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Reportagem
ENTREVISTA: JOSÉ
6 ANTONIO LORENTE
Presidente da Cisper
28 MAIZENA
A partir de
esforços
redacao@embalagemmarca.com.br
Flávio Palhares
flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
e ex-presidente da conjuntos, guma@embalagemmarca.com.br
Abividro traça Unilever obtém Leandro Haberli
perspectivas para leandro@embalagemmarca.com.br
cartucho de papel
as embalagens cartão com fitilho para Colaboradores
de vidro no Brasil Josué Machado e Luiz Antonio Maciel
abertura
Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
arte@embalagemmarca.com.br
12 METÁLICAS
Embalagens de aço
se movimentam para
Assistente de Arte
José Hiroshi Taniguti
Filiada ao
36 Águas
Concurso de rótulos para água
divulga termo-encolhíveis
20 REPORTAGEM DE
CAPA: FARMÁCIAS
Varejo farmacêutico
Ripasa lança coleção de emba-
lagens calçada na criatividade
Couché Mate 115g/m2 (miolo)
Impressão: Congraf
48 Painel Gráfico
FOTO DE CAPA: STUDIO AG
www.embalagemmarca.com.br
Novidades do setor, da criação
ao acabamento de embalagens O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA é
resguardado por direitos autorais. Não é permi-
tida a reprodução de matérias editoriais publi-
50 Almanaque cadas nesta revista sem autorização da Bloco
de Comunicação Ltda. Opiniões expressas em
Fatos e curiosidades do mundo
matérias assinadas não refletem necessaria-
das marcas e das embalagens mente a opinião da revista.
entrevista
E
o conceito de revolução impli-
que na derrocada de um modelo
e a ascensão de outro, ou seja,
uma sucessão de hegemonias,
pode-se dizer que o terreno da
embalagem, no que diz respeito aos mate-
riais nela trabalhados, constitui uma exce-
ção. A criação e o desenvolvimento de so-
luções plásticas, metálicas e celulósicas
não jogou o vidro, um dos materiais pio-
neiros na área, para o limbo. Certo que,
com a atual diversidade, ele não desfruta
da mesma participação de outrora. Toda-
via, está longe de ter seus dias contados:
além de manter nichos cativos, como al-
guns alimentos e bebidas e a indústria far-
macêutica, ele está sendo resgatado em
searas nas quais parecia fadado a presen-
ças pontuais, como a de refrigerantes.
Para discutir a situação da embalagem de
vidro no país, EMBALAGEMMARCA con-
versou com José Antonio Ramos Lorente,
DIVULGAÇÃO
9
lançou a Bavária Premium. Há uma série O senhor não vê como uma ameaça ao
de cervejas que estão sendo desenvolvi- vidro a tendência de rebaixamento da
das. Com essas oportunidades a long qualidade dos produtos em geral, devido
neck se desenvolve e cresce, sem tirar o à queda do poder aquisitivo da popula-
negócio da retornável. ção? Isto é: como é um material conside-
rado mais nobre (e mais caro) o vidro
Gostaríamos que o senhor abordasse ou- tende a ser substituído por materiais
tros aspectos relativos à embalagem em mais baratos, de forma a que os produtos
geral e, claro, ao vidro em particular. Há possam apresentar para o consumidor fi-
anos ouve-se dizer que “o vidro vai mor- nal preços mais competitivos.
rer como embalagem”. O setor está per- De modo geral, o mercado de embalagem
dendo espaço, no mundo e no Brasil? tem sofrido transformações. O que tem se
O vidro não está perdendo espaço. Acabo caracterizado, principalmente nos últi-
de voltar de uma reunião nos Estados mos anos, é o favorecimento de produtos
Unidos, onde ouvi uma apresentação dos mais baratos, porque a conjunção de vá-
colegas da Europa, e fiquei muito feliz ao rios fatores, que teve como conseqüência
ver quanto o vidro está ganhando a perda de poder aquisitivo, fez
espaço na Europa. O mercado eu- com que as pessoas com menos di-
ropeu é o maior mercado de vidro O vidro tem nheiro no bolso procurassem alter-
do mundo, com 40 milhões de to- nativas mais acessíveis, e as empre-
neladas por ano. O Brasil não escoa
grandes possibilida- sas começaram a buscar formas
nem 1 milhão. Aqui, nós estamos des de crescer em mais baratas de acondicionar seus
“flat” em volume porque o país não alimentos. Quando produtos. O que notamos é que a
está crescendo, o mercado de em- concorrência ficou muito mais acir-
o Brasil passar a
balagens não está crescendo. Mas rada entre os materiais. Infelizmen-
em unidades estamos evoluindo crescer novamente, te, com essa busca incontida de re-
aos poucos nos últimos anos, pelas a tese do valor dução de preços, a qualidade dos
conquistas em aliviamento de peso agregado voltará, produtos também baixou. Quando
das embalagens. Diria que o cresci- você entra no supermercado, nota
mento consolidado em unidades, como instrumento esse empobrecimento generalizado
ao ano, ficou entre 2% a 3% nos úl- para melhorar a de embalagens e de produtos.
timos cinco anos. Hoje, o mercado margem de
brasileiro de embalagens de vidro Ao mesmo tempo, isso não é uma
deve estar em torno de 4,5 bilhões
rentabilidade das ameaça às marcas consagradas, na
de unidades. empresas medida em que estão nivelando por
baixo a qualidade?
Quais os segmentos em que o vidro Sem dúvida. No momento que sair-
tem mais oportunidades de crescer? mos desse processo de recessão no Bra-
veja mais: www.embalagemmarca.com.br
Acredito que o vidro tem grandes possi- sil, aquelas marcas com maior valor agre-
bilidades de crescer em alimentos. Quan- gado irão prevalecer, porque o consumi-
do passarmos a crescer novamente no dor não quer produtos de baixa qualida-
Brasil, a tese do valor agregado voltará, de. Às vezes ele é obrigado a consumi-
como instrumento para melhorar a mar- los por questões de poder aquisitivo.
gem de rentabilidade das empresas. O vi- Porém, assim que ele resolve seu proble-
dro pode trazer valor agregado aos poten- ma financeiro, volta a consumir produtos
ciais clientes. O mercado de refrigerantes de qualidade. Na verdade, isso tudo é um
sem sombra de dúvida vai crescer, o mer- ciclo. As empresas que são voltadas para
cado de cerveja vai continuar crescendo. uma imagem de valor agregado e com
Bebidas alcoólicas e aguardentes formam respeito ao consumidor na qualidade de
um mercado cativo do vidro. É um seg- sua produção vão tratar de se resguardar
mento que cresce pouco, mas cresce. e de manter embalagens que possam pre-
Acho que esses são os principais setores servar e dar charme aos produtos nelas
com potencial para evolução. contidos.
Sem letargia
Latas de aço lutam para manter fatias em alimentos e bebidas
Por Leandro Haberli
L tradicionalmente importantes,
como o de produtos químicos e
tintas mobiliárias, os fabrican-
tes brasileiros de latas de aço vêm concen-
trando esforços cada vez maiores em sua
permanente luta para manter participação
nas gôndolas de alimentos e bebidas. No-
vos sistemas de fechamento, diversifica-
ção de linhas produtivas e aumento da
oferta de formatos diferenciados são ape-
nas alguns exemplos do que o setor vem
fazendo para gerar competitividade e con-
ter o avanço de materiais concorrentes.
Disputando fatias com alternativas de
acondicionamento tão diversas quanto
garrafas de PET, cartonadas assépticas,
embalagens flexíveis, potes plásticos e re- se tratou de uma concorrência predatória”,
cipientes de vidro, o setor de folha-de- diz Rodolfo Kesselring, superintendente
flandres sabe que não pode se acomodar. comercial da Metalgráfica Iguaçu, empre-
O imperativo de constante renovação vem sa que produz anualmente 400 milhões de
no inevitável exemplo do mercado de latas e atende cerca de 25% da demanda
óleos comestíveis. Ainda que as latas con- brasileira de embalagens de aço para óleos
tinuem dominando o segmento, com parti- comestíveis. “O PET se concentrou basi-
cipação estimada em 64% no ano passado, camente nas marcas premium, nicho em
o avanço do PET inquieta a cadeia do aço. que o aço tem uma presença muito peque-
na”, ele completa.
Crescimento contínuo Para reverter a perda de fatias, os for-
Basta dizer que, em 1997, a participação
DADOS DE 1997: DATAMARK / DADOS DE 2003: ESTIMATIVA ABEAÇO
Saúde renovada
ôndolas já não configuram um
DIVULGAÇÃO
mento de 905 milhões de reais
(veja quadro). Em porcentagem,
eles já respondem por quase 30%
do total das vendas.
Os reflexos dessa diversifica-
ção de atividade, porém, não se li-
mitam a alterações na organiza-
ção das frentes de loja. “Essa mu-
dança do canal farmacêutico vem
abrindo a necessidade e a oportu-
nidade de usar embalagens vende-
doras”, observa Assunta Napolita-
no Camilo, gerente de desenvolvi-
mento de produtos e marketing da
Ripasa, uma das empresas da ca-
deia de embalagem que buscam
mostrar ao mercado estratégias
para potencializar o apelo das em-
balagens nessa nova realidade das
farmácias. É um esforço que já
vem rendendo dividendos. Rede de drogarias
Onofre, uma das
Acontece que, talvez até influenciados que vêm aumen-
pela convivência com os produtos normal- tando o mix de
mente vendidos no grande varejo, os labo- produtos e
serviços, investiu
ratórios vêm investindo em sofisticação da recentemente em
apresentação de seus remédios, um movi- gerenciamento de
mento sentido principalmente na seara dos categorias e em
comunicação no
medicamentos OTC, ou não-éticos, vendi-
ponto-de-venda,
dos livremente. A participação desse tipo trabalho desen-
de produto no mix das farmácias vem cres- volvido pela
cendo a olhos vistos nos últimos anos, de- 100% Design
Nada de sisudez
É por isso que apresentações sisudas, só-
brias, repletas de signos concernentes à in-
dústria farmacêutica, estão cedendo a vez
para aquelas com cara de varejo, visual-
mente mais trabalhadas e apelativas.
“Por causa da internet, da televisão e de
outros fatores, o público está muito mais
informado acerca das doenças e também ção de embalagens charmosas vem sendo Pfizer renovou as
embalagens de
mais exigente”, afirma Adriana Matos, ge- contrabalançada por uma característica da
sua linha OTC
rente de produto da unidade Upper Respi- oferta de serviços de embalagem hoje dis- para torná-las
ratory e Skin Care da Pfizer. “Desse modo, ponível no país. mais vendedoras e
a melhor forma de se comunicar com ele é “Os custos para a obtenção de embala- diferenciadas das
da concorrência.
através de uma embalagem bem trabalha- gens mais sofisticadas têm caído muito, Acima, um
da, atrativa, na qual constem todas as infor- pois surgiram alternativas em materiais, as comparativo entre
mações de que ele necessita”, ela acrescen- importações estão descomplicadas e os for- algumas apresen-
tações antigas (à
ta. “Isso ocorre porque, apesar de os OTCs necedores cada vez mais possuem equipa- esquerda) e novas
dispensarem prescrição, eles têm que ser mentos instalados que atendem com quali- (à direita)
vendidos lacrados, não podendo depender dade internacional e diminuem a diferença
das informações contidas na bula, inacessí- entre os preços de serviços de diferentes ní-
vel antes da compra efetiva.” veis, como em número de cores”, pontifica
Os fornecedores confirmam o capricho Paulo Sérgio Rosa, diretor da Mappel. A
maior que os clientes da área farmacêutica empresa afirma ter sido pioneira na produ-
vêm pedindo às embalagens de seus produ- ção de blisters para a indústria farmacêuti-
tos. “Geralmente se diz que o produto far- ca nacional e, hoje, além de fornecer diver-
macêutico não tem um preço que compor- sos tipos de embalagens, produz e envasa
te grandes gastos em aperfeiçoamento de medicamentos para uma série de laborató-
embalagens”, comenta Paulo Gustavo Se- rios. Rosa diz que a maior atenção à quali-
vieri Gonçalves, diretor de marketing da dade tem se espraiado até para embalagens
Gonçalves, indústria gráfica que municia como os strips, as tiras flexíveis para o
diversos produtores de medicamentos com acondicionamento de comprimidos: elas
cartuchos de papel cartão. “Mas a concor- estão cada vez mais coloridas e registram
rência a cada dia mais acirrada vem levan- com maior força as marcas que as chance-
do os laboratórios a se esforçarem para di- lam. “Com esse movimento, quem sabe até
ferenciar-se no ponto-de-venda a fim de os stand-up pouches e sachês, outras emba-
alavancar a saída de seus produtos.” Para lagens com as quais trabalhamos, ganhem
sorte da clientela, essa premência na obten- mercado nas farmácias”, ele torce.
STUDIO AG
vernizes e hot stamping”, ele conta. “Vale
destacar, nesse panorama, que os laborató-
rios estão se valendo mais e mais da criati-
vidade de profissionais de design para bu- Design, que realizou trabalho desse tipo
rilar suas embalagens.” para a bandeira Onofre de drogarias. Após
ser inaugurada em janeiro numa loja na re-
Investimento em comunicação gião central paulistana, a identidade visual,
A Pfizer é um exemplo providencial para que situa os departamentos da farmácia,
ilustrar a observação de Damião. Confor- está sendo estendida a todas as unidades da
me relata Adriana Matos, a empresa recen- rede. No entender de Adriana, da Pfizer,
temente contratou os serviços da agência “esse tipo de investimento em gerencia- Art Contrast
paulistana Art Contrast para reformular a mento de categorias é um desdobramento (11) 3758-2277
www.artcontrast.com.br
cara de seus medicamentos vendidos em natural da onda de promover uma melhor
gôndola, a fim de obter embalagens mo- comunicação com o consumidor, que co- 100% Design
dernas e diferenciadas. “Queríamos sair do meça com a embalagem”. (11) 3032-5100
www.100porcento.net
arroz-com-feijão e promover uma cisão A propósito, ninguém menos que o con-
com os concorrentes, pois muitos deles vi- sumidor representa o fecho do circuito que Gonçalves
(11) 4689-4700
nham imitando o layout de nossas embala- vem concorrendo para essa evolução de
www.goncalves.com.br
gens”, ela relata, destacando os upgrades atividade das farmácias. Com elas transfor-
visuais feitos nos não-éticos Mylanta e Be- madas em mini-mercados, eles podem Gouvêa de Souza & MD
(11) 3262-0666
nalet, “produtos de referência, mas que vi- prescindir, nos grandes centros urbanos, www.gsmd.com.br
nham sofrendo com apresentações inalte- das cansativas idas aos super e hipermerca-
radas há cerca de vinte anos”. dos. “As novas farmácias estão reescreven- Magistral Impressora Industrial
(11) 3816-2533
Além dos laboratórios, os próprios va- do a história do varejo de conveniência, o www.magistral.com.br
rejistas estão recorrendo aos serviços de que não é um privilégio brasileiro, mas
agências de design, e não somente para uma tendência em linha com o que está Mappel
(11) 4347 6377
projetos de embalagens para linhas de mar- acontecendo no mundo”, define Gouvêa de www.mappel.com.br
cas próprias, uma tática em crescimento, Souza. O certo é que, no recrudescimento
mas para desenvolver projetos de comuni- dessa tendência, todos ganham em saúde: Ripasa
0800 113257
cação visual e de sinalização em seus am- consumidor, indústria, designers e fornece- www.ripasa.com.br
bientes. Bom exemplo é dado pela 100% dores de embalagem.
26
CONGRAF
27
making of
Um tiro de canhão
Cartucho de papel cartão com fitilho inova conceito de embalagem
ais que o lançamento de um Qual desses fatores responde pela con-
Troca de informações
A embalagem da Farinha Láctea Maizena
começou a ser gestada cerca de dois anos
atrás, numa troca de informações entre a
Unilever e a Suzano. Antonio Carlos Ca-
bral, gerente de desenvolvimento de emba-
lagem da Unilever, conta que, “dentro da
AÇÃO
O processo de abertura fácil: uma aba, na lateral do cartucho (1), auxilia na retirada do fitilho (2). Assim, o
consumidor ganha acesso ao produto (3). Retirada a porção necessária, a embalagem pode ser refechada (4).
Cartucho aliado
Para aplicar o fitilho de abertura, fornecido
pela PP Payne, a 43 acoplou uma máquina
aplicadora à cortadeira e, mais adiante, de-
senvolveu internamente outro equipamen-
to, “mais adequado, mais rápido e de custo
menor”, segundo Isnard Xavier.
Concluída a fase estrutural do projeto,
passou-se à etapa do design gráfico, que
também incluiu algumas características in-
teressantes, para que a Farinha Láctea ti-
vesse o que Cabral define como “um cartu-
cho que é um aliado de vendas”. Para a Su-
zano, o êxito do produto representa uma
possibilidade de ingresso com a embala-
gem em vários segmentos de alimentos se-
cos ou em pó, tais como os de achocolata-
dos, açúcar, arroz, massas secas, confeitos,
frutas passas e, devido ao fitilho, produtos
em geral que precisem de embalagens anti-
violação.
A Farinha Láctea Maizena é apresentada
em cartuchos de 180g, feito com papel car-
tão Super Hi Bulky 275g/m2, e de 350g (Su-
per Hi Bulky 300g/m2). A operação de fa-
bricar e encartuchar o produto foi terceiriza-
da pela Unilever para a 2 Rodas, de Jaraguá
do Sul (RS), vizinha de Blumenau, onde
fica a 43. A empresa construiu um anexo à
sua fábrica apenas para essa operação.
insumos
Alta temperatura
Nova estratégias de fornecimento esquentam mercado de adesivos
julgar pelas novidades volta-
consumo de adesivos no Brasil. Tal prog- tica reduz sensivelmente o tempo de pa-
nóstico conta com o respaldo das novas rada de máquina em relação aos hot melts
famílias de produtos que vêm surgindo convencionais”, completa o executivo,
no país. Uma das mais recentes cartadas acrescentando que, além do mercado de
Retorno criativo
Prêmio de design de rótulo para água divulga termo-encolhíveis
depender da criatividade dos lhadas, foi aberto dentro do web site do
A profissionais de amanhã, ou
seja, dos estudantes de hoje,
o design de embalagens tem
tudo para se tornar um campo cada vez
Senac paulista.
Alta qualidade
Para apontar os vencedores, formou-se
mais prolífico. Um bom indicador desse um corpo de jurados composto por Clei-
presságio foi dado no fechamento do de Tomaz, da KDM Design, representan-
Concurso Rótulo Promocional Packla- do a Lindoya, Bernardo Ferracciu, repre-
bel Lindoya Verão, ocorrido no fim do sentando a Propack, César Hirata, da Fu-
mês de outubro último em São Paulo. tureBrand BC&H, Lincoln Seragini, da
Regido pelo slogan “Embale Uma Seragini Farné, e Ronald Kapaz, da Oz
Idéia”, ele foi colocado em prática pela Design. “A qualidade dos trabalhos ins-
tríade instituição de ensino, indústria e critos foi muito boa, tanto é que os jura-
fornecedor da embalagem: sua organi- dos acabaram por fazer uma menção
zação ficou a cargo da Faculdade de Co- honrosa, que não estava prevista na idéia
municação e Artes do Senac, e à engar- inicial do concurso”, comenta Denise
rafadora Lindoya Verão e à fornecedora Dantas, professora de Design Gráfico do
de rótulos termo-encolhíveis Propack Senac que coordenou a iniciativa.
coube o patrocínio do evento. A vencedora do concurso foi a estu-
A mecânica do concurso era simples: dante Ana Moara Di Pietro, que desen-
solicitava a universitários paulistas dos
cursos de Programação Visual, Desenho
Industrial, Design Gráfico ou Design de
Embalagem a criação gráfica de um ró-
tulo termo-encolhível promocional para
vestir uma garrafa de PET de 500ml da
água mineral Lindoya Verão. Os traba-
lhos deveriam levar em consideração
que o rótulo seria impresso em flexo-
grafia, com a utilização de no máximo
oito cores, com a possibilidade de deta-
lhes em cold foil para prata ou dourado.
Outros requisitos exigidos eram o uso
obrigatório de imagem em quadricro-
mia, a presença das marcas Lindoya e
Propack no rótulo e a obediência à le-
gislação vigente para rotulagem de ali-
mentos e bebidas.
Com o intuito de divulgar a iniciati-
va, a Propack distribuiu folhetos duran-
te a edição deste ano da feira Fispal,
ocorrida em junho na capital paulista, e
ministrou duas palestras na Faculdade
Senac. Além disso, um hot site sobre o Da esquerda para a direita, respectivamente, o primeiro,
concurso, contendo informações deta- o segundo e o terceiro colocados do concurso.
Com o pé n
Texturas
e formatos
inovadores
convivem
com
sobriedade
e tradição Nova coleção de embalagens visa despertar c
penas expostos em gôndolas quando são vendidos
Estatísticas animadoras
Pelos números, o interesse é justificável. Quinto maior do mun-
do, atrás apenas da China, Estados Unidos, Índia e Japão, o mer-
Carriers cado brasileiro de calçados emprega 270 000 pessoas – quase
facilitam três vezes mais do que a indústria automobilística – e concentra
transporte e 6 200 fabricantes, responsáveis por uma produção anual de 650
podem garantir
exposição
milhões de pares de calçados. Destes, 164 milhões foram expor-
ambulante tados no ano passado, quando o consumo por habitante no Bra-
da marca sil girou em torno de 2,85 pares – isso sem considerar as impor-
tações, que em 2002 foram estimadas em 5 milhões de pares.
“Apesar de tanto dinamismo, trata-se de um mercado muito
carente de informações sobre embalagens”, considera Assunta.
A fim de explorar essa lacuna, a Ripasa tem apresentado sua
nova linha de embalagens nos mais importantes pólos produto-
res de calçados do país. Já tendo passado por dez cidades brasi-
leiras, o tour faz parte das programações do 5º Fórum de Design
de Materiais para Calçados e Acessórios, que vem sendo reali-
zado pela Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de
Componentes para Couro, Calçados e Artefatos).
Embora reconheça que muitos fabricantes de calçados são
FOTOS: DIVULGAÇÃO
riatividade no mercado brasileiro de calçados
caudatários da teoria de que não vale investir em embalagens,
pois elas só entrariam em cena quando a decisão de compra já
foi tomada, a executiva da Ripasa diz que a receptividade às cai-
xas e sacolas diferenciadas tem sido grande. “Alguns já explo-
ram as embalagens de calçados como elementos compositores
de painéis e ilhas de exposição dentro das lojas”, ela conta.
Novo timoneiro
Sebastião Henrique Ubaldo Ribeiro
é o novo presidente da Associação
Brasileira do Alumínio (ABAL) para
o biênio outubro de 2003 a setem-
bro de 2005. O Conselho Diretor da
ABAL o elegeu por unanimidade.
Detalhes em
hot-stamping
O xampu e condicionador para ca-
belos cacheados MaxiTrat é a nova
aposta da Cosinter, empresa de cos-
méticos de Curitiba. O design dos
rótulos e a definição de cores das
tampas ficou a cargo da Asa Design.
Os rótulos, com detalhes em hot-
stamping dourado, são fornecidos
pela Prakolar.
Energético em
latas de aço
A Blue Beverages, de Tatuí (SP)
está colocando no mercado o
energético Nitro em latas de aço
de 250ml importadas da Alema-
nha, onde são fabricadas pela
Ball Europe. O design da embala-
gem foi desenvolvido por Vicente
Lo Schiavo, que usou cores de im-
pacto na combinação do laranja,
preto e prata sobre um desenho
que remete a um tribal. A bebida
é envasada na própria empresa.
Estrelas aos montes Marketing olfativo
A Chlorophylla está lançando uma li- Seguindo pesquisas que apontam o
nha de produtos voltada a bebês, a aroma lavanda como o preferido dos
Baby Star. Um dos novos itens é o consumidores brasileiros de limpado-
sabonete, que chega aos pontos-de- res sanitários, com 32% de participa-
venda em um cartucho de papel-car- ção no mercado de refis de blocos lí-
tão com “janelas” no formato de es- quidos, a Reckitt Benckiser ampliou a
trelas e detalhe em alto relevo. Os linha de limpadores sanitários Harpic
astros também estão gravados na Líquido Ativo. Vendido em blisters de
face interna da embalagem, que é papel cartão, o novo produto chega
produzida pela Gráfica Pirâmide. ao mercado sob a marca Bouquet de
Lavanda. Além de expandir a família
Harpic Líquido Ativo, a Reckitt Bencki-
ser reformolou a marca Harpic Cloro
Ativo, que agora passa a se chamar
Harpic Cloroforte. Para marcar a mu-
dança, a empresa lançou mão de no-
vas embalagens. São garrafas plásti-
cas de 500 ml produzidas pela Logo-
plaste e decoradas com rótulos cria-
dos pela Cipis Design.
Côncavos e triangulares
A linha de sabonetes líquidos Loren- formato triangular e côncavo. Os re-
ce Shower Gel, da Kanitz 1900, vem cipientes, baseados em PVC e trans-
se destacando nas gôndolas por formados pela Neoplástica, têm de-
suas embalagens modernas, com sign desenvolvido internamente pela
fabricante. “Buscamos criar uma
embalagem que despertasse a aten-
ção do consumidor pelo seu diferen-
CEBION DE CARA NOVA cial”, diz a gerente de produto Luci-
Há 70 anos no mercado, a vitami- néia Monteiro. A linha Lorence Sho-
na C efervescente Cebion está mu- wer Gel ganhou o Prêmio Abre de
dando a embalagem. O tradicio- Design e Embalagem 2003 na cate-
nal tubo foi modernizado e o vi- goria Design Cosméticos, Cuidados
sual modificado. Os novos tubos Pessoais, Saúde e Farmacêuticos.
de polipropileno são fabricados
pela Arti Plásticos e pela Exaplás
Resinta. O cartucho de papel car-
Cromus diversifica linha
tão é da Rainha Lescal e o design Aproveitando a chegada das festas de
das embalagens, da Future Brand. fim de ano, a Cromus Embalagens,
empresa do segmento de embalagens
metalizadas no formato saco, está di-
versificando sua linha de produtos. As
novidades ficam por conta das caixas
de papelão em formatos diversos e es-
pecíficos (para panetones, garrafas,
bombons e outros produtos natalinos).
As caixas já vêm decoradas com per-
sonagens de natal, como ursinhos ca-
racterizados como Papai Noel.
Flexografia laureada
Dois cartuchos produzidos com matéria-prima da Orsa Celulose, Papel e Em-
balagens conquistaram o prêmio colombiano Excelência em Impressão Flexo-
gráfica 2003 - Região Andina, promovido pela Novaflex com apoio da FTA
(Flexographic Technical Association). O primeiro é uma embalagem usada
pela Nestlé numa de suas linhas de bombons. O outro prêmio foi conquistado
Logística pela Orsa pela participação no projeto da multipack celulósica da cerveja Bo-
Mais informações:
MDK Feiras Internacionais
(11) 5535-4799
mdkfeira@terra.com.br
1986 1 465
1995 1 669
2000 1 943
Almanaque
A tática de agar- Prestativo atributo
rar pelo nariz adicional
Tido como o pai das fragrân- Além de vender, cidos. As primei-
cias de luxo do século 20, o proteger produ- ras embalagens
perfumista francês François tos e tornar engajadas nessa
Coty adquiriu fama pelo seu
mais prático o causa surgiram
apuradíssimo senso olfativo e
pelos seus métodos de traba- cotidiano, as nos Estados
lho, sobretudo o marketing. embalagens Unidos, no início
Diz a lenda que, no início do também podem dos anos 80.
século passado, para chamar prestar valiosos Eram caixinhas
a atenção para o seu perfume serviços públi- longa vida de
La Rose Jacqueminot, ele en- cos. Entre eles, leite que tra-
trou em um magazine pari-
um dos mais ziam, em suas
siense e atirou um frasco no
chão. A fragrância imediata- notórios é o au- faces laterais,
mente dominou o ambiente… xílio na busca de fotos de crian-
Coty também foi o primeiro a entes desapare- ças perdidas.
dar amostras grátis e a incluir
frascos portáteis em sua linha, Você sabia?
para atender às mulheres que
entravam no mercado de tra- # 51 foi o total de aparelhos de barbear vendidos pelo
balho. ex-comerciante de rolhas King Camp Gillette em 1901, ano
(condensado em que patenteou sua famosa lâmina de barbear. O exercício
do livro “Bra- seguinte já seria bem mais generoso: 90 884 aparelhinhos
silessência: seriam comercializados.
A Cultura do $
Perfume”, # O inventor suíço Georges de Mestral registrou, em 1951,
de Renata o velcro. Ele teve a idéia ao observar, num microscópio,
Ashcar, Ed. carrapichos que haviam grudado em sua calça durante um
Best Seller)
passeio com seu cão. O nome combina as primeiras sílabas
do francês velours (veludo) croché (enganchado).
2003
SIG Combibloc é a
primeira a dar
forma exclusiva às
embalagens
cartonadas
(combishape)
1930
SIG Combibloc é
a primeira
fornecedora
européia de 1993
embalagens SIG Combibloc
cartonadas para introduz a primeira
bebidas (Perga) 1978
SIG Combibloc tampa para
introduz a primeira embalagens
máquina de envase cartonadas assépticas
asséptica, de alta (combiTop)
produção, com
1962 capacidade para
SIG Combibloc 10.000 embalagens/hora
1985
introduz a primeira SIG Combibloc
embalagem envasa os primeiros
cartonada produtos alimentícios
pré-formada com pedaços em
(Blocpak) embalagens
cartonadas assépticas