lado
E o meu irmão sempre sentado.

A famosa poncha eu bebi


E o bolo do caco eu comi.
Numa esplanada á beira mar
Com barcos sempre a passar!

Ao Pico do Areeiro eu subi


A Montanha
E pelas levadas o desci,
As grutas vulcânicas visitei
E em S.Vicente eu descansei.
Subo àquela Montanha mais alta,
Daqui a Porto Moniz, foi sempre a abrir Dos Deuses, a tranquila morada.
Com belas cascatas de água sempre a cair!! Procuro encontrar a paz perdida,
Nas piscinas naturais eu quis nadar Aquela que é tanto procurada.
Mas o tempo não estava a ajudar!

De regresso ao continente, A Montanha é bela como cristais,


Eu vinha muito contente Faz lembrar a luzente liberdade!
Por visitar a Madeira Mesmo nos dias de intenso nevoeiro,
Onde houve muita brincadeira! É lá que eu encontro a felicidade!

Fábio Gomes, n.º 9 , 10º G


Muito só, contemplo o Sol e as estrelas.
Estas, com o infinito brilhar,
Parecem verdadeiros diamantes
Que reluzem em noites de luar!

Em mim, salta uma grande emoção!


Como uma flecha do arco a sair,
O meu mais livre pensamento voa
Sem ter onde cair!

Jaime Coelho, nº11, 10ºF


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POESIA

Tempo
Um segundo…
Dá-me um segundo,
Desembrulha o invólucro do teu pestanejar
E dá um momento ao Mundo.
A cidade é um leito de interesses, interessados,
interesseiros
Cavaleiros alados, armados do frenesim urbano
Tornam alianças em armas
Lagunas em lacustres de sangue humano.
Trocámos os jardins da nossa inocência
Por sintéticos de arrogância!
Perdemos os cravos, erguemos as balas
E procuramos a noite com igual ânsia.
Um comboio passa,
Um automóvel buzina,
Um avião descola,
Uma mulher na rua que lê a sina,
Uma criança que corre com a sua sacola.
De que fugimos?
Porque corremos?
A vida é uma peça,
A vida não é uma pressa.
E nós?
Nós? Somos actores e não delatores!
Vem.
Notas de Viagem
Vem comigo um pouco,
Vamos fugir deste sufoco
E procurar a íris do nosso dia N Em seu tempo, há anos, andei por mil estradas.
Em cada puro sorriso que transborda magia. O Europa além. Mochila, bloco-notas,
Vamos… Vamos descobrir de novo, T pés andarilhos. Boleias. Onde me deixavam,
Erguer a alma do nosso povo, A ficava. Quando podia partir, abalava.
Levitar a paixão, derrubar o medo, S Quando precisava trabalhava. Havendo trabalho.
Berrar a pulmões e saber dizer em segredo: Onde podia. No que podia. Inglaterra. Itália.
Que amor é esse que nos arremessa, D França. Holanda. Espanha. Por todo o lado.
Que sombra nos acompanha, E Fui colhendo notas. Marrocos. Remendos.
Que saudade é essa? Norte de África. Eis que veio um dia aziago:
E vamos pintar o sol, V um caderno cheio, perdido num saco,
Parar as ondas, I ficado, ido, num camião apressado; boleia
Construir navios, A mal agradecida. Sobrou alguma coisa na
Lançar pombas, G memória, restos de papel no bolso. Alguma
Sentir o compassar do nosso coração, E coisa mais colhida no regresso.
tão lento. M Em rodagem internacional.
Não vivamos de menos.
Pois tal como não volta o vento,
Assim se dissipa o tempo!
Luís Botas, nº 17, 11º E
05 de Maio de 2009
Inês Dias Cunha, nº 10, 10ºF
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POESIA

Alma de Mulher
Nada mais contraditório do que ser mulher…
Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor.
Que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas, num único olhar.
Que cobra de si a perfeição e vive arrumando desculpas para os erros daqueles que ama.
Que hospeda no ventre outras almas, dá à luz e depois fica cega, diante da beleza dos filhos que gerou.
Que dá as asas, ensina a voar mas não quer ver partir os pássaros, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Que como uma feiticeira transforma em luz e sorriso as dores que sente na alma, só para ninguém notar.
E ainda tem que ser forte, para dar os ombros a quem neles precise chorar.
Feliz do homem que por um dia souber, entender a Alma de Mulher!!!

(Autor desconhecido)

Palavras para a Minha Mãe

mãe, tenho pena. esperei sempre que entendesses


as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.

pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste


tanto e eu nunca fui capaz de fazer, quero pedir-te
desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.

às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,


a fotografia em que estou ao teu colo é a fotografia
mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.

lê isto: mãe, amo-te.

eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não


escrevi estas palavras, sim, mãe, hei-de fingir que
não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não
as leste, somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.

(José Luís Peixoto, in "A Casa, a Escuridão")


38

POESIA

O que é para mim a Poesia?


Poesia,
Faz-me relembrar o passado,
Caminha comigo lado a lado.

São palavras que rimam,


Saem do meu coração.
O povo entoa-as como uma canção.
No meu livro, elas brilham,
Passeiam-se como um peão.

Poesia,
Sai das cordas vocais
Como um barco que sai do cais.

Leve como a maresia


Faz-me companhia
Assim eu falo da poesia

Palavra serena,
Leve com uma pena
Que me faz sonhar
Até o mundo acabar!

Bernardo Delgado, nº6 ,


Gonçalo Nobre,nº14,
7ºB
A poesia para mim…

A poesia A Poesia é…
É mais do que simples palavras, Bebés a chorar,
É como uma melodia Pássaros a cantarolar,
Recitada em pequenas quadras! Pessoas a amar.

São palavras bizarras É a brisa que corre,


Que o poeta tem em mente, É o mar que sobe,
Palavras desamarradas É o coração que bate
Que vagueiam livremente. E as flores que nascem.

E agora para terminar Mas verdadeiramente,


Uma dica vou deixar Poesia é Poesia,
Um poema bem escrito Sem mais palavras nem afirma-
Dá asas para voar. ções.

Frederico Quinaz, nº 12, 7º B Ana Rita Prata, nº3, 7º B


39

POESIA

O que é para mim a Poesia?

Poema A Poesia

Poema Estrofes, versos, rimas


É a imaginação Fazem parte da poesia.
De quem escreve Poesia pode ter rimas
O que lhe vem do coração. Ou simplesmente não rimar
Mas é tudo poesia.
São palavras vivas
Que nos fazem companhia Poesia para mim
No sonho de alguém São palavras, textos, versos
Que sonha de dia. Que são fáceis de ler
E de decorar.
Poesia
É a esperança Poesia para mim é vida,
De todos os seres vivos Vida para mim é poesia.
À espera de um mundo melhor! São rimas a saltar,
A dançar e a cantar.

Inês Antunes, nº 15, 7ºB


Sara, nº 24, 7º B

A poesia é imaginação
Que fala mais alto que nós
Vem de dentro do coração
E vai para além de qualquer foz.
Poesia são palavras,
Palavras que nos transmitem sentimentos,
A poesia faz-nos cair na fantasia,
Sentimentos de dor,
No mundo que nos rodeia
Sentimentos de amor.
E faz-nos cair em nós!
É óptima companhia!
São palavras escondidas
Em livros de ouro,
É leve como o vento
Escritas por um poeta,
E pesada como o chumbo,
Lidas em tempos por todos.
É a nossa melhor amiga
E nossa pior inimiga
Maria Beatriz, nº19, 7º B
A poesia faz-nos pensar
Faz-nos sentir coisas irreais,
É como estar a sonhar
Em coisas sem finais…

Adriana Cardoso, nº1, 7ºC


40

BRINCANDO COM …
A MATEMÁTICA

Cantinho da Matemática
Quantos rectângulos existem nesta figura? Tente retirar dois fósforos para ficarem só dois
quadrados.

A piscina

A família Silva tem uma piscina no jardim de sua


casa. Em reunião de família decidem ampliá-la por-
que começa a ser pequena para todos. A piscina, de
forma quadrangular, junto a cada um dos 4 cantos
tem uma árvore que a Sra. Silva não quer arrancar
nem sequer mudar de sítio. O Sr. Silva por sua vez
quer que a piscina continue com a forma quadrangu-
lar e no mesmo sítio onde se encontra. Os filhos
querem que a piscina fique o dobro da área que tem
actualmente. As árvores não podem ficar dentro da
piscina.
Qual a solução para o problema da piscina da famí-
lia Silva?

Sudoku

Fácil Difícil
41

BRINCANDO COM …
A FÍSICO-QUÍMICA

Ciência Divertida
Encher um balão O ferro dos cereais

Material Material

1 balão 1 picadora
1 garrafa de plástico de 33 cl 1 íman
Vinagre 1 chávena.
Bicarbonato de Sódio (ou fermento) Cereais.

Procedimento Procedimento

Coloca um pouco de bicarbonato de sódio na garrafa. Coloca um pouco dos teus cereais na picadora.
Coloca vinagre no balão. Liga a picadora e espera até que os cereais fiquem des-
Enfia o gargalo do balão no gargalo da garrafa. feitos em pequenos pedaços.
Levanta o balão de modo que o vinagre caia para Coloca os cereais na chávena.
Dentro da garrafa. Toca, com uma das extremidades do íman, nos cereais.
Retira o íman e observa.

Resultado Resultado

O vinagre começa a fazer bolhas e o balão a encher A extremidade do íman está rodeada de ferro.
lentamente.

PORQUÊ? PORQUÊ?

Porque as bolhas que aparecem, evidenciam a forma- Porque os teus cereais contêm pequenas quantidades de
ção de um gás (dióxido de carbono), o qual é usado ferro, como podes verificar na sua composição.
para encher o balão.
42

THE ENGLISH PAGES

School Confessions
Parents don’t normally have time to
spend with their children and they
take work home. However, school
opens more “doors” to understand
our lives and everyone should have
a wonderful life without the heavy
burden of work.

Daniela Brás , nº 8 , 10º D

When I was….

When I was 8 I used to attend


classes of national dance. May be
because I was too young or may be
because national dance wasn’t for
me, I didn’t stay there for a long
time. Since that time I have never
practised dance. Later on, my 8th
grade class went to a concert in the
Local Cultural Centre and immedi-
ately it turned out to me that my
Time! aren´t living. town has a lot of talented people!
The light turned off on the stage,
The clock is ticking. The world is the music began to play and three
changing. Time is flowing by. Joana Rei , nº 17,11º A spots of lights appeared on the stage
Everyday the same old routine, and people began dancing. That
the same hurries, the same worries. What a stressing life… music was something different. I
We have become robots com- became amazed. They danced so
manded by time limits and dead- School, home, school. Everyday is beautifully. I will never forget that
lines. The cities have become grow- the same. I am tired of it. I don’t dance. From that moment on I fell
ing garbage bins, growing beds of have time for anything and unfortu- in love with dance. Now dance is
sins. Speeding cars, running kids, nately I am not the only one. I listen part of me, of my soul. I’m addicted
fast feeding, fast feeling.Can´t we to my parents talking about their to it, in a good way, of course.
just stop for a while? Just stop the “amazing” life at work. When I have Dance is a way to express myself.
rushes, break the lines and cease the breakfast I only listen: “Hurry up”; It’s like another language. When I
day? when I have dinner:”work, work feel sad, my way to cheer up is to
Feel the wind blowing through and work.”Many people die earlier dance and when I am happy a desire
your soul, hear the whispers of the for the stressing life they have and to dance overcomes me. My dream
sea, listen to the song of the owls they don’t do anything about it. In is to learn to dance. And I believe
late at night. There are so many my case I like going to the beach, that if I work hard, my dream will
things on Earth to enjoy, so much staying in my balcony and listening come true!
beauty, so much life. Just stop. to the birds singing.
Cease. Breathe. Listen. And live. I think it is a global problem and
The clock is still ticking and we everyone should fight against it. Anna Kotyashko , nº3 ,10º D
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THE ENGLISH PAGES

School Confessions
A decision...

The time of taking a decision is


getting closer and closer. We’re no
longer Kids and the choices we take
now, are probably going to decide
our future. It’s difficult for us to
choose something so important at
the age of eighteen but the impor-
tant decisions are the ones which
make us become adults.
Nowadays we face a lot of pres-
sure when choosing a career be-
cause there are many things to
worry about. Sometimes, even if
we like a certain course, we end up
by choosing another one because it someone can’t work with a simple the same time complicated. I would
is more prestigious as well as better computer, they won’t have any pos- like to go out with my friends with-
paid. With the current crisis we feel sibility of getting a job. We are no out telling where, I would like to
like we need to choose something longer responsible for our career see a good movie (not a twelve-
that can give us a wealthy life. choices, we are addicted to technol- year-old-one), I would like to date
ogy. whoever I please without giving any
We can have many qualifications, type of explanation, I would like to
Pedro Afonso, nº23 ,11ºA
we can have extra curricular activi- start working because I would have
ties and perhaps some work experi- my own money. Sometimes we
ence, but if we can’t work with the want to be older to go out at night,
My future, my life… machines, we won’t get the job. in other words we want to be more
It is the future! It is my life! independent, so there are many
When a student leaves secondary problems between youngsters and
school, he or she will face a new André Pina, nº2 , 11ºA adults. Teens have modern ideas
world, a world where the weakest while parents are very protective.
usually loose. Nowadays, people all My crazy life… There are so many things I can’t do,
over the world are afraid of facing and we are teenagers only once,
the idea of being unemployed, the I am a teenager, I am not a child that’s what they tell me!
idea of not having money to support anymore, but I am not an adult, What for? I am treated like a
their family… They are afraid of the either. I feel I am growing up and I child. But somehow I still love
world. would like to be given more inde- when mum takes me a hot cup of
And what can a young boy do to pendence and responsibility, but milk when I go to bed.
change that situation? Who will every time I want to do things on
help him? my own way, I am told I am too
These are the questions that are young. On the other hand if I try to Carolina Santos , nº5 ,10ºD
constantly in my mind and I asked skip some chores, they tell me I am
myself what will happen to me. The old enough to help. It is really un-
world changed and nowadays if fair. So, teenagers’ life is easy but at
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THE ENGLISH PAGES

School Confessions
letter I used the affection feather,
wet by the red paint of a heart that
missed you. The news aligned as
pearls on a precious thread started
jumping out of their places, running
over the rhythm of my memories.
I remember being a child guided by
your patience. Your safe strong
hands helped me walking my path.
And all the memories, just like a
mental kaleidoscope, were wet by
the tears that dropped from my
eyes. A flying thought took shape and
I miss being that little brown haired
girl with chubby legs and red cheeks
Dreaming… pens! It actually gives me even more that cuddled on your lap.
strength to keep on working in order Although it doesn't seem so, I am
to accomplish my dream. A dream always worried about you and for
Dreaming. Dreaming has always upon a stage, by his side, in front of many times a day I want to know if
been a huge part of my life. And by thousands of people, who listen to you are ok. Who said worrying
"dreams" I don't mean the brain's activ- our music, feel our melodies, under- about the ones we love is a privilege
ity during the night. I'm talking about stand our lyrics, lyrics which they only mothers can feel? Do you know
life goals, objectives you want to identify themselves with. On the con- what? I worry about you too.
achieve. I like to believe that every- trary you might be thinking I don't Mum, you are a wonderful woman, a
one has dreams, even people who care about fame. I don't want to be very special mother. I am so lucky for
prefer to keep them to themselves. I spoken about among hysterical teenag- always getting the best, always the
guess they're just too afraid of being ers, or to appear on the cover of every best advice and the best life guide-
hurt somehow, or maybe they just magazine. I just want to send a mes- lines. On this special day, I want
need to feel supported by someone. sage through one of the most magical you to understand my gratitude, my
Anyway, since I remember my dream ways a person can do it. And I don't recognition for your effort and dedi-
has always been the same: to help want that message to end up with cation through all these years. I don't
people through my music. Many loneliness and unhappiness in the want you to think I only remember
people don't believe it's possible, but world. It's an ambitious dream, I you on Mother's Day. I remember
one day I'll prove them wrong. It's know... But I believe it, and I'll keep you everyday of my life and I re-
quite difficult to believe those people fighting for it whether I look crazy or member you with love and affec-
have never been involved into a beauti- not. Music can be the world's salva- tion. However, I cannot ignore this
ful melody, so deeply that they could tion. Unfortunately, nobody seems special date heavily advertised by all
almost fly away. It's hard to believe to listen. I'll never lose faith. And, media. Although in my heart all the
they have never felt the power of mu- who knows? Maybe someday I can find days are yours, I humbly surrender
sic. Music is a witness of many im- the right notes. to the appeals of advertising and
portant moments. A song is not write this simple message to wish
only a song. Music can make us cry, Carolina Cabaços, nº6 ,10ºD
you a "HAPPY MOTHER'S
smile, feel good or bad things, so it's DAY".
almost impossible for us to remain
indifferent to it. It's so common to Thank you, mother!
see couples taking that special song as
their own, calling it "their song"... Bárbara Saraiva ,nº4 ,10ºD
And it's so wonderful when that hap- Mum, when I started writing this
45

LA PAGE DU FRANÇAIS...

Le muguet du 1er mai


Comme il en avait reçu à cette
Le muguet est une petite fleur même date, l’idée lui plût et c’est lui
blanche de printemps. Selon la tradi- qui lança cette bonne habitude !
tion, le 1er mai, on offre un brin de Le nom latin du muguet est : conval-
muguet aux gens que l’on aime. Le laria maïalis. En anglais on l'appelle:
muguet est une fleur "porte- Lily of the Valley, c'est joli, non ?
bonheur". La tradition dit qu’elle
apporte bonheur et santé jusqu’à Pour cueillir un brin de muguet il
l’année d’après. Au printemps, les est préférable d'utiliser des ciseaux
clochettes du muguet sont blanches, car il faut faire attention de ne pas
Le 1er Mai, les gens s’offrent alors que l’été elles sont rouges. Vi- arracher sa tige souterraine. Dans
un joli petit brin de muguet. Tu ens découvrir l’origine et la tradition certaines régions cette fleur est
vois de quoi il s’agit ? C’est du muguet du 1er mai. protégée. Si on arrache ses "racines"
cette fleur en forme de ou plus exactement ses rhizomes qui
clochettes blanches qui sent Origine et la tradition du portent les racines, le muguet ne
bon l’arrivée du printemps. Il muguet du 1er mai pourra plus refleurir au prochain
paraît même que c’est un mois de mai.
porte-bonheur censé apporter Le muguet
chance et joie jusqu’à l’année
d’après. Pour en savoir plus sur Le muguet est une fleur "porte-
cette sympathique tradition, bonheur" qu'on offre habituellement
viens vite voir notre super dos- le 1er mai, jour de la fête du travail.
sier du 1er Mai. Cette tradition date de 1561, année
où le roi Charles X décida d’en offrir
à toutes les dames de la cour.

Fête du Travail
Le 1er Mai est le jour de la ‘Fête du travail’. C’est pendant la sec-
onde guerre mondiale, en 1941, sous le gouvernement de Vichy, que Le muguet
cette date fut officialisée. En 1947, à la Libération, le 1er Mai devi- un poème de Thomas
ent un jour férié et payé. Depuis, la plupart des pays d’Europe ne
travaillent pas ce jour-là et tout le monde profite ainsi d’un week- C'est le premier mai
end de trois jours à l’arrivée du beau temps ! Cherchons, cherchons...
Les brins de muguet.

Dans les bois, sur les talus,


Sentez, sentez...
Timide et coquet Ces belles clochettes parfumées.

Timide et coquet Regardez ce massif de fleurs :


Je m'appelle le muguet Cueillons, cueillons..
Dans mes feuilles je me cache Ce porte-bonheur.
de peur qu'on ne m'arrache
Et s'il est vrai que je porte bonheur
Venez, venez je vous offre mon coeur
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ASSOCIAÇÃO DE PAIS E
ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DA SÉ – GUARDA


Órgão Sociais
Os membros dos corpos sociais exercerão os seus cargos
sem qualquer remuneração.
Os Estatutos da APEE-Sé foram publicados em Diário
da República, III Série, nº 230 de 04/10/1994. O Regula-
mento Interno foi aprovado em Assembleia-Geral de
13/03/2007.
A APEE-Sé é membro da CONFAP desde 19/02/2000.

Para contactar:

Há uma caixa de Correio, na entrada principal da Escola,


junto ao telefone ou por e-mail:

auroraricardio@gmail.com
fsanchespires@portugalmail.pt
“Enquanto Mãe/Encarregada de Educação, não posso nem quero joaqmorais@gmail.com
deixar de exercer o meu poder -dever de dirigir a educação dos vitorajorge@gmail.com
meus filhos e educandos, no interesse destes, e de procurar, a cada
dia, promover activamente o desenvolvimento físico, intelectual e ÓRGÃOS SOCIAIS 2008/2009
moral dos mesmos.”
ASSEMBLEIA GERAL
M. Aurora B. Ricárdio Pacheco (2009)
Presidente - Vitor Manuel David Salomé
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDU- Secretário - César Rafael Gonçalves
CAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DA SÉ – GUARDA Secretário - Joaquim Monteiro Brigas

A Associação de Pais e Encarregados de Educação da DIRECÇÃO


Escola Secundária da Sé/Guarda, também designada abre-
viadamente por APEE-Sé, congrega e representa Pais e Presidente - Maria Aurora Bernardo Ricárdio Pacheco
Encarregados de Educação da Escola Secundária da Sé. É Vice-Presidente - Francisco João Sanches Pires
Vice-Presidente - Joaquim Marques Morais
uma instituição sem fins lucrativos, com duração ilimitada, Tesoureira - Maria Eduarda Balau Figueiredo
que se rege pelos respectivos estatutos e, nos casos omis- Secretária - Justina Monteiro Pereira
sos, pela lei geral. Voga l- José Dinis Duarte Martins
A APEE-Sé exerce as suas actividades sem subordinação a
qualquer ideologia política ou religiosa. São fins da APEE- CONSELHO FISCAL
Sé:
a) Contribuir, por todos os meios ao seu alcance, para Presidente - António Alexandre Martins Costa
que os Pais e Encarregados de Educação possam cumprir Vogal - Maria Filomena Coelho Rebelo
integralmente a sua missão de educadores; Vogal - Alda Maria Neves Martins Ferreira
b) Contribuir para o desenvolvimento equilibrado da per-
sonalidade do aluno; REPRESENTANTES NO CONSELHO GERAL TRANSITÓ-
RIO
c) Contribuir para uma política de ensino que respeite e
promova os valores fundamentais da pessoa humana. 1.Maria Aurora Bernardo Ricárdio Pacheco
São Órgãos Sociais da APEE-Sé a Assembleia-Geral, o 2.António Carvalho Fernandes da Cruz
Conselho Directivo e o Conselho Fiscal. 3.Joaquim Marques Morais
Os membros da mesa da Assembleia-Geral, o Conselho 4.César Rafael Gonçalves
Directivo e o Conselho Fiscal são eleitos anualmente, por 5.José Dinis Duarte Martins
sufrágio directo e secreto pelos associados que componham
a Assembleia-geral. REPRESENTANTES NO CONSELHO PEDAGÓGICO
O ano social da APEE-Sé principia em um de Outubro e
termina em trinta de Setembro do ano seguinte. 1.Francisco João Sanches Pires
2António Alexandre Martins Costa
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ASSOCIAÇÃO DE PAIS E
ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DA ESCOLA SECUNDÁRIA DA SÉ – GUARDA

Direitos e Deveres da Associação de Pais e Encarregados de Educação

Deveres da Associação de Pais e Encarregados de


Direitos da Associação de Pais e Encarregados de Educação
Educação
(Proposta da APEE_SÉ, no âmbito do Regulamento
(Proposta da APEE_SÉ, no âmbito do Regulamento Interno, a aprovar pelo Conselho Geral Transitório)
Interno, a aprovar pelo Conselho Geral Transitório)
1.Colaborar na elaboração e aplicação do Projecto Edu-
1.Utilizar as instalações da Escola para reuniões previa- cativo, do Plano Anual de Actividades e do Regulamento
mente autorizadas pelo Director e para a concretização Interno;
do seu Plano de Actividades; 2.Representar os pais e encarregados de educação de
2.Dispor de um local próprio para afixar informação, de todos os alunos da escola;
um armário para guardar documentação e de uma caixa 3.Cooperar com a escola na procura de soluções para
de correio para receber informação; problemas detectados;
3.Divulgar os seus estatutos, as suas reuniões e os seus 4.Estar informado e informar os pais e encarregados de
comunicados na escola; educação sobre aspectos importantes da vida escolar;
4.Beneficiar de apoio documental a facultar pela escola, 5.Promover iniciativas que possam contribuir para a
bem como do serviço de reprodução gráfica para envio melhoria da qualidade educativa;
de convocatórias de assembleias de alunos e/ou pais/ 6.Participar nos Conselhos de Turma de carácter disci-
encarregados de educação, sendo todas essas despesas plinar;
suportadas pela escola; 7.Participar nas reuniões do Conselho Geral Transitório,
5.Solicitar a colaboração do Director para remeter, atra- do Conselho Geral, de Conselho Pedagógico e do Gabi-
vés dos respectivos alunos, as convocatórias necessárias nete de Projectos, bem como em todas as actividades e
para as reuniões previstas; reuniões para as quais seja convocada/ convidada pelos
6.Reunir com os órgãos de gestão da escola e com os órgãos de gestão e administração da escola, pelos alunos
alunos para análise de problemas pontuais ou para plani- ou pelos serviços da administração central e regional com
ficação de actividades conjuntas, bem como com os ser- intervenção na área da educação, nos termos das respec-
viços da administração central e regional com interven- tivas responsabilidades e competências;
ção na área da educação, nos termos das respectivas res- 8.Informar antecipadamente o Director das reuniões
ponsabilidades e competências; previstas e solicitar a cedência de instalações;
7.Participar nas actividades da escola, nos Conselhos de 9.Solicitar ao Director autorização para reprodução grá-
Turma de carácter disciplinar e em todas as reuniões para fica de convocatórias, distribuição ou afixação de docu-
as quais seja convocada/convidada pelos órgãos de gestão mentos.
e administração da escola ou pelos alunos.

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E ENCARREGADOS DE EDUCAÇÃO DA


ESCOLA SECUNDÁRIA DA SÉ – GUARDA
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ÚLTIMA

“ A palavra é o perfume do Homem ”


O trabalho
Algumas palavras ilumi- la, para alguns, surge sob a segunda-feira. A sorte do falada reforma.
nam o olhar, acariciam, forma de “papão”, senhor comum dos mortais é que, Outros seres humanos
fazem crescer água na de nome TPC. Num ápice quando a semana “vai de rasam a própria bizarria:
boca, enlaçam num odor surge o jovem e este passa mal a pior”, surge a sexta- possuem o vício de traba-
subtil e estonteante, são a jovem adulto e, sem que feira, melhor, aparece o lhar! Suspeito e perigoso…
melodia! Outras palavras para o coração, alertam os
são as não ditas, as maldi- médicos e confirmam as
tas, as que atemorizam ou estatísticas dos que sucum-
lançam o pânico… Assim bem ao mal.
é, quando roçam os senti- Como perspectivar esta
dos, as emoções ou a ima- incontornável questão?
ginação. Porém, quando Como construir uma rela-
são objecto de reflexão ção saudável com o traba-
umas tornam-se odores lho?
requintadíssimos, leves, É um facto que todas as
esvoaçam, enquanto outras pessoas desenvolvem capa-
fedem, são barroco de Sísi- cidades e realizam activida-
fo; estimulam a luta ou des que lhes propiciam
acabrunham, matam! satisfação, as envolvem, as
Um termo que merece apaixonam, lhes dão pra-
alguma atenção é trabalho. zer. O bom senso e a Psi-
Designa uma realidade que cologia preconizam que
aparece na infância, de este será o terreno favorá-
modo inconsciente, nas vel à escolha da profissão
brincadeiras, no “faz de se tome consciência plena, ansiado fim-de-semana. de uma vida ou preparar-se
conta”. Aí é-se com igual ocorre a transmutação: o Enlevados, muitos come- para diversos tipos de tra-
satisfação pastor, pescador, trabalho torna-se, muitas çam a boiar em perfumadas balho, de acordo com as
treinador de golfinhos, vezes, sinónimo de maça- palavras como tempo livre, exigências actuais. Parece
pasteleiro, médico… É o da, tédio, obrigação. A férias e alguns, mais ou espantosamente simples!
reino da alegria e da frui- semana passa a ter um dia menos, entradotes chegam
ção. Mais tarde, já na esco- difícil de encarar chamado a dedicar os seus ais à tão Professora Ana Pinho

FICHA TÉCNICA:

Publicação Mensal
Direcção: Conselho Executivo da Escola Secundária C/3º CEB da Sé - Guarda
Coordenação: Carla Tavares
Redacção: Fátima Amaral e Lina Couto
Revisão: Cristina Reinas
Logótipo: Maurício Vieira
Colaboradores:
Professores - Adélia Simão, Ana Pinho, Bernardete Barata, Mª Dolores Carreira, Emília Barbeira, Judite Quaresma, Rui Coelho
Alunos - Ana Isabel Varelas
Familiares: Maria Isabel Carvalho Duarte
Participantes:
Professores - Cristina Castro , Irene Antunes, José Fonte, Filomena Crespo, Salvador Cabral
Alunos - Alexandra Tavares, Emanuel Gonçalves, Fábio Coelho, Gonçalo Nobre, Jessica Rodrigues, Ângela Sofia, Catarina Freitas, Marta Morgado, Ângela
Pina, Alexandra Ferreirinha, Raquel Patrício, Hugo Andrade, Ariana Fonseca, Armida Meursing, Dieirdre Meursing, Dorin Miscenco, Bruno Neves, Adriana
Vaz, Daniela Brigas, Carolina Cabaços, Fábio Gomes, Jaime Coelho, Inês Cunha, Luís Botas, Bernardo Delgado, Frederico Quinaz, Ana Prata, Adriana Cardo-
so, Joana Rei, Anna Kotyashko, Pedro Afonso, André Pina, Carolina Santos, Bárbara Saraiva, alunos com NEE, alunos do 12ºB,C, D, e H
Associação de Pais e Encarregados de Educação
Tiragem: 300 exemplares
Impressão: Escola Secundária C/3º CEB da Sé - Guarda

Podem enviar todos os artigos e trabalhos para o e-mail: jornalolhar@gmail.com

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