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br Ano V • Nº 51 • Novembro 2003 • R$ 6,00

O FUTURO DAS LATAS DE AÇO • VIDRO EM DEBATE • ADESIVOS


A máquina de produção de tubos de plástico de velocidade media da
Aisa oferece uma maior produtividade e uma gama maior de tamanhos e
formas de tubos. Com uma automação aperfeiçoada e procedimentos
de alteração e manutenção simplificados, a nova PTH-80s representa
um menor investimento por tubo que a PTH-80: a máquina de tubos de
plástico mais vendida em todo o mundo desde 1985!

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Em prol do maior patrimônio
A Entrevista do mês e
as principais repor-
tagens desta edição tra-
ditada pela renda achata-
da dos consumidores,
muitas empresas baixam
da próxima. Já estamos
preparando a edição de
Tendências e Perspectivas
zem um panorama do que a qualidade dos produtos para 2004, um trabalho
se convencionou chamar e das embalagens no es- que, em sua quinta edição
de “guerra dos mate- forço de crescer apoian- anual, já se firmou como
riais”, isto é, a disputa do-se em preços baixos. um sempre útil instru-
dos diferentes materiais Como também mostram mento auxiliar e de con-
de embalagem para con- aqui e ali as reportagens – sulta permanente no pla-
quistar espaços no merca- e como deveria ensinar a nejamento das empresas.
do. Seria ótimo se todas memória de “tiros no pé” E, já que o assunto é esse,
as guerras fossem seme- que andaram sendo dados informo que também es-
Como deveria lhantes a esse confronto, em anos recentes – não se tamos planejando o pró-
ensinar a memória que basicamente traz para deve aviltar assim o cha- ximo exercício, para tor-
os consumidores reci- mado maior patrimônio nar EMBALAGEMMARCA
de “tiros no pé”
pientes mais eficazes em de qualquer empresa. ainda mais útil e mais
que andaram sua função de proteção Sim, é de marca que esta- inovadora. Aliás, para
sendo dados em dos produtos, na conve- mos falando. 2004 haverá muita inova-
anos recentes – niência de uso e na apre- Esta edição tem vários ção. Aguardem. Por en-
sentação. outros atrativos, mas o es- quanto, até dezembro.
não se deve É verdade que, premidas paço aqui disponível obri-
aviltar as marcas pela retração de vendas ga-me a falar rapidamente Wilson Palhares
novembro 2003
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

Reportagem
ENTREVISTA: JOSÉ
6 ANTONIO LORENTE
Presidente da Cisper
28 MAIZENA
A partir de
esforços
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
e ex-presidente da conjuntos, guma@embalagemmarca.com.br
Abividro traça Unilever obtém Leandro Haberli
perspectivas para leandro@embalagemmarca.com.br
cartucho de papel
as embalagens cartão com fitilho para Colaboradores
de vidro no Brasil Josué Machado e Luiz Antonio Maciel
abertura
Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
arte@embalagemmarca.com.br

12 METÁLICAS
Embalagens de aço
se movimentam para
Assistente de Arte
José Hiroshi Taniguti

manter fatias em Administração


Marcos Palhares (Diretor de Marketing)
alimentos e bebidas. Eunice Fruet (Diretora Financeira)
Na área de alumínio,
Departamento Comercial
fusão e nova comercial@embalagemmarca.com.br
entidade de classe Karin Trojan
Wagner Ferreira

32 INSUMOS Circulação e Assinaturas


Marcella de Freitas Monteiro
Indústria de embalagens assinaturas@embalagemmarca.com.br
atrai fornecedores Assinatura anual: R$ 60,00
globais e novas Público-Alvo
gerações de adesivos EMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais que
de alta performance ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
e supervisão em empresas fornecedoras, con-
vertedoras e usuárias de embalagens para ali-
3 Editorial
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
materiais de limpeza e home service, bem
Comoditização, o risco para o como prestadores de serviços relacionados
maior patrimônio: marca forte com a cadeia de embalagem.

Filiada ao
36 Águas
Concurso de rótulos para água
divulga termo-encolhíveis

38 Calçados Impressa em Image Mate 145 g/m2 (capa) e

20 REPORTAGEM DE
CAPA: FARMÁCIAS
Varejo farmacêutico
Ripasa lança coleção de emba-
lagens calçada na criatividade
Couché Mate 115g/m2 (miolo)
Impressão: Congraf

diversifica seu 40 Panorama


perfil e abre um Movimentação na indústria de EMBALAGEMMARCA é uma publicação
novo campo embalagens e seus lançamentos mensal da Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo
de exigência de
embalagens 44 Display
Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SP
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vendedoras Lançamentos e novidades – e
FILIADA À
seus sistemas de embalagens

48 Painel Gráfico
FOTO DE CAPA: STUDIO AG

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Novidades do setor, da criação
ao acabamento de embalagens O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
50 Almanaque cadas nesta revista sem autorização da Bloco
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
Fatos e curiosidades do mundo
matérias assinadas não refletem necessaria-
das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
entrevista

Futuro interessante para o vidro mbora pela definição acadêmica

E
o conceito de revolução impli-
que na derrocada de um modelo
e a ascensão de outro, ou seja,
uma sucessão de hegemonias,
pode-se dizer que o terreno da
embalagem, no que diz respeito aos mate-
riais nela trabalhados, constitui uma exce-
ção. A criação e o desenvolvimento de so-
luções plásticas, metálicas e celulósicas
não jogou o vidro, um dos materiais pio-
neiros na área, para o limbo. Certo que,
com a atual diversidade, ele não desfruta
da mesma participação de outrora. Toda-
via, está longe de ter seus dias contados:
além de manter nichos cativos, como al-
guns alimentos e bebidas e a indústria far-
macêutica, ele está sendo resgatado em
searas nas quais parecia fadado a presen-
ças pontuais, como a de refrigerantes.
Para discutir a situação da embalagem de
vidro no país, EMBALAGEMMARCA con-
versou com José Antonio Ramos Lorente,
DIVULGAÇÃO

presidente da Cisper, tradicional vidraria


brasileira. Engenheiro mecânico por for-
mação, ex-presidente da entidade de clas-
JOSÉ ANTONIO LORENTE, se do setor, a Abividro, da qual é hoje um
dos diretores do segmento de Vidros para
Embalagem, e atuante na indústria vidrei-
presidente da Cisper e ra há 25 anos, Lorente detalha a entrada
da Cisper no ramo farmacêutico – “na
verdade, uma volta” –, o momento apa-
ex-presidente da Abividro, rentemente auspicioso para o material,
com a revalidação das garrafas retorná-
veis para refrigerantes, e as perspectivas
para o setor. “Vejo um futuro bastante in-
fala da posição do
teressante para o vidro.”

Na área de embalagem, a Cisper sempre


vidro na indústria de se caracterizou como indústria voltada à
produção de garrafas e potes para ali-
mentos e bebidas. Agora está entrando na
embalagens e das fabricação de frascos para medicamen-
tos. O que determinou essa mudança?
Antes, até 1983, 1984, a Cisper já produ-
oportunidades latentes zia embalagens farmacêuticas. Continua-
mos a fabricá-las, em tamanhos maiores,
de meio litro e 1 litro, para xarope, defen-
para o material sivos agrícolas e outros produtos. Assim,

6 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


nunca perdemos contato com esse mer- zação geográfica – estamos no Sudeste,
cado. No entanto, percebemos que havia que concentra 75% dos laboratórios, uma
certo descontentamento com a qualidade vantagem em relação à CIV, por exem-
de serviço das fornecedoras dessa área e plo, cujos frascos embutem um valor de
por isso decidimos, no ano passado, in- frete considerável, já que vêm do Nor-
vestir 1 milhão de dólares para instalar deste para cá. E também por termos me-
no Rio de Janeiro uma linha de produção lhor qualidade. Como fomos os últimos a
com sala limpa, a mais moderna que investir, podemos atuar de forma muito
existe no Brasil. Ela já está à disposição competitiva.
dos clientes e é capaz de produzir 100
milhões de frascos por ano, o que não Falemos de outro negócio estratégico
chega a 30% desse mercado. Ou seja, te- para a Cisper, o mercado de bebidas. A
mos muito para crescer. empresa está apoiando a iniciativa da
Coca-Cola de voltar a utilizar com força
Com a entrada de um player do porte da as garrafas retornáveis...
Cisper no mercado e a conseqüente ele- Esse é um ponto interessante. A Coca-
vação da oferta, não há risco de ocorrer Cola quer crescer de 10% para 30% o
uma guerra de preços entre as vidrarias? share nas garrafas retornáveis, como for-
Não acredito, porque trabalhamos no ma de reverter uma situação de prejuízo,
mercado com as demais empresas de pois concluiu que, com as retornáveis, é
uma forma de concorrência muito sadia. possível obter uma redução de custo im-
Não estamos promovendo uma guerra de portante para crescer onde ela perdeu
preços, mesmo porque nossos custos são mercado, ou seja, nas classes D e E.
muito parecidos. O que há é oportunida- Ocorre que estão crescendo fortemente
de. Primeiro, por uma questão de locali- os mercados de periferia, os mercadi-
nhos. Com a estabilidade econômica, o os investimentos em frota de vasilhames,
consumidor não faz mais a “compra do caixas plásticas, máquinas de lavar se-
mês” para se proteger da inflação. Ele faz riam pesados, não valeriam a pena. Com
compras diárias, pequenas, pois os preços esse “float” a Coca-Cola ganha uma pro-
praticamente não mudam. Por isso, a teção de mercado.
Coca-Cola está levando as retornáveis
para as vendas de esquina, para as pada- Cervejas também configuram um nicho
rias, pois elas movimentam grandes volu- em que as retornáveis podem evoluir?
mes, e as camadas populares não têm A retornável é a embalagem preferida das
problema com a compra planejada. Os cervejarias. Por que? Porque ela dilui o
consumidores de maior poder aquisitivo custo da garrafa em N vezes, as N vezes
é que têm problemas de definição anteci- em que é utilizada. Normalmente se esta-
pada de compras, não querem ir ao super- belece o número de utilizações em torno
mercado levando uma garrafa, tendo de de trinta. O custo daquela embalagem,
definir sua compra antecipadamente. E para efeito de composição de custo final
não representam um problema, pois po- do produto, vai ser diluído em 1/30. É a
dem pagar pela bebida quando sen- embalagem mais econômica que
tem vontade de consumi-la. Difi- existe. Mesmo agregando-se custo
cilmente a Coca-Cola vai conse- de logística de transporte, lavagem
guir que esse público tome uma, Com as e tudo mais, é a embalagem mais
duas ou mais unidades por ano. retornáveis, a barata que existe. A cervejaria que
mais utiliza a garrafa retornável é a
Quais os resultados obtidos com
Coca-Cola está AmBev, com 67% desse tipo de re-
essa iniciativa até agora? ganhando proteção cipiente em seu perfil de embala-
Eles vêm sendo um espetáculo. No de mercado. Fora gem. E o ótimo resultado financei-
Rio de Janeiro, as vendas do tama-
ela e a AmBev, não ro da AmBev está aí, para todo
nho familiar, de 1,25 litro, estão es- mundo ver como se consegue ga-
tourando. Em São Paulo está sendo vejo nenhum outro nhar dinheiro maximizando o con-
trabalhado um projeto bastante in- fabricante de ceito das embalagens.
teressante, que é a garrafa de
refrigerante com
200ml retornável com a definição Isso não é um entrave da própria
do preço na tampa. A tampa trará a massa crítica para indústria de vidro ao crescimento
inscrição “50 centavos”, o que é trabalhar com da garrafa long neck?
chamado “pocket money”, ou “di- retornáveis. Aí podemos falar em nichos, onde
nheiro do troco”. se inserem a long neck e também a
lata. Um exemplo é o do consumo
Há outros fabricantes de refrige- de cervejas premium, que estamos
rantes planejando seguir esse caminho? vendo chegar ao Brasil de maneira tími-
Acho pouco provável, com exceção tal- da. Eu imaginava que fosse chegar mais
vez da AmBev/Pepsi-Cola, que tem visto forte e que as outras cervejarias, além da
todo esse movimento da Coca-Cola e AmBev, fossem perceber essa oportuni-
deve estar aguardando o momento para dade mais rapidamente. A AmBev tem
sentir como vai ser a performance para se sabido se valer desse conceito. Ela lan-
posicionar no mercado. Fora a AmBev, çou em long neck a Bohemia, que é uma
não vejo nenhum outro fabricante de re- cerveja mais cara e, portanto, deve ter
frigerante com massa crítica para traba- maior rentabilidade. Ela é vendida 70%
lhar com retornáveis. Essa era uma estra- em vidro e 30% em lata, porque é uma
tégia que a Coca-Cola tinha no passado, cerveja de maior valor percebido. Lan-
da qual não podia ter aberto mão e que çou a Skol Beats, que só é vendida em vi-
está querendo trazer de novo. Por estar dro, com um design revolucionário, com
presente no Brasil inteiro, a Coca-Cola o qual ganhamos o Prêmio Abre de Em-
tem massa crítica para trabalhar com re- balagem, na categoria Melhor Desenvol-
tornáveis. Para os refrigerantes regionais, vimento do Ano. A Kaiser recentemente

8 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


COMPRINT

9
lançou a Bavária Premium. Há uma série O senhor não vê como uma ameaça ao
de cervejas que estão sendo desenvolvi- vidro a tendência de rebaixamento da
das. Com essas oportunidades a long qualidade dos produtos em geral, devido
neck se desenvolve e cresce, sem tirar o à queda do poder aquisitivo da popula-
negócio da retornável. ção? Isto é: como é um material conside-
rado mais nobre (e mais caro) o vidro
Gostaríamos que o senhor abordasse ou- tende a ser substituído por materiais
tros aspectos relativos à embalagem em mais baratos, de forma a que os produtos
geral e, claro, ao vidro em particular. Há possam apresentar para o consumidor fi-
anos ouve-se dizer que “o vidro vai mor- nal preços mais competitivos.
rer como embalagem”. O setor está per- De modo geral, o mercado de embalagem
dendo espaço, no mundo e no Brasil? tem sofrido transformações. O que tem se
O vidro não está perdendo espaço. Acabo caracterizado, principalmente nos últi-
de voltar de uma reunião nos Estados mos anos, é o favorecimento de produtos
Unidos, onde ouvi uma apresentação dos mais baratos, porque a conjunção de vá-
colegas da Europa, e fiquei muito feliz ao rios fatores, que teve como conseqüência
ver quanto o vidro está ganhando a perda de poder aquisitivo, fez
espaço na Europa. O mercado eu- com que as pessoas com menos di-
ropeu é o maior mercado de vidro O vidro tem nheiro no bolso procurassem alter-
do mundo, com 40 milhões de to- nativas mais acessíveis, e as empre-
neladas por ano. O Brasil não escoa
grandes possibilida- sas começaram a buscar formas
nem 1 milhão. Aqui, nós estamos des de crescer em mais baratas de acondicionar seus
“flat” em volume porque o país não alimentos. Quando produtos. O que notamos é que a
está crescendo, o mercado de em- concorrência ficou muito mais acir-
o Brasil passar a
balagens não está crescendo. Mas rada entre os materiais. Infelizmen-
em unidades estamos evoluindo crescer novamente, te, com essa busca incontida de re-
aos poucos nos últimos anos, pelas a tese do valor dução de preços, a qualidade dos
conquistas em aliviamento de peso agregado voltará, produtos também baixou. Quando
das embalagens. Diria que o cresci- você entra no supermercado, nota
mento consolidado em unidades, como instrumento esse empobrecimento generalizado
ao ano, ficou entre 2% a 3% nos úl- para melhorar a de embalagens e de produtos.
timos cinco anos. Hoje, o mercado margem de
brasileiro de embalagens de vidro Ao mesmo tempo, isso não é uma
deve estar em torno de 4,5 bilhões
rentabilidade das ameaça às marcas consagradas, na
de unidades. empresas medida em que estão nivelando por
baixo a qualidade?
Quais os segmentos em que o vidro Sem dúvida. No momento que sair-
tem mais oportunidades de crescer? mos desse processo de recessão no Bra-
veja mais: www.embalagemmarca.com.br

Acredito que o vidro tem grandes possi- sil, aquelas marcas com maior valor agre-
bilidades de crescer em alimentos. Quan- gado irão prevalecer, porque o consumi-
do passarmos a crescer novamente no dor não quer produtos de baixa qualida-
Brasil, a tese do valor agregado voltará, de. Às vezes ele é obrigado a consumi-
como instrumento para melhorar a mar- los por questões de poder aquisitivo.
gem de rentabilidade das empresas. O vi- Porém, assim que ele resolve seu proble-
dro pode trazer valor agregado aos poten- ma financeiro, volta a consumir produtos
ciais clientes. O mercado de refrigerantes de qualidade. Na verdade, isso tudo é um
sem sombra de dúvida vai crescer, o mer- ciclo. As empresas que são voltadas para
cado de cerveja vai continuar crescendo. uma imagem de valor agregado e com
Bebidas alcoólicas e aguardentes formam respeito ao consumidor na qualidade de
um mercado cativo do vidro. É um seg- sua produção vão tratar de se resguardar
mento que cresce pouco, mas cresce. e de manter embalagens que possam pre-
Acho que esses são os principais setores servar e dar charme aos produtos nelas
com potencial para evolução. contidos.

10 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


metálicas

Sem letargia
Latas de aço lutam para manter fatias em alimentos e bebidas
Por Leandro Haberli

onge de desprezar mercados

L tradicionalmente importantes,
como o de produtos químicos e
tintas mobiliárias, os fabrican-
tes brasileiros de latas de aço vêm concen-
trando esforços cada vez maiores em sua
permanente luta para manter participação
nas gôndolas de alimentos e bebidas. No-
vos sistemas de fechamento, diversifica-
ção de linhas produtivas e aumento da
oferta de formatos diferenciados são ape-
nas alguns exemplos do que o setor vem
fazendo para gerar competitividade e con-
ter o avanço de materiais concorrentes.
Disputando fatias com alternativas de
acondicionamento tão diversas quanto
garrafas de PET, cartonadas assépticas,
embalagens flexíveis, potes plásticos e re- se tratou de uma concorrência predatória”,
cipientes de vidro, o setor de folha-de- diz Rodolfo Kesselring, superintendente
flandres sabe que não pode se acomodar. comercial da Metalgráfica Iguaçu, empre-
O imperativo de constante renovação vem sa que produz anualmente 400 milhões de
no inevitável exemplo do mercado de latas e atende cerca de 25% da demanda
óleos comestíveis. Ainda que as latas con- brasileira de embalagens de aço para óleos
tinuem dominando o segmento, com parti- comestíveis. “O PET se concentrou basi-
cipação estimada em 64% no ano passado, camente nas marcas premium, nicho em
o avanço do PET inquieta a cadeia do aço. que o aço tem uma presença muito peque-
na”, ele completa.
Crescimento contínuo Para reverter a perda de fatias, os for-
Basta dizer que, em 1997, a participação
DADOS DE 1997: DATAMARK / DADOS DE 2003: ESTIMATIVA ABEAÇO

COM AVANÇO DO PET, PARTICIPAÇÃO


das latas de aço no mercado de óleos co-
DO AÇO EM ÓLEOS COMESTÍVEIS
mestíveis era estimada pelo Datamark em
VEM CAINDO
87,39% – cerca de 23 pontos percentuais a
mais em relação aos números de 2002, que 87,39%
foram captados pela Abeaço (Associação
Brasileira da Embalagem de Aço). Fican- L AT
A D
E AÇO
do com quase todo o crescimento do mer-
cado de óleos de soja, em 2003 o PET con- 60%
tinuou avançando, de tal forma que a par-
ticipação do aço deverá recuar para 60% 40%
neste ano, ainda segundo a Abeaço. PET
FOTOS: DIVULGAÇÃO

A situação só não é mais preocupante


porque os fabricantes estimam que, a par
1997 11,05%* 2003
da diminuição das fatias, os volumes pro-
* O restante se divide entre garrafas de PVC, com 1,41%, bombonas de polipropileno,
duzidos vêm se mantendo estáveis. “Não com 0,04%, e tambores de aço, com 0,10%.

12 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


necedores de latas de aço
para óleos comestíveis batem
cada vez mais na tecla dos di-
ferenciais ambientais. A ex-
pectativa é que isso os ajude a
se lançar entre as marcas mais
nobres de óleos comestíveis,
exatamente o nicho em que o
rival PET se estabeleceu. “O
consumidor desses óleos pode Prada produziu
mostrar mais sensibilidade ao latas alusivas às
comemorações
menor impacto ambiental das natalinas para o
embalagens de aço e às vanta- óleo Liza, da
gens de reciclagem em relação Cargill
ao PET”, acredita Kesselring.
O mercado de óleos comestí- às comemorações natalinas na frente e so-
veis também surge como uma bre o logotipo, as latas do óleo Liza foram
das prioridades dentro da própria encomendadas pela Cargill, dona da mar-
Abeaço. Importantes associados da entida- ca, à Prada.
de, que foi criada no primeiro semestre
deste ano, se mostram favoráveis à adoção Rumo às conservas
de uma restrição legal ao uso de embala- Embora exemplos dessa natureza deixem
gens de PET no mercado brasileiro de claro que o aço mantém espaço cativo no
óleos comestíveis. Sempre acompanhada mercado de óleos comestíveis, fabricantes
da bandeira da preservação ambiental, a que praticamente viviam da demanda do
alegação é a de que determinações seme- setor estão apostando em diversificação. É
lhantes já estariam em voga na Europa e o caso da própria Metalgráfica Iguaçu. Até
até em países vizinhos, como a Argentina. então inteiramente dedicada ao parque
processador de soja, para o qual oferece
Aço em edições especiais sete linhas de produção de latas, sendo
Enquanto esse pensamento não ganha cor- duas in-house, a empresa acaba de ampliar
po no Brasil, muitos consumidores de seu leque de atuação.
óleos comestíveis continuam associando a
transparência do PET a valores como no-
Crescimento do
breza e qualidade. Assim, a supremacia do mercado de
aço no setor depende cada vez mais do conservas atraiu
mercado institucional, onde as latas retan- a Metalgráfica
Iguaçu,
gulares de 5 litros praticamente não têm tradicional
concorrentes. Mas no varejo o material fornecedora
não tem deixado de demonstrar força – de latas
para óleos
embora ainda esteja restrito aos óleos de comestíveis
soja, enquanto o PET domina a cena enre
os óleos de girassol, milho e canola.
“Fora dos grandes centros, o consumi-
dor se mantém fiel às marcas de óleos co-
mestíveis vendidas em latas de aço”, lem-
bra Sérgio Iunis, diretor administrativo da
Abeaço. Tal preferência fica clara em uma
das mais recentes ações da tradicional
marca Liza, que acaba de lançar edições
especiais das latas de 900ml de sua linha
de óleos de soja. Com receitas culinárias
no verso e impressões litográficas alusivas

14 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Num lance que consumiu quatro mi-
lhões de dólares, a Iguaçu inaugurou em
São José do Rio Preto (SP) uma nova linha
produtiva voltada inicialmente ao setor de
conservas. De acordo com executivos, o
reposicionamento já vinha sendo estudado
há algum tempo, e teve em balanços com-
parativos recentes o decisivo fator de de-
Tampa Security,
flagração. Num deles, da Datamark, o
da Renner: depois
crescimento do mercado de conservas é es- de sucos (abaixo),
timado entre 8% e 12% ao ano, enquanto o suplementos
segmento de óleos comestíveis avança a alimentares a concorrência, a cadeia do aço tem outros
uma média de 4% ao ano. trunfos além do discurso ecológico e da
própria qualidade de proteção à luz de suas
Disputa mais branda embalagens – sempre citada no embate
“Além disso, a concorrência é menor, pois com o PET e com o vidro, mas que obvia-
o mercado de conservas tem menos forne- mente perde força quando a briga é com as
cedores de latas de aço do que o de óleos caixinhas longa-vida.
comestíveis”, afirma Rodolfo O maior deles é a aposta em tampas di-
Kesselring, superintendente ferenciadas, que sem dúvida se tor-
da Iguaçu. As novas latas se- naram as grandes vedetes do
rão produzidas no tradicio- setor, renovando o fôlego com-
nal diâmetro de 74mm, petitivo das embalagens de
medida que também per- aço no mercado de ali-
mitirá atender mercados mentos. Exemplos à mão
como o de cremes de lei- são as latas Ploc Off, da
te, atomatados, cafés solú- Brasilata, cujas tampas
veis e leites condensados. plásticas possuem lacre de
A experiência em concorrer com o segurança e são oferecidas como uma al-
PET nas gôndolas de óleos comestíveis ternativa aos tradicionais fechamentos
poderá ser muito útil à Iguaçu. Afinal, se compostos por selos de alumínio e sobre-
na área de legumes em conserva o aço não tampas plásticas.
tem rivais, nos mercados de molhos de to-
mate e leites condensados as latinhas se Adeptos se multiplicam
encontram em rota de colisão com cartona- Desenvolvida para produtos secos e já
das assépticas e com o vidro. Para enlatar contando com usuários na área de cafés, a
Ploc Off conquistou recentemente um
novo e importante usuário: a linha de cho-
colates granulados da Neugebauer, marca
que atualmente pertence à Florestal Ali-
mentos, empresa de Lajeado (RS).
Outro fechamento que vem ajudando
as latas de aço a explorar novos campos de
atuação nas gôndolas de alimentos é a
Tampa Security, da Metalgráfica Renner.
Também presente em cafés, além de já ter
sido considerada um case de sucesso nas
polpas de frutas congeladas da marca Jal,
a solução agora chegou às prateleiras de
Chocolate granulado suplementos alimentares com a linha Su-
da gaúcha Neugebauer:
mais nova conquista pra Soy, da Josapar, mesma empresa que
da Ploc Off, da Brasilata produz o arroz Tio João.

16 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Fechamentos Bertol, informa que estão adiantadas as
diferenciados negociações para fornecimento entre fa-
podem favorecer
presença do aço bricantes de geléias, frutas em calda e con-
em mercados servas orgânicas. “A aproximação desses
como o de snacks novos projetos já nos fez importar uma li-
nha italiana de equipamentos para produ-
ção de latas expandidas”, diz Eiras. Usa-
das primeiramente pelas Conservas Ode-
rich, empresa de São Sebastião do Caí
(RS), as latas expandidas da Bertol se tor-
naram conhecidas nacionalmente com aju-
da da marca Pilão, que as adotou em uma
de suas linhas de café solúvel.
Utilizando folhas-de-flandres com
espessuras cada vez menores, o que signi-
fica economia de matéria-prima, as latas
expandidas encontram boas perspectivas
em outros produtos de alto giro. No mer-
cado de sucos prontos para beber, a CBL
(Companhia Brasileira de Latas) vem di-
vulgando um modelo promocional feito
especialmente para a bebida. Com forma-
to que lembra um número 8, a lata da CBL
já despertou interesse em outros países,
como foi visto no estande da Abeaço na
“Oferecendo custo compatível ao de feira Envase 2003, realizada em Buenos
outras alternativas de tampas para latas, Aires em setembro último.
também queremos crescer em áreas como Para quem acha que o custo das latas
as de snacks e achocolatados”, adianta expandidas é incompatível com o mercado
José Victor Basso, gerente da Metalgráfica Abeaço de sucos, vale a pena lançar um olhar no
(11) 3842-9512
Renner. O sistema, que acaba de ser adota- www.abeaco.org.br mercado mexicano, onde o Grupo Jumex,
do pela Tubetes, marca de rolinhos de wa- um dos grandes fabricantes de sucos da-
fer para acompanhamento de sorvetes, é Abralatas quele país, vem fazendo grande sucesso
(61) 327-2142
formado por uma membrana plástica dota- www.abralatas.com.br com latas expandidas há cerca de cinco
da de um anel de abertura e coberta por anos. Para as empresas do setor, lances
uma sobretampa plástica. Bertol Embalagens
como esse não deixam dúvidas de que,
(54) 314-1722
www.bertol.com.br embora tenham perdido espaços estratégi-
Diversificação de shapes cos nas gôndolas de alimentos e bebidas
As embalagens de aço também se mantêm Brasilata
(11) 3871-8500
nos últimos anos, as embalagens de aço
enxutas com a colaboração da diferencia- www.brasilata.com.br continuarão fazendo parte do cotidiano
ção de formatos. Esse é exatamente o das novas gerações por muito tempo.
CBL
grande trunfo das latas expandidas, que
(11) 6090-5015 Latas expandidas,
vêm ganhando espaços importantes no www.cbl.ind.br da Bertol:
Brasil. Tendo na Bertol Embalagens, em- sucesso em
Metalgráfica Iguaçu cafés solúveis e
presa do Grupo Bertol, de Passo Fundo (11) 3078-8499
perspectiva de
(RS), um de seus fornecedores, as latinhas www.metalgrafica-iguacu.com.br
adoção em doces
com shapes que fogem dos tradicionais e em conservas
Metalgráfica Renner
padrões tubulares e retangulares vivem a (51) 3349-1000
orgânicas
perspectiva de ampliar o número de usuá- www.metalgraficarenner.com.br
rios em curto prazo.
Prada
Sem autorização para informar nomes, (11) 5682-1000
Enrique Eiras Mayo, diretor-industrial da www.prada.com.br

18 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Alumínio fortalecido
eixando o terreno das emba- Abralatas, que será presidida por José

D lagens de aço e aterrissando


no campo das latinhas de
alumínio para bebidas, mercado estimado
Carlos Martins, também presidente
da Latasa.

em 10 bilhões de unidades por ano no Fusão – Representando os principais fa-


Brasil, o que se vê é um setor que tam- bricantes de latas de alumínio do país
bém se movimenta para defender seus in- (Crown Cork Embalagens, Latapack-Ball,
teresses. Isso ficou especialmente claro Latasa e Rexam), além de fornecedores de
no último dia 14 de outubro, quando foi tampas e de insumos, a Abralatas dividiu
lançada em Brasília (DF) a Abralatas atenções com um dos maiores negócios
(Associação Brasileira dos Fabricantes de vistos no setor nos últimos anos. Trata-se
Latas de Alta Reciclabilidade). da compra da própria Latasa, que é consi-
Assim, a cadeia brasileira de embala- derado o maior fabricante de latas de bebi-
gens de alumínio, que até então era repre- das do país, pela Rexam do Brasil, empre-
sentada apenas pela Abal (Associação sa que pertence ao grupo inglês Rexam.
Brasileira do Alumínio), passou a ter à dis- Segundo comunicado divulgado pela
posição uma entidade de classe inteira- subsidiária da companhia britânica,
mente voltada a seus interesses. Intercâm- o negócio foi fechado em 462 mi-
bio de informações e aumento da competi- lhões de dólares (cerca de 1,3 bi-
tividade da indústria brasileira de embala- lhão de reais), e está previsto para
gens metálicas estão entre os objetivos da ser concluído ainda este ano.
reportagem de capa

Saúde renovada
ôndolas já não configuram um

G recurso para faturar usado so-


mente nos canais de Veneza
ou, sob a forma própria do mo-
derno comércio, desprovida de romantis-
Farmácias diversificam atividades e
pedem embalagens de maior apelo
Por Guilherme Kamio
mo, nos supermercados. Ocorre que um
outro segmento varejista, aquele dedicado
à venda de medicamentos, vem cada vez
mais incrementando sua área de auto-servi-
ço para engordar os lucros. Resultado des-
sa ação é que as farmácias, nas metrópoles
brasileiras, estão se transformando em so-
fisticados quase-magazines, que, em al-
guns casos, já chegam a oferecer perto de
20 000 itens.
À parte os fármacos, vendidos nos bal-
cões ou mesmo em prateleiras, sem pres-
crição médica, a principal marca dessas
drugstores modernas é ser um porto seguro
para os mais variados bens de consumo.
STUDIO AG

Além de dentifrícios e produtos de touca-


dor, cuja participação nas farmácias não
vem de agora, nelas vem crescendo a ofer-
ta de outros produtos: cosméticos e perfu-
mes, sorvetes e guloseimas, bebidas, itens
de vestuário, brinquedos, revistas, pilhas,
filmes para câmeras fotográficas. Numa
esperta jogada de marketing, muitas delas
vêm se transformando em verdadeiros
shoppings da saúde e do bem-estar, ven-
dendo artefatos holísticos – velas, incen-
sos, CDs de música new age – e serviços
como massagens e sessões de relaxamento.
concorrência concentrada do grande varejo
Não-medicamentos em alta e obter negociações mais flexíveis, vêm
“Uma vez que os remédios sofrem com a bancando essa mudança do trade farma-
comparação direta de preços, que não sorri cêutico. “A indústria está se conscientizan-
à rentabilidade, redes e drogarias indepen- do de que, ao lado do fortalecimento da
dentes têm investido em estratégias de ges- marca, a atenção à distribuição pode repre-
tão do negócio e, assim, conseguido ofere- sentar um diferencial frente à crise e à co-
cer maior número de itens num espaço re- moditização generalizada.”
duzido, com maior participação de não- Nesse encadeamento de ações, os resul-
medicamentos”, explica Marcos Gouvêa tados pretendidos pela cadeia produtiva
de Souza, diretor da consultoria especiali- vêm aparecendo. Segundo dados da
zada em varejo Gouvêa de Souza & MD. Associação Brasileira de Redes de
Outro aspecto lembrado por ele é que os Farmácias e Drogarias (Abrafarma), houve
próprios fornecedores, visando diversificar no ano passado um aumento de 6,69% na
seus canais de escoamento, para fugir da venda de não-medicamentos em relação a

20 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


2001, o que reverteu num fatura-

DIVULGAÇÃO
mento de 905 milhões de reais
(veja quadro). Em porcentagem,
eles já respondem por quase 30%
do total das vendas.
Os reflexos dessa diversifica-
ção de atividade, porém, não se li-
mitam a alterações na organiza-
ção das frentes de loja. “Essa mu-
dança do canal farmacêutico vem
abrindo a necessidade e a oportu-
nidade de usar embalagens vende-
doras”, observa Assunta Napolita-
no Camilo, gerente de desenvolvi-
mento de produtos e marketing da
Ripasa, uma das empresas da ca-
deia de embalagem que buscam
mostrar ao mercado estratégias
para potencializar o apelo das em-
balagens nessa nova realidade das
farmácias. É um esforço que já
vem rendendo dividendos. Rede de drogarias
Onofre, uma das
Acontece que, talvez até influenciados que vêm aumen-
pela convivência com os produtos normal- tando o mix de
mente vendidos no grande varejo, os labo- produtos e
serviços, investiu
ratórios vêm investindo em sofisticação da recentemente em
apresentação de seus remédios, um movi- gerenciamento de
mento sentido principalmente na seara dos categorias e em
comunicação no
medicamentos OTC, ou não-éticos, vendi-
ponto-de-venda,
dos livremente. A participação desse tipo trabalho desen-
de produto no mix das farmácias vem cres- volvido pela
cendo a olhos vistos nos últimos anos, de- 100% Design

vido à disseminação da chamada autome-


dicação responsável: como os remédios
vão se tornando mais conhecidos e confiá-
veis e suas possíveis reações vão receben-
do melhor acompanhamento com o passar
do tempo, uma série de fármacos se isenta
da obrigatoriedade da prescrição médica.
Nesse cenário, que exige que esses pro-
dutos agora “se vendam” mais do que an-
teriormente, a embalagem vem adquirindo
novas responsabilidades. “Com a mudança
na natureza da comercialização, esses pro-
dutos, que estavam nos balcões, ao alcance

REDES DE DROGARIAS NO BRASIL: ANÁLISE DAS VENDAS


Vendas 2001 2002 Variação
Totais R$ 3.389.940.810,10 R$ 3.588.625.042,93 +5,86%
FONTE: ABRAFARMA

De medicamentos R$ 2.517.372.192,45 R$ 2.647.959.556,91 +5,19%


De não-medicamentos R$ 872.568.617,65 R$ 940.665.486,02 +7,80%

21 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


IMAGENS: DIVULGAÇÃO
do farmacêutico, agora devem criar sua
própria visibilidade, sua comunicação, e
oferecer cada vez mais diferenciais para o
manuseio, para a estocagem, para a conser-
vação”, pondera Gouvêa de Souza. “Perce-
bemos que os consumidores vêm dando
atenção bem maior às embalagens em suas
decisões de compra”, conta Paulo Shima,
diretor da rede de franquias Farmais. “Tal-
vez pelo fato de os itens de farmácia serem
voltados à saúde e ao bem-estar, o consu-
midor confia mais em produtos bem assea-
dos, com embalagens bonitas”, acredita o
executivo.

Nada de sisudez
É por isso que apresentações sisudas, só-
brias, repletas de signos concernentes à in-
dústria farmacêutica, estão cedendo a vez
para aquelas com cara de varejo, visual-
mente mais trabalhadas e apelativas.
“Por causa da internet, da televisão e de
outros fatores, o público está muito mais
informado acerca das doenças e também ção de embalagens charmosas vem sendo Pfizer renovou as
embalagens de
mais exigente”, afirma Adriana Matos, ge- contrabalançada por uma característica da
sua linha OTC
rente de produto da unidade Upper Respi- oferta de serviços de embalagem hoje dis- para torná-las
ratory e Skin Care da Pfizer. “Desse modo, ponível no país. mais vendedoras e
a melhor forma de se comunicar com ele é “Os custos para a obtenção de embala- diferenciadas das
da concorrência.
através de uma embalagem bem trabalha- gens mais sofisticadas têm caído muito, Acima, um
da, atrativa, na qual constem todas as infor- pois surgiram alternativas em materiais, as comparativo entre
mações de que ele necessita”, ela acrescen- importações estão descomplicadas e os for- algumas apresen-
tações antigas (à
ta. “Isso ocorre porque, apesar de os OTCs necedores cada vez mais possuem equipa- esquerda) e novas
dispensarem prescrição, eles têm que ser mentos instalados que atendem com quali- (à direita)
vendidos lacrados, não podendo depender dade internacional e diminuem a diferença
das informações contidas na bula, inacessí- entre os preços de serviços de diferentes ní-
vel antes da compra efetiva.” veis, como em número de cores”, pontifica
Os fornecedores confirmam o capricho Paulo Sérgio Rosa, diretor da Mappel. A
maior que os clientes da área farmacêutica empresa afirma ter sido pioneira na produ-
vêm pedindo às embalagens de seus produ- ção de blisters para a indústria farmacêuti-
tos. “Geralmente se diz que o produto far- ca nacional e, hoje, além de fornecer diver-
macêutico não tem um preço que compor- sos tipos de embalagens, produz e envasa
te grandes gastos em aperfeiçoamento de medicamentos para uma série de laborató-
embalagens”, comenta Paulo Gustavo Se- rios. Rosa diz que a maior atenção à quali-
vieri Gonçalves, diretor de marketing da dade tem se espraiado até para embalagens
Gonçalves, indústria gráfica que municia como os strips, as tiras flexíveis para o
diversos produtores de medicamentos com acondicionamento de comprimidos: elas
cartuchos de papel cartão. “Mas a concor- estão cada vez mais coloridas e registram
rência a cada dia mais acirrada vem levan- com maior força as marcas que as chance-
do os laboratórios a se esforçarem para di- lam. “Com esse movimento, quem sabe até
ferenciar-se no ponto-de-venda a fim de os stand-up pouches e sachês, outras emba-
alavancar a saída de seus produtos.” Para lagens com as quais trabalhamos, ganhem
sorte da clientela, essa premência na obten- mercado nas farmácias”, ele torce.

22 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Do balcão de outra grande convertedo- Cartuchos de itens
ra de embalagens para medicamentos, a vendidos em farmá-
paranaense Magistral Impressora Indus- cias, como os pro-
duzidos pela
trial, o diretor comercial Sérgio Damião Magistral, estão
detalha, no lado prático, as conseqüências demandando mais
dos pedidos por enobrecimento. “Os cartu- cores e efeitos como
relevo, vernizes e hot
chos, principalmente de medicamentos
stamping
não-éticos, vitaminas, energéticos e de pro-
dutos que prometem rejuvenescimento es-
tão se apresentando com alto destaque nas
gôndolas das farmácias, demandando mais
cores, fotos e o uso de efeitos como relevo,

STUDIO AG
vernizes e hot stamping”, ele conta. “Vale
destacar, nesse panorama, que os laborató-
rios estão se valendo mais e mais da criati-
vidade de profissionais de design para bu- Design, que realizou trabalho desse tipo
rilar suas embalagens.” para a bandeira Onofre de drogarias. Após
ser inaugurada em janeiro numa loja na re-
Investimento em comunicação gião central paulistana, a identidade visual,
A Pfizer é um exemplo providencial para que situa os departamentos da farmácia,
ilustrar a observação de Damião. Confor- está sendo estendida a todas as unidades da
me relata Adriana Matos, a empresa recen- rede. No entender de Adriana, da Pfizer,
temente contratou os serviços da agência “esse tipo de investimento em gerencia- Art Contrast
paulistana Art Contrast para reformular a mento de categorias é um desdobramento (11) 3758-2277
www.artcontrast.com.br
cara de seus medicamentos vendidos em natural da onda de promover uma melhor
gôndola, a fim de obter embalagens mo- comunicação com o consumidor, que co- 100% Design
dernas e diferenciadas. “Queríamos sair do meça com a embalagem”. (11) 3032-5100
www.100porcento.net
arroz-com-feijão e promover uma cisão A propósito, ninguém menos que o con-
com os concorrentes, pois muitos deles vi- sumidor representa o fecho do circuito que Gonçalves
(11) 4689-4700
nham imitando o layout de nossas embala- vem concorrendo para essa evolução de
www.goncalves.com.br
gens”, ela relata, destacando os upgrades atividade das farmácias. Com elas transfor-
visuais feitos nos não-éticos Mylanta e Be- madas em mini-mercados, eles podem Gouvêa de Souza & MD
(11) 3262-0666
nalet, “produtos de referência, mas que vi- prescindir, nos grandes centros urbanos, www.gsmd.com.br
nham sofrendo com apresentações inalte- das cansativas idas aos super e hipermerca-
radas há cerca de vinte anos”. dos. “As novas farmácias estão reescreven- Magistral Impressora Industrial
(11) 3816-2533
Além dos laboratórios, os próprios va- do a história do varejo de conveniência, o www.magistral.com.br
rejistas estão recorrendo aos serviços de que não é um privilégio brasileiro, mas
agências de design, e não somente para uma tendência em linha com o que está Mappel
(11) 4347 6377
projetos de embalagens para linhas de mar- acontecendo no mundo”, define Gouvêa de www.mappel.com.br
cas próprias, uma tática em crescimento, Souza. O certo é que, no recrudescimento
mas para desenvolver projetos de comuni- dessa tendência, todos ganham em saúde: Ripasa
0800 113257
cação visual e de sinalização em seus am- consumidor, indústria, designers e fornece- www.ripasa.com.br
bientes. Bom exemplo é dado pela 100% dores de embalagem.

Mudança de perfil é assunto controverso


No âmago da transformação de perfil cantes automotivos sendo vendidos vidade com a venda exclusiva de re-
das drogarias reside uma polêmica. em lojas ornadas com uma cruz ver- médios “tem sido comprometida por
Pelas normas impostas pela Agência melha. De acordo com Sérgio Mena fatores como o congelamento de pre-
Nacional de Vigilância Sanitária (An- Barreto, presidente executivo da As- ços baixado pelo governo, a queda
visa), farmácias não poderiam vender sociação Brasileira de Redes de Far- do volume de vendas, ano após ano,
produtos não relacionados à saúde. mácias e Drogarias (Abrafarma), o desde 1997, e a medida tomada pela
Sabe-se, porém, de fiscalizações que comércio de outros produtos é ne- Câmara de Medicamentos de reduzir
já encontraram até pneus e lubrifi- cessário. Ele argumenta que a lucrati- a margem do varejo em 1%”.

24 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


CONGRAF

26
CONGRAF

27
making of

Um tiro de canhão
Cartucho de papel cartão com fitilho inova conceito de embalagem
ais que o lançamento de um Qual desses fatores responde pela con-

M produto no mercado, a curta e


já vitoriosa trajetória da Fari-
nha Láctea Maizena num car-
tucho de papel cartão com fitilho, para
quista de uma fatia de 8% do segmento em
apenas quatro meses após o lançamento,
em junho último? Sem dúvida, a força da
marca Maizena – estendida das arquico-
abertura fácil, oferece pelo menos três inte- nhecidas caixinhas amarelas do amido de
ressantes aspectos do ponto de vista do de- milho da Unilever para a estréia da empre-
senvolvimento de embalagens. Primeiro, sa na área das farinhas – é o que se costu-
representa uma notável inovação de con- ma chamar no jargão mercadológico de
ceito de apresentação nessa categoria de “tiro de canhão”. Mas não resta dúvida de
produto, normalmente comercializado em que também foram decisivas as inovações
latas. Segundo, ressalta a importância da no material, no formato e na abertura fácil
conveniência como fator de decisão de (e ainda na possibilidade de refechamento),
compra. Terceiro, confirma o fato de que transformando a embalagem num cartucho
embalagem e marca se beneficiam recipro- inédito para produto alimentício no Brasil.
camente quando a eficácia de cada uma é Além dos aspectos apontados, há vários
potencializada. outros muito significativos na embalagem
em si (ver o quadro na página seguinte),
mas merece destaque o fato de que a inicia-
tiva ilustra uma ação de convergências de
interesses. Nela, além do cliente, foram en-
volvidos um fornecedor de material de em-
balagem, um convertedor, uma agência de
design e um provedor de complementos
(respectivamente Unilever, Cia. Suzano de
Papel e Celulose, 43 Gráfica e Editora,
agência Hi Design e PP Payne).

Troca de informações
A embalagem da Farinha Láctea Maizena
começou a ser gestada cerca de dois anos
atrás, numa troca de informações entre a
Unilever e a Suzano. Antonio Carlos Ca-
bral, gerente de desenvolvimento de emba-
lagem da Unilever, conta que, “dentro da
AÇÃO

determinação de sempre imprimir dinamis-


FOTOS: DIVULG

mo aos processos e de inovar com criativi-


dade”, a empresa pretendia fazer alguma
mudança significativa no recipiente de seu
consagrado amido de milho. Por sua vez, a
Suzano, segundo Carlos Jorge Benites Go-
mes, coordenador de novos negócios da
companhia, procurava um parceiro de peso
para colocar em andamento um projeto de
embalagem na área de alimentos secos.

28 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


1 2 3

O processo de abertura fácil: uma aba, na lateral do cartucho (1), auxilia na retirada do fitilho (2). Assim, o
consumidor ganha acesso ao produto (3). Retirada a porção necessária, a embalagem pode ser refechada (4).

A Suzano convocou então sua agência em que o produto é acondicionado. Seria


contratada, a Hi Design, para desenvolver utilizado um cartucho com revestimento de
uma embalagem estrutural que atendesse papel cristal (impermeável para pó) nos
algumas premissas como fácil abertura, pontos de fuga, com duas fitas aderidas in-
possibilidade de refechamento da embala- ternamente. A idéia apresentada para o
gem e que nela coubesse uma colher de amido de milho Maizena foi considerada
2 Rodas
sopa, a medida mais utilizada nesse tipo de (47) 372-9000 pela Unilever como uma grande evolução
produto. Iniciou-se aí um longo processo www.duasrodas.com.br em termos de praticidade, porém era in-
de idas e vindas, relatam Carlos Gomes e a compatível com o valor final do produto.
43 Gráfica e Editora
designer Sara de Paula Souza, diretora da (47) 211-1200 Assim, o projeto foi suspenso – mas não
agência. Foram feitas várias visitas à uni- abandonado. “O pessoal de marketing fi-
Cia. Suzano
dade da Unilever em Mogi Guaçu (SP), cou com aquilo na cabeça, pois era uma
(11) 3037-9000
onde é produzida a Maizena, a fim de que www.suzano.com.br embalagem que oferecia inúmeras vanta-
o fabricante do papel e a agência se fami- gens, entre elas a de ser um cartucho que
Hi Design
liarizassem com os processos de produção, (11) 3171-0378
podia ser retampado”, relembra Antonio
para definir a adequação do cartucho e sua Carlos Cabral.
viabilidade em termos de custos. PP Payne Entretanto, por uma coincidência, a
(11) 5523-2312
A partir dali foram feitos inúmeros de- www.pppayne.com Unilever estava estudando o lançamento
senvolvimentos em papel cartão para aten- da Farinha Láctea Maizena, e vislumbrou
der aos objetivos do projeto, com diferen- no novo produto uma oportunidade para
tes sistemas de fechamento. Chegou-se a retomar o projeto.
cogitar uma embalagem inovadora a ponto Nessa fase foi envolvida a 43 S/A Grá-
de permitir a eliminação do saco interno fica, fornecedora tradicional da Unilever,

Por que o consumidor aprova a mudança


Carla Dias Araújo, gerente mercado de 8% em sua ca- sidade de uso do cabo da dade, os consumidores di-
do produto da marca Mai- tegoria, segundo dados do colher, como é habitual na zem que até para descartar
zena na Unilever, conta Instituto AC Nielsen. lata de aço; a nova embalagem é me-
que já virou rotina a em- Entre outras vantagens da " tem largura suficiente lhor do que a lata”, afirma
presa receber telefonemas embalagem do produto para a introdução de uma Carla. “Esse projeto
de consumidores dando percebidas claramente pe- colher de sopa, medida de demostra como é impor-
parabéns pelo lançamento los consumidores, citadas receita para esse tipo de tante a integração dos
da Farinha Láctea Maizena nas ligações e em mensa- produto no Brasil. diversos elos da cadeia
num cartucho de papel car- gens eletrônicas, Carla Do ponto de vista gráfico, produtiva na busca de
tão. Ela atribui a “um con- destaca as seguintes: o cartucho adicionou, em soluções que facilitem a
junto de fatores” o suces- " não derrama o conteúdo comparação com a lata tra- vida do consumidor”, diz
so do produto, que em se tombar; dicionalmente usada na ca- Carlos Jorge B. Gomes,
pouco mais de 120 dias " abre e pode ser fechada tegoria, uma área de comu- coordenador de novos
conquistou uma fatia de com facilidade, sem neces- nicação: a tampa. “Na ver- negócios da Suzano.

30 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


4

dotada de recursos tecnológicos para pro-


duzir o cartucho projetado pela Suzano.
Para ela, o desafio era viabilizar o projeto
tecnicamente. “Fora a limitação das máqui-
nas permanentemente ocupadas, não foi
preciso mudar praticamente nada na linha
industrial, pois a 43 procura estar sempre à
frente em tecnologia”, recorda Isnard Xa-
vier, diretor da 43.

Cartucho aliado
Para aplicar o fitilho de abertura, fornecido
pela PP Payne, a 43 acoplou uma máquina
aplicadora à cortadeira e, mais adiante, de-
senvolveu internamente outro equipamen-
to, “mais adequado, mais rápido e de custo
menor”, segundo Isnard Xavier.
Concluída a fase estrutural do projeto,
passou-se à etapa do design gráfico, que
também incluiu algumas características in-
teressantes, para que a Farinha Láctea ti-
vesse o que Cabral define como “um cartu-
cho que é um aliado de vendas”. Para a Su-
zano, o êxito do produto representa uma
possibilidade de ingresso com a embala-
gem em vários segmentos de alimentos se-
cos ou em pó, tais como os de achocolata-
dos, açúcar, arroz, massas secas, confeitos,
frutas passas e, devido ao fitilho, produtos
em geral que precisem de embalagens anti-
violação.
A Farinha Láctea Maizena é apresentada
em cartuchos de 180g, feito com papel car-
tão Super Hi Bulky 275g/m2, e de 350g (Su-
per Hi Bulky 300g/m2). A operação de fa-
bricar e encartuchar o produto foi terceiriza-
da pela Unilever para a 2 Rodas, de Jaraguá
do Sul (RS), vizinha de Blumenau, onde
fica a 43. A empresa construiu um anexo à
sua fábrica apenas para essa operação.
insumos

Alta temperatura
Nova estratégias de fornecimento esquentam mercado de adesivos
julgar pelas novidades volta-

A das à cadeia de embalagens, o


mercado brasileiro de adesi-
vos e selantes está quente
como nunca. Além de capitanear o cres-
cente uso de adesivos livres de solventes
na laminação de filmes flexíveis e de ver
a expansão dos hot melts nas aplicações
de rotulagem e de fechamento de caixas e
cartuchos, a indústria de embalagens tem
inspirado novos lances no setor. HB Fuller acaba
de lançar
De maneira geral, as novidades apon- adesivos próprios
tam para o surgimento de gerações ainda para cartuchos e
mais modernas de adesivos, que prome- bandejas de alimentos
congelados e refrigerados
tem maior rendimento nas aplicações,
além de revigoradas estratégias de forne-
cimento. Menina dos olhos dos fabri- foi dada pela HB Fuller, que acaba de
cantes de adesivos, os hot melts estão lançar a linha Advantra.
à frente de boa parte dessa movimenta- Próprios para fechamento de cartu-
ção, que tem entre seus objetivos a con- chos de alimentos congelados e de
solidação de novos mercados e a diminui- outros tipos de caixas celulósicas, os
ção da capacidade ociosa do setor. produtos já são usados na Europa e nos
Vistos na área de adesivos como uma Estados Unidos há cerca de três anos. O
espécie de antídoto contra o arrefeci- Brasil começará a ser abastecido pela fá-
mento da economia, os hot melts vêm brica argentina da HB Fuller, que iniciou
crescendo no Brasil a uma média de a produção da família de hot melts Ad-
10% ao ano e são responsáveis por um vantra em junho último.
consumo anual estimado em 45 000 to- Com custo diferenciado (3,80 dó-
neladas. O bom desempenho se deve, en- lares/quilo, contra, em média, 2,70 dóla-
tre outras vantagens, à economia de ener- res/quilo dos hot melts tradicionais), a re-
gia obtida graças a temperaturas relati- cém-chegada linha da HB Fuller promete
vamente baixas de processamento (nor- rendimento entre 15% e 30% maior que
malmente entre 100ºC e 120ºC), além da os concorrentes. Segundo a empresa, a
garantia de alta performance em diferen- melhora se deve a fatores como me-
tes tipos de substratos. Tais benefícios nor densidade e colagem eficiente so-
ajudam a explicar as perspectivas ampla- bre distintos tipos de superfície.
mente positivas que alentam a categoria. “Além disso, a linha Advantra não
carboniza durante os processos de aplica-
Sem tempo ruim ção”, diz Sidney Morgado, gerente co-
Em cinco anos os especialistas calculam mercial das unidades de artes gráficas e
que os hot melts responderão por 30% do embalagem da empresa. “Essa caracterís-
FOTOS: DIVULGAÇÃO

consumo de adesivos no Brasil. Tal prog- tica reduz sensivelmente o tempo de pa-
nóstico conta com o respaldo das novas rada de máquina em relação aos hot melts
famílias de produtos que vêm surgindo convencionais”, completa o executivo,
no país. Uma das mais recentes cartadas acrescentando que, além do mercado de

32 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


congelados, os produtos farmacêuticos
estão na mira dos hot melts Advantra.
Ao largo das aplicações em cartuchos,
o mercado de embalagens também tem
assistido ao lançamento de novos adesi-
Artecola vos voltados à área de rotulagem de bebi-
(51) 597-5200
www.artecola.com.br das. É para esse setor que a Henkel, líder
no fornecimento de adesivos para lamina-
HB Fuller ção de filmes flexíveis no Brasil, está tra-
(15) 238-6200
www.hbfuller.com zendo a linha Optal LG 11.
A novidade foi anunciada na Fispal
Henkel Recife, que foi realizada entre os dias 4 e
0800-122334 Com linha Optal LG 11, Henkel
www.henkel.com.br 7 de novembro último. Também próprios acentua estratégia de fornecimento
para ambientes frios, os produtos consti- de adesivos para rótulos de cerveja
Krones
tuem uma alternativa aos adesivos produ-
(11) 4075-9504
www.krones.com.br zidos à base de caseína. De olho no mer-
cado de cervejas, a Henkel afirma que a
solução é capaz de manter diferentes ti-
pos de rótulos fixos mesmo após a imer-
são das garrafas em recipientes com água
e gelo. A família Optal LG 11 será vendi-
da em embalagens com formato de balde,
recipiente que, segundo a empresa, facili-
ta o processamento dos adesivos.

Qualidade posta à prova


Quem também demonstra interesse no lantes também vem sendo renovado no
fornecimento de adesivos e selantes para campo dos acordos estratégicos. Com
aplicações de rotulagem é a Krones. Co- sete fábricas no Brasil e duas na Argenti-
nhecida por suas linhas de equipamentos na, a gaúcha Artecola oficializou no final
de enchimento de bebidas, a empresa de setembro último um acordo de produ-
vem realizando junto a seus clientes uma ção com o Grupo Forbo, empresa de ori-
Família Colfix, da
Krones: testes para
série de testes para promover a família de gem suíça que está entre os líderes mun-
divulgar atributos adesivos Colfix. diais do mercado de adesivos industriais.
em aplicações de Pertencente à Kic, uma das empresas Segundo a companhia brasileira, a
rotulagem
do grupo, a linha já foi submetida a ava- aliança, também válida para os setores
liações com rótulos celulósicos, meta- calçadista, madeireiro e gráfico, além da
lizados e de BOPP. Segundo a em- indústria de embalagens, permitirá acesso
presa, os produtos chegaram a a novas tecnologias, diversificando o le-
apresentar economia de 65% em que de produtos da Artecola. “Queremos
relação a adesivos concorrentes. fortalecer nossa presença em toda a Amé-
“A idéia é fortalecer a Kic como um rica Latina”, afirma Alexandre Astolfi,
fornecedor de adesivos de alta perfor- gerente de mercado da Artecola.
mance no mercado brasileiro”, resume Além do crescente consumo de novas
Franz Beissel, diretor técnico da Krones. gerações de hot melts, o interesse de for-
Apesar de os testes estarem sendo feitos necedores globais de adesivos industriais
junto a clientes, o executivo diz que o ob- no mercado brasileiro sugere que esse é
jetivo é atuar também com empresas que um dos mais movimentados elos da ca-
não dispõem de equipamentos da Krones. deia de fornecimento de matérias-primas
Até agora, os mercados em que os produ- para produção de embalagens. Portanto,
tos Colfix foram testados são o de home no que depender dos fornecedores de
care, óleos comestíveis e bebidas. adesivos, o tempo permanecerá sem nu-
O elã dos fabricantes de adesivos e se- vens para a indústria de embalagens.

34 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


águas

Retorno criativo
Prêmio de design de rótulo para água divulga termo-encolhíveis
depender da criatividade dos lhadas, foi aberto dentro do web site do

A profissionais de amanhã, ou
seja, dos estudantes de hoje,
o design de embalagens tem
tudo para se tornar um campo cada vez
Senac paulista.

Alta qualidade
Para apontar os vencedores, formou-se
mais prolífico. Um bom indicador desse um corpo de jurados composto por Clei-
presságio foi dado no fechamento do de Tomaz, da KDM Design, representan-
Concurso Rótulo Promocional Packla- do a Lindoya, Bernardo Ferracciu, repre-
bel Lindoya Verão, ocorrido no fim do sentando a Propack, César Hirata, da Fu-
mês de outubro último em São Paulo. tureBrand BC&H, Lincoln Seragini, da
Regido pelo slogan “Embale Uma Seragini Farné, e Ronald Kapaz, da Oz
Idéia”, ele foi colocado em prática pela Design. “A qualidade dos trabalhos ins-
tríade instituição de ensino, indústria e critos foi muito boa, tanto é que os jura-
fornecedor da embalagem: sua organi- dos acabaram por fazer uma menção
zação ficou a cargo da Faculdade de Co- honrosa, que não estava prevista na idéia
municação e Artes do Senac, e à engar- inicial do concurso”, comenta Denise
rafadora Lindoya Verão e à fornecedora Dantas, professora de Design Gráfico do
de rótulos termo-encolhíveis Propack Senac que coordenou a iniciativa.
coube o patrocínio do evento. A vencedora do concurso foi a estu-
A mecânica do concurso era simples: dante Ana Moara Di Pietro, que desen-
solicitava a universitários paulistas dos
cursos de Programação Visual, Desenho
Industrial, Design Gráfico ou Design de
Embalagem a criação gráfica de um ró-
tulo termo-encolhível promocional para
vestir uma garrafa de PET de 500ml da
água mineral Lindoya Verão. Os traba-
lhos deveriam levar em consideração
que o rótulo seria impresso em flexo-
grafia, com a utilização de no máximo
oito cores, com a possibilidade de deta-
lhes em cold foil para prata ou dourado.
Outros requisitos exigidos eram o uso
obrigatório de imagem em quadricro-
mia, a presença das marcas Lindoya e
Propack no rótulo e a obediência à le-
gislação vigente para rotulagem de ali-
mentos e bebidas.
Com o intuito de divulgar a iniciati-
va, a Propack distribuiu folhetos duran-
te a edição deste ano da feira Fispal,
ocorrida em junho na capital paulista, e
ministrou duas palestras na Faculdade
Senac. Além disso, um hot site sobre o Da esquerda para a direita, respectivamente, o primeiro,
concurso, contendo informações deta- o segundo e o terceiro colocados do concurso.

36 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


volveu o trabalho em equipe, com a aju- deseje se valer dos desenvolvimentos
da das colegas Flávia Nobre e Fabíola dos alunos, que atendem a todos os re-
Yoshimoto. Todas cursam atualmente o quisitos técnicos para a aplicação nos
quinto semestre de Design Gráfico na produtos, já possui os contatos diretos
Faculdade Senac da capital paulista. com eles. Não há necessidade de inter-
Pelo projeto, elas ganharam uma câme- mediação do Senac”, ela explica.
ra fotográfica digital e um fim de sema- Do lado da Propack, o balanço é de
na na estância climática de Serra Negra que a ação foi mais que satisfatória. Se-
(SP), com hospedagem gratuita no Ho- gundo Carlos Rosa, superintendente da
tel Lindoya. O segundo e o terceiro lu- empresa, o material distribuído sobre
gares foram abocanhados por projetos rótulos termo-encolhíveis atingiu 600
da designer e estudante de pós-gradua- estudantes, as palestras sobre as pro-
ção em Design Gráfico do Senac Débo- priedades técnicas e o mercado dessa
ra Rayel Eva, que levou para casa um solução foram vistas por 220 pessoas,
monitor de computador e um scanner. Já houve a oportunidade de travar contato
a menção honrosa foi destinada ao estu- com 25 professores ou coordenadores
dante de Desenho Industrial da Funda- de cursos de design gráfico e programa-
ção Armando Álvares Penteado (FAAP) ção visual e foi possível formar um júri
Marcelo Menna Barreto Cupertino. de alto nível. “Mais que cumprir nossa
Conforme relata a professora Denise meta, que era atingir um público que
Dantas, o caráter do concurso foi cultu- virá a se tornar formador de opinião,
ral, portanto não contemplava a utiliza- conseguimos levar o assunto para for-
Propack
ção dos projetos em lançamentos de madores de opinião atuais”, comemora (11) 4781-1700
mercado. “No entanto, caso a Lindoya o executivo. www.propack.com.br
Calçados

Com o pé n
Texturas
e formatos
inovadores
convivem
com
sobriedade
e tradição Nova coleção de embalagens visa despertar c
penas expostos em gôndolas quando são vendidos

A nos hipermercados a preços populares, calçados es-


tão entre aqueles produtos que raramente contam
com a companhia de embalagens nos instantes em
que são paquerados por potenciais consumidores. Essa caracte-
rística ajudou a difundir uma idéia também lembrada para outros
itens de vestuário: sandálias, sapatos e tênis pouco dependeriam
de caixas e sacolas atraentes para chamar a atenção nas vitrines
e impulsionar as vendas.
O desafio de colocar esse paradigma abaixo, e assim explo-
rar o enorme potencial brasileiro de consumo de embalagens
para calçados, estimulou a Ripasa a lançar uma variada série de
embalagens promocionais criadas especialmente para o setor.
Batizado de Coleção Ripasa Calçados, o projeto foi realizado
em conjunto com onze gráficas que já tinham experiência em
produzir caixas de sapato, e também contou com a participação
da agência Packing, que contribui com os grafismos da linha.
Direcionados pela proposta de suplantar as tradicionais cai-
xas retangulares que reinam no segmento, cada convertedor fez,
a partir de distintos tipos de papel cartão e de papelão microon-
dulado da Ripasa, uma alternativa própria e criativa de acondi-
cionamento de calçados. “O objetivo é mostrar que a embala-
gem também pode valorizar produtos e fortalecer as vendas nes-
se setor”, resume Assunta Napolitano Camilo, gerente de desen-
volvimento de produto e de mercado da Ripasa.

Estatísticas animadoras
Pelos números, o interesse é justificável. Quinto maior do mun-
do, atrás apenas da China, Estados Unidos, Índia e Japão, o mer-
Carriers cado brasileiro de calçados emprega 270 000 pessoas – quase
facilitam três vezes mais do que a indústria automobilística – e concentra
transporte e 6 200 fabricantes, responsáveis por uma produção anual de 650
podem garantir
exposição
milhões de pares de calçados. Destes, 164 milhões foram expor-
ambulante tados no ano passado, quando o consumo por habitante no Bra-
da marca sil girou em torno de 2,85 pares – isso sem considerar as impor-
tações, que em 2002 foram estimadas em 5 milhões de pares.
“Apesar de tanto dinamismo, trata-se de um mercado muito
carente de informações sobre embalagens”, considera Assunta.
A fim de explorar essa lacuna, a Ripasa tem apresentado sua
nova linha de embalagens nos mais importantes pólos produto-
res de calçados do país. Já tendo passado por dez cidades brasi-
leiras, o tour faz parte das programações do 5º Fórum de Design
de Materiais para Calçados e Acessórios, que vem sendo reali-
zado pela Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de
Componentes para Couro, Calçados e Artefatos).
Embora reconheça que muitos fabricantes de calçados são

38 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


a inovação

FOTOS: DIVULGAÇÃO
riatividade no mercado brasileiro de calçados
caudatários da teoria de que não vale investir em embalagens,
pois elas só entrariam em cena quando a decisão de compra já
foi tomada, a executiva da Ripasa diz que a receptividade às cai-
xas e sacolas diferenciadas tem sido grande. “Alguns já explo-
ram as embalagens de calçados como elementos compositores
de painéis e ilhas de exposição dentro das lojas”, ela conta.

Explorando o sentido táctil


Além de fortalecer a presença das embalagens nos mostruários,
a Coleção Ripasa Calçados tem amostras desenvolvidas para fa-
cilitar o transporte e aumentar a exposição das marcas após a Linha tem desde
compra. Bom exemplo desses benefícios é a sacola grife, que caixas que se
tem formato inspirado em bolsas femininas e superfície que transformam em
brinquedos para
lembra couro animal. O diferencial foi alcançado com grafismos as crianças a...
estilizados e com um papel cartão texturizado que explora o sen-
tido táctil dos consumidores.
Outra solução interessante é a caixa-sacola. À primeira vista,
ela se assemelha às tradicionais embalagens retangulares de dois
componentes (corpo e tampa). Mas o fechamento é na verdade
composto por uma estrutura celulósica em forma de alça, que
permite carregar a embalagem sem o uso de sacolas de lojas e
butiques. Para facilitar o transporte e a estocagem, a alça pode
ser travada durante os processos de distribuição.
Novidades pensadas para as vitrines também são vistas na li-
nha, como mostram dois modelos de embalagens expositoras.
Ambos podem ser desdobrados, criando um módulo de acomo-
dação sobre o qual o calçado é disposto. Nos dois casos, a luva
interna serve de suporte. Outras novidades que vêm chamando
atenção são os blisters ecológicos para sandálias, além da linha
de embalagens infantis em formato de casinhas de bonecas, car-
rinhos e outros brinquedos. No primeiro caso, além de totalmen-
te feito de papel cartão, o blister oferece painel de visualização
e pode ser exposto em gancheiras.
Todas as facas usadas na produção da coleção de embalagens
para calçados da Ripasa estão disponíveis nas gráficas partici-
pantes do projeto. O uso por parte dos fabricantes de calçados é
livre, desde que sejam empregados itens da linha de papel car-
tão e papelão microondulado da própria Ripasa. Uma importan-
te iniciativa voltada ao desenvolvimento de embalagens para
esse mercado, a estratégia leva a crer que não tardará o dia em
...blisters
que as caixas de sapatos deixarão de ficar restritas aos empoei-
ecológicos feitos
rados depósitos das lojas, para definitivamente ajudar o setor a de papel cartão
calçar bons negócios. para acondicionar
sandálias e
Ripasa chinelos
0800-16 06 06
www.ripasa.com.br

nov 2003 • EMBALAGEMMARCA – 39


Encarecimento
Transformadores e usuários de
Sidel em nova fase
embalagens plásticas podem se Para celebrar sua união com o gru-
preparar: segundo o Sindicato das po Tetra Laval, do qual passa a ser
Indústrias de Resinas Sintéticas no subsidiária, a fabricante francesa de
Estado de São Paulo (Siresp), muito sistemas de embalagens plásticas
provavelmente os preços das resi- Sidel lançou um novo logotipo corpo-
nas sofrerão reajuste nos últimos rativo no fim de setembro. “O novo
dois meses do ano. Um novo au- logo é um símbolo de parceria, al-
mento da nafta, previsto para no- cance global e inovação”, declarou
Gerard Stricher, CEO e presidente
Navegação fácil
vembro, deverá ocasionar preços
em média 12% maiores. da Sidel, que possui 4 300 funcioná- e informativa
rios em unidades de 25 países e cu- A Prodesmaq, fabricante de rótulos
Retorno maior jas vendas totalizaram 981,1 milhões auto-adesivos, reformulou sua pági-
Segundo o Instituto Nacional de de euros em 2002. Paralelamente ao na na internet. Agora, a navegação
Processamento de Embalagens Va- lançamento do novo logotipo, a em- pelo website da empresa está mais
zias (InPev), o Brasil já é o país presa revelou também a reformula- fácil e rápida. O internauta tem à
que mais recolhe embalagens de ção de seu website. mão informações sobre a história da
defensivos agrícolas no mundo. De www.sidel.com empresa, seus lançamentos e sua li-
janeiro a setembro deste ano, nha de produtos para os diferentes
5 300 toneladas de recipientes fo- segmentos industriais que incluem
ram colhidas do ambiente, 40% a bebidas, alimentos, cosméticos, lim-
mais que o total de 2002. peza e farmacêuticos.
www.prodesmaq.com.br
PO cresce
A indústria de papelão ondulado
registrou, em setembro, vendas de Zebra contempla iniciativas EPC
165 000 toneladas, uma evolução Três produtos inovadores para im- mesa, o R4Mplus UHF (900 MHz). Os
de 7,1 % em relação a agosto. Se- pressão e codificação de etiquetas produtos dão suporte a indústrias
gundo a Associação Brasileira do inteligentes foram apresentados pela que queiram adotar a radiofreqüên-
Papelão Ondulado (ABPO), apesar Zebra Technologies durante o EPC cia (RFID) compatível com o Electro-
da forte retomada no segundo se- Symposium, realizado entre 16 e 18 nic Product Code (EPC, ou Código
mestre, as vendas de janeiro a se- de setembro, em Chicago, nos Esta- Eletrônico de Produto em portu-
tembro foram inferiores em 15% dos Unidos: o mecanismo “print- guês). O Alchemy (foto) pode reduzir
às do mesmo período de 2002. and-apply” de etiquetas inteligentes o custo das etiquetas inteligentes
(para impressão e imediata aplica- em 30%, por trabalhar sob demanda,
Do Brasil para o vinho ção nos produtos) R110 Alchemy e eliminando a etapa de conversão
As exportações para produtores duas versões de impressora e codifi- das etiquetas.
de vinho do Chile, da Argentina e cador de etiquetas inteligentes de (11) 3857-1466 • www.zebra.com
da África do Sul alavancaram a
produção de garrafas de vidro no
Brasil no primeiro semestre deste
ano. De acordo com o IBGE, houve
aumento de 6,8% em relação ao
mesmo período de 2002.

Novo timoneiro
Sebastião Henrique Ubaldo Ribeiro
é o novo presidente da Associação
Brasileira do Alumínio (ABAL) para
o biênio outubro de 2003 a setem-
bro de 2005. O Conselho Diretor da
ABAL o elegeu por unanimidade.

40 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Rexam compra a Latasa
A inglesa Rexam comprou a fabri-
Inserção on-line Sunnyvale traz
Soluções auto-adesivas para aumen-
cante brasileira de latas para be-
tar o apelo comercial de produtos são
máquina da Dr. Boy
bidas Latasa por US$ 462 milhões.
A companhia, que já era a maior a especialidade da argentina Auto-
produtora de latas da Europa, pack. Entre elas, uma que vem ga-
agora será a maior do mundo, nhando destaque é o uso de figuri-
com quase um quarto do merca- nhas auto-adesivas, para a aplicação
do global. on-line em flow packs – ou seja, na
Líder na produção e comerciali- própria linha de envase e embalagem,
zação de embalagens metálicas sem etapas industriais adicionais. O
para bebidas no Brasil, Argentina processo é baseado em cabeçotes
e Chile, a Latasa tem capacidade que dispensam as peças diretamente
anual de produção de oito bilhões no interior da embalagem. Na foto,
de latas por ano. A Rexam já pro- um lançamento em balas da Arcor da
A BOY 35 VV é uma injetora vertical
duzia latas de alumínio para be- Argentina, a bala Gorby, que está utili-
com força de fechamento de 357 KN
bidas em Minas Gerais, com ca- zando a solução. A Autopack é repre-
sentada no Brasil pela Tradepack. (35 toneladas). Por ser uma máqui-
pacidade anual de dois bilhões de
(11) 5041-9249 na vertical, apresenta a principal
unidades.
tradepack@alrbrasil.com.br vantagem da placa inferior ser fixa.
Como resultado, é evitada a movi-
Klabin tem prejuízo no
mentação dos insertos colocados
trimestre....
dentro do molde durante o processo
A Klabin, empresa de papel e ce-
de fechamento da máquina. Indica-
lulose, teve prejuízo de R$ 128
milhões no terceiro trimestre. O da para a produção de peças de alta
resultado negativo ainda é refle- precisão, a BOY 35 VV tem capaci-
xo da reestruturação financeira e dade de injeção de 68g (PS), tem um
de gestão que a empresa passou tamanho compacto, grandes dimen-
recentemente. Nem os recursos sões entre placas e pode ser forne-
gerados da venda da parte da cida com unidades de injeção de
parte da Klabin Kimberly, da KCK modelos menores.
Tissue (Argentina), e da fábrica (11) 3048-0100
de celulose Bacell geraram lucro www.sunnyvale.com.br
líquido no trimestre.
Inovação, um fator de produção
....mas continua com lucro
Foi lançado em outubro último o li- uma empresa do setor
O prejuízo líquido foi de R$ 155
vro Organizações Inovadoras - Estu- petroquímico, e a
milhões no terceiro trimestre. A
dos e Casos Brasileiros, organizado Brasilata, fabricante
empresa chegou ao final de se-
por José Carlos Barbieri, professor de embalagens de
tembro com dívida líquida de R$
da Escola de Administração de Em- aço. Entre os auto-
609 milhões, contra R$ 2,8 bilhões
presas de São Paulo (Eaesp/FGV). res está um executi-
um ano antes. Apesar do prejuízo
Resultado de estudos realizados pelo vo com destacado
no trimestre, a Klabin acumula
Fórum de Inovação da escola, o li- papel no setor de
lucro líquido de R$ 940 milhões
vro, ediotado pela FGV Editora, dis- embalagens: Anto-
em 2003.
cute a inovação a partir de uma nio Carlos Teixeira
perspectiva organizacional, usando Álvares, professor
Mais Klabin
estudos de caso conduzidos em duas da Eaesp/FGV com pós-graduação
A empresa anunciou que preten-
empresas brasileiras muito diferen- pela mesma instituição, diretor-supe-
de aumentar a capacidade de pa-
tes, mas que têm em comum o fato rintendente da Brasilata e vice-presi-
péis e embalagens em 33%, pas-
de apostarem na inovação e de dente do Sindicato da Indústria de
sando de 1,5 para 2 milhões de
atuarem em setores maduros. Estamparia de Metais do Estado de
toneladas, em um prazo de qua-
São objeto de estudo a Copesul, São Paulo.
tro a cinco anos.

42 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Brascola comemora 50 anos
Em setembro a Brascola comemo-
rou 50 anos de atuação no mercado
brasileiro. Fundada pelo casal de
imigrantes franco-alemães Jacques
e Liselotte Bauer, a Brascola surgiu
como produtora de calçados. Poste-
riormente, ela se associou à empre-
sa de adesivos alemã Koemmerling
Chemische Fabrik e, na década de
60, passou a comercializar no país
os adesivos de epóxi Araldite. Nos
anos 70, a empresa investiu numa
nova planta em São Bernardo do
Campo e abriu filiais no Rio Grande
do Sul e no Rio de Janeiro. Hoje, a fornecimento de soluções para a in-
Brascola atua nos mercados de ade- dústria de embalagens.
sivos de consumo e industriais, sen- (11) 4176-2020
do que nesta última área se inclui o www.brascola.com.br

SIG recebe prêmios internacionais


O sistema de fechamento combiTwist, gia de embalagem, e divide-se em 14
da SIG allCap, e a embalagem carto- categorias. Um grupo de 20 jurados in-
nada asséptica combifit, da SIG Com- dependentes escolhe os vencedores. A
bibloc, receberam o Prêmio de Embala- SIG Combibloc também recebeu o Prê-
gem 2003 AmeriStar na categoria Be- mio Alemão de Embalagem 2003 do
bidas. A premiação, conferida pelo Ins- Instituto Alemão de Embalagem, pela
tituto de Profissionais de Embalagem máquina CSA F10, que trabalha com
(IoPP), aconteceu no dia 14 de outubro, as embalagens cartonadas combisha-
durante a PackExpo Las Vegas, nos Es- pe. Ela permite a obtenção de caixi-
tados Unidos. O AmeriStar reconhece nhas em até 42 formatos diferentes.
desenvolvimentos de ponta em tecnolo- www.sigcombibloc.biz
ALINHAMENTO GLOBAL PARA JOHNNIE WALKER
A Diageo, dona das marcas globais
Johnnie Walker e Smirnoff, apresenta
a nova embalagem mundial de John-
nie Walker Red Label aos brasileiros,
uísque escocês mais consumido no
País e no mundo. Para mudar a emba-
lagem, a empresa londrina Link Con-
sumer Strategies fez uma minuciosa
pesquisa em mais de 200 países onde
Johnnie Walker é consumido.
Na nova embalagem do produto, o ró-
tulo permanece oblíquo, a garrafa
quadrada e o andarilho se mantém,
ganhando mais destaque, no centro
da garrafa e caminhando para o lado
direito. O rótulo inferior foi reduzido
de tamanho para que o conteúdo da
garrafa ganhasse destaque, enquanto
o rótulo principal adquiriu profundida-
de. A empresa responsável pela mu-
dança foi a Smith & Co, de Londres.

Delícia lança nova linha de embalagens


Adotando uma estratégia inédita para plorar cada um dos nichos e diferen-
o segmento de margarinas e investin- ciar os produtos, foram desenvolvidas
do no desenvolvimento gráfico de seus diferentes ilustrações, associadas aos
produtos, a Bunge Alimentos aposta respectivos públicos. As ilustrações das Plástico e
na diferenciação das embalagens de embalagens foram trabalhadas para vidro na linha
Delícia para o lançamento da sua li- transmitir modernidade e retratar situa-
nha “Delícia Sabores – Alho e Oliva” ções do cotidiano, sempre ensolara-
Claremon
e novo sabor para Delícia Cremosa e das, e o logotipo foi redesenhado. Ou- O laboratório Hoffmam lançou um
Light. Criado pela Pandesign, o novo tro diferencial está no pote, que passa tratamento para cuidar e renovar
design gráfico das embalagens ga- a ser quadrado. A base para as mu- a pele do rosto e do corpo duran-
nhou cores que asseguram maior des- danças foi o resultado de pesquisas in- te o verão, composto pelos pro-
taque na gôndola, facilitando a identi- ternas realizadas pela Bunge, que defi- dutos Restaure M e Iris Isso, que
ficação pelos consumidores. Para ex- niram o reposicionamento do produto.
fazem parte da linha Claremon
de cosméticos.
O layout do logotipo e dos rótulos
foi elaborado pelo designer Ro-
berto Aguirra. As embalagens em
formato de pote e frasco, com
tampas nos modelos desk top e
rosca, foram criadas em tons de
branco e pérola especialmente
para a linha Íris Iso, pela Nyx
Indústria e Comércio de Plástico.
Os frascos em vidro de 30ml do
Restaure M foram criados pela
Vidraria Anchieta.

44 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Nestlé renova visual do Leite Moça
O Leite Moça está de cara da internacionalmente,
nova. A principal novi- mas os consumidores
dade é a renovação brasileiros deram a
da famosa camponesa palavra final após vá-
que se tornou ícone rias pesquisas.
do produto e de toda Para acompanhar o
a linha de derivados novo visual da Moça,
criados a partir dele. os rótulos da linha
A Moça agora exibe também foram moder-
contornos mais femi- nizados. O nome
ninos, sorriso, tom de Moça ganhou mais
pele e cabelo. volume e movimento.
Criada no Brasil, maior mer- A assinatura “Fazendo mara-
cado consumidor de leite vilhas desde 1921”, em tom
condensado no mundo, a dourado, passou a ilustrar
nova camponesa passa a todos os rótulos, ressaltan-
ilustrar os produtos da linha do o fato de o Leite Moça
Moça em todos os países ser fabricado no Brasil há
onde são comercializados. A 82 anos. A criação é da
personagem foi desenvolvi- agência Pandesign.

Detalhes em
hot-stamping
O xampu e condicionador para ca-
belos cacheados MaxiTrat é a nova
aposta da Cosinter, empresa de cos-
méticos de Curitiba. O design dos
rótulos e a definição de cores das
tampas ficou a cargo da Asa Design.
Os rótulos, com detalhes em hot-
stamping dourado, são fornecidos
pela Prakolar.

Energético em
latas de aço
A Blue Beverages, de Tatuí (SP)
está colocando no mercado o
energético Nitro em latas de aço
de 250ml importadas da Alema-
nha, onde são fabricadas pela
Ball Europe. O design da embala-
gem foi desenvolvido por Vicente
Lo Schiavo, que usou cores de im-
pacto na combinação do laranja,
preto e prata sobre um desenho
que remete a um tribal. A bebida
é envasada na própria empresa.
Estrelas aos montes Marketing olfativo
A Chlorophylla está lançando uma li- Seguindo pesquisas que apontam o
nha de produtos voltada a bebês, a aroma lavanda como o preferido dos
Baby Star. Um dos novos itens é o consumidores brasileiros de limpado-
sabonete, que chega aos pontos-de- res sanitários, com 32% de participa-
venda em um cartucho de papel-car- ção no mercado de refis de blocos lí-
tão com “janelas” no formato de es- quidos, a Reckitt Benckiser ampliou a
trelas e detalhe em alto relevo. Os linha de limpadores sanitários Harpic
astros também estão gravados na Líquido Ativo. Vendido em blisters de
face interna da embalagem, que é papel cartão, o novo produto chega
produzida pela Gráfica Pirâmide. ao mercado sob a marca Bouquet de
Lavanda. Além de expandir a família
Harpic Líquido Ativo, a Reckitt Bencki-
ser reformolou a marca Harpic Cloro
Ativo, que agora passa a se chamar
Harpic Cloroforte. Para marcar a mu-
dança, a empresa lançou mão de no-
vas embalagens. São garrafas plásti-
cas de 500 ml produzidas pela Logo-
plaste e decoradas com rótulos cria-
dos pela Cipis Design.

Côncavos e triangulares
A linha de sabonetes líquidos Loren- formato triangular e côncavo. Os re-
ce Shower Gel, da Kanitz 1900, vem cipientes, baseados em PVC e trans-
se destacando nas gôndolas por formados pela Neoplástica, têm de-
suas embalagens modernas, com sign desenvolvido internamente pela
fabricante. “Buscamos criar uma
embalagem que despertasse a aten-
ção do consumidor pelo seu diferen-
CEBION DE CARA NOVA cial”, diz a gerente de produto Luci-
Há 70 anos no mercado, a vitami- néia Monteiro. A linha Lorence Sho-
na C efervescente Cebion está mu- wer Gel ganhou o Prêmio Abre de
dando a embalagem. O tradicio- Design e Embalagem 2003 na cate-
nal tubo foi modernizado e o vi- goria Design Cosméticos, Cuidados
sual modificado. Os novos tubos Pessoais, Saúde e Farmacêuticos.
de polipropileno são fabricados
pela Arti Plásticos e pela Exaplás
Resinta. O cartucho de papel car-
Cromus diversifica linha
tão é da Rainha Lescal e o design Aproveitando a chegada das festas de
das embalagens, da Future Brand. fim de ano, a Cromus Embalagens,
empresa do segmento de embalagens
metalizadas no formato saco, está di-
versificando sua linha de produtos. As
novidades ficam por conta das caixas
de papelão em formatos diversos e es-
pecíficos (para panetones, garrafas,
bombons e outros produtos natalinos).
As caixas já vêm decoradas com per-
sonagens de natal, como ursinhos ca-
racterizados como Papai Noel.

46 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Bom Bril em embalagem inovadora

Chega ao mercado neste mês o mais cortar as esponjas ao meio. A nova


novo produto da Bombril: o Bom Bril embalagem é formada por filme de
Fácil. Em embalagem azul, com fren- BOPP laminado transparente e tem
te transparente, vem com 12 unida- impressão flexográfica em 5 cores. O
des de lã de aço, cilíndricas, de ta- design é da Fly Comunicações. Para
manho menor. A empresa chegou ao facilitar a disposição e visualização do
novo tamanho, um pouco maior que produto nos pontos de venda, a em-
a metade da unidade tradicional, de- balagem ganhou uma gancheira em
pois que pesquisas mostraram que seu topo. O fabricante das embala-
grande parte das pessoas costuma gens não é informado pela empresa.

Hershey´s relança Io-Iô Crem


A Hershey´s investirá no Io-Iô Crem,
uma das marcas mais tradicionais
do mercado de guloseimas, adquiri-
da pela empresa após a compra da
Visconti. Segundo Nathalie Favaron,
gerente do produto, a marca lançada
no final dos anos 70 terá o grande
desafio de conquistar a nova gera-
ção de crianças e ainda representar
o portfólio da empresa no mercado
infantil. Para isso, a empresa inves-
tiu dois milhões de reais em uma es-
tratégia que inclui a criação do per-
sonagem Io-Iô que estará em todas
as embalagens do produto e será o
centro das as ações promocionais e
de mídia. O copo, o sobrecopo, o
pote e a tampa são fabricados pela
Huhtamaki, com projeto gráfico da
Design Absoluto.
Atraindo olhares Criatividade com pincéis digitais
A Cia. Suzano de Papel e Celulose
A Corel está apresentando a nova
padronizou a linguagem gráfica dos
versão de seu software para pintu-
mostruários de seus produtos. Sob o
ra artística digital, o Corel Painter
tema “antologia do olhar”, o material
8. Segundo a empresa, o produto
foi criado pela Light Criação e Co-
conta agora com mais pincéis (cer-
municação a partir de dois produtos
ca de 400 opções foram adiciona-
da linha de papel cartão da própria
das à nova versão), além de inter-
empresa: Supremo Duo Design e TP
face flexível e maiores combina-
Hi-Bulky. Os catálogos reúnem todos
ções de recursos, que permitem
os produtos da Suzano, incluindo os
especificar detalhes como ângulo,
papéis revestidos (Couché Suzano,
pressão e espessura das cerdas.
Film Coating), os não-revestidos
Outro avanço é a possibilidade de
(Alta Print, Reciclato, Pólen, Offset
misturar várias tonalidades de co-
Bahia Sul) e a linha de papel cartão.
res através de um recurso chama-
www.suzano.com.br
do de paleta Mixer. Segundo a em- através da escolha de cores feita
(11) 3037-9000
presa, a ferramenta funciona como com uma espátula digital.
uma aquarela virtual, na qual no- www.corel.com
vas tonalidades podem ser geradas 0800-141212

Flexografia laureada
Dois cartuchos produzidos com matéria-prima da Orsa Celulose, Papel e Em-
balagens conquistaram o prêmio colombiano Excelência em Impressão Flexo-
gráfica 2003 - Região Andina, promovido pela Novaflex com apoio da FTA
(Flexographic Technical Association). O primeiro é uma embalagem usada
pela Nestlé numa de suas linhas de bombons. O outro prêmio foi conquistado
Logística pela Orsa pela participação no projeto da multipack celulósica da cerveja Bo-

fortalecida hemia Escura. As duas embalagens foram premiadas na categoria Papelão


Ondulado. O concurso foi realizado em Bogotá.
A Ripasa Distribuidora – também co- www.orsaembalagens.com.br • (11) 4689-8700
nhecida como Rilisa - inaugurou no
início de novembro seu novo centro
de distribuição na cidade de São
Paulo. O espaço ocupa uma área de
30 000 metros quadrados, que fica à
beira da Marginal Pinheiros, uma
das principais vias da capital paulis-
ta. Agora a Rilisa conta com 14 uni-
dades distribuídas em todo o territó-
rio nacional.
www.ripasa.com.br • 0800 160606

Novidades em workflow ERRAMOS


A Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos assumiu com exclusividade a representação Na reportagem
brasileira da alemã OneVision, uma das líderes mundiais em soluções de workflow para “Sonho dourado”
artes gráficas. Em encontro que contou com a presença do CEO da OneVision, Hussein (EMBALAGEMMARCA nº
Khalil, e do superintendente da Gutenberg, Klaus Tiedemann, foram apresentadas as prin- 51) informamos incor-
cipais soluções que passam a ser comercializadas no Brasil. Os destaques são os siste- retamente o telefone
mas de gerenciamento de pré-impressão Asura e Solvero. Os produtos são voltados a da Brasilcote.
gráficas, birôs de pré-impressão, agências de publicidade e a empresas de design. O número correto é
www.gutenberg.com.br • (11) 3225-4400 • www.onevision.com (11) 4360-6211.

48 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


Contagem regressiva
para a Drupa 2004
Foi dada a largada para o mais macroeconômica do setor de
importante evento da indústria gráfi- impressão e papel em 2004.
ca mundial. Aconteceu em São Lauri Müller, diretor da MDK Feiras
Paulo, no último dia 6 de novembro, Internacionais, empresa que repre-
a cerimônia de lançamento da senta o evento no Brasil, alerta que
Drupa 2004, que será realizada na os brasileiros interessados em visi-
cidade alemã de Düsseldorf, entre tar a Drupa 2004 devem começar o
os dias 6 e 19 de maio do ano que planejamento desde já. “Isso não
vem. Realizado na escola Senai apenas garantirá melhores preços,
Theobaldo de Nigris, o evento tam- mas também lugar nos hotéis mais
bém adiantou um pouco do que os bem localizados”, observa Müller.
visitantes poderão encontrar na EM 2000, ele diz que 3 000 profis-
feira. sionais gráficos brasileiros visitaram
Quadrienal, a Drupa deverá contar a feira. “Agora na 13ª edição,
com 1 800 expositores em sua esperamos que esse número suba
próxima edição. Os organizadores para 3 500 visitantes brasileiros”,
estimam ainda que o evento ocupe adianta o executivo.
mais de 160 000 metros quadrados. A cerimônia de lançamento da
Sinalizando uma possível melhora Drupa 2004 também contou com as
em relação aos anos anteriores, presenças de Manfred Kotschedoff,
tais expectativas são baseadas chefe de departamento da Messe
numa perspectiva de melhora Düsseldorf, empresa que organiza
a feira na Alemanha, e de Wilfried
Schäfer, presidente da Fachverband
Druck- und Papiertechnik im
VDMA (Associação de Artes
Gráficas e Papel coligada à
VDMA – Associação Alemã
dos Construtores de
Máquinas e Instalações
Industriais).

Mais informações:
MDK Feiras Internacionais
(11) 5535-4799
mdkfeira@terra.com.br

Número de expositores nas


edições anteriores da Drupa:

1986 1 465
1995 1 669
2000 1 943
Almanaque
A tática de agar- Prestativo atributo
rar pelo nariz adicional
Tido como o pai das fragrân- Além de vender, cidos. As primei-
cias de luxo do século 20, o proteger produ- ras embalagens
perfumista francês François tos e tornar engajadas nessa
Coty adquiriu fama pelo seu
mais prático o causa surgiram
apuradíssimo senso olfativo e
pelos seus métodos de traba- cotidiano, as nos Estados
lho, sobretudo o marketing. embalagens Unidos, no início
Diz a lenda que, no início do também podem dos anos 80.
século passado, para chamar prestar valiosos Eram caixinhas
a atenção para o seu perfume serviços públi- longa vida de
La Rose Jacqueminot, ele en- cos. Entre eles, leite que tra-
trou em um magazine pari-
um dos mais ziam, em suas
siense e atirou um frasco no
chão. A fragrância imediata- notórios é o au- faces laterais,
mente dominou o ambiente… xílio na busca de fotos de crian-
Coty também foi o primeiro a entes desapare- ças perdidas.
dar amostras grátis e a incluir
frascos portáteis em sua linha, Você sabia?
para atender às mulheres que
entravam no mercado de tra- # 51 foi o total de aparelhos de barbear vendidos pelo
balho. ex-comerciante de rolhas King Camp Gillette em 1901, ano
(condensado em que patenteou sua famosa lâmina de barbear. O exercício
do livro “Bra- seguinte já seria bem mais generoso: 90 884 aparelhinhos
silessência: seriam comercializados.
A Cultura do $
Perfume”, # O inventor suíço Georges de Mestral registrou, em 1951,
de Renata o velcro. Ele teve a idéia ao observar, num microscópio,
Ashcar, Ed. carrapichos que haviam grudado em sua calça durante um
Best Seller)
passeio com seu cão. O nome combina as primeiras sílabas
do francês velours (veludo) croché (enganchado).

Garrafa exclusiva, uma boa idéia


No início da década de que ganhou, entre o públi-
1950, a Caninha 51 ganha- co, o apelido de “litro
va as ruas da cidade paulis- transparente” – apesar de
ta de Pirassununga, onde acomodar, na verdade,
nasceu, engarrafada em va- 965ml de cachaça. Além
silhames de cerveja de desse recipiente tradicio-
600ml. O grande salto de nal, os 240 milhões de li-
popularidade da bebida, tros de 51 produzidos
porém, se deu no fim dos anualmente hoje abastecem
anos 60, quando ocorreu a o mercado nacional e o
migração para uma garrafa mundo através de uma ver-
de vidro proprietária, simi- são de 500ml, também em
lar a que é até hoje usada e vidro, e da lata de 350ml.

50 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003


SIG Combibloc – Eras siderais
na tecnologia de embalagem

2003
SIG Combibloc é a
primeira a dar
forma exclusiva às
embalagens
cartonadas
(combishape)

1930
SIG Combibloc é
a primeira
fornecedora
européia de 1993
embalagens SIG Combibloc
cartonadas para introduz a primeira
bebidas (Perga) 1978
SIG Combibloc tampa para
introduz a primeira embalagens
máquina de envase cartonadas assépticas
asséptica, de alta (combiTop)
produção, com
1962 capacidade para
SIG Combibloc 10.000 embalagens/hora
1985
introduz a primeira SIG Combibloc
embalagem envasa os primeiros
cartonada produtos alimentícios
pré-formada com pedaços em
(Blocpak) embalagens
cartonadas assépticas

Como uma das líderes mundiais na fabricação de embalagens cartonadas


assépticas, há décadas estabelecemos, continuamente, padrões através
das nossas soluções em embalagem. Uma nova era sideral se inicia
com a inovadora embalagem cartonada combishape, que oferece
uma diversidade de formas exclusivas e quase ilimitadas. Com ela
nasce uma nova estrela no universo das embalagens, criando
possibilidades e oportunidades de mercado totalmente novas.
Confira você mesmo: www.sigcombibloc.com

SIG Combibloc do Brasil Ltda


SIG Combibloc Rua Iguatemi, 192 - cj. 14
01451-010 – São Paulo – SP
Tel. +55 (11) 31 68 40 29
Fax +55 (11) 31 68 40 18
www.sigcombibloc.com

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